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Série entendendo as teses para RCT: INSS sobre as verbas indenizatórias
TESE 4
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Série entendendo as teses para RCT: INSS sobre as
verbas indenizatórias
A recuperação de créditos tributários (RCT) é uma forma de otimizar as finanças, recebendo de volta valores
pagos indevidamente ou a maior.
Mas para recuperar créditos é preciso realizar um levantamento de dados apurado, no qual seja possível identificar
corretamente todos os valores que podem ser recuperados, qualificando-os e quantificando-os.
No quarto capítulo da série “Entendendo as teses para Recuperação de Créditos Tributários (RCT)”,
trazemos o INSS indevidamente recolhido sobre as verbas de natureza indenizatória.
Segundo a legislação vigente, as empresas são obrigadas a incluir na base de cálculo da Contribuição
Previdenciária incidente sobre a folha de salários um conjunto de parcelas que não poderiam submeter-
se à incidência, dada a sua natureza indenizatória.
De fato, a Contribuição Previdenciária Patronal (CPP) deve incidir sobre um conjunto de parcelas que
correspondem ao conceito de “salário”, com o objetivo de remunerar o trabalho. As chamadas “verbas
indenizatórias” representam pagamentos feitos pelo empregador aos empregados, mas que, dada
sua natureza jurídica (de indenização), não poderiam estar incluídas na base de cálculo da CPP.
Cenário atual
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verbas indenizatórias
Muitos contribuintes questionaram este fato em juízo e pleitearam que a CPP não incidisse sobre determi-
nadas verbas, dada a sua natureza indenizatória. Com isso, estas empresas poderiam recuperar os valores
recolhidos indevidamente nos últimos cinco anos e passariam a recolher INSS somente sobre as parcelas
de caráter remuneratório, assim entendidas como as que servem como contraprestação ao trabalho efeti-
vamente prestado ou ao tempo do trabalhador à disposição do empregador.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) firmou jurisprudência sobre a ilegalidade da incidência da Contribuição
Previdenciária Patronal sobre as chamadas “verbas indenizatórias”. Estes pagamentos de natureza não sal-
arial, realizados pelo empregador a favor do empregado, não se destinam a remunerar direta e imediata-
mente o trabalho (tal como o próprio salário), mas a recompor um determinado dano ou prejuízo que o tra-
balhador tenha sofrido.
No mesmo sentido, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) é de que as contribuições previ-
denciárias não podem incidir sobre as parcelas indenizatórias.
Os contribuintes e os tribunais
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A legislação prevê que, quando um empregado se encontra incapacitado para a prestação
de seus serviços, deverá ser encaminhado ao Órgão Previdenciário após a apresentação de
mais de quinze dias de atestado médico, sendo que neste prazo (quinze primeiros dias) o
empregador é responsável pelo pagamento do salário do obreiro.
Entende-se esta é uma verba de natureza indenizatória, pois não se presta a remunerar o
trabalho, até porque nestes quinze dias sequer há trabalho efetivo.
As verbas questionadas com mais frequência
Auxílio-doença/acidente - Até 15 dias:
Assim, o Supremo Tribunal Federal (ARE: 847839) e o Superior Tribunal de Justiça (AgInt no REsp 1825540)
já se posicionaram sobre a natureza indenizatória da verba, sendo indevido o recolhimento da CPP sobre os
quinze dias que antecedem o afastamento, podendo a empresa requerer a restituição de todos os valores
recolhidos indevidamente.
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O salário maternidade é o benefício devido a pessoa que se afasta de sua atividade por motivo de nascimento
de filho, aborto não criminoso, adoção ou guarda judicial.
Por ser um benefício previdenciário e não uma contraprestação ao trabalho e por não ter caráter habitual, o Su-
premo Tribunal Federal – STF decidiu que é inconstitucional a incidência de contribuição previdenciária a cargo
do empregador sobre o salário maternidade (RE 576.967).
Como benefício previdenciário, a verba não está sujeita à contribuição previdenciária patronal que incide sobre
a remuneração devida pela empresa aos trabalhadores, que atualmente é de 20% sobre a folha de salários.
Salário Maternidade:
Aviso Prévio Indenizado:
O aviso prévio é a comunicação da rescisão do contrato de trabalho por uma das partes,
empregador ou empregado, que decide extingui-lo, com a antecedência que estiver
obrigada por força de lei, podendo ser concedido na forma trabalhada ou indenizada.
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A forma trabalhada possui natureza salarial, contudo o aviso prévio indenizado tem sua natureza indeniza-
tória amplamente consolidada nos Tribunais Superiores, visto que não há contraprestação de serviços, isto é,
não visa a remunerar o efetivo trabalho. O entendimento está pacificado no Supremo Tribunal Federal (ARE:
748746) e Superior Tribunal de Justiça (AgInt no REsp 1806871).
Importante frisar que a Receita Federal já entende que não incide CPP sobre o aviso prévio indenizado, de modo
que essa rubrica só deve ser selecionada caso a empresa tenha feito o recolhimento equivocadamente em de-
terminados períodos.
