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Anno X Rio de Janeiro, Quarta-feira, 7 de Abril de 191c N. 496 I st^jÕrtKlpÜÇlicI^Õ^rÊtratÕ^de^tÕdÕ^o¦¦¦¦l*a*TlBB MAX MULLER-por A. Rocha t %\%('^\ >. -. ¦¦¦¦\**~J HYftijl tfif r ~|^ ^ *"~^,^^^^^ ,_^^ftl\ ^'"i___#^'jiWF* ' ^"(_7 ^*^^^^^ •^íS^PC*'^^^^.S*^^' ^_*_f_^_^^^^^^_' "*^S. I I J i—P»r^ \ *"Wfc I _l_H^-''_ír*_^f^'' W&ff/¦/^\l^S^V,V^'ss-lfl_BK_*-r_k-¦_-_**r**^_H_Í^ Ufílmm Max e mw/e/ Greener resolveram abandonar a ilha. caso o estado do navio permitisse viaiar< mas a tempestade ha\ ia damnificado muito o casco e o velame, inipossibilirándo-o de emprehénder grandes viagens. A situação dos nossos heróes era das peores. 0 [Continua) Impressa em papel da casa NORDSKOG & C. Christiania Rio "EDACÇÂO E ADMINISTRAÇÃO: RUA 00 OUVIDQR 164 RIO DE JANEIRO Publieb«£o d'© MALHO .liumero avulso, ríOO .réis; aira/ado. 500 réis

st^jÕrtKlpÜÇlicI^Õ^rÊtratÕ^de^tÕdÕ^o¦¦¦¦l*a*TlBBmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1915_00496.pdfAnno X Rio de Janeiro, Quarta-feira, 7 de Abril de 191c N. 496 I st^jÕrtKlpÜÇlicI^Õ^rÊtratÕ^de^tÕdÕ^o¦¦¦¦l*a*TlBB

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Anno X Rio de Janeiro, Quarta-feira, 7 de Abril de 191c N. 496

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MAX MULLER-por A. Rocha t %\% ('^\>. -. ¦¦¦¦ \**~J

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Max e mw/e/ Greener resolveram abandonar a ilha. caso o estado do navio permitisse viaiar<mas a tempestade ha\ ia damnificado muito o casco e o velame, inipossibilirándo-o de emprehéndergrandes viagens. A situação dos nossos heróes era das peores.

0 [Continua)

Impressa em papel da casa NORDSKOG & C. — Christiania — Rio"EDACÇÂO E ADMINISTRAÇÃO: RUA 00 OUVIDQR 164 — RIO DE JANEIRO

Publieb«£o d'© MALHO .liumero avulso, ríOO .réis; aira/ado. 500 réis

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9 OS POMBOS DO REI O TICO-TICO—, __ .—_—

i) Guilherme era um velho viuvo semfilhos e propoz a seu irmão Júlio, que seconservara solteiro, viverem juntos. Eassim fizeram. Infelizmente eram ambosUo teimosos que passavam a vida discu-t>ndo Um dia Guilherme disse :

2) —Hoje vou preparar para o jantar unspombos, cozidos á moda que se usa no paláciodo rei. —Já sei — disse Júlio— São pombos rc-cheiados com azeitonas. — Não senhor—disseGuilherme — São pombos com molho de cebo-lada. — Oraadeusl — exclamou Juiio...

3) .. é lá possível que o rei coma cebolada IAftirmo-lhe que é assim —disse Guilhermeb eu affirmo que nao — teimou Fulio. Etanto teimaram que brigaram e deixaram demorar juntos Desde esse dia cada qual orocurou meios de aborrecer o outro.

4) Como os quinlaes de suas casaseram divididos por um muro, Júlio, umbello dia, mandou um oflicial de justiçaintimar seu irmão para concertar essemuro, aceusando-o de o ter estragado.

b) E tantos processos tiveram umcontra o outro, que nelles gastaram todaa sua fortuna. Um dia chegaram a seatracar no meio da rua, sendo precisoque um transeunte os separasse.

6) A historia tornou-se conhecida cm todaa cidade e toda a gente ria dos dous irmãos.Mas ninguém sabia a causa d'aquella tão longabriga, até que se soube a historia dos pombose tanto se fatiou nisso...

T> ¦ que a historia chegou aos ouvido*do rei e este mandou chamar Guilherme€ Júlio para saber como era aquillo.

Quando o rei soube do que se trata-va.

8) ...desatou a rir.-Voccs são dous bô-bos—disse elle—e fiquem sabendo queeu não como pombos, nem recheiadosnem com molho. Não gosto de pom-bos e nunca os comi.

9) Os dous irmãos voltaram a morarjuntos e quando acaso começavam ateimar, riam logo, recordando:—Lem-bra-te do» pombos -'^ rei •

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2_3à* O TICO-TICO

EXPEDIENTETc?'.X

Preços das assignaturas dos jornaes--*^"Sociedade Anonyma O MALHO"

Capital e Estados

-3CS •*El

_-

S$ooo -c$oooiSSooo 8$ooo2-$000 I2$000

12 3oSooo I5S000Exterior

126

EoSoooooSooo

_5$ooó14$000

3$5006$ooo9S000

II$000

20$<"00I1$0C0

ÀLMAN_cn-D'«0 Malho SSoooAl.MANACll D'a0 TICO-TICOD 0S0OO

Pelo correio mais 5oo rs.

As assignaturas começam cm qualquertempo, mas terminam em Marco, Junho,Setembro e Dezemdro de cada anno. NaoSERÃO ACCEItAS -OR MENOS DE TREZ MEZES.

-HS*-Toda a correspondência, como toda a

remessa de dinheiro, deve ser dirigida aSociedade AnonyMa "O MALHO", Ruado Ouvidor, 164—Rio de Janeiro.

Os retratos publicados no Tico-Tico,só serão devolvidos dentro do prazo de 3mezes, depois de sua publicação ; findo es-te prazo, não serão absolutamente resti-tUÍd *-**-

E' nosso representante exclusivo naAmerica do Norte "A International Ex-porting and Importing Company", ParkRow Building, New York — Ü. S. A.

Ms fições cie Tovô

SUPERSTIÇÕES POPULARES

Meus nctinhgs.:

Não ha paiz que não tenha supersti-ções, e quanto mais primitiva é a raçamais singulares são suas crendices. Masnão ha paiz que tenha superstições tãoestranhas como a índia.

O povo indiaiío acredita numa infira-dade de deuses c gênios, cada qual maisespantoso, e vive convencido de que to-dos os acontecimentos bons ou maus davida dependem d'csses deuses.

Então, em sua estúpida superstição,imaginam cerimonias absolutamentefantásticas para acalmar os deuses.

Pensam elles também que os deusesbons e os deuses maus vivem em guerraconstante, uns perseguindo os homens,outros defendendo-os. Assim, é a luta deRama c Ravana.

Segundo as superstições indianas, Ra-vana era um poderoso demônio, rei dosRaksbasâi, monstros, que comiam gentse viviam na ilha de Ceylão. Ravana eratambém um monstro, pois tinha dez ca-becas, vinte braços o quatro pernas; ti-ilha, porém, obtido de Brahma. o mais

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/- yV_/« rfe Ravana em Agra, ila índia.

Essa é uma das mato enriíias inventados pela swperst:

1:110-ío indiana.

'

poderoso de todos os deuses, força ca-paz de resistir até mesmo aos deuses,que não tinham o direito de o atacar.Por isso, um dia, Ravana levou sua au- Vovôdacia ao ponto de assaltar a montanha de --Kailasa, onde vivia Siva, o deus do fogo.Siva, porém, venceu-o, e outro lioderosodeus chamado Vichnú, tomou a fôrmade um príncipe para castigal-o.

Tomou a fôrma de Rama, filho do reiAyodhya, qHie.cm companhia de sua mu-lher Sita c de Seu irmão Lakshmrra,percorria as florestas, dando combateaos demônios c gênios maus. Ravanaacceítou a luta c, para começal-a, apri-sionou Sita. Rama c seu irmão sahira ma perseguil-o, mas era tal o poder de Ra-vana que elles nada conseguiriam semo concurso de um povo de macacos, c ou-Iro de ureos, que vieram cm seu auxilio.

Todos os annos celebra-se em Agra,cidade próxima de Dclhi (actual capital

-da índia) uma festa, tjue recorda a der-rota do; Ravana.

O demônio é representado por p bo-necó enorme e horrendo, que depois de NoSos iiitcHigente leitor Wéfrlda, 1andar em procissão pelas ruas é incen- do Dr .Walfrvh Silvino dos Maresdiado numa praça publica. Guia, residente em 1'

-'-"*»¦' ' ________!

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TICO-TICOO

-i^âwK_iUG>ic_â^' -¦jr~*w___f__je'- .J_rmm*J_ ^_P___?_l- -fjrvPm lM___lt «_K1 /i#

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/oJo di Sousa Neve*—O torpedo é uratubo cheio de expolsivos, tendo na pontaum deto o faz estourar quando

. e na cauda tuna, (juc o fat caminhar na água.

Alegria— Espirito muito activo e tor-turado não só por uma insaciável curió-sidade como por grande inquietação pelaopinião alheia. Preoccupa-sc muito como que possam d:7cr c pensar a seu respei-to. Gênio impulsivo, ardoroso, que seexalta facilmente. Por emquanto, parece

paz de substituir as falhas de üutrucçãopela facilidade de raciocínio c a intuiçãoadmirável de todas as cousas.

Francisco Gonçalves — Quer dizer nosantipedas do P.raãil? E' o Japão, 2* — Ba-talha decisiva é a que decide uma questão.tf — Mas que moléstias são essas ?

Aurora /»'. Silveira — Não acredite. Sãoíantazias ou espertezas.

Ellcn Silveira — Não. O amidon (euslho) Rcmy não serve para isso. E'

melhor pôr algumas gottas de benjoim na

pouco affcctuos!.,' mas ainda deve mudar agita em que banha o rosto.com a edade.

Santos—Um rapaz casar-sei? 1'.' ntnn loucura. 2r

17

¦;... | .'; me'dade c filho rcrtno

js.ííi Gcrtru-i, de S. í:

CORRESPONDÊNCIA

DR. SABETUDO

Dttrval Passos Mello (Barra Mansa) —E' suspenso estendido c não cnrolando-se.

Maric Rose Alvarenga — Caracter im-pulsivo. pouco reflectido nos sentimentos.Entretanto é intelligente e rcílectc com clr.-reza no que diz respeito a cousas intcllc-ctuacs. Pouco aífectuosa, pelo menos porenquanto.

Herminta Broching — Use um dia simoutro não c sempre depois de ter lavado acabeça.atítósr/ í st _#£__] _x&_\

1-: uma loucura. 2' Ter força.tade e de caracter. Convença-se de

0 é um mal e u:v.a vergonha. To-me Quassia Bromada (remédio dosime-tricô) e nunca durma deitado de costas.Para evitar de modo absoluto essa posi-ção de dormir, amarre sobre o ventreuma toalha, dando um nó bem volumosoatra?. Esse nó impedirá que, mesmo dor-

Deta PeivM—Se apresentamCom vestuário de luxe. in-dispensáveis, a* Nas • condições,sapatos de entrada bai

Argemirj <'. d-< .!.— i o pedeter uma causa: mau fu mamento dosintestinoí e «kss rins. D. tomar laxan-

liureticos c ricidos l.icticos.Maria tosé—Ji lhe respondi, pedindo

Outras inform»N. Saltej —Dcmora-cc muito no ba-

nho ? F, na bkyckttc ? E' claro que todo0 exercício, feito com exaggsro. é preju-

A. Ma, o irulispcnsavcl é, desde já,imroediatamente, tratar de supprimir esseviei) de balançar a cabeça até dormir.Tsso só lhe pódé fazer mal Talvez esteja

. única do incommodo de que.•!CÍxa,EsiC3 suores abundantes duran-

te o somno são symDtoma de fraqucza.Co-me bem ? Tem oppetitc ? Mande essasinformaçõea.

Carmelij Díd—Sun cansa é <;¦não podia acontecer. Ou apanha muito•1, sa cousa na cabeça, oulev e. Mande ex-clicar isso.

Nclsina— As ahvrcitas só se usam cm» mal em usar o csibcllo as-

favorecer seu desenvolvi-mei.' ssetos nobres c ele-vad _osa, mas rauitn ciumenta;

snr levarpor de cólera c ju!;;..r que í uma

quando• m bom coração e é mui-ondu-ir, cem bons modos.'erJh—St não £ rica deve prefe-rio. Mas isso r._o a impedi-

rã de estudar violino, o que será maistagem em su:i carreira. Especial-

nno, só ama aula parti-cular.

£«-.'. -—Mas r.ida posso dizer'larecMiH: I é sua ai-ia saúde?

Car!,: GotibaU*—Não _cr:i ssados cffirmam que

• irado r.bstituc o café. a* Deve i_r.cio.

qiialqincaspa é causada i>or mau funecionamentodos intestinos e dos riu.-. Mas, á vista de

I ;»tado geral, nada se lhe pódc aconsc-1'nar sem exame. Consulte um medico.Em todo o caso, experimente o seguinte:Tome um pur Uno (Água de Ja-nos ouVillacabras), depois, tome diária-mente seis pastilhas de Byolactil. Evitecomer carne, cousas salgadas c apimenta-dos; não beba vinho.

Aida Alves—Todos os dias, pôde irritarr» peite. 3" Para a caspa, lavar a cabeçacom clara de ovo, como se fosse sabão.3' Em primeiro logar, nunca se deve pas-sar no rosto senão a espuma do sabão,depois de a ter batido bem nas mãos. Eujulgo que o melhor é o de Reuter.

Mario Atevcdo — Infelizmente é impôs-sivcl satisfazer seu desejo, porqy.muitos números exgottados. -' — Já pro-videnciei sobre a remessa d'0 Tico-Tico,

Gastão R. Gatto (Guarujá) — Pelo

estudos. Naturalmente o que se dá é issomeu amiguinho estuda sem attenção ousem mcthodo. 2* — Deve dizer : " Sociaes éuma secção do jornal."

Susana Pabrbtg—Porque a fôrma é mui-to semelhante á de ura "pão de assucar".Dá-se esse nome á medida do assucar empedras, que se usa na Europa.

Elvim Judicc (Barra Mansa)—Muitomeiga, affeiçóa-se muito facilmente c dei-xa-sc levar pelos sentimentos com cxaggc-ro. Sentimental, resignada, fácil de con-tentar.

Aluisio Rolim (Recife) — Naturalmen-te. Sem arithmetica c álgebra í impé*ss\clestudar engenharia. 2° — Sardanápalo éum personagem legendário que se diz tersido rei da Assyria, no anno 836, (antesde Christo). A tradição diz que elle ft-ium monstro de crueldade, covardia e mauscostumes.

Aladir Menezes—Deve-se dizer: "Deus

io favoreça". 2o —Com lettra assim, artiíi-

novo Código do Ensino é o_ curso do Co!- d nada se po(!c dizer.legto Pedro II. 2 - CarvJo de madeira. çn,ÍKl1n r»„i_ ÍS Inleg:Salitrc natural.

/.v>' Magalhães (Bahia) — Essas : 1são symptomas de anemia. Só des-

recem com fortificairfcs. 2"—Mas temsaúde ? Qual é sv.a altura. Quanto pesa ?3" — Sua car' bem escripta.

Adelaide da Silva — O primeiro r.ão cnocivo; o segu:.

Paulo ViüarU — Caracter incerto, deentlausiastnos súbitos e desanimo rápido.

rice exaggcrada num rapaz, gostocausas apparatosas c íuteis. Intelli-

gencia notivd, raciocínio \ivo, tnas semíirr.ieza. Apcz.tr do esforço constante cemque apparenta d^-embaraço é ur. tisnido;

111 segurança em 1Ot

— Intelligencia, racios sigi-nação são o essencial de seu caracter, Icerebral. De vis ser t.rriviímentc egoísta,

ivcl e fácil de se affei-coar. Generoso, incapaz d»; fica.- irrpas-sivcl diante du soífrímento alheio ' Mas

Sensibilidade visual; desdeSeu

caracter princ .tlexão que éía c proí' da; i\o, tira

queda c^scr dis-

do.(Casa Branca) —

Mas como se . essa "nervosia"?Tet cia — Conforme. Que sente no es,-

r-ímas.;'.;' _' 3' — Aí-''Hcrcilio Dias — Sem mestre julgo im-

livcl chegar a ítr tach; . —irito autoritário, muito engenhos?, ca-

Solindo Cunha (S. João d'EHUy)—Apólvora conhecida pelos chinezes, desdetempos immemoraveis, foi descoberta naEuropa por um frade allcmão charsiSclnvartz, que morreu na primeira expc-riencia de seu invento. 2° — Pari» que oPolo Norte foi alcançado pelo capitão Ro-berto Pcary, (Xortc-Americaiio), ma •ha d'isso absoluta certeza.

