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www.sportlife.com.pt | 01 número 142 janeiro 201 | mensal 3,5€ Continente Treino para cada desporto dicas essenciais 20 Melhor performace no ski: Exercícios de preparação 5 601753 001693 00142 CORRE mais RÁPIDO O que deves fazer ALIMENTA-TE MELHOR EM 2014 QUEIMA GORDURA CORPO + DEFINIDO EVITA LESÕES TREINADOR PESSOALI PEDALAR ANDA EM TRILHOS TÉCNICOS NADAR TONIFICA GLÚTEOS, ABDOMINAIS E PERNAS FITNESS TREINO ADEQUADO A CADA PROFISSÃO Guia completo Tens stress? Usa-o a teu favor

Sport Life 142

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Em dezembro de 2013 realizou-se a maior competição de Corridas de Aventura, na Costa Rica, e a Sport Life esteve lá. Fomos ainda conhecer André Amorim, o head coach da equipa de futebol americano Lisboa Devils. Este mês ensinamos-te a controlar o stress para que este não te prejudique. Damos-te 20 conselhos essenciais de nutrição para entrares em 2014 com mais energia, melhor rendimento e desempenho em todas as áreas. Não podes perder ainda o Treinador Pessoal, com dicas e exercícios para melhorares o teu treino, seja ele a correr, nadar, pedalar, em CrossFit ou Fitness. Por fim, conhece ainda nesta edição as Tendências em Futebol para praticantes de palmo e meio.

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RTLIFE 142 janeiro 2014

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número 142

janeiro 201 | mensal

3,5€ Continente

Treino paracada desporto

dicasessenciais20

Melhor performace no ski: Exercícios de preparação

5 6 0 1 7 5 3 0 0 1 6 9 3

00142

CORRE mais RÁPIDO

O que deves fazer

ALIMENTA-TE MELHOR

EM 2014

QUEIMA GORDURA

CORPO + DEFINIDO

EVITA LESÕES

TREINADOR PESSOALI

PEDALAR ANDA EM TRILHOS TÉCNICOS NADAR TONIFICA

GLÚTEOS, ABDOMINAIS E PERNAS FITNESS

TREINO ADEQUADO A CADA PROFISSÃO

Guiacompleto

Tens stress?Usa-o a teu favor

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|SPORT ATUAL

016 | janeiro

Sport

Life

gente

Hugo Vau Surfista de ondas grandes

SOUL SURFER

Surfou as maiores ondas da sua vida na Nazaré e faz parte do núcleo duro da equipa de segurança de Garrett McNamara. O português Hugo Vau

descobriu a paixão pelas ondas grandes há muitos

anos atrás e hoje está a viver o sonho mais

intensamente que nunca!Por: Marta Leitão

PERFILNome: Hugo Vau

Data de nascimento:1 de julho de 1977

Naturalidade: Lisboa

E-mail: [email protected]

Como surgiu a tua ligação ao projeto North Canyon?Surgiu com um convite do Garrett para fazer segurança num cam-peonato de tow-in na Nazaré... Após o convite, surgiu a oportunidade de participar no campeonato onde supostamente iria fazer segurança, o Zon North Canyon Tow in Trials. Esta participação correu bem e cheguei à final. A partir daí a ligação surgiu naturalmente, cada vez surfámos mais vezes juntos e as sessões épicas com o Garrett e o Andrew Cotton começaram a surgir.

