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Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo Tel. (11) 3824-5400, 3824-5433 (teleatendimento), fax (11) 3662-0035 Email: [email protected] | web: www.crcsp.org.br Rua Rosa e Silva, 60 | Higienópolis 01230 909 | São Paulo SP Presidente: Sergio Prado de Mello Gestão 2008-2009 Seminário SPEDContábil e SPEDFiscal Elaborado por: Fábio Rodrigues de Oliveira Flavia Kilhian Martin O conteúdo desta apostila é de inteira responsabilidade do autor (a). A reprodução total ou parcial, bem como a reprodução de apostilas a partir desta obra intelectual, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos xerográficos, de fotocópias e de gravação, somente poderá ocorrer com a permissão expressa do seu Autor (Lei n. 9610) TODOS OS DIREITOS RESERVADOS: É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTA APOSTILA, DE QUALQUER FORMA OU POR QUALQUER MEIO. CÓDIGO PENAL BRASILEIRO ARTIGO 184. Agosto 2008

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Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo Tel. (11) 3824-5400, 3824-5433 (teleatendimento), fax (11) 3662-0035 Email: [email protected] | web: www.crcsp.org.br Rua Rosa e Silva, 60 | Higienópolis 01230 909 | São Paulo SP

Presidente: Sergio Prado de Mello Gestão 2008-2009

Seminário

SPEDContábil e SPEDFiscal

Elaborado por:

Fábio Rodrigues de Oliveira Flavia Kilhian Martin

O conteúdo desta apostila é de inteira responsabilidade do autor (a).

A reprodução total ou parcial, bem como a reprodução de apostilas a partir desta obra intelectual, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos xerográficos, de fotocópias e de gravação, somente poderá ocorrer com a permissão expressa do seu Autor (Lei n. 9610) TODOS OS DIREITOS RESERVADOS: É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTA APOSTILA, DE QUALQUER FORMA OU POR QUALQUER MEIO. CÓDIGO PENAL BRASILEIRO ARTIGO 184.

Agosto 2008

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Sistema Público de Escrituração Digital

SPED

I - Histórico• Por força do princípio federativo, a União, os Estados, o

Distrito Federal e os Municípios são dotados de autonomiapolítica, administrativa e financeira, cujas atribuições, competências e respectivas limitações estão previstas na Constituição Federal. – Cada ente tem competência para instituir e administrar os

respectivos tributos.

• Dessa forma, cada um desses entes, com a finalidade de fiscalizar a atividade dos contribuintes, pode estabelecer a obrigação acessória que entender mais interessante, o que gera multiplicidades de rotinas de trabalho e muita burocracia, tornando o custo para o cumprimento de obrigações tributárias muito alto.

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I – Histórico (2)

• Com o intuito de racionalizar os procedimentos a serem observados pelos contribuintes do ICMS e do IPI, em 1970, o Ministro da Fazenda e os Secretários de Fazenda ou de Finanças dos Estados e do Distrito Federal, se reuniram e assinaram o Convênio sem número de 1970, criando o:

Sistema Nacional Integrado de Informações Econômico-Fiscais

• determinando que os entes federados incorporassem às suas respectivas legislações tributárias as normas relativas aos documentos e livros fiscais consubstanciadas nos seus artigos.

I – Histórico (3)

• Apesar dessas obrigações comuns, ainda existem diversas declarações e outras obrigações acessórias que são específicas para cada ente tributante, dificultando o exercício das atividades por empresas que se sujeitam às regras estabelecidas pela União, pelo Estado e pelo Município onde estão estabelecidas.

• Por outro lado, as administrações tributárias também estão sujeitas a investir recursos para captar, tratar, armazenar e disponibilizar informações sobre as operações realizadas pelos contribuintes, administrando um volume de obrigações acessórias que acompanha o surgimento de novas hipóteses de evasão.

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I – Histórico (4)• A integração e o compartilhamento de informações têm o

objetivo de racionalizar e modernizar a administração tributária brasileira, reduzindo custos e entraves burocráticos, facilitando o cumprimento das obrigações tributárias e o pagamento de impostos e contribuições– Também fortalece o controle e a fiscalização por meio de

intercâmbio de informações entre as administrações tributárias.

• Nesse sentido foi aprovada a Emenda Constitucional nº42/2003, determinando às administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios que atuem de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais.

I – Histórico (5)

• Para atender ao disposto da Emenda Constitucional

nº 42, foi realizado, em julho de 2004, o 1º Encontro

Nacional de Administradores Tributários – ENAT,

reunindo os titulares das administrações tributárias

federal, estaduais, do Distrito Federal e dos

municípios de capitais

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I – Histórico (6)Objetivos:

• Maior integração administrativa, padronização e melhor qualidade das informações;

• Racionalização de custos e da carga de trabalho operacional no atendimento;

• Maior eficácia da fiscalização;

• maior possibilidade de realização de ações fiscais coordenadas e integradas;

• maior possibilidade de intercâmbio de informações fiscais entre as diversas esferas governamentais;

• cruzamento de dados em larga escala com dados padronizados e uniformização de procedimentos.

I – Histórico (7)

• No ENAT foram aprovados dois protocolos de cooperação técnica nas áreas de:

– cadastramento (Projeto do Cadastro Sincronizado);

– Nota Fiscal Eletrônica.

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I – Histórico (8)

• No segundo semestre de 2005, no evento do II ENAT – Encontro Nacional de Administradores Tributários, foi assinado o

Protocolo ENAT 02/2005

• Objetivo: Desenvolvimento do Sistema Público de Escrituração Digital, o SPED.

I – Histórico (9)• Pressupostos a serem seguido no desenvolvimento do

SPED:

• bases de dados compartilhadas entre as Administrações Tributárias;

• reciprocidade na aceitação da legislação de cada ente signatário, relativa aos livros contábeis e fiscais;

• validade jurídica dos livros contábeis e fiscais em meio digital, dispensando a emissão e guarda de documentos e livros em papel;

• eliminação da redundância de informações através da padronização e racionalização das obrigações acessórias;

• preservação do sigilo fiscal, nos termos do Código Tributário Nacional.

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II - Instituição

• Com base nos mencionados pressupostos, o Decreto nº 6.022, de 22.01.2007, instituiu o SPED.

• Definição:– "instrumento que unifica as atividades de

recepção, validação, armazenamento e autenticação de livros e documentos que integram a escrituração comercial e fiscal dos empresários e das sociedades empresárias, mediante fluxo único, computadorizado, de informações"

II – Instituição (2)

• Critica-se a implantação do SPED por meio de Decreto, ato privativo do Poder Executivo.

• Devido à sua abrangência, o melhor seria a sua instituição por meio de Lei Complementar de âmbito nacional, de competência do Poder Legislativo, que tem justamente o condão de vincular matérias de interesse conjunto dos entes federativos.

