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Agravo de instrumento em ação revisional

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EXCELENTSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIA DO DISTRITO FEDERAL.

Processo n 2010-002125-5

XXXXXXXXXXX, brasileiro, casado, Policial Militar, portador do RG n XXXXXX PM/GO e do CPF n XXXXXXXX, residente e domiciliado na XXXXXXXXXXXXXXX vem, respeitosamente perante Vossa Excelncia, com amparo no Art. 522 e SS e 527, III. do Cdigo de Processo Civil, INTERPOR

AGRAVO DE INSTRUMENTO COM PEDIDO DE LIMINAR

(TUTELA ANTECIPADA RECURSAL)Nos termos da razes anexas, contra a respeitosa Deciso de folhas proferida pela Excelentssima Senhora Juza da 8 Vara Cvel da Circunscrio Judiciria de Braslia-DF, requerendo desde j, o seu recebimento e conhecimento por este Egrgio Tribunal de Justia.

Informa, outrossim, que os documentos que integram o presente agravo so autnticos conforme Art. 525 do CPC:O Agravante deixa de pagar o preparo, tendo em vista ter sido deferido a JUSTIA GRATUITA pelo Juiz a quo.

Pede deferimento

Braslia-DF, 26 de abril de 2010.

JOS ALBERTO ARAJO DE JESUS

OAB/DF 12.490AGRAVANTE: XXXXXXXXXXXXXX

AGRAVADO: AYMOR FINANCIAMENTOS REAL LEASING S/A ARRENDAMENTO MERCANTIL

RESUMO DO PROCESSO1.

Cuida, na origem, de AO DE REVISO DE CONTRATO CUMULADA COM CONSIGNAO INCIDENTE E PEDIDO TUTELA ANTECIPADA, na qual visa o ora agravante, reviso de contrato de financiamento de veculo firmado com o agravado BANCO AYMOR FINANCIAMENTOS REAL LEASING S/A ARRENDAMENTO MERCANTIL , sob os fundamentos de que a instituio financeira requerida se valia, indevidamente, de cobrana de taxa de abertura de crdito, de taxa de juros superior contratada, de capitalizao de juros, bem como de taxa de abertura de crdito.

2.

Na inicial foi feito pedido de antecipao de tutela para que fosse a requerida se abstivesse de registrar o nome da Autora no SERASA E SPC, at deciso final do processo, bem como pedido de consignao incidente das parcelas do financiamento incontroversa, conforme planilha de clculo juntada.

3.

No julgamento do pedido de antecipao da tutela aduzido na petio inicial, concluiu a magistrada singular pela impossibilidade do deferimento do pedido de no incluso do nome da requerente no SERASA bem como a consignao incidente das parcelas incontroversas, verbis.Circunscrio :4 GAMAProcesso :2010.04.1.002125-5Vara : 202 - SEGUNDA VARA CIVEL DO GAMA

DECISO INTERLOCUTRIA

Trata-se de Ao de Reviso de Clusula ajuizada por HERDCY DUTRA PEREIRA contra AYMOR FINANCIAMENTOS REAL LEASING S/A ARRENDAMENTO MERCANTIL onde requereu a antecipao dos efeitos da tutela para que a empresa r se abstenha de incluir seu nome no cadastro de inadimplentes dos rgos de proteo ao crdito e, ainda, que fosse deferido o depsito em juzo das parcelas ajustadas no contrato firmado entre as partes no valor que entende devido.

Pretende o autor na ao revisional o questionamento das clusulas do contrato, e, por isso, no vislumbro a possibilidade de deferimento dos depsitos, pois at que haja uma deciso de natureza constitutiva, de modificao das clusulas do contrato, a obrigao persistir nos moldes e limites ajustados, o que afasta a possibilidade de depsito inferior ao estabelecido no ajuste. (Grifo Nosso)Sobre o assunto, colaciono a jurisprudncia do TJDF:

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. REVISO CONTRATUAL. PRETENSO DE CONSIGNAO. VALORES INCONTROVERSOS. ELISO DOS EFEITOS DA MORA. IMPOSSIBILIDADE. TESES DE ACEITAO CONTROVERTIDA. AUSNCIA DE VEROSSIMILHANA. DECISO MANTIDA. 1- Afigura-se indevido que, em virtude da mera deduo em juzo de pretenso revisional do pacto com requerimento de consignao de valor que no corresponde ao previsto contratualmente, prevalea-se o devedor fiduciante da segurana de no ser alcanado por efeitos da mora, sob pena de dar-se lugar a uma reviso initio litis e unilateral do contrato. 2- O ajuizamento de ao revisional de contrato no suficiente, por si s, para obstar seja o nome de devedor inscrito nos cadastros de inadimplentes dos servios de proteo ao crdito. necessrio averiguar-se, complementarmente, se as alegaes possuem a aparncia do bom direito e fundam-se em jurisprudncia consolidada do Supremo Tribunal Federal ou Superior Tribunal de Justia (precedentes do STJ). Agravo de Instrumento desprovido. Maioria.(20080020074552AGI, Relator ANGELO PASSARELI, 2 Turma Cvel, julgado em 10/09/2008, DJ 08/10/2008 p. 46.)

