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SP FAZ ESCOLA LÍNGUA PORTUGUESA VOLUME 2 CADERNO DO PROFESSOR ENSINO FUNDAMENTAL

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Secretaria de Educação

SP FAZ ESCOLA

LÍNGUA PORTUGUESA

VOLUME 2

CADERNO DO PROFESSOR

ENSINO FUNDAMENTAL

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Governo do Estado de São Paulo

Governador João Doria

Vice-GovernadorRodrigo Garcia

Secretário da EducaçãoRossieli Soares da Silva

Secretário ExecutivoHaroldo Corrêa Rocha

Chefe de GabineteRenilda Peres de Lima

Coordenador da Coordenadoria PedagógicaCaetano Pansani Siqueira

Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da EducaçãoNourival Pantano Junior

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SP FAZ ESCOLA CADERNO DO PROFESSOR

LÍNGUA PORTUGUESA

– 6º ano

ENSINO FUNDAMENTAL

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VOLUME 2

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Desenho de Lívia Maria dos Santos Amaral, 12 anos, 6º ano - E.E. Comendador Antônio Figueiredo Navas, Lins, SP

Olá!

A Situação de Aprendizagem que você desenvolverá neste

material pretende trabalhar habilidades relacionadas às práticas

de:

leitura;

oralidade;

produção textual;

análise linguística/semiótica.

Essas práticas, por sua vez, estão articuladas a alguns campos de

atuação social:

o da vida pública;

o das práticas de estudo e de pesquisa;

o da arte e da literatura;

o do jornalístico/midiático.

Utilize este material como parte de seus estudos, associando-o a

outros que venham a complementar sua jornada no campo do

conhecimento.

Equipe Pedagógica de Língua Portuguesa

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM – PEQUENOS GÊNIOS, GRANDES

INVENTOS

Nesta Situação de Aprendizagem (SA), você conhecerá dois grandes

inventores que mudaram o curso da história da humanidade – Leonardo Da Vinci e

Santos Dumont. Conheça a seguir algumas habilidades que você trabalhará no

decorrer das atividades.

Práticas de Linguagem

▪ Leitura ▪ Oralidade ▪ Produção de Texto ▪ Análise Linguística/Semiótica

EF69LP21 Posicionar-se a respeito de conteúdos veiculados em práticas não institucionalizadas de participação social (manifestações artísticas, produções culturais, intervenções urbanas e práticas próprias das culturas juvenis, por exemplo).

EF06LP11 Utilizar, ao produzir textos em diferentes gêneros, conhecimentos linguísticos e gramaticais: tempos

verbais, concordância nominal e

verbal, regras ortográficas,

pontuação etc.

EF69LP34 Grifar as partes essenciais do texto, tendo em vista os objetivos de leitura, como forma de possibilitar uma maior compreensão do texto, a

sistematização de conteúdos e

informações.

EF67LP33 Pontuar adequadamente textos de diferentes gêneros (ponto, ponto de exclamação, ponto de

interrogação, reticências).

EF67LP23A Respeitar os turnos de fala, na participação em conversações e em discussões ou atividades coletivas.

EF69LP07A Utilizar estratégias de planejamento, elaboração, revisão, edição, reescrita/redesign e avaliação de textos.

EF67LP06

Identificar os efeitos de sentido

provocados pela seleção lexical,

topicalização de elementos e seleção

e hierarquização de informações, uso

de 3ª pessoa, em diferentes gêneros.

EF67LP36 Utilizar, ao produzir texto, recursos

de coesão referencial (léxica e

pronominal) e sequencial e outros

recursos expressivos adequados ao

gênero textual.

EF67LP23B Formular perguntas coerentes e adequadas em momentos oportunos em situações de aula,

apresentação oral, seminário etc.

EF69LP17

Identificar recursos estilísticos e

semióticos presentes em textos

jornalísticos e publicitários.

EF69LP46 Participar de práticas de compartilhamento de leitura/recepção de obras literárias/manifestações artísticas, tecendo, quando possível,

comentários de ordem estética e

afetiva.

EF69LP07B Produzir textos em diferentes gêneros, considerando sua

adequação ao contexto de produção

e circulação.

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Aeronave 14 Bis (1906). Foto disponível em < http://www.dominiopublico.gov.br/download/imagem/te000017.jpg>. Acesso em: 11 nov. 2019.

Atividade 1 – O que é, o que é? Nem tudo que voa é pássaro?

Para iniciar a atividade, sugere-se explorar a charada que intitula a Atividade 1.

1. Observe as fotos a seguir.

a) O que essas fotos retratam em comum?

b) As características dos objetos

fotografados podem revelar a

origem deles e a época em que

foram produzidos? Discuta com

a classe.

c) Quem são os inventores

desses objetos? Quando e onde

viveram?

Nesta atividade, o estudante deverá observar as fotos, descrever o que vê nelas, comparar

os elementos observados.

Atividade 2 – É um pássaro? É o Super-Homem? Não! É o 14 BIS!

Explore o título, explicando as referências que embasam seu entendimento, para que o

aluno possa estabelecer a relação estabelecida entre o pássaro, o Super-Homem e o avião

do Santos Dumont.

Protótipo de Leonardo Da Vinci (Séc. XV – XVI). Foto de Amanda Borges Gutierre, em nov. 2019.

Dirigível nº 1. Foto disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/imagem/te000004.jpg> Acesso em: 11 nov. 2019.

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Quem não olhou para o céu, um dia, e pensou: “como seria voar”? Quem

não lançou um aviãozinho de papel na expectativa de que ele desse uma volta no

ar e aterrissasse depois de um voo rasante? Quem não imaginou ser um super-

herói cortando os ares na luta contra o mal?

Assim é a imaginação: pequenos gênios e seus grandes inventos mudaram

o mundo.

Leia o texto a seguir e conheça um desses pequenos grandes gênios.

Uma criança e um grande sonho: voar

Nascido em 20 de julho de 1873, na Fazenda

Cabangu, Minas Gerais, Alberto Santos Dumont, filho

de um engenheiro francês, era leitor de Júlio Verne1 e,

desde criança, sonhava em criar um aparelho que

permitisse fazer com que o homem voasse. Cresceu

observando o voo e a constituição física dos pássaros.

Ele chegou a visitar a França pela primeira vez

em 1891, com a família. Foi nesse final de século que

o motor à gasolina fez sucesso nas exposições em

Paris e o jovem Dumont ficou fascinado. Em 1892,

mudou-se para Paris, onde começou a construir

balões.

Em Paris, aprofundou-se nos estudos da mecânica e do motor de

combustão. Seu primeiro Balão, o “Brasil”, com apenas 15 kg, ganhou altura, mas

era dependente do vento para se movimentar. A dirigibilidade chamava a atenção

de Santos Dumont e suas pesquisas seguiram nesse rumo, até que ele construiu o

dirigível “nº 1”, primeiro de uma série de “charutos voadores” motorizados. O balão

ganhou os céus no dia 20 de setembro de 1898, à altura de 400 metros, retornando

ao ponto de partida e obedecendo perfeitamente às manobras de seu inventor.

1 Jules Gabriel Verne, nasceu em Nantes (França) em 08 de fevereiro de 1828 e faleceu em Amiens (França)

em 24 de março de 1905, foi escritor francês. Considerado pelos críticos literários o inventor do gênero ficção científica. Em suas obras, previu avanços científicos como os submarinos, as máquinas voadoras e a viagem à lua. Principais obras: Cinco semana em um balão (1863); Paris no século XX (1863); Viagem ao centro da

Terra (1864); A volta ao mundo em 80 dias (1872), entre outras.

Alberto Santos Dumont. Foto disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/imagem/te000001.jpg. Acesso em: 28 nov. 2019.

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Outros balões nasceram. O dirigível “nº 3”, por exemplo, foi construído já

com motor à gasolina. Em 1901, Dumont contornou a Torre Eiffel, pilotando o

dirigível nº 6. Na ocasião, ele participava de um desafio lançado pelo milionário

francês aos construtores de dirigíveis: aquele que conseguisse partir do Campo de

Saint-Cloud, contornar a Torre Eiffel e voltar ao ponto de partida em 30 minutos

ganharia 100.000 francos. Nosso inventor venceu, recebeu o Prêmio Dustche e deu

metade do dinheiro para seus mecânicos e auxiliares. A outra parte doou aos

necessitados. O "n.º 9" já era capaz de fazer o transporte de pessoas e o "n.º 10"

ganhou um tamanho bem maior que os

anteriores e passou a ser chamado "um

dirigível ônibus".

No percurso inventivo de Dumont,

surgiu, em 12 de novembro de 1906, o 14

Bis, dotado com um motor de 50 HP

(Hourse Power) de potência, partiu do

Parque de Bagatelle, em Paris, atingindo a

altura de 6 metros, em um percurso de 220

metros.

Em 1908, Santos Dumont construiu o

Demoiselle, que serviria de modelo a outros

projetistas de aeroplanos. Dumont encerrou

sua carreira de inventor e projetista em

1910. Passou, então, a supervisionar as

indústrias que surgiram na Europa. Doente,

resolveu voltar ao Brasil.

Ao ver seu invento ser usado em dois conflitos (Primeira Guerra Mundial e

Revolução de 32) ficou muito decepcionado e triste.

Dumont faleceu no Guarujá, no dia 23 de julho de 1932, em decorrência de

esclerose múltipla e depressão.

Depois de ler o texto, responda às questões propostas.

1. O texto que você leu oferece algumas informações sobre a vida e a obra do

inventor e escritor brasileiro Santos Dumont. As características desse gênero

textual possibilitam identificá-lo como

a) conto.

b) reportagem.

c) lenda.

d) biografia. x

Demoiselle. Foto disponível em <http://www.dominiopublico.gov.br/download/imagem/te00

0018.jpg>. Acesso em 27 nov.2019.

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2. O que é preciso conter no gênero textual biografia? Volte ao texto e grife as

principais informações sobre Santos Dumont. Depois, preencha o quadro a seguir

com a síntese dessas informações. Orientar o aluno sobre os elementos essenciais da

biografia.

Nome completo Alberto Santos Dumont

Data e local de nascimento 20 de julho de 1873 na Fazenda Cabangu,

Minas Gerais.

Data e local de falecimento 23 de julho de 1932 no Guarujá.

Filiação O pai era um engenheiro francês; não há

informação da mãe.

Como é conhecido. “Pai da aviação”. (Resposta está no quadro

Curiosidades: você sabia que...).

Principais contribuições à humanidade. Construiu: 1º balão a ganhar altura; Uma série de dirigíveis até em 1906, surgiu o 14 Bis, atingindo a altura de 6 metros e fez um percurso de 220 metros. Em 1908, o Demoiselle.

Outras informações importantes sobre a vida e

obra.

Supervisionou as indústrias de aviação na Europa. Ficou muito decepcionado ao ver sua invenção ser usada na 1ª Guerra Mundial e na Revolução de 1932, em São Paulo. Faleceu em decorrência de esclerose múltipla e depressão.

Curiosidades:

Dizem que o brasileiro Santos Dumont também inventou o relógio de pulso. O “pai da aviação” precisava cronometrar o tempo de voo de seus inventos durante as experiências e, naquele tempo, os relógios ficavam nos bolsos, presos por uma corrente. Como Dumont não podia tirar as mãos do manche para pegar o relógio, solicitou ao joalheiro Cartier que desenvolvesse um modelo que pudesse prender no braço, para facilitar o controle do tempo.

3- Observe as fotos nos quadros a seguir e busque informações no texto biográfico

lido ou em outras fontes sugeridas após as imagens:

a) Para completar os quadros, não copie as informações do texto, utilize suas

próprias palavras.

Você sabia que Dumont contornou a Torre Eiffel, pilotando... o dirigível nº 6.

Foto disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/dow

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Você sabia que o 14 BIS...

tinha um motor de 50HP, em 12 de novembro de 1906,

Santos Dumond conseguiu voar com ele, partiu do Parque

de Bagatelle, em Paris. Atingiu 6 me de altura e fez um

percurso de 220m.

Sugestões de vídeo: Santos Dumont: sua vida, suas obras – parte 1 Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=0pvV-H24RNc>. Acesso em 11 nov. 2019. Santos Dumont: sua vida, suas obras – parte 2. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=yMGqJzC5SVg>. Acesso em 11 nov. 2019. A invenção do avião. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=cpaFs7itoGI>. Acesso em: 11 nov. 2019. Conhecendo museus Ep. 14: Museu Casa de Santos Dumont. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=y39qLjd03EA>. Acesso em: 11 nov. 2019. Santos Dumont: o homem pode voar – documentário. Disponível em:

<https://www.youtube.com/watch?v=3cRc-MA0IS0>. Acesso em: 11 nov. 2019.

Atividade 3 – E por falar em avião...

Discutir com os alunos questões relativas a textos instrucionais e sua ligação ao advento da internet. Se antes

os manuais de instrução dos equipamentos, por exemplo, eram pouco acessados pelas pessoas, dada a sua

linguagem técnica, atualmente os tutoriais ganham cada vez mais espaço.

1. Faça o seu! Siga as instruções a seguir.

Reprodução de pintura disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/ResultadoPesquisaObraForm.do. Acesso em: 13 nov. 2019.

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1. Pegue uma folha de papel retangular.

2. Dobre a folha ao meio, em sentido vertical. Marque o

vinco com os dedos.

3. Abra a folha de papel e dobre os cantos

superiores em direção ao centro.

4. Os dois cantos devem ser dobrados de modo a se

encontrarem.

5. Dobre a ponta superior para baixo, sem deixar que toque a borda inferior do

papel.

6. Dobre os cantos superiores em direção ao

meio.

7. Faça com que os dois

cantos se encontrem. 8. Para manter os dois

triângulos juntos, dobre a ponta do papel para cima.

9. Novamente, dobre o papel pela metade. Os

vincos anteriores devem ficar externos.

E então? Seu avião

levantou voo...?

10. Dobre as bordas em sentido horizontal e faça o

vinco das asas.

11. As asas devem ter o mesmo tamanho, para evitar que o avião se desestruture

no voo.

2. Analise as etapas de construção do avião de papel e o modo como as instruções

são dadas ao leitor.

Esta atividade pode ser feita com papel sulfite.

a) Em que modo verbal os verbos são utilizados: indicativo, subjuntivo ou imperativo?

Além da predominância do Modo Imperativo, há também alguns exemplos de verbos nos Modos Indicativo e Subjuntivo.

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b) Transcreva alguns trechos em que esses verbos ocorrem, para justificar sua

resposta.

Explicar sobre os Modos Verbais (as diferentes formas que o verbo toma para indicar a ideia

de certeza, de dúvida ou de suposição, de mando) com exemplos.

Nas imagens 1 (pegue); 2 (dobre, marque); 3 (abra, dobre); 5 (dobre); 6 (dobre); 7 (faça); 8

(dobre); 9 (dobre) e 10 (dobre e faça), os verbos estão no Modo Imperativo.

Na figura 4, há uma locução verbal (devem ser) e um subjuntivo (encontrarem).

Na figura 5, além do imperativo (dobre), há ainda verbo no infinitivo (deixar) e no subjuntivo

(toque).

Na figura 8, além do imperativo (dobre), há ainda verbo no infinitivo (manter).

Na figura 9, além do imperativo (dobre), há ainda uma locução verbal (devem ficar).

Na figura 11, há uma locução verbal (devem ter), um verbo infinitivo (evitar) e um verbo no

subjuntivo (desestruture).

c) Em textos instrucionais e prescritivos, é comum a ocorrência de verbos no modo

imperativo. Qual é o efeito de sentido produzido no texto, em relação ao

“comportamento” do interlocutor? Assinale a alternativa correta.

( ) Espera-se que o interlocutor relate os procedimentos para conseguir

desenvolver algo.

( x ) Espera-se que o interlocutor siga os procedimentos adequados para

desenvolver algo.

( ) Espera-se que o interlocutor escolha os procedimentos adequados para

desenvolver algo.

4. Observe que as instruções escritas são acompanhadas por imagens. No gênero

em estudo, há relações de sentido entre os recursos verbais e os recursos não

verbais? Comente.

Espera-se que o estudante perceba que há os recursos verbais (os textos feitos de palavras) estão

ilustrados pelas imagens (recurso não verbal).

5. Observe as instruções 4 e 11 a seguir.

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“4. Os dois cantos devem ser dobrados de modo a se encontrarem.” “11. As asas devem ter o mesmo tamanho, para evitar que o avião se desestruture no voo.”

a) Explique o efeito de sentido produzido pelo uso das locuções verbais em

destaque.

As duas locuções verbais (verbo auxiliar conjugado e verbo principal, no caso, no infinitivo),

têm, como verbo auxiliar, o verbo dever que exprime a necessidade que determinado

processo se realize.

b) O verbo “devem” apresenta-se também no modo imperativo, como nos

demais itens das instruções? Por que isso ocorre?

Não, mas ele associado a outro verbo no infinitivo formando uma locução verbal. E nesse

caso, apesar de não estar no imperativo, ele exprime a necessidade de que a ação

aconteça, a fim de que se consiga, com a folha, construir um avião que levante voo.

Sugere-se mostrar à turma como muda o sentido da frase se trocarmos o verbo auxiliar dever por

poder:

4. Os dois cantos podem ser dobrados de modo a se encontrarem.” “11. As asas podem ter o mesmo tamanho, para evitar que o avião se desestruture no voo.”

Em vez da necessidade de fazer algo para conseguir o voo, agora o sentido é de uma possibilidade

em dobrar a folha das asas terem o mesmo tamanho; dessa forma, não se garante que o avião a

ser construído, a partir da folha, levante voo.

A escolha das palavras na construção de qualquer texto é de suma importância para se obter a

finalidade desejada.

Como se analisou anteriormente, os verbos no modo imperativo fazem um apelo direto ao interlocutor, chamando-o a executar uma ação ou um processo, por exemplo: “Pegue (você) uma folha de papel retangular”. Já em “Os dois cantos devem ser dobrados” e “As asas devem ter o mesmo tamanho”, os verbos introduzem uma informação declarativa sobre algo.

c) Em que tempo verbal as informações são dadas em “Os dois cantos devem

ser dobrados” e “As asas devem ter o mesmo tamanho”?

O verbo “devem” está no presente do indicativo, o modo verbal que traz o

sentido de uma declaração sobre algo; entretanto, nessas instruções, como

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estão atuando como verbo auxiliar na locução verbal, é conveniente retomar as

explicações feitas nos itens a e b.

Tempo verbal é a indicação do momento em que ocorrem as ações, os fenômenos naturais e os estados expressos pelo verbo. É determinado pela relação que se estabelece entre o momento em que a pessoa fala e a ocorrência do fato expresso pelo verbo. São três os tempos verbais: presente, pretérito (passado) e futuro.

d) As expressões “Os dois cantos” e “As asas” podem ser substituídas por

pronomes? Reescreva as sentenças com as possibilidades de substituição.

“Eles” e “Elas”.

Eles devem ser dobrados. Elas devem ter o mesmo tamanho.

e) Os pronomes que você utilizou na resolução da questão anterior referem-se à

1ª, 2ª ou 3ª pessoa verbal? Que efeito de sentido o emprego dessa pessoa verbal

produz no texto?

À 3ª. pessoa do plural.

Como, em muitas situações, os pronomes fazem referência a algo que já foi dito,

concordando em gênero e número ao que foi referenciado, permitem a não repetição de

palavras em um texto, tornando-o mais fluido.

As pessoas verbais situam os interlocutores na produção do discurso:

• primeira pessoa (eu, nós) – “a pessoa que fala” (o enunciador, o locutor);

• segunda pessoa (tu, vós, você, vocês) – “a pessoa com quem se fala” (o enunciatário, o interlocutor);

• terceira pessoa (ele, ela, eles, elas) – “a pessoa de que/quem se fala” (o referente, o assunto).

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Atividade 4 – Sobre gênios e genialidades

São Paulo, segunda-feira, 06 de novembro de 2019

500 ANOS DE UM GÊNIO

MIS inaugura novo espaço com mostra imersiva sobre Leonardo da Vinci

A cidade de São Paulo ganhou, em novembro

deste ano, um novo espaço cultural com foco em

exposições imersivas. Idealizado pelo MIS (Museu

da Imagem e Som), o novo espaço, chamado MIS

Experience, recebeu em sua estreia nada mais

nada menos que uma exposição dedicada ao

grande mestre italiano Leonardo da Vinci.

Além de uma viagem que conta a vida e o

legado de Da Vinci, a mostra propicia aos

visitantes uma

incrível experiência multissensorial e interativa,

através de experimentos científicos e projeções

de vídeo em uma galeria exclusiva.

O gênio Da Vinci

Leonardo da Vinci nasceu em 1452 (século XV),

em Anchiano, província de Florença (atualmente,

Itália) e faleceu em Aboise (França), no ano de

1519 (século XVI). Foi uma das figuras mais importantes do Alto Renascimento.

Destacou-se em diversas áreas: ciências, matemática, engenharia, anatomia,

pintura, escultura, arquitetura, botânica, poesia e música, além de inventos que o

tornaram conhecido pela genialidade. Da Vinci também é considerado o precursor

da aviação e da balística.

Ficou reconhecido como um dos grandes pintores de todos os tempos e, não

injustamente, como o ser humano com o maior número de talentos reunidos em

Foto de Amanda Borges Gutierre

Foto: Madalena Borges.

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uma única pessoa. Sua obra mais conhecida, a Mona Lisa, está exposta no Museu

do Louvre, em Paris, na França.

Siga-nos nas redes sociais

Depois de ler a reportagem “500 anos de um gênio”, responda às questões

propostas.

1. Qual é o fato retratado na reportagem?

A mostra imersiva sobre Leonardo da Vinci, no Museu da Imagem e do Som.

2. É possível situar o fato no tempo e no espaço? Volte ao texto e indique quando

e onde o fato ocorreu?

O fato ocorreu em novembro de 2019 (para saber o ano, verificar a data em que saiu a notícia)

Ocorreu em São Paulo, cidade onde está localizado o MIS (Museu da Imagem e Som), em seu

novo ambiente chamado MIS Experience).

3. A foto que aparece na reportagem tem relações com o texto verbal? Por quê?

Comente.

Espera-se que o estudante perceba que as fotos presentes na reportagem mostram pelo

menos dois trabalhos de Leonardo da Vinci: um é o protótipo da roupa de mergulho por ele

criado, o outro é o famoso retrato intitulado “Mona Lisa”; portanto texto verbal e não verbal

referem-se à exposição “500 anos de um gênio”.

4. Discutiu-se anteriormente como o modo, o tempo e a pessoa verbal são

importantes recursos de linguagem na organização de diferentes gêneros textuais.

Diante disso, responda:

a) Que tempo e modo verbal predominam na reportagem? Ilustre com

exemplos do texto.

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Pretérito Perfeito do Indicativo. Solicite que o aluno grife alguns exemplos no próprio

texto. Uma das possibilidades: “Leonardo da Vinci nasceu em 1452 (século XV), em

Anchiano, província de Florença (atualmente, Itália) e faleceu em Aboise (França), no ano de

1519 (século XVI). Foi uma das figuras mais importantes do Alto Renascimento.

b) Que pessoa verbal (1ª, 2ª, 3ª) predomina na reportagem? Ilustre com

exemplos do texto.

3ª. pessoa do singular. Solicite que o aluno grife alguns exemplos no próprio texto.

c) Com base no que você respondeu na questão anterior, comente: por que a

pessoa verbal identificada predomina nesse gênero textual?

A reportagem está se referindo à mostra e ao criador dos trabalhos em exposição,

eles são o assunto, portanto é a 3ª pessoa que deve ser usada. Relembrando:

1ª pessoa é a que fala; 2ª pessoa com quem fala: 3ª de quem se fala, o assunto.

5. Leia o excerto seguinte:

“Da Vinci é considerado o precursor da aviação e da balística”

De acordo com esse trecho, e, também com base na biografia de Santos Dumont,

é possível inferir que

Retome com o aluno a biografia de Santos Dumont para que ele responda à questão.

a) Leonardo Da Vinci e Santos Dumont desenvolveram, juntos, inventos

relacionados à aviação.

b) Leonardo Da Vinci desenvolveu projetos de aviação, na Itália, e os enviou a

Santos Dumont, no Brasil.

c) Leonardo da Vinci e Santos Dumont interessaram-se pela aviação, porém em

momentos e lugares distintos. x

d) Leonardo Da Vinci e Santos Dumont interessaram-se pela aviação no mesmo

momento e no mesmo lugar.

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6. Considere o excerto:

“[...] Além de uma viagem que conta a vida e o legado de Da Vinci, a mostra

propicia aos visitantes uma incrível experiência multissensorial e interativa, através

de experimentos científicos e projeções de vídeo em uma galeria exclusiva.