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III – Objetivos• A completa implantação do SPED busca atingir os

seguintes objetivos, conforme prevê seu portal na internet:– redução de custos com a dispensa de emissão e

armazenamento de documentos em papel;

– eliminação do papel;

– redução de custos com a racionalização e simplificação das obrigações acessórias;

– uniformização das informações que o contribuinte presta às diversas unidades federadas;

– redução do envolvimento involuntário em práticas fraudulentas;

III – Objetivos (2)

– redução do tempo despendido com a presença de auditores fiscais nas instalações do contribuinte;

– simplificação e agilização dos procedimentos sujeitos ao controle da administração tributária (comércio exterior, regimes especiais e trânsito entre unidades da federação);

– fortalecimento do controle e da fiscalização por meio de intercâmbio de informações entre as administrações tributárias;

– rapidez no acesso às informações;

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III – Objetivos (3)

– aumento da produtividade do auditor através da eliminação dos passos para coleta dos arquivos;

– possibilidade de troca de informações entre os próprios contribuintes a partir de um leiaute padrão;

– redução de custos administrativos;

– melhoria da qualidade da informação;

– possibilidade de cruzamento entre os dados contábeis e os fiscais;

III – Objetivos (4)

– disponibilidade de cópias autênticas e válidas da escrituração para usos distintos e concomitantes;

– redução do "Custo Brasil";

– aperfeiçoamento do combate à sonegação;

– preservação do meio ambiente pela redução do consumo de papel;

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IV - Abrangência

• O SPED compreende três grandes subprojetos, a serem posteriormente analisados:

– a Escrituração Contábil Digital – ECD;

– a Escrituração Fiscal Digital - EFD;

– a Nota Fiscal Eletrônica - NF-e;

V - Livros e documentos em forma eletrônica

• O SPED prevê que os livros e documentos que integram a escrituração comercial e fiscal dos empresários e das sociedades empresárias serão emitidos em forma eletrônica.

• Será observado o disposto na Medida Provisória nº 2.200-2, de 24.08.2001, que trata da Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, cujo objetivo é:

– "garantir a autenticidade, a integridade e a validade jurídica de documentos em forma eletrônica, das aplicações de suporte e das aplicações habilitadas que utilizem certificados digitais, bem como a realização de transações eletrônicas seguras“.

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V - Livros e documentos em forma eletrônica (2)

• O ICP-Brasil é:

• "um conjunto de técnicas, práticas e procedimentos, a ser implementado pelas organizações governamentais e privadas brasileiras com o objetivo de garantir a autenticidade, a integridade e a validade jurídica de documentos em forma eletrônica, das aplicações de suporte e das aplicações habilitadas que utilizem certificados digitais, bem como a realização de transações eletrônicas seguras".

VI - Usuários do SPED

– Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda;

– administrações tributárias dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mediante convênio celebrado com a Secretaria da Receita Federal do Brasil; e

– os órgãos e as entidades da administração pública federal direta e indireta que tenham atribuição legal de regulação, normatização, controle e fiscalização dos empresários e das sociedades empresárias.

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VI - Usuários do SPED (2)

• Os usuários, no âmbito de suas respectivas competências, deverão estabelecer a obrigatoriedade, periodicidade e prazos de apresentação dos livros e documentos, por eles exigidos, por intermédio do SPED.

• Os atos administrativos expedidos deverão ser implementados no Sistema concomitantemente com a entrada em vigor desses atos.– O fato de estar previsto que os mencionados usuários

editem atos administrativos, não exclui a competência destes para exigir, a qualquer tempo, informações adicionais necessárias ao desempenho de suas atribuições.

VII - Acesso às informações

• O acesso às informações armazenadas no SPED deverá ser compartilhado com seus usuários, no limite de suas respectivas competências e sem prejuízo da observância à legislação referente aos sigilos comercial, fiscal e bancário.

• Os empresários e as sociedades empresárias também poderão acessar as informações por eles transmitidas.

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VIII - Administração do SPED

• O Protocolo de Cooperação ENAT nº 2/2005 prevê que cabe à Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB a coordenação do desenvolvimento e implantação do SPED.– O órgão federal deverá zelar pela harmonização das

soluções propostas, preservando as particularidades e a autonomia de cada ente signatário.

• Nesse contexto foi determinado que o SPED seráadministrado pela RFB com a participação dos demais entes federativos e pelos órgãos de regulação, normatização, controle e fiscalização dos empresários e das sociedades empresárias.

VIII - Administração do SPED (2)

• Cabe à RFB:– adotar as medidas necessárias para viabilizar a

implantação e o funcionamento do SPED;– coordenar as atividades relacionadas ao SPED;– compatibilizar as necessidades dos usuários do SPED; – estabelecer a política de segurança e de acesso às

informações armazenadas no SPED.

• A RFB também poderá solicitar a participação de representantes dos empresários e das sociedades empresárias, bem assim de entidades de âmbito nacional representativas dos profissionais da área contábil, nas atividades relacionadas ao SPED.

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IX - Autenticação de livros mercantis

• O SPED manterá funcionalidades de uso exclusivo dos órgãos de registro para as atividades de autenticação de livros mercantis.

• Será possível, portanto, a autenticação eletrônica dos livros mercantis, conforme já está disciplinado pela Instrução Normativa DNRC nº 107, de 23 de maio de 2008.

X - Edição de normas complementares

• A Secretaria da Receita Federal do Brasil e os órgãos e as entidades da administração pública federal direta e indireta que tenham atribuição legal de regulação, normatização, controle e fiscalização dos empresários e das sociedades empresárias expedirão, em suas respectivas áreas de atuação, normas complementares ao cumprimento do disposto no Decreto nº 6.022/2007.

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Escrituração Contábil Digital

ECD

I - Instituição e aplicação

• A Escrituração Contábil Digital (ECD), integrante do SPED, foi instituída pela RFB, por meio da Instrução Normativa nº787, de 19.11.2007, e será utilizada para fins fiscais e previdenciários, devendo também atender às exigências do DNRC, do CFC, do Banco Central, da SUSEP, da CVM e de outros órgãos interessados.

– NOTA: 1. A Instrução Normativa DNRC nº 107/2008 reconheceu a Escrituração Contábil Digital para fins comerciais.

– 2. A Resolução CFC nº 1.020, de 18.02.2005, trata das formalidades da escrituração contábil em forma eletrônica.

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I - Instituição e aplicação (2)

• A ECD substituirá paulatinamente a atual sistemática de prestação de informações ao fisco, que de acordo com o Portal do SPED, compreende 4 formas distintas de representar uma mesma realidade.

I - Instituição e aplicação (3)

– Livro Diário: escrituração em papel; lançamentos em ordem cronológica; termos de abertura e encerramento; transcrição das demonstrações contábeis;

– Livro Razão: escrituração em papel; lançamentos em ordem de conta e data;

– Arquivos eletrônicos em 2 formatos distintos compostos, basicamente, por plano de contas, lançamentos e saldos (IN SRF nº 86, de 22.10.2001 e IN MPS/SRP nº 12, de 20.06.2006).

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I.1 – Efeitos negativos da atual sistemática

– Baixa produtividade na execução da auditoria; – Informações declaratórias não confiáveis; – Facilidade de simulação de transações comerciais; – Dificuldade na execução dos controles; – Falta de compatibilidade entre os dados econômico-fiscais dos

contribuintes; – Indisponibilidade de informação das transações comerciais em

tempo hábil; – Dificuldade de disponibilizar, compartilhar e trocar de informações; – Alto custo de impressão, manipulação e armazenamento de livros

da escrituração comercial; – Dificuldade no cumprimento de obrigações acessórias; – Falta de padronização de obrigações acessórias entre os

Estados/RFB; – Extravio de livros fiscais como instrumento para obstruir o

desenvolvimento da ação fiscal; – Dificuldades em rastrear operações dissimuladas.

I.2 – Membros do SPED Contábil

• Banco Central do Brasil• Comissão de Valores Mobiliários – CVM• Conselho Federal de Contabilidade - CFC (*)• Departamento Nacional de Registro do Comércio - DNRC (*)• Secretaria da Receita Federal do Brasil – RFB• Superintendência de Seguros Privados – Susep• Secretarias de Estado da Fazenda (**)• Secretarias de Finanças das Capitais (**)

– (*) Membros que não têm acesso aos livros digitais por intermédio do Sped.

– (**) Dependem da assinatura de convênio para acesso aos livros digitais.