Bcncdicto Oliveira (Barra Funda, S.b) — Acho que seria excedente ;

videneta vender nossos couraçados.A questão é que eu só respondo ao quevale a pena.

João Alvim (Gargaliu') — 36 nm medi-co poderia dizer depois de exame, porqueo tratamento depen 1 dodoente.

Cotir.lui — Mas quem ê ? Deescreve ? Como posso responder sem

u drctimstandas?DR. S»B£TUD0

iW^üílq.i/yi_i)

1 de ti—e

(Desenho de A. I

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3 O TICO-TICO

HISTORIAS E LEGENDAS

O ESPANTALHObistor: i pas fopa,

{•«de é muito commurn o uso de espan-talhos.

Toão da Costa era o solda-dos de roça. Infeliam a a yistaíraca c rúlo via, como se c< >;zcr,um primo adiante do nariz. Essa enfer-midade, 'Ç*°<.. des-

mbBL '^„t_9_r"j *E__ÉÍ_ri_l_ft<' Ju _¦'_Bwè/m<mj MJyi !'¦/ <-. ... _^ _ j_Es4_ê' 19(!i>^(^HBBBaB—' t_uS_r>>ar(MN_VI* •¦'

ii [ITiMI a ¦:: lodtUjj /\>rc<Tí

. A.)érn disso, elle cr:; de uma íci-.cm egual c nunca reconhecia

seus erre:-,. Havia» porém, no mesmo logar em que

idia, um homem ainda mais tei-moso do qt»c cllc; era o tio Joaquim, o

r. Ter isso, quando ss encontra-ra sempre para discutirem sobre

tiquer motivo, c como nem um nemo cedia, *am a um accor-

rancor,nSo se I

¦ «¦

(.• dous ¦ r igomsl o diverti-logarejo, por sua-;

legosregar

- ^.cmcuWvMa milho, - espigas

. madorecer, os pássaro-I -randes estragos, que deso-

m o agricultor, tanto mais quantopés, o q"1

lhe dava a receiar quo tivesse que. . - -¦ prkd ":; os lata-

primeiro cs pássaros —rlle — depois v-

U coTlocou um cspar.talha :, para assustar os passai

lum antigo castello cm nu-Ui perto, uma estatua de pedra:

Bi duvida de algum homem de ermas,Vera ec itrasl I |W*

«?!(

Auxiliado por um empregado, pois o es-tattia era muito ;.csada, tio Joaquimtransportou-a para o meio do campo demilho. Feito isso, coliocou-lhe um deseus chapéus mais velhos c vestiu-a comroupas suas.

Ao anoitecer d'e*se dia, João da Cos-ta estava no botequim com os dous pau-degos que se chamavam Fedro c Ma-nuel, e a conversação cahiu sobre tioToaquim :

Ah !—dizia Fedro—elle passa bem,meu amigo, e apezar da prohibição âogoverno, gosta muito de caçar.

Onde caça elle ? — perguntou Joãoda Costa.

—Ora, Sr. João, não se faça de ínno-cente; o senhor bem o sabe...

João da Costa deu um soco em cimada mesa.

Ah! Elle vai agora pagar-me tudo!Diga-me, onde caça elle ?

—A' noite, no campo de milho, plan-tado expressamente para attrahir os pas-saros.

Olhe—continuou Feuro—va Ia estanoite que, com certeza, o apanhará cmflagrante.

Uma hora depois, tio Joaquim recebiaum bilhete, assim concebido :

"Tio Joaquim—Alguns amigos o pre-vinem de que deve, esta noite, vigiar seucampo de milho, pois OS larápios prepa-ram um assalto".

Ah ! Bem me parecia que não eramso os pastòros, e sim ladrões—murmu-rou tio Joaquim.

Pelas onze horas oa noite, foi vigiar

o campo. A noite estava clara c c campoilluminado pelo luar.

A' meia noite, viu um vulto muito altaque avançava de vagarinlio. Era João daCosta, que vinha prender Joaquim. Desúbito, o soldado viu, um pouco distante,o espantalho, c como via mal, acreditourpie fosse 0 tio Joaquim. Frecipitou-sejpara a estatua de pedra. Do lado oppostoestava o tio Joaquim, escondido entre omilho. Quando reconheceu o soldado, acusto reprimiu o riso. Collocqu-se pordetraz da estatua c esperou.

N'es$a oceasião, o soldado punha amão sobre o hombro do espantalho, di-zendo :

—Estás seguro, meu velho, e d'estavez não escapará?.

Tio Joaquim não podia mais conter oriso

—Vamos—continuava João da Costa,sacudindo a estatua—Ah ! E' assim, des-obedeces... ficas parado ?! Está bem !...Vamos vêr... vou levar-te á força.

Como fazia menção de agarrar o cs-pantalho, Joaquim deu uma gargalhada.—Ah ! Estás rindo ?! Ri da forçaarmada ; vacs aggravar teu caso, meticaro.

Nesse momento, o cacete de Joaquimcahiu sobre as costas de João, mas demodo a não o magtiar.

—Ah ! Ainda reages ?—exclamou osoldado.

E, resolutamente, tomou o espantalhoentre os braços, fazendo esforços paralevantal-o do chão.

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O TICO-TICO 6

' 'f M.: .«.¦ ¦ >H jü-b ' -* ^K^w^

ii/y *ií Moura Brazil, nossa sympathicaamiguinho, residente cm Manaus

Mas o agricultor achou que a brinca-deira já estava passando dos limites.

—Vamos, senhor João da Costa—dis-s^clle—seja rasoavel c deixe o meu es-páhlalho no logar, que muito me custoutrazel-o até aqui.

O soldado virou-se e viu Joaquim de-traz d'elle. Olhou para o espantalho, ccomprehendcu a peça em que cahira.

—Ah ! Os miseráveis quizeram se di-vertír á minha custa, e você, Joaquim, écúmplice.

—Eu ?! Absolutamente, não.—Então, que faz

"aqui a esta hora ?

O agricultor contou a historia do bi-llictc, c acerescentou :

—Tem razão, Sr. João; quizeram rirá nossa custa e, com certeza, os tratan-tes estão aqui perto, para rir de nós.Mas vamos pregar-lhes também um lô-gro. Vou fingir que o espanco, e^o se-iihor grite o mais que puder.—Comprehendo—disse João.

a serenata começou :' —Ai ! Ai ! Tu me matas, patife !...Estou morto... Soccorro !...

—Elles vão se matar—disse Pedro aManuel, pois estavam, com effeito, es-condidos alli perto. — E' preciso sepa-ral-os.

E correram para o campo do combate,afim de separarem os assaltantes, guia-dos apenas pelos gritos, pois a lua se en-cobria.

Quando chegaram ao canto do campo,viram apenas a estatua de pedra. Joa-•quita e João estavam deitados entre omilho.

—Só está um—disse Pedro.—-E' Joaquim—disse o outro, reco-

nhecendo o chapéu.—Então, meu velhoque ha ?—perguntou elle ao espantalho.

Não recebendo resposta, segurou namão da estatua e soltou um grito :

—Manuel ! Eile está morto, foi assas-ginade; sua mão já está tão fria...

—Morto, em pé ?! Estás louco !Mas, ao tocar na mão da estatua re-

çuou.—As cousas se complicam !—excla-

tua ram juntos.E já se apromptavam para fugir,

?•* ^ÊAmmm wikiÊÈÊ

- -c. ¦

Mm' jÉMÉÂ ¦' W&' • vSBj

Nt tsrion Hcrnandcs França, Nirwlia Ilcr-:z França c Nelson Hernandes

França, leitores e amigos do ".Tico-Ti-residentes nesta capital.

quando João c Joaquim surgiram dianted 'elles, segurando-os.

•—Soldado—disse o agricultor—faça oseu dever.

—Sim—disse João da Costa—dous la-rapios, em cumplicidade, á noite numcampo alheio.

—Provarei com o bilhete—disse Joa-qtiim—que o assalto foi premeditado.

Pedro e Manuel não riram mais.Olha-vam a estatua e pareciam petrificados,como ella.

—Quando se collocam armadilhas oulaços, é preciso ser bastante esperto paranão cahir nellas, antes da caça—disseentão o soldado, rindo, para que compre-hendessem a pilhéria.

Gida 5oeial InfantilANXIVERSARIOS

Cândido Araújo, amigo deresidente nesta c

tteo \ co eIpitQl

Walter de Bittencourt Pa;-',;os, residentena Bahia e filho do alícrc: I^jlcaS A. deFigueiredo Passos.

Completou 2 annos de edade a 20do mez passado nosso futuro leitorWalter, irmão do nosso r.migo SolindoCunha e filho do Sr. João Lourcnço daCunha, residente em S. Joio d'El-R< ;-.Nosso collaborador Hirata Ferrei-ra, residente nesta capital, *fcz annos a29 do mez passado.Mais um anniversario naíalício com-plelou a 3 do corrente mez o assíduo lei*tòr ú'0 Tico-Tico, Aluizi: Rolim, resi--dente em Pernambuco.

Judith Castilho, rcsideüie nesta cá-pital^fcz annos a 27 de Março passado.Paulo de Azevedo Martins, intelli-gente alumno da 3a Escola do Çj" districto,completou seu 9" aniiiversaxio a 27 domez passado.A 30 de Marco fez mais um annode edade a gentil Odette Augustr* Vieira,applicada alumna da Escola Modelo "Gon-çalves Dias", c filha do mpioVieira.NASCIMENTOS

O lar do Sr. Joaquim Pereira Campos ede sua esposa D. Judith Fischcr GamboaCampos, filha do Sr. Manuel JoaquimGamboa, foi enriquecido ha dias com onascimento de uma interessante menina.RECEBEMOS E AGRADECEMOS

Beb.ê — Interessante livro de poesias in-fantis, da auetoria de Dantaí Sessa, cominnumcras illustrações de Belmíro. Bebêestá inagnificamente impresso c contémas mais lindas gravuras, incito nítidas.

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mica. foi a 5 do corrente distribuído. Coma collaboração de professores eminentesc impressa em papel magnífico, Â VidaAcademia vae, assim adquirindo a prefe-ferencia da classe acadêmica cru geral.Rodolpho Ramos de Brito c Genesio Pi-tanga Filho,são os scih Forçados di-rectores.

Borzeguins, sapa-tos e botinas depellica amarella,formato america-

IVaHcr no, para homem —'artigo de 20$000 nas casas do centre

A 14 do corrente completa mais um da cidade:— 120, Avenida ' -sosanniversario natalicip. o nosso amiguinho íCasa Guiomar).

10SMM

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O ELEPHANTE E O BURRO(O espirito vence a, pretençào)

—— 7ftXtW Jy$ /7*

i) Andava o Burro muito janota, querendo fazer espi-rito de tudo e do todos e muito convencido de sua supenon-¦lide. Na mesma oceasião, na rua, passava um ülepnanteadoentado.

2) Alii o Burro tornou-se ainda maia orguKi_sa. Decidi-damenle, diante d'este Elephante enferme, elle Burro nãopedia deixar de ser um grande, um sábio...

•aaMaaaaBaw'»

^^^"^^«yy^w^ AsÊ-g

«V ...e dirigiu-se ao Elephante para fazer graçolas : —Então, camarada Elephante, muito doente e arrebentado, nao

V-. — Náo tanto quanto te parece, — disse o Elephante,

— vivo melhor do que tu'.

4) :—Tem graça — disse o Burro,: — Não tem graça, mas é verdade. Uma causa c vivei

e outra é pensar que se vive, cosa? to. Quanto á minhaquebradeira, posso até pagar-te alguma cousa, se qtrizeres...

^Nv^^u-=rl hg^i_t_fl1g__IITr— ÇSÜDi\

O O Burro accetou e entraram numa confeitaria —O Ekphante disse en?.:-Pago tudo, mas quem escolheS°"

O bSS 2c°ordou e entraram fi procura de uma mesa.

6) O Elephante mandou vir tira reíre.co e toni-U--- chu-psiirlo pela tromba. Isto era unia cousa que o Borro i;-podia fazer e teve que assistir de !**,::. :' víct-ria âo íw.qr.e confundira suas pretenções

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O TICO-TICO

Um frasco dura WM „» m _l.fi.l_ ^^ÊÊÊÊ^ÊÊÊÊÊ

"•••---li ífl n nliPllfl •¦•*.*•-*-^^5^5__5-:_-5_S^

garias e perfuma- :.|É| -, ,nas.Tidaaaamo. Wm £ incontestavelmente oSS £ m ¦¦»" PWí"ch Pjra forli-«'7i/_ra^„3Co~ fMl ficar o couro cabelludo 8*

__^fípl____ •¦ftów o cabello

/^TP__íívv__ííW_

<§£aioIa 3'# ^Fico-^FieoLuiza Castello—Pódc, sim.João Baptista — Não foi ainda possivel, mas previamenteapsarecerão.Ctlia Guimarães —Já tratámos de tal assumpto tíO

Tico-Tico. Agora não é mais possível.João Lima Menezes — Publicaremos com muito prazersen retrato; infelizmente, não dá reproducção.F.rnani Figueiredo Júnior—Vamos providenciar.J. Bragança —Se;i pedido será attendido.Theophanes Monteiro — Não temos tal romance, dirija-se ú livraria Alves ou Quaresma.Manuel G. da Motta — O retrato de que nos falia será

publicado brevemente.Francisco Marques (.'.;. Santos— De facto, houve eoga-y>; verificámos que Miblicado no u. 404, era desüa autoria.Fernando D. de Carvalh:— Estamos seientes.Recebemos o vão ser examinados os seguintes trabalhos :CoMPOSiçõss. CONTO! díscRipçóes : —"Manuel", por

Vi1-1''"'. JAFtôrcs; "A amizade", de Solindo Cunha; "A,

íiorc-s , O akooKsmo", "A situação do Brazil" e a "Guer-• .'.' uyuCidc Almeida; "Prece á Allemanha", de Ma-na Celeste; Ao Tico-Tico", de Célia Guimarães c '•Deus",

por ü.carmo do Nascimento.AcRorrços ií akecdoctÃs r. ¦ :-Jandyra de Oliveira. O.

§__P™t_ ^_ /ar.°s d= Paiva> ****-«» Marqr.es do,.San .,> Martha de Alvarenga Leite, Justuu. de Queiroz, La. -ro de Souza c Mana Arruda Ferreirah, rS^fS-1"^^ Vei*a' A- Guenasa, Jaiza Pin-Gaspar, Bem,amm Pesset, VValfrido Bruno Trindade.Octavio Nery, C. Campos, Filoco Cunha, Deraldo Dias de< Hivcira e Santinha R. de Gusmão

Perguntas di. :-Nair Viraes de Oliveira, João D. Car-yalho Jumor, Letacio Jansen, Castorina Alves Durão, Aristo-Godofredo dAe Silva, João' Baptista Leite, Jandyrr,<h Castro Frrtz, Pado Ramos de Paiva, Geraldo PereiraCotta, José Soares de Sa, Jatidyra Gomes, Fernando Bal-ialai Pereira, Francisco Marques dos Santos, Manuel LubPereira, Manuel Soares, A. ds Souza Lopes, Carlos de Oli-veirr. ç Nc.son de Castro Carolto,

AVISOOS RETRATOS PUBLICADOS NO "TICO-TICO"

SO' SERÃO ENTREGUES DENTRO DO PRAZO DETREZ MEZES, A CONTAR DO DIA DE SUA PUBLI-

r.^?.. T2S.ENH0S S0" SERÃO PUBLICADOS, QUAN-DO FEITOS A TINTA NANKIN OU BE.M VERMELHAPORQUE DO CONTRARIO NAO DAO REPRODUCÇÃO

- ^£____________________B1- __-_-___ ____ .*¦ mm\ B_£_P* ..-___¦^^^^^¦'f-_F ^ ví i&

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_"• ladino e RomrUa, galar,ilhirihos do Dr. Armno Liniz.

Nosso interessante ami-guinhô St liaoux Sam-raio, residente cmNicthe-roj e que nos enviou o seuretrato com o seguinteversinho :

Ku tenho apenas 3 anuas.Mas nem por isso sou toloPois imito bem o Chiqui-

nhoApesar de apanhar bolo.

_L________S_R* * !S*!«k_ ______rT_Tr^ *¦ *wM|

______&¦_'~' vjS_1____*H

an _Ri

Alice.travessa Jllhhiha do Sr.A'. Comes de Oliveira c D. Oco-linda R. O. de Oliveira, resi-dentes em S. Paulo.

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HA _2SCO:_,__O mestre : — O nosso primeiro alimento é o pão.Carlinhos : —Não é sen mestre ; em casa na janta, o nos

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9 O TICO-TICO

JESUS NO PRETORIOíxiterxn sílío dramático, em vaca. acto, éxtr^liid.© d*«A. He«

liqíúia* de Uça d© Qu.eirosPor Armando B de Souza e Silva.

