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SEAAC SEAAC em Revista Jornal do Sindicato dos Empregados em Escritórios de Contabilidade, Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas e Agentes Autônomos do Comércio do Grande ABC, Mogi, Suzano e Região. Telefone (11) 4994.9055 N° 65 - ANO 10 OUTUBRO/2009 FILIADO A FALTA DE HABILIDADE DO SESCON TRAVA AS NEGOCIAÇÕES O Sindicato patronal de con- tabilidade e assessoramento não tem habilidade política para comandar o processo de negociações coletivas. Em passado não muito dis- tante, a imperícia deste patro- nal condenou milhares de em- presas a pagarem indeniza- ções a seus empregados. A conta acabou nas mãos dos empresários e agora ele tenta reescrever a mesma his- tória. O mais interessante é que algumas empresas não apren- dem a lição e ficam esperando o pior acontecer. ACORDO COLETIVO SUBSTITUI A CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO Por que esperar pela politicagem do sindicato patronal, se a empresa pode firmar Acordo Coletivo de Trabalho com o SEAAC, gerando os mesmos efeitos jurídicos le- gais? Mesmo quando vigora a Convenção Coletiva de Tra- balho, quem orienta as empresas em eventuais dúvidas sobre cláusulas convencionais é mesmo o SEAAC, ten- do em vista a burocracia e a falta de vontade do patronal para orientar os empresários. Então, para que serve um sindicato patronal assim? Veja na página 3 COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA É FACULTATIVA A nossa Confederação Nacional (CNTC) entrou com uma ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalida- de) no Supremo Tribunal Federal, contra a obrigato- riedade de submissão das demandas individuais tra- balhistas às Comissões de Conciliações Prévias. A ADIN ainda não foi julgada, mas foi concedi- da liminar que garante o acesso direto do trabalha- dor à justiça do trabalho, sem antes ter de passar pela comissão. PATRÃO PILANTRA E SEM VERGONHA QUERIA CRIAR SINDICATO DE EMPREGADOS PARA USAR COMO BIBELÔ Veja na página 3 LISA SE APROPRIA DO DINHEIRO DOS EMPREGADOS Empresa demitiu empregada no mês de junho de 2009 e até o início de outubro não realizou a homologação da rescisão contratual, impedindo o recebimento do FGTS e do Seguro-Desemprego. Queria homologar a rescisão contratual na “marra”, na primeira quinzena de outubro e sair ilesa dos crimes cometidos, mas o SEAAC “pe- gou” a espertinha. Leia na página 4 Alguns donos de empresas de cobrança não querem ser mais in- comodados pelos SEAACs e, para isso, procuraram uma forma crimi- nosa de se ver livre daqueles que querem que eles cumpram as leis trabalhistas: tentar criar um sindica- to de empregados para usarem como marionete. Já é a segunda vez que tentam. Na primeira vez foi na véspera do natal de 2003 e agora foi no último dia 02 de outubro, no centro de São Paulo em um hotel de luxo: só en- trava quem tinha o convite controla- do por código feito pela empresa. O “testa de ferro” desta vez é um tal de Antônio Alves de Moura Filho, que nem apareceu no local. Mas o advogado deles continua o mesmo. Veja na página 4 Associados são isentos de inscrição nos vestibulares do IESA em Santo André. Veja na página 2

sto andre 03seaacabc.org.br/midias/arquivo/11-2009-10.pdf · dor à justiça do trabalho, sem antes ter de passar pela comissão. PATRÃO PILANTRA E SEM VERGONHA QUERIA CRIAR SINDICATO

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Jornal do Sindicato dos Empregados em Escritórios de Contabilidade, Assessoramento, Perícias, Informações ePesquisas e Agentes Autônomos do Comércio do Grande ABC, Mogi, Suzano e Região. Telefone (11) 4994.9055

N° 65 - ANO 10OUTUBRO/2009

FILIADO A

FALTA DE HABILIDADEDO SESCON TRAVAAS NEGOCIAÇÕES

O Sindicato patronal de con-tabilidade e assessoramentonão tem habilidade políticapara comandar o processo denegociações coletivas.