Na expressão em destaque, a palavra “incrível”

I. Revela o ponto de vista do enunciador sobre a experiência propiciada pela

exposição.

II. Expressa uma apreciação positiva do enunciador.

III. Expressa uma apreciação negativa do enunciador.

IV. Pertence à classe dos adjetivos.

V. Caracteriza e modifica o sentido do substantivo “experiência”.

São corretas as afirmativas

a) I, II e IV, apenas.

b) I, III, e IV, apenas.

c) I, II, IV e V, apenas. x

d) I, III, IV e V, apenas

Leonardo Da Vinci, como já descrito, foi um gênio de talento admirável em várias áreas do conhecimento, sua vida e obra inspirou da ciência à arte. Uma das mais famosas obras literárias, que até já virou filme, é “O Código Da Vinci”, uma história com muitos mistérios e grandes enigmas que vão se revelando durante a narrativa. Conheça mais a respeito em <http://www.adorocinema.com/filmes/filme-54226/> (Acesso em: 29 nov. 2019).

Atividade 5 - Decifrando enigmas

1. Analise a imagem a seguir:

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Elaborada especialmente para esta atividade

a) A qual objeto do universo dos jogos a imagem remete?

À carta de baralho.

b) Encontre na ilustração duas referências a Leonardo Da Vinci. Explique.

A Mona Lisa e O Código Da Vinci. Professor, retome o texto e o boxe sobre Leonardo Da Vinci para ajudar o aluno a explicar essa questão.

d) Qual a relação entre os números e a mensagem escrita na imagem?

São enigmas a serem decifrados: A soma dos números resulta no número 20. A frase “Código Dá Vinte” relaciona-se ao jogo de palavras que enfatiza o verbo “dá” com a soma dos códigos (número somados).

e) Qual a função do acento agudo na palavra “Dá”, qual a modificação que este sinal promove?

O acento agudo transforma a preposição (contração) em um verbo, mudando o sentido da frase.

f) Qual a função da palavra “Código” na imagem?

A palavra “Código” sugere algo a ser decifrado.

g) A palavra Vinci, no contexto da ilustração, pode ser associada a quê?

Ao número “vinte”.

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Atividade 6 – De aviões a super-heróis

O que fazem os super-heróis? Quem é seu super-herói favorito? No espaço abaixo,

desenhe ou cole uma ilustração e produza uma pequena biografia, com as

principais informações sobre o super-herói que você mais admira. Caso não se

lembre de nenhum, crie seu próprio super-herói, bem como sua breve biografia

(como nasceu, onde viveu, como adquiriu seus superpoderes, fatos de sua vida,

momentos heroicos etc.)

Atividade 7 – Divulgar é preciso

Já dizia o genial Fernando Pessoa, um grande “inventor” da arte literária:

“Navegar é preciso; viver não é preciso”. A que se referia o poeta? À ideia de

necessidade ou à ideia de precisão? A arte literária é assim: possibilita a construção

figurada, conotativa da linguagem, como se observa no trecho do poema de

Pessoa, a seguir:

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“Navegar é Preciso

Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa:

"Navegar é preciso; viver não é preciso".

Quero para mim o espírito [d]esta frase,

transformada a forma para a casar como eu sou:

Viver não é necessário; o que é necessário é criar.

[...]”

(PESSOA, Fernando. Navegar é preciso. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/jp000001.pdf.> Acesso em: 29 nov. 2019).

Sugere-se apresentar o poema completo aos estudantes.

1. Pense nas seguintes situações:

• “Divulgar é preciso”.

• “Navegar é preciso”.

• “Viver não é preciso”.

Peça aos estudantes que procurem no dicionário (impresso, ou digital) os sinônimos da palavra

“preciso”. Entre eles, podemos citar: necessário, indispensável, imprescindível, obrigatório, forçoso,

essencial, vital, primordial, inevitável. Mostre a eles que nem todos podem ser substituir “preciso” e

que devem escolher o que faz mais sentido ao contexto.

a) Em qual/quais delas a ideia expressa em “é preciso” equivale a “necessidade”?

“Divulgar é preciso”.

c) Em qual/quais delas a ideia expressa em “é preciso” equivale a “precisão”,

“exatidão”?

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“Navegar é preciso”.

d) Nas situações acima, a expressão “é preciso” pode ser considerada ambígua?

Uma das definições da palavra “ambígua” é aquela que permite duas (ou mais)

interpretações diferentes.

Espera-se que o estudante perceba que, nas três frases, a palavra “preciso” pode ter mais de

um significado, às vezes, até sentido figurado. Veja em “Viver não é preciso”, pode-se pensar

que “preciso” pode significar que não é necessário, essencial, também de não ter precisão,

exatidão, pois a vida é cheia de imprevistos. Essa última é uma das leituras que se pode fazer

dos versos de Fernando Pessoa, navegar tem de ter precisão, é preciso calcular toda a rota

para não se perder no mar, porém não se pode fazer isso com a vida por causa de todos os

imprevistos que surgem.

2. “Divulgar é preciso”. Imagine que sua turma formará uma liga com seus super-

heróis favoritos ou inventados. Para isso, a classe organizará um concurso, que

contará com a apresentação de todos esses heróis, seus superpoderes e como

podem contribuir com a liga. Ao final das apresentações, serão escolhidos os super-

heróis que farão parte dela. O grupo deverá escolher um nome para a liga. Para

divulgar o evento, elaborem um flyer.

Explicar para o aluno o conceito de liga, na abordagem dos super-heróis.

Mostrar um flyer como modelo para os alunos, explorando suas características, estrutura, função social.

O flyer é um tipo de peça publicitária que se assemelha a um folheto. A diferença entre um e outro está, principalmente, no tamanho. O folheto costuma ser maior e conter mais informações do que o flyer. A palavra flyer é de origem inglesa e significa “algo que voa”. O nome justifica a finalidade desse material publicitário – ser distribuído de forma rápida entre um grande número de pessoas, de modo impresso ou digital. Por se tratar de um gênero de divulgação publicitária, é importante que a linguagem do flyer seja “precisa”, objetiva, clara, a fim de atingir o interlocutor com eficácia.

Sugere-se explorar um flyer com os estudantes, enfatizando características, estrutura,

função social.

Essa atividade pode ser feita em grupo.

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Para produzir o seu flyer considere as seguintes dicas:

• Selecione informações importantes, como o nome do concurso, data,

período e o local.

• Selecione uma foto interessante e coerente para o evento.

• Cuide do layout do texto: diagramação, cores, tipos e tamanhos de letras, os

desenhos, uma frase de efeito (chamativa).

• Escreva o regulamento do concurso de forma breve como: o número de

super-heróis por participante, se o desenho do super-herói deve ser

apresentado, quanto tempo dura cada apresentação e os critérios para a

escolha.

Concluída a atividade, escolha um dia para a exposição das criações de todos, bem

como um desenho contendo todos os super-heróis eleitos para compor a liga. No

dia do evento de apresentação da liga, uma ideia interessante é os convidados

aderirem ao cosplay, vestindo a roupa do seu super-herói favorito ou criado.

Outras informações sobre a produção de flyers estão disponíveis em: <https://www.printi.com.br/blog/flyer-panfleto-ou-folder-saiba-diferencia-los-e-usa-los-seu-favor>. Acesso em: 28 nov. 2019.

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SP FAZ ESCOLA CADERNO DO PROFESSOR

LÍNGUA PORTUGUESA

– 7º ano

ENSINO FUNDAMENTAL

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VOLUME 2

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Desenho de Lívia Maria dos Santos Amaral - E.E. Comendador Antônio Figueiredo Navas, Lins, SP

Olá!

A Situação de Aprendizagem que você desenvolverá neste material pretende

trabalhar habilidades relacionadas às práticas de:

leitura;

oralidade;

produção textual;

análise linguística/semiótica.

Essas práticas, por sua vez, estão articuladas a alguns campos de atuação

social:

o da vida pública;

o das práticas de estudo e de pesquisa;

o da arte e da literatura;

o do jornalístico/midiático.

Utilize este material como parte de seus estudos, associando-o a outros que

venham a complementar sua jornada no campo do conhecimento.

Equipe Pedagógica de Língua Portuguesa

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SUMÁRIO

Sugestões de atividades adaptativas

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 – Entrevistas, roteiros, pesquisas e afins.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2 – Gêneros textuais e mídias

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3 – Gêneros textuais diversos

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 – Leis, textos reivindicatórios, textos do campo jornalístico e literatura

CRÉDITOS ..........................................................................................................

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Atividades adaptadas

Os links e QRCodes (indicados abaixo) remetem a materiais relacionados à Educação Especial. A critério do professor, as atividades sugeridas podem ser aplicadas a todos os estudantes, de forma complementar às Sequências de Atividades elencadas no Caderno do Professor e do Aluno.

Acesse por meio do link o documento orientador contendo a

Resolução SE nº 68 de 12/12/2017, definições das Deficiências,

Adaptação Curricular e Avaliação.

Para acesso às sugestões de atividades adaptadas clique no link.

Materiais da Educação Especial disponíveis no link.

Ilustração: Kleber Sadraque – DER de Itapevi

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 – Entrevistas, roteiros, pesquisas e afins.

Nesta Situação de Aprendizagem (SA), você desenvolverá atividades de leitura, de

escrita, de oralidade voltadas à organização e à interpretação de textos. Veja, a

seguir, algumas habilidades, entre outras, que começaremos a desenvolver:

EF67LP20 – Realizar

pesquisa, a partir de

recortes e questões

definidos previamente,

usando fontes indicadas e

abertas

EF69LP37 - Produzir roteiros

para elaboração de vídeos de

diferentes tipos (vlog científico,

vídeo-minuto, programa de

rádio, podcasts) para divulgação

de conhecimentos científicos e

resultados de pesquisa, tendo

em vista seu contexto de

produção, os elementos e a

construção composicional dos

roteiros.

EF67LP22- Produzir resumos, a

partir das notas e/ou esquemas

feitos, com o uso adequado de

paráfrases e citações.

EF67LP21- Divulgar

resultados de pesquisas por

meio de apresentações

orais, painéis, artigos de

divulgação científica,

verbetes de enciclopédia,

podcasts científicos etc.

EF67LP26- Reconhecer a estrutura

de hipertexto em textos de

divulgação científica. EF67LP14B- Levantar

informações sobre o

entrevistado e sobre o

acontecimento ou tema em

questão.

EF67LP14C- Preparar o

roteiro de perguntas para a

realização de entrevista oral

com envolvidos ou

especialistas relacionados

ao fato noticiado ou ao tema

em pauta.

EF67LP14A- Definir o contexto

de produção da entrevista

(objetivos, o que se pretende

conseguir, escolha do

entrevistado etc.).

Práticas de Linguagem

▪ Leitura ▪ Oralidade ▪ Produção de Texto ▪ Análise Linguística/Semiótica

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Atividade 1 – Entrevista em experimentação

1- Vamos direto ao assunto! A tarefa da turma é simular uma entrevista para

um programa de televisão. Siga as instruções presentes no quadro abaixo.

Será importante orientar os estudantes para a execução dessa atividade, pois ela

envolve movimentação, escolhas e decisões. O professor poderá combinar com os

grupos, principalmente com o que estará fora da sala, regras de convivência, tais

como: movimentar-se pelos corredores de forma sutil, não gritar, procurar um local em

que possam fazer o ensaio preliminar, respeitar o tempo estabelecido para o ensaio.

Por envolver ambiente externo à sala de aula, é prudente que o docente avise a

equipe gestora a respeito da movimentação desse pequeno grupo de alunos.

2- Agora que você já sabe como a atividade será desenvolvida, faça a leitura do

texto a seguir e verifique como ele está estruturado.

Instruções:

A- Ambientação I

Para a organização de uma apresentação e de um breve ensaio do lado de

fora da sala, a turma constituirá um grupo de 7 estudantes (Grupo I):

o uma dupla para a leitura e encenação/teatralização da entrevista. o um estudante para ajudar a dirigir a cena. o uma dupla (um colega para filmar a entrevista; outro para gravar

somente o áudio). o uma dupla para criar uma vinheta (aquela música que anuncia o início e

indica o fim do programa).

B- Ambientação II

Os estudantes (Grupo II), que permaneceram no interior da sala, farão a leitura silenciosa do texto. Após a leitura silenciosa, esse grupo preparará o cenário em que ocorrerá a entrevista (sugestão: duas cadeiras colocadas à frente da sala).

C- Ambientação III

Grupo I apresentará o que foi preparado/ensaiado.

Grupo II, que simulará a plateia, se manterá em ordem para não prejudicar a

gravação, pois a entrevista será feita ao vivo.

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Percurso da apresentação

Personagens:

• Apresentador(a)

• Entrevistado: Ed

Recursos materiais:

• Duas cadeiras

• Celular

Desenvolvimento:

Diretor do programa: Silêncio no estúdio. Gravando! (anuncia)

(Produção solta a vinheta)

Apresentador(a): No ar, mais uma edição do programa TeenConto.

Agradecemos pela audiência. Hoje, entrevistaremos Ed Cerazer, estudante do

7º ano, da EE Consolação. Como vai Ed?

Ed: Muito bem!

Apresentador(a): Ed, o que você sente em ter atingido 1 milhão de seguidores

em pouco tempo, por causa de uma aventura em um cemitério? Conte tudo!

Ed: Postei um vídeo no meu canal, relatando a história e não é que o conteúdo

“bombou”! Então, minha professora de Língua Portuguesa pediu para fazer uma

entrevista com alguém que exercesse um bom trabalho. Conheço o João,

coveiro que trabalha faz tempo no cemitério do meu bairro. Saí da escola às

16h45 e fui pra lá. Entrei. Procurei o João e nada. Desisti. Caminhei para o

portão de saída. Puxei para abrir, mas estava trancado. Olhei em volta.

Ninguém. Mexi na mochila para pegar meu celular. Sem bateria!

Apresentador(a): Qual foi a sensação de estar sozinho em um cemitério?

Ed: Senti um frio na barriga, as pernas queriam correr, mas estavam lá, paradas,

como se tivessem criado raízes. A frase “pernas, para que vos quero” fez sentido

pra mim, naquele exato momento.

Apresentador(a): Isso aconteceu em que horário?

Ed: Mais ou menos umas 18 horas. Acho que os portões fecharam às 17. Fiquei

uma hora procurando uma saída.

Apresentador(a): Foi nessa uma hora que tudo aconteceu?

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Ed: Sim. Uma hora de surpresa. Eu estava lá, mas ninguém me viu. O

responsável por fechar os portões deveria vistoriar o local para ter certeza de

que não teria ninguém no local. Fiquei preso, uma viva alma encarcerada na

morada dos mortos.

Apresentador(a): Conte-nos como você resolveu esse problema?

Ed: Um gato de pelagem cinza, se aproximou, roçou minhas pernas e, como

mágica, afastou de mim o medo. Passei a segui-lo. O gato estava me guiando

para algum lugar. Aqueles olhos vivos, verdes pareciam querer me levar para

fora. Continuei a seguir o bichinho que me conduziu a alguns túmulos e miava

quando queria eu observasse os escritos das lápides.

Apresentador(a): Você notou algo estranho nisso?

Ed: No começo, sim, mas logo entendi que o felino queria que eu decifrasse um

tipo de charada. “Conquiste a liberdade. Entenda-me!” foi o que li na primeira

lápide.

Apresentador(a): O que houve depois? Conte para nossos espectadores.

Ed: O gato me levou até o túmulo de Tarsila do Amaral. Em seguida, me

conduziu para o de Oswald de Andrade. Por último, fui levado a visitar o de

Mario de Andrade. Em cada uma das lápides, o gatinho acariciava com a pata

direita os primeiros e os últimos nomes dessas pessoas. Só não apontou a

palavra “Amaral”. Fui memorizando as palavras indicadas por ele. O que elas

tinham em comum.

Apresentador(a): O que havia em comum?

Ed: Fui levado a mais uma pista. Em uma lápide recém-colocada estava escrito:

Os números para o lado de fora o levarão. Dos primeiros nomes, o da mulher e os dos dois homens, separadamente somados,

três números em ordem decrescente terá. Some os dois sobrenomes iguais, sem o “de”.

Insira a quantidade de túmulos dos artistas visitados. Antes de todos somar, seis números terá.

Some todos e outros dois números surgirão. Dessa soma, um número com dois algarismos obterá.

Organize os oito números na sequência que apareceram. Enfim, liberto você estará.

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Apresentador(a): Se você está com a gente aqui, significa que desvendou o

enigma numérico. Como isso se deu?

Ed: O gato parou perto de mim. Olhei para medalha que ele carregava presa a

uma coleira de couro. Daí descobri tudo! Ele correu em direção a um muro

localizado aos fundos da capela do cemitério. Fui atrás dele. Era o trecho mais

baixo de parede. Pulou.

Apresentador(a): O que você fez?

Ed: Pulei o muro atrás dele. Já fora do cemitério, o gato se jogou no meu colo.

Segurei-o.

Apresentador(a): Então, o gato é o herói dessa história? Surpreendente!

Ed: Surpreendente é a medalha com a inscrição 76514335 pendurada no

pescoço dele.

Apresentador(a): Que número é esse?

Ed: É o número do telefone fixo lá de casa.

Apresentador(a): E o gato?

Ed: Desde aquele dia, mora comigo. O nome dele é Allan Poe.

Apresentador(a): Caros amigos que nos acompanham, ainda faltam

informações para essa história. Encaminhem a resposta completa para o

enigma. Os três primeiros que enviarem a resposta correta receberão os livros

“O escaravelho de ouro”, de Edgar Allan Poe; “Venha ver o pôr do sol”, de Lygia

Fagundes Telles e “O Fantasma de Canterville”, de Oscar Wilde.

Ed, agradecemos sua presença. Na próxima semana você volta para nos ajudar

a entender esse enigma e conferir as respostas de nossos espectadores. Então,

lá vão nossas dicas:

- O que os números têm a ver com os nomes inscritos nas lápides?

- O que as inscrições nas lápides têm a ver com o número de telefone do Ed?

Não percam o próximo “TeenConto”, nosso programa de entrevistas inusitadas.

Valeu!

(Produção solta a vinheta)

Atividade 2 – Entrevistas em análise: estrutura e intencionalidades

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A atividade tem por objetivo fazer um levantamento dos conhecimentos prévios dos

gêneros abordados.

1- Insira no quadro respostas completas e preste atenção na escrita. Se o

espaço não for suficiente, utilize seu caderno.

Pergunta Resposta completa

O que é

entrevista?

Entrevista é

uma conversa entre duas ou mais pessoas –

entrevistador(es) e o(s) entrevistado em que perguntas são

feitas com a finalidade de se obter informações por parte

do(s) entrevistado(s).

(Resposta possível).

O que é

pesquisa?

Pesquisa é

o ato de procurar informação de algo, portanto exige estudo

e investigação.

(Resposta possível).

O que é um

roteiro?

Roteiro é

um plano sistematizado com perguntas relacionadas a um

tema.

(Resposta possível).

Uma entrevista

pode envolver

pesquisas.

Como isso se dá?

Uma entrevista pode envolver pesquisas. Isso se dá,

pois o entrevistador precisa conhecer o assunto e um

pouco sobre a atuação do entrevistado, para poder realizar

um trabalho que atinja os objetivos pretendidos.

(Resposta possível).

Uma pesquisa

pode direcionar

uma entrevista.

Uma pesquisa pode direcionar uma entrevista. Isso

acontece porque

de posse das informações pesquisadas pelo entrevistador,

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2- Leia as informações abaixo e compare-as com as respostas que você registrou no

quadro do exercício 1.

É importante salientar que a entrevista, a pesquisa e o roteiro, enquanto gêneros textuais, indicam a

existência de uma estrutura fixa, função social específica, determinada finalidade, meios de circulação,

entre outros aspectos característicos desses gêneros. Para isso, a leitura dos quadros a seguir pode

ser explorada e comparada com as respostas dadas pelos estudantes, no quadro do item 1.

Entrevista é a ação de entrevistar alguém ou se deixar entrevistar. Pode acontecer por meio de uma conversa entre duas ou mais pessoas, em busca de respostas para determinado assunto. Quanto à linguagem, dependendo do tipo de entrevista, ela pode ser formal, informal ou um pouco das duas. Como tem finalidade social e difunde informações, é necessário ter responsabilidade com o que é perguntado e com o que é respondido.

Pesquisa, geralmente, tem a ver com o ato de buscar informação a respeito de algo. É estudar,

investigar, examinar objetos de conhecimento.

A verificação da idoneidade dos caminhos percorridos para a realização de uma pesquisa e a

checagem das informações coletadas fazem parte da execução dessa tarefa, não podem, portanto,

ser ignoradas.

Roteiro, em geral, é um plano, uma programação a ser seguida. É um texto que descreve, que

relata o desenvolvimento de algo (uma entrevista, um filme, uma apresentação entre outras

possibilidades).

Como isso se dá?

ele pode levar a entrevista por um caminho considerado

relevante para o público.

(Resposta possível).

Um roteiro é, em

geral, um tipo de

plano, de script.

O que ele tem a

ver com

pesquisa e

entrevista?

Um roteiro é, em geral, um tipo de plano, de script.

Para elaborá-lo,

A pesquisa feita pode garantir que o direcionamento da

entrevista se consolide em boas respostas.

(Resposta possível).

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3- Retome o texto da entrevista e responda.

a) O que diferencia a entrevista concedida ao programa TeenConto das outras

que aparecem na televisão ou são transmitidas pela rádio?

Chamar a atenção para o conteúdo inusitado do assunto da entrevista, juntamente com

as respostas do entrevistado, que se aproximam da ficção. As entrevistas difundidas em

rádio ou televisão, por exemplo, tendem a trabalhar com temas que permeiam fatos,

acontecimentos passíveis de comprovação, embora isso não seja via de regra.

b) O entrevistador chegou a fazer uma pesquisa referente ao entrevistado?

Grife um trecho do texto que evidencia isso.

Sim. As perguntas feitas pelo apresentador direcionam as respostas do

entrevistado e vão alinhavando a história como se fossem pequenos lembretes

para manter o curso da entrevista.

Alguns trechos:

Direcionados ao entrevistado:

• Ed, o que você sente em ter atingido 1 milhão de seguidores em pouco tempo,

por causa de uma aventura em um cemitério? Conte tudo!

• Qual foi a sensação de estar sozinho em um cemitério?

• Isso aconteceu em que horário?

• Foi nessa uma hora que tudo aconteceu?

• Conte-nos como você resolveu esse problema?

• Você notou algo estranho nisso?

• O que houve depois? Conte para nossos espectadores.

• O que havia em comum?

• Se você está com a gente aqui, significa que desvendou o enigma numérico.

Como isso se deu?

• O que você fez?

• Então, o gato é o herói dessa história? Surpreendente!

• Que número é esse?

• E o gato?

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Direcionados aos telespectadores:

• O que os números têm a ver com os nomes inscritos nas lápides?

• O que as inscrições nas lápides têm a ver com o número de telefone do Ed?

b) Por falar em pesquisa, na entrevista que Ed participou, três nomes de

artistas foram mencionados. Qual é a importância deles para a história, arte e

literatura brasileira? Você poderá completar o quadro abaixo ou escrever as

informações em seu caderno.

Artistas O que podemos dizer a respeito

deles?

Tarsila do Amaral Sugestão de resposta: Uma das mais importantes artistas do movimento modernista (movimento que incluía pintura, música, literatura etc.). Junto com Anita Malfatti fez parte da primeira fase do Modernismo. Ao lado dos escritores Oswald de Andrade e Raul Bopp, inaugurou o movimento chamado de “Antropofagia”. Também fez parte do “Grupo dos Cinco” juntamente com Oswald de Andrade, Anita Malfatti, Mário de Andrade e Menotti del Picchia. Uma de suas obras mais famosa é o quadro “Abaporu”. Algumas obras: Margaridas de Mário de Andrade (1922) Retrato de Oswald de Andrade (1922) Retrato de Mário de Andrade (1922) A Negra (1923) O Autorretrato (1923) Morro da Favela (1924) Cuca (1924) Aboporu (1928) Antropofagia (1929) Operários (1933)

(Obs: Pode-se solicitar aos estudantes que a pesquisa vá além dessas informações.)