(CONCLUSÃO)— Tirai* «ntãd- «feste mündò! Crucifí* Sarêas, aitivonienie para o tribuno-

cai-o Cruciíicai-o Vai dizer ao Pretor que alguns da na-' (Pifóíw 3»iV com o boKegfíin sobre ção de Israel, á porta do Palácio de seus

mármore. Qs lideres erguei:: ao ar as pais, o esperam para pedir-lhe justiça.varas rematadas com figuras de águias. (Segue-se um silencio cheio de anexe-escriba grito com voz estridente c domina- dade. Em seguida, apparecem dous li-dora o nome de Caio Tibério César c lo- dores t logo após Poncio Pilotos, ro-no cs braças frementes se abaixam c ha dcaclo de guardas. Caminha a passos lar-como um Urror diante da maaestade do g0S) com a vasta toga apanhada contrapovo romano). o peito. Todas as cabeças se curvam c

Phatos iconiitíuando lento c vago) saMam o Procurador da Judéa. PilotosDizes então, que és rti e.. E que vens feastume seu logar no Prctorio c sen-

fazer aquii ia-se).Jesus {d&am passo pare o pretor. Sua crpVA TTTsandália Pousa fortemente sebre as lages, fcUüNA m

como paraiemar posse suprema de tom.a p1IA1.0S estendendo o braço com umterra. E no meio do mais absoluto silcii- „ (fe:—Que a paz seja com-cio, sahm estas palavras fulgurantes): 9CS!° •

£ palavras... Fallai!Eu vim a este mundo testemunhar ^^^^dkmtà-se e colloca-se diar,

verdade» Quem de;sçjar-a verdade quem > fl /fl„ , ^^quwer conhecel-a, tem dc escutai a minna ,_

líí(í_clarjâsi_10 Poncio! Em ver-"Ip^lat^oZ^oum'mometeo, como dade os nossos corações estão cheios deas mb^a: em

"fedida, 'fica Pensativo; faz c

^J^^J^TJSSírl-h,,;* rysJh? oi hombros apanha vagara- levantar questões, que possam ameaçarsA AããvastAga d^cces àeTwts:* paz que o povo judeu gosa, desde queáol&^al precedidos liclores, segui- as azas victonosas à*jsw» romanasdo dcAssAor penetra no falado pela pousaram na. torre Antoma; tambem nao

fofai Aumenta,por entre 0 rumor das é nosso intuito perturbar a serenidade<AwsdATeoionârios que o saaudam, ba- dc teu coração ou impor unar-te comtnlo-cot Tíenos das lanças no bronze questões vãs Mas tendo Jü, Pretor,dos escudos Ho um momento cie estufe- deixado o Pretono sem confirmares ouAeçãcAn ioda a assembléa.) annullarcs a sentença do Sanhedr.m, que

g"d (boráo Publico, erguendo os bra- tondemnou Jesus a morte, nos encon-'res'triuriPhant4) - O pretor é justo: tramos na situação do homem que ve aliberta or Si. «va na vinha suspensa sem seccar e sem

c ~t* v a tt amadurecer.bv.i3.NA ii Pilaxos, volta-se cem mais attenção

ttíitfánie toda a scena freccdcnlc, para Sarêas c faüa pela primeira vej,Rcki-Robam e Manasses conservaram- mostrando um cerro intcresse-Ka in-M sentados no banco collocado 6 direi- terroguei cuidadosamente vosso preso _etr, ri Veiado- seottindo com intcrcs- com sinceridade vos declaro que naoS as Ac^aAcripe^ic, úesenro- achei nelle culpa* ^ como ProcuradorlAaAAando entre si' comentários da Judéa e, portanto, . representante do

S outros animados, segundo as César Romano, eu seja obrigado a pti-ctaAorda, Depois da pkasc final do rir. Herodes Antippas, que e prudentet AoAoA quínio Pilctcs desceu da e forte, que conhece e pratica a vossaA, catkha AAos dons conservaram- Lei e ora no vosso Templo, .nterrogou-o

Te em conv^sàiSUà muita animada, tambem e nenhuma culpa nele encon-« em conversa:'"»_*" últimos trou Veio que esse Rabbi diz apenas

Stto « A Al co™as\ncohcrcntes, como os_ nue faliam-A tAoSauAá j--. rimo- cm sonhos. Mas suas mãos estão purasPs?do

b ancoZ íi i >os senta- de sangue, «em eu ouvi que escal lasse o"osfallando e gestie. arêás em muro de seu v.zmho. Kabbi e apenas um

-',- /.,;>-- /!•>< ~« eme o visionário.^^ bai..„ o..: .sq.uoj ... (Ha por lodo o povo um sombrio

Smíjí!? fiara íuíí>üí-a<. :.'(?,.'! —. omíui \l*<* f? , « . „n , Uí',ri ¦ .,, ,.,-„ .-.,«.- an murmúrio: Iodos, tnclustve Sarêas, re-Robam, e necessário que --• «J c" n„h!,s vs-w Um r,-., f^t*Pretor c salvar -lossa I.ei. (Dc povo le- citdm. So Raboi-xu-L-am pia em frenteva2-sc um%o)Tbr s os ao Pretono ,facc a face eom o Pro-

.,. 7,r,„it erguendo a mao pa,a o Hoçonsul—Ox-#?„£}.,

'. . . ¦:•. .-, hoio íicial de César! Poncio muito justo eRabb^RoUmJevanta- o povo, i d ^ chPrestes a cumPnr sua vontade) Sario, ha annos que offendc todas;,° ffi; STS ito™ af nossas' leis e blasphema nosso Deus.-Rabbi to c» justo, ,,. â

prendemos nós? Quando¦-, ^ to do Senho, -o3trouxemos nós? Somente -quando O

VAAA^Adltt cu**m dZntc vimos entrar em.tnumpho pela Porta.'v; ," }?*• ,tJ ,- '..í^o do Ouro, acclamaüo como rei da Ju-te gesto. DePpi, dandoJ bracoj J?a>

_,or^uc a j„déa não tem outro reiSSíTS^JR U5S senão Tibério: e apenas um sfcso''Y ae íearo' °™fr ..,.,,' i0 se proc ama em revolta contra César,

í^íto^ pIAAcoZ apisamo-nes a castigal-o. Assim £

«firfí 5ítoí«?Wfl ff«rf*« ÍC* «mos nós que nao temos mandado de«uu ?<a waj «/« ivny. Cegarj nem cotramos de seu erano.: «

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14 J

Nosso assignante Edgard, por oecasiãode sua primeira communhão. E' filho doSr. Rutilio de Alcântara Tavóira, esti-vtodo commcrciante cm Maceió.

tu, official de César, não queres que sejacastigado um rebelde contra teu amo?

Poncio Phatos, á proporção queRabbi-Robbam falia, inequívocos signaesde impaciência, que pouco a pouco sevão tornando em cólera violenta, pintam-se no semblante do Pretor. Sua physio-tiomia transforma-se visivelmente. Quan-do Rabbi-Robbam acaba de fallar, elleexclama desabridamente, meio erguido,batendo violentamente com as mãos nosbraços de sita cadeira curu!—Cessai! Osprocuradores de César não vêm apren-der a uma colônia barbara da Ásia seusdeveres para com César.

Rabbi-Robaji, prosegne com a mesmacalma com que dantes fallava, completa-mente indifferentc á ira de Poncio —Que faria o Procurador dc César, emAlexandria, se um visionário descesse deBubaste, proclamando-se rei do Egypto?O que tu não queres fazer nesta terrabarbara da Ásia! Teu amo dá-te a guar-dar_ uma vinha e tu deixas que entremoutros vindimadores nella e a vindi-mem? Para que estás então na Judéa?Para que está a sexta legião na torreAntonia? Mas nosso espirito é claro enossa voz é clara e alta bastante, Pon-cio, para que César a ouça!

Poncio, com os olhos faiscantes, era-zados naquclle judeu, que o vai astuta-mente enlaçando, exclama indignado —Eu não receio vossas intrigas! Elius"V anima é meu amigo c Ccsàr conhece-me bem!

Rabbi-Robam, continuando com amesma calma anterior — Oh! Poncio!Tu vês o que- não está cm nossos cora-çõe e nossos pensamentos, e entendes oque nossas palavras não significam. Nós,porém, distinguimos perfeitamente o quese oceulta cm teu espirito. Que te im-porta a ti, o todo poderoso e forte Pro-cônsul da Judéa, a vida ou a morte deum vagabundo da Galiléa? Se tu nãoqueres, como dizes, vingar os deuses, cuja

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O TICO-TICO IO

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Manuel Santas, amigo e leitor d'"0 Tico-Tico", residente nesta capital

divindade tu, não respeitas, como podesquerer salvar um prophcta, em cujas pro-phecias não crês? Tua malícia é outra,romano. O que tu queres, o que mais ai-nu jas no recesso de teu coração é a des-truição de Judál...

(Um violento movimento de indigna-cão abala todo o povo, que se agita cmurmura colérico).

Rabbi-Robam, continuando com maisserenidade c lentidão—Tu queres deixarimpune o homem que pregou a insurrei-

. dedarando-sc rei numa provínciade César, para' tentar, pela impunidade,i urras ambições mais fortes e levar ou-iro Judas de Gamala a atacar as guar-nições 'a Samaria! Assim prepararia um

texto para abater sobre nós a espadaimperial e inteiramente apagar a vidanacional da Judéa. Tu queres uma re-\o!ta para a afogares em sangue e apre-sentares-te a César comor

"soldado vi-

ctoriosó, administrador sábio, digno deuma mais rica província ou de um go-verno da Itália 1 E' a isso que chamas afí, romano ? Eu não estive em Roma,mas sei que a isso se chama fé punica...Não nos supponhas, porém, tão simplescomo os pastores da Idoméa! Nós esta-mos em paz com César c cumprimosnosso dever, condemuando o homemque se revoltou contra César... Tu nãoqueres cumprir o teu, confirmando essacondemnação? Bem! Mandaremos emis-.•::irios a Roma, levando nossa sentençae tua recusa; c tendo salvaguardado pe-rante César nossa responsabilidade, mos-traremos a César como procede na Ju-déa, aquelle que representa a lei do Im-periol... E agora Pretor, podes voltarbo Palácio. .

Sarêas, grilando ironicamente paraPretor—-E lembra-te dos escudos vo-

tivos. Talvez novamente vejas a quem Ce-sar dá razão.

(Emquanto foliava Rabbi-Robam, oPretor o ouvia meditando e presa devisível perturbação. Conhecendo o cara-

, ter de Tiberio, sabia que conseqüênciaspoderiam resultar de sua attiíudc).

PoNCio Pilatos., levanta-se de suanideira, abre os_ braços cm um gestotoncilialorio e diei—Ha sete annos quegoverno a Judéa. Já alguma vez me en-contrastes injusto ou infiel ás promes-

juradas? De certo vossas ameaçasí.ão me movem... César conhece-mebem.. Mas entre nós, para proveito deCésar, não deve haver' desaccôrdo. Sem-pre vos fiz concessões! Mais que r.en-

um outro Procurador, <iesde Copomio-,tenho respeitado vossas LdsL.. Quando

vieram os dous homens de Samaria, pol-luir nosso Templo, não os fiz suppliciar?Entre nós não deve haver dissenções oupalavras amargas...

(Pilaios cala-se. Parece ter Um mo-mento da hesitação.. Faz a uni legionarioum àequeuo gesto e clle lha traz uma ba-cia com ergua, na qual o Pretor lava asmãos).

PilaTos—Quercis a vida d'esse visio-r.ario? (Designando Jesus com um ges-to) Que mé mporta ? Tomai-a... Nãovos basta a ílagellação? Quercis, a cruz?Crucifieai-o... Em todo o caso declinode toda a responsabilidade da morte d'es-se Rabbi c nem sou eu quem derrama seusangue!...

Sardas—Somos nós que derramamossangue e que clle caia sobre nossas

cabeças e de nossos filhos!(Passa por todo o povo um estreme-

cimento de terror. Muitos levantam acabeça como já esperando a descida deum castigo. Outros rodeiam Rabbi-Ro-bani, cuja túnica beijam).

Poxcio Pilatos, apontando império-somente o arco que communica com osjardins interiores—Agora ide!...

Raei-Robam, inclinando-se profunda-damente diante de Pilatos; cm seguidaexclama—Antes soffra um só homem doque um povo inteiro!

Rabbi-Robam', encaminha-se para sa-hir. Soldados do Templo rodeiam Jesuse o mandam caminhar. Jesus obedece. Opovo retira-se lentamente).

SCENA IV

(Emquanto sahe o povo, Pilaios con-serva-se de pé sobre seu ürelorio,Quando todos se retiram, cila deixa-secahir pesadamente sobre sua curul, comovencido pelo seu acabrunliainento. Haum instante de silencio; durante o qual,o Procoiisul, com o olhar fixo em umponto, parece presa da mais profunda edolorosa meditação).

Poxcio Pilatos, sentado e foliandocomsigo mesmo—Aqui está a que ficoureduzida a primeira autoridade da Ju-déa !Nem meus lictores, nem meus ser-vos, nem mesmo a legião que tenho sobminhas ordens, me livraram de ser co-lhido nas malhas capiciosas d'estcs as-tutos judeus! Raça de viboras! Ellcsque detestam César, como detestam tudoque é romano, afivellam a mascara deum grande zelo, para usarem a lei ro-mana cm serviços de seus ódios contraum pobre Rabbi, inoffcnsivo e sonha-dor, que lhes ataca os privilégios c denuncia os abusos. (Com desespero le-vando as mãos á cabeça) E eu, eu quetodos julgam o poderoso Procurador daJudéa, não pude arrancar ás mãos d'essavil gentalha o pobre Rabbi, indefeso e pa-cifico. Mas... porque não o salvei? E seo tentasse ainda? Seria ainda a tempo?(Com cnthusiasmo) E se eu dissesse queeu o queria salvar c ar.nullasse a cobar-de sentença? O que poderiam fazer essesimbecis Doutores da Lei ? Talvez excitas-í.cm o povo á revolta!... Sim; sem duvi-da; fariam isso. (Alegrando-sc) Mas euos reprimiria. Eu levaria o Rabbi parapól-o em segurança na Torre Antouia, elançaria«conlra essa. plebe immunda, meusvalentes soldados da sexta legião. Mas...que pensaria Tiberio? (Tapa os olhos evolta a cabeça com um gesto da horror)Ah! Esse é a víbora das viboras! Contraesse eu nada poderia; não poderia evitarsua cólera nem d'clla occulíarni-me, cmqualquer parte, pois o mundo todo lhepertence. (Deixa cahir a cabeça desani-

Que eu próprio não me en-

gane! Nada resta a fazer; tudo já estáfeito. Mas que dirá de mim ura dia a His-toria? Que pensará a posteridade quan-do esta sinistra tragédia fôr conhecidaem toda a sua hediondez?... Dirá... sim,dirá, que sou um criminoso e terá razão.Triste dilemma: ou sacrificar o Rabbi aoódio dos Doutores, ou saersficar-mc amim próprio á desconfiança de Tiberio.Sim! Seu criminoso é certo; mas essepevo miserável que me arrasta ao 'rime;esse povo -i> encafãiça con-tra um indefeso Rabbi e tão cruelmente osacrifica; esse povo ha de ícr contra sia justiça das coesas e as maldições daHisteria—e um dia, errante pelo mundo,sem pátria, sem família, ser;: lingua, semtradições' c sem repouso, i ütd vel-mente gravado na fronte c estygma dosríprobos.E^c existií Fãcío, esse Deus.de quem o Ra r filftT) düecto? Kse esse Deus fosse Poderoso? l.Ue seriaEterno c sua cólera também seria e então-não serei eu o único castigado. Esse Tem-pio orgulhoso que enche a cidade; essesDoutores que enchem esse Templo; essepovo ignóbil que povoa essas ruas c quemsabe oh ! Potestades ! esse Império romã-no que atravanca o mundo, tudo será fer-to pó.diante da Divina Justiça e do Eterno,Esplendor da Verdade. Os Césares orgu-lhosos, que reinam em Roma, perecem,porque representam apenas a força fiiatc-rial do Impcrio. Mas se, de facto, esseRabbi representa uma idéia nova—quempôde dizer se ella um dia não será vieto-riosa e não dominará trramphanteménte omundo? (Levanta-se e com o punho fe-chado ameaça Jerusalém) Então infamecidade, lu também soffrerás seu domínioirresistível. Então tu também serás ven-cida pela força sagrada d'essa força lu-minosa! Eu serei criminoso como tu porter escutado a ambição em atara consciência! Mas dê nosso crime com-r.ium resultará para o inunde (Com trans-porte como se tivesse uma visão) para ouniverso inteiro, uma verdade luminosa:—é que csscRabli morrendo, matou atua Lei c, mais ainda, que er.i verdade Jc-sus de Nazareth foi Rei dos Judeus e doalto de seu throno, isto é, de sua cruz, liade governar 05 homens, as rações c osséculos.