Fala-nos do teu percurso no surf até hoje, da paixão pelas ondas grandes e do que mudou na tua vida com este projeto? Sempre fui um freesurfer, sempre surfei o mais possível e a paixão pelas ondas maiores já vinha dos tempos de infância. Foram sem dúvida anos de grande esforço para conseguir manter o ritmo no surf de ondas grandes e o Tow in Surf, que implica grande investimento em motas

e combustíveis. Foi com grande orgulho que integrei este projeto em 2011, um projeto completamente inovador e de grande sucesso, que nos proporcionou as melhores condições de segurança, para que se pudessem superar limites e quebrar recordes, minimizando o mais possível o risco enorme que este tipo de surf envolve. Acabei por surfar as maiores ondas da minha vida e como consequência os patrocínios surgiram nomeadamente a ZON, Agent Eighteen Wetsuits Europe, Ocean & Earth, Bjorkvin , Rollei Actioncam e Swox (aos quais deixo o meu agradecimento), logo o sonho de seguir a carreira de surfista de ondas grandes começou a tornar-se realidade.

Já tinhas feito segurança de moto de água na Praia do Norte nos campeonatos de bodyboard Special Edition. Apesar de nessas situações as ondas não estarem tão grandes essas experiências contribuíram para que de alguma forma te sentisses mais “à

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vontade” nesta praia tão especial?Sem dúvida alguma que esses dias foram decisivos. Na Praia do Norte – Nazaré, os resgates são sempre um grande desafio, principalmente na maré cheia, mesmo com ondas mais pequenas. O espírito de todos os envolvidos nestes campeonatos de bodyboard, atletas, organização e público fizeram com que me apaixonasse por esta praia e sítio tão especiais e com que a cumplicidade com estas ondas fosse sempre crescendo.

No ano passado estiveste nomeado para o Billabong XXL Awards. Fala-nos dessa onda.Foi uma onda enorme que surfei em novembro... parecia que estava destinada... quando saltei para a água e agarrei no cabo para começar a fazer tow-in entrou o maior set do dia. O Garrett olhou para mim e perguntou-me se queria apanhar a maior onda da minha vida... e eu disse-lhe: Claro que sim!!! Senti que era uma onda gigante, pois o drop nunca mais acabava (risos)!!! Quando finalizei a onda senti muita adrenalina e muita paz de espírito... se é que se podem misturar estes dois sentimentos (risos). Na minha cabeça, em milésimos de segundos, passou a imagem da minha mulher, e de todos aqueles que me apoiaram na Nazaré e ao longo da vida... fechei os olhos e pensei... isto é para vocês...Obrigado!!!

Esse foi o momento mais intenso e marcante que já viveste na praia do norte? Surfar essa onda foi um deles, mas houve outros… as intensas sessões de novembro 2012, de 28 janeiro e esta mais recente a Big Monday em outubro com ondas que mais se assemelhavam a montanhas ficaram na memória.

Como te preparas física e mentalmente para estas arriscadas sessões de tow in? Tento passar o maior tempo possível em contacto direto com o Mar e a Natureza. Os treinos que realizo são na maioria ao ar livre, cami-nhadas, corridas, caça submarina, apneia, longas remadas e natação no mar e por vezes com golfinhos. A minha mulher, família, amigos, a equipa a que pertenço, e patrocinadores são os grandes incentivos para treinar cada vez mais e mais com o objetivo de me tornar um surfista profissional de ondas grandes.

Apesar de toda a preparação e segurança envolvida, quando se desafiam condições tão extremas como estas há sempre coisas que podem correr mal. Quais os sentimentos que im-peram lá fora?

São intensos, mas acima de tudo impera a diversão, e o facto de ser uma bênção poder surfar ondas e rebocar amigos para ondas tão magníficas que ficam na memória. É a nossa paixão, é para isso que treinamos e surfamos, contudo o foco total no que se está viver é imprescindível, precisamos de estar focados no momento e garantir ao máximo a segurança dos nossos companheiros de equipa, essa é a prioridade.

Tiveste uma prova de confiança, ao teres sido convidado para participar neste projeto. Como tem sido trabalhar com o Mc-Namara?Tem sido uma experiência magnífica, consolidar os meus conheci-mentos com a experiência de alguém com uma atitude tão inspiradora como o Garrett é um privilégio. É um grande surfista e ser humano, a amizade é um dos principais fatores de motivação da nossa equipa.