PROCESSO CIVIL - AGRAVO DE INSTRUMENTO - REVISIONAL C/C CONSIGNAO EM PAGAMENTO - ANTECIPAO DE TUTELA - DEPSITO JUDICIAL DOS VALORES QUE ENTENDE DEVIDOS - AUSNCIA DOS REQUISITOS. - No se divisando de pronto a alegada cobrana indevida, porquanto o direito perseguido comporta interpretaes, o que livremente foi pactuado pelas partes deve prevalecer, mostrando-se totalmente prematura e inapropriada eventual alterao unilateral de clusulas contratuais em sede antecipatria.- Agravo conhecido e improvido.(20080020066920AGI, Relator SILVA LEMOS, 5 Turma Cvel, julgado em 13/08/2008, DJ 18/09/2008 p. 44).

TJSP PROCESSO: 1207652-7 RECURSO: Agravo de Instrumento ORIGEM: So Paulo JULGADOR: 2 Cmara - A JULGAMENTO: 30/06/2004 RELATOR: Amado de Faria DECISO: Negaram Provimento, VU TUTELA ANTECIPADA - Requisitos - Ao revisional - Medida liminar - Designao dada a requerimento de antecipao de tutela - Contrato de financiamento de veculo automotor - Alegado abuso na cobrana de juros - Pretendida reviso das clusulas relativas aos encargos de inadimplncia - Colimada manuteno na posse, impedindo-se, ainda, o registro do nome do autor no rol de inadimplentes da SERASA e SPC, alm do protesto de ttulos - O pedido tambm de depsito em consignao conforme valor que entende cabvel como prestao - Ausncia dos pressupostos necessrios ao deferimento da tutela antecipada - Teses polmicas que no configuram a verossimilhana do direito invocado e inexistncia de prova inequvoca do alegado - Inviabilidade das providncias postuladas - Indeferimento - Recurso de agravo de instrumento no provido. CLAUDIA/MLP/acv - 09.09.04.

Indefiro, por enquanto, os pedidos a ttulo de antecipao da tutela.

Cite-se a Requerida, na pessoa de seu representante legal, para contestar em 15 (quinze) dias, a contar da juntada aos autos do comprovante de citao, sob pena de revelia (perda do prazo para apresentar defesa) e de serem considerados verdadeiros os fatos descritos no pedido inicial.

Advirta-se a Requerida de que a contestao dever ser apresentada por advogado.

Intime-se.

Gama - DF, segunda-feira, 12/04/2010 s 14h05. 4.

Inconformado com a deciso, o Autor interpe o presente recurso, conforme as razes abaixo:

I - RAZES DO AGRAVO DE INSTRUMENTO5.

A pretenso do Requerente que seja reformada a deciso em no tocante ao indeferimento da consignao incidente pois viola direitos do Autor, bem como no reflete o entendimento do Tribunal de Justia do Distrito Federal, como ser adiante demonstrado. Alm do mais, o presente AGRAVO deve ser recebido e processado na modalidade de instrumento, tendo em vista o perigo de perigo de dano irreparvel e de difcil reparao, tendo em vista que a prxima parcela do financiamento vence no prximo dia 10/05/2010.II DAS RAZES DO PEDIDO DA REFORMA (Art. 527, III CPC)6.

O presente agravo de instrumento, tem por finalidade a reforma da deciso a fim de que se permita a realizao do depsito judicial da quantia de R$ 857,48 (oitocentos e cinqenta e sete reais e quarenta e oito centavos), referente s prestaes vincendas.

7.

Conforme explicado acima, o pedido de depsito incidente no foi fundamentado na inicial como tutela antecipada do provimento jurisdicional, como explica a MM. Juza, mas apenas para impedir a negativao do nome da Autora nos servios de proteo ao crdito.

8.

A consignao em juzo que se pretende se justifica pelo fato de , acaso ao final venha a ser vencedora a parte ora agravante, o valor depositado supra a dvida. Ou seja, h a possibilidade de xito ao final do julgamento do pedido que ensejou a ao, o que no se afasta enquanto no pronunciado, em definitivo, que no faz jus a Autora ao direito em que buscou fundamentar sua pretenso.

9.

Nesse mesmo sentido e consoante reza o 1, do artigo 899, do CPC, j pode Superior Tribunal de Justia asseverar a utilidade desse depsito para liberar, parcialmente, o devedor, nos termos exemplificados no seguinte julgado:

CIVIL E PROCESSUAL. AGRAVO REGIMENTAL. CONTRATO DE FINANCIAMENTO GARANTIDO POR ALIENAO FIDUCIRIA. INCIDNCIA DO CDC. REVISO DE CONTRATO. COMISSO DE PERMANNCIA. INACUMULABILIDADE COM QUAISQUER OUTROS ENCARGOS REMUNERATRIOS OU MORATRIOS. MANUTENO DO BEM NA POSSE DO DEVEDOR. DEPSITO PARCIAL. VALORES INCONTROVERSOS. CABIMENTO. COMPENSAO/RESTITUIO DO INDBITO. POSSIBILIDADE. RECURSO MANIFESTAMENTE IMPROCEDENTE. MULTA, ART. 557, 2, DO CPC.

