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Manaus, julho de 2011 MODELO DE SUCESSO EDUARDO BRAGA Amazonas no ritmo do Festival de Jazz Obras em Manaus estão dentro do cronograma Os primeiros meses de mandato no Senado CULTURA COPA 2014 Programação do evento conta com 38 atrações nacionais e internacionais. PRESTAÇÃO DE CONTAS Atuação parlamentar do senador Eduardo Braga no primeiro semestre de 2011. Coordenador da Unidade Gestora da Copa (UGP), Miguel Biango, assegura que Manaus está cumprindo todas as exigências da Fifa para a Copa do Mun- do de Futebol de 2014. A principal obra para o evento, a Arena da Amazônia, por exemplo, tem um pra- zo para ser concluída até o final do mês de julho de 2013. BOLSA FLORESTA: EXEMPLO PARA O BRASIL Bolsa Verde do Governo Federal é baseado no programa amazonense. Págs. 04 e 05 Pág. 02 Pág. 06 Pág. 03 Toda a verdade sobre a polêmica MP dos tablets

Sou + Amazonas

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Caros amigos e amigas, É com grande orgulho e alegria que lhes apresento o jornal digital SOU+ Amazonas. Nesta primeira edição, entre outras notícias, o jornal traz uma breve exposição de nossa atuação no Senado no primeiro semestre de 2011, a verdadeira história sobre a fabricação dos tablets no Brasil e uma reportagem especial sobre o nosso programa Bolsa Floresta, que serviu de inspiração para a criação do Bolsa Verde, do Governo Federal. A partir de agora, o jornal SOU+ Amazonas passa a ser o nosso mais novo canal de comunicação com vocês. Boa leitura a todos, Eduardo Braga Senador

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Manaus, julho de 2011

MODELO DE SUCESSO

EDUARDO BRAGA

Amazonas no ritmo do Festival de Jazz

Obras em Manaus estão dentro do cronograma

Os primeiros meses de mandato no Senado

CULTURA

COPA 2014

Programação do evento conta com 38 atrações nacionais e internacionais.

PRESTAÇÃO DE CONTAS

Atuação parlamentar do senador Eduardo Braga no primeiro semestre de 2011.Coordenador da Unidade Gestora da

Copa (UGP), Miguel Biango, assegura que Manaus está cumprindo todas as exigências da Fifa para a Copa do Mun-do de Futebol de 2014.

A principal obra para o evento, a Arena da Amazônia, por exemplo, tem um pra-zo para ser concluída até o fi nal do mês de julho de 2013.

BOLSA FLORESTA: EXEMPLO PARA O BRASIL Bolsa Verde do Governo Federal é

baseado no programa amazonense.Págs. 04 e 05

Pág. 02

Pág. 06Pág. 03

EDUARDO BRAGAToda a verdade sobre a

polêmica MP dos tablets

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2 SOU+ AMAZONASManaus, julho de 2011GERAL

Um novomomento

EDITORIAL

SenadorEduardo Braga

Com a criação deste Jornal, o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), no Estado do Amazonas, juntamente com o nosso mandato, dispõem de um novo instrumento de prestação de contas e de interlocução com os mais amplos seg-mentos da nossa sociedade. Para além dos temas da política, que dizem respeito à nossa atuação parlamentar e dos nossos companheiros de partido, este espaço vai tratar dos assuntos que estão no dia a dia do povo amazonense.

Neste primeiro número, acreditamos ser oportuno prestar contas do nosso trabalho como Senador da República, missão que recebemos da população deste estado, nas últimas eleições. Neste pouco tempo de mandato já foi possível sentir o tamanho do desafi o que nos foi confi ado. Por isso é com dedicação, coerência, e entusiasmo que temos trabalhado para o Amazonas e para o Brasil, certos de que o crescimen-to econômico que o País vivencia precisa chegar a todos os brasileiros e em todas as regiões.

Neste sentido, seja nas participações em plenário, nas reuniões das comissões ou em audiências nos ministérios estamos realizando um imenso esforço para que as decisões do Senado e do Governo Federal benefi ciem o nosso estado, principalmente por meio da ampliação das políticas sociais e dos recursos públicos aqui investidos. Es-tamos convencidos que este é um passo importante na luta pelo fi m das desigual-dades regionais e pela inserção defi nitiva da Amazônia nos programas federais estra-tégicos ao desenvolvimento nacional.