Décimo Terceiro Salário proporcional ao Aviso Prévio Indenizado:
O aviso prévio indenizado repercute no pagamento das demais verbas rescisórias, como,
por exemplo, no décimo terceiro salário.
E, de acordo com o entendimento jurisprudencial, não haverá incidência de contribuição
previdenciária sobre o décimo terceiro salário proporcional ao aviso prévio indenizado,
levando-se em consideração que não há incidência sobre o próprio aviso prévio indenizado.
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Neste sentido já se posicionou o Superior Tribunal de Justiça (AgRg no REsp 1561788).
Dessa forma, indevido o recolhimento de contribuições previdenciárias sobre o décimo terceiro salário propor-
cional ao aviso prévio indenizado, devendo ser restituídos todos os valores pagos.
Auxílio Alimentação
(fornecido de forma onerosa/através do PAT – Programa de Alimentação do Trabalhador):
O PAT é o programa de alimentação do Trabalhador, que foi criado com o objetivo de
melhorar a situação nutricional dos trabalhadores, promovendo sua saúde e prevenin-
do doenças relacionadas ao trabalho.
O artigo 458 da CLT estabelece expressamente que a alimentação integra o salário do
funcionário e a SDI-1 do TST firmou o entendimento de que a concessão do auxílio ali-
mentação, de forma gratuita, caracteriza a natureza salarial da parcela.
Contudo, quando o benefício é concedido de forma onerosa, o entendimento da SDI -1 do
TST é que tal condição tem o condão de descaracterizar o caráter salarial do benefício,
que passaria a ser caráter indenizatório.
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Da mesma forma, se concedido através do PAT, a natureza desta verba é indenizatória, conforme definido
pela OJ 133 da SDI-1 do TST.
A RCT
Esta tese pode ser utilizada por empresas que estão inseridas nos regimes de tributação
do Lucro Real e do Lucro Presumido, que recolham a Contribuição Previdenciária Patronal
(CPP) sobre a folha de salários.
O levantamento da CPP recolhida sobre as verbas de natureza indenizatória deve ser
preciso para que um pedido de Compensação ou Restituição tenha fundamentação e
amparo.
Entretanto, fazer o levantamento do crédito de forma manual é extremamente lento, custoso e, na maioria das
vezes, inviável. De fato, o cálculo demanda o exame de um vasto volume de dados, considerando o período
de cinco anos, com várias rubricas e trabalhadores envolvidos.
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A Ferramenta
Somente uma solução que automatize a apuração dos valores pode fornecer planilhas
exatas para que as empresas tomem as providências necessárias para compensar ou
restituir os créditos que lhes pertencem por direito.
Para que estes cálculos sejam feitos de forma segura, o e-Recuperador, a ferramenta de
RCT da e-Auditoria, lançou um módulo exclusivo para este fim, tornando prático e ágil o
procedimento de levantamento de créditos oriundos do recolhimento da Contribuição
Previdenciária Patronal (CPP) sobre as verbas da folha de salários que tenham natureza
indenizatória.
Basta que o profissional tributário carregue os arquivos (MANDAD ou eSocial) para a extração das rubricas
utilizadas pela empresa na apuração de sua folha de salários, selecione quais verbas indenizatórias serão con-
sideradas para a apuração do crédito e correlacione as rubricas da empresa com as verbas indenizatórias sele-
cionadas. Na sequência, o sistema calculará automaticamente os valores recolhidos a título de CPP sobre as
verbas de natureza indenizatória escolhidas.
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verbas indenizatórias
O e-Recuperador gera planilhas (sintéticas e detalhadas) com todos os valores a recuperar, atualizados
de acordo com a SELIC acumulada. Com estes relatórios em mãos, basta tomar as providências cabíveis
junto ao Poder Judiciário e/ou à Receita Federal do Brasil para realizar a compensação ou a restituição dos
créditos.
Benefícios
A RCT proporciona às empresas a geração de economia tributária e a
injeção de capital novo, através da recuperação de valores indevidamente
recolhidos.
Já os profissionais tributários podem acumular honorários substanciais,
uma vez que cobram um percentual sobre a economia gerada e sobre os
valores recuperados.
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verbas indenizatórias
Com o conjunto de soluções da e-Auditoria, 3ª geração de auditoria
digital, você pode fazer tudo isso e muito mais, de maneira simples e
rápida. São oito ferramentas integradas, onde o robô realiza o serviço
que consome mais tempo do profissional tributário e o libera para a
atividade intelectual e de valor reconhecido.
Deixe o robô trabalhar para você!!!
O e-Recuperador permite a atuação profissional de diversas formas, tais como:
• ApurarosvaloresparapatrocinaraçõesdeRCT;
• Prestarserviçosdecálculoparaescritóriosdeadvocacia;
• Auxiliarnaliquidaçãodeprocessos;
• Embasarpedidosdehabilitaçãodocrédito,compensaçãoourestituição;
• Forneceràsempresasumaexpectativadeeconomiatributáriamensalede
recuperação de créditos, favorecendo a conquista de novos clientes.
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