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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL CENTRO DE ESTUDANTES DE CIÊNCIAS SOCIAIS GESTÃO “CECS Coletivo 2013” SUBSÍDIO DE PREPARAÇÃO AO SEMINÁRIO DE GESTÃO 2013

Subsídio de Prepação - Seminário de (Auto)Gestão

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

CENTRO DE ESTUDANTES DE CIÊNCIAS SOCIAIS

GESTÃO “CECS Coletivo 2013”

SUBSÍDIO DE PREPARAÇÃO AO

SEMINÁRIO DE GESTÃO 2013

Porto Alegre, janeiro de 2013

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Apresentação

Colegas de curso e companheiras/os de sonhos e lutas,

Ano passado, várias/os estudantes de Ciências Sociais se colocaram em

movimento. Um movimento diferente visto no tempo recente. Durante alguns

meses foi construída a ideia de um Centro de Estudantes que voltasse a respirar

ares mais coletivos e participativos. A memória histórica do CECS, hoje como

Centro de Estudantes de Ciências Sociais, não foi perdida. Tudo o que foi vivido até

aquele momento foi importante para a construção da chapa “CECS Coletivo”. O

desejo da autogestão embalou a campanha eleitoral, as artes feitas coloriram o

IFCH e as redes sociais de uma forma que agradou os estudantes.

Agora, é chegada a hora de concretizar os sonhos e ver que a utopia é

possível! Para além daquilo que separa, ousemos construir pontes de diálogo e

respeito. De que forma? Participando!

No próximo dia 31 de janeiro, a Sala X da CEU será palco do “Seminário de

Gestão do CECS Coletivo” e queremos contar com a sua presença. E para manter

viva animação que nos mobilizou em 2012, construímos este “Subsídio de

Preparação” com algumas informações sobre os Grupos de Trabalho propostos e

um texto para refletirmos a vida em grupo. A proposta metodológica do Seminário

será apresentada no dia, mas está sendo construída de modo a valorizar o caminho

histórico percorrido e a participação daquelas/es presentes.

Esperamos que este Subsídio contribua para que a caminhada nossa seja

feita de braços dados.

Eduarda Bonora Kern

Rafael D’Avila Barros

(Comissão de Metodologia do Seminário de Gestão)

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Grupos de Trabalho – CECS Coletivo

Nossa concepção para o CECS passa pelos eixos e as propostas de cada um e

cada uma. Durante a campanha eleitoral, foram assumidos como compromisso a

criação e efetivação de alguns Grupos de Trabalho (GTs). Os GTs foram produzidos

coletivamente, e operacionalizados em pequenos grupos que depois foram

socializados e debatidos em plenárias ao longo da construção da chapa. É possível

descentralizar, ser horizontal e organizado, começamos isso na campanha para

mostrar que é possível fazer o CECS um espaço plural e autônomo. Um desafio do

momento, é conseguir que estes GTs se mantenham vivos e operantes ao longo do

ano, organizando ações que mobilizem e envolvam os estudantes de Ciências

Sociais.

GT 1: ORGANIZAÇÃO E AUTOGESTÃO1

As propostas do Eixo de Organização e Autogestão foram organizadas a

partir do objetivo de gerar mais espaços de participação, diálogo, horizontalidade e

articulação nas ações do centro acadêmico.

É necessário fortalecer a relação dos estudantes do curso com o Centro

Acadêmico da mesma forma que a gestão precisa se fazer presente e

compromissada com os movimentos do curso e os quais se envolve. É fundamental

consolidar diferentes tipos de espaços para abarcar a diversidade de interesses e

disponibilidades que existem no curso, por isso, achamos necessário haver

diferentes níveis de envolvimento na política estudantil do curso.

1 Material disponível no blog do CECS Coletivo pelo endereço: http://cecscoletivo.blogspot.com.br/2012/11/eixo-1-organizacao-e-autogestao.html. Acessado em 29/01/2013 às 19h25min.