Foi pensando nisso que apresentamos, e conseguimos aprovar, no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO - 2012), emendas de nossa autoria que vão permitir que o nosso Estado receba novos recursos do orçamento da União no próximo ano. Dentre as áreas para as quais apontamos a necessidade de verbas federais estão: a segurança nas fronteiras, a educação, os centros vocacionais tecnológicos (CVTs), as universidades estaduais, os preparativos da Copa do Mundo (2014) e a Superintendên-cia da Zona Franca de Manaus (Suframa).

Representar um Estado tão grandioso como o Amazonas, em importância e ta-manho, além de determinação e disciplina exige, também, uma atenção permanente com as necessidades urgentes da nos-sa população, mas sem perder de vista o

PRESIDENTE: Eduardo Braga

1° VICE: Francisco Roberto Duarte da Silva

2° VICE: João Thomé V. Mestrinho de M. Raposo

3° VICE: Edilene Gonçalves Gomes (licenciada)

SECRETÁRIO GERAL: Miguel Capobiango Neto

SECRETÁRIO ADJUNTO: Lourenço Borghi Júnior

1° TESOUREIRO: Danielle Farias da Cruz

2° TESOUREIRO: Eduardo Henrique L. Backsmann

JORNALISTA RESPONSÁVEL: Rodrigo Araújo

MTB/AM: 018/01

Publicação do

DIRETÓRIO AMAZONAS

potencial aqui instalado, e que torna esta região essencial ao desenvolvimento sus-tentável do País. E é com este olhar para a Amazônia e para o Brasil que focamos nos-sa ação parlamentar.

Como presidente da Comissão de Ciên-cia, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática do Senado Federal, tivemos a oportunidade de implementar uma agen-da ousada, e ao mesmo tempo, estratégica para a sociedade brasileira, principalmente no que se refere à democratização do aces-so à informação, à transparência nos pro-cessos de concessões de rádio e televisão, ao marco civil da internet, à inserção das empresas de telefonia móvel no mercado de TV por assinatura, mas também aos te-mas voltados para inovação, tendo em vis-ta, inclusive o desenvolvimento científi co e tecnológico e um novo marco regulatório para o setor.

Por diversas vezes fomos à tribuna do Se-nado falar das nossas premências, como ocorreu no início deste ano, quando o risco de epidemia de dengue nos colocou em si-tuação de alerta e conseguimos sensibilizar o Ministério da Saúde a realizar uma força--tarefa no Estado, ou ainda para defender o equilíbrio e o bom senso nas discussões sobre o novo Código Florestal e dizer, ao Congresso Nacional que, ao contrário de ser um fator impeditivo ao progresso, a fl o-resta em pé e a nossa biodiversidade po-dem ser uma vantagem comparativa para o País, na implementação de uma econo-mia verde, criativa e, portanto, inclusiva e inovadora.

Com toda certeza, nesse primeiro semes-tre estivemos diante de vários desafi os que exigiram, em muitos momentos, uma atu-ação conjunta da bancada amazonense, de aliados no Palácio do Planalto e da parceria com o governo do nosso Estado. Além do debate sobre o novo Código Florestal, cujo resultado vai impactar diretamente as ati-vidades econômicas e sociais da Amazônia como um todo, outro assunto exigiu a nos-sa fi rme atuação. Trata-se da Medida Provi-sória 534, que fi cou mais conhecida como a MP de desoneração dos tablets. Com apoio da bancada do PMDB no Senado re-

cebemos a relatoria desta matéria, o que nos permitiu fazer o debate, procurando mostrar o equívoco do Governo Federal, neste caso.

Coerente com a nossa trajetória fi zemos uma verdadeira cruzada para convencer o poder Executivo e o Congresso Nacio-nal que aquela MP, ao atrair para a região Sudeste investimentos internacionais bi-lionários na área de informática e estender a outras regiões do País os incentivos hoje destinados ao Polo Industrial de Manaus, iria levar à falência as empresas ali instala-das, isto sem contar a disputa entre a Zona Franca e as outras regiões. Ampliar os in-vestimentos destinados à nossa Zona Fran-ca, que hoje garante 100 mil empregos di-retos e um faturamento de US$ 40 bilhões anuais, é uma demanda permanente e que tem prioridade na nossa agenda.

Mas outra preocupação do nosso manda-to é o cuidado com a legislação brasileira. Minha convicção é que as nossas leis pre-cisam estar cada vez mais atualizadas e sintonizadas com as reais necessidades da sociedade. Neste curto período apresentei alguns projetos de lei de grande interesse social. Destaco aqui nossa sugestão de mo-difi cação do atual indexador que reajusta as dívidas dos Estados e municípios junto à

União. Nossa sugestão é substituir o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) pelo Índice de Preços ao Consumi-dor Amplo ( IPCA), o que vai permitir maior economia para Estados e municípios. Além deste, em outro projeto de lei proponho a redução das taxas de juros dessas dívidas, de 6% para 2%.