(Pilaios cala-se; deixa-se ficar immo-vcl como immerso em pro] ir—cs olhos fixas num pqjilo).

O r.\N>

Nosso constante leitor Antônio MafràRibeiro, com 11 annos de edade, resi-dente em S. /

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11 O TICO-TICO

SPORTS TO'O "TICO-TICOÓrgão offlcial da Liga Infantil de Sporfs flfhleficos

»>

CAMPEONATO INFANTIL DE FOOT-BALL PARA 1915

FOOT-BALL

GRANDE FESTIVAL SPORTIVONO GROUND DO CARIOCA F.CLUB

Está definitivamente assentado serlevada á effeito no dia 21 de Abril vin-douro, no gromid do Carioca F. Club,á Estrada D. Castorina, um grandioso"match" entre os "teams" do Boquei-rão F. Club, "versus" Sport Club Bra-zil. da 3" divisão da Liga Metropoli-tana.

Haverá antes uma prova pedestre, nadistancia de 3.000 metros, sendo offe--recidos aos vencedores medalhas de pra-ta e bronze.

Servirá de "referée" nesta festa oSr. Antônio Skibin e juizes nas provaspedestres os Srs.: Octacilio Machado,Carlos Rubens, jayme Araujo e MurilloSoares.

Magno P. C u versus" Delcastilho F. C.

Com uma numerosa assistência, reali-sou-se o esperado encontro dos dousclubs, supra-citados, servindo como'Te-ferée" dos primeiros

"teams" o Sr. Car-los Ribeiro, do Cascadura F. C.

D'este encontro sahiu vencedor o Ma-gno F. C. nos primeiros

"teams pelo"score" de 3 a 1 e nos segundos ven-ficou-se um bello empate de 2 a 2.

Sol do Sul America Foot-Ball C. "verr

sus" Sport Modelo F. B. C.

Rculizou-se domingo, 28 do corrente,um "match" entre as "equipes acima.

A victoria coube ao Sol do Sul Ame-rica. que já vai se distinguindo comgrande satisfação de seus associados. _

Tanto o 1" como o 2» "teams saoformados por jogadores exímios dos

qitaes se salientam mais: no primeiro'•team" os "players" e no 2" o "goa!-

k°il° "team" do Sol do Sul America

F. B. C.— (verde-branco) vencedor :

BraziÜnoFerreira — Motta

Francisco - Antônio I -,™"Antônio II - Teixeira - Trancoso

Sebastião — Siqueira

1° "team" do S. Modelo F. B. C:Melchiades

Ferreira - GuimarãesAntônio - Necker - Galhano

Julião- Carvalho ^^Souza - Ej-

Serviu de "referée" o Sr. Bolívar

^"ceam" do Sol do America V.B.C.:Martins .

Zachrfi.-Wol-^Ozono - ,Souza __ j

Fromattq-- Pedro ^ Bezerr^ ^^

Dei Castilho "versus" Sport ClubTamandaré

Realisou-se no domingo, 21, próximopassado, perante numerosa assistência,o esperado mátch-training entre essesdous gloriosos clubs.

O jogo, que foi cheio de lances emo-cionantes, terminou com a victoria doDel Castilho, nos primeiros teams, por3 a o, e nos segundos o S. C. Taman-daré, por 3 a 1.

Os teãms do Del Castilho estavamassim constituídos:

Primeiro:Ernesto

Chiba — J. CrioloRuy — Gastão — Joaquim

Nicola — Armandino — Gimy — Bar-radas — Norberto

Segundo:Rufino — Adindo — Carlos — A. Mar-

quês — AgostinhoAntônio — João — M. Rocha

Martins — J. FirminoGimy II

Os goals do Del Castilho foram con-quistados no segundo meio tempo. Oprimeiro, marcado por Gimy, que, comum violento shoot, vasou o goal adver-sario; o segundo foi marcado aindapor Gimy; o terceiro foi marcado porBarradas, de uma bella escapada.

Houve lindas defesas de ambos oslados.

Serviu de referee, nos primeirosteams, o Sr. Edzmo da Silveira Netto,captain do Del Castilho; e nos segun-dos teams um sócio do S. C. Taman-daré. Foram correctos.

Salientaram-se pelo Del Castilho ogoal-kceper Ernesto, Gimy, Ruy, J.Firmino e Barradas. ¦

Pelo S. C. Tamandaré são todos di-gnos de elogios, não só pelo jogo comopeto seu comportamento.

O primeiro "match" de campeonato da

Associação Paulista de Sports Athlc-ticos.Realisou-se domingo ultimo, no Ve-

lodfomo, o primeiro matcli de campeo-nato da Associação Paulista de SportsAthleticos.

O Velodromo esteve repleto, tendo jo-o-ado o Palmeiras contra o WanderersF. B. C, sahindo vencedor o Palmewras por três goals contra dous.

O jogo correu animadíssimo c tevepuútas phases interessantes.

No domingo próximo jogará o Pai-tneiras contra o Paulistano.

O "maich-training" America — Fia-mengo — O America foi vencedor,por 5 "goals" contra 1 do Fia-mengo.Realisou-se domingo ultimo, no campo

do America F. Ç., um "match" amisto.-

so entre aquellas fortes "equipes" fi-liadas á Liga Metropolitana.

Os "teams", embora desfalcados,desenvolveram um jogo bastante ani-mado. Os "torcedores", que lá appa-receram em grande numero não se can-çaram de gritar pelos jogadores do clubpreferido, pois tomaram parte no"match" players" da força de Parra,Ojeda, Gallo, Couto, Riemer, Baena,Haroldo, Jonathas, etc.

O jogo correu assim:Primeiro "half-time":Flamengo, 1 "goal"..America, o.Segundo "half-time".:America, 5 "goals".Flamengo, 1 "goal".Houve um encontro entre òs segun-

dos "teams", vencendo ainda o Ame-rica, por 3 a 1.

Cymnasio Anglo Brasileiro — Liga dosMenores

Os "teams" estão assim orgamsa-dos:

Verde :Araujo

C. Mayrink — NestorGallego — Antenor (cap.) — Alcasaz

Monteiro — Segismundo — Fred. —Darke — Caneco

Amarello:Ramos

Hugo — AllemãoAddor — Caldas (cap.) .—Periquito

Pato — Batuta — C. Rodrgues —Parafusio — Diniz

Azul ."Fraga

Raphael BragaJayme — Mauricio (cap.) — Ma-

chadaAzambuja —• Pereira II — C. Fortes

r— Pacheco II — VictorVermelho:

VilmarMagalhães — Ladeira

Allan — Ponce (cap.) — AssisLudolf. •— Suisso II — Üino — Co-

chudo — Fortes„ O "match" da Liga ficou assim or-ganisado*

Fraga(A. F. C.)

Antenor — Dino(V. F. C.) (V. F. C.)

Mauricio :— Ponce — Caldas(A. F. C.) (V. F. C.) (A. F. C.)

Fortes -— Assis — Mayrink —-XÁ. F. C.) (V. F. C.)

Cochudo — Parafuso(V. F. C.) (A. F. C).

'A. F. C. — Amarello Football Club_,V. F. C. r-. Verde, idem, idem..'A. F. C. ta Azul, idem, idem.Y- F^C— Vermelho, idem, ideou

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O TICO-TICO 12Americano F. Club

Para reger os destinos deste club, nocorrente anno, foi eleita, em assembléageral, realisada a 13 do corrente, a se-gttiiile directoria :

_ Presidente, Ignacio da Silva Proença;vice-presidente, José Garcia Barroso; i"secretario, Adalberto de Oliveira; 2" se-cretario, Fernando Veiga Pinto; thesou-rciro, Arthur Paes Leme; procurador,Ismael Carneiro; captain geral, AryCoelho da Silva; vice-captain, Alcinoliamos; comniissão de syndicancia :Carlos Campos, Octavio Ramos e JavmeVeiga Pinto.

ATHLETISMO

FESTIVAL SPORTIVO EM BENE-FICIO DO INSTITUTO DE PRO-TECÇAO E ASSISTÊNCIA A' IN-FANCIA

No dia 11 do próximo mez terá logarno campo de S. Christovão um grandefestival sportivo em beneficio do Insti-tuto de Protecção e Assistência á In-f anciã.

A festa está sendo organizada commuito carinho pelo Sr. Dr. MoneorvoFilho, com o patrocínio da Liga Metro-politana dos Sports Alhleticos, e seráhonrada com a presença do Sr. presi-dente da Republica e altas autoridadesdo paiz.

O programma organizado é o se-guinte :

1" parte :1) Corridas de burro.2) Corridas em saccos.3) Corridas a pé.4) Foot-ball á fantazia.E outros jogos diversos.2" parte :

AVIAÇÃO "'

1) Corridas de velocidade (Inédito110 Rio de Janeiro), para a disputa deuma medalha de ouro.

2) Decolage e atterissage.3) Vôos de fantazia.4) Quedas simuladas.5) Descidas em espiral.Os vôos serão executados pelos avia-

dores Luiz Bergman com Blériot e Gi-no Gian San Felice tripulando uni aero-plano Gino-Santo, de construcção na-cional.

A' noite haverá fogos de artificio edecorativo.

Associação Aihletíca do Engenho VelhoRecebemos d'essa novel associação o

seguinte communicado :Cominunico-vos que em assembléa gc-ral realizada em 9 do corrente foram

empossadas as seguintes directoria ecommissões que devem gerir esta as-Êociação no presente anno :

Directoria: — Presidente, Marcos F.Mano; vice-presidente, Oscar Paulo deOliveira; rr secretario, E. de MelloBrandão; 20 secretario, Baldomero Car-qticja de Fuentes; i" thesoureiro, Joa-intim Paulo de Oliveira; 2" Uiçsoyreiro,

Horacio M. Gonçalves; bibliothccario,Cláudio Castanbeira.

_ Conselho fiscal: — Vogacs: HenriqueEstcves, Trajano Costa Menezes e JoséPaulo Ferreira.

Supplentes: Dorval F. Mano, Gcrva-sio Duncan Lima Rodrigues e PauloEmílio de Oliveira.

Ccnunissão de sports: Ciccro Allan,Eugênio De Mestre, Alberto Woolf Tei-xeira, Carlos Araújo da Cunha e Fi-delis Paulo de Oliveira.

Coiumissão de grêmio: Marcos F.Mano, K. de Mello Brandão, BaldomeroCarqueja Fuentes, Aryosto Duncan ePedro Renault Castanheira.

Sede social, rua Haddock Lobo 463.Rio de Janeiro, 15 de Fevereiro des'Jl5- — H. de Mello Brandão (1" se-cretario)

TURFO JÜCKLY-CLUB COM O MAX1-

MO BRILHO, INAUGLTROU HO-JE A ESTAÇÃO HIPPICA DE19Í5.

Foi este o resultado das corridas :V pareô—1.000 metros — Correram

Guido Spano (L. Arava), David <D.Ferreiras Kalixtro (J. Lemos) e Ase-guá (Torterolli).

Venceu Guido Spano.em 2- David.Poules M$500. Duplas 13*700.Tempo 66" 3[5.Ganho facilmente por cabeça.2- pareô —1.450 metros — Cone-ram : Jurou (Marcellino), Joliette

(Torterolli), Nelson (George), Gene-ral PopolT'D. Suarez), Dlack Witch(C. Ferreira), Barccllona [Le Menerj,Durian [D. Ferreira], Democrática(11. Goelhol.

Venceu Durian. em 2- Joliette.Poules 51$900. Duplas 61S7C0. Tem-po 94" 3[5.

Ganho fácil por Ires quartos decorpos.

3- parco — 1.609 metros — Cone-ram : Brutus (D. Croft), Bambina;j. Coutinho;, Zel!e(Le Menen e Ro-ttlilda (Marcellino).

Venceu Bambina, em 2- BrutusPoules 5í§030. Duplas Mf&jn, Tem-

po 102" 2/5.Ganho com esforço por meio corpo.4- pareô — 1.150 metros — Corre-

ram : La Schiava (L. Araya), lielleAngevinc (Alex. Fernandez), Cacilda(D. Ferreira), Make Money (D. Croft.,Minas Geraes (Lourenço Junior) eAraguaya (D. Suarez).

Venceu Belle Angevine. em 2- LaSchiava.

Poules 83$500, Dupla : 124*300.Tempo 94" 2(5.

Ganho bem por um corpo.~r pareô—I.C09 metros — Corre-

ram : Togo (11. Coelho1, Conquista-dora (Torterolli), Distúrbio (L. Araya),Dreadnought (Cuypersi, Demônio (D.Suarez) e Diamant (D. Croft).

Venceu Distúrbio, em 2- Dread-nought.

Poules 1T$000. Duplas 37$;000. Tem-po, 101".

Ganho firme por um corpo.6- parco-1- logar, Ornatus; 2- Mont-Blanc.Poules, 25*600. Duplas, 17$100. Tem-

po, 133',4.

Poules, 30£700. Duplas, 50S000. Tem-po, 102*,3.

Movimento geral das apostas...8&922$000.Em Sj. I»iiulo

AS CORRIDAS DE DOMINGOULTIMO, NO JOGKEY CLUBPAULISTANO.S. PAULO, 4 [A. A.j -Estiveram

muito animadas as corridas de hoje,do fockcy Club Paulistano, no pradoda Moóca.O resultado dos parcos foi o se-

guinte :1- pareô— 1 balia e Gardingo; pou-les.simples, 27$iOÓ; duplas, 17*800,Tempo: 100".2- pareo-Jouct c Recuerdo.; ;:ou-les sçmples, 8*800; duplas, 88400.Tempo: 10o".3- pareô—Margot e Yago . poulessimples, 22$c00; dupla v 42S400Tempo: 106".1- pareô—You Vou e Rubi; poulessimples, li$SC0; duplas, 49*100. Tem-

po: 104 1/2».5- pareo-Menuet e Fileusc . pou-les simples, 8*000; duplas, 8*100.

Tempo: 109 1/2».

7- parep-i- logar, Campo Alegre;2', Maipu.

<y pareô — Argentino e Chilenopoules simples, 7*000; duplas, 13*600Tempo: 128 1/2».

7- pareô—Sornetle e Sparla ; pou-les simples, 15$-00 ; duplas, 12*300.Tempo: 109j .O cavallo Argentino, logo após ásahida tomou a ponta, vencendo fa-ciímente de galepinho. Chileno, emmeio do percurso, passou paia osegundo logar.O movimento geral da casa de

poules foi de o3:136§000.Club de Corridas Flamengo

No dia 25 de março realisou-se ofestival marcado pelo nosso presiden-te, sendo grande a concurrencia desócios.

No torneio do mez de março foiclassificado em primeiro logar, StcfancZagari; em segundo, Paschoal Se-

greto S.J em terceiro, Hugo Santoro;nos segundos logares foi o primeiro, oSr. Stefano Zagari; segundo, LuizSegrèto'; terceiro, Paschoal ScgretoS. ; quarto, Hugo Santoro.

A sede deste club mtidou-se para atravessa Murator

CORRESPONDÊNCIA"ranoisco MartinezíRio Grande debul)-Um campo de foot-ball deveter de comprimento, no máximo, 12Cmetros e no mínimo 90. De largur?deve íer. no máximo 90 metros e ntmínimo iS.Os goals devem ter de lar-

gura 7m,30 e de altura 2m,40. A áreado goal deve ter 6 metros de cadêlado do goal e 6 metros de frente \área de penally deve ter 18 metro'*de cada lado do goal e 18 metros defrente.Se o leitor achar as dimensões do

goalrauüo grandes poderá diminuirpara 6 metros de largura e 2 de altura.Catalogo de bolas, não é possívelencontrar.

AVISOToda a tcorrespondência de spurldeve ser c?crip(a de um 5» lado do

papel-JS"cm.

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O TICO-TICO A RAINHA DOS CORSÁRIOSROMANCE 1>E A-VET*TITR-VS

Capitulo III — As aventuras complicam-se

13

(Continuação)

soldados, pertencentes aocão moniss ' niosiciro Qc **'qUeEm compensação, a cada momento, o littoral de ondePaulino partira ia se tornando mais indeciso e apagado. J.quasi nada se podia distinguir para aquelle lado.4

E fitando a terra, assim quasi invisível 1 u no naopodia afastar de seu espirito a embrança de Margarida

Aquella moça, que era ainda quasi uma creança e: parecia tão bôa, tão meiga, tão affectuosa, inspirava-lhe protun-da pied.de e

{|WtWa. QU .„. _ - é possi.ve. que a gente df aldeia possa julgal-a umai feiticeirai umacreatura perversa e perigosa? Basta vel-a P^>'-ompreheder que ella é uma innocente, uma creaiunnha que so poetefazer bem. . . .„miHr

Verdade seja que seu pai tem um aspecto smpode inspirar desconfiança.. e o criado ' que

Zarolho é um per-

Só então Pavori desanimou de tirar da cabeça do teme-rario rapaz tao louca empreitada.

