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SUBDIVISÕES DA LINGUÍSTICA Os linguistas dividem o estudo da linguagem em certo número de áreas que são estudadas mais ou menos independentemente. Estas são as divisões mais comuns: fonética , o estudo dos diferentes sons empregados em linguagem; fonologia , o estudo dos padrões dos sons básicos de uma língua; morfologia , o estudo da estrutura interna das palavras; sintaxe , o estudo de como a linguagem combina palavras para formar frases gramaticais. semântica , podendo ser, por exemplo, formal ou lexical, o estudo dos sentidos das frases e das palavras que a integram; A Fonética é o ramo da Linguística que estuda a natureza física da produção e da percepção dos sons da fala humana. Preocupa-se com a parte significante do signo linguístico e não com o seu conteúdo 1 . Segundo Borba 1 , subdivide-se em: Fonética articulatória: estuda como os sons são produzidos, isto é, a posição e a função de cada um dos órgãos do aparelho fonador (língua , lábios , etc.); Fonética acústica: analisa as características físicas dos sons da fala, ou seja, as ondas mecânicas produzidas e a sua percepção auditiva.

SUBDIVISÕES DA LINGUÍSTICA

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Page 1: SUBDIVISÕES DA LINGUÍSTICA

SUBDIVISÕES DA LINGUÍSTICA

Os linguistas dividem o estudo da linguagem em certo número de áreas que são

estudadas mais ou menos independentemente. Estas são as divisões mais comuns:

fonética , o estudo dos diferentes sons empregados em linguagem;

fonologia , o estudo dos padrões dos sons básicos de uma língua;

morfologia , o estudo da estrutura interna das palavras;

sintaxe , o estudo de como a linguagem combina palavras para formar frases

gramaticais.

semântica , podendo ser, por exemplo, formal ou lexical, o estudo dos sentidos

das frases e das palavras que a integram;

A Fonética é o ramo da Linguística que estuda a natureza física da produção e da

percepção dos sons da fala humana. Preocupa-se com a parte significante do signo

linguístico e não com o seu conteúdo1 . Segundo Borba1 , subdivide-se em:

Fonética articulatória: estuda como os sons são produzidos, isto é, a posição e a

função de cada um dos órgãos do aparelho fonador (língua, lábios, etc.);

Fonética acústica: analisa as características físicas dos sons da fala, ou seja, as ondas

mecânicas produzidas e a sua percepção auditiva.

Outros autores consideram também uma CUU terceira subdivisão:

Fonética auditiva: estuda os processos que realiza o receptor na recepção e

interpretação da onda sonora.

A unidade básica de estudo para a Fonética é o fone. A fala humana é capaz de produzir

inúmeros fones. A forma mais comum de representar os fones pelos linguistas é através

do Alfabeto Fonético Internacional (AFI), desenhado pela Associação Internacional de

Fonética (I.P.A.).

Alguns fones são auditivamente próximos entre si a ponto de se tornarem

indistinguíveis. Por exemplo, o som de "rr" em alguns dialectos do português do Brasil

é realizado foneticamente pela consoante fricativa velar surda (x no AFI). Entretanto,

essa pode ser substituída pela consoante fricativa glotal surda (h no AFI) que a palavra

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que nela estiver continuará a ser reconhecida. A esse fenómeno, dá-se em fonologia o

nome de alofonia. Assim, [x] e [h] são alofones do "erre" forte em português brasileiro.

Um grupo composto de um fone e seus alofones para os falantes de um idioma é

denominado fonema. Deve-se ressaltar que a alofonia entre dois fones é relativa. Por

exemplo, no Alemão compõem fonemas separados.

O estudo dos fonemas é desenvolvido pela Fonologia. A fonologia e a fonética são

frequentemente confundidas porque os conceitos de fone e fonema também geram

confusão.

Fonologia (do Grego phonos = voz/som e logos = palavra/estudo) é o ramo da

Linguística que estuda o sistema sonoro de um idioma, do ponto de vista de sua função

no sistema de comunicação linguística. Esta é uma área muito relacionada com a

Fonética, mas as duas têm focos de estudo diferentes. Enquanto a Fonética estuda a

natureza física da produção e da percepção dos sons da fala (chamados de fones), a

Fonologia preocupa-se com a maneira como eles se organizam dentro de uma língua,

classificando-os em unidades capazes de distinguir significados, chamadas fonemas.