Outro projeto de nossa autoria institui o sis-tema nacional de redução de emissões de carbono por desmatamento e degradação, conservação, manejo fl orestal sustentável, manutenção e aumento dos estoques de carbono fl orestal, também chamado de REDD+. Com isso, o Brasil, além de cumprir compromissos internacionais para redução do aquecimento global, também cria as condições para desenvolver uma econo-mia limpa, de baixo carbono.

Na verdade, este foi só o começo. Aprovei-tamos para agradecer mais uma vez apoio deste povo, colocar o meu mandato à dis-posição e reafi rmar nosso compromisso com o Amazonas e nossa confi ança no go-verno da presidente Dilma Rousseff . Fica-mos com a certeza de que a riqueza desta terra e a determinação da nossa gente são o maior passaporte para que tenhamos aqui, no Estado, condições de vida mais dignas e mais justas.

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O lutador amazonense José Aldo, melhor peso pena do mundo em MMA e deten-tor do cinturão do UFC, surpreendeu os amantes do esporte ao anunciar que pre-tende virar treinador de futebol assim que se aposentar do mundo da luta.

“Penso em ser um técnico de futebol. Sou um cara viciado em estratégia. Vejo a lei-

SOU+ AMAZONAS 3Manaus, julho de 2011 ESPORTE

Novo polvo para a próxima Copa do Mundo

José Aldo quer ser técnico do Flamengo

COPA 2014 CELEBRIDADE

SURPRESA

Oito polvos estão concorrendo, na Alema-nha, ao posto de sucessor do polvo Paul, que ficou famoso em todo o mundo ao prever os vencedores dos jogos da Copa da África do Sul.

“Estamos realizando distintos trabalhos de capacitação com os polvos, com a es-perança de que ao menos um deles pos-sa prever os resultados, como fazia Paul”, disse Britta Anlauf, porta-voz da Sea Life Alemanha.

O Coordenador da Unidade Gestora da Copa (UGP), Miguel Biango, assegurou que todas as exigências da Fifa para o mundial de 2014 estão sendo cumpridas.

Com investimentos de quase R$ 500 mi-lhões (75% financiados pelo BNDES e 35% pelo Governo do Amazonas), a Arena da Amazônia tem um prazo para ser concluí-da até julho de 2013. De acordo com Bian-go, não existe hoje nenhum impedimento para que o governo entregue a obra den-tro do período estabelecido pela Fifa.

Biango informou que existem hoje sete locais com possibilidades de serem esco-lhidos para campos de treinamento – Es-tádio Francisco Garcia de Rio Preto da Eva, Clube do Trabalhador (Sesi), Colégio Mili-tar de Manaus, Universidade Ulbra, Está-dio de Iranduba, Campo do Sesc, Estádio da Colina e o novo estádio, ainda em cons-trução, na Zona Norte de Manaus.

Manaus dentro do cronograma

O CARATÊ VEIO DA ÍNDIACURIOSIDADES DO ESPORTE

Ao contrário do que indica a crença ge-ral, o caratê não é uma arte marcial japo-nesa. Sua origem deu-se na Índia muitos séculos atrás. Seus ensinamentos foram aos poucos se espalhando pela Ásia e chegaram ao Japão apenas muito tem-po depois.

A ORIGEM DOS GANDULAS

Gandulla era o nome de um argentino do time do Vasco da Gama na década de 40. Era tão ruim que nunca entrava nos jogos. Ficava na beira do campo pe-gando a bola que saía. A partir de então, todos que cumprem o ofício de “reposi-tor de bolas” passaram a ser conhecidos como gandulas.

“Penso em ser técnico de futebol. Sou um cara vicia-do em estratégia”José Aldo, lutador de MMA

Com esta finalidade, estão sendo treina-dos, em igualdade de condições, um pol-vo de cada um dos oito centros da vida marinha que há na Alemanha.

O polvo Paul virou celebridade internacio-nal após acertar 100% dos resultados da Copa do Mundo de 2010, incluindo a final entre as seleções de Holanda e Espanha. O animal faleceu por causas naturais, na Alemanha, no dia 26 de outubro do ano passado.