Em passado não muito dis-tante, a imperícia deste patro-nal condenou milhares de em-presas a pagarem indeniza-ções a seus empregados.

A conta acabou nas mãosdos empresários e agora eletenta reescrever a mesma his-tória. O mais interessante é quealgumas empresas não apren-dem a lição e ficam esperandoo pior acontecer.

ACORDO COLETIVOSUBSTITUI A CONVENÇÃOCOLETIVA DE TRABALHO

Por que esperar pela politicagem do sindicato patronal,se a empresa pode firmar Acordo Coletivo de Trabalhocom o SEAAC, gerando os mesmos efeitos jurídicos le-gais? Mesmo quando vigora a Convenção Coletiva de Tra-balho, quem orienta as empresas em eventuais dúvidassobre cláusulas convencionais é mesmo o SEAAC, ten-do em vista a burocracia e a falta de vontade do patronalpara orientar os empresários.

Então, para que serve um sindicato patronal assim?

Veja na página 3

COMISSÃO DE CONCILIAÇÃOPRÉVIA É FACULTATIVA

A nossa Confederação Nacional (CNTC) entroucom uma ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalida-de) no Supremo Tribunal Federal, contra a obrigato-riedade de submissão das demandas individuais tra-balhistas às Comissões de Conciliações Prévias.

A ADIN ainda não foi julgada, mas foi concedi-da liminar que garante o acesso direto do trabalha-dor à justiça do trabalho, sem antes ter de passarpela comissão.

PATRÃO PILANTRA E SEM VERGONHA QUERIA CRIAR SINDICATO DEEMPREGADOS PARA USAR COMO BIBELÔ

Veja na página 3

LISA SE APROPRIA DO DINHEIRODOS EMPREGADOS

Empresa demitiu empregada no mês de junhode 2009 e até o início de outubro não realizou ahomologação da rescisão contratual, impedindo orecebimento do FGTS e do Seguro-Desemprego.

Queria homologar a rescisão contratual na“marra”, na primeira quinzena de outubro e sairilesa dos crimes cometidos, mas o SEAAC “pe-gou” a espertinha.

Leia na página 4

Alguns donos de empresas decobrança não querem ser mais in-comodados pelos SEAACs e, paraisso, procuraram uma forma crimi-nosa de se ver livre daqueles quequerem que eles cumpram as leistrabalhistas: tentar criar um sindica-to de empregados para usaremcomo marionete.

Já é a segunda vez que tentam.Na primeira vez foi na véspera donatal de 2003 e agora foi no últimodia 02 de outubro, no centro de SãoPaulo em um hotel de luxo: só en-trava quem tinha o convite controla-do por código feito pela empresa.

O “testa de ferro” desta vez éum tal de Antônio Alves de MouraFilho, que nem apareceu no local.Mas o advogado deles continua omesmo.

Veja na página 4

Associados são isentos de inscrição nos vestibulares do

IESA em Santo André. Veja na página 2

Editorial

Outubro/20092 - SEAAC em Revista

Antes de você formar qualquer opi-nião sobre a atuação do Brasil em Hon-duras, sobre o presidente deposto e ogolpe militar naquele país, procure seinformar primeiro quem é que está lheinformando, porque tem gente no Brasil,como as quatro famílias mais podero-sas da nação, no que se refere à comu-nicação, que tem um passado com inti-midades com os regimes ditatoriais.

As quatro famílias que influenciam asociedade brasileira já há muitas décadas,através dos meios de comunicação, sãoa família Marinho, dona das organizaçõesGlobo; a família Frias, dona do jornal Fo-lha de São Paulo; a família Mesquita, donado jornal o Estado de São Paulo e a famí-lia Civita, dona da revista Veja.

Foi a ação midiática destas famíliasque, por exemplo, atirou o Brasil numaditadura militar que durou mais de vinte

QUEM E O QUE FALAM DE HONDURASanos, além de sustentá-la durante a mai-or parte do tempo.