(omissis) IV. Detm o valor depositado em juzo eficcia liberatria parcial, podendo ser futuramente complementado, to logo realizados os clculos e apurado o real montante do dbito, na esteira da (omissis) (AgRg no REsp 1025842/RS, Rel. Ministro ALDIR PASSARINHO JUNIOR, QUARTA TURMA, julgado em 15/05/2008, DJe 23/06/2008)

10.

Alm disso, o rito da consignao permite que o ato consignatrio seja realizado no bojo da ao revisional, conforme avalizado, ainda, pela sufragada jurisprudncia deste Tribunal.AGRAVO DE INSTRUMENTO - REVISIONAL CUMULADA COM PEDIDO DE CONSIGNAO - DEPSITO INCIDENTAL - POSSIBILIDADE - NO AFASTAMENTO AUTOMTICO DA MORA - NECESSIDADE DE RECONHECIMENTO JUDICIAL ACERCA DA INTEGRALIDADE - POSSIBILIDADE DE INSCRIO DO NOME DO DEVEDOR EM CADASTROS DE RESTRIO AO CRDITO - ORIENTAO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA. 1) A ao de reviso de clusulas pode ser cumulada com o pedido de consignao incidente, conforme a regra do art. 292 do CPC.2) possvel o pedido consignatrio quando pender litgio sobre o objeto do pagamento (CC, art. 335, V), cabendo tal requerimento, portanto, nas aes em que so discutidas clusulas contratuais.

3) A possibilidade de o devedor consignar o valor que entende devido no afasta automaticamente os efeitos da mora, considerando que a integralidade do depsito fica pendente de reconhecimento judicial, na forma dos artigos 337 do Cdigo Civil e 891 do Cdigo de Processo Civil.

4) O Superior Tribunal de Justia firmou entendimento no sentido de no bastam o ajuizamento da ao revisional e o depsito para que a inscrio do nome do devedor seja automaticamente obstada.(20090020021670AGI, Relator J.J. COSTA CARVALHO, 2 Turma Cvel, julgado em 27/05/2009, DJ 18/06/2009 p. 125)

PROCESSO CIVIL. AO REVISIONAL. DEPSITO INCIDENTE DE PARCELA INCONTROVERSA. NATUREZA ACESSRIA. BANCOS DE DADOS. ABSTENO DE INSCRIO DO DEVEDOR. LEGALIDADE. ANTECIPAO DE EFEITOS DA TUTELA. REQUISITOS. 1. Permite-se o depsito incidental na ao revisional proposta de parcela incontroversa da prestao, pois, genericamente, o depsito judicial caracteriza boa-f do contratante que ingressa com a ao e, inclusive, pode configurar uma condio para o deferimento de providncias cautelares, tal como para o impedimento de inscrio em bancos de dados de restrio ao crdito. 2. Caracteriza-se como acessrio o pedido de depsito incidente, de vez que, pelo julgamento do pedido principal, que se define a sorte e a eficcia da consignao.

3. Ademais, o depsito incidental no prejudica a parte adversa, nem representa quitao da prestao devida, todavia, antes, reduz os efeitos da mora. Apenas no se pode permitir um novo financiamento mediante a autorizao judicial de parcelamento da dvida, de modo que o valor incontroverso das parcelas vencidas deve ser depositado integralmente.

4. Em princpio a lei n 8.078/90 no garante aos devedores a prerrogativa de no constarem dos bancos de dados e cadastros, e sim o direito de conhecimento da anotao, de acesso s informaes, e de retificao de informao incorreta, admitindo-se que esses postulem aos registradores a incluso de dados complementares para esclarecimento das anotaes originrias. Assim, para impedir o registro nos bancos de dados ou cadastros de restrio ao crdito, segundo a jurisprudncia do superior tribunal de justia, preciso ter, concomitantemente, a presena de trs elementos, a saber: (a) que haja ao proposta pelo devedor contestando a existncia integral ou parcial do dbito; (b) que haja efetiva demonstrao de que a contestao da cobrana indevida se funda na aparncia do bom direito e em jurisprudncia consolidada do supremo tribunal federal ou do superior tribunal de justia; (c) que, sendo a contestao apenas de parte do dbito, deposite o valor referente parte tida por incontroversa, ou preste cauo idnea, ao prudente arbtrio do magistrado. 5. Agravo conhecido e provido para autorizar o depsito das parcelas incontroversas.PROCESSO CIVIL. AO REVISIONAL. CONTRATO DE ARRENDAMENTO MERCANTIL. DEPSITO INCIDENTE DE PARCELA INCONTROVERSA. NATUREZA ACESSRIA. 1. Permite-se o depsito incidental na ao revisional proposta de parcela incontroversa da prestao, pois, genericamente, o depsito judicial caracteriza boa-f do contratante que ingressa com a ao e, inclusive, pode configurar uma condio para o deferimento de providncias cautelares, tal como para o impedimento de inscrio em bancos de dados de restrio ao crdito. 2. Caracteriza-se como acessrio o pedido de depsito incidente, de vez que, pelo julgamento do pedido principal, que se define a sorte e a eficcia da consignao.