BRAZILIAN JIU-JITSU

A família Gracie é conhecida no Brasil e no mundo por ter desenvolvido o Gracie Jiu-Jitsu ou Brazilian Jiu-Jitsu, uma adap-tação da arte marcial japonesa em que os lutadores mais fracos podem com-petir em igualdade de condições com os mais fortes. Os criadores da técnica foram Carlos e Hélio Gracie.

O patriarca da família, Gastão Gracie, co-nheceu o mestre japonês Maeda Koma, o Conde Koma, em Belém (PA). Em tro-ca de abrigo na nova cidade, o oriental aceitou ensinar a arte marcial ao filho mais velho de Gastão, Carlos. Depois de quatro anos, o franzino Carlos se mudou com a família para o Rio de Janeiro e começou a se destacar como professor e lutador de Jiu-Jitsu por, vencer atletas mais fortes.

tura dos jogos e se um dia conseguisse (virar treinador)... Seria ótimo ser técnico do Flamengo, meu time de coração, mas primeiro preciso começar com um time pequeno”, afirmou José Aldo, sem antes revelar que busca inspiração no atual co-mandante rubro-negro do Rio de Janeiro, Vanderlei Luxemburgo.

O centro de treinamento que reunirá toda a infraestrutura necessária (como rede de hotéis, arquibancadas para mini-estádio com campos de futebol), está pratica-mente definido. Por reunir as condições necessárias, o Hotel Amazon Golf Resort, na estrada de Rio Preto da Eva, é um forte candidato para receber as seleções.

Segundo Miguel Biango, as obras do pa-cote Copa 2014 estão focadas praticamen-te em três frentes – construção da Arena da Amazônia, reforma do Aeroporto Inter-nacional Eduardo Gomes e readaptação do sistema viário para desafogar o trân-sito em Manaus, que ganharia mais mo-bilidade a partir da entrada em operação do monotrilho e do sistema BRT. A grande ameaça para a viabilização dos projetos são as desapropriações de áreas onde os novos sistemas irão operar, de acordo com o coordenador.

Eduardo Braga, então governador do Amazonas, na comemoração da escolha de Manaus para a Copa de 2014

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4 Manaus, julho de 2011ESPECIAL

Brasil adota o modelodo nosso Bolsa Floresta

EXEMPLO

Bolsa Floresta do Amazonas serve de modelo para o Bolsa Verde do GovernoJunho de 2007. O então governador do Amazonas, hoje senador Eduardo Braga, lança o Bolsa Floresta. O projeto deu iní-cio a uma das experiências mais bem su-cedidas do programa Zona Franca Verde, criando uma verdadeira legião de defen-sores da fl oresta amazônica.

Junho de 2011. A presidente Dilma Rous-seff , anuncia a criação do Bolsa Verde, um programa do Plano Brasil sem Miséria. Na justifi cativa do projeto, a mesma essência do Bolsa Floresta do Amazonas: o apoio fi nanceiro às famílias em situação de ex-trema pobreza que promovem a conser-vação ambiental nas áreas onde vivem e trabalham. De acordo com dados do Go-verno Federal, das 16,2 milhões de pes-soas que vivem em situação de extrema pobreza no Brasil, 47% estão na área rural.

“Recebi com grande alegria e orgulho a notícia de que a presidente Dilma Rousseff lançaria um programa que segue as mes-mas diretrizes do nosso Bolsa Floresta. Isso signifi ca que o Governo Federal entendeu que o nosso caboclo é o verdadeiro guar-dião da selva amazônica, o maior bem na-tural do Brasil”, comenta Eduardo Braga.

Quatro anos após seu lançamento, o Bol-sa Floresta se consolida em números no Estado do Amazonas. Hoje, nada menos que 35 mil pessoas estão inseridas no pro-grama. As famílias do Bolsa Floresta par-ticipam de cursos, ofi cinas, treinamentos, enfi m, as comunidades recebem informa-ções técnicas e de qualidade para a criação de uma consciência ecológica. O trabalho se estende a 15 Unidades de Conservação do Estado do Amazonas, uma área que to-taliza 10 milhões de hectares.

O Bolsa Floresta é o primeiro projeto bra-sileiro com certifi cação internacional em sua proposta base: recompensar e me-lhorar a qualidade de vida das populações tradicionais que se comprometem em manter e proteger as fl orestas tropicais, promovendo a redução do desmatamen-to e valorizando a fl oresta preservada.

Atualmente, o Bolsa Floresta é o maior programa de pagamento por serviços ambientais do mundo. Do ano de 2008 a 2010, o investimento desse programa foi de R$ 22,5 milhões.