Essas famílias estão no pico da aris-tocracia e muita gente ingênua lê as ma-térias circuladas na grande imprensa con-trolada por elas e passa a disseminar oque leu, transformando-se num formadorde opinião, não sua, mas da aristocracia,da mais alta burguesia brasileira, daque-les que tem nojo de cheiro de povo.

Como infelizmente o nosso povo nãotem o hábito e a cultura da leitura, os pou-cos leitores, entre eles pseudo-intelectu-ais, vão passando e transmitindo adiantea literalidade dos textos da burguesia, quepor sua vez são tidos como verdadeiros edisseminados pelas camadas mais sim-ples da sociedade.

Não é difícil ouvir conversas de bar oude feira, onde as pessoas expõem opini-ões sobre assuntos de qualquer nature-

Negociação Coletiva de Trabalho temnatureza de atividade fim para um sindi-cato de empregados e empregadores,portanto, tomando como analogia as re-gras aplicadas às atividades econômi-cas, referida atividade não deveria serterceirizada, mas no SESCON a nego-ciação coletiva é terceirizada.

A falta do engajamento da diretoria dosindicato patronal, ou do permanente acom-panhamento de uma comissão formada porempresas associadas para adicionar umpouco de realismo nas discussões da cam-panha salarial, transforma as mesmasnuma espécie de audiência para homolo-gar um acordo mercantil qualquer.

Não tem debate, discussão de idéias,construção conjunta de mecanismos paracoibir atos e fatos danosos às relações de

O SESCON TRAVOU AS NEGOCIAÇÕES PORFALTA DE HABILIDADE

VAGNEY BORGES DE CASTROPRESIDENTE

za, com raiz ideológica dos dominantes,defendendo a lógica da pequena parceladominante da sociedade em detrimentode sua realidade de vida.

Essas famílias levaram um bofetãocom a eleição de Lula presidente, mascom o passar do tempo estão se recu-perando e botando as manguinhas defora, querendo incriminar os movimen-tos sociais e garimpando qualquer coi-sa que possam para tentar macular aimagem do presidente Lula. Agora es-tão investindo contra a presença do pre-sidente deposto de Honduras no con-sulado brasileiro em Tegucigalpa, es-miuçando detalhes para encontrar algoque possam investir e desmoralizar ogoverno brasileiro.

Não é de se estranhar que defen-dam o golpista que tomou a presidên-cia de Honduras de assalto: basta re-

lembrar a parceria desse pessoal comnossa ditadura militar. O que eles nãofalam é que o golpista de Honduras fe-chou todos os meios de comunicação.Lacrou e tampou a boca de todos osjornais. Se fosse o presidente Zelaya,Hugo Chávez ou Evo Morales, essesbacanas já tinham feito um carnavalnos seus impérios midiáticos.

trabalho, estruturação de cláusulas sociaise ou formas de adaptação de proporciona-lidades aos diversos segmentos represen-tados e mais uma série de discussões exi-gidas pelo dinamismo da relação capitaltrabalho.

O SESCON contrata um advogado queouve uma comissão de empresas que sereúne apenas por ocasião da campanhasalarial, ouve um aqui e outro lá, cada umdefendendo seu próprio umbigo e depoisvai “despachar” com os SEAACs.

Da imensa pauta de reivindicações,nem tem o trabalho de folheá-la. Espe-ra o anúncio oficial do INPC e se reser-va apenas a dizer quanto é que o SES-CON quer assinar.

Esse desprezo com as negociaçõescoletivas já custou caro para muitos em-presários, enquanto o SESCON saiu ileso.Uma dessas ocasiões foi no ano de 2003,quando aleatoriamente o SESCON queriaque “engolíssemos” um reajuste de 14%só porque eles tinham fechado acordo nes-se sentido com o sindicato da capital e al-guns do interior.