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Representante Discente (RD) de Turma: pessoa responsável, durante um

semestre, por ser o canal de comunicação entre o grupo que compartilha

uma disciplina e o CECS. Esse RD é ligado a gestão e deve possibilitar maior

retorno do CECS aos estudantes, bem como facilitar o acesso desses a

gestão. Cada semestre será escolhido um RD de Turma nas cadeiras

obrigatórias com a presença da gestão. O RD de Turma não pode tomar

posições pela turma, apenas repassar as questões que estão mobilizando o

grupo.

Grupo de Trabalho e Discussão (GTD): fortalecer a formação de grupos de

trabalho e discussão, garantidos em estatuto, com o objetivo de vincular os

estudantes a uma determinada temática de trabalho.

Gestão do CECS: funcionar como articuladora e multiplicadora de ações

dentro do curso, assegurar a organicidade do movimento estudantil de

ciências sociais.

Da mesma forma, além de garantir espaços e participação, é necessário

estimular espaços de diálogo e deliberação além da gestão, se desejamos fazer uma

gestão plural e aberta:

Passagens em salas regulares: comunicação com os estudantes

Apresentação do CECS aos estudantes no início do ano: comunicação com os

estudantes

Reuniões semanais/quinzenais abertas: questões operacionais do curso

Reuniões com RDs: socialização de informação e apoio aos RDs

Assembleia de Estudantes: consultivo e deliberativo

Congresso de Estudantes: estratégico, discutir com o curso os rumos do

MECS

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E de maneira complementar as propostas anteriores, o Eixo de Organização

e Autogestão também considera relevante para abertura, transparência e

organização do C.A.:

Mural/quadro de avisos/calendários no espaço físico

Jornal com textos enviados por estudantes

Orçamento Participativo no cursos: consulta das demandas e destino do

dinheiro do C.A.

Revisão do estatuto - dar abertura a diferentes formas de organização do

centro acadêmico

Rotatividade das funções (ex: semestralidade em determinada atividade)

Solicitação de um bolsista para o CECS

Todas essas propostas buscam fortalecer a participação e o envolvimento

dos estudantes no movimento estudantil de Ciências Sociais, retomando a

necessidade de se pensar o curso de maneira coletiva, representativa (no sentido

de realmente representar os interesses dos discentes, não apenas do grupo da

gestão) e democrática.

GT 2: FORMAÇÃO EM MOVIMENTO2

2 Material disponível no blog do CECS Coletivo pelo endereço: http://cecscoletivo.blogspot.com.br/2012/11/eixo-2-formacao-em-movimento.html. Acessado em 29/01/2013 às 19h31min.

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Através do objetivo de olhar para o nosso cotidiano da universidade

(re)pensar a formação e o movimento se estabelece a lógica de existência do eixo

“Formação em Movimento”.

Refletir sobre a “Formação” do estudante de Ciências Sociais nos leva a

problematizar constantemente o canal dessa educação que recebemos na

academia: o currículo. É nítido também que muitas das formações do estudante

estão além do currículo sendo este uma das instruções que ele recebe na

universidade. Logo pensamos no Centro de Estudantes como um meio de formação

para o futuro cientista social. Com atividades sistemáticas que entram em sintonia

com o que os outros eixos propõem no sentido.

Sendo assim nos cabe pensar no “Movimento” no sentido de dinamizar

constantemente a construção de um programa de estudos que o estudante recebe,

trazendo para a construção do próprio as características destas mudanças

necessárias. Aliado a uma postura de dialogo o movimento se dá nessa relação

entre a base – estudantes que são atingidos pelo currículo vigente – e a estrutura

da COMGRAD/Departamentos. Nos cabe dinamizar/movimentar essa relação

trazendo e propondo as necessidades do primeiros para os segundos.