3. Ademais o depsito incidental no prejudica a parte adversa, nem representa quitao da prestao devida, todavia, antes, reduz os efeitos da mora. Apenas no se pode permitir um novo financiamento mediante a autorizao judicial de parcelamento da dvida, de modo que o valor incontroverso das parcelas vencidas deve ser depositado integralmente.

4. Agravo conhecido e provido para autorizar o depsito.

CIVIL E PROCESSO CIVIL - AO CONSIGNATRIA C/C REVISIONAL DE CLUSULAS DO CONTRATO - ARRENDAMENTO MERCANTIL - JULGAMENTO ANTECIPADO - RECURSO DESPROVIDO, UNNIME.

1) possvel, jurdico-processualmente, o exame da legalidade de clusula contratual no pleito consignatrio, a fim de alcanar o exato da contraprestao respectiva. (TJDFT - APC 20020110504315, 1 Turma Cvel, Rel. Des. Eduardo de Moraes Oliveira, publicado no DJU de 03/03/05) (g.n.)

AO DE CONSIGNAO EM PAGAMENTO - REVISO DE CLUSULA - CUMULAO - POSSIBILIDADE. possvel a cumulao da ao de consignao em pagamento com pedido de reviso de clusula, pois esto presentes os requisitos do 1 do art. 292 do CPC, referentes compatibilidade, competncia do juzo e adequao do procedimento. [...] (TJDFT - APC 20040110148387, Relator Des. Vasquez Cruxn, publicado no DJU de 23/08/2005) (g.n.)

11.

No mais, o artigo 335, inciso V, do Cdigo Civil, consigna a possibilidade de efetivao da consignao se pender litgio sobre o objeto do pagamento, tal como configurado no caso sob exame.

12.

Assim, no h dvidas de que o pedido inerente ao do procedimento da consignao em pagamento pode ser cumulado com o da ao na qual se pleiteia a ao de reviso de clusulas contratuais.

13.

O art. 292 do CPC possibilita a cumulao, num nico processo, contra o mesmo ru, de vrios pedidos, ainda que entre eles no haja conexo. O dispositivo legal tambm prev, em seu pargrafo segundo, que Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, admitir-se- a cumulao, se a Autora empregar o procedimento ordinrio.

14.

A jurisprudncia tambm consolidada no sentido de ser permitida a cumulao de pedidos de consignao e de reviso:

AO DE CONSIGNAO EM PAGAMENTO. CUMULAO DE PEDIDOS. PRECEDENTES DA CORTE. (...) H, tambm, precedente no sentido de que se admite a cumulao dos pedidos de reviso de clusulas do contrato e de consignao em pagamento das parcelas tidas como devidas por fora do mesmo negcio jurdico e de que quando a Autora cumula pedidos que possuem procedimentos judiciais diversos, implicitamente requer o emprego do procedimento ordinrio (REsp n 464.439/GO, Relatora a Ministra Nancy Andrighi, DJ de 23/6/03). (REsp 616357 / PE. RECURSO ESPECIAL 2003/0220265-8. Ministro CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO. DJ 22/08/2005)

15.

Por outro lado, o art. 335, V, do Cdigo Civil dispe que possvel a ao consignatria se pender litgio sobre o objeto do pagamento.

16.

Assim, havendo pedido de reviso de clusulas e, consequentemente, existindo pendncia quanto ao objeto do pagamento, possvel ao devedor pleitear a consignao dos valores que entendem devidos, como no caso em exame.

17.

De tais artigos se depreende que ao devedor, cumpridos os requisitos legais, dada a faculdade de depositar o valor que entende devido; no entanto, os efeitos decorrentes da no integralidade do depsito, certificada em sentena, correm por conta e risco do consignante.

18.

Isso decorre da natureza da ao de consignao em pagamento, que detm carter declaratrio. Com efeito, uma ao predominantemente declarativa, porque o ato de depsito, objeto do julgamento final, da parte e no do juzo. A sentena se limita a reconhecer a eficcia liberatria do depsito promovido pelo devedor.

19.

Assim, a mora do consignante desaparece desde que seja depositada a coisa ou a quantia devida e ele ficar exonerado de seus efeitos desde o momento em que efetiva o depsito

20.

Por isso, o simples depsito, por si s, no implica o afastamento dos efeitos da mora, pois a liberao do credor, objeto da consignatria, apenas obtida com a sentena. Assim sendo, no possvel proibir o credor de buscar a integralidade do contrato.