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I.3 – Entidades participantes– Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT – Associação Brasileira das Companhias Abertas - ABRASCA – Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e

Serviço - ABECS – Associação Brasileira de Bancos - ABBC– Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro -

ANDIMA – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos automotores -

ANFAVEA – Federação Brasileira de Bancos - FEBRABAN – Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das

Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas - FENACON

– Federação Nacional das Empresas de Serviços Técnicos de Informática e Similares - FENAINFO

– Junta Comercial do Estado de MG - JUCEMG

II - Pessoas jurídicas obrigadas

O SPED não é obrigatório a todos os contribuintes

• Ficam obrigadas a adotar a ECD:

– a) em relação aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1º.01.2008:

• As pessoas jurídicas sujeitas a acompanhamento econômico-tributário diferenciado, nos termos da Portaria RFB nº 11.211, de 7 de novembro de 2007, e sujeitas à tributação do imposto de renda com base no lucro real;

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II - Pessoas jurídicas obrigadas (2)

• Portaria RFB nº 11.213 - Deverão ser indicadas, para o acompanhamento diferenciado a ser realizado no ano de 2008, as pessoas jurídicas:

– sujeitas à apuração do lucro real, presumido ou arbitrado, cuja receita bruta anual declarada na DIPJ do exercício de 2007, ano-calendário de 2006, seja superior a R$ 60.000.000,00;

– cujo montante anual de receita bruta informada nos DACON’s, relativos ao ano-calendário de 2006, seja superior a R$ 60.000.000,00;

II - Pessoas jurídicas obrigadas (3)

– cujo montante anual de débitos declarados nas DCTF’s, relativas ao ano-calendário de 2006, seja superior a R$ 6.000.000,00;

– cujo montante anual de Massa Salarial informada nas GFIP’s, relativas ao ano-calendário de 2006, seja superior a R$ 7.500.000,00; ou

– cujo total anual de débitos declarados nas GFIP’s, relativas ao ano-calendário de 2006, seja superior a R$ 2.500.000,00.

• Para efetiva inclusão no acompanhamento econômico-tributário diferenciado há a necessidade de envio de comunicação expressa ao contribuinte pelo chefe da unidade da RFB da jurisdição da pessoa jurídica.

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II - Pessoas jurídicas obrigadas (2)

– b) em relação aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1º.01.2009, as demais pessoas jurídicassujeitas à tributação do Imposto de Renda com base no Lucro Real.

III - Transmissão, validação e prazo de entrega

• A ECD deverá ser transmitida ao SPED, sendo considerada válida após a confirmação de recebimento do arquivo que a contém e, quando for o caso, após a autenticação pelos órgãos de registro.

• O arquivo contendo a ECD deverá ser submetido ao Programa Validador e Assinador (PVA), especificamente desenvolvido para tal fim, disponibilizado na página da RFB na Internet, contendo, no mínimo, as seguintes funcionalidades: – a) validação do arquivo digital da escrituração; – b) assinatura digital; – c) visualização da escrituração; – d) transmissão para o SPED; – e) consulta à situação da escrituração.

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III - Transmissão, validação e prazo de entrega (2)

• O Programa Validador e Assinador da Escrituração Contábil Digital - versão 1.0 (PVA Sped Contábil 1.0) foi aprovado pela Instrução Normativa RFB nº 848, de 15.05.2008.

• O PVA Sped Contábil 1.0, de reprodução livre, estádisponível no sítio da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) na Internet, no endereço eletrônico:– <http://www.receita.fazenda.gov.br>.

III - Transmissão, validação e prazo de entrega (3)

• A ECD será transmitida anualmente ao SPED até o último dia útil do mês de junho do ano seguinte ao ano-calendário a que se refira a escrituração.

– A primeira transmissão, a ser efetuada pelas pessoas jurídicas tributadas pelo Lucro Real e sujeitas ao acompanhamento econômico-tributário diferenciado, deverá ocorrer no ano de 2009.

• NOTA: O serviço de recepção da ECD será encerrado às 20 horas - horário de Brasília - da data final fixada para a entrega.

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III - Transmissão, validação e prazo de entrega (4)

• Nos casos de extinção, cisão parcial, cisão total, fusãoou incorporação, a ECD deverá ser entregue pelas pessoas jurídicas extintas, cindidas, fusionadas, incorporadas e incorporadoras até o último dia útil do mês subseqüente ao do evento.

– NOTA: Em relação aos fatos contábeis ocorridos em 2008, o prazo acima será até o último dia útil do mês de junho de 2009. Esse prazo excepcional foi trazido pela IN RFB nº825/2008.

III - Transmissão, validação e prazo de entrega (5)

• O arquivo contendo a ECD deverá conter a escrituração referente a, no mínimo, um mês, sendo facultado ao empresário ou sociedade empresária apresentar arquivo contendo mais de um mês da escrituração, desde que de tamanho inferior a um gigabyte.

• O arquivo não deverá conter fração de mês, exceto nos casos de abertura, extinção, cisão, fusão ou incorporação.

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III.1 - Regras de validação

• Como já mencionado, a ECD deverá ser submetida ao PVA, que fará a validação do arquivo digital da escrituração.

– As regras de validação aplicáveis aos diversos campos, registros e arquivos integrantes da ECD constam do anexo I do Ato Declaratório Executivo COFIS nº 36, de 18.12.2007 (DOU de 21.12.2007).

– O objetivo da "Especificação de Regras de Validação" édocumentar as regras que serão aplicáveis às rotinas de consistência do arquivo da escrituração contábil digital implementadas no PVA.

III.1 - Regras de validação (2)

– Com base nas regras de validação, a pessoa jurídica terá conhecimento das regras que serão aplicáveis no arquivo a ser transmitido.

• Isso evitará o surgimento de inconsistências no arquivo, ou caso elas surjam, facilitará a sua correção.

– NOTA: Os desenvolvedores de softwares devem ficar atentos a essas regras no desenvolvimento de programas a serem utilizados para a Escrituração Contábil Digital, devendo fazer as devidas adaptações para evitar inconsistências no momento de validação do arquivo a ser transmitido.

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Page 24: SPED Fiscal Contabil

III.2 – Esquematização

III.2.1 - Como funciona• A partir do seu sistema de contabilidade, a empresa gera

um arquivo digital em um formato específico.

• Este arquivo é submetido a um programa fornecido pelo Sped. – Faça o download do PVA e do Receitanet e instale-os em um

computador ligado à internet.

• Através do PVA, execute os seguintes passos:– Validação do arquivo contendo a escrituração;– Assinatura digital do livro

• pela(s) pessoa(s) que têm poderes para assinar, de acordo com os registros da Junta Comercial e pelo Contabilista;

– Geração e assinatura de requerimento para autenticação dirigido à Junta Comercial de sua jurisdição.

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III.2.1 - Como funciona (2)

• 7. QUEM DEVE ASSINAR A ESCRITURAÇÃO?– São, no mínimo, duas assinaturas: da pessoa física que,

segundo os documentos arquivados na Junta Comercial, tiver poderes para a prática de tal ato e o contabilista. Assim, devem ser utilizados somente certificados digitais e-PF ou e-CPF.

• 8. O REPRESENTANTE LEGAL PERANTE A RECEITA FEDERAL PODE ASSINAR A ESCRITURAÇÃO?– Somente se for a mesma pessoa que, segundo os

documentos arquivados na Junta Comercial, tiver poderes para a prática de tal ato. Esta verificação será feita pela Junta Comercial.

III.2.1 - Como funciona (3)

• Assinados a escrituração e o requerimento, faça a transmissão para o Sped.

• Quando concluída a transmissão, será fornecido um recibo.– Imprima-o, pois ele contém informações importantes

para a prática de atos posteriores.

• Ao receber a escrituração (ou livro digital), o Sped extrai um resumo (requerimento, Termo de Abertura e Termo de Encerramento) e o envia para a Junta Comercial competente.

