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Série: Uma Jornada de Fé

Mensagem 8

A Resposta de Deus

Gn 15.12-21

Introdução

Você já esteve numa situação na qual a

noite e o tempo parecem não passar?

Esperando a resposta de Deus sem

entender as coisas que o rodeiam? Não

parece que o terror e a escuridão tomam

conta de você? A espera parece apertar o

coração e sufocar o nosso peito.

Nada existe de pior do que aguardar uma

resposta das pessoas. A ansiedade parece

que nos acomete e não seguramos o

desejo de ligar para alguém, ler o jornal e

buscar nosso nome em uma lista, assistir

os jornais e verificar as notícias, saber se

nosso se estaremos na próxima lista de

corte.

No texto lido, Abrão está passando por

uma situação semelhante: Deus havia se

apresentado como o escudo, a riqueza e

aquele que lhe havia feito promessas e

que as cumpriria. Um pacto, uma aliança

agora é relembrada e reforçada. Mas,

ainda ela não havia sido confirmada. Os

animais partidos no meio ainda estavam

lá e, da última vez que Abrão viu aqueles

pedaços, teve que enxotar as aves de

rapina.

Lembremos que estas aves

representavam os inimigos do povo da

aliança que, no futuro tentariam impedir,

a todo custo, que a nação de Deus

prosseguisse em seu relacionamento de fé

e obediência ao Senhor.

Isto deve ter trazido tremenda

preocupação a Abrão. Ele se deita, não vê

Deus confirmando o pacto (afinal, para

que o pacto fosse cumprido, as partes

deveriam contar com alguém de maior

poder e riqueza que o atestasse e

confirmasse – se uma das partes não o

cumprisse seria morta por esta pessoa de

maior autoridade) e lembra-se das aves

de rapina. A promessa de Deus, afinal se

confirmaria? Ele aceitaria realmente o

pacto que ele mesmo havia proposto?

Seus inimigos não voltariam para matar a

ele e os seus? Como receber o conforto

enquanto o filho prometido não chega?

Então, Deus aparece em sonho a Abrão,

confirmando seu caráter profético e

intercessor diante dos homens, mostrando

o que tudo aquilo significava.

Deus queria mostrar, com sinceridade, a

Abrão – a quem Ele considerava como

um amigo – quais eram seus planos e de

que maneira as coisas se cumpririam em

sua vida a fim de que a promessa feita se

concretizasse no futuro. Como foi com

Abrão, da mesma forma, Deus não nos

chama de uma maneira insincera. Ele não

mente e nem se arrepende! Portanto,

apresenta seu plano salvador, seu desafio

de santificação e mostra quais coisas

acontecerão aos que o seguem, a fim de

que entendam o preço e continuem a

fazer sua vontade, obedecendo ao pacto

estabelecido.

Voltemos a Abrão. Ele está sob intenso

temor e angústia e precisa de uma

resposta de Deus. Este texto, então, nos

faz entender a vontade de Deus

transmitida para Abrão e aprender a

partir da resposta concedida ao servo do

Senhor no momento de profunda

angústia.

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1) A resposta de Deus requer

prontidão em ouvir

O sono de Abrão é inquieto. Incertezas se

apoderaram do seu coração. O inimigo

voltaria? Ele morreria? A promessa seria

cumprida? Deus firmaria o pacto

prometido por ele mesmo? Ah, as

perguntas que falam de maneira profunda

ao nosso coração e que insistimos em não

dividir com quem quer que seja. Nos

sentimos sozinhos e aterrorizados quando

temos perguntas que parecem não ter

respostas!

Mas Deus não o deixa só. Há uma

resposta. Há uma certeza. Todavia, a

resposta de Deus nem sempre é a que

mais desejamos. E isso aprofundou ainda

mais o momento de luta na vida de seu

servo. O coração idólatra e egoísta só

sabe ouvir a si mesmo. E quem só sabe

ouvir a si mesmo não está disposto a

ouvir a doce voz do Criador.

Deus responde: Esteja certo que sua

posteridade será peregrina em terra

alheia, reduzida à escravidão, afligida

por 400 anos.

Eis a resposta de Deus. A grande nação

seria para o futuro. Mas, haveriam lições

a serem aprendidas durante 400 anos: o

povo seria peregrino (como ele era

peregrino em terra estranha); reduzido à

escravidão (precisariam de um redentor);

e afligida (desejariam um salvador). Que

duras revelações. Quem almeja o pior

para os seus filhos e descendentes? Não

somos hoje um povo preocupado

excessivamente com o amanhã de nossos

filhos? Não aceitamos, em hipótese

alguma, que eles sofram! Mas, Deus tem

uma história para eles e sempre será esta

que prevalecerá. Afinal, a dor amadurece,

o sofrimento aproxima de Deus. A

esperança amadurece a fé.