21.

De feito, no h razo para se impedir o depsito em juzo da parcela requerida pela agravante, raciocnio que encontra amparo, alis, em orientao j sufragada no STJ, a exemplo do seguinte excerto: Admite-se cumulao dos pedidos de reviso de clusulas do contrato e de consignao em pagamento das parcelas tidas como devidas por fora do mesmo negcio (STJ, REsp n. 464.439, rel. Min. Nancy Andrighi, j. 23.06.2003).

22.

Com efeito, a jurisprudncia vem entendendo ser possvel a cumulao de ao de reviso de contrato com ao consignatria, desde que ambas sejam processadas pelo rito ordinrio, em face das disposies constantes no art. 292, 2, do CPC.

Confira-se:

Mostra-se lcita a cumulao do pedido revisional de clusulas contratuais com o de consignao em pagamento, porquanto, ao eleger o procedimento ordinrio, a Autora renunciou tacitamente especialidade da ao consignatria, consoante autorizao expressa do art. 292, 2, do CPC. (AGI 2005.00.2.002350-2, 3 T. Cvel, Rel. Des. Aquino Perptuo, publicao em 04.10.2005).

Tendo a agravada optado por cumular pedidos que possuem procedimentos judiciais diversos, implicitamente requer-se o emprego do procedimento ordinrio, aplicando-se, in casu, o disposto no 2 do art. 292 do CPC, renunciando a recorrida, desta feita, especialidade do rito da ao consignatria. (AGR no AGI 2005.00.2.006562-5, 1 T.Cvel, Rel.Des. Nvio Gonalves, publicao em 08.11.2005).

23.

Nesse prisma, tem-se que a Autora pretende, em realidade, o depsito judicial dos valores que entende corretos, at deciso final no juzo, e no a extino da obrigao. Revela-se o pleito, assim, como pedido incidente de consignao de valores, acessrio ao revisional, e no propriamente ao de consignao em pagamento, que tem restritas as hipteses de cabimento.

24.

Cuida-se, portanto, de pedidos conexos, compatveis entre si, sendo competente o mesmo juzo e, quanto adequao do procedimento, adota-se o rito ordinrio para permitir ao juiz pesquisar a verdade real, sendo perfeitamente possvel a cumulao de pedido consignatrio com revisional.

Por oportuno, registre-se:

[...] 2. A via da ao de consignao em pagamento adequada nas demandas que envolvem o Sistema Financeiro da Habitao, viabilizando aa Autora consignar os valores que, luz do contrato, entende devidos. 3. Consoante precedentes assentados nos princpios da efetividade do processo e da economia processual, a ao de consignao em pagamento admite o exame da validade e da interpretao de clusulas contratuais, uma vez que se trata hoje de instrumento processual eficaz para dirimir controvrsia entre as partes a respeito do contrato subjacente e, em especial, do valor das prestaes. A insuficincia do depsito no significa a improcedncia do pedido, mas, antes, e apenas, que o efeito da extino da obrigao deve ser parcial, at o montante da importncia consignada, podendo o juiz desde logo estabelecer o saldo lquido remanescente, a ser cobrado na execuo, que pode ter curso nos prprios autos. Art. 899 do CPC. 4. Recurso especial provido. (STJ - Resp 587546/RJ, 1 Turma, Rel. Min. Luiz Fux, publicado no DJU de 21/06/04) (g.n.)DO VALOR DA PARCELA A SER CONSIGNADA SUPERIOR A 70% DA PRESTAO CONTRATADA.25.

O Tribunal de justia unnime ao reconhecer a desnecessidade de ajuizamento de ao de consignao em pagamento, bem como pela possibilidade de realizao do depsito do valor que a parte entende incontroverso nos prprios autos da revisional, quando o valor depositado for superior a 70% do valor da prestao.26.

Sobre o tema, confira-se o atual posicionamento deste Tribunal:

PROCESSUAL CIVIL - AGRAVO DE INSTRUMENTO - AO DE REVISO CONTRATUAL CUMULADA COM DEPSITO EM CONSIGNAO - ANTECIPAO DA TUTELA.1 - No se mostrando irrisrio o depsito pretendido, cabvel a antecipao da tutela para afastar os efeitos da mora. 2 - Recurso conhecido e provido. (20080020034386AGI, Relator HAYDEVALDA SAMPAIO, 5 Turma Cvel, julgado em 07/05/2008, DJ 19/05/2008 p. 113)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - ANTECIPAO DE TUTELA - REVISO DE CONTRATO - DEPSITO DE VALORES E AFASTAMENTO DOS EFEITOS DA MORA - POSSIBILIDADE - QUANTUM OFERECIDO RAZOABILIDADE - DESATENDIMENTO - DECISO MANTIDA1)- Deve ser aceito depsito incidente em ao revisional de contrato, ainda que no se afaste a mora, em razo da instrumentalidade que se deve dar ao processo, e ainda porque nenhum prejuzo trar ao credor, que, ao contrrio, ter a seu dispor, em sendo rejeitada a pretenso do autor, valor para satisfazer parcialmente seu crdito.

