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12/02/14
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Tema: Participação Social – Uma Aproximação Teórica e Conceitual
Professora Ma. Edilene Xavier Rocha Garcia
Objetivos da Aula
• Discutir uma forma específica de participação sociopolítica.
• Os Conselhos Gestores.
Conselhos Gestores
• Canais de participação. • Articulam representantes da população e
membros do poder público. • Em assuntos que dizem repeito à gestão de
bens públicos.
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Conselhos Gestores • São agente de inovação. • Espaços de negociação de conflitos. • Considerados a grande novidade quanto às
políticas públicas neste novo milênio.
Conselhos Gestores
Envolvem: • Participação. • Formas de governo. • Representatividade. • Divisão de poder – local,
regional, nacional e global.
Conselhos Gestores
Envolvem: • Democracia. • Condicionantes políticos e econômicos.
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Para compreendê-los
É necessário: • Inseri-los na análise do desenvolvimento
histórico de algumas formas de participação da sociedade civil.
Para compreendê-los
É necessário: • Entender o lugar atribuído às novas formas
de participação institucionalizadas na relação governo-sociedade.
Gohn(2011) salienta
• Refletir sobre “participação” requer olhar para a História.
• As questões que a envolvem surgem antes da formulação do conceito.
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Gohn(2011) salienta
• A necessidade de inseri-la no processo de democratização da sociedade brasileira.
• O resgate destes processos leva-nos à luta da sociedade por direitos sociais e à cidadania.
Participação
• Gohn (2011) realiza uma análise do tema “Participação” sob três níveis:
• O conceitual. • O político. • E o da prática social.
Participação
• Análise Conceitual: apresenta um alto grau de ambiguidade e varia segundo o paradigma teórico em que se fundamenta.
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Participação • Análise Política: usualmente associada à
processos de democratização, mas também utilizada com uma discurso mistificador em busca de mera integração de indivíduos isolados, resultando em políticas de controle social.
Participação
• Análise da Prática Social: relaciona-se ao processo social propriamente dito.
• Trata das ações concretas engendradas nas lutas, movimentos e organizações visando determinado fim.
• Neste caso é um meio viabilizador fundamental.
Paradigmas sobre a Participação
• Gohn (2011) destaca que há concepções clássicas sobre a “participação” que originaram interpretações e significados distintos.
São elas: • Liberal. • Autoritária. • Revolucionária. • Democrática.
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Concepção Liberal – Gohn(2011)
• Lembrando que Liberalismo assegura a liberdade individual.
• Aqui “participação” objetiva fortalecer a sociedade civil.
• Evitar ingerências do Estado sobre a vida dos indivíduos.
Concepção Liberal – Gohn(2011)
Esta interpretação busca: • Reformar a estrutura da democracia
representativa. • Melhorar a qualidade da democracia nos
marcos das relações • capitalistas.
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Concepção Liberal – Gohn(2011) Esta interpretação busca: • Evitar os obstáculos burocráticos à
participação. • Desestimular a intervenção do Estado. • Ampliar os canais de informações aos cidadãos.
Participação Corporativa - Gohn(2011)
• Deriva da Concepção Liberal. • Entendida como movimento espontâneo dos
indivíduos. • Porém advém da adesão do espírito. • Ou seja, não é proveniente da razão (movida por interesses particulares).
Participação Corporativa - Gohn(2011)
• Sentimento de identidade e “bem comum”. • Articular o processo participativo à existência de
organizações na sociedade. • A questão é: quais os motivos pelos quais as
pessoas participam dessas organizações?
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Participação Comunitária - Gohn(2011)
• Também deriva da Concepção Liberal. • Fortalecimento da sociedade civil. • Integração dos órgãos representativos aos
órgãos deliberativos e administrativos do Estado.
Participação Comunitária - Gohn(2011)
• Historicamente verifica-se que varias propostas elaboradas em especial nos anos 1980, na gestão do PMDB, estruturavam-se nestes pressupostos.
Destaca-se (GOHN, 2011)
• Tanto a Corporativa quanto a Comunitária se alimentam da vertente liberal.
• Nelas a participação é entendida como um movimento espontâneo do individuo.
• Não se colocam as questões das diferenças de classes, raças, etnias etc.
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Concepção Autoritária - Gohn(2011)
• Orientada para a integração e o controle social da sociedade e da política.
• Se dá em regimes autoritários de massa de direita, como o fascismo.
• E de esquerda, como as grandes demonstrações
do regime socialista.