Mário de Andrade Sugestão de resposta: Foi escritor, crítico literário, musicólogo, folclorista e ativista cultural brasileiro. Teve participação preponderante na organização da Semana de Arte Moderna (1922). Fez parte do “Grupo dos Cinco” com Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Menotti del Picchia. Deixou uma vasta obra que inclui romances, poemas, críticas, contos, crônicas, ensaios e cartas (trocava correspondências com amigos, jovens escritores, entre outros). Principais

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obras: • Há uma Gota de Sangue em Cada Poema (1917)

• Paulicéia Desvairada (1922)

• A Escrava que não é Isaura (1925)

• Primeiro Andar (1926)

• Clã do Jabuti (1927)

• Amar, Verbo Intransitivo (1927)

• Macunaíma (1928)

• O Aleijadinho de Álvares de Azevedo (1935)

• Poesias (1941)

• O Movimento Modernista (1942)

• O Empalhador de Passarinhos (1944)

• Lira Paulistana (1946)

• Contos Novos (1947)

• Poesias Completas (1955)

• O Banquete (1978)

(Obs: Pode-se solicitar aos estudantes que a pesquisa vá além dessas informações).

Oswald de Andrade Sugestão de resposta: Foi escritor e uma das personalidades mais polêmicas do movimento cultural de 1922, o “Modernismo”, que organizou juntamente com a pintora Anita Malfatti, o escritor Mário de Andrade e outros intelectuais. Em 1924 lançou o “Manifesto Pau-Brasil”, um dos mais importantes do Modernismo. Em 1925 lança o livro de poemas “Pau-Brasil”, com ilustrações de Tarsila do Amaral, com quem se casou em 1926. Algumas de suas obras:

• Os Condenados, 1922

• Memórias Sentimentais de João Miramar, 1924

• Manifesto Pau-Brasil, 1925

• Pau-Brasil, 1925

• Estrela de Absinto, 1927

• Primeiro Caderno de Poesia do Aluno Oswald de Andrade, 1927

• Manifesto Antropofágico, 1928

• Serafim Pontes Grande, 1933

• O Homem e o Cavalo, 1934

• O Rei da Vela, 1937

• A Morta, 1937

• Marco Zero I - A Revolução Melancólica, 1943

• A Arcádia e a Inconfidência, 1945

• Ponta de Lança, 1945

• Marco Zero II - Chão, 1946

• A Crise da Filosofia Messiânica, 1946

• O Rei Floquinhos, 1953

• Um Homem Sem Profissão, 1954

• A Marcha das Utopias, 1966

(Obs: Pode-se solicitar aos estudantes que a pesquisa vá além dessas informações).

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Observação: Ao pesquisar sobre a vida dessas três personalidades brasileiras,

leia as informações e anote somente aquelas que você considerar importantes.

Use sua habilidade de síntese (resumo) e redija tudo com suas palavras (utilize

paráfrases*, no intuito de repassar uma informação lida ou ouvida). Não vale

copiar.

É importante salientar para o estudante a relevância da apresentação correta das fontes

consultadas e como elas contribuem para a credibilidade de uma pesquisa. Sugere-se também

explorar a estrutura básica dessas referências, conforme exemplificação abaixo.

Obs.: É possível apresentar outras maneiras de referenciação baseadas na ABNT.

*Paráfrase consiste na troca de palavras e expressões originais de um texto, desde que a

ideia central da informação seja mantida.

Uma dica. Você pode iniciar sua escrita assim:

Ex. 1

Segundo o site______________________________, ________________

(nome do site e o link da pesquisa) (nome do artista)

Ex. 2

De acordo com o professor ____________________, ________________

(nome do professor) (nome do artista)

Ex. 3

________________________ foi _________________________________

(nome do artista)

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Atividade 3 – Oficina: liberte uma curiosidade

1- Para essa atividade, o trabalho em grupo será muito bem-vindo! Forme o seu. Por ser um trabalho coletivo, a partir do item 2, mexeremos um pouco no texto, ou seja, utilizaremos verbos na terceira pessoa do plural para os imperativos*. Observe as instruções e os verbos em destaque: 2- Prestem atenção ao que está escrito no quadro a seguir: 3- Procurem curiosidades a respeito dos termos presentes no quadro. Seu

grupo poderá:

- efetuar uma pesquisa, utilizando a internet, a biblioteca, a Sala de Leitura, entre outras possibilidades.

Exemplo de como inserir a referência de um link em um texto: Para saber como os gatos conquistaram a Terra, visite o texto disponível em <https://super.abril.com.br/ciencia/como-os-gatos-conquistaram-a-terra/> (acesso em: 07 jan. 2020).

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- entrevistar, por exemplo, alguém da escola, de casa.

Enfatizar a pesquisa, junto aos estudantes, é um estímulo para conferir ao estudante condições autônomas de escolha, embora isso não signifique que não dependam da orientação/mediação do professor. A ideia a ser explorada é a de que as informações estão disponíveis em diferentes suportes e não apenas em materiais escolares; além disso, necessitam de uma curadoria consciente, a fim de que essas informações não sejam distorcidas.

4- Escrevam a curiosidade em um pedaço de papel.

Exemplo:

5- Façam rolinhos do papel escrito, amarrem esses rolinhos com um pedaço de

barbante, linha, fita, tira de pano, por exemplo.

6- Depositem todos os papeis enrolados em caixas, cestos ou em quaisquer

outros recipientes.

7- Colem, nos recipientes, etiquetas contendo a mensagem “Liberte uma

curiosidade!”.

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8- Coloquem os recipientes em lugares visíveis da escola, em locais em que

muitas pessoas circulem (pátio, secretaria, refeitório, estacionamento, portão

de entrada etc.).

*Imperativo é o modo verbal que exprime ordem, pedido, desejo, súplica, conselho, convite, sugestão, recomendação, solicitação etc. No texto, os verbos em destaque são imperativos e transmitem ideia de sugestão.

Atividade 4 – Textos e intencionalidades

1- A experimentação a seguir começará assim:

a) Observe a figura abaixo:

b) Faça uma breve descrição do que você observou. Fique atento aos detalhes.

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A figura traz uma imagem em evidência, é uma moldura de fundo preto com as palavras

“Entre” “Vistas”. Nos cantos da moldura aparecem letras e setas brancas indicando o

caminho para a leitura. Pela posição das setas, a leitura deve iniciar pela letra “A” e

seguindo para cima ou pela lateral à direita, lê-se, igualmente “C”, “U”, “C”. Segurando a

moldura, vindo debaixo da terra, uma mão ensanguentada, aparece o pulso com uma

pulseira semelhante a um relógio com os números 1924. Do lado direito da moldura

está uma lápide, com uma inscrição cujas letras são: (da esquerda para a direita) “A”,

“L” (com posição invertida), “I”, “S”, “R” (também invertidas) e “T”. Do lado esquerdo da

moldura, há outras duas lápides menores e no centro das duas há imagem de caveira.

Na parte inferior do lado esquerdo, vê-se um gato amarelo, sentado, olhando para as

imagens da moldura, portanto de costas para quem observa a figura.

b) Dessa descrição, há três pistas que, quando unidas, levarão você a uma informação ligada à Arte. Quais são?

Na mão que segura a moldura: 1924 Na moldura começando pela esquerda: A C U C, com o giro completo pela amoldura, lê-se A CUCA.

Na lápide: um espelhamento: . Ao ler da direita para a esquerda temos:

TARSILA.

c) Se já descobriu, conte do que se trata. Se não, aí vai outra ajudinha. Observe o texto abaixo:

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e) Ficou mais difícil? Que nada! Uma dica: a última palavra do texto é “obterá”. A

partir dessa dica, insira ao lado de cada objeto a letra do alfabeto

correspondente.

Vaso canópico: A Cruz de ansata: I Olho de Hórus E

Abutre egípcio: O Cajado/ cetro egípcio: U

Decifrando a carta:

Vaso canópico Cruz de ansata Olho de Hórus

Abutre egípcio

Cajado/cetro egípcio

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Na lápide maior, um número terá. Iniciando pelo “A”, na moldura do quadro, um

palíndromo terá.

Para descobrir o que está escrito, inicie a leitura pelo “A”.

Na mão que segura a moldura, quatro números encontrará. Associe tudo e a informação

procurada, você obterá.

Solução da charada: Trata-se do quadro A Cuca, 1924, de Tarsila do Amaral.

2- A próxima etapa é consultar o link

<https://www.escoladigital.pb.gov.br/odas/tarsila-do-amaral-a-cuca-1924>.

Acesso em: 18 dez. 2019. Nesse endereço, você poderá ratificar, confirmar sua

descoberta e conhecer um pouco mais a respeito a respeito do artista e da obra

referenciados.

3- Na entrevista, Ed cita que ficou preso em um cemitério do bairro onde ele

mora. Que cemitério é esse? Dica: Tarsila, Mário e Oswald estão enterrados lá.

Cemitério da Consolação (Rua da Consolação, 1660, Consolação, São Paulo, SP).

4- Desvendando o mistério da imagem, você acabou de resolver o caso do

sumiço da tela “A Cuca”. Conte como isso aconteceu. Uma coisa ainda não foi

dita: a inscrição “Entre Vistas” está em destaque no lugar da tela “A Cuca”. Não

se esqueça de dar uma solução para isso também. Esse trabalho poderá ser

feito em dupla ou em trio. Para começar, é importante considerar alguns

processos, tais como:

- escrever os principais acontecimentos, como se fosse uma chuva ou

tempestade de ideias (em inglês essa atividade é conhecida como

Brainstorming).

- analisar quais dessas ideias combinam com as descrições e impressões já

levantadas nas questões anteriores.

- prestar atenção, durante a escrita, no uso adequado da ortografia e da

pontuação.

- dar sequência ao texto abaixo iniciado.

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Observação de extrema importância: O gato Allan Poe, aquele do cemitério da Consolação, precisa

aparecer na nova história relatada ao (à) apresentador(a) do programa TeenConto.

5- Produção textual: Etapa 1

O caso do sumiço da tela “A Cuca”

(Produção solta a vinheta)

Apresentador(a): Olá! Estamos no ar com mais uma história inusitada. O

TeenConto de hoje trouxe o jovem detetive M. A., que nos contará como o

quadro “A Cuca” sumiu de um museu europeu. Seja bem-vindo ao nosso

programa, detetive.

Detetive: O prazer é todo meu.

Apresentador(a): M. A., quem contratou sua agência?

Detetive:

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

____________________________________________________

Apresentador(a): O quadro estava no Museu de Grenoble, na França.

Acreditamos que um sistema de segurança europeu seja um dos melhores do

mundo. O que você e sua equipe têm a falar a respeito disso? Houve falhas de

sistema?

Detetive:

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

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________________________________________________________________

________________________________________________________________

____________________________________________________

Apresentador(a): Por onde vocês iniciaram a missão?

Detetive: Começamos a busca a partir de algumas pistas deixadas no local do

sumiço. Tais como:

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

______________________________________________________

Apresentador(a): Por que o gato Allan Poe precisou acompanhar sua equipe?

Detetive:

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

____________________________________________________

Essa entrevista para o programa “TeenConto” não pode terminar aqui. É

imprescindível continuá-la e finalizá-la.

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________________________________________________________________

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________________________

6- Produção textual: Etapa 2

Essa atividade em grupo será entregue a seu professor. Depois que ele fizer a

análise, seu grupo fará as adequações solicitadas e terá que digitar (e imprimir)

o texto ou escrevê-lo em folhas de sulfite, cartolina etc. A sala fará a exposição

de todas as entrevistas produzidas. Teremos mais ou menos umas quinze

produções. Essa exposição poderá ser divulgada no Blog da turma ou no mural

da escola, por exemplo.

7- Produção textual: Etapa 3

A sala também poderá escolher duas ou três entrevistas e realizar uma leitura

teatralizada, simulada por dois estudantes. Essa mesma estratégia poderá ser

utilizada para a produção de podcasts e lives, cujos links poderão ser colocados

no Blog.

8- Produção de texto: Etapa 4

Seu grupo criará um livro de visitas (em papel ou virtual), para quantificar o

número de pessoas que visitaram os trabalhos.

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Exemplos:

Texto 1: Coleta de assinaturas por meio do papel:

Texto 2 – Quantitativo aproximado de visualizações por meio virtual:

O quadro a seguir foi retirado do Blog Matura, disponível em:

<https://maturaconto.blogspot.com/> (acesso em: 16 jan. 2020). Nele é possível

verificar o número de visualizações. Observe:

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A coleta de assinaturas (Texto 1) e o número de visualizações (Texto 2) exemplificam

maneiras de contabilizar a quantidade de pessoas que acompanham ou acompanharam um

trabalho produzido.

Essa atividade abre a possibilidade para explorar resultados de pesquisa.

Embora sejam coletas simples de dados, conferem condições para iniciar os

estudantes a explorarem uma pesquisa quantitativa: quantas pessoas visitaram

a exposição e quantas visitaram/visualizaram o site, por exemplo.

Atividade 5- Comparando informações

1- O conteúdo da entrevista do programa TeenConto está postado no Blog

“Simples Assim!?” (<https://scriptascriptum.blogspot.com/>). O mesmo conteúdo

da entrevista está reproduzido abaixo. O redator, entretanto, fez algumas

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modificações. Algumas delas alteram o sentido do texto, outras estão ligadas à

estrutura. Sua próxima tarefa será comparar os dois textos e localizar as

diferenças.

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Diferenças da estrutura, do layout

(Entrevista do Programa de TV e

da Revista Eletrônica)

Diferenças do conteúdo escrito

Entrevista do Programa de TV Um estúdio, provavelmente, com poucas pessoas, o operador de câmera, o operador da mesa de som, o diretor do programa. Essas pessoas ficam atrás da câmera. Na frente da câmera: o entrevistado e o entrevistador. Perguntas e respostas. No início e término da entrevista, há vinheta. Revista Eletrônica Nome da revista. Título da matéria Uma apresentação do assunto tratado na entrevista. A seguir, texto com a pergunta depois a resposta. Uma ilustração que condiz com o assunto: porta de entrada com uma caveira na parte superior, ao dado da porta (lado de fora do cemitério), uma árvore retorcida, ao fundo, como se fosse, no interior do cemitério, uma lápide. No telhado, um gato amarelo. No final da página, há a imagem de um anjo que é muito comum nas lápides.

Programa de TV Em dois momentos, a pergunta do entrevistador possui o caráter mais informal, com a intenção de se aproximar mais do entrevistado e, passar ao telespectador a informalidade de uma conversa entre amigos. “Ed, o que você sente em ter atingido 1 milhão de seguidores em pouco tempo, por causa de uma aventura em um cemitério? Conte tudo!” “Então, o gato é o herói dessa história? Surpreendente!” Revista Eletrônica Na revista, as marcas da informalidade foram retiradas, a linguagem ficou mais formal. “Como você sente em ter atingido 1 milhão de seguidores em pouco tempo, por causa de uma aventura em um cemitério?” “Então, o gato é o herói dessa história?” No tocante ao entrevistado, o conteúdo foi o mesmo nos dois veículos de comunicação.

2- Penúltimo desafio: Em todas as atividades, o gato está presente. Ele, entretanto, representa o gato do Ed? Crie argumentos para convencer o autor

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das atividades de que ele cometeu um pequeno deslize ao se referir ao gato que levou Ed para fora do cemitério.

Resposta esperada: Não, o gato que está presente nas atividades não representa o gato do Ed. Em todas as atividades, há a figura de um gato amarelo. Na entrevista que o ED deu ao programa TeenConto, na Atividade 1, ele diz sobre o gato: “Um gato de pelagem cinza, se aproximou, roçou minhas pernas e, como mágica, afastou de mim o

medo.”

3- Para finalizar, imagine que em um dos rolinhos da Atividade 3 alguém foi contemplado com o mapa abaixo:

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Embora a atividade indique somente a leitura do conteúdo do pergaminho, é interessante explorar esse conteúdo como uma finalização do que foi estudado. A exploração do texto, pode partir da descrição dos elementos que o compõem, dos dizeres inscritos no túmulo, da presença do gato, do mapeamento do local. Pode-se sugerir que seja elaborado um título para o texto, uma legenda explicativa (que pode ser estruturada por escrito ou oralmente). O importante é fazer com que os estudantes compreendam que essa imagem conversa com a Situação de Aprendizagem e traz alguns símbolos que podem suscitar pesquisas. Veja alguns exemplos: - Significado de RIP. - Diferença entre túmulo, mausoléu (tumba). - simbologia da cabeça de caveira, da cruz, do obelisco, do anjo, da rosa dos ventos etc. - importância da lápide.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2 – Gêneros textuais e mídias

Nesta Situação de Aprendizagem (SA), você desenvolverá atividades de leitura,

de escrita e de interpretação de textos voltadas para os gêneros textuais

relacionados a diferentes mídias.

Veja, a seguir, algumas habilidades que começaremos a desenvolver nesta

Situação de Aprendizagem.

EF69LP44 - Inferir a

presença de valores

sociais, culturais e

humanos e de

diferentes visões de

mundo, em textos

literários,

reconhecendo nesses

textos formas de

estabelecer múltiplos

olhares sobre as

identidades,

sociedades e culturas

e considerando a

autoria e o contexto

social e histórico de

sua produção.

EF69LP07A

Utilizar estratégias de

planejamento, elaboração,

revisão, edição, reescrita/redesign

e avaliação de textos.

EF67LP24A - Tomar nota de

aulas, apresentações orais,

entrevistas (ao vivo, áudio, TV,

vídeo).

EF67LP06 - Identificar os efeitos de

sentido provocados pela seleção

lexical, topicalização de elementos e

seleção e hierarquização de

informações, uso de 3ª pessoa, em

diferentes gêneros.

EF07LP06C

Empregar adequadamente

regras de concordância verbal

em situações comunicativas

(escrita e oral).

EF67LP14D - Editar a escrita do texto,

adequando-o a seu contexto de

publicação, à construção

composicional do gênero e garantindo

a relevância das informações mantidas

e a continuidade temática.

EF67LP24B – Identificar as

informações principais de

apresentações orais, tendo em

vista o apoio ao estudo.

EF69LP16A

Analisar as formas de

composição dos gêneros

textuais do campo jornalístico.

EF69LP06

Produzir notícias, fotodenúncias,

fotorreportagens, reportagens,

infográficos, podcasts noticiosos,

entrevistas, cartas de leitor,

comentários, artigos de opinião de

interesse local ou global, textos de

apresentação e apreciação de

produção cultural (resenhas e outros

gêneros textuais próprios das formas

de expressão das culturas juvenis, em

várias mídias).

EF07LP02 - Comparar notícias e

reportagens sobre um mesmo fato

divulgadas em diferentes mídias,

analisando as especificidades das

mídias, os processos de (re)elaboração

dos textos e a convergência das mídias

em notícias ou reportagens

multissemióticas.

Práticas de Linguagem

▪ Leitura ▪ Oralidade ▪ Produção de Texto ▪ Análise

Linguística/Semiótica

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Atividade 1 – Notícia

1. Leia o título da notícia: “Papagaio foge de casa e se dá mal”. Exponha o

que você imagina sobre o que será informado. Seu professor ou alguém da

turma anotará as impressões que trouxerem.

Professor, anote (ou solicite que alguém da turma o faça) na lousa, ou em

qualquer outro recurso que dispuser, as impressões que os estudantes vão

trazer.

2- Leia a notícia.

Texto 1

Papagaio foge de casa e se dá mal

Papagaio e sua família foram apreendidos por causa de uma fuga malsucedida Por: Lucy Carvalhar

No último domingo, Celestino, um papagaio da espécie Curica, fugiu de casa, no bairro Moinho Torto, na cidade de Iperópolis, no Amazonas.

O papagaio Celestino foi adotado pelo casal Antônio e Matilde, em 1994, e morava em uma chácara. Ao perceber seu sumiço, Matilde foi a sua procura, mas era tarde demais, pois o papagaio fora apreendido por um policial do IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

O casal tentou resgatar Celestino, mas não conseguiu, pois não havia registros de legalização da adoção do papagaio.

Celestino ficará sob proteção do IBAMA até se adaptar para voltar à floresta amazônica.

O casal foi preso por crime ambiental e inafiançável, podendo ficar recluso no período de seis meses a um ano e pagará multa, uma vez que no Brasil é proibido criar aves silvestres sem autorização do IBAMA e dos órgãos ambientais de seu estado. Iperópolis, 19 de fevereiro de 2020. Ano 4 Nº 75 / 1ª. edição

3 - Após a leitura, responda.

a) O que você imaginou no início da atividade (item 1) corresponde aos fatos evidenciados na notícia?

Explorar as impressões que os estudantes tiveram ao lerem o título e junto com a turma comparar com o que está noticiado. Questões que podem ser feitas: As informações são muito diferentes? Alguém se aproximou do que está na notícia?

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b) Qual o fato principal? A fuga de um papagaio.

c) Onde aconteceu? No Bairro Moinho Torto, na cidade de Iperópolis, no Amazonas. d) Quando aconteceu? No último domingo.

e) Quem são as pessoas envolvidas no caso? O casal Antônio e Matilde (que adotaram a ave) e o policial do IBAMA.

4- Qual a finalidade dessa notícia?

a) Explicar o sumiço do papagaio. b) Noticiar um fato ocorrido em Iperópolis. c) Divulgar a cidade de Iperópolis. d) Ironizar a fuga do papagaio.

5 – Essa notícia apresenta outro título. Retire do texto.

“Papagaio e sua família foram apreendidos por causa de uma fuga malsucedida”.

Depois de ter respondido às questões, chega-se à estrutura que faz parte de

uma notícia. Veja o quadro.

Uma notícia é composta por:

• Manchete ou título principal – É escrito com o objetivo de chamar a atenção

do leitor.

• Título auxiliar – É o complemento do título principal, com o acréscimo de

algumas informações.

• Lide (lead) – É o primeiro parágrafo do texto. Nele é feito o resumo da notícia,

respondendo a questões fundamentais: o que (fatos), quem (pessoas), quando

(tempo), onde (lugar), como (relato, expansão dos fatos) e por que (razões,

justificativas).

• Corpo da notícia – São as partes do texto que desenvolverão, de forma

detalhada, o que foi brevemente apresentado no lide.

Atividade 2 – Reportagem

Texto 1

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Disponível em: <https://pixnio.com/pt/animais/passaros/papagaio/papagaio-arara/passaro-papagaio-arara-

azul-ceu-azul-animal-ao-ar-livre-voo-bico-colorido>. Acesso em: 19 fev. 2020.

Animais silvestres são criados ilegalmente em diversas regiões do Brasil Como adotar um animal silvestre? Você sabia que isso é possível? Por Lucy Carvalhar

Quem nunca sonhou em ter uma arara-azul em casa para cuidar? Ou um papagaio falante? Ou um macaco-prego de estimação? Ou uma linda tartaruga?

É comum vermos notícias sobre apreensão de animais silvestres, com prisão de seus tutores por crime inafiançável e pagamento de multa. A grande maioria das pessoas não sabe que é proibido criar animais silvestres sem autorização dos órgãos competentes, e, por isso, os levam para casa e cuidam como se fossem membros da família. Várias espécies de animais silvestres são protegidas e é necessário cumprir determinados procedimentos para se ter um desses animaizinhos em casa. Uma das possibilidades é ser um guardião provisório de animais apreendidos ou resgatados, mas é preciso estar ciente de que o órgão ambiental do seu estado pode resgatá-lo a qualquer hora e levá-lo para seu habitat natural. Nesse caso, apesar do apego que possa ter (e como não se apegar?) pelo seu companheiro, ele poderá ser tirado da sua casa. Para adotar um animal silvestre é necessário realizar um cadastro junto ao órgão ambiental competente do estado que você mora. O órgão competente avaliará seu cadastro e o local em que o animal será mantido. Se tudo for aprovado, o candidato deverá aguardar um animal disponível para adoção. Lembrando que o tutor deve levar o animal ao veterinário e garantir todos os cuidados necessários, pois o órgão competente realiza acompanhamentos para saber como o animal está sendo tratado. L.S., 32 anos, ao saber da notícia, que circulou na sua cidade, não perdeu tempo e fez o cadastro “Nunca imaginei que pudesse ter um papagaio. Desde pequeno, eu sonhava com um papagaio que falasse e agora eu tenho um que me dá bom dia toda manhã quando acordo”. Viu só como é possível ter uma linda arara-azul em casa como aquelas dos desenhos animados?

(Revista Tudo Sabe, 13ª edição)

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Texto 2

Iperópolis, 25 de fevereiro de 20201.

Caros Editores da Revista Tudo Sabe,

Gostaria de parabenizá-los pela reportagem “Animais silvestres são

criados ilegalmente em diversas regiões do Brasil”.

Sempre quis adotar um animal silvestre, mas tinha medo de ser presa.

Agora, sei que é possível e vou procurar o órgão competente do meu estado e

me inscrever para adotar um animalzinho. Não importa qual seja, porque quero

cuidar dele com todo amor.

Obrigada pela informação, e quando meu animal estiver em casa,

mandarei fotos dele para vocês.

Atenciosamente,

Ana Maria.