E retirou-se para sua casa; mas pelo caminho.ia rumi-nando sobre o caso, muito impressionado com a parte daresponsabilidade que lhe poderia caber naquella aventura.

E no caminho, de cabeça baixa, abatido por tantas e taofortes emoções, ia murmurando:— Não foi minha a culpa I Não foi minha a culpa !

Mas, apezar d'essa repetição teimosa, elle não estavamuito convencido de sua absoluta innocencia. Elle tremia aidéia de que ia com certeza acontecer alguma desgraça aojoven soldado e elle, Pavori, ficaria para toda a vida coin oremorso de não ter deitado energia sufficiente para impediraquella imprudência.

Entretanto, Paulino, com o mais absoluto desprezopelas inquietações do ingênuo pescador, vogava tranquilla-mente sobre as ondas mansas.

Elle não mentira a Pavori. De fa£to, aquella era a pri-meira vez que andava pelo mar, mas estava habituado abrincar em bote nos rios, de-modo que conhecia, mais ou

sonagem enygmatico e suspeito^.. Daquelle não ó maudesconfiar. Só pode ser um espião ..

E quem será a tal mulher malcreada, que parece odeiarMargarida ? Quem será ella, para andar pela montanhaassim, acompanhada de um gigante negro armado de modotão espantoso ?

E o que mais interessava a Paulino era essa indagação.— Porque terá ella tanto interesse em perguntar cousas

sobre Margarida? Porque falia só na pobre moça com tantairritação ?

Infeliz Margarida; ainda por cima os estúpidos pesca-dores, com sua superstição teimosa, estão convencidos deque vive na pratica de feitiços horrendo:;!...*

Que horror I Se acontecer alguma desgraça na aldeiasão capazes de accusal-a...

(Continua)

menos bem, a manobra de um barco, quer com remos, quercom leme á vela, Só estranhou um pouco o movimento comque as ondas agitavam a embarcação ; nos primeiros mo-mentos até se sentiu um pouco tonto.Mas, em pouco, habituou-se aquelle balanço que, feliz-mente, era muito leve naque le dia.

Também não teve a menor impressão de receio, ven-do-se pela primeira vez isolado no meio do mar tao grandeElle mesmo notou essa indifferença, pelo isolamentoem tão vasta extensão da água e murmurou :— E' curioso. Parece que eu nasci para marinheiroComo é agiadavel andar embarcado l...

E começou a observar os arredoresA linha de ilhotas que fechava o horizonte para o lado

do alto mar ia se tornando mais nitida, á proporção queelle se afastava da terra; os contornos iam-se accehtuandomais entre o nevoeiro, agora menos denso; e Paulino podiajá distinguir, os picos e accidentes das ilhas, muitas dasquaes eram defendidas por fortalezas, tendo como guarni-

_____________ ____________________-__^

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Í4 A RAINHA DOS CORSÁRIOSROMANCE r>E AVENTÜBA8

Capitulo III — As aventuras complicam-se

O TICO-TICO

(Continuação)

Quantos inimigos para uma só creatura e tão fraca, táodelicada . 'E o bravo Paulino murmurou em tom que seria cômico senao commovesse por sua profunda sinceridade :Felizmente estou eu aqui para defendel-a.E assim monologando, o improvisado marinheiro manobra-\a o barco com tanto geito, que ia aproveitando o vento e ga-íihando distancia com grande rapidez e facilidade.Até que, estando já muito próximo da ilha a que se des-tinava poz-se de pé na popa do, barco, servindo-se do remocomo leme para manobrar com cautela e penetrar no pequenoporto de pedra, passando por entre outras embarcações

que alli estavam ancoradas, sem abalroar em nenhuma d'ellasNo cães estavam alguns pescadores, com vestuários detesta e que ao verem aquelle barco approximar-se ficaram car-rancudos, fitando-o com espanto e mau humor.Por fim, um d'elles interpellou Paulino, perguntando-lhecom ar severo :

Que audácia é essa ? Como se atreveu o senhor * andarsobre as ondas, no dia de S. Pedro nos Vínculos ? Será 'pos- -sivel que seja tão ignoranto, que não saiba que hoje é dia de festa ?

respondeu s^íesmente"! ^ "^ preparad° para essas ^ectivas pela teimosa insistência de Pavori, não se impressionou e

Venho trazer uma mensagem urgente para o reverendo padre des Aymars

u^Jr^oLT^Z^l ^ reSpdtad0' os Piores calaram-se immediatamente e não só cessaram de lhe dirigir censuras, comopuzu-am toda a solicitude em conduzir o joven soldado ao mosteiro

!:!Se ÍCTn™tCJÓUÍCÍ0 dnha' SegUnd0 ° costume d'esse temP°> to<*o o aspecto de uma fortaleza. Parecia mais uma praça de

guerra do que uma casa de oração.Em poucos minutos.guiado pelos pescadores, Paulino chegou á

entrada do mosteiro e foi levado ao gabinete de trabalho do abbade.O reverendo des Aymars era um piedoso monge e estava

sentado diante de uma janella lendo attentamente um livro dasSantas Escripturas; mas seu habito mal dissimulava seu aspectomilitar, de homem robusto e resoluto.

Paulino entregou-lhe respeitosamente a carta do commahdaiute e explicou-lhe o fim de sua viagem, a missão de que foraencarregado.

Antes do mais — disse o abbade — peço-lhe que agradeçaa meu valente irmão, seu dedicado cuidado e o precioso aviso, quême envia. Não preciso dizer que vamos ficar vigilantes, porqulisso é cousa que sempre estamos. Taes são os perigos que o marnos offerece neste logar, que nossa vigilância é constante,:dia e noite.

Mas vamos redobrar de precauções.— Olhe — acerescentou elle, levantando-se — para que tudopossa relatar a meu irmão, venha ver como estamos preparados.

E levando-o até um terraço próximo mostrou-lhe as bateriasdo mosteiro e o porto.

Veja — disse elle — Veja todos esses canhões assestadospara o mar e promptos a lançar obuzes; veja todas aquellas embarcações, leves, rápidas e bem armadas, promptas a correr em ataqueao inimigo, aos piratas, se elles tiverem a audácia de apparecer por aqui.Mas se os piratas vierem durante a noite — perguntou Paulino — como poderá vel-os ?— Os piratas só andam em navios de alto bordo, e um navio assim não poderia manobrar por entre os rochedos que nos cer-cam sem ser visto, mesmo na escuridão.

E as fortalezas das ilhas vizinhas ? Não acha bom prcvenil-as também ?Vou mandar içar uma bandeira vermelha no alto de nossa torre. Os monges soldados das outras ilhas, saberão o que issoquer dizer.

Mas, vendo que Paulino continuava a enrolar o barreteentre as mãos, como se estivesse embaraçado, com desejo dedizer mais alguma cousa, perguntou-lhe se queria algumainformação.

— Sim, reverendo padre — disse Paulino — queria faliar-lhe de uma singular aventura que me aconteceu.

E contou-lhe sua visita á casa mysteriosa da montanhacios Mouros e os precipícios que se seguiram a essavisita.

O monge ouviu-o attentamente; depois disse :

(Continua)

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O TICO-TICO A CURIOSIDADE 16

1) O velho Nostradamus, era um grande sábio, medico e alchi- 2) Ora. um dia, estava o sábio semmista, passava horas inteiras realizando experiências, techado em criado e, precisando sahir para ar-seu laboratório, onde não consentia que ninguém penetrasse. Sua ranjar um, recommendou muito afilha Alzira, tinha, por isso, grande desejo de saber o que se passava filha que ficasse bem quietinha elá dentro nao entrasse no laboratório...

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3) Mas, apenas ficou só, Alzira, em vez de cuidar dos apres- 4) Afinal, não se podendo mais conter,tos do almoço, ficou a dar attenção a um ruido singular, que Alzira entreabriu o laboratório e ariscou umparecia vir do laboratório do sábio ; dir-se-hia o rumor de olhar lá para dentro. O que viu pareceu-lheuma panella a ferver... tão estranho...

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5) .. .que ella, sem dar por isso, foi entrando. 6) Estava Alzira cómtemplando tudo aquülo, atto-Que confusão, santo Deus! Por todos os lados li- nita, quando viu surgir diante d'glla, em uma nuvemvros enormes cheios de sabedoria, frascos, botijas, de tumaça, um anão de longas barbas brancas que, aE sobre um fogão um liquido vermelho, fervendo pular, lhe disse ., „ 0rmma rrtnria (Coiiclue lia pagina 25)

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16 ZÉ MACACO O TICO-TICO

1) Depois do successo da Faus-tina nas provas de equilib~io, Zl"Maijcodzvi começo a prestidigita-ção. Mostrou á assistência umaenorme ratazana e disse que isconvertel-a em um ¦jato

2) De lacto, perante a admiração dos es-pectadores, o hábil artista fez desapparecer,dentro de um caixote, a ratazana...

caco enxugava o suor .'. ._r_|___«-J t^¥ / '

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uma raf.za^se^ Pregos ficou estupefacto, sem comprehender comoO casa! Zé Macaco obteve applausos frenéticos e nesse dia embarcou de volta para a Capital, trazendo muito dinheiro.

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'BIBLIOTHECA- D'"0 TICO-TICO' AS AVENTURAS DE LAVARÉDE 9

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O navio afastou-se do cáes..

tvalucó, um sujeito chamado Lavarede,que é, ou se diz jornalista, e tem a ma-nia de se fazer passar por mim.

Que diz ? — exclamou o capitão,assombrado.

p; verdade—continuou Lavarede.E' um doido, coitado; mas com um ge-ncro de loucura muito especial. Tem aidéia fixa de que é Bouvreuil. E o uni-co meio de evitar que o infeliz tenhaaccessos furiosos é não contrarial-o;fingir acreditar que elle é Bouvreuil.

—Mas isso deve ter-lhe causado jámuitos aborrecimentos — observou umpassageiro. ,—Sim—disse Lavaréda, com indif-{crença.—Mas que hei de eu fazer ?Quando elle me persegue muito, faço-lhe a vontade; digo-lhe assim : "Estádireito, você é que é Bouvreuil. Eu souLavarede". Afinal, nada me custa di-«er isso, e elle fica tão contente _!..,

Todos desataram a rir, e o jornalistacontinuou :

—Pois este pobre doido perseguiu-me até Bordeaux, e tive um trabalhoinfernal para me livrar d'elle. Por issoé que cheguei a bordo tão atrazado.

Depois fallou-se noutra cousa e, apropósito da escala que o navio ia fa-zer em Santander, onde devia chegarnaquelle mesmo dia. Lavarede teve asatisfação de saber que alli não se to-mariam passageiros, pois só restava abordo um camarote, e esse estava to-mado, tclegraphicamente, por um cava-lheiro que só devia embarcar nos Aço-res e chamava-se D. José de Currama-zas y Miraflor. Era, portanto, um hes-panhol, não podia ser algum francez,que conhecesse Lavarede e pudesse es-tragar-lhe os planos.

No porto de Santander, Lavarededesembarcou para passear, um pouco.

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—Não o podia impedir. Mas eu...— Oh! a senhora é a minha Providen-

dencia. Foi, decerto, para que represen-lasse esse papel que Deus a fez tão bo-Vital

—Oh ! Sr. Lavarede ! O momentonão é para galanteios. O senhor salvou-me a vida; eu trato de o salvar de umamá situação. Fuja que já ahi vêm.

Armando, piais que depressa, dissi-mulou-se por detraz de um monte de ba-gagens.

Miss Aurett, que sentia o coração ba-ter fortemente, fechou novamene a cai-xa e ficou oceulta a distancia, obser-vando Bouvreuil, que voltava radiante,acompanhado por um guarda da alfan-dega e um empregado da estação.

—E' esta—disse o capitalista, apon-tando para a caixa com ar imponente.

—Nesta caixa ? O senhor diz que hav.m homem aqui dentro ?—perguntouo guarda da alfândega, estupefacto.

—Affirmo-lhe que sim !Mas os dous funecionarios ficaram

hesitantes. Elles não conheciam Bou-vrcuil; a denuncia podia ser falsa. De-mais, elles não tinham autoridade paraabrir uma bagagem alli, na platafór-ma. Em todo o caso, o empregado daestação empurrou um pouco a caixa e,com sua pratica de carregar bagagens,verificou logo que cila estava vazia.

—O senhor está doido — disse elle,afinal, a Bouvreuil.—Aqui dentro nãoha pessoa alguma.

—Sim, senhor. Affirmo-lhe que sim.—Não é possível — disse o guarda,

levantando a caixa por sua vez.' —Pois abram para vêr—disse Bou-vrcuil.

—Ah ! Não podemos fazer isso semautorisação do chefe.

—E onde está o chefe ?—Vou chamal-o—disse o emprega-

do da estação.E como o outro também o acompa-

nhasse, Bouvreuil declarou :—Pois fico eu aqui de sentinella,

para que o meliante não fuja.

. CAPITULO IVO PASSAGEIRO IJO CAMAROTE N. IO

Assim, o capitalista julgava-se só,ao lado da caixa, no pequeno espaçovazio, entre montes de bagagens; masnão o estava, porque miss Aurett con-tinuava a rondar pelos arredores, atéque Lavarede, de seu esconderijo, a cha-iiwi! com ar afflictivo.

Ella approximoü-se.—Miss—disse-lhe armando.—Suppli-

co-lhe que não fique por aqui... E' pre-ciso que não haja testemunhas do quese vai passar.

A joven ingleza fez um signal deassentimento e, afastando-se, foi tercom seu pai, que se dirigia para ocáes.

—Então ?—perguntou sir Murlyton.E mister Lavarede ?

—Creio que elle vai embarcar.—Aoh ! Então eu vai comprar pas-

sagem.—Compre para mim também.—Como ? Você quer vir também ?Sem manifestar a menor surpreza

sir Murlyton perguntou :—Então você querer vir commigo ?

Sim, meu pai, essa viagem até oPanamá só me pôde ser útil. Tenhovontade de conhecer a America.

E bagagem ? — perguntou o in-glez. Tenho minha mala de mão e pos-so fazer em poucos instantes as com-pras necessárias para uma viagem tãopequena. '

Ali right. E mistress Griff ?Mandar-lhe-hei um telegramma

para que volte sósinha para nossa casa.Então mim vai comprar duas pas-

sagens — disse o Inglez.Entretanto, Bouvreuil continuava de

sentinella diante- da caixa suspeita,quando sentiu umas pancadinhas nascostas e, voltando-se, viu Lavarede, depé, de mão nos bolsos e sorridente

Ah ! rugiu o capitalista—Eu bemsabia J.t.

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10 BIBLIOTHECA D"'O TICO-TICO' AS AVENTURAS DE LAVARÉDE 11—Sabia quê ? — perguntou o jorna-

lista.Sabia que o senhor estava alli

dentro.Engana-se, eu não estava alli c a

prova é que estou aqui emquanto es-pero a hora de embarcar para o Pa-namá.

Fugindo, escondido — observouBouvreuil com ar de desprezo.—Pois eutambém vou ao Panamá, mas não en-caixotado ; vou ás^claras, como um lao-mem sério... vou em camarote de i*classe, o camarote n. 10 e não mettidonuma caixa no fundo do porão.

Cada qual viaja como pôde — dis-se Lavaréde—E não ria muito dosque víajam,,no porão, porque...

E de repente, abrindo a caixa com ummovimento rápido, empurrou para den-tro d'ella o terrível capitalista. Imme-diatamente fechou por fora solidamen-te a portinha que mandara preparar nacaixa e afastou-se d'ella.

Bouvreuil, apoz o primeiro movi-mento de surpreza que o impediu deresistir á monabra de Lavaréde, come-çou a gritar, a dar socos c ponta-pésnas paredes da caixa. Porém esta esta-va em um canto isolado da plataforma,de modo que ninguém ouvia.

O infeliz berrou a.té perder a voz.Pouco depois chegou o agente da esta-ção, com outros funccionarios que oguarda havia chamado.

Olhem—disse um d'elles.—O talvelhote, que denunciou o caso já nãoestá aqui.

Naturalmente cansou-se de espe-rar.

N'esse momento um dos carregado-res, que empun-ára a caixa, observou :

Está pesada.E parece que dentro ha uma cou-

sa que se mexe — disse outro.O agente da estação encostou o ou-

vido á caixa e disse por sua vez :Não ha duvida. Aqui dentro ha

«ma cousa mexendo.

— Será algum bicho ? — lembrou oguarda.