Pensamos nas seguintes propostas:

Baseados na falta de disciplinas práticas no currículo, propomos pelo

menos um cadeira de metodologia e prática desde o primeiro semestre.

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Associando o embasamento teórico a uma prática na sociedade. Não são

raros os currículos que tem esse perfil. Vejamos o da graduação em Ciências

Sociais da USP:

http://graduacao.fflch.usp.br/sites/graduacao.fflch.usp.br/files/Estrutura

%20Curricular%20-%20C%20Sociais%202010.pdf

Criação de um “Grupo de estudos curriculares” aberto para a discussão e

proposições para o nosso currículo.

Postura contraria a possível separação das áreas e formação de cursos

fragmentados. É uma tendência nacional. No Brasil um caso emblemático é

da UFF no Rio que abre uma graduação para cada área das ciências sociais.

Frente as mais de 60 disciplinas realizadas por semestre achamos

necessário - junto ao eixo Organização e Autogestão - pensarmos a criação

de “Representantes por Turma” (RT’s) pelo menos para as cadeiras

obrigatórias. Estes estudantes referências seriam o meio de aproximação do

DA com a realidade de sala do estudante, caracterizando o

“acompanhamento” necessário que um centro de estudantes pode

disponibilizar.

Conselho de RT’s ao menos duas vezes no semestre para partilha da

realidade e do andamento das disciplinas.

Acompanhamento de um outro tipo de representação: a dos

discentes(RD’s) na COMGRAD/Departamentos/IFCH. Não basta

simplesmente escolhe-los em assembleia. É necessária a garantia de que

estes estudantes estão realmente homologados e participando das decisões

em tais estruturas. E abertura de espaço nas assembleias para partilha das

discussões realizadas nesses espaços.

Organizar o 1° Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão da Graduação em

Ciências Sociais UFRGS: repensando fronteiras no oficio do cientista social.

(é uma primeira ideia de nome).

Um outro assunto problemático que nos cabe é a Resolução 19/2011

(http://www.ufrgs.br/cepe/arquivos/Res_19_-_2011.pdf). Em 2012/2

cerca de 800 estudantes de Ciências Sociais foram atingidos por ações como

fim da permanência e retenção de créditos para alunos com baixo

desempenho. Quem são estes estudantes? Quais os fatores do baixo

Page 8: Subsídio de Prepação - Seminário de (Auto)Gestão

desempenho? Para ir além das respostas imediatas refletimos a necessidade

de uma “comissão de acompanhamento junto a COMGRAD destes

estudantes” antes de uma postura favorável ou contraria a resolução.

Por fim entendemos a importância de uma postura de diálogo com as

estruturas que fazem parte do nosso dia a dia na universidade e do CECS como

organização administrativa que de fato contribua e auxilie o estudante nas suas

necessidades.

GT 3: ESPAÇO E INTEGRAÇÃO3

O objetivo deste GT de Espaço e Integração é unir os colegas, aproximar os

estudantes e quebrar os muros que os separam do CECS. É função do Centro

Acadêmico: criar espaços de sociabilidade e inclusão, e a chave para a realização

disso é o diálogo, através da criação de canais de comunicação.

O primeiro deles já é marcar uma reunião “mateada” para discutirmos com

todas as propostas sobre o uso do espaço do CECS, agregando novas ideias.

ESPAÇO:

3 Material disponível no blog do CECS Coletivo pelo endereço: http://cecscoletivo.blogspot.com.br/2012/11/eixo-3-espaco-e-integracao.html. Acessado em 29/01/2013 às 19h28min.

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O objetivo é deixar o espaço mais atrativo para todos os estudantes. Um

espaço onde todos possam se identificar e se sentir pertencentes a ele, enquanto

estudantes de Ciências Sociais. Além disso, entendemos que se trata de um espaço

que deve ser usado à serviço do estudante.