Não demorou e a conta chegou paraos empresários, que tiveram de pagara diferença salarial atrasada toda deuma só vez, exceto os mais espertos,que se anteciparam e fecharam acordocoletivo com o SEAAC.

De outra vez foi com relação ao vale-refeição/alimentação, cujo patronal insistiuem querer nos empurrar uma cesta básicaque já tinha pactuado com o sindicato dacapital e alguns do interior, menosprezan-do nossa capacidade de luta, resultandonovamente numa “fatura” para os empre-sários pagarem.

Foi estipulada uma indenização paracada empregado por cada ano resistido peloSESCON. Até hoje tem empresário enros-cado nas barras do tribunal respondendoação de cumprimento alegando que nãopode pagar essa indenização.

Este ano o SESCON tentou fazertodo mundo de palhaço. Iniciou as dis-

cussões da negociação coletiva dire-cionando para perspectivas que leva-vam a crer que finalmente tínhamosinaugurado uma nova etapa, com ne-gociações de verdade, discussão edebates de idéias. Por fim, tudo erauma farsa. O SESCON apenas queriaganhar tempo e continuar no seu eter-no “berço esplendido”, com a políticado “menor esforço”.

Talvez até quisessem inaugurar um pro-cesso de negociação verdadeiro, mas fal-tou habilidade, comando, legitimidade, au-toridade e conhecimento dos reais proble-mas que afligem a categoria, por parte dequem conduz o processo.

A Faculdade IESA está com inscrições abertas para oVESTIBULAR/CAMPANHA DE BOLSAS DE ESTUDO -1º semestre de 2010, cursos no período diurno e noturno.

Nesta campanha, o interessado realizará prova econforme seu desempenho pode obter bolsa de estu-do de 10% a 100% durante todo o curso escolhido.

O associado do SEAAC tem inscrição gratuita, bas-ta apresentar na secretaria da faculdade a carteirinhado SEAAC.

CAMPANHA DE BOLSAS DE ESTUDO DO IESA EM SANTO ANDRÉ

Outubro/2009 3 - SEAAC em Revista

A Convenção Coletiva de Trabalho éinstituto jurídico mais velho do que a CLT.Foi criada por lei na década de 1930, quan-do Getúlio Vargas reconheceu os sindica-tos de empregados e de empregadores.Nesta mesma ocasião foi criado o Minis-tério do Trabalho e instituído o então im-posto sindical, atual contribuição sindical.

Só no ano de 1967 é que surgiu a fi-gura jurídica do Acordo Coletivo de Tra-balho, que passou a integrar o artigo 611da CLT, no parágrafo único, cujo caputdiscorre sobre a Convenção.

Tanto um instrumento quanto outrotem a mesma validade jurídica.

Em alguns setores da economia, emespecial o setor de serviços, que tomoucorpo após o desenvolvimento da Indús-tria e Comércio, não tiveram a mesmacultura sindical das atividades mais anti-gas, com práticas negociais diretamenteentre empresa e sindicato profissional.

O setor de serviços e em especial osadministrativos surgiram no início do con-texto das idéias neoliberais, que prega-vam o distanciamento máximo das orga-nizações sindicais. Condições propícias

ACORDO COLETIVO DE TRABALHO TEM AMESMA EFICÁCIA DA CONVENÇÃO COLETIVA

aos sindicatos patronais, que em razãoda indiferença dos empregadores com asorganizações de classe profissionais,cresceram, absorveram e dirigiram a von-

tade dos empresários no que tange anegociação com os empregados.

A idéia é que o empregador deva sepreocupar exclusivamente com as rela-

ções econômicas, estruturais e mercan-tis do seu negócio, deixando por contado sindicato patronal toda e qualquer ne-gociação e pactos coletivos.

Essas idéias foram ultrapassadaspelos novos sistemas de RecursosHumanos que perceberam que a ma-téria prima mais preciosa dentro deuma empresa de serviços é o empre-gado, razão pela qual mudaram o focode atuação e passaram a orientar asempresas a negociarem direto com osindicato de empregados.