Consideras a vinda de um surfista tão experiente como ele uma condição sine qua non para o sucesso deste projeto? Claro está que os 20 anos de experiência do Garrett nas maiores e mais arriscadas ondas do planeta foram determinantes para o sucesso deste projeto, principalmente ao nível da segurança. Esse conhecimento aliado ao profissionalismo de todos os que envolvem este projeto desde os organizadores Paulo Caldeira à Equipa do Zon North Canyon e da Nazaré Qualifica fazem com que este projeto seja um sucesso a nível mundial.

De ano para ano, continua-se a querer bater recordes na praia do norte. O que achas deste aparato todo à volta do tamanho das ondas e qual o teu grande objetivo pessoal neste projeto?É natural que surja este aparato em redor da medição das ondas, o que até se torna engraçado e por vezes surreal. Não me compete medir ondas, sou simplesmente um surfista que procura adrenalina, diversão, e surfar ondas cada vez melhores e maiores. Relativamente ao surf e a este projeto, é esse o meu objetivo, a minha paixão e a minha vida.

Fora os meses passados na Nazaré em busca de ondas gigantes, como é o teu dia a dia?O meu dia a dia é passado com a minha cara metade, a Inês Borges, pelos Açores na Ilha Terceira. Lá criámos juntos uma empresa, a “Gigante Expeditions”, cujas atividades incluem pesca-turismo, passeios de barco, boat trips, observação de baleias e golfinhos e birdwatchig. Estas atividades permitem que o nosso dia a dia durante os meses de verão seja passado totalmente no Mar e na Natureza, sendo esta a grande preparação física e espiritual para as grandes ondas de inverno.

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032 | janeiro

SSAÚDE

Se ardes no fogo do stress, não deites as culpas para o trabalho, para o chefe ou para os filhos. Salvo em casos extremos em que a tua vida ou a da tua família estão em perigo, tu podes decidir as coisas que te stressam. Este mês ensinamos-te a controlar o stress para que este não te queime.

Por: Patricia Loebffer, psicóloga desportiva

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Há pessoas que só de ouvirem fa-lar em stress, ansiedade, nervos já ficam stressadas. É um mal co-mum da nossa sociedade. As pes-

soas assustam-se quando o coração bate depressa sem motivo aparente, quando têm tremores ou lhes falta a respiração. O stress provoca a ativação de uma série de respostas fisiológicas que podem ser mal interpretadas e confundir-se com “está--me a dar um ataque”, “estou a perder o controlo”… Além disso acompanha-se de dificuldade em dormir, rigidez nas pernas e braços e muitos outros sintomas que estão presentes no estômago, pele, visão e inclusivamente na resposta sexual (a maioria dos problemas têm origem na ansiedade e não de uma dificuldade bio-lógica para manter a ereção.)Convivemos diariamente com estes sin-tomas. São os sinais da ansiedade e stress. Quando os sentes significa que o teu sis-tema nervoso está ativado e que está a tentar defender-se de alguma ameaça. O que é uma ameaça para ti pode não o ser

para outra pessoa. Porque é que o nosso sistema nervoso responde desta maneira se à partida nos faz sentir mal e não nos ajuda? Porque a resposta de medo está nos nossos genes, quando o homem vivia nas cavernas há milhares de anos. Nas cavernas os animais eram a ameaça, e a resposta que permitiu a sobrevivência do homem foi o medo. O cérebro recebia o sinal de perigo quando o homem identi-ficava o animal e o cérebro enviava um sinal ao sistema nervoso simpático para se ativar. Como se defendia de uma fera? O cérebro fazia uma avaliação rapidíssima sobre os recursos disponíveis para lutar contra o animal e ganhar. Se a avaliação era positiva, atacava. Se não, fugia. Tanto para a luta como para a fuga era necessário que o coração batesse rápido, o sangue é distribuído pelos músculos periféricos, o pulso e a respiração aceleram… a mesma resposta do nosso organismo quando pra-tica exercício.O stress e a ansiedade são teus amigos, precisas deles para sobreviver. Mas não