Reforma estrutural: pitar paredes, levantar uma placa do CECS, grafite na

parede externa, conseguir equipamentos como computador, impressora,

som, cafeteira, microondas, sofás, bancos, “kit chimarrão” (cuias, rabo

quente, térmica), etc.

Mural externo: transparência, comunicabilidade.

Usar o espaço para levantar fundos para os estudantes (ex. Formatura):

festas, café, camisetas, economia solidária)

INTEGRAÇÃO:

CECS não é só festas, mas nós entendemos que as festas também fazem

parte da rotina acadêmica e que são importantes para estimular a integração entre

os colegas em espaços mais descontraídos.

Manter a segunda-feira como dia de festa no CECS.

Apoiar as festas para levantar fundos para formandos.

Dialogar com os movimentos culturais (e a partir disso também criar festas

temáticas e eventos)

Festas Temáticas.

Atividades diurnas.

Calendário/Agenda fixa e aberta

FEIRAS E OFICINAS:

As Feiras e Oficinas são formas de apoio às iniciativas solidárias e de

aproximação com a comunidade, além de promoverem sociabilidade entre

os estudantes.

Feiras de trocas de xérox e de livros

Feira de digitalização dos textos.

Feiras de Economia Solidária

Feiras Culturais: Teatro, Música, etc.

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Oficinas gerais: de artesanato, stencil, malabares, culinária, etc.

Oficina de Fotografia vinculada ao Núcleo de Antropologia Visual.

Feiras e Oficinas livres, onde os estudantes podem usar do espaço para

promoverem suas atividades.

GT 4: SOCIAIS CONSTRUINDO A UNIVERSIDADE POPULAR4

Apoio ao PVA - Pré Vestibular Autogestionário e coletivos de Educação

Popular como espaço prático para licenciatura, experimentação na

educação e desmistificação entre a vida dos/as estudantes e o ingresso na

UFRGS. Espaço para problematização sobre o fim do vestibular, transição da

“escola” para o ensino superior e espaço de estudos sobre educação popular

e modelos pedagógicos.

Apoio a Coopeufrgs e associações/organizações autônomas de estudantes:

Prática de trabalho cooperado, laboratório de economia solidária e

cooperativismo. Relação com NEA - Núcleo de Economia Alternativa e

grupos de Economia Solidária da UFRGS e sociedade.

4 Material disponível no blog do CECS Coletivo pelo endereço: http://cecscoletivo.blogspot.com.br/2012/11/eixo-4-ciencias-sociais-construindo.html. Acessado em 29/01/2013 às 19h34min.

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Construção e participação da Feira de Trocas e Dia Sem Antônio - toda 2ª

quarta feira do mês. Relação da Ecosol integrada ao espaço do Cecs.

Incentivo a Cooperativas de Consumo Alternativo.

Relação com PET Sociais

Construção Congresso de Estudantes de Ciências Sociais: indicativo final de

março - início de abril - espaço para construção coletiva de programa,

agenda organizativa, projetos para o curso, cultura de participação,

organização, possibilitando o fim da coordenação.

Pauta ANECS / MECS / MACS

Assistência Estudantil: permanência e autonomia estudantes:

-Luta Transporte Público;

-Creches;

-Xerox: construir proposta para auxílio aos estudantes e

(re)aproveitamento de material. Apoio a Feira de Trocas de Xerox,

computador com textos digitalizados.

-Lanches Solidários

-Relação com demandas de assistência estudantil do IFCH: ampliação de

horário de biblioteca, RU, cota de xerox …

Estudantes e Funcionários terceirizados (trabalhadores): construção de

projeto quinzenal/mensal para integração/formação aos funcionários

terceirizados da UFRGS:

-Luta contra precarização do trabalho e debate sobre terceirização do

espaço público;

-Rotatividade;

-Relação com professores; empoderamento dos trabalhadores através de

processos formativos, queremos que quem participa da autogestão da

universidade troque seus serviços por acesso ao conhecimento e que não

seja somente uma prestação de serviços.