A Bíblia diz que, como os céus se elevam

sobre a terra, assim são os pensamentos

de Deus em relação aos nossos. Que

misteriosos são os seus pensamentos.

Quão infindos são os seus planos. Ele

sabe o que é melhor para nós e para

aqueles que amamos. Nosso querer nem

sempre será o melhor para os outros.

Mas, depois da tempestade vem a

bonança. Depois de tudo isto, a promessa

de Deus era que eles sairiam com grandes

riquezas em suas mãos. Sempre haverá

sentido no sofrimento para aqueles que

amam e seguem a Deus, esperando em

Cristo pela ação final dele.

Por vezes não entendemos a resposta do

Senhor para nós. Mas, ele nos responde.

O que ele tem para nós, para nossos

filhos, para as gerações que virão é

tremendamente maravilhoso e profundo.

Descanse seu coração no Senhor. E

qualquer que seja a resposta que ele tem

dado, continue firme. Aceite-a e tenha a

certeza que tudo ele faz para Sua glória,

para o bem do seu povo e para cumprir a

aliança que com nós ele estabeleceu.

2) A Resposta de Deus requer que

esperemos o seu tempo.

A promessa de um filho demoraria. A

posse da terra que havia sido prometida

demoraria ainda mais: 400 longos anos

de espera. Para agravar ainda mais a

situação, os olhos de Abrão não a veriam

ser cumprida. Ele teria que descansar

com seus pais, morrendo em sua velhice.

Como é difícil lidar com o tempo.

Quando as coisas não acontecem da

maneira que esperamos, o tempo é um

verdadeiro tormento. Ele nos angustia.

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Perdemos o sono, nos reviramos na

cama. Afinal, o tempo pode ser um

grande aliado ou um terrível inimigo.

Algumas vezes nos referimos ele como

algo que passa rápido – “Já estamos no

fim do ano”, alguns dizem. Outros

afirmam – “Como está demorando de

passar”. Quando estamos aflitos, o tempo

parece ainda mais demorado. Esta era a

situação de Abrão. O tempo dele, não era

o tempo de Deus.

Deus queria agir na vida do seu povo, na

vida daqueles que os subjugariam e na

vida dos habitantes da terra de Canaã. E

naquele momento Abrão não podia

entender o agir e mover de Deus.

O povo ainda era um povo nômade. Não

havia uma identidade clara de quem eles

eram. A cultura ainda não aflorava em

sua mente. Era necessário que a

descendência de Abrão se tornasse forte,

culta, poderosa, rica. Deus agiria durante

400 anos, levando seu povo para a nação

mais poderosa e culta de sua época a fim

de exercer sua bênção, mas também, a

fim de trazer, depois deste longo tempo,

um povo forte capacitado de estabelecer-

se na terra prometida.

O Egito teria que ser subjugado a fim de

que o nome de Deus fosse conhecido e

engrandecido por todas as nações.

Quando Israel saiu do Egito, Deus foi

glorificado no Faraó e em seu exército.

As nações vizinhas temeram. E agora não

era apenas um homem praticamente

desconhecido e que se tornou conhecido

por derrotar uma confederação de reis,

pelo contrário, agora era toda uma nação

sob o poder de Deus que derrotara um

império.

O tempo também era necessário a fim de

que a paciência de Deus fosse exercida, e

que seu juízo também acabasse por

imperar. O povo iníquo ainda não havia

feito a paciência de Deus terminar. O

cálice de sua ira ainda não havia

transbordado. Em Dt 18.9-14 alguns dos

maus costumes destes povos são

descritos: magia, necromancia, sacrifício

humano, feitiçaria, adivinhação,

futorologia. Estas coisas foram proibidas

por Deus porque fizeram estas nações

inimigas se corromper e se destruir

completamente. Deus julgaria estas

nações e os tiraria dali a fim de que seu

povo fosse um povo santo.

Enfim, tanto a nação de Israel, quanto o

lugar precisavam ser devidamente

preparados. E para isso era necessário o

tempo determinado. E lidar com o tempo

é uma das piores coisas. Por vezes somos

preguiçosos, adiamos decisões. Por

outras, ansiosos, não sabemos esperar o

que Deus quer para nossa vida.

Abrão teve que ouvir a resposta: quer

firmar aliança comigo, Abrão? Vou lhe

dizer uma coisa: a promessa se cumprirá,

mas você não vai vê-la. Qual de nós

aceitaria esta resposta? Qual de nós

aceitaria este tempo?

Relembremos que em Deus todas as

coisas estão acontecendo e requer de nós

paciência em esperar o seu moldar

paternal em nossa alma, em nossa vida.