Para saber mais a respeito da adoção de animais silvestres, visite os links: <https://www.vix.com/pt/pet/536440/12-animais-silvestres-ou-exoticos-que-o-ibama-permite-que-sejam-domesticados>; <https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1960-1969/lei-5197-3-janeiro-1967-364679-publicacaooriginal-1-pl.html>. Acesso em: 25 mar.

2020.

1- Retome os Textos 1 (reportagem) e 2 (carta de leitor). Verifique as

características que os diferenciam e preencha o quadro abaixo, assinalando

com um X as partes correspondentes.

Texto 1 (reportagem) Texto 2 (carta de leitor)

Presença de títulos X

1 Texto elaborado para esta atividade por Lucy Carvalhar.

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Linguagem informal X

Linguagem formal X

Estrutura breve X

Utilização da primeira

pessoa

X

2- Após a leitura dos Textos 1 e 2, responda às questões.

a) Qual o tema dos dois textos?

A adoção de animais silvestres.

b) O Texto 1 foi escrito:

( ) 1ª. Pessoa do Singular

( x ) 3ª. Pessoa do Singular

c) Grife o lide presente no Texto 1 (Atividade 2)

“É comum vermos notícias sobre apreensão de animais silvestres, com prisão de seus

tutores por crime inafiançável e pagamento de multa. A grande maioria das pessoas não

sabe que é proibido criar animais silvestres sem autorização dos órgãos competentes,

e, por isso os levam para casa e cuidam como se fossem membros da família”.

d) No Texto 2, por que a autora da carta nunca foi tutora de um animal silvestre?

Porque tinha medo de ser presa.

e) Quem é o autor do Texto 2? A quem ele é destinado?

Autora é Ana Maria. Foi destinado aos editores da Revista Tudo Sabe.

3- Onde foi publicado o Texto 1?

Foi publicado na Revista Tudo Sabe.

4- A quem se destina o Texto 1?

Para os leitores da revista.

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5- Reveja os Texto 1 e 2. Aponte, abaixo, elementos que só aparecem na estrutura do

Texto 2.

A resposta deve contemplar os elementos de uma carta: local e data, o destinatário da

carta, o corpo da carta com o assunto abordado, o desfecho e nome do autor da carta.

6- Escreva uma carta para os editores da revista. Suponha que você estava cuidando

de um bichinho, sem saber que se tratava de um animal silvestre e um dia um policial

do IBAMA veio resgatá-lo. Conte para os leitores da Revista Tudo Sabe essa

experiência.

Quando terminar, observe se na carta há todos os elementos da estrutura desse

gênero textual e não se esqueçam da revisão gramatical.

Essa atividade poderá ser feita em dupla.

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Atividade 3 – (Re)visitando à gramática

1- Releia o trecho do Texto 1:

“A grande maioria das pessoas não sabe que é proibido criar animais silvestres

sem autorização dos órgãos competentes”

O termo em destaque foi utilizado no singular. Com base no que você já estudou

a respeito de concordância verbal, explique por que o verbo foi utilizado dessa

forma.

É importante salientar que, no contexto em questão, o termo “sabe” (verbo

“saber”) concorda com a expressão no singular “A grande maioria”.

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“A grande maioria das pessoas sabe [...]”.

Pode-se solicitar aos estudantes que façam uma pesquisa em livros de

gramática ou outros recursos, a fim de que verifiquem a possibilidade de aceitar

como adequada a forma no plural “sabem”:

“A grande maioria das pessoas sabem* [...]”.

2- Em relação ao conteúdo da reportagem, observe o uso do discurso direto.

Onde ele aparece? Transcreva-o.

‘“Nunca imaginei que pudesse ter um papagaio. Desde pequeno, eu sonhava

com um papagaio que falasse e agora eu tenho um que me dá bom dia toda

manhã quando acordo”’.

Observar que a fala da entrevistada vem entre “aspas”, outro recurso, além do

travessão para indicar o discurso direto.

3- No Texto 2, predomina a 1ª pessoa do singular.

Justifique a sua resposta.

Trata-se de uma carta que a leitora da revista (Ana Maria) está enviando aos

editores da revista, parabenizando-os e expressando sua alegria em saber que

pode adotar um animal silvestre. Ou seja, está expressando seus sentimentos,

por isso o texto em 1ª pessoa.

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Atividade 4 - Uma carta pode dizer muito

O texto que você lerá contém trechos de uma carta muito conhecida e

importante. Foi escrita no ano de 1500 (século XVI). Quando foi redigida,

escrevia-se e falava-se o português de uma forma diferente. Ela passou por

atualizações, conforme a mudança que a língua portuguesa passou. No

momento da leitura, sublinhe as palavras que você não conhece. Tente buscar o

significado delas pelo contexto. Se não conseguir, pode recorrer a um dicionário.

Texto 1

A Carta

Pero Vaz de Caminha

Senhor,

posto que o Capitão-mor desta Vossa frota, e assim os outros capitães

escrevam a Vossa Alteza a notícia do achamento desta Vossa terra nova, que

se agora nesta navegação achou, não deixarei de também dar disso minha

conta a Vossa Alteza, assim como eu melhor puder, ainda que -- para o bem

contar e falar -- o saiba pior que todos fazer!

Todavia tome Vossa Alteza minha ignorância por boa vontade, a qual bem certo

creia que, para aformosentar nem afear, aqui não há de pôr mais do que aquilo

que vi e me pareceu

[...]

Mostraram-lhes um papagaio pardo que o Capitão traz consigo; tomaram-no

logo na mão e acenaram para a terra, como se os houvesse ali.

Mostraram-lhes um carneiro; não fizeram caso dele.

Mostraram-lhes uma galinha; quase tiveram medo dela, e não lhe queriam pôr a

mão. Depois lhe pegaram, mas como espantados.

[...]

Enquanto andávamos nessa mata a cortar lenha, atravessavam alguns

papagaios essas árvores; verdes uns, e pardos, outros, grandes e pequenos, de

sorte que me parece que haverá muitos nesta terra. Todavia os que vi não

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seriam mais que nove ou dez, quando muito. Outras aves não vimos então, a

não ser algumas pombas-seixeiras, e pareceram-me maiores bastante do que as

de Portugal. Vários diziam que viram rolas, mas eu não as vi. Todavia segundo

os arvoredos são mui muitos e grandes, e de infinitas espécies, não duvido que

por esse sertão haja muitas aves!

[...]

Esta terra, Senhor, parece-me que, da ponta que mais contra o sul vimos, até à

outra ponta que contra o norte vem, de que nós deste porto houvemos vista,

será tamanha que haverá nela bem vinte ou vinte e cinco léguas de costa. Traz

ao longo do mar em algumas partes grandes barreiras, umas vermelhas, e

outras brancas; e a terra de cima toda chã e muito cheia de grandes arvoredos.

De ponta a ponta é toda praia... muito chã e muito formosa. Pelo sertão nos

pareceu, vista do mar, muito grande; porque a estender olhos, não podíamos ver

senão terra e arvoredos -- terra que nos parecia muito extensa.

Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal,

ou ferro; nem lha vimos. Contudo a terra em si é de muito bons ares frescos e

temperados como os de Entre-Douro-e-Minho, porque neste tempo d'agora

assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas; infinitas. Em tal maneira

é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas

que tem!

[...]

Beijo as mãos de Vossa Alteza.

Deste Porto Seguro, da Vossa Ilha de Vera Cruz, hoje, sexta-feira, primeiro dia

de maio de 1500.

Pero Vaz de Caminha

Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000292.pdf>. Acesso em: 15 abr. 2020.

(adaptado)

Foi muito difícil de entender o texto? Precisou de dicionário?

1. Compare a carta da Ana Maria aos editores da Revista Tudo Sabe e a carta

de Pero Vaz de Caminha. Aponte as semelhanças e diferenças entre elas.

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Verifique, por exemplo, tema tratado, linguagem utilizada, características

próprias (data, local, endereçamento dos textos).

Ambas as cartas trazem:

- o interlocutor (“Caros “Editores da Revista Tudo Sabe”/ “Senhor”);

- o corpo da carta com o assunto tratado;

- o desfecho;

- o nome do autor da carta;

Diferença:

- lugar e data: na carta da Ana Maria, aparecem logo no início do texto; na de Pero Vaz

de Caminha, está no final da carta.

2. Pero Vaz de Caminha se dirige ao seu interlocutor de duas maneiras. Quais

são elas?

Senhor e Vossa Alteza.

3. O autor do Texto 1

a) reclama do lugar onde está.

b) informa que há muito ouro e prata.

c) descreve o lugar onde está.

d) agradece ao Senhor pelo que vê.

4. Essa carta é documento histórico. Nela há pistas para descobrir qual é o

momento histórico. Converse com seus colegas, se for necessário, faça uma

pesquisa em livros de história ou on-line pelos sites de busca.

Incentivar o estudante a descobrir pistas. Um exemplo pode ser percebido no final da carta:

“Deste Porto Seguro, da Vossa Ilha de Vera Cruz, hoje, sexta-feira, primeiro dia de maio de

1500”:

1500 – o ano aproximado em que os portugueses chegaram ao Brasil.

Porto Seguro, o lugar em que os portugueses desembarcaram no dia 22 de abril de 1500

(Não há consenso quanto a esse lugar, pois muitos afirmam que o desembarque se deu em

“Cabrália”.

Ilha de Vera Cruz - um de nomes dados à terra avistada, antes de ser chamada de Brasil.

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5. Depois dessa pesquisa, é possível descobrir quem é o interlocutor a quem se

dirige Pero Vaz de Caminha?

Trata-se do rei de Portugal, D.Manuel I, que ficou conhecido como “o Venturoso”, pois foi em

seu reinado (1495-1521) que aconteceram o que os historiadores chamam de “as grandes

navegações”.

6. Leia o trecho:

Em “Mostraram-lhes um papagaio pardo que o Capitão traz consigo;

tomaram-no logo na mão e acenaram para a terra, como se os houvesse

ali”. “Mostraram-lhes um carneiro; não fizeram caso dele”. “Mostraram-lhes

uma galinha; quase tiveram medo dela, e não lhe queriam pôr a mão. Depois

lhe pegaram, mas como espantados”.

Apesar de não haver referência no trecho da carta, pelo contexto e pelo uso dos

termos grifados, pode-se afirmar que o autor está se referindo a pessoas. Quem

são?

São as pessoas que habitavam esta terra, quando foi encontrada. Os portugueses as denominaram de “índios”.

7. Há duas comparações feitas em relação à terra encontrada e Portugal. Quais

são elas?

Em primeiro lugar, quando se refere às pombas-seixeiras: “[...] a não ser

algumas pombas-seixeiras, e pareceram-me maiores bastante do que as de

Portugal”; depois, quando fala da temperatura “[...] a terra em si é de muito

bons ares frescos e temperados como os de Entre-Douro-e-Minho [...]”. (O

Entre-Douro-e-Minho foi uma província histórica de Portugal, no tempo da

monarquia).

8 - O que os navegadores esperam encontrar nessa terra avistada?

Encontraram? Retire do texto o trecho que confirma sua resposta.

A exemplo dos espanhóis que, alguns anos antes, avistaram outras terras que possuíam muito

ouro e prata, os portugueses também esperavam encontrar essas riquezas, o que não

aconteceu até o momento da carta ser escrita (isso aconteceria apenas dois séculos depois),

“Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal, ou ferro; nem

lha vimos”.

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9 - As impressões, passadas ao rei de Portugal, sobre a terra encontrada foram

positivas ou negativas? Retire do texto trechos que comprovem sua resposta.

As impressões são positivas conforme podemos verificar nos trechos:

“[...] a não ser algumas pombas-seixeiras, e pareceram-me maiores bastante do que as

de Portugal.” / “Todavia segundo os arvoredos são mui muitos e grandes, e de infinitas

espécies, não duvido que por esse sertão haja muitas aves!” / “[...] e a terra de cima

toda chã e muito cheia de grandes arvoredos. De ponta a ponta é toda praia... muito chã

e muito formosa. Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande; porque a

estender olhos, não podíamos ver senão terra e arvoredos -- terra que nos parecia

muito extensa”. “[...] a terra em si é de muito bons ares frescos e temperados como os

de Entre-Douro-e-Minho, porque neste tempo d'agora assim os achávamos como os de

lá. Águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar,

dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem!”.

Para saber mais!

A Carta de Pero Vaz de Caminha enviada ao rei D. Manuel I registra as impressões do

escrivão sobre o achamento de uma terra que, posteriormente, viria ser chamada de Brasil.

Essa carta é considerada o primeiro documento da história de nosso país. Tem um duplo

valor histórico: carrega a importância de ser o registro documental da entrada do Brasil na

história universal, uma espécie de certidão de nascimento do país. Seu outro valor é mostrar

que a história se faz também a partir de fatos corriqueiros, do cotidiano, envolvendo os

índios e portugueses, sem os grandes atos de heroísmo que comum nos livros de história.

Revela a dimensão humana, quando mostra as emoções, as atitudes do contato entre os

índios e os portugueses.

Atividade 5- Elaborando uma reportagem

Para a elaboração dessa atividade, é relevante informar aos estudantes que as

perguntas e os itens elencados poderão auxiliá-los a planejar a produção da

reportagem. Se considerar conveniente, incentive-os a fazerem esse trabalho

em duplas ou trios.

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Suponha que foi encontrada uma nova carta de Pero Vaz de Caminha

desconhecida dos historiadores. Após ser estudada, analisada por cientistas,

verificou-se que era verdadeira e passará a fazer parte de uma exposição

denominada Brasil e sua história contada por objetos.

Você e seus colegas farão uma reportagem sobre essa carta. O que deverá ser

levantado: onde a carta foi descoberta? por quem? como foi?

• a razão de ela aparecer em público;

• o tempo que ficou em análise;

• quem foram os responsáveis pela análise (geralmente nesses estudos,

nunca é apenas um cientista que analisa documentos, objetos históricos):

estavam ligados a alguma universidade ou instituição? Eram historiadores

portugueses, brasileiros ou de ambas as nacionalidades?

• qual o tema dessa carta?

• quando foi escrita?

• onde e quando será exposição?

Outros tópicos que achar conveniente poderão ser colocados na reportagem.

Se for necessário, volte à Atividade 2, para rever a estrutura da reportagem.

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ATIVIDADE 6 - DIVULGUE SEU TEXTO

É hora de expor sua produção. Para isso, você poderá escolher uma das

possibilidades a seguir ou apresentar outra. Veja alguns exemplos:

• revista digital (para criar a revista, você poderá utilizar a ferramenta Scoop

it: https://www.scoop.it/. acesso em: 26.mar. 2020). • blog. • podcast. • mural da escola ou da sala de aula. • jornal da escola. • revista Tudo Sabe. • programa TeenConto.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3 – Gêneros textuais diversos

Esta Situação de Aprendizagem (SA) abordará atividades de leitura, escrita, interpretação de textos, com ênfase em levantamento de questões, coesão e progressão temáticas voltadas para diversos gêneros textuais. Veja, a seguir, algumas habilidades que começaremos a desenvolver nesta Situação de Aprendizagem.

EF69LP47 - Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas de composição próprias de cada gênero, os recursos coesivos que constroem a passagem do tempo e articulam suas partes, a escolha lexical típica de cada gênero para a caracterização dos cenários e dos personagens e os efeitos de sentido decorrentes dos tempos verbais, dos tipos de discurso, dos verbos de enunciação e das variedades linguísticas empregados, expressões conotativas e processos figurativos e do uso de recursos linguístico gramaticais próprios a cada gênero narrativo.

EF67LP18A - Identificar, na leitura de textos reivindicatórios ou propositivos, o objeto da reclamação e/ou da solicitação, analisando sua pertinência.

EF07LP06D - Empregar adequadamente as regras de concordância nominal em situações comunicativas (escrita e oral).

EF69LP17 - Identificar recursos estilísticos e semióticos presentes em textos jornalísticos e publicitários.

EF67LP25A - Reconhecer o emprego da coesão e da progressão temática nas produções textuais.

EF69LP07B - Produzir textos em diferentes gêneros, considerando sua adequação ao contexto de produção e circulação.

EF67LP25B - Utilizar adequadamente a coesão e a progressão temática nas produções textuais.

EF69LP08 - Revisar/editar o texto produzido, tendo em vista sua adequação ao contexto de produção, a mídia em questão, características do gênero, aspectos relativos à textualidade, a relação entre as diferentes semioses, a formatação e uso adequado das ferramentas de edição (de texto, foto, áudio e vídeo, dependendo do caso) e adequação à norma culta.

EF69LP16B - Utilizar as formas de composição dos gêneros textuais do campo jornalístico.

EF69LP20 - Identificar, tendo em vista o contexto de produção, a forma de organização dos textos normativos e legais.

EF69LP26B - Retomar, no momento ou

posteriormente, assuntos tratados em

discussões, debates, palestras,

apresentação de propostas e reuniões com

base em anotações pessoais desses

próprios eventos.

EF69LP26A - Tomar nota em discussões, debates, palestras, apresentações de propostas, reuniões, como forma de documentar o evento e apoiar a própria fala.

EF69LP25 - Posicionar-se de forma consistente e sustentada em uma discussão, assembleia, reuniões de colegiados da escola, de agremiações e outras situações de apresentação de propostas e defesas de opiniões, respeitando as opiniões contrárias e propostas alternativas e fundamentando seus posicionamentos, no tempo de fala previsto, valendo-se de sínteses e propostas claras e justificadas.

EF67LP19 - Realizar levantamento de questões, problemas que requeiram a denúncia de desrespeito a direitos, reivindicações, reclamações, solicitações que contemplem a comunidade escolar ou algum de seus membros e examinar normas e legislações.

EF69LP45 - Posicionar-se criticamente em relação a textos pertencentes a gêneros como quarta-capa, programa (de teatro, dança, exposição etc.), sinopse, resenha crítica, comentário em blog/vlog cultural etc., para selecionar obras literárias e outras manifestações artísticas (cinema, teatro, exposições, espetáculos, CD´s, DVD´s etc.), diferenciando as sequências descritivas e avaliativas e reconhecendo-os como gêneros que apoiam a escolha do livro ou produção cultural e consultando-os no momento de fazer escolhas, quando for o caso.

EF69LP53 - Ler em voz alta textos literários diversos, bem como leituras orais capituladas (compartilhadas ou não com o professor) de livros, contar/recontar histórias tanto da tradição oral, quanto da tradição literária escrita, expressando a compreensão e interpretação do texto por meio de uma leitura ou fala expressiva e fluente, gravando essa leitura ou esse conto/reconto, seja para análise posterior.

Práticas de Linguagem ▪ Leitura ▪ Oralidade ▪ Produção de Texto ▪ Análise

Linguística/Semiótica

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Atividade 1 – Leitura de textos literários.

Um poema, uma crônica, um conto, uma fábula são exemplos de textos

literários. Você e seus colegas terão a liberdade de escolher um desses gêneros

textuais e preparar (em grupo) a leitura dele em voz audível. Para incrementar a

leitura, o grupo deverá fazê-la de forma expressiva, com diversas entonações (o que

implica na compreensão do texto) e de forma fluente.

Um conto, por exemplo, poderá ser lido por duas ou mais pessoas,

diferenciando as vozes das personagens e do narrador; já um poema poderá ganhar

contornos musicais. São inúmeras possibilidades.

Sugestões:

1- Textos com estrutura narrativa: façam um ensaio de leitura e, depois,

transformem-nos em podcasts.

2- Poemas: além do podcast, é possível musicá-los (pensem, por exemplo, na

organização de um grupo musical).

Essa atividade da leitura visa a fazer com que o estudante saiba diferenciar um

gênero textual do campo literário de outros gêneros, por isso a liberdade de

escolha. Para que ela se realize a contendo, é importante que essas escolhas

sejam mediadas.

Orientá-los a analisarem quarta-capa, sinopse, resenha crítica, comentário em

blog/vlog cultural etc., a fim de selecionem a obra a ser trabalhada, é uma

estratégia que poderá auxiliá-los na decisão do que ler, por exemplo.

Atividade 2 - Criando coletivamente uma história

Vocês vão formar um grande grupo e contar uma história.

Como isso será feito?

Alguém da turma inicia a narrativa, contando algo a respeito da convivência com

um animal de estimação (não há necessidade de ser um animal silvestre).

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Existem regras? Sim!

• Escolham dois mediadores: um para anotar (ou gravar) a sequência; outro

para orientar a marcação de tempo (a fim de que a narrativa não fique

travada em um dos participantes).

• Com base no início da história, cada um cria, rapidamente, um trecho e o

expressa em voz alta, dando sequência à história.

• Não pode fugir do assunto!

• Se a pessoa demorar muito para falar, o mediador poderá pedir para o

colaborador seguinte continuar a narrativa.

• Quando terminarem a rodada, façam a leitura ou ouçam a gravação.

Verifiquem se houve coerência entre as partes criadas e se há

necessidade de ajustes.

• Após essa conversa, uma dupla ou um trio poderá ser encarregada de

transcrever o texto criado coletivamente.

• Depois de transcrito, o texto pode ser colocado na lousa ou projetado para

que todos colaborem com os ajustes finais e com a validação da produção.

• Por fim, decidam qual será o título e o divulguem no mural da escola ou em

outros meios de circulação.

Essa atividade visa a trabalhar a sequenciação coesa e coerente de uma

narrativa. Para que ela tenha êxito, é necessário acompanhar cada participação.

Como o propósito é a interferência coletiva, algumas regras de convivência

podem ser combinadas (de acordo com a realidade da turma). Uma vez isso

instituído, é possível utilizar essa atividade em outros momentos das aulas.

Se preferir, inicie a história para que o grupo de alunos dê sequência.

Outra possibilidade: ao invés de fazer a atividade oralmente, transforme-a em

uma produção somente escrita: Crie três parágrafos iniciais (cada um em uma

folha de sulfite), distribua-as para três grandes grupos e peça para que cada um

dos componentes desses grupos dê sequência à narrativa. Ao final de uns 10

minutos, recolha as folhas e as distribua, trocando as produções entre os grupos

para que as leiam, analisem e deem um final para a história criada pelos

colegas.

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Sugestão de distribuição:

Texto produzido Passar o texto produzido para Leitura, análise e finalização

Grupo 1 Grupo 2

Grupo 2 Grupo 3

Grupo 3 Grupo 1

Atividade 3 - (Re)visitando os elementos da narrativa

Texto 1

Surpresas

Mariana entrou na sala de aula, desesperada, e disse para Clara, sua colega de classe: - Você acredita que meu irmão achou uma tartaruga na praça e levou para casa?

- Que fofo – exclamou a menina. - Fofo nada! Mamãe vai ficar uma fera! Ela não suporta animais! Ainda mais

tartaruga! - Tadinha! Se eu não tivesse um gato tão chato, até ficaria com ela. - É, mas acontece que ele não pode pegar uma tartaruga e levar para casa. Afinal, ela pode ter dono! Clara pensou e disse: - Mari, você sabe que tartarugas são animais silvestres. Portanto, para ficarem

com ela, vocês devem ter autorização de um órgão ambiental responsável. Lembra que aprendemos isso na escola?

- Verdade, Clara! Eu tinha me esquecido disso! Assim que eu chegar em casa, vou falar com o maluco do meu irmão.

Mariana, ao chegar em casa, deparou-se com a mãe furiosa com seu irmão. A mãe não queria de jeito nenhum a tartaruga em casa.

- Mas mãe, ela é tão bonitinha! – apelava o menino para a sensibilidade da mãe. - Danilo, você vai procurar o dono da tartaruga, hoje mesmo!

O menino tratou logo de obedecer à mãe, escreveu o seguinte cartaz e colocou na praça:

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Imagem da tartaruga disponível em: <https://pixnio.com/pt/fotos/animais/repteis-anfibios/tartarugas>. Acesso em: 22 mar. 2020.

Os dias foram passando, e o dono da tartaruga não apareceu. Mariana já estava ficando com medo, pois eles estavam com um animal silvestre, sem autorização de um órgão ambiental.

A mãe até que estava gostando da tartaruga, apesar de preocupada com o fato de estarem criando o animalzinho, clandestinamente.

Como o dono não aparecia, ela e Mariana foram ao órgão ambiental de sua cidade e contaram a história. Elas realizaram um cadastro, e um veterinário foi a casa delas para verificar como era o local em que a tartaruga estava.

Ele constatou que o lugar era adequado, e o órgão ambiental autorizou que a família ficasse com a tartaruga, que recebeu o nome de Galileia.

No entanto, foi dito que a guarda era provisória e, que a qualquer momento, a tartaruga poderia ser levada embora, para retornar ao seu habitat natural.

Os anos passaram, e Galileia continuou com a família, tendo os cuidados necessários, entre eles, muito amor.