Relação com moradores da Villa e Movimentos sociais de luta por moradia

urbana - MNLM

Transdisciplinariedade: Relação e construção de atividades: seminários,

aulas públicas e pautas com outros cursos e centros acadêmicos.

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Relação com comunidades: mapeamento de comunidades envolvidas em

projetos de extensão; associação luta urbana e rural; estágio de vivências;

saídas de campos. Problematização: Quais são os espaços de estudos

práticos das ciências sociais?

Relação Movimentos Sociais: Observatório dos Movimentos Sociais e

integração permanente das demandas dos movimentos e estudos

direcionados aos grupos.

Espaço para organização de seminários e integração América Latina:

convite a coletivos que debatem a Universidade Popular, organizações de

resistência, para permanente troca e atualização: movimento estudantes

Chile, zapatistas, UPMS - Universidade Popular Movimentos Sociais, etc.

(vamos sonhar alto! pq não?)

Diversidade: Grupos de estudos e diálogos com coletivos para debates em

todas as esferas do curso (inclusive currículo) e da universidade;

Relação com todos os cursos e demandas do IFCH.

Espaço Saber Popular: atividades quinzenais com dia pré determinado

aonde receberemos convidados para troca de saberes: os mais variados

possíveis. Ex. parteiras, medicina natural, comunidades tradicionais,

culinárias típicas, rituais, festas, contadores de histórias, etc …

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Texto de Apoio

“O que é Grupo?”5

Madalena Freire

Psicóloga e pesquisadora na área da educação

Autora do livro: “A paixão de conhecer o Mundo”

Segundo Pichon-Riviere pode-se falar em grupo, quando um conjunto de

pessoas movidas por necessidades semelhantes de reúnem em torno de uma tarefa

específica.

No cumprimento e desenvolvimento das tarefas, deixam de ser um

amontoado de indivíduos para cada um assumir-se enquanto participante de um

grupo, com um objetivo mútuo.

Isso significa também que cada participante exercitou sua fala, sua opinião,

seu silêncio, defendendo seus pontos de vistas. Portanto, descobrindo que, mesmo

tendo um objetivo mútuo, cada participante é diferente. Tem sua identidade.

Neste exercício de diferenciação- construindo sua identidade- cada

individuo vai introjetando o outro dentro de si. Isto significa que cada pessoa,

quando longe da presença do outro, pode “chamá-lo” em pensamento, à cada um

deles e a todos em conjunto. Este fato assinala o inicio da construção do grupo

5 Texto disponível no site: http://subsidiospj.blogspot.com.br/2011/03/o-que-e-grupo.html. Acessado em 29/01/2013 às 19h13min.

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enquanto composição de indivíduos diferenciados.O que Pichon denomina de

“grupo interno”.

EU NÃO SOU VOCÊ

VOCÊ NÃO É EU

Eu não sou você

Você não é eu

Mas sei muito de mim

Vivendo com você

E você, sabe muito de você vivendo comigo?

Eu não sou você

Você não é eu

Mas encontrei comigo e me vi

Enquanto olhava pra você

Na sua, minha, insegurança

Na sua, minha, desconfiança

Na sua, minha competição

Na sua, minha, birra infantil

Na sua, minha, omissão

Na sua, minha, firmeza

Na sua, minha, impaciência

Na sua, minha, prepotência

Na sua, minha fragilidade doce

Na sua, minha, mudez aterrorizada

E você se encontrou e se viu, enquanto olhava pra mim?

Eu não sou você

Você não é eu

Mas foi vivendo minha solidão

Que conversei com você

E você conversou comigo na sua solidão

Ou fugiu dela, de mim e de você?

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Eu não sou você

Você não é eu

Mas sou mais eu, quando consigo

Lhe ver, porque você me reflete

No que eu ainda sou

No que já sou e

No que quero vir o ser...