são necessários diante de perigos que não ameaçam a tua vida. Imagina que vais na rua e alguém se aproxima com más intenções. Vais precisar de correr ou pedir ajuda, ou seja, ficar a salvo da ameaça. Se estivesses completamente relaxado não terias capacidade de reação. Portanto, a ansiedade e o stress continuam a ser teus aliados. Mas tu deves decidir quando têm de ser ativados e quando não. Em suma, és tu que decides quais são as tuas bata-lhas. Se transformas o dia a dia numa ameaça contínua, se falar em público é perigoso, se uma entrevista de trabalho te desespera, se esperar numa fila te deixa ansioso, se preparar essa prova tem um efeito stressante… o teu mundo vai estar cheio de “stressores” que te irão provocar ansiedade.Precisas de um nível de ativação que te permita competir bem, estar em es-tado de alerta e responder às perguntas numa entrevista de trabalho, mas tens que aprender a autorregular-te. Procura o teu ritmo na vida e no desporto. Esse

APAGA ESSE FOGO!

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FITNESS|TREINADOR PESSOAL

090 | janeiro

Antes das primeiras descidas da época, vamos propor a introdução de uma série de exercícios nos vossos treinos com o objetivo

de preparação específica para que possam desfrutar muito mais do esqui. Quando colocamos os esquis e deslizamos entram em jogo muitíssimos fatores que uma vez postos em prática ao mesmo tempo se complicam: coordenação, equilíbrio, força, resistência, etc. Treinar certas condições físicas básicas e habilidades motoras terá uma melhoria significativa no nosso nível de esqui e com isso também reduziremos o risco de lesões.

PREPARAÇÃO FÍSICA

PARA ESQUIAR

Caem os primeiros nevões e começa a vontade de esquiar. Mas será que estás preparado? Com o treino que te propomos, esta temporada vais desfrutar das pistas mais do que nunca.Por: Iñaki López, treinador de esqui alpino

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A TREINAR! Toma nota destes exercícios e não te esqueças de os incluir nos treinos semanais.

1. AGACHAMENTOS PROFUNDOS:É um dos exercícios mais importantes e completos para o esqui, porque o movi-mento é muito semelhante de uma cur-va quando esquiamos. De forma espe-cífica iremos trabalhar a força máxima.Se além disso realizamos este exercício com diferentes cargas e a velocidades diferentes iremos recrutar um número maior de unidades motoras (terminação nervosa unida a uma fibra muscular).Para trabalhar com diferentes cargas,

é bom fazer o teste de 1RM (teste de força para averiguar o peso máximo com o qual só conseguimos fazer uma única repetição de um exercício). Desta manei-ra personalizaremos muito mais o treino e obteremos melhores resultados.

Também podemos fazer agachamentos sobre uma superfície instável como a bola suíça, trabalhando além disso a nível propriocetivo e o equilíbrio. Mas estas variáveis significam um controlo maior, pelo que sugerimos que primei-ro domines a técnica do exercício.

Uma vez sistematizada a técnica básica do agachamento, segue estes pequenos passos que deves ir auto-matizando para te pores em pé sobre a bola suíça.

> Primeiro, coloca a bola sobre uma superfície mole (como um colchão) e tenta manter o equilíbrio sentado sobre ela. Conselho: leva as mãos à frente, deslocando a bacia ligeira-mente para trás enquanto a apertas com os calcanhares.

> Depois de dominado o primeiro passo, trata-se de aumentar o grau de dificul-dade: ficar de joelhos em cima da bola mantendo o equilíbrio.

> O último passo e mais difícil: segura a bola com ambas as mãos, depois coloca um pé sobre ela e depois o outro, mantendo bem o equilíbrio. E por fim, lentamente mas com segurança vai-te levantando. Um bom truque para conseguir é pensar no apoio dos pés, não nas pernas.