/f/ e /v/ são exemplos de unidades distintivas do Português. É o que podemos observar

num par mínimo como faca/vaca, pois o que garante a diferenciação entre essas duas

palavras é a permutação entre os dois fonemas referidos. Unidades como [d] e [d> ʒ], por

sua vez, não fazem distinção entre palavras no português, embora sejam diferentes sob a

ótica da Fonética.

E.g., em quase todas as variedades do português no Brasil, o fonema /d/ é pronunciado

de maneiras diferentes, dependendo de sua posição relativa a outros sons: diante de [i], é

realizado como [d> ʒ], ao passo que, diante de outras vogais, é pronunciado como [d] (cf.

a diferença na pronúncia do primeiro som das palavras dívida e dúvida). Por não haver

contraste entre as duas formas de pronúncia, a Fonologia não concebe os dois sons

como fonemas distintos; entende-os como uma unidade do ponto de vista funcional e

examina as condições sob as quais se dá a alternância entre eles.

Além disso, a Fonologia também estuda outros tópicos, como a estrutura silábica, o

acento e a entonação.

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Em linguística, no nível de análise morfológica encontramos duas unidades formais: a

palavra e o morfema. Uma das questões centrais no estudo da morfologia é decidir se a

abordagem será pela perspectiva do morfema ou se a partir da palavra, da formação e da

classificação das palavras. A peculiaridade da morfologia é estudar as palavras olhando

para elas isoladamente e não dentro da sua participação na frase ou período. A

Gramática Tradicional fez opção clara pela abordagem a partir da perspectiva da

palavra, tanto que a morfologia tradicional é centrada no estudo das classes de palavras.

Alguns linguistas sugerem que a abordagem a partir dos morfemas é mais sensata, dadas

as dificuldades encontradas para delimitar o conceito de palavra.

Existem:

Radical;

Afixos (Sufixo e Prefixo);

Desinências (verbal e nominal);

Vogal Temática;

Vogal de Ligação; e

Consoante de Ligação.

Nota: "Análise sintática" redireciona para este artigo. Para o conceito em

computação, veja Análise sintática (computação).

Sintaxe (pronunciação no Desculpe,estamos mudando o pais) (do grego clássico

σύνταξις "disposição", de σύν, transl. syn, "juntos", e τάξις, transl. táxis,

"ordenação") é o estudo das regras que regem a construção de frases nas línguas

naturais.1 A sintaxe é a parte da gramática que estuda a disposição das palavras

na frase e das frases no discurso, incluindo a sua relação lógica, entre as

múltiplas combinações possíveis para transmitir um significado completo e

compreensível. À inobservância das regras de sintaxe chama-se solecismo.2

Na linguística, a sintaxe é o ramo que estuda os processos generativos ou

combinatórios das frases das línguas naturais, tendo em vista especificar a sua

estrutura interna e funcionamento. O termo "sintaxe" também é usado para

referir o estudo das regras que regem o comportamento de sistemas

matemáticos, como a lógica, e as linguagens de programação de computadores.

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A sintaxe é importante pois a unidade falada é a oração, não a palavra ou o som.

Em termos práticos, o falante fala e o ouvinte ouve orações. Salvo o caso quando

uma única palavra é portadora de sentido completo 3 .

Os primeiros passos da tradição europeia no estudo da sintaxe foram dados pelos

antigos gregos, começando com Aristóteles, que foi o primeiro a dividir a frase

em sujeitos e predicados. Um segundo contributo fundamental deve-se a Frege

que critica a análise aristotélica, propondo uma divisão da frase em função e

argumento. Deste trabalho fundador, deriva toda a lógica formal contemporânea,

bem como a sintaxe formal. No século XIX a filologia dedicou-se sobretudo à

investigação nas áreas da fonologia e morfologia, não tendo reconhecido o

contributo fundamental de Frege, que só em meados do século XX foi

verdadeiramente apreciado.

Funções sintáticas[editar]

Sintaxe de período simples: A Sintaxe é a parte da gramática que estuda a

disposição das palavras na frase e a das frases no discurso, bem como a relação

lógica das frases entre si. Ao emitir uma mensagem verbal, o emissor procura

transmitir um significado completo e compreensível. Para isso, as palavras são

relacionadas e combinadas entre si. A sintaxe é um instrumento essencial para o

manuseio satisfatório das múltiplas possibilidades que existem para combinar

palavras e orações. Sintaxe de período composto:

Basicamente, em qualquer linguagem, as funções básicas são o sujeito e o

predicado

Nota: Para outros significados, veja Semântica (desambiguação).