Mas alguns setores ficaram para tráse continuaram deixando a resolução des-sas questões nas mãos do sindicato pa-tronal, que acomodados por não seremmolestados pelos atarefados patrões,contratam um advogado para fazer deconta que negocia.

Esses empregadores só começam aperceber que o patronal está negligenci-ando com suas obrigações quando rece-bem a “fatura” atrasada para pagar. En-tão acordam e percebem que podem atuarsozinhos, sem precisar ficar agarrado nasaia do sindicato patronal.

O Supremo Tribunal Federal conce-deu liminar numa ação direta de incons-titucionalidade ajuizada pela CNTC –Confederação Nacional dos Trabalhado-res no Comércio, para tornar facultativaa exigência de submeter os conflitosindividuais trabalhistas às Comissõesde Conciliações Prévias.

A medida é importante porque o pro-cesso trabalhista ajuizado por diversosempregados estavam sendo rejeitadosporque não tinham sido submetidos an-tes à comissão de conciliação prévia.

Nos últimos anos, o Ministério Pú-blico do Trabalho (MPT) têm ajuizadocom frequência ações civis públicascontra essas comissões ou mesmo fir-mado Termos de Ajustamento de Con-duta (TACs) com as comissões paraevitar que realizem transações de direi-

No dia 28 de setembro de 2009 foidado início à execução do processo con-tra o Escritório Oliveira, movido pelo SE-AAC porque ele se recusou a pagar ovale-refeição aos empregados, insistin-do em manter uma cozinha e refeitórionos fundos da empresa.

No curso da liquidação do processo (re-alização das contas e apuração dos valo-res individuais de cada um dos emprega-dos), o Oliveira apresentou um monte derecibos assinados pelos empregados.

Nos referidos recibos, os empregadosafirmavam que já tinham recebido todosos valores que o sindicato estava cobran-do no processo, dando quitação dos direi-tos e liberando o Oliveira da condenação.

Infelizmente aqui no Brasil ainda existea demissão imotivada, razão pela qual pa-trões inescrupulosos se utilizam do medo

COMEÇA A EXECUÇÃO NOESCRITÓRIO OLIVEIRA

SEAAC em Revista é uma publicação do Sindicato dos Empregados em Escritórios de Contabilidade, Assessoramento, Perícias, Informações ePesquisas e Agentes Autônomos do Comércio do Grande ABC, Mogi, Suzano e Região, com sede na avenida João Ramalho, 52, Vila Assunção, SantoAndré, SP, CEP 09030-320. Telefone (11) 4994.9055. Site: www.seaacdograndeabc.org.br - E-mail: [email protected]. Subsede de Mogi: rua Dr. DeodadoWertheimer, 1.352, 2° andar, sala 23, Centro de Mogi das Cruzes, SP, CEP 08710-430. Telefone (11) 4798.2180, Fax (11) 4726.3335. E-mail: [email protected] Base territorial: Biritiba Mirim, Diadema, Ferraz de Vasconcelos, Mauá, Mogi das Cruzes, Poá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, São Bernardodo Campo, São Caetano do Sul e Suzano. Diretoria Executiva - Presidente: Vagney Borges de Castro. Tesoureiro: Irineo Debessa. Secretário-geral: CláudioRodrigues Chagas. Ilustrações: Thor. Edição: Heliana Nogueira – Mtb 22.098. Tiragem: 15 mil exemplares.

CONCILIAÇÃO PRÉVIA EMCOMISSÃO É FACULTATIVA

tos incontroversos, como o aviso pré-vio, ao invés de discutir direitos aindanão constituídos, como indenizações.Há centenas de ações movidas por tra-balhadores que se sentiram lesados poracordos feitos nas CCPs. Aqui na re-gião, flagramos alguns patrões levandoempregados à CCPs para homologarrescisão de contrato de trabalho.