Somos meninos na fé a sermos

trabalhados pelo Pai celestial, a fim de

nos tornarmos adultos em Cristo. Somos

barro nas mãos do oleiro. Precisamos ser

quebrantados. Jesus foi preparar-nos

lugar. Mas, estaremos nós preparados

para ele? O pecado não pode se associar

ao ajuntamento solene. Logo, ele está

transformando você e a mim a fim de que

Ele seja tudo em todos e a fim de que Ele

seja o centro de todas as coisas.

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Portanto, espere também. Espere

esperançoso pela restauração de Deus.

Aparentemente – apenas aparentemente -

a promessa não seria cumprida em

Abrão. Ele descansaria de suas

peregrinações com seus pais nessa terra.

Mas, como pai da fé, ele aguarda o dia da

ressurreição, sabedor, então, que o Deus

que faz a aliança com seu povo e que

prometeu a terra com uma grande nação,

o ressuscitará quando então, realmente,

as promessas do Senhor se cumprirão

para sempre. Portanto, não olhe as

aparências. Não olhe apenas as lutas.

Olhe para aquele que iniciou e

concretizará a obra da redenção em você.

Atente para quem Deus é! Ao aparecer a

Abrão como uma tocha fumegante, Deus

queria mostrar que não abandonaria seu

povo. Lembra-se como Deus se

apresentou ao povo quando estava no

deserto? Como coluna de fogo! Como

uma nuvem! Desde aquele sonho, a

certeza da companhia de Deus foi

transmitida a Abrão. Ele desceria ao

túmulo. Mas, seus filhos não seriam

desamparados. As promessas seriam

cumpridas.

3) A resposta de Deus é concretizada

em Jesus Cristo

A grande resposta de Deus estava

reservada para o final. No momento em

que as densas trevas parecem trazer uma

situação que se tornará ainda pior, Deus

age com sua graça e poder. Quando tudo

parece perdido, o Senhor mostra sua

força diante de nossa fraqueza. Quando

as aves de rapina parecem que

prevalecerão, ele surge vitorioso e nos

concede igual vitória. Os pedaços estão lá

fora. Como saber ao certo onde? As

trevas eram profundas! Não há censo de

direção e certeza de lugares quando tudo

está escuro!

Por isso, Deus surge como um fogareiro

fumegante e como uma tocha de fogo.

Nenhuma treva prevalecerá quando ele

estiver ao nosso lado. Ele será sempre o

nosso guia e proteção. Ele purificará

nosso caminho. Ele espantará as bestas

feras. Ele transformará as densas trevas

em clara luz. Não tema quando eles

parecerem dominar a sua alma e trazer

grande pavor ao seu coração.

Há, contudo, uma lição ainda mais

profunda. O próprio Senhor passa pelos

pedaços dos animais, mostrando que ele

mesmo era o autor do pacto e que juraria

por sua própria vida que não deixaria de

cumpri-lo (como já vimos, na época era

comum as partes que iam entrar em

acordo chamar alguém que fosse mais

importante a fim de atestar a aliança. Se

uma das partes não cumprisse seria

morta, da mesma forma que aqueles

animais).

Porém, neste pacto feito com os homens,

quem poderia ser maior do que o próprio

Deus? Deus mostra que ele dá sua vida

como garantia de que o pacto seria

obedecido. Qual homem pode obedecer

todos os preceitos estabelecidos pelo

Deus Todo-Poderoso? Nenhum. Qual

homem pode pagar com a vida por sua

desobediência? Nenhum.

O grande pavor e as cerradas trevas que

nos envolvem não são o nosso maior

perigo. Mais perigoso do que elas, somos

nós mesmos. Deus, portanto, faz uma

grande e rica promessa. Eu serei seu

escudo, tocha, guia, enfim, o seu

Salvador. Eu o livrarei das trevas e pavor

que o seu próprio coração pecaminoso

cria. Assim, Deus não só cumpre a sua

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parte, como também cumpre a parte que

cabe ao homem através da obediência de

Jesus Cristo. Cristo é aquele que passa

entre os pedaços de carne. É o que

satisfaz a Deus, o Pai. O que pode

representar, perfeitamente, a raça

humana. Aquele que parte seu corpo a

fim de podermos ter vida. O que se faz

maldição pela obediência a fim de que os

desobedientes sejam abençoados e

abençoem todas as nações da terra.

Portanto, olhe a resposta de Deus e

confie. Mesmo que você não entenda,

confie e continue. Espere,

confiantemente, e aceite o que Ele propõe

a você como aquilo que há de melhor.

Ele é o seu Salvador e Redentor para

todo sempre. Amém.