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III.2.1 - Como funciona (4)• Verifique na Junta Comercial de sua jurisdição como fazer o

pagamento do preço para autenticação.

• Recebido o preço, a Junta Comercial analisará o requerimento e o Livro Digital.

– No Estado de Minas Gerais, a Junta Comercial já disciplinou essa matéria, conforme segue:

• Quando concluída a transmissão, será fornecido um recibo. Imprima-o, pois ele contém informações importantes para emissão do Documento de Arrecadação Estadual – DAE e consulta do andamento do serviço de autenticação.

• No site da JUCEMG, acessar o auto-atendimento, link livro digital, para emitir o Documento de Arrecadação Estadual – DAE e efetuar o pagamento;

• Após confirmação de pagamento o Livro digital será analisado e autenticado pela JUCEMG;

III.2.1 - Como funciona (5)

• A analise poderá gerar três situações, todas elas com o termo próprio:– Autenticação do livro;– Indeferimento;– Sob exigência.

• Para verificar o andamento dos trabalhos, utilize a funcionalidade “Consulta Situação” do PVA. – Os termos lavrados pela Junta Comercial, inclusive o de

Autenticação, serão transmitidos automaticamente àempresa durante a consulta.

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III.2.1 - Como funciona (5)

• O PVA tem ainda as funcionalidades de visualização da escrituração e de geração recuperação de backup.

• Autenticada a escrituração, adote as medidas necessárias para evitar a deterioração, extravio ou destruição do livro digital.

• Ele é composto por dois arquivos principais: o do livro digital e o de autenticação (extensão aut). – Faça, também, cópia dos arquivos do requerimento

(extensão rqr) e do recibo de entrega (extensão rec).– Todos os arquivos têm o mesmo nome, variando apenas a

extensão.

III.2.1.1 - Estados da Escrituração Contábil

• Recebido

• Aguardando Processamento

• Aguardando Pagamento

• Em Análise

• Recebido Parcialmente

• Sob Exigência

• Autenticado

• Indeferido

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III.2.1.2 - Diagrama de Transição de Estados

III.3 - Autenticação

• Para atualizar as regras sobre autenticação dos instrumentos de escrituração à ECD, foi publicada a Instrução Normativa nº 107, de 23.05.2008.

• Além de disciplinar as regras aplicáveis na autenticação dos livros, o DNRC ainda ratificou o Leiaute da Escrituração Contábil Digital – LECD publicado no anexo I da Instrução Normativa RFB nº787, de 19 de novembro de 2007.

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III.3 – Autenticação (2)Destaques da IN DNRC nº 107/2008:– Termo de Autenticação:

• deverá ser assinado por servidor devidamente habilitado, com certificado digital, de segurança mínima A3, emitido por entidade credenciada pela ICP-Brasil;

• possibilidade de download pelo PVA;

– indeferimento da autenticação: falta de assinatura com certificado digital pela pessoa jurídica e contabilista;

– Livro digital: será disponibilizado para ser visualizado por tempo suficiente para autenticação, sendo vedado o acesso à visualização após a sua autenticação.

– validade da ECD: dependerá da sua existência e do respectivo Termo de Autenticação;

– prova em juízo ou fora dele: o empresário ou a sociedade deveráutilizar-se do PVA para demonstração visual do conteúdo do livro digital e de seu Termo de Autenticação, assim como para geração e emissão de documentos probantes;

III.4 – Retificação• A retificação de lançamento feito com erro, em livro já

autenticado pela Junta Comercial, deverá ser efetuada nos livros de escrituração do exercício em que foi constatada a sua ocorrência.

• O livro já autenticado não pode ser substituído por outro, de mesmo número ou não, contendo a escrituração retificada.

• O contribuinte deve ficar muito atento quando da entrega da ECD, tendo em vista que logo após a sua remessa o arquivo é submetido à autenticação pela Junta Comercial, ficando impedida a sua retificação.

– NOTA: A Resolução CFC nº 596, de 14.06.1985, aprovou a NBC T 2.4, que trata da retificação de lançamentos. Conforme prevê mencionado ato, são formas de retificação o estorno, a transferência e a complementação.

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Page 30: SPED Fiscal Contabil

IV - Livros abrangidos

• A ECD compreenderá a versão digital dos seguintes livros:

– a) livro Diário e seus auxiliares, se houver;

– b) livro Razão e seus auxiliares, se houver;

– c) livro Balancetes Diários, Balanços e fichas de lançamento comprobatórias dos assentamentos neles transcritos.

IV - Livros abrangidos (2)

• Os livros contábeis emitidos em forma eletrônica deverão ser assinados digitalmente, utilizando-se de certificado de segurança mínima tipo A3, emitido por entidade credenciada pela Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP - Brasil), a fim de garantir a autoria do documento digital.

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Page 31: SPED Fiscal Contabil

IV - Livros abrangidos (4)

• NOTA: Na certificação tipo A3 o par de chaves égerado e armazenado em um cartão inteligente ou em um token criptográfico inviolável. – Este certificado, portanto, é muito mais seguro que o

A1, onde o par de chaves é gerado no disco rígido do computador.

• A ECD exigirá também a assinatura digital do(s) contabilista(s) responsável(eis).

IV - Livros abrangidos (5)

• Cumpre mencionar que não há previsão para elaboração das demais demonstrações contábeis por meio da ECD.

• Dessa forma, por enquanto, elas continuam a ser elaboradas na forma aplicada às demais pessoas jurídicas.

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Page 32: SPED Fiscal Contabil

V - Declarações

• As declarações relativas a tributos administrados pela RFB exigidas das pessoas jurídicas que tenham apresentado a ECD, em relação ao mesmo período, serão simplificadas, com vistas a eliminar eventuais redundâncias de informação.

• Com exceção dos arquivos digitais previstos no próximo tópico, ainda não há, por enquanto, dispensa da entrega de outras declarações pela pessoa jurídica obrigada à ECD.

VI – Dispensa de arquivos digitais

• A apresentação dos livros digitais pela ECD supre, em relação aos arquivos correspondentes, a exigência contida nas:

– Instrução Normativa SRF nº 86, de 22.10.2001;

– Instrução Normativa MPS/SRP nº 12, de 20.06.2006.

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Page 33: SPED Fiscal Contabil

VII - Compartilhamento de informações

• As informações relativas à ECD, disponíveis no ambiente nacional do SPED, serão compartilhadas com as administrações tributárias dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e ainda com os órgãos e as entidades da administração pública federal direta e indireta que tenham atribuição legal de regulação, normatização, controle e fiscalização dos empresários e das sociedades empresárias.

VII - Compartilhamento de informações (2)

• Tal compartilhamento restringe-se ao limite de competência dos entes acima mencionados, observada ainda a legislação referente aos sigilos comercial, fiscal e bancário, nas seguintes modalidades de acesso:

– a) integral, para cópia do arquivo da escrituração (no caso de iniciado procedimento fiscal ou equivalente, junto àpessoa jurídica titular da ECD);

– b) parcial, para cópia e consulta à base de dados agregados, que consiste na consolidação mensal de informações de saldos contábeis.

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Page 34: SPED Fiscal Contabil

VIII - Acesso ao SPED

• O acesso ao ambiente nacional do SPED fica condicionado a autenticação mediante certificado digital credenciado pela ICP-Brasil, emitido em nome do órgão ou entidade.

• O acesso também será possível às pessoas jurídicas em relação às informações por elas transmitidas ao SPED.

• Apesar dessa previsão de acesso às informações, é de responsabilidade da pessoa jurídica a guarda das informações relativas ao arquivo transmitido ao SPED, que deverão ser mantidas na forma e prazos previstos na legislação aplicável.