2)- Para que a quantia oferecida no seja tida como irrisria, para que seja ela considerada razovel, necessrio que corresponda ela a, no mnimo, 70%(setenta por cento) da prestao que se cobra, e que se entende como indevida.

3)- No respeitada a razoabilidade, concedida no pode ser a antecipao de tutela.

4)- Recurso conhecido e parcialmente provido.(20090020090922AGI, Relator LUCIANO MOREIRA VASCONCELLOS, 5 Turma Cvel, julgado em 09/09/2009, DJ 12/11/2009 p. 93)

27.

No caso ora examinado, o valor da prestao contratual com juros capitalizados de devido pela Agravante contratualmente de R$ 1.071,82 (Um mil setenta e um reais e oitenta e dois centavos) sendo que pelos clculos em anexo, realizados sem a capitalizao dos juros, o vaor correto das prestaes de R$ 857,48 (oitocentos e cinqenta e sete reais e quarenta e oito centavos), quantia esta que pretende depositar nos autos da ao de reviso de contrato, que correspondem a 79,35% da parcela contratada.

28.

Cumpre ressaltar que a ao revisional visa discutir temas polmicos, como a existncia de juros capitalizados e cobrana de comisso de permanncia cumulada com outros encargos contratuais, que s sero decididos aps a necessria instruo processual.

29.

Por isso, diante possibilidade de o valor incontroverso ser depositado incidentalmente em ao revisional, este egrgia Tribunal firmou posicionamento quanto aceitao do depsito, desde que este no seja irrisrio. Ora, levando-se em conta a subjetividade do quanto poderia ser considerado nfimo, tem-se entendido que os depsitos aceitveis seriam aqueles que atingissem o mnimo de 70% do valor devido. 30.

A oferta do Agravante no irrisria, pois corresponde a 79,35% do valor efetivamente devido, acarretando, dessa forma, o deferimento da pretenso. Sobre o tema, registre-se:

AGRAVO DE INSTRUMENTO - UNIFORMIZAO DE JURISPRUDNCIA - FINALIDADE - ANTECIPAO DE TUTELA - REVISO DE CONTRATO - DEPSITO DE VALORES E AFASTAMENTO DOS EFEITOS DA MORA - QUANTUM OFERECIDO - RAZOABILIDADE - DESATENDIMENTO - DECISO MANTIDA1)- Tem a uniformizao de jurisprudncia a finalidade de evitar o surgimento de interpretaes divergentes da mesma situao, que sempre causam insegurana.

2)- No sendo irrisrio o valor oferecido, possvel que se aceite depsito de valor, afastando-se os efeitos da mora, enquanto pendente a ao revisional de contrato de mtuo.

3)- Para que a quantia oferecida no seja tida como irrisria, para que seja ela considerada razovel, necessrio que corresponda ela a, no mnimo, 70% (setenta por cento) da prestaes que se cobra, e que se entende como indevida.4)- No respeitada a razoabilidade, estando a se pretender depositar algo em torno de 60%(sessenta por cento) do valor da prestao, no pode ser concedida a antecipao de tutela.

5)- Recurso conhecido e improvido. (20090020043427AGI, Relator LUCIANO VASCONCELLOS, 5 Turma Cvel, julgado em 25/06/2009, DJ 02/07/2009 p. 120)

DO INDEFERIMENTO DA TUTELA ANTECIPADA31.

O Agravante tambm no se conforma com a deciso que indeferiu o pedido de tutela antecipada para que a requerida se abstenha de incluir o nome da autora no SERASA e SPC.

32.

Aqui vale ressaltar que o Recorrente est em dia com os pagamentos das parcelas e o pedido para que a Recorrida no registre seus dados no cadastro de inadimplentes, aps o incio do depsito da parcela incontroversa.

33.

No caso em tela, encontra-se presente a prova inequvoca de seu direito, na medida que prev o contrato prestaes abusivas, eis que alberga a capitalizao dos juros fato vedado pelo ordenamento jurdico.

34.

Alm do mais, nos termos do 6 do art. 273 do CPC, permite-se a concesso da tutela quando um ou mais dos pedidos cumulados, ou parcela deles, mostrar-se incontroverso.35.

Ademais, inadmissvel a incluso ou manuteno de nome do devedor em cadastros de inadimplentes enquanto esteja em curso demanda que objetive discutir a legalidade da cobrana que possa gerar a referida anotao, com fulcro em entendimento consolidado no mbito desta Corte de Justia e do Colendo STJ.36.

Por outro lado, evidente a reversibilidade do dano, vez que o pedido de depsito visa afastar a possibilidade de alienao do bem at deciso final, assim como evitar o inadimplemento contratual, resultando no envio de seu nome para listagem de inadimplentes, fato hbil a afetar sua reputao no meio comercial, causando-lhe constrangimento.