Outras concepções
• Há outras formas de conceber a participação denominando-as de democrá t i cas , revolucionárias e democráticas radicais - que representa a fusão das duas formas anteriores.
Participação Democrática • Tem na soberania popular o princípio regulador. • Aqui a participação ocorre tanto na sociedade civil
(movimentos populares), quanto no plano institucional (instituições formais políticas).
• Opõem-se ao corporativismo e demarca limites entre o a sociedade civil e o sistema político.
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Participação Revolucionária
• A part ic ipação estrutura-se em colet ivos organizados para lutar contra as relações de dominação e pela divisão do poder político.
• Dependendo da conjuntura políticas pode se dar no ordenamento jurídico em vigor (ex: parlamento).
Participação Revolucionária
• O sistema partidário é fundamental. • Tem o papel de formar quadros qualificados nos
espaços citados. • Envolvem ativistas que buscam substituir a
democracia representativa por outro sistema, em
alguns casos denominada “democracia participativa”.
Participação Democrático-radical
• Objetiva fortalecer a sociedade civil para a construção de caminhos que apontem para outra realidade social, sem injustiças, exclusões, desigualdades, discriminações etc.
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Participação Democrático-radical
• Pluralismo. • Partidos políticos e movimentos sociais. • Articula-se com a cidadania. • Divisão de responsabilidades na construção
coletiva.
Participação Democrático-radical
• No Brasil , na última década, várias experiências fundamentaram-se nesta forma de participação. Ex: Orçamento Participativo; diferentes Fóruns de participação popular como da Reforma Urbana, do Meio Ambiente etc.
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Atividade 1
• Sobre a concepção liberal de Participação Social, indique (V) para as afirmações verdadeiras e (F) para as afirmações falsas e assinale abaixo a alternativa correta:
• I. O pluralismo é a marca destaconcepção. ( ) • II. É orientada para a Integração e o controle social da sociedade e da política. ( ) [...]
Atividade 1
• III. Seus teóricos questionam e buscam substituir a democracia representativa por outro sistema político que permita maior envolvimento dos indivíduos na gestão pública. ( )
• IV. Objetiva o fortalecimento da sociedade civil de modo a evitar as ingerências do Estado. ( )
Atividade 2
• Na concepção democrát ico-rad ica l , a participação é vista como possibilidade de criar uma cultura de dividir as responsabilidades no processo político. Neste processo, muitas são as lutas pela sua efetivação dentro do governo. Dentre as quais é possível destacar:
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Atividade 2
• a) Desenvolvimento do ideal da competição dentro da sociedade civil e o respeito às hierarquias no interior do Estado.
• b) Estímulo, de cima para baixo, da promoção de programas que visem diluir os conflitos sociais.
• c) Promoção da integração dos órgãos representativos da sociedade aos órgãos deliberativose administrativos do Estado. [...]
Atividade 2 • d) Constituição de uma linguagem democrática não
excludente nos espaços participativos. O acesso dos cidadãos a todo tipo de informação que lhe diga respeito e o estímulo ao desenvolvimento de meios democráticos de comunicações.
• e) Desenvolvimento do ideal da competição dentro da sociedade civil e o acesso dos cidadãos a todo tipo de infor- mação que lhe diga respeito.
Atividade 3
• As concepções “clássicas” de participação social possuem delimitações bem claras entre si. Identifique as principais características das concepções “ l iberal” e “revolucionária” , destacando como estas características se evidenciam na forma de
organização da participação social em cada caso.
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Finalizando
• A autora salienta que há autores que se recusam a aceitar estas definições polarizadas.
• Pateman (1992) def ine três t ipos de part ic ipação: a pseudopart ic ipação; a participação parcial e a participação total.
Finalizando
• Pseudoparticipação: há somente consulta a um assunto por parte das autoridades.
• Participação parcial: muitos tomam parte no processo, mas só uma parte decide de fato.
• Participação total: cada grupo de indivíduos tem igual influência na decisão final.
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Considerações Finais
• A autora destaca que os Conselhos Gestores representam a possibilidade de ampliação do controle da sociedade sobre o Estado.
• Aler ta para a democrat ização das informações.
Considerações Finais
• Registra a demanda de igualdade de condições à participação para todos os membros dos conselhos.
Reflexão
Toda informação é, de certa forma, uma proposta ou elemento de formulação de propostas. É matéria-prima fundamental da ação política e, portanto, do trabalho cotidiano dos movimentos populares. Betinho