IX - Prazo e registros de acessos

• O ambiente nacional do SPED manterá o registro dos eventos de acesso, pelo prazo de 6 anos, contendo, no mínimo: – a) identificação do usuário; – b) autoridade certificadora emissora do certificado

digital; – c) número de série do certificado digital; – d) data e a hora da operação; e – e) tipo da operação realizada (acesso integral ou

parcial).

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Page 35: SPED Fiscal Contabil

IX - Prazo e registros de acessos (2)

• As informações sobre o acesso à ECD ficarão disponíveis para a pessoa jurídica titular da ECD, em área específica no ambiente nacional do SPED, com acesso mediante certificado digital.

– O contribuinte terá conhecimento dos órgãos e entidades que acessaram sua ECD.

X - Penalidades

• A não apresentação da ECD até o último dia útil

de junho do ano seguinte acarretará a aplicação

de multa no valor de R$ 5.000,00 por mês-

calendário ou fração.

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Page 36: SPED Fiscal Contabil

XI – Especificações técnicas do leiaute e orientações gerais

• Além de instituir a ECD, a Instrução Normativa RFB nº 787/2007 também aprovou o seu leiaute, bem assim o Manual de Orientação do Leiaute da Escrituração Contábil Digital – LECD, que visa a orientar a geração do arquivo digital equivalente àescrituração contábil.

XI.1 - Organização

• O leiaute está organizado em blocos que, por sua vez, estão organizados em registros que contém dados.

• O arquivo digital será gerado na seguinte forma: – Registro 0000 - abertura do arquivo– Bloco 0 - Identificação e referências– Blocos I e J - Informações contábeis (registros de

dados)– Bloco 9 – Controle e encerramento do arquivo

(registros de dados)– Registro 9999 - encerramento do arquivo

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Page 37: SPED Fiscal Contabil

XI.2 – Dados técnicos de geração do arquivo

• Características do arquivo digital: – Arquivo no formato texto (TXT);

– Arquivo com organização hierárquica, assim definida pela citação do nível hierárquico ao qual pertence cada registro;

– Os registros são sempre iniciados na primeira coluna (posição 1) e têm tamanho variável;

– A linha do arquivo digital deve conter os campos na exata ordem em que estão listados nos respectivos registros;

XI.2 – Dados técnicos de geração do arquivo (2)

– Ao início do registro e ao final de cada campo deve ser inserido o caractere delimitador "|" (Pipe ou Barra Vertical);

– O caractere delimitador "|" (Pipe) não deve ser incluído como parte integrante do conteúdo de quaisquer campos numéricos ou alfanuméricos;

– Todos os registros devem conter no final de cada linha do arquivo digital, após o caractere delimitador Pipe acima mencionado, os caracteres "CR" e "LF" correspondentes a "retorno do carro" e "salto de linha".

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Page 38: SPED Fiscal Contabil

XI.2 – Dados técnicos de geração do arquivo (3)

• Exemplo (campos do registro):

• Na ausência de informação, o campo vazio (campo sem conteúdo; nulo; null) deverá ser imediatamente encerrado com o caractere "|" delimitador de campo.

1º 2º 3º 4º REG NOME CNPJ IE 1550| José Silva & Irmãos Ltda| 60001556000257| 01238578455|CRLF 1550| Maurício Portugal S.A| || 2121450|CRLF 1550| Armando Silva ME| |99222333000150 ||CRLF

XI.3 – Regras gerais de preenchimento

XI.3.1.Formato dos camposXI.3.1.Formato dos campos

• a) ALFANUMÉRICO: – representados por "C" - todos os caracteres das posições

da Tabela ASCII, excetuados os caracteres "|" e os não imprimíveis (caracteres 00 a 31 da Tabela ASCII);

• b) NUMÉRICO:– representados por "N" - algarismos das posições de 48 a

57 da Tabela ASCII e o caractere "," (vírgula: caractere 44 da tabela ASCII.

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Page 39: SPED Fiscal Contabil

XI.3.2 – Blocos do Arquivo

• Entre o registro inicial e o registro final, o arquivo digital éconstituído de blocos, referindo-se cada um deles a um agrupamento de informações.

• A) Relação de Blocos:

Controle e Encerramento do Arquivo Digital9

Demonstrações ContábeisJ

Lançamentos ContábeisI

Abertura, Identificação e Referências0

DescriçãoBloco

XI.3.3 – Campos dos RegistrosItem Descrição

Nº Indica o número do campo em um dado registro

Campo Indica o mnemônico do campo.

Descrição Indica a descrição da informação requerida no campo respectivo.Deve-se atentar para as observações relativas ao preenchimento de cada campo, quando houver.

Tipo Indica o tipo de caractere com que o campo serápreenchido, de acordo com as regras gerais jádescritas.N - Numérico;C - Alfanumérico.

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Page 40: SPED Fiscal Contabil

XI.3.3 – Campos dos Registros (2)

Item DescriçãoTam

Dec

Indica a quantidade de caracteres com que cada campo deve ser preenchido. Estas instruções devem ser seguidas rigorosamente.

Indica a quantidade de caracteres que devem constar como casas decimais, quando necessárias.

XI.4 – Leiaute – Exemplo de RegistroREGISTRO 0000: Abertura do Arquivo Digital e Identificação do

empresário ou da sociedade empresária

Nº Campo Descrição Tipo Tam Dec

01 REG Texto fixo contendo “0000”.

C 004 -

02 LECD Texto fixo contendo “LECD”.

C 004 -

03 DT_INI Data inicial das informações contidas no arquivo.

N 008 -

04 DT_FIN Data final das informações contidas no arquivo.

N 008 -

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Page 41: SPED Fiscal Contabil

XI.4 – Leiaute – Exemplo de Registro (2)

Nº Campo Descrição Tipo Tam Dec

05 NOME Nome empresarial do empresário ou sociedade empresária.

C - -

06 CNPJ Número de inscrição do empresário ou sociedade empresária no CNPJ.

N 014 -

07 UF Sigla da unidade da federação do empresário ou sociedade empresária.

C 002 -

XI.4 – Leiaute – Exemplo de Registro (3)

Nº Campo Descrição Tipo Tam Dec

08 IE Inscrição Estadual do empresário ou sociedade empresária.

C - -

09 CÓD_MUN

Código do município do domicílio fiscal do empresário ou sociedade empresária, conforme tabela do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

N 007 -

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Page 42: SPED Fiscal Contabil

XI.4 – Leiaute – Exemplo de Registro (4)

Nº Campo Descrição Tipo Tam Dec

10 IM Inscrição Municipal do empresário ou sociedade empresária.

C - -

11 IND_SIT_ESP

Indicador de situação especial (conforme tabela interna ao Sped).

N 001 -

XI.4.1 - Apresentação do registro 0000 em TXT

|0000|LECD|01012009|31012009|José Silva & Irmãos Ltda|60001556000157|SP|01238578455|5030807|1423514|4|CRLF

Número do

Registro

Texto fixo contendo “LECD”

Data inicial das informações contidas no

arquivo

Data final das informações contidas no

arquivo

Nome empresarial

do empresário

ou sociedade empresária

Número do CNPJ

Sigla da unidade da federação

Inscrição Estadual

Código do município Inscrição

MunicipalIndicador de

situação especial (Tabela SPED)

"retorno do carro" e "salto

de linha"

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Page 43: SPED Fiscal Contabil

XI.5 - Validação

• Como já mencionado, a ECD deverá ser submetida

ao PVA, que fará a validação do arquivo digital da

escrituração. As regras de validação aplicáveis

constam do anexo I ao Ato Declaratório Executivo

COFIS nº 36, de 18.12.2007 (DOU de 21.12.2007).