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Rede semântica em língua portuguesa.

Semântica (do grego σημαντικός, sēmantiká, plural neutro de sēmantikós, derivado de

sema, sinal), é o estudo do significado. Incide sobre a relação entre significantes, tais

como palavras, frases, sinais e símbolos, e o que eles representam, a sua denotação.

A semântica linguística estuda o significado usado por seres humanos para se expressar

através da linguagem. Outras formas de semântica incluem a semântica nas linguagens

de programação, lógica formal, e semiótica.

A semântica contrapõe-se com frequência à sintaxe, caso em que a primeira se ocupa do

que algo significa, enquanto a segunda se debruça sobre as estruturas ou padrões

formais do modo como esse algo é expresso (por exemplo, escritos ou falados).

Dependendo da concepção de significado que se tenha, têm-se diferentes semânticas. A

semântica formal, a semântica da enunciação ou argumentativa e a semântica cognitiva,

fenômeno, mas com conceitos e enfoques diferentes.

Na língua portuguesa, o significado das palavras leva em consideração:

Sinonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam

significados iguais ou semelhantes, ou seja, os sinônimos: Exemplos: Cômico -

engraçado / Débil - fraco, frágil / Distante - afastado, remoto.

Antonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam

significados diferentes, contrários, isto é, os antônimos: Exemplos: Economizar -

gastar / Bem - mal / Bom - ruim.

Homonímia: É a relação entre duas ou mais palavras que, apesar de possuírem

significados diferentes, possuem a mesma estrutura fonológica, ou seja, os homônimos:

As homônimas podem ser:

Homógrafas: palavras iguais na escrita e diferentes na pronúncia. Exemplos:

gosto (substantivo) - gosto / (1ª pessoa singular presente indicativo do verbo

gostar) / conserto (substantivo) - conserto (1ª pessoa singular presente indicativo

do verbo consertar);

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Homófonas: palavras iguais na pronúncia e diferentes na escrita. Exemplos: cela

(substantivo) - sela (verbo) / cessão (substantivo) - sessão (substantivo) / cerrar

(verbo) - serrar ( verbo);

Perfeitas: palavras iguais na pronúncia e na escrita. Exemplos: cura (verbo) -

cura (substantivo) / verão (verbo) - verão (substantivo) / cedo (verbo) - cedo

(advérbio);

Paronímia: É a relação que se estabelece entre duas ou mais palavras que

possuem significados diferentes, mas são muito parecidas na pronúncia e na

escrita, isto é, os parônimos: Exemplos: cavaleiro - cavalheiro / absolver -

absorver / comprimento - cumprimento/ aura (atmosfera) - áurea (dourada)/

conjectura (suposição) - conjuntura (situação decorrente dos acontecimentos)/

descriminar (desculpabilizar) - discriminar (diferenciar)/ desfolhar (tirar ou

perder as folhas) - folhear (passar as folhas de uma publicação)/ despercebido

(não notado) - desapercebido (desacautelado)/ geminada (duplicada) - germinada

(que germinou)/ mugir (soltar mugidos) - mungir (ordenhar)/ percursor (que

percorre) - precursor (que antecipa os outros)/ sobrescrever (endereçar) -

subscrever (aprovar, assinar)/ veicular (transmitir) - vincular (ligar) / descrição -

discrição / onicolor - unicolor.

Polissemia: É a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar vários

significados. Exemplos: Ele ocupa um alto posto na empresa. / Abasteci meu

carro no posto da esquina. / Os convites eram de graça. / Os fiéis agradecem a

graça recebida.

Homonímia: Identidade fonética entre formas de significados e origem

completamente distintos. Exemplos: São(Presente do verbo ser) - São (santo)

Conotação e Denotação:

Conotação é o uso da palavra com um significado diferente do original, criado

pelo contexto. Exemplos: Você tem um coração de pedra.

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Denotação é o uso da palavra com o seu sentido original. Exemplos: Pedra é um

corpo duro e sólido, da natureza das rochas. A construção de um muro de

pedras.