37.

Consoante dico do art. 273 do CPC, pode o Juiz, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequvoca, se convena da verossimilhana da alegao (pressupostos genricos), e haja fundado receio de dano irreparvel ou de difcil reparao ou, ainda, fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propsito protelatrio do ru (pressupostos alternativos).

38.

consolidada a jurisprudncia que inadmite a inscrio de nome do devedor em cadastro de inadimplentes enquanto a dvida que a originou for objeto de discusso judicial. Nesse sentido, confiram-se os julgados recentes do TJDF colacionados, in litteris:AGRAVO DE INSTRUMENTO - AO DE REVISO DE CONTRATO - DEPSTIO DE VALORES INCONTROVERSOS - PEDIDO DEFERIDO PELA DECISO - SERASA.1. Diante do deferimento do pleito de depsito incidentalmente na ao revisional, h que se ter como comprovada a verossimilhana da alegao referente ao pedido de retirada do nome dos cadastros de inadimplentes, em razo do entendimento pacificado de que enquanto a dvida for objeto de discusso judicial, o nome do devedor no pode ser inserido nos cadastros de inadimplentes.

2. Recurso provido. Unnime.

(20090020099098AGI, Relator ROMEU GONZAGA NEIVA, 5 Turma Cvel, julgado em 26/08/2009, DJ 10/09/2009 p. 120)

DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AO DE REVISO CONTRATUAL. DEPSITO EM JUZO DAS PARCELAS INCONTROVERSAS. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA.1. A fim de impedir a incluso do nome do agravante no cadastro de proteo ao crdito, admite-se, em certos casos, o depsito judicial das parcelas incontroversas do contrato.

2. Considerando que o recorrente pretende depositar quantia consoante com aquela prevista no contrato, excluindo-se a capitalizao de juros, deve-lhe ser garantido o direito de rever as clusulas do contrato, consignando em Juzo os valores incontroversos das parcelas, de modo a evitar a mora.

3. Agravo de Instrumento conhecido e provido.

(20090020073246AGI, Relator NDIA CORRA LIMA, 3 Turma Cvel, julgado em 19/08/2009, DJ 28/08/2009 p. 179)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AO REVISIONAL DE CLSULAS CONTRATUAIS C/C CONSIGNATRIA. INSCRIO DE NOME DE DEVEDOR NO CADASTRO DE MAUS PAGADORES ENQUANTO "SUB JUDICE" A QUESTO. MTUO. PRETENSO DE OBSTAR INSCRIO EM CADASTRO DE INADIMPLENTES. DVIDA DISCUTIDA EM JUZO. PLAUSIBILIDADE DO DIREITO INVOCADO. PLEITO INDEFERIDO LIMINARMENTE. DECISO REFORMADA. 1. Enquanto a dvida objeto da ao revisional estiver sendo discutida em juzo, vedado ao agente financeiro incluir o nome do autor do feito em cadastros de restrio ao crdito.2. A pretenso do depsito em juzo por parte do Agravante da quantia que entende devida deve ser admitida, notadamente porque aps a soluo da ao revisional o saldo devedor ser recalculado sem que haja prejuzo para qualquer das partes. Se o valor consignado for considerado correto e suficiente, a dvida estar paga; caso contrrio, a parte adversa poder levantar o valor depositado e cobrar, posteriormente, a diferena constatada pela sentena.

3. Ajuizada a ao de reviso de contrato de mtuo, possvel o depsito de parcelas incontroversas, no havendo que se falar em mora, tendo em vista que o efeito consignatrio legalmente de liberao da obrigao.

4. Restando comprovado que a impugnao da cobrana indevida funda-se no fumus boni juris e formulado o pleito do depsito da parte incontroversa, tem-se como preenchidos os requisitos autorizadores da antecipao de tutela objetivando obstar a inscrio do devedor nos cadastros de inadimplentes.

Deciso reformada. Recurso Provido.

(20090020030002AGI, Relator ALFEU MACHADO, 2 Turma Cvel, julgado em 01/07/2009, DJ 27/07/2009 p. 110)AGRAVO DE INSTRUMENTO - REVISO DE CONTRATO C/C CONSIGNAO EM PAGAMENTO - DECISO QUE INDEFERE TUTELA ANTECIPADA - DEPSITO DE VALORES INCONTROVERSOS E RETIRADA DE NOME DE CADASTROS DE INADIMPLENTES - PRETENSO ACOLHIDA.01. Enquanto a dvida objeto da ao revisional estiver sendo discutida em juzo, vedado ao agente financeiro incluir o nome do autor do feito em cadastros de restrio ao crdito.

02. A pretenso do depsito em juzo por parte do Agravante da quantia que entende devida deve ser admitida, notadamente porque aps a soluo da ao revisional o saldo devedor ser recalculado sem que haja prejuzo para qualquer das partes. Se o valor consignado for considerado correto e suficiente, a dvida estar paga; caso contrrio, a parte adversa poder levantar o valor depositado e cobrar, posteriormente, a diferena constatada pela sentena.