Mariana e Danilo formaram suas famílias e todo fim de semana vão visitá-la. E adivinha quem ficou cuidando da tartaruga? Isso mesmo, a mãe, aquela senhora que não queria a Galileia!

Lucy Carvalhar

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3- Preencha o quadro a seguir, com as informações do texto que você acabou de ler.

Tema Uma tartaruga encontrada numa praça.

Personagens Mariana, Clara, Mãe, Danilo, veterinário.

Conflito Apesar de procurarem o (eventual) dono do animal, ele não foi procurar o animal.

Clímax A preocupação de estarem com um animal silvestre em casa.

Desfecho Autorização do órgão ambiental para a adoção da tartaruga que foi tratada com muitos cuidados pela família.

4- Responda.

a) Quais são as marcas temporais presentes na história?

Alguns exemplos: “ao chegar em casa”, “os dias foram passando”, “os anos

passaram”, “todo final de semana”.

b) Onde ocorrem as ações da narrativa (espaço)?

Na sala de aula, na casa da família de Clara, órgão ambiental. O lugar mais

recorrente é na casa de Clara.

É importante retomar com os estudantes que há narrativas em que as ações se

transcorrem apenas um lugar.

c) O texto “Surpresas” apresenta narração em 1ª ou 3ª pessoa? Justifique com

um trecho do texto.

Temos narrador em 3ª pessoa. Sugestão de trecho: “Mariana entrou na sala de

aula, desesperada, e disse para Clara, sua colega de classe:”.

Texto narrativo é um tipo de texto que esboça ações das personagens num determinado tempo e espaço. O narrador é aquele que conta a história: narrador personagem, narrador observador e narrador onisciente. A narrativa possui, geralmente, a seguinte estrutura: apresentação, desenvolvimento, clímax e desfecho.

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5- No texto, Clara, amiga de Mariana, faz uma referência ao que elas aprenderam na escola. Grife no texto este trecho. “Mari, você sabe que tartarugas são animais silvestres. Portanto, para ficar com ela, vocês

devem ter autorização de um órgão ambiental responsável. Lembra que aprendemos isso na

escola?”.

6- Suponha que o título “Surpresas” tenha que ser mudado. Qual poderia substituí-lo?

Lembrando:

Um título é como se fosse a porta de entrada para um texto. Por isso, deve

chamar atenção do leitor, informar sobre o que será lido, ser claro e objetivo.

Sugestão: Uma tartaruga em casa Encontrada uma tartaruga

Uma tartaruga foi encontrada. E agora?

7- Uma história pode ter vários desfechos, desde que estejam compatíveis com as ações realizadas pelas personagens. Crie um outro desfecho para o texto “Surpresas”.

Essa atividade poderá ser feita em duplas ou em trios.

Resposta pessoal. É importante enfatizar a necessidade de o desfecho criado estar coerente com as demais partes do texto.

Atividade 4 - (Re)visitando a gramática

1- Releia o cartaz que Danilo produziu.

Imagem da tartaruga disponível em: <https://pixnio.com/pt/fotos/animais/repteis-anfibios/tartarugas>. Acesso em: 22 mar. 2020.

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2- Nele há um problema de escrita que pode até ser um erro de digitação, mas

esse erro, se analisarmos gramaticalmente, se enquadra num desvio de uma

das regras de concordância nominal. Qual é o trecho?

Danilo escreveu “Achei um tartaruga.”

A concordância nominal ocorre entre um nome (substantivo) e os outros

termos que o modificam (adjetivos, artigos, pronomes, numerais).

Essa concordância está ligada ao gênero (feminino, masculino) e ao número

(singular e plural).

3- Como o trecho “Achei um tartaruga” deve ser reescrito? Justifique, baseando-se na regra que você acabou de ler.

“Achei uma tartaruga”. “Tartaruga” é um substantivo feminino, portanto o artigo deve concordar com a palavra “tartaruga”.

Para verificar se o texto está adequado, sem problemas de digitação, de ortografia, de concordância verbal ou nominal, de pontuação, por exemplo, é importante que seja feita uma revisão prévia. Essa revisão poderá ser feita por você ou por um colega da sala, antes de ser submetido a seu professor. Lembre-se de que inadequações na escrita, podem prejudicar o entendimento de seu texto.

4- De acordo com essa dica, você acha que a frase com problema de concordância nominal prejudicou o entendimento da mensagem? Resposta possível: Não.

5- Então ela pode ser considerada um erro de digitação? Resposta possível: Sim

6- Sendo ou não um erro de digitação, ao temos ciência do problema da frase, devemos

a) fazer as adequações necessárias. b) deixar para lá, pois não prejudica o entendimento.

Caso o estudante responda a letra “b”, é interessante enfatizar que, mesmo sendo compreendida a mensagem, ela poderá causar estranhamento em algum momento.

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Atividade 5 – Gêneros diversificados

Texto 1 – Um texto legal (referente à lei)

1- Leia um trecho da lei nº 5.197, de 3 de janeiro de 1967 que dispõe sobre a

proteção à fauna

LEI Nº 5.197, DE 3 DE JANEIRO DE 1967

Dispõe sobre a proteção à fauna e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA:

Faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Os animais de quaisquer espécies, em qualquer fase do seu desenvolvimento e

que vivem naturalmente fora do cativeiro, constituindo a fauna silvestre, bem como seus

ninhos, abrigos e criadouros naturais são propriedades do Estado, sendo proibida a sua

utilização, perseguição, destruição, caça ou apanha.

§ 1º Se peculiaridades regionais comportarem o exercício da caça, a permissão será

estabelecida em ato regulamentador do Poder Público Federal.

§ 2º A utilização, perseguição, caça ou apanha de espécies da fauna silvestre em terras

de domínio privado, mesmo quando permitidas na forma do parágrafo anterior, poderão

ser igualmente proibidas pelos respectivos proprietários, assumindo estes a

responsabilidade da fiscalização de seus domínios. Nestas áreas, para a prática do ato

de caça é necessário o consentimento expresso ou tácito dos proprietários, nos termos

dos arts. 594, 595, 596, 597 e 598 do Código Civil.

Art. 2º É proibido o exercício da caça profissional.

Art. 3º É proibido o comércio de espécimes da fauna silvestre e de produtos e objetos

que impliquem na sua caça, perseguição, destruição ou apanha.

§ 1º Excetuam-se os espécimes provenientes de criadouros devidamente legalizados.

§ 2º Será permitida, mediante licença da autoridade competente, a apanha de ovos,

larvas e filhotes que se destinem aos estabelecimentos acima referidos, bem como a

destruição de animais silvestres considerados nocivos à agricultura ou à saúde pública.

Art. 4º Nenhuma espécie poderá ser introduzida no País, sem parecer técnico oficial

favorável e licença expedida na forma da Lei.

[...] Disponível em: <https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1960-1969/lei-5197-3-janeiro-1967-364679-

publicacaooriginal-1-pl.html>. Acesso em: 22 mar. 2020. (adaptado)

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2- Considerando esse trecho, a finalidade do texto é:

a) Orientar como se faz a proteção da fauna.

b) Relatar a adoção de um animal silvestre.

c) Opinar sobre a proteção da fauna.

d) Establecer regras sobre a proteção dos animais silvestres.

3- O que pode ser observado nesse trecho quanto à estrutura do texto?

Espera-se que o aluno perceba a estrutura de um texto normativo, a partir

desse trecho, com divisão: artigos, parágrafos, número e data de publicação

da lei, assunto tratado, órgão responsável pela publicação, por exemplo.

O texto normativo, de modo geral, rege o funcionamento de determinada

atividade. Está dividido em artigos, capítulos e seções para organizar a

leitura. Alguns exemplos de textos normativos: constituições, códigos penais,

declarações, requerimentos, relatórios, regulamentos, atas e contratos.

4- No Texto 1 da Atividade 3, uma personagem mostra a preocupação pela

amiga estar com uma tartaruga em casa. Ela está certa, do ponto de vista legal,

por ter essa preocupação? Justifique sua resposta com um trecho da lei.

R: Espera-se que o estudante perceba que a personagem está certa e

amparada pelo 3º artigo da lei: “É proibido o comércio de espécimes da fauna

silvestre e de produtos e objetos que impliquem na sua caça, perseguição,

destruição ou apanha.”

Texto 2

Carta reivindicatória

Carta Reivindicatória ao Diretor do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos

Recursos Naturais - IBAMA

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Movimento em Defesa dos Animais Silvestres

Excelentíssimo Diretor do IBAMA

O Movimento em Defesa dos Animais Silvestres composto pelas Associações Amigos

dos Animais e Preservando a Fauna e Flora, a SOS Fauna e Flora e outras entidades

que lutam pela preservação da natureza está se dirigindo a Vossa Senhoria, em razão

da defesa dos animais silvestre, da preservação da riqueza ambiental ameaçada pelo

aumento de captura de animais silvestres e pelo aumento de estabelecimentos

credenciados.

Introdução

Muito se fala em preservação de meio ambiente, em punição aos que capturam e criam

animais silvestres, muito deles em via de extinção, e o que se constata são cada vez

mais reportagens de animais silvestres adotados pelos cidadãos comuns.

Tudo feito legalmente, pessoas se candidatam a serem guardiões provisórios dos

animais retirados ilegalmente de seu habitat e resgatados por esse órgão, ou a

aquisição do animal em estabelecimentos devidamente credenciados também por

vocês.

É sabido que, cada vez mais e em maior número, chegam animais silvestres a esses

estabelecimentos. A justificativa para tal fato é de foram resgatados do tráfico ilegal, o

que se permite deduzir os maus tratos tanto no momento da captura, quanto do

cativeiro em que muitos animais morrem por não resistirem ao sofrimento. Não é

necessário ser um expert, um estudioso da fauna e flora para saber que isso leva à

extinção dos animais e o desequilíbrio do meio ambiente.

Mesmo se levarmos em conta a adoção desses animais por pessoas que desejam

muito tê-los, não sofrem num ambiente tão diferente a que estão acostumados?

Garante-se de que não transmitirão doenças por estarem num habitat diferente de onde

viviam?

Por que tantos animais capturados?

Ora, pensemos na lei de oferta e procura: será que não há um grande número de

animais caçados e retirados de seu habitat, por que há uma grande procura? Porque há

pessoas interessadas nesses animais e que pagam para tê-los.

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Senhor Diretor, a lei tem sido mesmo cumprida como deve ser? Há necessidade de

credenciar legalmente estabelecimentos para vender animais silvestres?

Reivindicação

Diante do exposto, Senhor Diretor, sua gestão tem uma oportunidade singular de

acabar com a captura desses animais, recrudescendo na aplicação da lei de crime

inafiançável aos que praticam tal ato.

Também, faz-se necessário parar e retirar o credenciamento de estabelecimentos que

recebem animais capturados para depois vende-los.

Por fim, investir em campanhas de conscientização às pessoas que desejam possuir

um animal silvestre.

Fazemos parte de um sistema em que tudo está interligado: pessoas, plantas, bichos.

Cuidar de cada um é cuidar da sobrevivência de todos.

Vamos, Senhor Diretor, mudar a história de adoção de animais silvestres?

Texto elaborado por Mara Lucia David especialmente para essa atividade.

1) Quem é o destinatário da carta reivindicatória?

O destinatário é o IBAMA.

2) Quem é o proponente da carta?

É o Movimento em Defesa dos Animais Silvestres.

3) Qual a(s) reivindicação(ões) da carta?

Espera-se que o estudante identifique que autor da carta está reivindicando

ao IBAMA que acabe com a captura dos animais com a aplicação da lei; que

pare e retire o credenciamento de estabelecimentos que recebem animais

silvestres. E fazer campanhas de conscientização à população para não

adotar esses animais.

Atividade 7 – Hora de opinar

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Professor: organize a turma em grupos, para a discussão dos itens a seguir. É

importante que as condições impostas pela Lei nº 5.197 de 03/01/1967 pautem

essa atividade.

1- O papagaio, a tartaruga e o periquito são alguns exemplos de animais silvestres

mais vendidos no Brasil. Imagine que alguém doou a você um desses animais. O

que você faria?

( ) Resposta 1: Aceitaria, pois ele seria bem cuidado.

( ) Resposta 2: Não aceitaria, pois as leis precisam ser respeitadas e, se elas

existem, é para garantir o direito desse animal permanecer em seu habitat.

( ) Resposta 3: Aceitaria, mas não deixaria de comunicar às autoridades

competentes, a fim de proceder à legalização da adoção.

Reposta pessoal

2- Sabendo da existência da Lei nº 5.197 de 03/01/1967, qual deveria ser a sua

resposta quanto a aceitar a doação de um animal silvestre?

3- Agora, organize com seu grupo uma conversa sobre o que fazer na seguinte

situação:

Alguém de sua família trouxe um papagaio adulto para casa. O que você faria?

Denunciaria ou não seu parente? Por quê?

Após a conversa, escrevam a conclusão que representa a opinião da maioria do

grupo. Registrem-na por escrito e exponham para a classe.

Observação: É necessário revisar o texto da conclusão antes de colocá-lo em

exposição. Para isso, releiam o que escreveram, façam as adequações

necessárias e validem a escrita com seu professor.

O professor poderá organizar a exposição das conclusões dos grupos em um mural ou utilizar um outro recurso de divulgação. Sugestões de registro: A- Possibilidades de publicação: • revista digital (para criar a revista, é possível utilizar a ferramenta Scoop it: https://www.scoop.it/.

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• blog. • mural da escola ou da sala de aula. • jornal da escola. B- Introdução para contextualização do trabalho: Os estudantes do 7º ano ____, da EE _______________________________, discorreram a respeito do tema “adoção de animais silvestres”. Após discutirem sobre o assunto e com base na Lei nº 5.197 (de 03/01/1967), chegaram a algumas conclusões: 1- ____________________________________ 2-_____________________________________ 3- ____________________________________ 4-____________________________________ 5-____________________________________ 6-____________________________________ Essas ponderações demonstram que

Inserir as contribuições dos grupos.

Inserir síntese das conclusões dos

grupos.

______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 – Leis, textos reivindicatórios, textos do campo jornalístico e literatura

Nesta Situação de Aprendizagem (SA) você realizará atividades de leitura, escrita, interpretação de textos referentes aos gêneros textuais diversos, ampliando os estudos da Sequência de Atividade anterior. Veja, a seguir, algumas habilidades que começaremos a desenvolver nesta Situação de Aprendizagem.

EF07LP07 - Identificar, em textos de diferentes gêneros, a estrutura básica da oração: sujeito, predicado, complemento (objetos direto e indireto).

EF69LP30 - Comparar, com a ajuda do professor, conteúdos, dados e informações de diferentes fontes, levando em conta seus contextos de produção e referências, identificando coincidências, complementaridades e contradições, de forma a poder identificar erros/imprecisões conceituais, compreender e posicionar-se criticamente sobre os conteúdos e informações em questão.

EF67LP35 - Distinguir, em textos de diferentes gêneros, os efeitos de sentido produzidos pelo uso de palavras derivadas por acréscimo de afixos e palavras compostas.

EF69LP41 - Usar adequadamente ferramentas de apoio a apresentações orais, escolhendo e usando tipos e tamanhos de fontes que permitam boa visualização, topicalizando e/ou organizando o conteúdo em itens, inserindo de forma adequada imagens, gráficos, tabelas, formas e elementos gráficos, dimensionando a quantidade de texto (e imagem) por slide, usando progressivamente e de forma harmônica recursos mais sofisticados como efeitos de transição, slides mestres, layouts personalizados etc.

EF69LP46 - Participar de práticas de compartilhamento de leitura/recepção de obras literárias/manifestações artísticas, tecendo, quando possível, comentários de ordem estética e afetiva.

EF69LP51 - Engajar-se ativamente nos processos de planejamento, textualização, revisão/ edição e reescrita, tendo em vista as restrições temáticas, composicionais e estilísticas dos textos pretendidos e as configurações da situação de produção – o leitor pretendido, o suporte, o contexto de circulação do texto, as finalidades etc. – e considerando a imaginação, a estesia e a verossimilhança próprias ao texto literário.

EF69LP56 - Fazer uso consciente e reflexivo da norma-padrão em situações de fala e escrita em textos de diferentes gêneros, levando em consideração o contexto, situação de produção e as características do gênero.

EF69LP55 - Reconhecer em textos de diferentes gêneros as variedades da língua falada, o conceito de norma-padrão e o de preconceito linguístico.

EF67LP34 - Formar antônimos com acréscimo de prefixos que expressam noção de negação.

EF69LP32 - Selecionar informações e dados relevantes de fontes diversas (impressas, digitais, orais etc.), avaliando a qualidade e a utilidade dessas fontes, e organizar, esquematicamente, com ajuda do professor, as informações necessárias (sem excedê-las) com ou sem apoio de ferramentas digitais, em quadros, tabelas ou gráficos.

EF69LP24B - Reconhecer o caráter interpretativo das leis e as várias perspectivas que podem estar em jogo.

EF67LP31A - Criar poemas compostos por versos livres e de forma fixa (como quadras e sonetos), utilizando recursos visuais, semânticos e sonoros, tais como cadências, ritmos e rimas.

EF67LP18B - Identificar, na leitura de textos reivindicatórios ou propositivos, a sustentação, explicação ou justificativa apresentada para a reclamação e/ou solicitação, analisando sua pertinência em relação ao objeto da reclamação e/ou da solicitação.

EF67LP36 - Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão referencial (léxica e pronominal) e sequencial e outros recursos expressivos adequados ao gênero textual.

EF69LP24A - Discutir casos, reais ou simulações, submetidos a juízo, que envolvam (supostos) desrespeitos a artigos do ECA, do Código de Defesa do Consumidor, do Código Nacional de Trânsito, de regulamentações do mercado publicitário entre outros, como forma de criar familiaridade com a leitura e análise de textos legais.

Práticas de Linguagem

▪ Leitura

▪ Oralidade

▪ Produção de Texto

▪ Análise Linguística/Semiótica

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Atividade 1 – Comparando textos

Texto 1

Presidência da República

Casa CivilSubchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998.

Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta

e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

[...]

Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos

nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem

como o diretor, o administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o

gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta

criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la.

[...]

CAPÍTULO V

DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE

Seção I

Dos Crimes contra a Fauna

Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre,

nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da

autoridade competente, ou em desacordo com a obtida:

Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa.

§ 1º Incorre nas mesmas penas:

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I - Quem impede a procriação da fauna, sem licença, autorização ou em

desacordo com a obtida;

II - Quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro natural;

III - quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou

depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou

em rota migratória, bem como produtos e objetos dela oriundos, provenientes de

criadouros não autorizados ou sem a devida permissão, licença ou autorização da

autoridade competente.

§ 2º No caso de guarda doméstica de espécie silvestre não considerada

ameaçada de extinção, pode o juiz, considerando as circunstâncias, deixar de aplicar a

pena.

§ 3° São espécimes da fauna silvestre todos aqueles pertencentes às espécies

nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou

parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do território brasileiro, ou águas

jurisdicionais brasileiras.

§ 4º A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado:

I - Contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, ainda que somente

no local da infração;

II - em período proibido à caça;

III - durante a noite;

IV - com abuso de licença;

V - em unidade de conservação;

VI - com emprego de métodos ou instrumentos capazes de provocar destruição

em massa.

§ 5º A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do exercício de caça

profissional.

§ 6º As disposições deste artigo não se aplicam aos atos de pesca.

[...]

Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.htm>. Acesso em: 05 maio 2020.

1) Pela lei, o IBAMA pode ser culpabilizado pela captura e venda de animais

silvestres?

Sim, o artigo 2º autoriza isso: “Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes

previstos nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem

como o diretor, o administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente,

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o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem,

deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la”.

2) Em qual trecho (artigo) da lei, fica justificado o credenciamento da vender

animais silvestres?

Artigo 29.

Texto 2

87% de aumento na lista dos animais ameaçados de extinção

Sem estardalhaço, em uma década aumentou em 87% a lista dos animais ameaçados

em extinção no Brasil, mas o problema não é abordado.

Por: Mara David

Postado em 05/05/2020 Revista De olho no meio ambiente

Os números do Ministério Do Meio Ambiente não deixam dúvidas sobre o aumento na

lista de animais em extinção. Em 2008, o catálogo fornecido era com 627 espécies de

animais em risco, em 2018, o número chegou a 1.173. Ainda que o desparecimento de

animais interfira no ecossistema e, consequentemente, na vida humana, o assunto não

é destacado

Os especialistas em meio ambiente lembram que faltam políticas públicas em

prevenção ambiental. O fato é agravado pela constante exploração humana na Mata

Atlântica, onde a população de mamíferos foi reduzida pela metade desde a

colonização que teve início a partir do ano de 1500. As principais vítimas são animais de

médio e grande portes como onça-pintadas e antas.

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Disponível em: <https://www.mma.gov.br/biodiversidade/conservacao-de-especies/fauna-

ameacada/fauna.html). Acesso em 05 maio 2020.

Texto 3

A União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais criou

um catálogo mostrando a situação da conservação das espécies de plantas ,animais

fungos e protozoários de todo o planeta e estabeleceu critérios que incluem a taxa de

declínio da população (número de indivíduos por espécie), o tamanho e distribuição da

população, a área de distribuição geográfica e grau de fragmentação.

A situação das espécies ficou dessa forma classificada:

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Disponível em: <https://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/27904-entenda-a-classificacao-da-lista-

vermelha-da-iucn/>. Acesso em: 06 maio 2020.

As letras são iniciais de palavra inglesas. Temos então:

LC – (Least Concern) – Segura ou pouco preocupante.

NT - (Near Threatened) – Quade ameaçada.

VU – (Vulnerable) – Vulnerável.

EN – (Endangered) – Em perigo.

CR – (Critically Endangered) – Criticamente em perigo ou Em Perigo Crítico.

EW – (Extinct in the Wild) – Extinta na natureza.

EX – (Extinct) Extinta.

1- Qual a diferença entre EW e EX?

EW – Extinta na natureza significa que não é encontrada a espécie no que seria seu

habitat. As espécies são encontradas apenas em cativeiro ou com uma população fora

de sua área natura. Enquanto a EX é quando não existe dúvida de que que o último

indivíduo da espécie morreu, portanto, ela está extinta.

2- Pelo esquema de classificação das espécies, qual a espécie de animais no

Brasil que está em perigo crítico?

Peixes continentais.

3- Os Textos 2 e 3 foram escritos em uma linguagem

A) formal.

B) informal.

O gênero textual, o assunto, o público a que é destinado, muitas vezes, podem

definir o tipo de linguagem a ser usada. Nesse caso, a linguagem utilizada é a

formal e está empregada na variedade padrão da língua.

4- Preencha a tabela abaixo.

Gênero Textual Assunto Público

Texto 1 Lei Sobre os crimes Os brasileiros.

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ambientais.

Texto 2 Reportagem Aumento da lista

das espécies de

animais em

extinção.

Os leitores do

veículo em que o

texto foi publicado.

A reportagem utiliza

uma tabela

universal para

mostrar as

condições da fauna

e flora do Brasil.

5- Considerando as perguntas e respostas anteriores, porque os Textos 1 e 2

se aproximam do registro formal da língua?

Eles se aproximam do registro formal da língua, pois já possuem uma estrutura

padrão de escrita consolidada entre os falantes, ou seja, se lermos uma lei ou

uma reportagem que contemple a linguagem informal/coloquial, por exemplo,

essa leitura poderá causar estranhamento, pois se afastará do padrão

conhecido/aceito por uma maioria.

As especificidades consolidadas nos gêneros textuais em questão (lei e reportagem)

contemplam o uso de uma determinada variedade padrão da língua. Essa condição

relativamente estável e o grau de proximidade estabelecido entre os falantes é que

determinam o uso do registro mais ou menos formal.

Atividade 2 - Outras Cartas

Texto 3 – Carta de leitor

Para a Revista Tudo Sabe.

Tô escrevendo pra voceis, porque não sei mais o que fazer e nem onde

reclamar. Levaram o meu Miguilim, o meu macaquinho que parece um leãozinho.

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Falaram pra mim que era perigoso ficar com o bichinho porque, na verdade,

era o mico leão dourado, um macaquinho que está acabando nas matas, que é crime

caçar ele.

Mas eu juro, não fui eu que peguei ele da mata, eu tinha ido caçar com meu

estilingue (eu fazia isso antes de ter o Miguilim) e vi ele num galho de árvore e me

olhou de um jeito que não tive coragem de fazer nada. Peguei ele lá de cima, me

deixou chegar perto dele, porque tava machucado, cuidei dele. No fim, ele acabou

gostando de mim; e eu, dele. A gente ficou inseparável, o tempo todo grudado um no

outro.