“É o Amazonas quem dá esse exemplo para o Brasil. É a população do interior do Estado quem ensina ao país que vale a pena preser-var o verde de nosso territó-rio, principalmente a nossa fl oresta amazônica”Eduardo Braga, senador

“No início do Bolsa Flores-ta recebemos severas críti-cas sobre o programa. Mas seguimos fi rmes com nos-sos propósitos e hoje vemos o reconhecimento nacional pelo nosso trabalho.”Eduardo Braga, senador

Bolsa Floresta Renda - Investimento de R$ 140 mil ao ano por unidade de conser-vação. É destinado ao apoio à produção sustentável de peixes, óleos vegetais, frutas, mel e castanha, entre outros produtos. Organiza a cadeia produtiva para certifi car os produtos e aumentar o lucro do produtor. Participam do programa todas as atividades que não produzam desmatamento, que estejam legalizadas e que valorizam a fl oresta.

Bolsa Floresta Social - Investimento de R$ 140 mil por ano por unidade de conservação. O principal foco é a melhoria da educação, saúde, comunicação e transporte, componen-tes básicos para a construção da cidadania das comunidades participantes. As ações são desenvolvidas em parceria com os órgãos governamentais responsáveis e instituições colaboradoras.

PARA ENTENDER MAIS

No período entre 2003 e 2007, o Gover-no do Estado do Amazonas, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Desen-volvimento Sustentável do Estado do Amazonas (SDS), formulou e coordenou a implementação de uma série de instru-mentos inovadores de políticas públicas para as áreas de conservação do Estado.

O objetivo do então governador Eduardo Braga e da equipe da SDS era promover o desenvolvimento sustentável, com espe-cial ênfase para a conservação ambiental, combate à pobreza e mudanças climáti-cas. Essa política de sustentabilidade foi denominada como Zona Franca Verde.

“Zona Franca”, no Amazonas, é sinônimo de emprego e renda, já o “verde” nos re-mete à fl oresta. “Zona Franca Verde”, por-tanto, foi defi nido como um programa de geração de emprego e renda a partir do uso sustentável dos recursos naturais de fl orestas, rios e lagos, com o objetivo de valorizar a fl oresta em pé e, assim, gerar emprego e renda e promover a conserva-ção ambiental.

Criado como Sub-Programa do Zona Fran-ca Verde, o Bolsa Floresta foi direcionado para o desenvolvimento da cadeia produ-tiva dos serviços e produtos ambientais de base fl orestal, atuando sob quatro com-ponentes: Renda; Social; Associação; e Fa-miliar. A evolução em quatro modalidades resultou num sistema mais completo de concessão dos benefícios, estruturado de modo a propiciar com mais clareza o asso-ciativismo, a renda, a produção sustentá-vel e os benefícios sociais básicos.

Bolsa Floresta Renda - Investimento de R$ 140 mil ao ano por unidade de conser- Bolsa Floresta Social - Investimento de R$ 140 mil por ano por unidade de conservação.

Atualmente, 35 mil pessoas estão inseridas no programa Bolsa Floresta, do Governo do Estado do Amazonas

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5Manaus, julho de 2011 ESPECIAL

Bolsa Floresta Associação - destinado às associações dos moradores das Unidades de Conservação do Estado. Sua função é fortalecer a organização e o controle social do programa. Promove a gestão participativa por meio do fortalecimento da organi-zação comunitária e contribui para o exercício da liderança associativa nas unidades de conservação.

Bolsa Floresta Familiar - Promove o envolvimento das famílias moradoras e usuárias das unidades de conservação para redução do desmatamento e valorização da fl ores-ta em pé. Esta modalidade também atua no sentido de promover o entendimento da realidade sócio-econômica e ambiental para melhorar a efi ciência na aplicação dos recursos e avaliação dos resultados dos investimentos.

Bolsa Floresta Familiar - Promove o envolvimento das famílias moradoras e usuárias Bolsa Floresta Associação - destinado às associações dos moradores das Unidades

Atualmente, 35 mil pessoas estão inseridas no programa Bolsa Floresta, do Governo do Estado do Amazonas O senador Eduardo Braga, então governador do Amazonas, implantou o Bolsa Floresta no Estado. De 2008 a 2010, foram investidos R$ 22,5 milhões no programa

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6 SOU+ AMAZONASManaus, julho de 2011CULTURA

Festival Amazonas Jazz

BOA MÚSICA

O Amazonas começa a “respirar” jazz a partir do dia 17 até o dia 25 de julho. Na programação da 5ª edição do Festival Amazonas Jazz estão 38 atrações, além de 14 oficinas e workshops. Este ano, o festi-val será realizado no Teatro Amazonas, no Centro Cultural Largo de São Sebastião, Teatro Gebes Medeiros e em diversos Cen-tros Culturais do Estado. A abertura, por exemplo, acontece no município de Au-tazes, às 19h, com a Amazonas Jazz Band.