XI.5.1 - Tabela de Regras de validação

• As inconsistências encontradas nos arquivos foram classificadas em dois tipos:

– “Erro” permite que apenas a funcionalidade de “Importação/Validação” seja executada.

– “Advertência” não impede a execução das demais funcionalidades.

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Page 44: SPED Fiscal Contabil

XI.6 - Plano de Contas Referencial

• É um plano de contas, elaborado com base na DIPJ.– As empresas em geral devem usar O plano Publicado pela

Receita Federal pelo Ato Declaratório Cofis nº 36/07. – As financeiras utilizam o Cosif e as seguradoras não precisam

informar o registro I051.

• Tem por finalidade estabelecer uma relação (um DE-PARA) entre o plano de contas da empresa e um padrão e, conseqüentemente, a futura eliminação de fichas da DIPJ.

• Quaisquer equívocos na sua indicação poderão ser corrigidos no e-Lalur (em desenvolvimento).

• Assim, quanto mais precisa for sua indicação, menor o trabalho no preenchimento do e-Lalur.1

XI.6 - Plano de Contas Referencial (2)

• As instituições sujeitas à regulamentação do BACEN deverão utilizar Plano Contábil das Instituições Financeiras (Cosif); as sujeitas à regulamentação da Susep, ficam dispensadas do preenchimento do campo a que se refere esta tabela de código.

– Plano Contábil das Instituições Financeiras (Cosif) pode ser acessado por meio do link:http://www1.receita.fazenda.gov.br/Sped/tabelas.aspx

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Page 45: SPED Fiscal Contabil

XI.6 - Plano de Contas Referencial (3)

COD_CTA_REF DESCRIÇÃO ORIENTAÇÕES 1 ATIVO 1.01 CIRCULANTE 1.01.01 DISPONIBILIDADES

1.01.01.01.00 Caixa Contas que registram valores em dinheiro e em cheques em caixa, recebidos e ainda não depositados, pagáveis irrestrita e imediatamente.

1.01.01.02.00 Bancos Contas que registram disponibilidades, mantidas em instituições financeiras, não classificáveis em outras contas deste plano referencial.

XII - Comparativo Processamento Eletrônico de

Dados Escrituração Contábil Digital

Obrigatoriedade Não há Obrigatória para determinados contribuintes

Leiaute ADE COFIS 15/2001 (Fiscal) e

IN SRP 12/2006 (Previdenciária)

Anexo Único da IN RFB 787/2007

Impressão em papel Obrigatória Não há obrigação

Abrangência Comercial, Fiscal e Previdenciária

Comercial, Fiscal e Previdenciária

Autenticação Após impressa, junto ao órgão de registro Digital

Transmissão Somente quando requisitada Anualmente

Certificação Digital Não há obrigatoriedade Obrigatória

Compartilhamento Dados em poder da RFB Dados compartilhados no ambiente do SPED

Multa pela falta de apresentação

0,02% por dia de atraso, sobre a receita bruta da pessoa

jurídica no período R$ 5.000,00 por mês

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Page 46: SPED Fiscal Contabil

Escrituração Fiscal Digital

EFD

I – Instituição

• A Escrituração Fiscal Digital – EFD, integrante do

SPED, foi instituída pelo Convênio ICMS nº

143/2006.

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Page 47: SPED Fiscal Contabil

II – Conceito• A EFD, em arquivo digital, se constitui

– “em um conjunto de escrituração de documentos fiscais e de outras informações de interesse dos fiscos das unidades federadas e da Secretaria da Receita Federal do Brasil bem como no registro de apuração de impostos referentes às operações e prestações praticadas pelo contribuinte”.

• A atual forma de escrituração de livros fiscais serásubstituída por um arquivo digital que conterá a EFD, onde estarão englobadas todas as informações que hoje são prestadas por meio dos livros fiscais.

III – Livros abrangidos• A EFD substitui a escrituração e impressão dos

seguintes livros:– a) Registro de Entradas;– b) Registro de Saídas;– c) Registro de Inventário;– d) Registro de Apuração do IPI;– e) Registro de Apuração do ICMS.

• A substituição desses livros pela EFD não significa que os mesmos serão escriturados de forma digital. – A EFD consiste em um conjunto de informações e

contemplará o que atualmente consta dos livros fiscais, ou seja, estes livros serão suprimidos pela Escrituração Fiscal Digital.

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Page 48: SPED Fiscal Contabil

III.1 – Obrigações que poderão ser incorporadas

• Abaixo estão listadas algumas das obrigações acessórias que poderão ser incorporados pelo Sped: – Informações do ICMS

– Guias informativas anuais

– Livros de Escrita Fiscal

– Arquivos do Convênio ICMS 57/95

– Informações do IPI na DIPJ

– Detalhamento da origem do crédito no PER/DCOMP (Pedido Eletrônico de Ressarcimento ou Restituição / Declaração de Compensação), no caso de Ressarcimento de IPI.

III.1 – Obrigações que poderão ser incorporadas (2)

– Coleta de dados em arquivos digitais pelo sistema SINCO (Sistema Integrado de Coleta).

– DNF - Demonstrativo de Notas Fiscais

– DCP – Declaração do Crédito Presumido do IPI

– DE – Demonstrativo de Exportação

– DIF (Bebidas, Cigarros e Papel Imune)

– Arquivos digitais dos produtos do capítulo 33 da TIPI (Obrigação acessória específica para os estabelecimentos industriais de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumaria cuja receita bruta com a venda desses produtos seja igual ou superior a 100 milhões)

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Page 49: SPED Fiscal Contabil

III.1 – Obrigações que poderão ser incorporadas (3)

– Arquivo com balancetes mensais das instituições financeiras obrigado pelo BACEN e denominado arquivo 4010;

– Arquivo de demonstrações trimestrais entregue àCVM denominado ITR;

– Arquivo com balancetes mensais das seguradoras obrigadas pela Susep;

IV – Recepção e validação

• A EFD somente terá validade para efeitos fiscais após a confirmação de recebimento do arquivo que a contenha. – Não basta a escrituração, é necessário o envio e a

confirmação do seu recebimento para que a EFD se torne válida.

– Será disponibilizado pelos fiscos das unidades federadas e fisco federal programa para validação do conteúdo, assinatura digital e transmissão do arquivo.

• Foi disponibilizada uma versão teste do programa Validador da Escrituração Fiscal Digital, que está disponível no Portal do SPED na internet.

• O arquivo digital passará por validações que analisarão o conteúdo dos registros.

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Page 50: SPED Fiscal Contabil

IV – Recepção e validação (2)

• O contribuinte poderá efetuar a remessa de arquivo em substituição ao arquivo anteriormente remetido, observando-se a permissão, as regras e prazos estabelecidos pela legislação de cada unidade federada e da RFB, em suas respectivas áreas de competência.

• A substituição dos arquivos entregues deverá ser feita na sua íntegra, não se aceitando arquivos complementares para o mesmo período informado.

IV – Recepção e validação (3)

• A recepção e validação dos dados relativos à EFD serão realizadas no ambiente nacional do SPED, com imediata retransmissão à respectiva unidade federada.

• Observados os padrões fixados para o ambiente nacional SPED, é facultado às Secretarias Estaduais de Fazenda recepcionar os dados relativos à EFD diretamente em suas bases de dados, com imediata retransmissão ao ambiente nacional SPED.

– NOTA: O Estado de São Paulo, provavelmente, iráestabelecer que a entrega da EFD será diretamente para SEFAZ.

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Page 51: SPED Fiscal Contabil

V – Certificação digital

• O arquivo que contenha a EFD deverá ser assinado digitalmente de acordo com as Normas da Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil pelo contribuinte, por seu representante legal ou por quem a legislação indicar.