Eu não sou você

Você não é eu

Mas somos um grupo, enquanto

Somos capazes de diferenciadamente

Eu ser eu, vivendo com você e

Você ser você vivendo comigo.

O indivíduo é um ser “geneticamente social”

(Wallon)

A identidade do sujeito é um produto das relações com os outros. Neste

sentido todo individuo está povoado de outros grupos internos na sua história.

Assim como também povoado de pessoas que o acompanham na sua

solidão, em momentos de dúvidas e conflito, dor e prazer. Desta maneira estamos

sempre acompanhados por um grupo de pessoas que vivem conosco

permanentemente.

Em termos gerais a influência deste grupo interno permanece inconsciente.

Algumas vezes só no esquecimento (pré-consciente) e não nos damos conta que

estamos repetindo, reproduzindo estilos, papéis que têm que vir com vínculos

arcaicos onde outros personagens jogam por nós.

Todos estes integrantes do nosso “eu” interno estão presentes na hora de

qualquer ação, na realização de uma tarefa. Por isso, nosso ser individual nada

mais é que um reflexo, onde a imagem de um espelho que nos devolvem é de um

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“eu” que aparenta unicidade mas que está composta por inumeráveis marcos de

falas, presenças de modelos dos outros

TIPOS DE GRUPOS.

Há dois tipos de grupos: primário e secundário.

A família é um grupo primário. Secundários são os grupos de trabalho,

estudo, instituições, etc. Em todos eles, encontramos um lugar, um papel, uma

forma de estar, que por sua vez constitui nossa maneira de ser. Nesse espaço

desempenhamos nosso papel, segunda nossa história e as marcas que trazemos

conosco.

Durante nossa infância, em nosso grupo primário, tivemos um espaço que

ocupamos como o único papel possível. Se examinarmos nosso grupo familiar

observaremos como cada irmão tem seu papel dentro do grupo e como nós

também desempenhamos o nosso. Há o que sempre agüenta as situações difíceis,

outro se deixa levar por reações emocionais, outro que ajuda a comer o ódio, outro

que faz a mediação, outro que está sempre em avergência, outro que assume o

denunciar permanentemente. Estes papéis se mantêm ao longo da vida.

Quando não suficientemente pensados, elaborados conscientemente, educados,

cristalizam-se, assumindo uma forma estereotipada, onde a repetição mecânica do

mesmo papel acontece

COMO SE FORMA ESTA ESTRUTURA?

Segundo Pichon-Riviere, a estrutura dos grupos se compõe pela dinâmica

dos 3D.

O depositado, o depositário e o depositante.

O depositado é algo que o grupo, ou um individuo, não pode assumir no seu

conjunto e o coloca em alguém, que por suas características permite e aceita.

Estes que recebem nossos depósitos são nossos depositários, nós que nos

desembaraçamos destes conteúdos, colocando-os fora de nós, somos os

depositantes.

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Podemos observar em qualquer grupo (secundário) de adultos como se

distribuem esses papéis e tarefas implícitas. Há os que se encarregam sempre de

romper os silêncios embaraçosos, os que com uma piada ou uma saída criativa

desfazem uma tensão, os que sempre estão em contra ou fazem de “advogado do

diabo”, os que se encarregam de carregar as culpas e mesmo reclamando aceitam o

depósito de “bode expiatório”, os que chagam sistematicamente atrasados, os que

interrompem para sair, os que sempre discordam de algo, nunca estão de acordo

ou aqueles a quem tudo lhes parece ótimo e encarregam-se das tarefas de que os

demais se omitem.

Este movimento de depósito começa na família, com o projeto inconsciente

dos pais. Estes marcam um lugar para cada um dos seus filhos, segundo as

necessidades que imaginariamente o grupo primário pretende preencher com

aquele que chega. Deste modo, o filho ou a filha já ocupará um lugar pré-

estabelecido e cumprirá um papel determinado. Entre os diversos papéis, são

divididos aspectos que são ansiogênicos e aos quais a família não pode assumir em

seu conjunto. Depositando-os assim num dos seus membros, o controle da

situação.