—O mais seguro é levar a caixaassim como está pai*a o deposito; de-puis mandaremos chamar o director.para que elle resolva se devemos abril-aou não.

Nesse momento o navio La Lorrainejá está prompto para partir. A chaminésolta uma espessa columna de fumaça;as pessoas que se foram despedir dosviajantes desceram todas para o cáes,depois dos últimos abraços. O imme-diato de bordo, antes de dar ordempara levantar a escada, faz a chamadados passageiros.

—Ainda faltam alguns—disse elle.—Camarotes ns. o e n.

—São nossos—diz sir Murlyton, apre-sentando-se com sua filha.

—Camarote n" io—continua o imme-diato — foi comprado de Pariz, por te-lcgramma. Quean é ? Não apparece opassageiro do camarote n° io ?—irritouelle.

Nesse momento, um homem precipi-ta-se para a escada do navio e sobe-aem trez saltos.

—O passageiro do camarote n° io ?Presente ! Sou eu !—exclamou elle.—Seu nome ? — perguntou o imme-diato.

—Sou o Sr. Bouvreuil, capitalista,residente em Pariz.

—Está muito bem — disse o imme-diato. E ordenou : Podem levantar aescada.

Ouviu-se um apito, um toque de sino,e o navio afastou-se do cáes.

Entretanto, ao vêr o homem que seapresentara como passageiro do cama-rote n" io, sir Murlyton não poude don-ter um movimento de espanto.

—Aoh !—murmurou elle.—E' mister,Lavaréde.

Pouco depois, Lavaréde abordou-ono tombadilho :

—Meu caro, sir Murlyton; muitoprazer em tornar a vêl-o... E a senho-rita sua filha ? Voltou para Pariz ?

-Não. Estar aqui. Resolveu ir com

mim.—Deveras ? Estou encantado por ter

rua coniDanhia nesta encantadora via-gem.

—Perdão, mister—observou o inglez.•—Mas como estar senhor a bordo ?Como coaaiprar passagem ?

—Não comprei. O meu precioso ami-go Bouvreuil tinha unia passagem, ecomo elle não pôde vir eu aproveitei-a.

—Ah ! Elle não poder vir ? Porquç ?—Porque ficou em terra, na caixa depiano, em que eu estava.

Sir Murlyton reflectiu um instante,depois declarou :

—Estar, não perfeitamente correcto,mas muito engenhoso.

E afastou-se, deixando Armando eAurett, que tinha vindo juntar-se aosdous, junto á amurada do transatlântico.

—Senhorita — disse Lavaréde. Nãosei como lhe agradecer... Foi graças ásua bondade que eu me livrei d'esteapuro.

—E ainda não estamos quites. O sc-nhor salvou-me a vida.

—Oh ! Que exaggeração ! — cxcla-mou Armando.—O que eu fiz foi unaacousa tão natural !... E a senhora, parame salvar, agiu contra seus própriosinteresses. Sim, porque era bastantedeixar que me prendessem, c seu paiganharia os 4 milhões de meu tio Ri-cardo.

Miss Aurett não respondeu; mesmoporque, nesse momento, olhando para ocáes, viu nelle uma confusão, uma cor-reria... Assestou o binóculo e distinguiuum homem, que corria, perseguido pormuitos outros. Chamou a attenção deLavaréde e este, observando, disse,muito calmo :

—E' Bouvreuil. Não vê que elle estásendo perseguido por soldados de po-licia ? Provavelmente, logo que abri-ram o caixote, elle fugiu para vêr seainda alcançava este navio.

CAPITULO V

No FUNDO DO PORÃO

Os dous primeiros dias de viagemforam dos mais agradáveis para La-varéde, que estava encantado com a ge-ncrosidade e desinteresse da inglèzi-nha. O procedimento de miss Aurettmostrava bem claro que ella não estavaabsolutamente tentada pelo desejo' deque seu pai conquistasse a colossal for-tuna, em prejuízo do pobre jornalista.

_ E cohao sir Murlyton também pare-cia sympathisar com elle, Armandopassava horas deliciosas, conversandocom seus dous companheiros obrigato-rios de viagem.

Uma só cousa intrigava Lavaréde.Porque razão miss Aurett falhava fran-cez com tanta pureza, ao passo que seupai tinha um sotaque formidável ? Ainglezmha explicou-lhe. Ella fora edu-cada cm França, num importante col-legào de Choisy-le-Roy.

—Então é quasi minha compatriota !— exclamou o jornalista, satisfeitissi-1110.

O caso é que tudo lhe corna bem. A'bordo todos o chamavam -Sr. Bou-vreuiP' e, graças á sua palestra anima-da e jovial, todos, desde o capitão atéos marinheiros, tinham se tornado seusamigos.

Uma vez, á mesa, o immcdiato d<?navio fez esta observação :

—E dizer-se que o senhor queria per-der o vapor em Bordeaux ! Seria penaperdermos tão bom cormanheiro deviagem.

!—Ora—disse Lavaréde.—E o senhornão imagina porque motivo eu ia per-dendo o vapor. Um motivo curiosissiimo.

E com repentina calma, o que fezsorrir não só miss Aurett, como seugrave pai, Lavaréde começou a contaressa extraordinária caraminhola :—Imaginem que, ha mezes, eu souperseguido por um pobre diabo, ura

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19 O TICO-TICO

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AGENS

DE CAMEROÜN A OUBANGHI

O PUNHAL NA FLORESTAw.«,o .,,,;„ • «„v, a rukrlca«Viagens e Aventuras» contaremos aos nossos amlgulnhos casos verídicos, p:Nesta ieççfio es»**'»*™*'*,1»»"; Lrvirâo nfio só para relatar actosde heroísmo ou de dedicação aen, diversas »í»««^«««0^%yiSÍJfí0?*COBtn£e.e .li.gntarW.de. de varies paizes.

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O tenente Wilhelm Fahne despertou homem tão audaz e corajoso conseguiumais fatigado ainda do que antes de dor- penetrar no acampamento, illudmdo amir.Como em um sonho doloroso, ouvia vigilância das sentmellas, roubar o pu-seus soldados levantarem-se ao lado de nhal na tenda do chexc, matar um solda-sua tenda de campanha. Devia imi- do e, novamente, levar alarma ao seu lo-tal-os, mas não tem coragem. Invenci- gar, sem ser presentido . Que_ miserávelvel cansaço o prende. De súbito, um gri- teve a ousadia dc tingir as mãos de umto vibra no ar. Trocam-se phrasesj official com o sangue ue um seu sol-

E'Tankary dado?Está morto Os homens olham em torno. QuemQuanto sangue !—diz uma voz de sabe se os assassinos fião estão ainda por

nironeu alli, assistindo com alegria aquella scena' Sangue ! Não obstante sua fraqueza, de surpreza e dor ? Se nao tivessem dc

Wilhelm levanta-se. Cambaleia e passa retirar-se os soldados iriam bater a tio-a mão pelo rosto. Parece coberto por ai- resta. .guma cousa de viscoso que se lhe colla Mas, um cadáver nao deve niterrom-á pelle. Mas não se importa. Sai da ten-da. Lá em baixo, perto do fogo, está umgrupo. O tenente vai para elle.

Que ha ? — perguntou.A' sua voz, o circulo alarga-se, des-

cobrindo um corpo estendido. E' umcadáver Já hirto, que tem a seus pés.

Febre, não é ?O sargento Karlshoe abaixa-se e se-

gura o cadáver de modo que o lado es-querdo fique exposto á luz. O officialvê, á altura do coração, uma feridaaberta, de onde o sangue ainda corre.

Morto !... E por quem ?... Como ?—E' a maneira de matar dos selva-

gens... Sim, deve ter sido um indígena,um d'esses cruéis assassinos que rodamem torno dos destacamentos. As senti-nellas, adormecendo, não o teriam visto.E' a obra cruel de um selvagem brutal.

Mas uma exclamação de Karlshoe fazestremecer o grupo aterrado :

Olhem o tenente ! Sua fronte !...Alli !... — bradou.

Instinctivamente, Wilhelm levanta obraço, mus esse movimento ficou emmeio. A' altura dos olhos vê as mãos en-sanguentadas !

Então recorda-se. Ha pouco, levan-tando-se, levou a mão ao rosto e foinesse movimento que o manchou.

Está ferido, tenente ?—perguntam«jilguns dos soldados.

Não.-Mas então;qual a origem d'esse san-

.iscamente o tenente Fahue corre ásua\nda e entra. Dá um grito e appare-ce co% seu pUnhal, cuja lamina está ver-

sangue..Bs escapam dos lábios contra-afíicial :

.punhal !... Foi com elle que

per a marcha do destacamento. E' pre-ciso partir.

Rapidamente é aberta uma cova, ondeTankary é enterrado. E o destacamentoparte, deixando morto um de seus sol-dados.

* * *Ha mais de um mez que o destaca-

mento deixou seu posto, em Schutztrup-pe, á margem do ribeiro Sangha, com amissão de reconhecer os territórios deCameroun a Oubanghi, concedidos pelotratado com a França.

Ha mais de um mez que marcham nafloresta. Os homens estão magros e per-.

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— Morto..,de ferimento.

por quem?... 'como ?—perguntou o official, vendo uv.i gw

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O TICO-TICO 20

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sentava Tankary. O tenente Fahne le-vanta-se e comprehende logo: o myste-rioso assassino renovou seu crime. Umgemido lhe escapa dos lábios. Em suasmãos corre sangue como da outra vez.Seu punhal está á sua cabeceira, tintode sangue. Quasi enlouquece !...

Quem será esse homem que o perse-gue com seu ódio implacável ? Porquefaz o official cúmplice de seu crime,ser-vindo-se de sua arma ?

No acampamnto ensangüentado, sol-dados e chefes se olham horrorisados.Mas é preciso partir de novo, abandonaro novo túmulo aberto na terra.

* * *

Stella C. Sá, gentil leitora d'" O Tico-Tico ", residente nesta capital

dem as forças. São cincoenta, comman-dados por trez brancos, dous sargentos eo tenente Fahne.

Contra elles, a floresta hostil usou detodas as suas armas. Lançou seus reptis,feras e miasmas. Sobre as folhas, nasgottas de orvalho, espera-os o veneno.

Os cipós cortam-lhes a passagem, paraque não invadam a floresta.

E, como se isso não fosse bastante, osindígenas perseguem-os e rodam em tor-no do destacamento.

Os soldados não podem afastar-se unsdos outros, ameaçados pela morte. Detodos os lado?, olhos cruéis os olham;lâminas afiadas esperam o momento derasgarem as carnes dos brancos e dossoldados indianos. A's vezes, ouvem o

. sibilar de uma flecha. Os soldados pre-cipitam-se, como loucos, mas sua te-meridade é inútil, porque não vêemcousa alguma. O solo, os animaes, oshomens uniram-se para semearem amorte entre esses cincoenta valentes.

Mais uma vez a morte foi ter comelles;_mas de um modo tão extraordina-rio, tão terrível, que todos ficaram hor-rorisados.

Nunca a marcha fora tão fatigante.Nunca a floresta se mostrara tão rebel-de. A cada passo tiveram que abrir pi-cadas (caminhos nos mattos). Estãoexhaustos, porque ha muitos dias que omal myslerioso os domina c lhes tiratodo o vigor. Na véspera apenas podiammarchar. Hoje acabarão a etapa ? A fe-bre os faz cambalear, tropeçando a cadapasso.

Wilhelm, quC marcha na frente, équem se acha mais atacado de febre. Alembrança do soldado assassinado nãolhe sai da memória. Inconscientementeesfrega as mãos, como para tirar umamancha que já não existe.

E, lentamente, a etapa termina.Chegou a hora do descanço e os ho-mens procuram dormir, afim de recupe-rarein as forças. Seu somno é pesadocomo chumbo. Approxima-se o dia etêm de partir novamente. Ouve-se um

grito :— Sargento ! Ha um morto !...E' verdade. Um soldado está estendi-

do, sem movimento, e do lado esquerdovê-se-lhe ferida idêntica á que apre-

A marcha torna-se ainda mais penosa.Sob o sol ardente, que faz germinarnos cérebros idéias loucas, o assassinotoma a apparencia de um ente fantas-tico, de um deus sanguinário. Wilhelmnão podia caminhar. Exhausto, tremen-do de febre, teve de ser collocado sobreuma mula, cuja carga foi dividida pelasoutras.

Os soldados, penalisados.olham para oseu tenente. O punhal que pende da suacintura os matará, um a um, sem queninguém possa oppôr-se. Pela primeiravez, sob a cúpula sombria das arvores,o medo attinge o destacamento

Uma vez ainda param. A noite descee ninguém se admirará de descobrir,no dia seguinte, um novo cadáver, dever as mãos do official manchadas desangue.

Começa o terceiro dia de terror e Wi-llielm parte, montando a mula. Empregatodos os esforços para não cahir porterra, onde, no emtanto, descançaria.A morte o ameaça também, não com alamina afiada de um punhal, mas coma febre.

Na parada, Karlshoe approxima-see diz-lhe :

— Velarei perto de sua tenda, meutenente. Se precisar de alguma cousa...

O official agradece com voz fraca,porque se fatiga. Deita-se. Sente umbem estar indiscriptivel.

_ Será o fim ? Não. Pouco a pouco, avida volta. Dir-se-hia que sangue reno-vado lhe corre pelas veias. Seus mem-bros se agitam desordenadamente, comomovidos por exhubcrante força. Sente-se melhor e novamente i igoroso. Cha-ma:

Karlshoe !Presente .'—respondem de fora da

tenda.—Dorme. Estou melhor. Velarei euagora...—Alas...—Não, é inútil. Descança, tens maisnecessidade do que eu.—Como queira, meu tenente.—Bôa noite, Karlshoe.—Obrigado, meu tenente.A voz afasta-se e o silencio reina portoda a parte.Wilhelm pensa no homem que deverodar poi; alli em torno de sua tenda,

esperando o momento propicio para en-trar e apoderar-se da arma assassina, epensa também na recepção que lhe pre-para. Sua mão procura o minhal. Mais

uma vez será tinto de sangue, porém,agora com o do assassino.O frio do metal o faz estremecer. Pa-rece-lhe que a febre volta novamente.Insensivelmente, em excitação nervosa,terrível, perde a consciência do que fazBruscamente, um grito o desperta. Quemserá ? O assassino, sem duvida.Sente-se seguro pelos pulsos, mas de-bate-se furiosamente. Com o punhal quenao larga, procura ferir, matar o seuadversário.Mas onde está ? Ao relento. Teriadeixado a tenda sem dar por isso ? Umrosto curva-se para o seu. Será o doassassino ? Não. E' o de um dos sol-dados.Os outros correm. Ouve fallar:Porque seguras assim o tenente ?—pergunta Karlshoe.

Elle lançou-se a mim armado dopunhal. E como não estava dormindo,defendi-me.

Que dizes ?O homem repetiu.Com voz consternada o sargento res-

ponde :Não é possível. Mentes !...E' a verdade — affirma o soldado.

E Karlshoe murmura :Porque seria ?... Ah !... com-prehendo, a febre, talvez... A biliosa-hematurica provoca esses accessos in-conscientes e periódicos...

Wilhelm Fahne, insensível, ouvia,sernpoder acreditar .

Será elle o assassino de seus homens,elle quem matou Fankary e Goum-bou ?...

A febre teria commettido o espantosocrime de tornal-o assassino dos soldadosque tanto estima ?

Uma convulsão de revolta contra talidéia sacode o infeliz official.Durante um segundo seus olhos ten-tam abrir-se, quer negar, não obstan-

te... o sangue que lhe mancha asmãos.Depois, de súbito, cai nos braços dosargento. Tinha cravado o punhal nocoração.Não podendo viver com essa lem-

branca sanguinária, íoi ;mtar-se, nodesconhecido aquelles a Quem a febrecruel fizera matar.

Nossa sympathica amiguinha Alayde, filhado Sr. Silvino Rebcllo de Mendonça,d esta capital.

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21 O TICO-TICO

OS NOSSOS CONCURSOSRESULTADO DO CONCURSO

N. 951

A solução do nosso concurso de ar-mar de hoje era muito fácil.

Recebemos enorme quantidade de so-luções, sendo raras as que não estavamcertas.