V.1 Esquematização

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Page 52: SPED Fiscal Contabil

VI – Obrigatoriedade

• Para todos os contribuintes do ICMS ou do IPI

• Dispensa:

– Somente ser for autorizada pelo fisco da unidade federada do contribuinte e pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.

VI – Obrigatoriedade (2)

• Será exigida a partir de 1º.01.2009.

• Foi facultado, todavia, a cada uma das unidades federadas, em conjunto com a RFB, estabelecer esta obrigação para determinados contribuintes durante o exercício de 2008.

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Page 53: SPED Fiscal Contabil

VII – Autonomia dos estabelecimentos e compartilhamento de informações

• O contribuinte deverá manter EFD distinta para cada estabelecimento.– Será preservada as regras atuais em relação à

autonomia dos estabelecimentos perante a escrituração fiscal.

• As informações da EFD, após o seu envio, serão compartilhadas com as unidades federadas de localização dos estabelecimentos da empresa, em ambiente nacional (Sped).

VII – Autonomia dos estabelecimentos e compartilhamento de informações (2)

• As informações da EFD serão enviadas somente àrespectiva unidade da federação onde se encontra o estabelecimento da pessoa jurídica.

– O Estado de São Paulo, por exemplo, não receberáinformações acerca da escrituração de um estabelecimento localizado no Estado de Pernambuco, mesmo que a matriz da pessoa jurídica esteja localizada em São Paulo.

– NOTA: As informações de operações interestaduais serão destacadas de cada escrituração e fornecidas às SEFAZ de destino das operações.

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Page 54: SPED Fiscal Contabil

VIII VIII –– Periodicidade do arquivoPeriodicidade do arquivo

• Conterá informações dos períodos de apuração do imposto e será gerado dentro do prazo estabelecido pela legislação de cada UF e RFB.

– Será necessário consultar a legislação do respectivo ente federado para saber a periodicidade em que o arquivo serágerado.

• Sabendo-se que a periodicidade do ICMS é mensal, infere-se que o arquivo gerado não poderá ser inferior a um mês.

• O projeto de desenvolvimento da EFD está baseado no fornecimento mensal de arquivos contendo a escrituração digital.

• Segundo o “Guia do Usuário da EFD”, disponível para download no Portal do SPED, a exigência da EFD será mensal.

IX – Guarda do arquivo digital

• O contribuinte deverá manter o arquivo digital da EFD, bem como os documentos fiscais que deram origem àescrituração, na forma e prazos estabelecidos para a guarda de documentos fiscais na legislação tributária, observados os requisitos de autenticidade e segurança nela previstos.

– Será necessário consultar a legislação do respectivo ente federado para saber o prazo mínimo de guarda do arquivo digital.

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Page 55: SPED Fiscal Contabil

X – Sintegra

• O contribuinte obrigado à EFD, a critério da unidade federada, poderá ser dispensado das obrigações de entrega dos arquivos estabelecidos pelo Convênio ICMS 57/95, o conhecido Sintegra.

– Nada dispondo a unidade federada, seránecessária, além da entrega do arquivo da EFD, a transmissão do arquivo magnético pelo Sintegra.

XI – Unidades federadas que possuam sistemas próprios para geração da EFD

• Os contribuintes localizados em unidades da Federação que já utilizem sistemas próprios para geração da EFD, caso do DF e de PE, deverão, nos termos das respectivas legislações estaduais, continuar a manter os citados sistemas ou o Leiaute Fiscal de Processamento de Dados (LFPD) instituído pelo Ato COTEPE/ICMS 35/05, até, no máximo, 1 ano após a implementação por, pelo menos, 9 (nove) unidades federadas, de sistema que permita a elaboração de escrita fiscal digital para fins de apuração dos tributos devidos.

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Page 56: SPED Fiscal Contabil

XI – Unidades federadas que possuam sistemas próprios para geração da EFD (2)

• Considerando que EFD será obrigatória a partir de 1º.01.2009, as mencionadas unidades federadas deverão manter os atuais sistemas até no máximo 31.12.2009.

• Até que isso ocorra, o DF e o Estado de Pernambuco são responsáveis pela incorporação ao LFPD das informações suplementares exigidas pelo Convênio ICMS nº 143/2006, que instituiu a Escrituração Fiscal Digital.

XII – Especificações técnicas do leiaute e orientações gerais

• Prevê o Convênio ICMS nº 143, que ato Cotepe específico definirá os documentos fiscais, as especificações técnicas do leiaute, bem como quaisquer outras informações que venham a repercutir na apuração, pagamento ou cobrança de tributos.

• Nesse sentido foi publicado o Ato Cotepe nº 82/2006, que foi revogado posteriormente pelo Ato Cotepe nº 11/2007, tendo este último sido revogado pelo Ato Cotepe nº 9/2008.– O Ato Cotepe nº 19/2008 ainda introduziu alterações ao leiaute

constante do Ato Cotepe nº 9/2008.

• Em seu Apêndice A estão as informações necessárias para compreensão do leiaute; no Apêndice B está o próprio leiaute.

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Page 57: SPED Fiscal Contabil

XII.1 – Organização• O leiaute EFD está organizado em blocos de informações,

dispostos por tipo de documento, que, por sua vez, estão organizados em registros que contém dados.

• O arquivo digital será gerado na seguinte forma: – Registro 0000 - abertura do arquivo – Bloco 0 - Identificação e referências (registros de

tabelas) – Blocos de C, D, E, H - Informações fiscais (registros de

dados) – Bloco 1 - Informações especiais (registros de dados) – Bloco 9 - Controle e encerramento do arquivo

(registros de dados) – Registro 9999 - encerramento do arquivo

XII.2 - Dados Técnicos de Geração do Arquivo

• Características do arquivo digital:– Arquivo no formato texto (TXT);

– Arquivo com organização hierárquica, assim definida pela citação do nível hierárquico ao qual pertence cada registro (PAI e FILHO);

– Os registros são sempre iniciados na primeira coluna (posição 1) e têm tamanho variável;

– A linha do arquivo digital deve conter os campos na exata ordem em que estão listados nos respectivos registros;

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Page 58: SPED Fiscal Contabil

XII.2 - Dados Técnicos de Geração do Arquivo (2)

– Ao início do registro e ao final de cada campo deve ser inserido o caractere delimitador "|” (Pipe ou Barra Vertical);

– O caractere delimitador "|" (Pipe) não deve ser incluído como parte integrante do conteúdo de quaisquer campos numéricos ou alfanuméricos;

– Todos os registros devem conter no final de cada linha do arquivo digital, após o caractere delimitador Pipe acima mencionado, os caracteres "CR" e "LF" correspondentes a "retorno do carro" e "salto de linha".

XII.2 - Dados Técnicos de Geração do Arquivo (3)

REG NOME CNPJ IE |1550| José Silva & Irmãos Ltda| 60001556000257| 01238578455|CRLF |1550| Maurício Portugal S.A| || 2121450|CRLF |1550| Armando Silva ME| |99222333000150 ||CRLF

– na ausência de informação, o campo vazio (campo sem conteúdo; nulo; null) deverá ser imediatamente encerrado com o caractere "|" delimitador de campo.

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Page 59: SPED Fiscal Contabil

XII.3 - Regras gerais de preenchimento

• As informações referentes aos documentos deverão ser prestadas sob o enfoque do informante do arquivo, tanto no que se refere às operações de entradas ou aquisições quanto no que se refere às operações de saída ou prestações.