O festival deste ano terá várias atrações in-ternacionais como Paquito D’ Rivera, mú-sico cubano radicado nos Estados Unidos, tido como um dos mais influentes artistas da história do jazz. Com ele divide o pal-co o grupo internacional no qual figuram o tecladista alemão Vana Gierig, o con-trabaixista norte-americano Sean Conly, o baterista italiano Marcelo Pellittieri e o percussionista brasileiro Vinícius Barros.

Outro convidado do Festival, Idriss Bou-drioua – saxofonista francês, radicado no Rio de Janeiro – apresentará sua sonori-dade fortemente influenciada pelo bop, acompanhado por grandes músicos bra-sileiros.

Participam ainda: grupo Cama de Gato, do Rio de Janeiro; Carla Cook, de Nova Iorque; Jeremy Pelt, várias vezes premiado pela revista Down Beat; o guitarrista Lupa Santiago com o seu grupo Regra de Três. Ulysses Rocha e Chico Pinheiro; o quinteto

de Lewis Nash, constituído por músicos ra-dicados em Nova York; Maestro do Forró e a Orquestra Popular Bomba do Hemetério de Recife; e Jacobiando que apresenta seu chorinho com sotaque amazônico.

Durante o evento, a Amazonas Band apro-veita para lançar o CD Amazonas Jazz com Vinícius Dorin – gravado ao vivo no FAJ do ano passado. Além dos eventos no Teatro Amazonas e no Centro Cultural Largo de São Sebastião, o 5º Festival Amazonas Jazz apresenta eventos paralelos em diversos bairros da capital e no interior, destacan-do e incentivando a produção musical local de grupos profissionais manauaras e dos alunos do Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro.

No teatro Gebes Medeiros serão realiza-dos os workshops da programação acadê-mica do 5º Festival Amazonas Jazz. As ins-crições já estão abertas e podem ser feitas no site http://www.festivalamazonasjazz.com.br/ ou na secretaria do Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro, às vagas são li-mitadas, 40 por oficina.

Dentro da programação acadêmica acon-tecerá, também, o Curso de Técnicas de Gravação e Captação de Áudio, realizado em parceria com a Associação Brasileira dos Profissionais de Áudio. Para este serão apenas 20 vagas, o módulo será ministra-do no Liceu de Artes e Ofícios Claudio San-toro (Sambódromo), das 10h às 12h.

Escola de lutheria de Maraã transformamadeira em instrumentos musicais

Amor à vida: A saga de um brasileiro

CULTURA SUSTENTÁVEL

EU RECOMENDO

O Município de Maraã (distante a 920 qui-lômetros de Manaus) está desenvolvendo um projeto inédito no interior do Amazo-nas: está transformando madeira certifica-da em instrumentos musicais. O Projeto Cultural Maraã conta com uma escola de lutheria (fabricação artesanal de instru-mentos) que utiliza madeira certificada pelo Ibama e retirada da mata por pessoas credenciadas das comunidades da região.

Quem está no comando da escola de lu-theria de Maraã é o luthier Edison Silva, ex-aluno da Oficina Escola de Lutheria da Amazônia (OELA) - que funciona em Ma-

O livro “José Alencar - Amor à Vida - A Saga de um Brasileiro”, da jornalista Eliane Cantanhêde (Editora Primeira Pes-soa), traz a biografia do ex-vice-presi-dente da República, José Alencar.

A autora conta a história do menino po-bre que estudou até a primeira série do antigo ginasial, saiu de casa aos 14 anos de idade, abriu sua primeira loja aos 18 anos, cresceu e lutou para a construção de um império empresarial.

José Alencar exerceu, ainda, militância empresarial que, posteriormente, evo-luiu para a política partidária. Apaixonou-se pelos palanques. Sonhou um dia ser presidente da República para revolucio-nar o Brasil.

naus - e com títulos de pós-graduação em escolas de São Paulo e Niterói (RJ). Silva também coordena oficinas para 12 jovens da cidade, que estudam para se tornar fu-turos luthiers.