A debilidade familiar( os medos, as doenças, a agressividade) é projetada

(depositada) num de seus membros que assume “o doente” “o frágil”, a quem se

cuida, se vigia de perto. Desta maneira a família controla sua ansiedade. Diante

deste “membro doente” os demais se sentirão forçosamente sadios e fortes.

Um exemplo bem característico é no que se refere à agressividade. Um membro do

grupo familiar “torna-se” agressivo, ou seja, não lhe dando (e ele também

aceitando) esse lugar da violência do que sempre se irrita primeiro, ao que tudo

lhe incomoda. Deste modo o grupo vai depositando nele sua agressividade. A partir

daí, identifica-se inconscientemente com ele nessa emoção de raiva e passa a se

crer livre dela, colocando-se, ao contrário, na posição, no papel do não-violento.

Aquele que recebeu tal depósito passa a ser o “brigão”, “reclamão” da família e os

outros assumem o status de quem generosamente o suporte.

Através do mecanismo de projeção nos livramos de aspectos nossos que nos

desagradam, pois não admitimos que também fazem parte de nós. Se estou com

medo, em lugar de admitir, reconhecer MEU medo digo “tu me dás medo” ou “tua

proposta é atemorizante”. Caso esta afirmação coincida (encontre) um sujeito a

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quem sempre lhe é dado esse papel (atemorizante), nosso mecanismo projetivo se

verá inteiramente satisfeito. O depositário recebeu e se encarregará de “viver” meu

medo. Meu medo não estará mais no meu interior e será produto, culpa daquele

que me atemoriza. Poderei distanciar-me do meu medo, na medida em que me

separe dessa pessoa que se encarregou deste papel “atemorizante”

OS COMPONENTES DO GRUPO

São cinco os papéis que constituem um grupo, segundo a denominação de

Pichon Rivieri

“Líder de mudança”

“Líder de resistência”

“Bode expiatório”

“Representantes do silêncio”

“Porta-voz”

Líder de mudança é aquele que se encarrega de levar adiante as tarefas,

enfrentando conflitos, buscando soluções, arriscando-se sempre diante do novo.

O contrário dele é o líder de resistência. Este sempre”puxa” o grupo pra tas, freia

avanços depois de uma intensa discussão ele coloca uma pergunta que remete o

grupo ao inicio do já discutido. Sabota as tarefas (levantando sempre as melhores

intenções de desenvolve-las, mas poucas vezes as cumpre), assume sempre o papel

de “advogado do diabo”.

Contudo, o líder de mudança e o líder de resistência não podem existir um

sem o outro... Os dois são necessários para equilíbrio do grupo. Esta é a visão de

uma relação democrática, pois na relação autoritária e na espontaneista os

encaminhamentos poderão ser outros. Para cada maior acelerada do líder de

mudança maior freio, brecada, do líder de resistência. Isto porque muitas vezes o

líder de mudança radicaliza suas percepções, encaminhamentos, na direção dos

ideais do grupo, descuidando do principio de realidade. Neste momento o líder de

resistência traz para o grupo uma excessiva crítica (princípio de realidade

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exacerbado) provocando uma desidealização (desilusionamento), produzindo

assim um contrapeso às propostas do outro.

Bode expiatório: é quem assume as culpas do grupo. Serve-se de depositário a esses

conteúdos livrando o grupo do que lhe provoca mal-estar, medo, ansiedade, etc.

Os silenciosos: são aqueles que assumem as dificuldades dos demais para

estabelecer a comunicação, fazendo com que o resto do grupo se sinta obrigado a

falar. Num grupo falante, se “queima” quem menos pode sobreviver ao silêncio...