Miguilim mudou minha vida, por isso ele tem esse nome. Um dia minha

professora contou uma história de um menino de nome Miguilim que tinha um jeito

muito diferente de enxergar o mundo, porque ele não via direito as coisas,

principalmente as que tavam longe; descobri que eu era assim também e o meu

macaquinho me feiz vê o mundo diferente, vê coisas que antes não via, como os

bichinhos sofre quando atiram coisas neles. Eu fazia isso, mas nunca mais depois

dele.

E agora tiraram o Miguilim de mim, o vizinho disse que não foi à polícia que

protege os bichos da mata; numa hora que não tinha ninguém em casa, entraram e

levaram o meu bichinho.

E o que vai ser de mim? Então peço ajuda de voceis pra ajudar encontrar o

meu amiguinho.

Obrigado

Zé Augusto

Texto elaborado por Mara Lucia David especialmente para essa atividade.

1- Retorne à carta reivindicatória da SA2 para preencher a tabela abaixo:

Destinatário Autor Assunto Público

Carta

Reivindicatória

IBAMA Movimento

Em

Crimes

ambientais.

Os brasileiros.

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Defesa

dos

Animais

Silvestres

Carta de leitor Revista Tudo

Sabe

Augusto

Pedido de

ajuda para

recuperar

animal de

estimação.

Leitores da

revista Tudo

Sabe.

2- Selecione no texto Carta de Leitor, palavras e expressões que exemplificam a

linguagem próxima da representação da oralidade.

A forma abreviada dos verbos: “tô” (estou), “tavam” (estavam), “tava”

(estava); “vê” (ver). Forma abreviada de preposição, “pra” (para). Uso da

forma verbal “feiz” (fez). Uso do pronome pessoal do caso reto após o verbo:

“é crime caçar ele”; “vi ele“, que peguei ele”. Uso da expressão “a gente”.

3- Ao escrever dessa forma, podemos ser acusados de não saber escrever direito?

Professor, é preciso chamar a atenção para a prática social da linguagem,

onde, quando e de que forma é usada, alertando para o cuidado de uma

resposta negativa à pergunta, a fim de evitarmos o preconceito linguístico.

Saiba mais

Precisa-se ter cuidado ao responder essa questão, para não correr o risco de cometer

“preconceito linguístico”. Já ouviu essa expressão? Tem ideia do que significa?

O preconceito linguístico para os linguistas (aqueles que estudam a língua) e, entre

eles, o professor Marcos Bagno, é a discriminação que existe entre as pessoas que

falam o mesmo idioma, sem respeitar as variações da língua como os sotaques, os

regionalismos, as gírias, as variantes informais da língua, atribuindo a quem faz uso

dessas variações um juízo de valor negativo como repulsa, desrespeito, entre outros.

Texto 4

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Leia agora um trecho da terceira carta de uma escritora portuguesa.

Cartas de uma freira portuguesa

Sóror Mariana Alcoforado

Terceira

[...]

Adeus. Era melhor nunca te ter visto. Ah, sinto até ao fundo a mentira deste

pensamento e reconheço, no momento em que escrevo, que prefiro ser

desgraçada amando-te do que nunca te haver conhecido. Aceito, assim, sem

uma queixa, a minha má fortuna, pois não a quiseste tornar melhor. Adeus:

promete-me que terás saudades minhas se vier a morrer de tristeza; e oxalá o

desvario desta paixão consiga afastar-te de tudo. Tal consolação me bastará, e

se é forçoso abandonar-te para sempre, queria ao menos não te deixar a

nenhuma outra. E serias tão cruel que te servisses do meu desespero para te

tornares mais sedutor, e te gabares de ter despertado a maior paixão do mundo?

Adeus, mais urna vez. Escrevo-te cartas tão longas! Não tenho cuidado contigo!

Peço-te que me perdoes, e espero que terás ainda alguma indulgência com uma

pobre insensata, que o não era, como sabes, antes de te amar. Adeus; parece-

me que te falo de mais do estado insuportável em que me encontro; mas

agradeço-te, com toda a minha alma, o desespero que me causas, e odeio a

tranquilidade em que vivi antes de te conhecer Adeus. O meu amor aumenta a

cada momento. Ah, quanto me fica ainda por dizer...

Disponível em:<https://www.cesadufs.com.br/ORBI/public/uploadCatalago/17331616022012Literatura_portuguesa_II_Aula_2.pdf>. p. 37-38. Acesso em: 06 maio 2020. (adaptado)

1- Responda: A carta foi escrita em linguagem

a) informal.

b) formal.

2- Trata-se de uma carta

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a) de leitor.

b) reivindicatória.

c) de opinião.

d) pessoal.

3- Quem é o autor carta?

Mariana Alcoforado.

4- Qual o assunto da carta?

Trata-se de uma carta de despedida.

Para saber mais:

As Cartas Portuguesas foram publicadas em 1669 (século XVII), conhecidas

como as cartas de amor de uma freira portuguesa, Sóror Mariana Alcoforado por

oficial francês. Amor incondicional e exacerbado que a jovem revela ao longo de

cinco curtas cartas e que, ao longo delas, o tom de esperança de um possível

encontro entre eles vai se perdendo. Os críticos divergem quanto a verdadeira

autoria dessas cartas, alguns acreditam que o verdadeiro autor tenha sido

Gabriel de Guilleragues, ou se não as escreveu, modificou-as. Entretanto, essas

discussões não tiram o valor dessas cartas, consideradas uma obra-prima da

literatura universal.

Atividade 3 - (Re)visitando a gramática

1- Assim como os textos têm estruturas próprias, como as cartas, a notícia, a

reportagem, a entrevista, uma oração também possui uma estrutura básica:

sujeito (elemento a quem se declara algo e que estabelece concordância com o

verbo), predicado (o que se declara a respeito do sujeito da oração) e

complemento (objeto direto e/ou objeto indireto que completa o sentido do

verbo).

Veja:

“Miguilim mudou minha vida”.

a) Nessa oração, a respeito de quem se declara alguma coisa?

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Miguilim

b) O que é falado a respeito de Miguilim?

mudou minha vida

c) Qual é o trecho que complementa o sentido do verbo “mudou”?

minha vida

Sujeito

Miguilim

Predicado

Objeto

direto

Mudou minha vida

d) Na oração “Miguilim gosta de banana”, qual o complemento do verbo?

de banana

Qual a diferença entre objeto direto e objeto indireto?

De modo geral, quando o complemento se liga ao verbo diretamente, sem

preposição, o complemento é um objeto direto (minha vida). Se entre o verbo e o

complemento houver uma preposição, é objeto indireto (de banana).

O que é preposição?

É o termo gramatical, invariável, que liga dois elementos de uma frase,

estabelecendo uma relação entre eles. Exemplos de preposição: a, ante, após,

até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob,

sobre, trás.

2- Você já ouviu falar em palavras compostas e em palavras derivadas?

Compostas são aquelas formadas por duas ou mais palavras que apresentam

uma ideia única.

Observe:

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“Entretanto, essas discussões não tiram o valor dessas cartas, consideradas

uma obra-prima da literatura universal [...]” .

(Trecho retirado do texto As Cartas Portuguesas)

A palavra obra-prima é composta, formada pelo substantivo obra (o que resulta

de um trabalho) e pelo adjetivo prima (primeira). No trecho acima, obra-prima

ganha o significado de “a mais bela obra de um artista, de uma época, de um

gênero”.

a) Qual o sentido das palavras compostas nos trechos de texto abaixo?

• “Quem nunca sonhou em ter uma arara-azul em casa para cuidar? Ou

um papagaio falante? Ou um macaco-prego de estimação? Ou uma

linda tartaruga?”

• “As principais vítimas são animais de médio e grande portes como onça-

pintadas e antas”.

Espera-se que o estudante perceba que, ao unir substantivo com adjetivo

(arara-azul; onça-pintada), e substantivo com substantivo (macaco-prego),

está se particularizando animais, com determinadas características,

pertencentes a uma espécie que possui animais com características

diferentes.

3- Leia o trecho a seguir:

“Tudo feito legalmente, pessoas se candidatam a serem guardiões provisórios

dos animais retirados ilegalmente de seu habitat e resgatados por esse órgão

[...]”.

4- Agora, analise a formação das palavras abaixo:

LEGAL + mente = LEGALmente

i + LEGAL = iLEGAL

i + LEGAL + mente = iLEGALmente

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5- Jogo rápido!

a) A palavra destacada em amarelo pode ser considerada primitiva, aquela que

dá origem a outras palavras?

b) O contrário de “legal” é ____________________. Nesse caso, o “i-” possui

sentido de “não”?

c) Portanto: Aquilo que “não” é “legal” é ___________________________.

d) As palavras “ilegalmente” e “ilegal” nascem da palavra primitiva

_______________.

e) Se elas surgem, nascem, derivam da palavra primitiva “legal”, são chamadas

de palavras _______________.

a) Sim.

b) ilegal

c) ilegal

d) legal

e) derivadas

Para saber mais!

i + LEGAL + mente = ilegalmente

i (vem antes da palavra principal) é um exemplo de prefixo (i-).

LEGAL (palavra principal, também chamada de radical, raiz).

Mente (vem depois da palavra principal) é um exemplo de sufixo (-mente).

O objetivo dos estudos dessa seção é introduzir noções linguístico-gramaticais

básicas. Caso o professor sinta necessidade de aprofundar os conceitos,

sugere-se aplicar atividades de sistematização encontradas em gramáticas,

livros didáticos, entre outros recursos.

Atividade 4 - Outros jeitos de falar de perda

Glosa

Fernando Pessoa

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Quem me roubou a minha dor antiga,

E só a vida me deixou por dor?

Quem, entre o incêndio da alma em que o ser periga,

Me deixou só no fogo e no torpor?

Quem fez a fantasia minha amiga,

Negando o fruto e emurchecendo a flor?

Ninguém ou o Fado2, e a fantasia siga

A seu infiel e irreal sabor...

Quem me dispôs para o que não pudesse?

Quem me fadou para o que não conheço

Na teia do real que ninguém tece?

Quem me arrancou ao sonho que me odiava

E me deu só a vida em que me esqueço,

“Onde a minha saudade a cor se trava?”

Disponível: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ph000003.pdf>. Acesso em: 24 abr. 2020.

AS POMBAS

Raimundo Correa

Vai-se a primeira pomba despertada...

Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas

De pombas vão-se dos pombais, apenas

Raia sanguínea e fresca a madrugada...

E à tarde, quando a rígida nortada

Sopra, aos pombais de novo elas, serenas,

Ruflando as asas, sacudindo as penas,

Voltam todas em bando e em revoada...

2 Fado = destino, sorte, o que necessariamente tem de ser.

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Também dos corações onde abotoam,

Os sonhos, um por um, céleres voam,

Como voam as pombas dos pombais;

No azul da adolescência as asas soltam,

Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,

E eles aos corações não voltam mais...

(Sinfonias, 1883.)

Disponível em: <http://www.academia.org.br/academicos/raimundo-correia/textos-escolhidos>. Acesso em:

06 maio 2020.

1- Qual é a estrutura do gênero textual poema?

Textos em versos e estrofes. Geralmente apresenta rimas e ritmo.

2- No poema Glosa, o eu-lírico indaga sobre

a) o roubo de uma dor e sonho antigos.

b) a oferta de uma de uma fantasia.

c) a convivência com a saudade.

O poema Glosa, indaga sobre o roubo de uma dor e do sonho antigos

(portanto já conhecidos), e o leva o eu-lírico a uma vida desconhecida pela

dor recente, a um mundo que lhe é desconhecido.

3- No poema As Pombas, os pássaros trazem uma simbologia que representa a

a) paz.

b) espiritualidade.

c) liberdade.

d) pureza.

As pombas carregam todas essas simbologias, mas no poema, assim como outros

pássaros, ela traz a liberdade, saem de manhã do pombal em bandos, ruflando as

asas e ganham a imensidão do céu. Os pássaros, muitas vezes, são lembrados

pelos poetas por fazer a conexão entre o céu e a terra.

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4- O eu-lírico compara a pomba com os sonhos. Transcreva esses versos.

“Também dos corações onde abotoam,” / “Os sonhos, um por um, céleres voam,”

/ “Como voam as pombas dos pombais”

5- Releia a última estrofe do poema. Para o eu-lírico qual é a perda?

A perda dos sonhos. Se as pombas saem de madrugada dos pombais e voltam ao

entardecer. Os sonhos saem dos corações adolescentes e não voltam mais.

Atividade 5 - Produção de Texto

As perdas nos acompanham em cada fase de nossa vida. Entre a primeira e

segunda semana após nosso nascimento, perdemos o coto umbilical (pequena

porção do cordão umbilical). Mais tarde, a nossa primeira dentição (os dentes de

leite). Perdemos amigos, parentes animais de estimação, coisas materiais.

A proposta é que você crie poemas de formas fixas (sonetos, tipos de poemas

de 12 versos, sendo que as duas primeiras possuem 4 versos, e as duas últimas

três versos, tal qual o poema As Pombas) ou livres, utilizando recursos sonoros,

tais como ritmos e rimas. Não se esqueça da trabalhar a linguagem com todos

os recursos que ela pode oferecer, bem como atentando para a revisão

gramatical.

Depois de pronto e revisado o texto, é hora de divulgá-lo. Você e sua turma

poderão organizar um sarau para a leitura das produções.

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Referências bibliográficas BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37. ed.; Rio de Janeiro:

Lucerna. 1999.

BAGNO, Marcos. Preconceito Linguístico. São Paulo: Parábola. 2015.

CUNHA, Celso Ferreira da. Gramática da Língua Portuguesa. 10. ed.; Rio de

Janeiro; FAE, 1984.

KOCH, Ingere Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e Escrever estratégias de

produção textual. São Paulo: Contexto, 2009.

________. Ler e Compreender os sentidos do texto. São Paulo: Contexto,

2009.

Links Consultados

<https://super.abril.com.br/ciencia/como-os-gatos-conquistaram-a-terra/> (acesso

em: 07 jan. 2020).

<https://www.escoladigital.pb.gov.br/odas/tarsila-do-amaral-a-cuca-1924>. Acesso

em: 18 dez. 2019.

<https://www.scoop.it/>. Acesso em: 26.mar. 2020).

<https://maturaconto.blogspot.com/>. Acesso em: 16 jan. 2020.

<https://pixnio.com/pt/animais/passaros/papagaio/papagaio-arara/passaro-

papagaio-arara-azul-ceu-azul-animal-ao-ar-livre-voo-bico-colorido>. Acesso em:

19 fev. 2020.

<https://www.vix.com/pt/pet/536440/12-animais-silvestres-ou-exoticos-que-o-

ibama-permite-que-sejam-domesticados>. Acesso em: 25 mar. 2020.

<https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1960-1969/lei-5197-3-janeiro-1967-

364679-publicacaooriginal-1-pl.html>. Acesso em: 25 mar. 2020.

<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000292.pdf>. Acesso em: 15

abr. 2020.

<https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1960-1969/lei-5197-3-janeiro-1967-

364679-publicacaooriginal-1-pl.html>. Acesso em: 22 mar. 2020. (adaptado)

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.htm>. Acesso em: 05 maio 2020.

<https://www.mma.gov.br/biodiversidade/conservacao-de-especies/fauna-

ameacada/fauna.html). Acesso em 05 maio 2020.

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<https://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/27904-entenda-a-classificacao-da-

lista-vermelha-da-iucn/>. Acesso em: 06 maio 2020.

https://elivros.online/livro/baixar-livro-manuelzao-e-miguilim-joao-guimaraes-rosa-

em-epub-pdf-mobi-ou-ler-online. (acesso em: 06 maio 2020.

<https://www.cesadufs.com.br/ORBI/public/uploadCatalago/17331616022012Liter

atura_portuguesa_II_Aula_2.pdf>. p. 37-38. Acesso em: 06 maio 2020.

(adaptado)

<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ph000003.pdf>. Acesso em: 24

abr. 2020.

<http://www.academia.org.br/academicos/raimundo-correia/textos-escolhidos>.

Acesso em: 06 maio 2020.

<https://www.escritas.org/pt/t/47880/a-arte-de-perder>. Acesso em: 08 maio 2020.

Créditos

6º ano – (SA1) Madalena Borges Gutierre, (SA2,3,4) Katia Regina Pessoa, Lucifrance Elias Carvalhar, Mara Lucia David, Marcia Aparecida Barbosa Corrales, 7º ano: (SA1) Katia Regina Pessoa, (SA 2,3,4) Lucifrance Elias Carvalhar, Mara Lucia David 8º ano – (SA1) Liliane Pereira da Silva, Katia Regina Pessoa, (SA2,3,4) Lucifrance Elias Carvalhar, Mara Lucia David 9º ano – (SA1) Daniel Carvalho Nhani, (SA2,3,4) Katia Regina Pessoa, Lucifrance Elias Carvalhar, Mara Lucia David, Marcia Aparecida Barbosa Corrales, Atividades adaptadas: Leitura Crítica, revisão, adaptação e validação do material: Katia Regina Pessoa, Mara Lucia David.

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SP FAZ ESCOLA CADERNO DO PROFESSOR

LÍNGUA PORTUGUESA

– 8º ano

ENSINO FUNDAMENTAL

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VOLUME 2

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1

Olá!

A Situação de Aprendizagem que você desenvolverá neste material

pretende trabalhar habilidades relacionadas às práticas de:

leitura;

oralidade;

produção textual;

análise linguística/semiótica.

Essas práticas, por sua vez, estão articuladas a alguns campos de

atuação social:

o da vida pública;

o das práticas de estudo e de pesquisa;

o da arte e da literatura;

o do jornalístico/midiático.

Utilize este material como parte de seus estudos, associando-o a outros

que venham a complementar sua jornada no campo do conhecimento.

Equipe Pedagógica de Língua Portuguesa

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2

Desenho de Lívia Maria dos Santos Amaral, 12 anos, 6º ano - E.E. Comendador Antônio Figueiredo Navas, Lins, SP

SUMÁRIO

Sugestão de Material Adaptado...................................................................04

Situação de Aprendizagem 1 ...............................................................05

Atividade 1 07

Atividade 2.............................................................. 07

Atividade 3.......................................................................... 17

Atividade 4......................................................................... 18

Atividade 5 21

Referências e Sugestões Bibliográficas............................................................... 22

CRÉDITOS 24

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3

Os links e QRCodes (indicados abaixo) remetem a materiais relacionados à Educação

Especial. A critério do professor, as atividades sugeridas podem ser aplicadas a todos os estudantes, de forma complementar às Sequências de Atividades elencadas no Caderno do

Professor e do Aluno.

Acesse por meio do link o documento orientador contendo a

Resolução SE nº 68 de 12/12/2017, definições das Deficiências,

Adaptação Curricular e Avaliação.

Para acesso às sugestões de atividades adaptadas clique no link.

Materiais da Educação Especial disponíveis no link.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 -

ARTIGO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA

A Situação de Aprendizagem a seguir visa a trabalhar alguns elementos que

conduzirão ao trabalho com textos de caráter científico. Verifique abaixo as

habilidades que darão início a esse estudo.

Práticas de Linguagem

▪ Leitura ▪ Oralidade ▪ Produção de Texto ▪ Análise Linguística/Semiótica

EF69LP38

Organizar os dados e informações

pesquisados em painéis ou slides de

apresentação, levando em conta o

contexto de produção, o tempo

disponível, as características do gênero

apresentação oral, a multissemiose, as

mídias e tecnologias que serão

utilizadas.

EF69LP36B

Revisar textos voltados para a divulgação

do conhecimento e de dados e resultados

de pesquisas, considerando o contexto de

produção e as regularidades dos gêneros

em termos de suas construções

composicionais e estilos.

EF69LP37

Produzir roteiros para elaboração de

vídeos de diferentes tipos (vlog

científico, vídeo-minuto, programa de

rádio, podcasts) para divulgação de

conhecimentos científicos e resultados

de pesquisa, tendo em vista seu

contexto de produção, os elementos e

a construção composicional dos

roteiros.

EF69LP35

Planejar textos de divulgação científica, a

partir da elaboração de esquema que

considere as pesquisas feitas

anteriormente, de notas e sínteses de

leituras ou de registros de experimentos ou

de estudo de campo, produzir, revisar e

editar textos voltados para a divulgação do

conhecimento e de dados e resultados de

pesquisas, tendo em vista seus contextos

de produção, que podem envolver a

disponibilização de informações e

conhecimentos em circulação em um

formato mais acessível para um público

específico ou a divulgação de

conhecimentos advindos de pesquisas

bibliográficas, experimentos científicos e

estudos de campo realizados.

EF69LP36A

Produzir textos

voltados para a

divulgação do

conhecimento e de

dados e resultados

de pesquisas,

considerando o

contexto de

produção e as

regularidades dos

gêneros em termos

de suas construções

composicionais e

estilos.

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ATIVIDADE 1 – RECONHECIMENTO DE CAMPO

1- Responda às questões a seguir.

a) O que é um artigo de divulgação científica?

É um texto que se produz levando em conta pesquisas, aprofundamentos teóricos e resultado

de investigação sobre determinado assunto.

b) Qual é a sua finalidade?

Sua finalidade é de levar, difundir o conhecimento científico.

c) Onde podemos encontrar um artigo desse tipo?

Esse texto é encontrado na produção de dissertações de mestrado, teses de doutorado

(mundo acadêmico), mas também em jornais (geralmente em cadernos específicos), revistas

especializadas, nos congressos, entre outros.

d) Quais assuntos eles podem abordar?

Os mais variados assuntos são abordados, geralmente assuntos que passaram por muitos

estudos, experiências etc.

e) Qual é o público-alvo?

Dependendo de onde o assunto for abordado, desde pesquisadores, cientistas para tomarem

conhecimento de descobertas, como para o público em geral que goste do tema.

2- Para ler alguns artigos de divulgação científica, consulte sites como:

• Ciência Hoje para Crianças: http://chc.org.br/

• Revista Galileu: https://revistagalileu.globo.com/

ATIVIDADE 2 – LEITURA DE UM ARTIGO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA

O texto abaixo será dividido em quatro partes. Para cada parte, faremos uma

pausa, a fim de que você localize informações e escreva, com suas palavras, o

que entendeu. Veja:

PARTE 1

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As ferramentas computacionais e matemáticas desenvolvidas para estudar as relações entre os morcegos e as plantas

podem ser aplicadas a qualquer outro ecossistema – Foto: Marco Mello

USP LIDERA FORÇA-TAREFA PARA DESCOBRIR AS CONEXÕES ENTRE

AS ESPÉCIES

Estudo poderá prever consequências de desastres ecológicos como o que está

ocorrendo no Nordeste

25/11/2019

Texto: Denise Casatti / Assessoria de Comunicação do ICMC

O que leva um grupo de pesquisadores das instituições mais

qualificadas do planeta a se unirem para estudar morcegos e suas relações

com plantas? As descobertas desses cientistas – à primeira vista, sem muita

importância – ganharam as páginas de uma das revistas mais relevantes do

mundo nas áreas de ecologia e evolução, a Nature Ecology & Evolution.

Para compreender o trabalho dessa força-tarefa da ciência, formada por

dois professores da USP e mais oito pesquisadores, três brasileiros e cinco

estrangeiros, basta esquecer os morcegos e as plantas (temporariamente), e

pensar no desastre ecológico que está ocorrendo agora no litoral do Nordeste.

Hoje, é impossível calcular as consequências que o óleo pode trazer ao

ecossistema da região.

No entanto, o impacto da contaminação poderia ser calculado se

houvesse um banco de dados com informações sobre os animais que vivem no

local, bem como as relações que são estabelecidas entre as diferentes

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espécies. Foram dados desse tipo, nesse caso mostrando as interações entre

morcegos e plantas, registradas ao longo de 70 anos por centenas de

naturalistas, que deram origem ao estudo “Compreendendo as regras de

montagem de uma rede multicamadas continental” (Insights on the assembly

rules of a continent -wide multilayer network).

“Nosso estudo mostra que é possível analisar como a extinção de

espécies de animais e plantas afeta o equilíbrio de um ecossistema, alterando

a biodiversidade em diversas regiões do planeta”, explica o professor Marco

Mello, do Instituto de Biociências (IB) da USP, que liderou a força-tarefa do

estudo.

“As ferramentas computacionais e matemáticas que desenvolvemos

para estudar as relações entre os morcegos e as plantas podem ser aplicadas

a qualquer outro ecossistema”, completa o professor Francisco Rodrigues, do

Instituto de Ciências Matemática e de Computação (ICMC) da USP, em São

Carlos.

Então, imagine se esses cientistas tivessem à disposição dados sobre

as tartarugas-marinhas, os peixes, as aves, os corais e os demais animais que

habitam as áreas contaminadas do litoral do Nordeste ao longo de muitos anos.