Eis a lista dos concorrentes:Florcnttno V. Monteiro, José Ramos

Teixeira, Zilda da Silva, Adalgisa deAraújo, Clirice Dias, Manuel de Oliyei-veira Caixeiro, Carmen Ballalai de Car-valho, Nestor Braziel Caldas, JoaquimEeiró Uchôa, Dinorah Barreto Jc.cobina,João Nunes% Pereira, Maria José Morei-ra Coaracy, Octavio Martins Ribeiro,Avany Ribeiro Vidal, Júlio Menezes daRocha, Ary Telles Barbosa, Amélia deMoraes Vieira, Sylvio da Cruz, Argemi-ro Marcai de Oliveira, Cacilda Lopes doFaria, Celina da Silva, Rita Lopes, Al-varo Branco, Adhemar Palhares de Pi-nho, Eglantina Thaddeu Reis, Durval<la Silva Pinto, Narciso Cadoez .de Li-ma, Waldemar Mera Barroso, ítala daJesus, Teixeira, Djalme Benevolo, Jovi-ta Rodrigues da Silva, João Esteves, Ar-mando de Souza Vasconcellos, V. deSouza , Axofeuri Riros, Ismael Gonçal-ves, Yvette Pereira, Olga de AlmeidaSantos, Maria da Penha Dias Martins,Luiz Mandror.i, Eunice de Faria, Bea-triz Passos, Esmeralda da Silva Olivei-ra, Francisco Olympio da Silva, Esme-ralda Maria de SanfAnna, Luiz Ra-mos, Carlos Meyer, João Cancio Novaes,Augusto L. Ferreira, João Baptista Oso-rio, Maurício de Abreu, Jalvora Corrêa,Pedro Bandeira dos Santos, Alcides Mo-reira Pedreira, Manuel Alonso Soares,José de Souza, Diva Barbosa, Oli-via Marcial Roda.Nazareth Oliveira.PauloMourão, Urbana de Castro Berquó, AldaBarbosa, Judith Santos, Luiz Soares<le Oliveira, Luiz de Mendonça e Silva,Walter Bittencourt Passos, Edgard Mas-carenhas, João Pereira de Oliveira Fi-lho, João Pedro Coelho de Miranda, Je-ronymo G. Moreira, Altiva America-na, Regina Ferreira Pinto, José Bonilha'Rodrigues, Magdalena Ribeiro Macha-tío, Alcy Carvalhal, Alfredo Maciel,Nair Maranhão, Deolinda Prato Rato,Lauro Andrade, Luiz Maciel, Luiz Vil-larinho da Silva, Amalia Villarinho dáSilva, Eugenia José de Mattos, Maria An-tonietta Alves de Freitas, José de Freitas,Rubens de Paiva Souza, Maurilio Duar-te Nunes, Fernando Teixeira Leite, Syl-vio Hess, Frederico Cornelio Daudt,Lucy H. Oliveira, Maria AntoniettaValle Lopes, Doralice Gama, Milton Sou-\ho da Cruz, Raul Freitas, Lúcia Tor-\ts, Rubem Bittencourt, Amaury Pin-çlibas, Plinio Appolinario, Nair Gon-Ne\da Rocha, íris Mathiessen, EdgardDuVfherezinha Passos Maia, Oliginiamanítfosé da Silva Nicolau, Giordo-tino \Pereira, José F. da Silva Faus-nes d\raldo Carvalho, Miguel Lo-^JkVeida, Clarice Vaz Faria, Or-

lando Miranda, Alfredo C. Filho, EhsNeves Maia, Tito Livio de Castro, Wal-demar Luiz de Freitas, Odette MirandaMachado, Maria Emilia Braga, José S.Cotl, Saul Wagner, Manuel Bittencourt,Aurelia Pego de Amorim, Pedro Sam-pais de Lacerda, Ebelina Telles, ZulmarBonates, Flavio da Silva Neves, AntônioMenezes Vieira, Adalberto Alverga,Marcello Imiro, Boulevard Amazonas,

mmm

'A solução exacta do concurso 'dè armaf,n. 951

Paulina Begot, Laelia Cerqueira, Au-gusto Franklin dos Guararapes, Cario-ta L. Ornellas Ferreira, Mario Guima-íães P. da Silva Anacleto PamplonaFilho, Dulce Carvalho, Eulina N. Re-bello, Joãozinho Vasconcellos, João Fer-reira Gomes, Laura Haydil da Silva, Cy-priano Virginio da Silva, Maria da Con-ceição Magalhães, Fernando de Aquino

Fonseca, Romão Favero, Haroldo Ró-cha d'Avila» Alzira Lobo das Mercês,Paulo Affonso Poock, José Alfredo deLemos, Egas Bastos da Silva, AnthesinaSanfAnna, Américo Floriano de To-ledo, Maria de Lourdes Vaz, AntônioVaz Pinto, Julia Costa Lima, Carlos dqAlvim, Rosa dos Santos Vieira, DidimoVasconcellos, Eudoxio de Salles Borges,Waldemar Paiva, Carlos de Lima, JoséMarapodi, Armando Pires, Gastão Ega-lon, Ernani Rocha, Antônio Lincoln daCosta, Zoroastro Barbosa, Edith de An-drade Maia, Ilára Garcia, Arnaldo Si-mões, Manuel Ferreira Filho, BenedictoEvangelista, David Vieira Souto, JoãoCortes, Eudoro Lemos de Oliveira, Ma-ria José I. Werneck, Petronio Maga-lhães, Mercedes Fabregas de Góes, Hei-son M. Vieira Cavalcante, Dario de Me-deiros, Octavio de Mello, Darcy SilvaAbreu, Nelson da Silva, Paulo Figueire-do Lobo, Carlos Alberto Soates, AliceSilva, Zizinho Mottajeronymo Cunha.Luiz,Mario de Sá Freire, Raul de Sá Freire,José de Sá Freire, Joaquim José de SãFreire, Marcilia de Alencar, Maria deLourdes, Ortigâo Villaça, Maria Concei-ção Silva, Aurélio José Fernandes, Dy-mar Bellegren, Luiz Torres, M. Appare-cida de A. Corrêa, Ivette Penna, ElisaLafer, EIvira Oliveira Rocha, WaldemarLefêvre, Emma Corrêa de Abreu, Hora-cio do* Santos Caneco, Tété Xavier,Naná Prata, Aryda Silveira, Arinda deGóes Pedrinha, Carlos Rabello, OctavioFerreira Calainho, Yvette Dias Ferrei-ra, Icléa Tybiriçá, Julieta Ferraz, GabrielFerreira Machado, Anna Rosalia Antu-res, Hugo Jacques, Emma Nogueira, Be-nevenuto de Azevedo Martins, Leonorde Barros, Pecy Ferreira Lopes, HeloísaO. Barreto, Francisco Gonçalves Pen-na, Mario de SanfAnna, José Peixotoda Silva, Maria Nobre do Nascimento,Edison Meirelles, Iracema Yolanda Cos-ta, Durval de Mello, Maria Cândida Ro-drigues Vianna, Paulo Cabral, ManuelC. Cintra, Alice Clara Koebcke, JoaquimNunes Ferreira, Iara Del Porto, Helenados Santos, Jordão, Mario Hilda da G!o-ria, Mario da Gama Aula d'Avilla, Cor-nelio Teixeira de Azevedo, FelicianoPenna Chaves, -Alexandre Fernandes,Geo;ges M. Chometon Oliveira, Arabel-Ia Gonçalves, Lindolpho Tavora de An-oraue, Rubem de Souza Vidal, ManuelLeopold:no de Faria Filho, Hermann Ra-malho Campos, Luiza da Costa, MariaLydia Braga da Silva, João Baptista daSilva, Bazinha de Almeida, Romana doNascimento Rosa, Horacio Teixeira, Ara-cy Franco, Oscar Soares, Jurema FalcãoPfaltzgraff, Julieta Ramos de A. Perei-ra, João Figueiredo, Mario de Andrade,

1»! Um bello par de sa-patos de velludo,entrada baixa, compedrinhas —ultimacreação da moda

nas casas de luxo custam 25$ — 12»,Avenida Passos (Casa Guiomar).

Evita infecçoes e mo-lestias de pelle,

\

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O TICO-TICO 22Murillo de Carvalho Pereira Rego, Yed-da Lacerda, Nocl Fortuna, Clara Cala-zans Rodrigues, Titã Magalhães Olivei-ra, Carlos Gomes, José de MagalhãesCarvalho, Antonio Gomes da Silva, In-«ocencio Galvão de Queiroz, Diva de Al-meida Magalhães, Paulo Baptista Alves,Carolina Lopes de Menezes, Isaltina daCruz Guimarães, Paulo Murgel, José deSanfAnna Padilha, Ernani Santos, JoãoGabriel de Sant'Anna, Ruy Guimarães,Abelardo Endofeldz, Achilles Motta, Ri-cardo de Souza Lobo, Fcliciano M. deGusmão, Maria José de Carvalho, Pau-Iina Velloso da Silva, Adelina MenezesAssumpção, Miguel Jeronymo de Carva-lho, Raul Henrique Vieira, Zulmira Viei-ra de Souza, Heitor Ferreira Braga,Eduardo T. Abrantes, Maria Luiza Go-mies,, Armando C. Cabral, Leonam deAzevedo Ccnira, Zelia Brito, OswaldoBorges, Herculano B. Lamargo, WerthaTeixeira de Azevedo, Maria Isabel deBrito, Marina Oliveira Cavalcante, Ono-ire Pedrosa, Quintino dos Santos, JoãoMuniz da Silva Ramos, Octavio de Car-valho Valle, Raul Jorge de Sá, Aristote-les Godofredo de Araújo, Jorge Marquesda Silva, José Miranda Soares, LybiaBuarque de Gusmão, Amaury PereiraMonteiro Alves Barbosa, Irene Vieira deLima, Gabriel de Figueiredo, Ubaldino deSouza, Oroziuho Ribeiro da Silva, JoãoLuiz Aquiuo, Eusimio da Cruz Baptista,Geuaro Moraes Pereira, Carlos Martins,Aleantaiuo, Lourdes Brandão.Graziela Oli-veira Lages, Carmen Corruella, Theodo-rico S. Oliveira, Álvaro Gomes Alves,Maria Luiza Rouanet, Ariudo Silveira,Victor Miguel Cláudio da Silva, JacobGuimarães, Regina de Araújo Cid, AclirPegado Goulart, Luiz Jayme Júnior, Ma-ria do Carmo Dias Leal, Homero DiasLeal, Marilia Dias Leal, Filhote DiasLeal, Donguiuha Dias Leal, Rubem DiasLeal, Carlos Jansen, Leonor Martins doCarmo, Dinorah Coelho Cintra, João Au-gusto Maia Penedo, Frici da Silva, Adhc-mar Couto, Laura Eleone de Almeida,Odette Castro da Veiga Pinto, Edith Au-íínsta Miranda, Octavio José de Castro,Maria Siqueira Costa, Nair Costa Perei-ra, Agar Quciroga, Nathayl Gizelia deSouza, Sylvio Magalhães, Maria de Je-mis Carneiro, Álvaro Euclydes, Fernan-«Iina Fernandes, Mario Castello Branco,José Ferreira Neves, Roberto Machado,-Maria Pertence, Jesuina de Freitas Bra-sa, Francisco Marques dos Santos, Ar-lindo de Almeida Machado, Jocelyna dosAíflictos, Cyrillo Warthon Barros, Ma-miei Carneiro Pereira, Raul Siqueira Xa-vier, Amazonilo Frota Pinto, Heleno No-gncira, Sebastião Penna Filho, Nadir Mo-reno Peixoto, Mauro Maia de Andrade,Maria Antonietta de Moraes Alves, LuizGonzaga de Vilhena Moraes, Giselia Fro-i.; de Andrade, Eurico de Carvalho Pen-na, Benoni Souza, João Formiga, AlcidesCarvalho Andrade, Ariovaldo Leal, 'fulloH. G. Leal, Decio Honorato, Anna RitaG. Gonzaga, Maria de Lourdes Brandão,Francisca Bcnedicta Catão, Raphael Aléa,Odeite Teixeira, Elisabeth Nevcle, JoséSophia de Souza, Cecilia Saboya, Judithde Queiroz, Júlio Gomes de Araiijo, Ho-iac;o de Amorim, Alzira Ramos, IvoRamos, Corina Maciel, Noberte Gerhein,José Augusto de Arruda, Deolinda Mar-íins, Dieomira S. Calberg, Virginia Vi-

dal, Waldemar Heidtmann, TheodomíroR. Duarte, Jaiza Pinto Gaspar, DhalbaSoares de Pinho, Rubem Rodrigues Viei-ra, Jardelino Reis, Rita Cortes Gouvêa,Selene Espinola Corrêa» Nodovaldo Fi-gueiredo Souza, Darcy Gomes de Lima,Francisco Moraes Costa, Jandyra Soter,Carolina Freesz, João Telemaco de Mel-Io, Jenny de Castro, Maria Borges daPenha, Thereza D'Ainto, Analdino Sotc-ro, Maria Leal, Clara Leal, João Evange-lista, Neuza Soares, Hamilton de QueirozBarbosa, Humberto Teixeira Campos,Olenka Braga dos Santos, Carlos Tei-xeira, Manuel Nascimento, Athair C.Menezes, Carolina Vasconcellos, CésarMachado da Silva, Aloysio Vieira Côr-tes, Helvécio Alberto Carlos, João Ellent,Maria Orminda Machado, Antonio deMoura, Ulpiano Manso, Maria Joaquinade Araújo, Alice Claro, Carlos AlbertoMeira Barroso, Benjamiu Moutinho Pe-reira, Maria José Machado Soares, An-tonio R. de Magalhães Couto, LindolphoAlberto Barroso, Joanna Osman Leone,Margarida Fontes Veinhart, Mem Maga-lhães, Frederico Ferreira Tasshebcr, Er-nani de Rezende, Olga Lafayete, Amphi-lequio Freitas, Odorila Moura, IldefonsoCaminha, E. Bastos, Lydia Alves de Frei-tas, Dante Guarinello, Djalma Vianna,Oswaldo Pinto de Toledo, Nelson MouraBorges, José de Carvalho Ferreira, Eu-thalia da Costa Dias, Dario Alves Maia,Ismael Bittencourt, Deolinda Rodrigues,Alida Hartley, Ary Moreno Peixoto, Ju-rema Fausto de Souza, Aracy Gabrieldos Santos, Flavio Costa, Danuzia deSouza e Silva, Melton Bem, Heloísa Ri-beiro, Hclia Tavares, Godofredo Lima,Arlindo da Costa Santiago, Oravia Cir-cundes de Carvalho, Joaquim Antonio F.Oliveira, Lino Rangel da Silva, Maria A.Vieira Marcondes, José Alves de Mene-zes, Hilda Lussac, Elisa de Lourdes Fer-reira, Nelson Palma Travassos, José Lco-poldo e Silva, Eliah da Costa Magalhães,Alahyde Odette de Oliveira, José de Al-meida Mendonça, Sebastião Torres, Abi-gail Ribeiro Pazj Alberto R. Paz, OdetteSoares, Waldemar Medeiros, Nelson N.de Vasconcellos, Helius Pereira da Silva,Maria de Lourdes Segadas, Corbelina A.R. Leão, Sylvio Espinheira, Althair P.Silva, Odette de Castro, Maria de Lour-des Paiva, Risoleta da Motta Coelho, Ha-roldo Rocha d'Avila, Edméa Mormanno,Maria Cecilia de Abreu, Heloísa Bitten-court Mello, Esther de Souza Barros,Odette Rangel Forain, Henninger Bar-bosa, Mario Pereira dos Santos, Eryx deCastro, Norival Carneiro, Matheus Mc-deiros. César Guimarães, Octavio C. Bar-ros, Henrique de Souza, Américo Gomes,Deniosthenes de Almeida, Tannyra Mo-reira Lima, Antônio de Mello, HarybertoPaes Leme, Sylvia N. M. Sampaio, RosaBaska, Alberto Xavier Cerqueira, AryThomaz Coelho, Cacilda Pacheco. JoséM. M. Naegele, Gerson de Assis Martins,Hilda de Oliveira Beltrão, João CaetanoPedro de Andrade, Gina Paes de Barros,Manuel Gonçalves Guerra, Oswaldo A.Vieira, Nelson de Souza Carvalho, DivaGoulart, N. Celso G. Ribeiro. Maria LuizaGoulart, Hesmes Evaristo Bisnar, LucasJosé Geraldes, Virgílio Castello, ArlindoCastilho, Victorio Guimarães, Paulo Sil-va, Deta Penna, Olavo Prates, MoemaEstevcs, Mercedes Ruiz Aguiar, Joelda

Costa Valente, ajoquim &;rr.arde3 San-tos, Orlando Thomaz, Flavia ds Andrade,Edwiges Tibiges, Rosalina Barreira, Ida-lino Leone, Oscar Alves Moutir.ho, Wal-demar Pinto, Rodrigo F. Brandão, RitaMenezes, Maria Isabel Freire. RobertoS;. Mendonça, Álvaro Terra, Zoé Santos,Nydia R. Ayres, Cid Couto, José de An-drade, Isabel Vieira, Alô Guimarães, Ca-tharina Lamamia, Gaspar Pacheco, MariaGuimarães, Almira S. e Soma, Alberto-Americano Freire, Iza dss Santos.

Foi ests o rss-ultado d. osorteio :i- Premio i0$000.