Os instrumentos musicais produzidos pelo Projeto Cultural Maraã são confeccio-nados com restos de árvores de louro ne-gro (madeira utilizada para fazer o fundo e as laterais dos violões), de maupá (que serve para fazer o tampo), de coração de negro (utilizado para as escalas do braço) e de cedro (usado para fazer o braço do instrumento).

“Estou lendo o livro José Alencar - Amor à vida - A saga de um brasileiro. Indi-co a obra por considerar o personagem um exemplo de homem público, empre-sário, político e um guerrei-ro na luta contra o câncer”Marcos Rotta, deputado estadual

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SOU+ AMAZONAS 7Manaus, julho de 2011 ENTRETENIMENTO

BOMBOM DE CUPUAÇUAlém de ser uma das iguarias regionais mais apreciadas pelo povo amazonense, os bombons de cupuaçu podem ser uma fon-te de renda extra para a família.

Ingredientes para 30 bombons *3 latas de leite condensado *1/2 kg de polpa de cupuaçu *1/2 kg de açúcar

Ingredientes para a cobertura *1/2 kg de chocolate ao leite

Modo de preparo- Numa panela, coloque o leite condensa-do e leve ao fogo médio até soltar do fun-do da panela e dar ponto de enrolar.- Deixe esfriar um pouco e retire 1/2 co-lher (sopa) da massa de leite condensado, achate com os dedos e passe o açúcar.- Recheie com 1 colher (chá) de doce de cupuaçu. Faça uma bolinha e feche, passe no açúcar novamente e deixe secar de um dia para o outro.- Derreta o chocolate em banho-maria e mergulhe os bombons para que fiquem todos cobertos.- Deixe secar e depois embrulhe. Se vc qui-ser dar um toque especial de acabamento nos bombons (foto), experimente raspas de coco e de chocolate branco, ou mesmo dando o efeito de pintura com o chocola-te derretido.

Nossa Senhora do CarmoSANTO DO MÊS

CURIOSIDADES

- Levanto os meus olhos para os montes e pergunto: De onde me vem o socorro?

- O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra.

- Ele não permitirá que você tropece; o seu protetor se manterá alerta,

- Sim, o protetor de Israel não dormirá, ele está sempre alerta!

Em 1222, dois cruzados ingleses levaram para a Inglaterra, alguns Carmelitas que habitavam o Monte Carmelo. Um homem penitente, austero, logo se uniu a eles. Era Simão Stock. Consta que tivesse ele recebi-do um aviso de Nossa Senhora que viriam da Palestina Monges devotos de Maria e que deveria unir-se a eles. Vieram depois tantos Carmelitas para a Europa que foi preciso nomear um Superior Geral para os mesmos. Em 1245, foi ele eleito para desempenhar este cargo. Encontrou ele dificuldades quase insuperáveis. Mandou que os Carmelitas estudassem: isto gerou uma discórdia interna, pois não queriam

PALAVRAS CRUZADAS SALMO 121

os mais velhos que contemplativos estu-dassem. O clero secular revoltou-se contra eles e pediu a Roma sua supressão. Dian-te de tanta oposição, Simão Stock, com seus 90 anos, retirou-se para o mosteiro de Cambridge, no Ducado de Kent, e pe-dia a proteção de Maria. Orava ele em sua cela, quando viu um clarão, na noite de 16 de julho de 1251. Rodeada de anjos, Ma-ria Santíssima entregou-lhe o Escapulário, dizendo-lhe: “Recebe, filho queridissimo, este Escapulário de tua Ordem: isto será para ti e todos os Carmelitas um privilégio. Quem morrer revestido dele não sofrerá o fogo eterno”.

- O Senhor é o seu protetor; como som-bra que o protege, ele está à sua direita.

- De dia o sol não o ferirá, nem a lua, de noite.

- O Senhor o protegerá de todo o mal, protegerá a sua vida.

- O Senhor protegerá a sua saída e a sua chegada, desde agora e para sempre.

Em 1986, foi inaugurado na Praça dos Três Poderes, em Brasília, no Distrito Fed-eral, o Panteão da Pátria. O monumento é dedicado a todos os personagens da história que se destacaram na luta pela

liberdade no Brasil. No local, fabricado em aço, está em exposição o Livro dos Heróis da Pátria, com os nomes de personagens como D. Pedro I, Marechal Deodoro e Tiradentes, entre outros.

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‘Ouvi muitas inverdades e equívocos sobre tablets’

SENADOR EDUARDO BRAGA8 SOU+ AMAZONAS

A VERDADE SOBRE OS TABLETS

O que o Polo Industrial de Manaus per-deu com a edição da Medida Provisória (MP) 534?