Ora, eles poderiam utilizar as mesmas ferramentas empregadas no estudo

sobre morcegos e plantas. Assim, seriam capazes de prever as consequências

que o óleo traria à teia da vida nordestina, incluindo aí os seres humanos.

Para responder essas primeiras questões, exige-se a habilidade de identificar

informações explícitas no texto.

Primeira parada para análise textual

O professor Marco Mello revela que, no mundo, quase 70% dos morcegos se alimentam de insetos em maior ou menor grau. Nas Américas, metade das espécies se alimenta de plantas, só que muitas delas também são capazes de comer insetos. Ou seja, os morcegos têm a dieta mais diversificada entre os mamíferos. Foto: Marco Mello

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1 - Pela leitura feita até aqui, é possível responder à pergunta inicial do texto?

Vamos relembrá-la:

“O que leva um grupo de pesquisadores das instituições mais qualificadas do

planeta a se unirem para estudar morcegos e suas relações com plantas?

Conhecer esses animais, sua relação com a natureza e, por meio desse conhecimento,

construir um banco de dados com informações sobre eles e as relações que estabelecem no

meio em que vivem e com outras espécies.

2 - Quanto à pesquisa, o que dizem os professores Marco Mello e Francisco

Rodrigues?

Marco Mello disse que as pesquisas mostram “que é possível analisar como a extinção de

espécies de animais e plantas afeta o equilíbrio de um ecossistema” e altera “a biodiversidade

em diversas regiões do planeta”; Francisco Rodrigues complementa dizendo que as

ferramentas computacionais e matemáticas desenvolvidas para estudar as relações

estabelecidas entre os morcegos e as plantas são aplicáveis a qualquer outro ecossistema.

3 - Grife, no próprio texto, alguns trechos que fazem com que ele seja

reconhecido como um artigo científico.

Respostas possíveis: “As descobertas desses cientistas – à primeira vista, sem muita

importância – ganharam as páginas de uma das revistas mais relevantes do mundo nas áreas

de ecologia e evolução, a Nature Ecology & Evolution.”; “Foram dados desse tipo, nesse caso

mostrando as interações entre morcegos e plantas, registradas ao longo de 70 anos por

centenas de naturalistas, que deram origem ao estudo “Compreendendo as regras de

montagem de uma rede multicamadas continental” (Insights on the assembly rules of a

continent -wide multilayer network); ‘“Nosso estudo mostra que é possível analisar como a

extinção de espécies de animais e plantas afeta o equilíbrio de um ecossistema, alterando a

biodiversidade em diversas regiões do planeta”, explica o professor Marco Mello, do Instituto de

Biociências (IB) da USP, que liderou a força-tarefa do estudo.’

PARTE 2

Uma teia com muitas camadas

“Com efeito, um dos aspectos inovadores do trabalho é analisar a

miríade de relações entre espécies de morcegos e plantas com ferramentas

computacionais, mais ou menos como quem estuda as múltiplas conexões

entre pessoas num aplicativo de rede social”, escreve o jornalista José

Reinaldo Lopes no artigo Morcegos são cruciais para a saúde dos

ecossistemas em que vivem. Publicado pela Folha de S. Paulo no dia 3 de

novembro, o artigo destaca como funciona a teia que une 73 espécies de

morcegos e 439 espécies de plantas, estudadas pela equipe de pesquisadores

de que Mello e Rodrigues fazem parte.

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O jornalista conta que os pesquisadores usaram dados coletados em

campo sobre a dieta dos bichos para montar as várias camadas de redes de

interação: “Uma dessas camadas corresponde às mais de 900 interações

morcego-planta em que há frugivoria (consumo de frutas); outra equivale a 301

interações em que há consumo de néctar; e assim por diante.” Para relatar

esses processos, os pesquisadores consideram, ainda, a história evolutiva, o

grau de parentesco e a distribuição geográfica das diferentes espécies.

“O mapeamento multicamadas que resultou desse esforço mostra, entre

outras coisas, quais as espécies que funcionam como as figuras mais

“populares” da “rede social” ecológica – mais ou menos como o sujeito com

milhares de amigos ou seguidores cuja conta conecta as pessoas mais

disparatadas entre si”, escreve Lopes.

Nesse caso, vale lembrar que os morcegos mais populares são os que

estão no centro da rede. “Isso significa que os animais dessa espécie se

alimentam de uma variedade maior de frutos e propagam uma maior

diversidade de sementes pelo ecossistema. Se essa espécie é extinta, afetará

mais o todo, porque esses animais têm uma função mais relevante na

manutenção do ecossistema. Por isso, é fundamental determinar quem são

essas espécies porque elas podem levar à extinção de outras”, conta o

professor Francisco Rodrigues. “Com a análise dessas redes complexas

multicamadas, o que estamos mostrando é como as conexões entre as

espécies são formadas, como são as estruturas dessas redes e qual impacto

pode ter a extinção de algumas espécies”, adiciona Rodrigues.

Ele foi um dos responsáveis por desenvolver as soluções matemáticas

e computacionais que possibilitam a análise de redes multicamadas

juntamente com a pesquisadora iraniana Nastaran Lotfi. Vinda da

Universidade de Zanjan, Irã, Nastaran foi aluna visitante de doutorado no

ICMC, sob orientação de Rodrigues, e hoje é pós-doutoranda na

Universidade Federal de Pernambuco. Já os doutorandos Rafael Pinheiro, da

Universidade Federal de Minas Gerais, e Gabriel Félix, da Unicamp,

desenvolveram novos métodos para entender a estrutura de cada camada

das redes.

Segundo Rodrigues, a análise de redes multicamadas é bastante nova

e os primeiros estudos começaram a ser produzidos há cerca de seis anos.

No ano passado, o professor lançou um livro sobre o assunto em parceria

com mais três pesquisadores intitulado An Introduction to Multiplex Networks:

Basic Formalism and Structural Properties.

[...]

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Segunda parada para análise textual

1 - Os trechos em destaque são exemplos de citações. Compare-as e diga o

que elas têm em comum com relação à escrita (pontuação, utilização de

determinado tempo verbal, entre outras possibilidades).

Em relação à pontuação: Uso de aspas para usar trechos retirados do artigo, Morcegos são

cruciais para a saúde dos ecossistemas em que vivem, publicado pela Folha de S. Paulo no dia

3 de novembro, escrito pelo jornalista José Reinaldo Lopes. No penúltimo trecho destacado,

trata-se da fala do professor Francisco Rodrigues que, provavelmente, foi entrevistado por

Lopes.

Os verbos predominantemente estão no Presente do Indicativo (estuda, escreve, conta, há,

equivale, corresponde, há, aparecem, entre outros também). Não é por acaso que isso

acontece, o modo Indicativo faz referências a fatos verossímeis, ou que são tratados como tal;

e o uso do presente, para referenciar a fatos que se passam ou estendem no momento em que

são apresentados.

Essas observações são pertinentes aos quatro primeiros trechos

destacados do texto, o último trecho será comentado na próxima questão.

2 - Um dos trechos não segue o padrão de escrita dos demais. Esse trecho é

um exemplo de paráfrase.

Indique-o.

Trata-se exatamente do último trecho, no qual o jornalista (José Reinaldo Lopes) escreve com

suas palavras a fala do professor Francisco Rodrigues; não a cita diretamente. Esse é um

exemplo de paráfrase: “Segundo Rodrigues, a análise de redes multicamadas é bastante nova

e os primeiros estudos começaram a ser produzidos há cerca de seis anos”. (O uso dessas

aspas, não é para indicar a fala de alguém como nos exemplos anteriores, mas para indicar

que foi retirado um trecho do texto; é uma outra função do uso das aspas).

Para refletir

A parte 2 apresenta um subtítulo: Uma teia com muitas camadas. No primeiro parágrafo, “...o

artigo destaca como funciona a teia que une 73 espécies de morcegos e 439 espécies de

plantas...”, a palavra “teia” foi usada metaforicamente por apresentar semelhança ao

entrelaçamento dos morcegos e plantas com o sentido original da palavra: entrelaçamento dos

fios no tear; uma trama. Podemos pensar que também é isso que ocorreu na elaboração desse

texto. O artigo está assinado por Denise Cesatti. Para trazer os dados científicos, os

argumentos de autoridade, a autora apresenta trechos de um artigo escrito pelo jornalista José

Reinaldo Lopes, que traz o depoimento do professor Francisco Rodrigues. No artigo, também

ocorre a “teia”, o entrelaçamento de ideias, de palavras, de posições, trechos de outros textos,

ou seja, um texto “com muitas camadas”.

PARTE 3

Um caminho com muitas redes

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“A ciência das redes complexas tem mais de 300 anos, mas foi em

2016 que nosso grupo de pesquisa, hoje na USP, publicou um dos primeiros

estudos na área da ecologia levando em conta múltiplas camadas de redes”,

destaca Mello. A equipe de cientistas, liderada pelo professor, têm na

bagagem várias pesquisas anteriores publicadas ao longo dos últimos dez

anos.

Para chegar este ano às páginas de uma das revistas científicas mais

importantes do mundo nas áreas de ecologia e evolução, a Nature Ecology &

Evolution, foram necessários três anos de pesquisa. O início dessa trajetória

está registrado em uma imagem datada de 2016, quando seis pesquisadores

que estavam na Conferência Internacional de Pesquisa sobre Morcegos

(International Bat Research Conference), em Durban, na África do Sul, foram

almoçar juntos e se propuseram a construir um projeto. Ao longo do caminho,

mais quatro cientistas se uniram ao grupo.

Nessa época, já fazia cerca de sete anos que Mello havia pedido

autorização para usar o banco de dados on-line criado pela pesquisadora

Cullen Geiselman, do Centro de Conservação de Morcegos de Austin, nos

Estados Unidos. Ao longo desse tempo, o pesquisador brasileiro e sua equipe

refinaram as informações disponibilizadas por Geiselman e adicionaram

estudos brasileiros. Esses dados, que compreendem cerca de 70 anos de

trabalhos de campo feitos por centenas de pesquisadores na região, foram

utilizados no artigo publicado na Nature Ecology & Evolution.

“Começamos estudando conjuntos de organismos de diferentes

espécies (isto é, comunidades) e hoje analisamos também sistemas no

sentido estrito, formados por interações entre esses organismos (isto é,

redes). Entender essas regras é crucial para compreendermos a arquitetura

da biodiversidade, melhorarmos a produtividade de sistemas agroflorestais e

controlarmos doenças emergentes, entre muitas outras aplicações”, escreve

Mello na introdução da sua tese de livre-docência, apresentada em agosto

deste ano à USP.

No texto, o professor faz uma síntese do caminho que percorreu ao

longo de suas descobertas científicas. Um caminho que é similar ao

percorrido por tantos outros pesquisadores na extensa e gratificante jornada

da ciência: “Em uma floresta, ou mesmo em uma lavoura ou jardim urbano, o

que começa com um par de organismos escalona para múltiplos pares,

chegando ao nível das respectivas populações. E delas, ao nível de todo o

ecossistema. Isso é o que poeticamente chamamos de ‘a teia da vida’. O

mais incrível é que diferentes cientistas ao redor do mundo, ao longo de

séculos e perpassando diferentes gerações, encontraram padrões muito

interessantes nessa teia. Ou seja, coisas que se repetem regularmente,

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desde a forma de partes dela até os processos que geram essas formas. É

extremamente empolgante tentar entender o que mantém unidos esses

emaranhados de organismos e interações, também conhecidos como

sistemas complexos.”

Para finalizar, Rodrigues destaca que os sistemas complexos são

estudados no ICMC tanto no campo da ecologia como em medicina,

epidemiologia, ciências sociais e economia. Em todas essas áreas, os

pesquisadores buscam entender, por exemplo, como os neurônios estão

organizados no cérebro ou como as doenças se propagam em nossa

sociedade.

Terceira parada para análise textual

1 - No trecho em destaque, há uma curiosidade a respeito da composição do

grupo de cientistas. Qual é essa curiosidade? Você a considera necessária

para o entendimento do texto? Explique.

Sobre a formação do grupo o professor Mello informa que seis pesquisadores estavam em

Durban, na África do Sul, na Conferência Internacional de Pesquisa sobre Morcegos foram

almoçar juntos e se propuseram a construir um projeto e, durante o caminho, mais quatro

cientistas se juntaram ao grupo.

Quanto à segunda parte, espera-se que os estudantes percebam que assim como há interação

(redes) entre animais e plantas, a utilização de banco de dados de informações sobre estudos

já elaborados, a troca de informação entre pesquisadores e o trabalho conjunto também

formam um rede com possibilitam compreender a “arquitetura da biodiversidade” para melhorar

a produtividade de sistemas agroflorestais, controlar doenças emergentes etc.

2 - Quando falamos de algo que gostamos muito, geralmente escolhemos

palavras que expressam essa empolgação. No trecho transcrito abaixo, grife

essas palavras.

“Em uma floresta, ou mesmo em uma lavoura ou jardim urbano, o que começa

com um par de organismos escalona para múltiplos pares, chegando ao nível

das respectivas populações. E delas, ao nível de todo o ecossistema. Isso é o

que poeticamente chamamos de ‘a teia da vida’. O mais incrível é que

diferentes cientistas ao redor do mundo, ao longo de séculos e perpassando

diferentes gerações, encontraram padrões muito interessantes nessa teia. Ou

seja, coisas que se repetem regularmente, desde a forma de partes dela até os

processos que geram essas formas. É extremamente empolgante tentar

entender o que mantém unidos esses emaranhados de organismos e

interações, também conhecidos como sistemas complexos.”

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Percebe-se que além do pesquisador utilizar o adjetivo “empolgante”, ela lança mão do

advérbio “extremamente” para ressaltar a sensação, que vai além da empolgação comum.

3 - Agora, depois de ter lido as três partes do texto, retome a pergunta inicial e

responda:

O que leva um grupo de pesquisadores das instituições mais qualificadas do

planeta a se unirem para estudar morcegos e suas relações com plantas?

Complementando a resposta feita na primeira parada do texto, verifica-se que os estudos vão

além de conhecer os morcegos, mas construir banco de dados com informações sobre eles e

as relações que estabelecem no meio em que vivem e com outras espécies, pois, ao conhecer

as interações que acontecem entre morcegos e plantas, elas permitirão a compreensão da

arquitetura da biodiversidade, a melhoria da produtividade de sistemas agroflorestais e o

controle de doenças emergente, entre outras aplicações.

4 - Com base na resposta anterior, complemente o parágrafo a seguir:

Um grupo de pesquisadores provenientes das instituições mais qualificadas do país

se uniram para estudar morcegos e suas relações com plantas. Esse estudo

revelou que não importa se o ambiente for uma floresta, uma lavoura, ou um jardim urbano,

o que se inicia com um par de organismos que se multiplicam, formando uma população, que

se integram no ecossistema.

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PARTE 4

Na imagem, uma síntese do processo de pesquisa realizado pela força-tarefa Infografia: Beatriz Abdalla/Jornal da USP, com elementos cedidos por Marco Mello.

Disponível em: <https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-ambientais/usp-lidera-forca-tarefa-para-descobrir-as-conexoes-entre-as-especies/>. Acesso em: 27 dez. 2019. (O texto foi adaptado para fins didáticos).

Quarta parada para análise textual

A Parte 4 do artigo que você acabou de ler

a) pode ser considerada uma síntese das Partes 1, 2 e 3?

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b) poderia substituir as Partes 1, 2 e 3? Por quê?

c) seria compreendida com sucesso se não tivesse as imagens? Por quê?

a) Não é uma síntese das Partes 1, 2 e 3, mas explica, mostra o que foi dito nas Partes 1, 2 e

3. b) Não poderia substituir as Partes 1, 2 e 3, apenas complementa-as. c) O entendimento ficaria mais difícil, pois linguagem verbal e não verbal (as imagens) se

complementam para passar a informação.

ATIVIDADE 3 – CONTEÚDO E ESTRUTURA TEXTUAL 1 - Você já leu textos como este?

Resposta pessoal. Espera-se que o estudante perceba que, ao longo de seu percurso escolar,

ele tomou conhecimento de textos de divulgação científica.

2- Em qual área do conhecimento ele predomina?

Espera-se que o estudante perceba que uma pesquisa, recolhimento de dados pode ser feito em qualquer área de conhecimento: Linguagens, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Matemática.

3- Qual o tema abordado no texto? O tema foi o estudo da interação entre morcegos e plantas e a importância dessa interação no

ecossistema.

4- Você sentiu alguma dificuldade para compreender o texto? Se sim, qual

ou quais foram suas dificuldades?

Resposta pessoal. Apesar de a linguagem ser clara e objetiva, mesmo assim, talvez o

estudante possa, no princípio, ter alguma dificuldade, pois, o texto pode trazer palavras que

não fazem parte de seu cotidiano. Mas o contexto e a mediação na leitura podem levá-lo a

superar as dificuldades.

5- Indique o item que melhor traduz a finalidade do texto estudado.

a) Ensinar como se faz um relatório científico.

b) Defender um ponto de vista.

c) Expor um conteúdo de natureza científica.

6- Quanto à linguagem do texto,

a) Qual o modo verbal predominante?

Modo Indicativo.

b) Qual tempo verbal predomina?

Presente do Indicativo.

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c) Qual a variedade linguística utilizada? Norma-padrão da língua portuguesa.

d) Há predominância da linguagem formal ou linguagem informal?

Há predominância da linguagem formal.

e) A linguagem utilizada é adequada à situação de comunicação (verifique

onde o artigo foi publicado para responder à questão)? O texto foi escrito por Denise Casatti da Assessoria do ICMC – Instituto de Ciências

Matemáticas e de Computação e publicado no Jornal da USP – Universidade de São

Paulo, portanto a linguagem está adequada à situação de comunicação: o assunto, a

finalidade – a difusão do conhecimento científico e o suporte de divulgação do texto.

Professor, solicite ao estudante que desconsidere a questão 7.

8- Qual é a função do infográfico, apresentado ao final, para a interpretação do texto?

O que é infográfico?

A palavra infográfico é composta pelas palavras info (informação) e gráfico (no caso, também pode ser um desenho, imagem ou representação visual), ou seja, um texto que une a linguagem verbal e não verbal com o intuito de explicar, informar sobre um assunto.

A função do infográfico, nesse contexto, é auxiliar a interpretação do artigo de divulgação

científica; lembrando que esse tipo de texto e o assunto tratado não faz parte do cotidiano das pessoas que não sejam estudiosas do assunto. Dessa forma, as imagens mostram as conexões do morcego de uma maneira semelhante às conexões que as pessoas fazem num

aplicativo de rede social, isso, sim, muito familiar aos estudantes.

ATIVIDADE 4 – PRODUÇÃO TEXTUAL

Agora é sua vez de produzir um artigo de divulgação científica. Para isso,

você precisará pesquisar a respeito de um dos temas abaixo.

Obs.: Essa atividade poderá ser feita em grupo.

a) Obesidade juvenil e riscos para saúde

b) Riscos da musculação para adolescentes

c) Para onde vai nosso lixo – a necessidade da reciclagem

d) Aquecimento global – causas e consequências

e) A importância da vacinação em crianças, jovens e adultos, e as

consequências de não se vacinar.

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_______________________________________

(TÍTULO)

Após feito o rascunho, utilize a grade de correção a seguir para fazer os

ajustes necessários para a versão final de seu artigo.

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Sim Não Parcialmente

O título dá uma

indicação clara do assunto tratado?

A introdução apresenta o tema

pesquisado?

O texto apresenta os procedimentos utilizados na

pesquisa?

O texto apresenta os

resultados alcançados?

O texto apresenta conclusão?

A linguagem utilizada é objetiva?

A linguagem é

adequada ao público-alvo?

A linguagem é adequada ao suporte (jornal impresso,

jornal digital, mural, blog, etc.) escolhido para publicação?

Os verbos estão no

passado?

Há adequação

ortográfica?

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ATIVIDADE 5 - DIVULGUE SEU TEXTO

Os textos produzidos por você e por seus colegas poderão ser divulgados

(escolha uma ou mais possibilidades):

• em uma revista digital (para criar a revista, você poderá utilizar a

ferramenta Scoop it: https://www.scoop.it/. acesso em: 27.fev. 2020).

• em um blog.

• em um podcast.

• no mural da escola ou da sala de aula.

• no jornal da escola.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAGNO, Marcos. A língua de Eulália: novela sociolinguística. 11.ed., São

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Créditos

6º ano – (SA1) Madalena Borges Gutierre, (SA2,3,4) Katia Regina Pessoa, Lucifrance Elias Carvalhar, Mara Lucia David, Marcia Aparecida Barbosa Corrales,

7º ano: (SA1) Katia Regina Pessoa, (SA 2,3,4) Lucifrance Elias Carvalhar, Mara Lucia David

8º ano – (SA1) Liliane Pereira da Silva, Katia Regina Pessoa, (SA2,3,4) Lucifrance Elias Carvalhar, Mara Lucia David

9º ano – (SA1) Daniel Carvalho Nhani, (SA2,3,4) Katia Regina Pessoa, Lucifrance Elias Carvalhar, Mara Lucia David, Marcia Aparecida Barbosa Corrales,

Atividades adaptadas: Jaime Nespoli Filho – D.E. Caieiras; Selma Carvalho da Silva – D.E. Itapevi e Raquel Salzani Fiorini – D.E. Mogi Mirim.

Leitura Crítica, revisão, adaptação e validação do material: Katia Regina Pessoa, Mara Lucia David.

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SP FAZ ESCOLA CADERNO DO PROFESSOR

LÍNGUA PORTUGUESA

– 9º ano

ENSINO FUNDAMENTAL

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VOLUME 2

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Desenho de Lívia Maria dos Santos Amaral, 12 anos, 6º ano - E.E. Comendador Antônio Figueiredo Navas, Lins, SP

Olá!

A Situação de Aprendizagem que você desenvolverá neste material

pretende trabalhar habilidades relacionadas às práticas de:

leitura;

oralidade;

produção textual;

análise linguística/semiótica.

Essas práticas, por sua vez, estão articuladas a alguns campos de

atuação social:

o da vida pública;

o o das práticas de estudo e de pesquisa;

o da arte e da literatura;

o do jornalístico/midiático.

Utilize este material como parte de seus estudos, associando-o a outros

que venham a complementar sua jornada no campo do conhecimento.

Equipe Pedagógica de Língua Portuguesa

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 – ACESSANDO OS TEXTOS CIBERNÉTICOS

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Esta Situação de Aprendizagem (SA) tem como foco fazer com que o estudante compreenda textos de gêneros variados, selecionando estratégias de leitura adequadas a diferentes objetivos. Para isso, serão exploradas algumas estratégias didáticas que procuram promover uma aprendizagem ativa, alinhada ao Currículo Paulista, utilizando como suporte alguns gêneros digitais.

Mapa cognitivo de aprendizagem

GÊNEROS DIGITAIS

Memes - Qualquer objeto digital que carrega uma ideia e se espalha rapidamente pela internet (viralização), alcançando muita popularidade. Gifs – formato de imagem de mapa de bits, geralmente criado para imagens fixas ou para fazer animações a partir destas. Blog – uma plataforma de divulgação na internet de conteúdo apresentado em texto e imagem. Vlog - uma plataforma de divulgação na internet de conteúdo exclusivamente apresentado em vídeo. Wiki – escrita colaborativa. E-zine – revistinha digital. Chats – conversa em tempo real em plataforma digital. Podcast – conteúdo em áudio, semelhante a um programa de rádio, mas é direcionado e pode ser ouvido com flexibilidade pela internet. Posts – Produção e divulgação de textos, hipertextos, links, imagens, áudios ou vídeos através de redes sociais.

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Atividade 1 – Conversando sobre o universo das linguagens

As linguagens estão presentes em todos os campos da nossa vida, como seria possível a comunicação sem elas?

Para compreendermos o universo das linguagens é necessário, primeiramente, construir alguns saberes a respeito:

● Na sua opinião, o que é linguagem e para que ela serve?

● O que é linguagem verbal? Dê exemplos.

● O que é linguagem não verbal? Dê exemplos.

● Podemos considerar uma cor, um símbolo, um gesto, uma pintura ou escultura como linguagem? Por quê?