03. Recurso provido. Maioria.

(20080020177319AGI, Relator ROMEU GONZAGA NEIVA, 5 Turma Cvel, julgado em 28/01/2009, DJ 16/02/2009 p. 136)PROCESSUAL CIVIL - AGRAVO DE INSTRUMENTO - AO REVISIONAL - ANTECIPAO DOS EFEITOS DA TUTELA - DEPSITO INCIDENTAL DA QUANTIA INCONTROVERSA - POSSIBILIDADE - ABSTENO DE NEGATIVAES DO NOME DO AUTOR NOS RGOS DE PROTEO AO CRDITO - VIABILIDADE - RECURSO PROVIDO.1. No h como impedir o depsito incidental ofertado pelo autor. O valor devido s ser passvel de conhecimento aps o julgamento da prpria ao revisional, oportunidade em que o magistrado sentenciante analisar a integralidade ou no do valor consignado e, na eventualidade de constatar a insuficincia dos depsitos, julgar parcialmente extinta as obrigaes, com a possibilidade de execuo do restante do dbito nos prprios autos da ao ajuizada. Portanto, a oferta insuficiente questo de mrito, no obstando, em sede de antecipao dos efeitos da tutela, o depsito das parcelas questionadas e no valor que entende devido, at o desate da ao revisional.

2. O contrato entabulado entre as partes litigantes encontra-se em discusso em sede de ao revisional em curso perante o d. juzo "a quo". Considerando os fatos narrados, a documentao acostada aos autos bem como o deferimento do depsito ofertado pelo autor, presentes se revelam os requisitos do art. 273 do CPC, impondo-se prestigiar o direito subjetivo da parte de discutir o contrato em Juzo com a garantia de no ter seu nome inserido no cadastro de maus pagadores.

3. Agravo de Instrumento conhecido e provido, por maioria. Redigir o acrdo o 1 Vogal.(20080020143820AGI, Relator HUMBERTO ADJUTO ULHA, 3 Turma Cvel, julgado em 12/11/2008, DJ 02/12/2008 p. 150)CIVIL- PROCESSO CIVIL- AGRAVO DE INSTRUMENTO- REVISIONAL- CONTRATO DE MTUO- VALOR INCONTROVERSO- DEPSITO- INSCRIO- SERASA/SPC-TUTELA ANTECIPADA- INDEFERIMENTO EFEITO SUSPENSIVO- AGRAVO IMPROVIDO. pacfica a Jurisprudncia deste Tribunal no sentido de que, ajuizada a ao de reviso de contrato de mtuo , possvel o depsito de parcelas incontroversas, no havendo que se falar em mora, tendo em vista que o efeito consignatrio legalmente de liberao da obrigao.Estando o dbito resultante de contrato de emprstimo bancrio, em discusso em juzo, no pode ser mantida inscrio, do nome do devedor, no cadastro do SERASA e do SPC(20080020112128AGI, Relator LECIR MANOEL DA LUZ, 5 Turma Cvel, julgado em 22/10/2008, DJ 17/11/2008 p. 124)39.

Assim, a possvel inscrio de seu nome nos servios de proteo ao crdito, enquanto pendente de exame judicial a relao obrigacional, , de fato, inadmissvel, constituindo constrangimento. Assim, constatado, neste ponto, a verossimilhana da alegao e o fundado receio de dano irreparvel ou de difcil reparao, impe-se a concesso parcial da tutela requerida.

DO PEDIDOa) o conhecimento e CONCESSO de liminar no agravo de Instrumento, para que seja concedido pelo Excelentssimo Desembargador Relator a tutela antecipada recursal (art. 527, III do CPC), para autorizar a CONSIGNAO INCIDENTE das prestaes do contrato que faz objeto da ao, no valor indicado na petio inicial no valor de R$ 857,48 (oitocentos e cinqenta e sete reais e quarenta e oito centavos), centavos), e, ao final, o provimento do recurso para reformar a deciso recorrida, concedendo em definitivo o pedido liminar.b) A concesso da Tutela recursal, liminarmente para determinar que o banco se abstenha de inscrever ou registrar quaisquer restries de carter comercial/creditcio, com relao ao dbito em anlise, em cadastro de inadimplentes, tendo em vista que o valor a ser consignado corresponde a 79,35% da parcela original.c)) a intimao da Requerida para querendo contraminutar;

d) Requer, ao final, aps o processamento regular do presente recurso, o PROVIMENTO, do agravo de instrumento com a reforma da deciso agravada.

Termos em que pede deferimento.

Braslia-DF, 26 de abril de 2010.

Jos Alberto Arajo de Jesus

OAB/DF 12.490 Jnior, Humberto Theodoro. Curso de Direito Processual Civil. Vol. III. 32 edio. Ed. Forense. Pg. 15.

Cdigo Civil Comentado por Claudio Luiz Bueno de Godoy e outros. 2 edio. Ed. Manole. Pg. 298.

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