Cyrillo Warthon Ramoscom 9 annos de edade, residente naRua D. Pedro n. 53 — Fortaleza —Est. do Ceará.

2' Premio — Uma assljaàc-ira an-nual d'fO Tiec-Tico».

Arlindo de Almeida Machadode 13 annos de edade, residente naRua 15 de Novembro— Lages —Est.de Santa Catharina.RESULTADO DO CONCURSO N. 964.

SOLUÇÕES EXACIAS

1*—Ermelinda ou Floresbelta2.'— Prato-Rato3'—Milho-Milha.4*—Tainha-R3inha.

Enviaram-nos soluções os ssâíiintes ami-guinhes :

Bazinha de Almeida, Odette MirandaMachado, Horacino Ribeiro da Silva, Dhal-ba Soares de Pinho, Iolanda Hilda, ManuelJoaquim de Carvalho, Hylda Cruz, Joséde Oliveira Duarte, Elza Gomes Netto, Ma-ria Orminda da Matta Machado, JoséFrancisco Sperandeo, Aldemar de Meira,Eliza de Figueiredo, Helvécio Alberto Car-los, Jaiza Pinto Gaspar, Tito Livio de Cas-tro, Maria Borges da Penha, Mary Reis,Emilia do Nascimento Mesquita, AntônioJosé d'01iveira, Maria Lydia Braga da Sil-va, Waldemar Pinto, Helson M. VieiraCavalcanti, Actir Pegado Goulart, José Ar-ruda, Alodis Tovar, Alberto R. Pa?, Abi-gail Ribeiro Paz, Deta Penna, SebastiãoTorres, José Relieni de Carvalho, LuizGonzaga R. D., Alcides Carvalho Andrade,Joaquim Roxo, W. Silva, Francisco Hora-cio, Ariovaldo Leal, Ida' Walde-mar Augusto Pinto, _Nair Maranhão, Al-ma Kronhand, Ernani Vianna, Guiomar S.Santos, Antonio Lincoln da Costa, Georgi-na Machado da Costa, Nair Viraes de Oli-veira, Manuel Soares de Rezende, João Au-gusto Maia Penido, Raul Blondet, LauraLeite, Rubem Antônio Gomes, Páhnyra Or-si, Sylvio de Souza Lima, Célia de MacedoSoares Guimarães, José Leopoldo e Silva,

I h$,ú%, até£8$<_t).Elegantes e-.-ffo-dernissimossapa-tos, em camurça

branca e preta, em velludo eem ver-niz, com pedras, de atacar no peitodo pe—rigor da moda — i20 AvenidaPassos (Casa Guiomar;.

«1TORNA AS CREANÇAS

SADIAS E ROBUSTAS

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23 O TICO-TICO

Ondina Gonçalves, Augusto Viklans Ju- Lourdes, Ortiz da Silva, Dulce Carvalho, da Silva, Francisco Pereira D. Silva,nior, Arabela Gonçalves, Maria Clemente, Paulo Braga Massu*. Carmen Paula Frei- Walter Benevides, Nelson Araújo Lima,Maria do Carmo, Donguinha, Homero, Fi- tas da Silva, Irene Salcedo Dray, Dymas Alda Canejo, Haroldo Rocha d Ávila. M.lhote, Marilia, Rubem Dias Leal, Aldro- Pellegress, Lia Cardoso da Silva, Lanhdy Barros Netto, Nenato P. Palmeira, Ehe-vrando de Castro, Carlos G. Em- Ferreira Penna, Ferino José do Nasci- zer da Gama Bezerra, Octacilto de Mello,bach, Carmen da Costa Ferreira, Adelai- mento, Alfredo G. Chaves, Laura O. Idalina Moreira Gomes, Lmdolphcde Freire, Heloisa Magno da Silva, Edmée Lobo, Maria Adelina Cohamer, Umberto Alberto Barroso, João Figueiredo, Ansto-Mormanno, Maria da Conceição Alves de Fernandes Patrucio, Hortencia Cruz, Ce- teles Godofredo de Araújo e Silva. CarlosCastilho, Stella Brandão, Allurillo Figuei- cilia Autran de Abreu, Eulina Telles, Alberto Mera Barroso, Addy Motta, Isau-redo de £>ouza, jose Ce Carvalho berrei- Antônio Sampaio üe ivez-enue, fiuuoru ra uias guerra, namiuon uaruos^, aia-ra, Clarisse Dias, Ivan de Albuquerque Ca- Lemos de Oliveira, Octavio Ferreira Ca- ria Pego de Amorim, Octavio de Carva-mara, Risoleta Costa, Horacio dos Santos lainho.Marianna da Cunha Cardoso Pinto, lho Valle, Yvette Dias Vieira, LoiirençoCaneco, Iza de Arauio. Flávia e Luiz An- Anna Rodriaues de Castro, Luciola Lei- Pitelli, Yolanda Engelke, Castorina Alves

For sorteiorn.iad.os :

f c ram p rs>

1- Prêmio I0$000.Maria d'Oliveirâ

, ^racy cinha Cardoso da auva, j.cy ^me.u* com lo annos de edade, re ider.te naves Fer- Doemon, Luciola Leivas, José Joaquim Ruai Baixado¦ Bomfim n. 4-S. Sal-

de Oliveira Corrêa, Maria da Silva Nazareth, José vador-Lst. da Bahia.Catão. Francisca Catão, Alena 2' Prêmio—Uma assignatura an»

drade, Maria Antonietta de Moraes Alves, vas, Helena de Araújo, Carlindo dos San- Durão, Arthur Luiz Soares, Jalvora Cor-Manuel Vidal Leite Ribeiro Junior, De- tos Braga, Lelia do Espirito Santo, Nel- rêa, Waldemar Barroso.deu de Carvalho, Rita Lopes, Maria Can- son N. de Vasconcelíos, Judith de Quei-delaria Pinto Blandoz, Branca Vogel, Rita roz, Carmen Dolores Bruzzi, Joaquim Si-Menezes, Oswaldo Nelson, Carlos Eugeno rrões, Moema Esteves, João Lopes Pe-Magalhães, Edelmeiss de Maracajá, Lygia reira, José Edgard Catão, Maria Linhares,M. Fernandes de Oliveira, Oswaldo Candi- Francisca Catão, Milton Macedo Munhoz,do Souza, Bento C. Cândida Andrade, 01- Maria Guimarães, Tétéa Peixoto,, Mariaginia Durão, Hilda Lussac, Edgard Men- Anna Naegele, Herminia de Mattos, Ni-donça de Oliveira, Alzira Carmo,Gabriel dos Santos, Edith Gonçalreira, Neide de Castro, JoséDuarte, Francisco Pasternach, Maria José EdgardMoreira Lazary, Rubem Paes Leme, Car- Pires, Judith Telles Guimarães, Djalma nual d*«0 TieoMTieo»los Machado, Theonas Gabrielli, Maria Costa Lima, Laura Eleonel de Almeida, WalHfimanIsabel Freire, Carolma de Barros e Vas- Ed. Luiz, Bartholomeu Jose da Silva Fi- wrtuuauiai rairaconcellos, Gabriel A. M. de Barros, ih0", Alzira Ravaglia, Benedicto Mario de 15 annos de edade, residente :Alzira Amancia de Macedo, Lucas José dos Santos, Analdina Soter, Oswaldo Engenho Velho á Rua F. GabiGeraldes, Oswaldo Luiz do Rosário, Gen- Mello Braga de Oliveira, Antônio Grassi, n. 332 — Capital Federaltu Menezes, Adalgisa dos Santos, Ma- Edmundo Borba, Alice Conde, Paulo demiei Alonso Soares, Gerson de Oliveira, F;Kueiredo Lobo Jesuina de Freitas, Bra-Adonai de Filgueiras Kelch, Manuel Car- b

Manuei <jo Rego Barros, Corbelinaneiro Pereira, Maria Magdalena de Si- \ p t „;„ Afio-ail Chaves Mendes Mon-queira Camucé, Hercynia Witzbbem, Fer- £.£ £ao £I.p^^SjJ^ PARA OS LEITORES DOS ESTADOSnando Diharci de Carvalho, Maria d'01i- ? r0fní.r ?' Hvra Soter Maria de «^"-"«ao » *'«~~« ^«^.tveira Atti.a José Thçvenard Barrozo Ju- 1^^^,%^âJ^L deho de Castro, Francisco Magalhães Bas- ££™s ua *uy,tos, Irene Carneiro Leão, Paulino Mene- «e ,. » Vj jl n;^ Maria Tn^zes da .Rocha, Miguel Henriques, Alzi- Evangelista Andrade teto Jose

nozo

CONCURSO N. 970

PRÓXIMOS E D ESTA CAPITAL

Perguntas:1-—O advérbio e o rio de

ra Henriques, Rrancisco Henriques, Ma- de. Castilho, Edmundo Pecego, .rene ler- portUgal formam uma paSSa-ria Dolores Pinto Coelho, Maria de Frei- re>ra da Fonseca, Jose Monteiro de Aguiar, ftas, Evelyne Leuschner, Ary Moreno Pei- Cesar Xavier de Oliveira, Kutli C. de O. 5^" •

xoto, Antônio Castro da Veiga Pinto, de Almeida, Aldahyr C. de O. Figueire- 3syllabaS.Claudiema do Valle Veiga, Percy A. do, Heraldo Amorim, Antônio Borges n.,.n \m^ny,n Ha T Srr,^Bohn Weiss, Esther Linhares, João Lo- Ferreira, Adherbal Armando da Costa, (De ÒOlOri AmanciO de Lima)pes Pereira, Diniz Moreira Lopes, Djany- Jacyra Pereira, Amira, Jpao Corrêa de nnrrif»

Ho mulher » r,ra de Souza Nogueira, Mauro Duarte, Abreu, José Dantas, Jurua Bechng de /- —-U nome de muinet e O

Angelina Pimentel, Henrique Duvivier Macedo, José Borges Ribeiro, Oswaldo Slgnal formam UIU paiz daGoulart, Norberto Gerheim, Waldemar de Moraes Carneiro, Fehsmma Pinheiro, Europa ?Paiva, Lybia Monteiro Alves Barbosa, José de Sá Freire, Lydia Alves de Frei-Jardilino Reis, Alberto Guimarães de Sá, tas, Maria da Gloria Barata Ribeiro,luiza Castello, João Evangelista Andra- Adalgiza de Araújo, Giselia Pacheco, An-de Dias, Guilherme Vidal, João José de gelo Duprat, Ayíton Bittencourt Lobo,Figueiredo, Petrônio Magalhães, Virgílio Juvelina Braga, Christina Adelaide Tei-Castilho, Arlindo Castilho, Ernani San- xeira, Nelson Lago Diniz Junqueira, Aidatos, Maria Anna L. Naegele, Godofredo Tavolara, João Pedro Coelho de Mireanda,

4 syllabas.(Por Antônio Alberto d'01i-

veira)3-— Qual é a ave que, se lhe

lima, Alberto Xavier Cerqueira, Maria de José Alves der Menezes, Zenith Affonso accreSCentarmOS Uma CCnSOan-

Enganar o OrganismoPara Agradar ao Paladar

Fazem isto muitas pessoas que tomamtônicos á base de álcool, quando em reali-

dade o que o seu organismo requer é aEmtslsão de Scott

Poderoso alimento e medicina sem ofalso estímulo do álcool.

I iiit li11(1

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O TICO-TICO 24

te, se torna em sobrenome ?3 syllabas.

(De Ernesto Amadei)4-—Com C estou no quarto,

Com R debaixo da terra,Com L sou terra molhadaCom F muito conhecida.

2 syllabas.(Por Maria Helena da Silva

Carvalho")

Muito fáceis as soluções donosso concurso de perguntas,que esperamos nos sejam en-viadas até o dia 19 de Abril,data do encerramento d'esteconcurso.

Para o concorrente entrar emsorteio deve nos enviar as so-luções assignadas pelo própriopunho, declarar a edade e re-sidencia e juntar á margem das

mesmas o vale respectivo,n. 970.

As soluções devem ser-nosenviadas separadas de qualqueroutro concurso ou trabalhos.Distribuiremos em sorteio, dousmagníficos prêmios, que são

1 • prêmios—10S (moeda cor-rente).

2- prêmio—Uma assignaturaannual d'0 Tico-Tico.

CONCURSO N° 969Paêã os i,íitoeEí dos Estados § d'|íía Capita

Caros leitores. Para organizarem asolução do nosso concurso de armar,de hoje, não ha necessidade de gran-des explicações. Basta, apenas, dizer-mos que, organisados os sete pedaci-nhos acima gravados, teremos a figurade um respeitável senhor, já um tantocurvado, não sabemos porque, poisnão é tão velho assim, o nosso amigo...

E ahi está a solução do concurso n*969, cujo encerramento será no dia 31de Maio. Por sorteio, distribuiremosdous prêmios, sendo o i" de 10S000, eo 2o, uma assignatura annual d'0 Tico-Tico.

São estas as condições para que oconcorrente possa entrar em sorteio :

I§—Asszgnar com o próprio punho asolução;

2"—Declarar por extenso a edade eresidência;

3'—Juntar á margem da mesma o

vale respectivo n° 969 e, finalmente,separar a solução de qualquer outro con-curso ou trabalhos.

.2S200 — Sapatinhos pretos eamarellos, com alça (de 18 a 27).3S0OO — Sapatinhos amarellos,com gaspeas de verniz (de 18 a 27).

fíSOOO— Sapatinhos de pellicarança, para baptizado (de 18 a 27).

4S500— Sapatinhos de verniz,com duas tiras e fivela dourada etambém de atacar (de 18 a 27;.

4S500—Sapatinhos de pellicaamarella, brancos e béje, com duastiras (de 18 a 27).120, Avenida Passos (Casa Gu.omar)

Olhai para o Murodos vossos filhos

XDai-lhes Morrhuina (principioactivo do óleo «le ligado de bacalhau)

COELHO BARBOSA & C.A gentil Maria José''de Arruda Botelho, "U* DOS OURIVES 38 e QUITANDA 104

nossa constante leitora residente cm .. «"»»*«» o« tomarei» lortc» elivres de muitas moléstias na ju-ventude

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Jahú.

HORLICKTMALTED IYIILK só tem ura rivalo leite materno

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O TICO-TICO A CURIOSIDADE (Conclttsao)23

1) —Ainda bem que me soltaste ! Eu estou preso por um en- 2) Alztra, horronsada,qurz fugir e ircanto preparado por teu pai e que se chama discreção. Mas agora tratar do almoço de seu pai ; mas oestou livre ! E, puxando cada vez mais, o anão, cem um só sopro, anão segurou-a, dizendo: — Nao. jagritou:—Eu sou a desordem ! E virou tudo de pernas para o ar. quemesoltaste,ficarásaqui commtgo...

3) —Queres fazer o almoço? Pois bem, 4) ...que em pouco o caldeirão da sopa ferveu e trans-eu vou te ajudar, animando o fogo. E pôz-se bordou, chiando e estallando com grande estrepito. A pobrea soprar no fogão, mas com tal íuria... Alzira estava quasi a morrer de susto, quando ouviu pança-

das fortes na porta...

5) ..e acordou. Era seu pai que batia á porta e, aover a menina tão perturbada, comprehendeu tudo. Ellativera a tentação de entrar no laboratório, mas adorme-çet^^ive^jon^esadeh

6) —E' para que vejas, minha filha—disseílle.-A curiosidade é um deleito tao mau queell

•mesmo q^uândTrio cedemos a ella, traz mausresultados.

Page 26: st^jÕrtKlpÜÇlicI^Õ^rÊtratÕ^de^tÕdÕ^o¦¦¦¦l*a*TlBBmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1915_00496.pdfAnno X Rio de Janeiro, Quarta-feira, 7 de Abril de 191c N. 496 I st^jÕrtKlpÜÇlicI^Õ^rÊtratÕ^de^tÕdÕ^o¦¦¦¦l*a*TlBB

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1) Chiquinho é travesso, más muito intelligeute, e tem grande habilidade paratudo Em dia d'estes, ainda enthusiasmado com as lembranças do sabbado da Alie-luia, foi para o piano e conseguiu tocar de ouvido as populares copias da melodia.

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2) Foi um successo ! Jagunço, electrisado pela cadência da musica, começoua dançar e» á proporção que Chiquinho se animava na execução, acompanhando amelodia até com os pés, Jagunço chegava a rodopiar de alegria.

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«03) Foi tamanho o barulho d'esse concerto e baile improvisado, que mamai veiu verificar o que

era aquillo E, admirando-se da habilidade com que Chiquinho tocava de ouvido, julgou que seriapena perder tão boas disposições musicacs e resolveu. .

A) .. .tomar um professor de piano para elle. Com essa é queChiquinho não contava. Mas logo no dia seguinte veiu o professore nosso amiguinho teve que começar a lição

(Continua)