• Exemplos:– Código do item -> registrar com códigos próprios os itens das

operações de entradas ou aquisições, bem como das operações de saída ou prestações;

– CST -> registrar, nas operações de entradas ou aquisições, os códigos de tributação indicando a modalidade de tributação própria do informante;

– CFOP -> registrar, nas operações de entradas ou aquisições, os códigos de operação que correspondam ao tratamento tributário relativo à destinação do item. Os valores informados devem seguir o desdobramento do código, se houver.

XII.3.1 - Formato dos campos

a) ALFANUMÉRICO: representados por "C" - todos os caracteres das

posições da Tabela ASCII, excetuados os caracteres "|" (Pipe ou Barra Vertical: caractere 124 da Tabela ASCII) e os não-imprimíveis (caracteres 00 a 31 da Tabela ASCII);

b) NUMÉRICO: representados por "N" - algarismos das posições

de 48 a 57 da Tabela ASCII.

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Page 60: SPED Fiscal Contabil

XII.3.2 – Blocos do arquivo

• Entre o registro inicial e o registro final, o arquivo digital éconstituído de blocos, referindo-se cada um deles a um agrupamento de documentos e outras informações.

• A) Tabela Blocos

bloco Descrição 0 Abertura, Identificação e Referências C Documentos Fiscais I – Mercadorias (ICMS/IPI) D Documentos Fiscais II – Serviços (ICMS) E Apuração do ICMS e do IPI H Inventário Físico 1 Outras Informações 9 Controle e Encerramento do Arquivo Digital

XII.4 - Leiaute - exemplo de registro

• REGISTRO 0000: ABERTURA DO ARQUIVO DIGITAL E IDENTIFICAÇÃO DA ENTIDADE

Nº Campo Descrição Ti

po Tam

Dec

01 REG Texto fixo contendo “0000”. C 004 - 02 COD_VER Código da versão do leiaute conforme a

tabela indicada no Ato Cotepe . N 003 -

03 COD_FIN Código da finalidade do arquivo: 0 - Remessa do arquivo original; 1 - Remessa do arquivo substituto.

N 001 -

04 DT_INI Data inicial das informações contidas no arquivo.

N 008 -

05 DT_FIN Data final das informações contidas no arquivo.

N 008 -

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Page 61: SPED Fiscal Contabil

XII.4 - Leiaute - exemplo de registro (2)

Nº Campo Descrição Tipo

Tam

Dec

06 NOME Nome empresarial da entidade. C - - 07 CNPJ Número de inscrição da entidade no

CNPJ. N 014 -

08 CPF Número de inscrição da entidade no CPF.

N 011 -

09 UF Sigla da unidade da federação da entidade.

C 002 -

10 IE Inscrição Estadual da entidade. C - -

XII.4 - Leiaute - exemplo de registro (3)

Nº Campo Descrição Tipo

Tam

Dec

11 COD_MUN Código do município do domicílio fiscal da entidade, conforme a tabela IBGE

N 007 -

12 IM Inscrição Municipal da entidade. C - - 13 SUFRAMA Inscrição da entidade na Suframa C 009 - 14 IND_PERF

IL Perfil de apresentação do arquivo fiscal;A – Perfil A; B – Perfil B.; C – Perfil C.

C 001 -

15 IND_ATIV Indicador de tipo de atividade: 0 – Industrial ou equiparado a industrial; 1 – Outros.

N 001 -

Observações: Registro obrigatórioNível hierárquico - 0Ocorrência - um (por arquivo)

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Page 62: SPED Fiscal Contabil

XII.4.1 - Apresentação do registro 0000 em TXT

|0000|100|0|01012009|31012009|José Silva & Irmãos Ltda|60001556000157||SP|01238578455|5030807|1423514||A|1|CRLF

Número do

Registro

Código da

Versão

Finalidade do arquivo

(Remessa do arquivo original)

Data inicial das informações

contidas no arquivo

Data final das informações

contidas no arquivoNome

empresarial da entidade

Número do CNPJ

Número do CPF

Inscrição Estadual

Código do

Município

Inscrição Municipal

Inscrição na

Suframa

Perfil de apresentação

do arquivo fiscal

Indicador do tipo de atividade

(Outros)

"retorno do carro" e "salto

de linha"

Sigla da unidade da federação

XIII - Comparativo P ro c e s s a m e n to E le trô n ic o

d e D a d o s E s c ritu ra ç ã o F is c a l

D ig ita l

O b r ig a to r ie d ad e

N ã o h á , e xc e to d is p o s iç ã o e m c o n trá r io p e lo e n te fe d e ra tivo

O b rig a tó r ia , s a lvo d is p e n s a c o n ju n ta d a

R F B e d o F is c o E s ta d u a l

L e ia u te M a n u a l d e O rie n ta ç ã o d o C o n vê n io 5 7 /9 5 A to C o te p e n º 9 /2 0 0 8

Im p re s s ã o e m p a p e l O b rig a tó ria N ã o h á o b rig a ç ã o

A b ra n g ê n c ia

a ) R e g is tro d e E n tra d a s ; b ) R e g is tro d e S a íd a s ;

c ) R e g is tro d e C o n tro le d a P ro d u ç ã o e d o E s to q u e ;

d ) R e g is tro d e In ve n tá rio ; e ) R e g is tro d e A p u ra ç ã o d o

IC M S ; f) L iv ro d e M o v im e n ta ç ã o d e

C o m b u s tíve is – L M C ; g ) R e g is tro d e A p u ra ç ã o d e

IP I

a ) R e g is tro d e E n tra d a s ;

b ) R e g is tro d e S a íd a s ; c ) R e g is tro d e

In ve n tá rio ; d ) R e g is tro d e

A p u ra ç ã o d o IP I; e ) R e g is tro d e

A p u ra ç ã o d o IC M S .

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Page 63: SPED Fiscal Contabil

XIII – Comparativo (2)

Processamento Eletrônico de Dados

Escrituração Fiscal Digital

Autenticação Após impressa, de acordo

com disposição de cada ente Federativo

Digital

Transmissão

Sintegra - Obrigatoriedade de entrega relativamente às

operações interestaduais. Em relação à totalidade das operações efetuadas,

depende da disposição interna de cada UF

Foi desenvolvida para transmissão mensal

Certificação Digital Não há obrigatoriedade Obrigatória

XIII – Comparativo (3)

Processamento Eletrônico de Dados

Escrituração Fiscal Digital

Compartilhamento

Os dados são enviados às Secretarias de Fazenda dos

Estados envolvidos na operação, seja pelo próprio

contribuinte, seja pela Secretaria de origem. Não há

o armazenamento das informações em local comum

para compartilhamento

Dados compartilhados no ambiente do SPED,

de acordo com a competência de cada

ente

Multa pela falta de

apresentação

Não multa específica ou uniforme em todo território

nacional

Não há multa específica

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Page 64: SPED Fiscal Contabil

XIV – Questões pendentes de solução por parte dos Estados

• Possibilidade de exigir a entrega do arquivo contendo a EFD diretamente às suas bases de dados.

• Dispensa da EFD para determinados contribuintes.

• Periodicidade de apresentação do arquivo.

• Dispensa do Sintegra.

XV – Guia do Usuário da EFD

O Portal do SPED (www.receita.fazenda.gov.br/Sped) disponibiliza um guia do usuário da EFD com diversas informações úteis, principalmente em relação ao leiaute do arquivo da EFD.

Como é destacado“este documento visa apenas a esclarecer aspectos referentes àapresentação dos registros e conteúdo de alguns campos, não pretendendo contemplar todas as orientações técnicas sobre a elaboração do arquivo digital, cuja orientação integral sobre a estrutura e apresentação do arquivo para entrega ao Fisco deve ser buscada no Manual de Orientação anexo ao Ato COTEPE/ICMS nº 09/2008 e legislação de cada uma das unidades federadas.

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CONTATO:

[email protected]

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