Por falar em Comissões de Conci-liações Prévias é sempre bom lem-brar dos tribunais e câmaras arbitrais,empresas privadas que invadem aárea de direito trabalhista individual,para lesar direitos dos trabalhadoresem beneficio de patrões pilantras - emespecial, realizando atos em sede derescisão contratual. Quando tiver co-nhecimento de qualquer dessas pilan-tragens, denuncie ao SEAAC.

que o empregado tem de ficar sem o em-prego e submetem-no a situações vexató-rias e humilhantes, como assinar recibosem ter recebido o devido valor, fazendoum passa moleque no sindicato que ficouanos batalhando nos tribunais contra a ile-galidade do patrão, além de fazerem a jus-tiça do trabalho de boba, porque depois demover todo o aparato do poder judiciário, abelezinha da empresa aparece com os re-cibinhos e joga tudo na lata do lixo.

Tendo em vista que a justiça é cega,mas não é burra, os recibos foram afasta-dos e o Oliveira vai ter de pagar centavopor centavo, corrigido, de tudo que deixoude pagar aos empregados.

Só falta agora os empregados depoisde receberem o dinheiro das mãos do sin-dicato irem até lá e devolverem ao Olivei-ra. Aí já é demais.

Outubro/20094 - SEAAC em Revista

TESTA DE FERRO COVARDE CONVOCAASSEMBLÉIA E DESAPARECE

Um tal de Antônio Alves de Moura Fi-lho, intitulado presidente de uma supostaAssociação Nacional dos Trabalhadores emServiços de Cobrança, publicou um editalno Diário Oficial do Estado de São Paulo,no dia 22 de setembro de 2009, convocan-do todos os trabalhadores em cobrançaspara uma assembléia no dia 02 de outubrode 2009, uma sexta feira, às 10 horas damanhã, num hotel de luxo, no centro deSão Paulo, para fundar um sindicato de tra-balhadores em cobranças.

No endereço que essa suposta Asso-ciação declarou à Receita Federal não háabsolutamente nada. Neste mesmo lugar,funcionava antes a AUDAC. Essa AUDACé a empresa de cobrança que mais fraudaos direitos dos empregados. Só aqui em

nossa região, já foi multada por diversasilegalidades e falta de cumprimento da leitrabalhista. Em outros Estados, o Ministé-rio Público do Trabalho já enquadrou tam-bém essa picareta.

Em dezembro de 2003, véspera denatal, essa mesma turma tentou realizaruma assembléia para fundação dessemesmo sindicato, dentro da AUDAC, na ruaao lado de onde se tentou realizar a as-sembléia neste último dia 02 de outubro.Por sinal, o advogado deles é o mesmo,veja nas fotos.

Para surpresa de todos, as empresasque estão por trás desse crime contra aorganização do trabalho, contrataram ca-pangas para impedirem que os trabalhado-res entrassem no recinto da suposta as-

sembléia. Segundo os bate paus, uma talde dona Sonia deu ordens a eles para dei-xar entrar apenas quem era portador doconvite.

Referido convite, com número de se-nha, foi entregue pelos patrões criminososa alguns empregados da empresa ORCO-ZOL ASSESSORIA E CONSULTORIA DECOBRANÇAS LTDA, com sede na ruaBenjamin Constant, 190 – centro de SãoPaulo. Os empregados convidados foramdispensados do serviço para irem até lá evalidar a reunião.

Dezoito empregados foram até lá enada sabiam. Apenas lhe disseram quetinham de ir naquele local porque um pes-soal da associação de cobrança tinhaalgumas coisas importantes para infor-

mar ao pessoal.Quem não compareceu foi o anfitrião:

o senhor Antônio Alves de Moura Filho, queconvocou todo mundo e simplesmente nãofoi no encontro. Talvez esse testa de ferroseja o mesmo da assembléia frustrada davéspera do natal de 2003, ocasião em queos trabalhadores o obrigaram a assinar ata,anulando o evento. Se não for o mesmocara de pau, pelo menos uma coisa é cer-ta: o advogado é o mesmo, conforme fotosda época e atuais.