Eduardo Braga - Absolutamente nada. Não perdemos nada porque, simplesmen-te, nossa indústria não fabrica tablets no Amazonas. No Brasil, atualmente, existem apenas três linhas de produção de Tablet: duas em São Paulo (o Galaxy da Samsung e o Xoom da Motorola) e uma em Ilheus, na Bahia (MyPad da Semp Toshiba). Dian-te desse quadro, não podemos dizer que perdemos os tablets, pois em momento algum o tivemos.

Eu ouvi muitas inverdades e equívocos sobre esse tema, de pessoas que não en-tendem do assunto. Mas o fato é que a MP 534 terminou sendo benéfi ca para o Ama-zonas, pois agora temos a oportunidade de incluir no Processo Produtivo Básico dos tablets, componentes eletrônicos que são fabricados em nosso parque industrial. Eu, como relator da MP 534, estou lutando para que nossa indústria saia fortalecida desse embate.

Em que pontos nessa discussão houve equívocos e inverdades?

EB - O que temos que entender é que o ta-blet é classifi cado no Brasil como bem de informática, ou seja, sua fabricação no País é regulamentada pela Lei 8.248, aprovada pelo congresso em janeiro de 2001 e san-cionada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso no mesmo ano.

Vale lembrar que a referida lei é a mesma que classifi cou o aparelho celular como bem de informática, tirando do Polo Indus-trial de Manaus várias linhas de produção. Foi neste descuido da bancada amazonen-se da época que vimos fábricas como a LG, Samsung, Sony Ericson e Motorola deixa-rem o Amazonas rumo a outros Estados brasileiros.

Hoje, conseguimos trazer de volta para o Polo Industrial de Manaus a fábrica de ce-lulares da Samsung. Essa empresa vai pro-duzir este ano 4 milhões de celulares, isso é só a Samsung, fora o que a Nokia já está produzindo por aqui. É esse o trabalho que

precisamos intensifi car, gerando mais emprego e renda para o amazonense.

O PIM tem como se mostrar competiti-vo neste mercado?

EB - Atualmente, o Polo Industrial de Manaus é responsável pela fabricação de 98% das placas mãe usadas pelas indústrias de aparelhos celulares. Tam-bém fabricamos boa parte dos displays de aparelhos celulares fabricados no Brasil. Ou seja, temos know-how e mão de obra especializada para isso. Precisa-mos, agora, tentar garantir os incentivos fi scais para a fabricação dos componen-tes eletrônicos e físicos dos tablets.

É saudável para o PIM � car a mercê dos incentivo � scais para se manter com-petitivo?

EB - Essa é uma questão interessante e fundamental para o futuro de nossa in-dústria. Venho defendendo, há muitos anos, que precisamos preparar o Estado do Amazonas para o futuro. Devemos fi car atentos para o fato de, mais impor-tante que oferecer incentivos fi scais, é oferecer uma mão de obra qualifi cada tecnicamente.

Temos de investir em pesquisa, informa-ção e inovação. Não foi por incentivos fi scais que as grandes indústrias de bens de informática se instalaram no Vale do Silício (EUA). Apple, Nokia, Microsoft e Adobe, entre tantas outras, se instala-ram na Califórnia por causa da produção acadêmico-científi ca das universidades de Stanford e Berkeley, duas das mais conceituadas instituições de pesquisa do mundo.

Durante minha passagem pelo Governo do Estado, criei a Fundação de Ampa-ro à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) que hoje é uma das principais incentivadoras de pesquisa local. Inves-timos na ampliação e municiamos a Uni-versidade do Estado Amazonas (UEA) de equipamentos que a transformaram em referência em vários setores. Somente desta forma conseguiremos uma indús-tria sempre forte e competitiva.

ENTREVISTA

Relator da Medida Provisória 534, que vai regulamentar a produ-ção de tablets no Brasil, o senador Eduardo Braga defende que agora é a hora do Polo Industrial de Manaus ser inserido no Pro-cesso Produtivo Básico deste segmento de bens de informática.

O iPad, sucesso mundial da americana Apple, deve ser produzido em São Paulo, ainda este ano.

O MyPad já está sendo produzido pela japonesa Semp Toshiba em sua fábrica de Ilhéus, no Estado da Bahia.

O Galaxy da koreana Samsung, campeão de vendas no mercado brasileiro, tem sua linha de produção em São Paulo.

O Xoom da americana Motorola, também é produzido no interior do Estado de São Paulo.

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