1. Observe as figuras a seguir e responda:

a) Podemos considerá-las um tipo de linguagem? Qual? b) Na sua opinião, que tipo de informação ou mensagem cada imagem transmite? c) Considerando que as estátuas estão fora do contexto imaginado pelo escultor, e, observando a posição das mãos das esculturas, é possível determinar o que cada um estaria fazendo? Explique. d) Em qual período você acredita que estas esculturas foram elaboradas? Explique. 2. Observe novamente as mesmas imagens e responda:

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Figura 2

Figura 3

a) O que mudou em comparação à imagem original? É possível, agora, determinar o que cada personagem está fazendo?

b) Os elementos inseridos nas imagens são verbais ou não verbais? c) A presença dos novos elementos nas imagens fez com que elas se situassem em outro período? Explique. 3. Observe as figuras 1 e 2 e responda:

a) Há diferenças entre os elementos I, II, III e IV da figura 1? Explique. b) Ainda em relação a figura 1, a cor pode ser considerada uma linguagem? Explique. c) O que as cores significam nos semáforos apresentados na figura 1? Explique. d) Analise o item IV da Figura 1. No trânsito qual seria a consequência? e) Os numerais romanos em cada semáforo e sua ordem podem ser considerados uma linguagem? Por quê?

f) Os numerais romanos nas Figuras 1 e 2 têm a mesma função? Explique. g) Na Figura 2, insira os ponteiros marcando 16:20. Note que ambos ficaram no mesmo lugar, sendo assim, há diferenças nas informações que cada um transmite? h) O que significam as siglas AM e PM do relógio digital? Essas letras são linguagens? Explique. 4. Charada da linguagem não verbal. Leia as perguntas e responda: a) Qual objeto cujo tamanho de algumas de suas partes transmite uma informação ou interpretação diferente? b) Qual objeto cujas cores determinam informações ou interpretações diferentes? 5. Observe a Figura 3 e responda: a) A linguagem é verbal ou não verbal? b) O que ela significa? c) A figura pode ser utilizada com outros elementos? d) Escreva dois elementos que podem ser inseridos na Figura 3 e quais seriam os novos significados. Atividade 2 - Os símbolos e caracteres a serviço da comunicação 1. Observe:

: ; ( ) a) Os caracteres acima possuem significado para você? Qual (is)?.

b) Onde estes sinais são utilizados e para que servem?

Figura 1

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2. Observe novamente:

:) ;) :( a) O que mudou em relação ao exemplo do exercício 1, já que os sinais são os mesmos? b) Qual o significado de cada um destes sinais, onde podem ser usados e para quê?

Quando os primeiros computadores foram lançados, e com eles os primeiros canais de comunicação pela internet, como chats ou mensageiros, os sinais de pontuação e os caracteres especiais eram os únicos recursos para transmitir sentimentos e sensações. Décadas depois estes sinais evoluíram e se tornaram o que se conhece hoje como emoticon (emoção + ícone), eles podem substituir o texto escrito em alguns

contextos, cumprindo com mais dinamismo e rapidez a comunicação 😊 ☹

¯\_(ツ)_/¯.

3. Desenhe o emoticon gráfico correspondente a cada sentimento ou sensação:

Bravo

Feliz Triste Desconfiado Com dúvida Risada

Com vergonha Assustado Com frio Com calor Com nojo Chorando

4. Associe corretamente os emoticons de texto:

1. d:-) ( ) usando gravata

2. [:-) ( ) usando óculos 3. :-) X ( ) usando fones de ouvido 4. B-) ( ) usando aparelho dentário 5. :-(#) ( ) usando boné

Conheça outros emoticons textuais em: <http://www.dicweb.com/emoticon.htm>. Acesso em: 15 dez. 2019.

Atividade 3 – A união das linguagens verbal e não verbal Os gêneros a seguir misturam os dois principais tipos de linguagens: a verbal e a não verbal. São geralmente utilizados para transmitir uma crítica ou reflexão, têm tradição e forte presença na esfera jornalística, principalmente em meio impresso, mas também aparecem em plataformas digitais. Conheça cada um deles:

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CHARGE – Comumente retrata situações atuais, ou seja, que estejam ocorrendo no mesmo tempo e espaço. É acompanhada de sátiras e as personagens principais geralmente são figuras públicas. São muito utilizadas para fazer críticas sociais. Foram criadas no século XIX com o objetivo de expressar a indignação das pessoas.

Traz um ponto de vista, é exagerada. Sua estrutura é formada por apenas um quadro, considera contexto histórico, conhecimento de mundo e depende de acontecimentos atuais.

1. Analise a charge “Formando Opinião 3.0”:

a) Cite dois elementos verbais e dois não verbais que fazem referência ao universo digital.

b) Explique a relação existente entre as cores e os textos.

c) Qual o tipo de contradição existente na charge?

d) O que significa o termo 3.0 no título e o que ele contribui para a interpretação? e) Quem é o público-alvo da charge e onde ela poderia ser publicada?

g) Esta charge poderia ser publicada em um jornal da década de 60? Explique. h) Escreva o par contrário, de acordo com o que você observou:

Li na rede social

Fofocas

Informações de aplicativos de mensagens

Meu amigo me falou

Textos anônimos sem fontes ou dados

CARTUM - São textos humorísticos caracterizados por histórias breves a respeito do comportamento humano. Os cartuns são atemporais e abordam os costumes de uma forma mais cômica. Limitam-se apenas a ilustrar situações e não exatamente criticá-las com referências explícitas, como nas charges.

Geralmente não possuem ligação com o contexto histórico, e, apesar de ter um ponto de vista, apresenta

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situações genéricas e sua estrutura, assim como a charge, é formada por apenas um quadro.

2. Analise o cartum e responda:

a) Qual é a mensagem transmitida? b) Quais elementos contribuem para o entendimento da mensagem? Explique. c) Através de quais elementos é possível inferir a idade de cada personagem no

cartum? Explique? d) Há dois elementos que não participam da situação de diálogo no cartum. Quem

são eles e qual é a sua função? e) Qual é a referência de gerações no cartum e quais elementos foram utilizados?

Explique. f) Crie um título coerente para o cartum.

TIRINHA - São semelhantes às histórias em quadrinhos (narrativa), porém, mais curtas. A sequência de quadrinhos possui personagens fixas, pode ou não tecer críticas sociais, transmitir ensinamentos e são publicadas com regularidade. São encontradas em revistas, jornais, sites, mídias sociais, entre outros. Geralmente, não possui ligação com o contexto histórico e sua estrutura é formada por três ou mais quadros. Professor: solicitar aos estudantes que acrescentem a palavra geralmente no início do último parágrafo.

1. Analise a tirinha e

responda:

a) As expressões “pra cima”, “mais ou menos” e “pra baixo” se referem a quê? b) O emoticon presente no primeiro quadro é coerente em relação ao texto?

Explique. c) Qual a ironia presente no último quadro? d) Qual a mensagem e/ou crítica transmitida pela tirinha? e) Quais elementos da tirinha a tornam atual? f) Quais semelhanças existem entre a charge, o cartum e a tirinha? Considere

aspectos temáticos e as linguagens verbal e não verbal.

Aspecto Temático Linguagens

Charge

Cartum

Tirinha

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Atividade 4 – Construção coletiva do conhecimento

A Escrita Colaborativa - É um texto construído por diversas mãos. Não é o mesmo que fazer comentários, concordar ou compartilhar. Significa contribuir, com uma ou muitas pessoas, na construção de uma mesma obra. Na internet, colaborar significa contribuir com informação relevante. A escrita colaborativa começa com a ideia de alguém e esta ideia se amplia, evolui, se aperfeiçoa através da participação (contribuição) de outras pessoas (coletivo).

Diversas são as plataformas disponibilizadas na internet para a escrita colaborativa, dentre elas estão os blogs, wikis etc. É possível também usar a escrita colaborativa de muitas formas e para muitos propósitos, por exemplo, uma revista ou jornal digital, uma pesquisa escolar, um artigo, dentre tantas outras possibilidades.

Para saber mais acesse: Blog - <https://bit.ly/2QmB5Hi>. Acesso em: 15 dez. 2019. Wiki - <https://bit.ly/2Q0u6oa>. Acesso em: 15 dez. 2019.

AS TÉCNICAS DE ANIMAÇÃO

STOP MOTION - em tradução livre, “movimento parado”, é uma técnica que utiliza uma sequência de imagens (fotografias, desenhos, ilustrações etc.) diferentes de um mesmo objeto estático (inanimado) para simular o seu movimento. As imagens são chamadas de quadros e, normalmente, são tiradas de um mesmo ponto, com o objeto mudando levemente de lugar. Para saber mais acesse: <https://bit.ly/39k0v0Q>. Acesso em: 15 dez. 2019.

1. Para compreender as técnicas do stop motion é necessário construir alguns conceitos. Para isso, organizem-se em quatro grupos e escolham um dos temas a seguir para pesquisar:

I. A retina Disponível em: <https://bit.ly/36cA8YR>. Acesso em: 15 dez. 2019.

II. Persistência retiniana

Disponível em: <https://bit.ly/2Q2jvtd>. Acesso em: 15 dez. 2019.

III. Ilusão de ótica Disponível em: <https://bit.ly/2MAceOS>. Acesso em: 15 dez. 2019.

IV. Frames por segundo (FPS) Disponível em: <https://bit.ly/2Q29Pia>. Acesso em: 15 dez. 2019.

2. Após a realização da pesquisa pelos grupos, juntem todas as informações coletadas e construam um texto de forma colaborativa. É possível realizar a tarefa, utilizando a ferramenta disponível em: <https://bit.ly/39wybrX>. Acesso em: 15 dez. 2019. Caso

não seja possível seu uso, escrevam o texto em uma folha de

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papel. O importante é que o texto seja construído coletivamente. Atividade 5 – Divulgando o conhecimento através das mídias digitais

PODCAST – conteúdo em áudio, semelhante a um programa de rádio, mas é direcionado e pode ser ouvido com flexibilidade pela internet, seja através do computador ou celular. Atualmente, o podcast se tornou um recurso importante para o jornalismo, com os chamados podcasts noticiosos.

VÍDEO MINUTO – como o próprio nome afirma é um vídeo (áudio e imagem) com duração de 1 minuto. Os objetivos são dos mais diversos: criticar, informar ou gerar humor, homenagear, dentre outros. Terminado o texto colaborativo, apresentem o conteúdo através de uma das formas digitais aqui apresentadas (podcast ou vídeo minuto). Para isso, se informem mais sobre os gêneros digitais apresentados nesta atividade acessando os links a seguir:

Podcast: Disponível em: <https://bit.ly/37idPkx>. Acesso em: 15 dez. 2019. Vídeo minuto: Disponível em: <https://bit.ly/2EY4aUc>. Acesso em: 15 dez. 2019.

Além da apresentação oral, a visual também é importante. Caso não seja possível o uso de recursos digitais, elaborem cartazes, banners ou outra forma de ilustrar o conteúdo. Sugere-se a realização de um seminário. Não se esqueçam de filmar a apresentação.

Atividade 6 – Viralizando o conhecimento

Viralizar: ato ou ação de fazer com que algo se espalhe rapidamente pela internet, ficando, assim, conhecido por um grande número de pessoas.

Para disseminar o conhecimento, divulguem os materiais digitais produzidos pela turma nas redes sociais, aplicativos de mensagens, em um blog ou vlog. Essa atitude é muito importante a fim de que a informação circule para um número maior de pessoas, permitindo a democratização do conhecimento.

BLOG – uma plataforma de divulgação na internet de conteúdo apresentado em texto e imagem. VLOG - uma plataforma de divulgação na internet de conteúdo exclusivamente apresentado em vídeo. Você tem um blog ou vlog? A escola ou a sua turma tem?

Seria interessante a criação de um blog para publicar conteúdos escolares, por exemplo, um

link que aponte um site para aprofundar determinado assunto abordado pelo professor em

sala de aula, uma vídeoaula, textos, um livro em formato digital, dentre outras

possibilidades. O importante é fazer a informação circular.

Seguem algumas opções de ferramentas gratuitas para criação de blogs e vlogs na internet:

Blogger, Wordpress, Tumblr, Youtube, Vimeo etc.

Caso não seja possível a criação dessas plataformas, sugere-se a publicação do conteúdo

produzido na atividade em rede social ou mesmo em grupos de aplicativos de mensagens.

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Atividade 7 – As técnicas do stop motion

DOBRADINHA – é uma das técnicas de animação mais simples que existe.

Para montá-la, providencie duas folhas de papel do mesmo tamanho (imagem 1), fazer nelas desenhos semelhantes, mas com pequenas mudanças (imagem 2), enrolar em um lápis uma das folhas (imagem 3), depois arrastar o lápis de um lado para o outro rapidamente para ver a ilusão de ótica dar movimento aos personagens desenhados.

O efeito animado desta dobradinha está disponível em: <https://bit.ly/2SyYSpZ>. Acesso em: 15 dez. 2019.

1 – Agora, faça a sua dobradinha!

FOLIOSCÓPIO – é um bloquinho de papel também conhecido como “Flip Book”. Folheando-o rapidamente, é possível perceber o movimento dos objetos desenhados. Para isso, basta desenhar em cada folha, em diferentes posições no papel, o seu desenho. A técnica com o folioscópio é mais versátil que a dobradinha. Para ter o efeito esperado, a dica é começar pela última folha. Veja a sequência de imagens a seguir:

O

efeito animado deste folioscópio está disponível em:

<https://bit.ly/39hHFaB>. Acesso em: 15 dez.

Imagem 1 Imagem 2 Imagem 3

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2019.

2. Produza o seu folioscópio. Use o rodapé do caderno ou mesmo aquele bloquinho de papel conhecido como “post it”.

Atividade 8 – Do papel para o computador: as conversões digitais

GIF (Graphics Interchange Format) - É um formato digital de imagem/vídeo muito utilizado na internet. É possível a “compactação” de arquivos, ou seja, diminuir o tamanho, pois ele é muito eficiente quando há muitas imagens ou partes de vídeos agrupadas em um único arquivo.

GIF ANIMADO – A animação está entre as muitas possibilidades de utilizar o gif, sendo possível agrupar diversas imagens estáticas para dar um efeito de movimento, seguindo, de certa forma, o mesmo princípio das técnicas do stop motion da dobradinha e do folioscópio. Após a criação da sua dobradinha e do seu folioscópio, é hora de tirá-los do papel e transformá-

los em digital criando um gif animado. Para isso, basta utilizar um aplicativo específico para a

tarefa. Existem diversos apps disponíveis na internet e nas lojas de aplicativos em celulares de

forma gratuita, escolha um e instale no seu aparelho celular.

1. Criando seu GIF

O primeiro passo para a criação do seu gif animado é tirar uma foto de cada

imagem separadamente. Se for a dobradinha, são duas, se for o folioscópio,

podem ser muitas. O segundo passo é instalar o aplicativo, depois insira as

imagens na sequência correta no app e ele unirá todas elas, passando-as em

determinada velocidade, conferindo assim movimento; o resultado é parecido com

um clip de vídeo. Com o gif criado, é hora de divulgá-lo nos aplicativos de

mensagens ou nas redes sociais.

Para ver o gif animado da dobradinha e do folioscópio apresentado nestas atividades, acesse os links a seguir:

Folioscópio: Disponível em: <https://bit.ly/2SuSb8v>. Acesso em: 15 dez. 2019. Dobradinha: Disponível em: <https://bit.ly/365SEBW>. Acesso em: 15 dez. 2019.

Atividade 9 – Linguagem contemporânea

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MEME – O conceito de meme surgiu na década de 70, um pouco antes dos computadores. O termo vem do grego e significa “imitação”. De forma geral, é tudo aquilo que se multiplica de cérebro em cérebro, ficando assim gravado no imaginário coletivo. Pode ser uma ideia, ou parte dela, desenhos, sons, valores estéticos ou morais, línguas, ou qualquer outra coisa, que pode ser transmitida e aprendida facilmente.

Com a popularização dos computadores e da internet, a concepção de meme praticamente não mudou, apenas se apropriou de elementos do mundo virtual como vídeos, gifs, figurinhas, músicas, imagens, dentre outros. Podemos, então, afirmar que o meme de internet é uma espécie de informação que viraliza, alcançando um grande número de pessoas. Para que um objeto virtual qualquer se torne um meme, é necessário que utilize de algum elemento que seja muito conhecido (pessoa ou personagem, trecho de música, foto, vídeo etc.). Assim, ele é transformado, inserindo uma frase ou qualquer outro elemento, e, posteriormente, divulgado. Um bom exemplo, é o grande número de memes criados com a pintura da Monalisa de Leonardo Da Vinci, dentre outros.

1. Observe o meme a seguir:

a) Em qual situação ele pode

ser usado? Explique. b) Qual a relação entre a foto do urso sentado à mesa e o texto escrito?

b) Qual sinal de pontuação está ausente na frase “Que rebeldia é essa jovem?”. Explique qual norma gramatical não foi atendida.

c) A palavra “jovem”, no

contexto do meme, tem o significado original?

Explique.

2. Leia as definições de oração, período simples e período composto a seguir e responda:

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a) Explique por que o trecho “Que rebeldia é essa jovem?” é uma oração.

b) Explique por que o trecho “Senta aqui, vamos conversar” é um período composto. Saiba mais sobre período simples e composto em: <https://bit.ly/2MzdVMw>. Acesso em 15 dez. 2019.

2. Utilize o layout de um aplicativo de mensagens para simular um diálogo. Siga as seguintes instruções: a) O meme do urso é a última resposta do diálogo. Por isso, conduza a conversa para que o meme seja coerente. b) Na construção do diálogo, escreva o texto com a presença de períodos simples e compostos.

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c) O diálogo deve atender à norma-padrão. 3. Criando o seu MEME A partir das informações fornecidas, crie um meme que pode ser engraçado e/ou transmitir uma mensagem reflexiva. Após a criação do seu meme, no espaço ao lado, fotografe e divulgue-o na rede social, aplicativos de mensagens, ou em outro meio. Se o seu objeto não for divulgado, não viraliza, e, consequentemente, não será um meme. Atividade 8 – Informação é poder A Atividade 6 abordou a viralização da informação e a democratização do conhecimento. Vamos aprofundar estes temas, por meio de uma roda de conversa respondendo aos seguintes questionamentos:

● A informação deve ficar restrita a apenas um grupo de pessoas? ● Atualmente, no Brasil, todos têm acesso à informação? ● Em relação à qualidade das informações disponíveis na internet:

a) São confiáveis?

b) O que fazer para acessar informações confiáveis?

c) As pessoas são manipuladas por informações na internet? Qual o impacto na sociedade?

Atividade 10 – Escrever e opinar também é poder Sabemos que na internet circula um volume imenso de informações não confiáveis. As fake news são utilizadas para os mais variados objetivos, visto que uma informação,

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seja verdadeira ou falsa, não circula apenas por circular. Com base no exposto, redija um texto de opinião (15 linhas), que responda às questões: A democratização da informação e o acesso ao conhecimento são importantes? De que forma eles podem empoderar, emancipar, esclarecer e contribuir para a evolução das pessoas?

Atividade 11 – Divulgações científicas através das Zines e E-zines

São Paulo, segunda-feira, 06 de abril de 2019

O UNIVERSO DAS ZINES E E-ZINES

Conquistando cada vez mais espaço entre os jovens, as zines invadiram também o meio virtual

Zine é uma espécie de revistinha produzida de forma independente, e não profissional para diversos fins. O termo veio de fanzine (fan magazine), que literalmente quer dizer “revista de fãs”. Inicialmente, foi popularizada como forma de divulgação de trabalhos artísticos, literários, musicais ou de qualquer cultura particular, de fãs para fãs.

A primeira, que se tem notícia foi publicada em 1929 nos Estados Unidos para divulgar um trabalho de ficção científica. No Brasil, a primeira surgiu com o mesmo propósito, só que pelo menos 4 décadas mais tarde, no interior de São Paulo. Como deixou de ser uma revista feita apenas por fãs e passou a ser difundida por meio autoral e expansivo, a palavra fanzine

deu lugar ao termo zine. Com uma zine, você pode divulgar o que

bem entender e com qualquer objetivo – desde poesias, contos, ilustrações, receitas culinárias, músicas de sua banda favorita, falar de você mesmo, discutir pautas de movimentos sociais, até divulgar conhecimentos científicos, dentre outros assuntos.

Qualquer pessoa pode produzir e divulgar uma zine. Não não existe formato ou qualquer padrão definido, basta que seja feita de forma independente e não oficial, pois o objetivo é usar a criatividade e ser o mais “caseiro” possível. Em contraponto às zines raiz (feitas manualmente), temos as e-zines (confeccionadas em meio eletrônico e divulgadas na internet); as últimas estão conquistando cada vez mais espaço e leitores.

"Fazer um e-zine é mais barato e mais rápido do que um tradicional", explica CAF, 22 anos.

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Os zineiros da velha guarda acreditam que o fato de o computador ser o principal meio de confecção, tira um pouco da característica artesanal da zinagem.

"O zine de papel não vai desaparecer, já que a internet ainda é um meio, que nem todo mundo tem acesso. E os e-zines são tão artesanais quanto os tradicionais", defende ALM, 35 anos.

Polêmicas à parte, a zine pode ser, seja manual ou digital, uma excelente ferramenta de expressão artística e social, porque ela atende a todos os gostos e talentos, seja para quem está familiarizado com o computador e suas ferramentas de edição ou para quem gosta de lápis, tesoura, papel, cola, tintas e muita criatividade.

E você, o que está esperando para fazer sua própria zine e presentear quem você gosta? Confira agora uma das formas mais populares, fáceis e baratas de se fazer a revistinha, assunto é o que não falta.

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TUTORIAL – É uma ferramenta que tem o objetivo de ensinar a realizar uma tarefa, explicando o passo a passo para a sua execução. Se popularizou muito com a internet. Atualmente, encontramos um tutorial para aprendermos praticamente tudo que quisermos, de cozinhar um miojo até a instalação e/ou operação de softwares complexos.

A tecnologia favoreceu muito a qualidade dos tutoriais, que passaram a apresentar, além dos textos, recursos multimídia (áudio, imagens e vídeo), o que os tornou ainda mais eficientes. 1. Observe as figuras a seguir: elas estão fora de ordem e fazem parte do passo a passo para a construção de uma zine.

A B __________________________________________________________

__________________________________________________________

C D __________________________________________________________

__________________________________________________________

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E F __________________________________________________________

__________________________________________________________

G H

__________________________________________________________

__________________________________________________________

Obs. O traço em destaque na figura H corresponde a um corte.

a) Organize as figuras da atividade anterior na ordem correta:

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b) Em seguida, escreva um texto instrucional, inserindo as legendas abaixo de cada

figura. c) Com o auxílio dos colegas, produzam um tutorial, explicando o processo de construção de uma zine de papel. O “tuto” pode ser em áudio (podcast) ou em vídeo. Não se esqueçam de escrever o roteiro antes de produzi-lo. Depois, compartilhem na internet. Se estiver apenas em áudio, pode ser divulgado em aplicativos de mensagens e em um blog; se estiver em vídeo, pode ser em um vlog e nas redes sociais. Agora é hora de produzir. Para isso, siga as orientações a seguir:

• Assista ao vídeo disponível em: <https://bit.ly/2Qs0Rd9>. Acesso

em: 15 dez. 2019. ● O tema da zine deve ser científico e orientar os leitores

acerca do impacto das fake news na saúde da população. Pesquise, em diversos meios, informações a respeito deste tema. Sugestões disponíveis em: <https://bit.ly/2SsTWmq>. Acesso em: 15 dez. 2019.

● Use traços e desenhos com cores diversas (canetinhas, lápis de cor etc.)

● Faça colagens (recorte de revistas, jornais, folhetos, tabloides etc.) ● Por ser um espaço pequeno, não exagere no tamanho das letras, desenhos

e colagens. Contudo, o texto deve ser visível. ● Para quem está familiarizado com computadores é

possível construir uma zine eletrônica ou digital (e-zine) para ser impressa e distribuída na escola. Há alguns softwares disponíveis na internet que fazem este trabalho. Acesse o link para mais detalhes: <https://bit.ly/2MzwtMD>.Acesso em: 15 dez.

2019.

2) Observe os trechos a seguir e responda às questões:

I. “O termo veio de fanzine (fan magazine), que literalmente quer dizer “revista de

fãs”.

II. “O zine de papel não vai desaparecer, já que a internet ainda é um meio, que nem

todo mundo tem acesso”.

a) O que é conjunção? O que é locução conjuntiva? O que é pronome relativo?

1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( )

5 ( ) 6 ( ) 7 ( ) 8 ( )

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b) No trecho I, temos um exemplo de conjunção ou de pronome relativo? Grife-o. c) Reescreva o trecho II, substituindo a locução conjuntiva por outro termo que não

prejudique a definição de zine.

d) Leia o post a seguir. Se a linguagem utilizada fosse a formal, o resultado da equação poderia ser outro? Por quê?

e) A escrita, entretanto, pode variar de acordo com o contexto, com a intenção

comunicativa. O post acima é um exemplo de linguagem informal. Reescreva-o, utilizando a linguagem formal. Para isso, fique atento à construção dos períodos simples e compostos, à utilização adequada da ortografia e da pontuação.