A AUDAC e a ORCOZOL serão al-vos de intensa vigilância, fiscalizaçãoe processos em virtude dos crimes con-tra a organização do trabalho, visto queé vedado aos patrões criarem sindica-tos de trabalhadores.

Assembléia de 2003 Assembléia de 2003 Assembléia de outubro de 2009

TRABALHADORES APROVAMREAJUSTE SALARIAL DE 7%,

ACEITO PELOS PATRÕESA campanha salarial 2009 da cate-

goria de contabilidade e assessoramen-to já se encerrou para milhares de tra-balhadores da região do Grande ABC,Mogi das Cruzes e Região: isto porque,independentemente de Convenção Co-letiva de Trabalho, as empresas ou gru-pos de empresas já firmaram AcordoColetivo de Trabalho.

Tão logo o Ministério do Trabalho con-clua o registro dos referidos acordos, oSEAAC disponibilizará em sua páginaeletrônica, em substituição à Conven-ção Coletiva.

Dezenas de acordos foram realiza-dos individualmente por empresas, tendoem vista alguma particularidade na re-lação entre empregados e empresa. Asdemais estão contempladas no AcordoColetivo Plúrimo de Trabalho.

Na região de Mogi das Cruzes te-

mos outra assembléia geral extraordi-nária já agendada para o dia 26 de outu-bro de 2009, às 18 horas, na subsededo SEAAC, para os empregados dasempresas que aceitaram a contrapro-posta mínima de 7% de reajuste salari-al e R$ 8,00 de vale-refeição.

Em razão do grande número de em-presas aderentes ao acordo, o SEAACagendará outra assembléia na sede emSanto André, para participação dos em-pregados das empresas não incluídasna convocação da assembléia realiza-da no último dia 13 de outubro.

Empresas com mais de 200 empre-gados, ou que tenham qualquer diferenci-ação na aplicação de cláusula de nature-za econômica ou social em relação aopadrão apresentado na contraproposta,devem ter sua assembléia especifica, po-dendo ser no SEAAC ou na empresa.

LISA DEMITE EMPREGADO E NÃOLIBERA AS GUIAS DE FGTS E

SEGURO-DESEMPREGOEmpregada demitida no dia 23 de ju-

nho de 2009 pelo menos até o dia 06 deoutubro estava sem receber as guias deFGTS e seguro-desemprego, simplesmen-te porque o dono do escritório não realizoua competente homologação da rescisãocontratual no SEAAC nem no Ministériodo Trabalho.

Empresa do mesmo dono, instalada nomesmo endereço, já foi autuada pela DRTem dezembro de 2007, por não ter deposi-tado o FGTS integral dos empregados doperíodo de abril de 2004 a julho de 2007.

Não se sabe o motivo da empresa terprotelado tanto tempo para fazer a referi-da homologação, mas o certo é que ten-tou uma malandragem e caiu do cavalo.

Mais de três meses sem comparecerpara homologar, aproveitou-se da grevedos bancários e ligou para o SEAAC infor-mando que pretendia fazer a homologa-ção. Todavia, pretendia fazê-lo sem a com-provação do recolhimento da Contribuição

Sindical, tendo em vista que os bancosestavam fechados e ela impossibilitadade efetuar o recolhimento.

A empresa se referia à contribuição queela descontou dos salários dos emprega-dos em março do ano de 2008 e tambéma de março de 2009, quando deveria terrecolhido no máximo em 30 de abril de2008 e 30 de abril de 2009.

Além do prejuízo causado à emprega-da, por estar até esta data sem receber oFGTS e ter perdido o direito ao saque dasparcelas do seguro-desemprego, pela re-tenção dolosa do Termo de Rescisão Con-tratual cometeu crime de apropriação in-débita conforme inciso III, do parágrafo pri-meiro do artigo 168 do código penal.

O SEAAC recusou a homologar, en-caminhou ao Ministério do Trabalho com orespectivo pedido de fiscalização e remes-sa do processo ao Ministério Público doTrabalho, para abertura de inquérito crimi-nal contra os responsáveis pela empresa.