Aqueles que calam representam essa parte nossa que desejaria calar, mas não

pode. Em algumas situações, os silenciosos suscitam críticas, por parte de

elementos do grupo, porque estes se permitem o ocultamento. Ocultamento que

poderá ser aparente, pois o uso da palavra pode, também, ocultar um enorme

silêncio.. Em outras situações este ocultamento é real, onde o produto é a omissão.

No trabalho da coordenação, sua facilidade ou dificuldade em coordenar os

silenciosos dependerá de seu grau de escuta do silêncio do outro e do seu próprio...

É necessário um exercício apurado de observação e leitura sobre o que os

silenciosos falam... para poder possibilitar, assim, ruptura do papel de

“ocultamento”, de omissão. A coordenação deverá estar atenta para não permitir

uma relação hostil que obriga os silenciosos a falarem, pois deste modo não estará

respeitando sua “fala”, mas também não cair na armadilha da marginalização: “eles

nunca falam mesmo”..o que favorece a omissão.

O porta-voz: é quem se responsabiliza em ser a “chaminé” por onde emergem as

ansiedades do grupo. Através da sensibilidade apurada do porta-voz ele consegue

expressar, verbalizar, dar forma aos sentimentos, conflitos que muitas vezes estão

latentes no discurso do grupo. O porta-voz é como uma antena que capta de longe

o que está por vir... Em muitas situações o porta-voz pode coincidir com uma das

expressões de lideranças. Para detectar se realmente está desenvolvendo o papel

de porta-voz de um conteúdo do grupo é necessário observar como o conteúdo

expressado chega, que ressonâncias provoca no grupo. Caso não provoque

nenhuma sintonia com o grupo, não será uma intervenção emergente do grupo

(movimento de horizontalidade), mas sim um produto de sua história pessoal

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(movimento de verticalidade). No trabalho da coordenação, perceber, diagnosticar

essa situação faz parte de um longo aprendizado. Para isso a coordenação terá

(num primeiro movimento da construção do grupo) um trabalho de observação

minuciosa para diagnosticar: (1)-Os papéis e (2)-Os conteúdos das projeções que

estão sendo transferidas para (A), - o grupo (B)- seus participantes (C)- A

coordenação.

Esta projeção maciça do primeiro movimento, só será superada caso a

coordenação possibilite: (1)- A limpeza dessas projeções (2)- A mobilidade

tranferencial (a)- com a coordenação e (b) entre iguais (3)- evitar a estereotipia

dos papéis, romper os papéis cristalizados (4)- “rodar” os papéis.

GRUPO é:

Esta trama grupal onde se joga com papéis precisos, às vezes

estereotipados, outros inabaláveis, não é um amontoamento de indivíduos. Mais

complexo que isso. Grupo é o resultado da dialética entre a história do grupo

(movimento horizontal) e a história dos indivíduos com seus mundos internos,

suas projeções e transferências (movimento vertical) no suceder da história da

sociedade em que estão inseridos.

Grupo é... Grupo

A cada encontro: imprevisível

A cada interrupção da rotina: algo inusitado

A cada elemento novo: surpresas

A cada elemento já parecidamente conhecido: aspectos desconhecidos.

A cada encontro: um novo desafio, mesmo que supostamente já vivido

A cada tempo: novo parto, novo compromisso com a história

A cada conflito: rompimento do estabelecido para a construção da mudança

A cada emoção: faceta insuspeitável

A cada encontro: descobrimentos de terras ainda não desbravadas...

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Grupo é grupo...

A CONSTRUÇÃO DO GRUPO

Um grupo se constrói através da constância da presença de seus elementos,

na constância da rotina e de suas atividades.

Um grupo se constrói na organização sistematizada de encaminhamentos,

intervenções por parte do educador, para a sistematização do conteúdo em estudo.

Um grupo se constrói no espaço heterogêneo das diferenças entre cada

participante: -da timidez de um, do afobamento do outro, da serenidade de um, da

explosão do outro, do pânico velado de um, da sensatez do outro, da serenidade

desconfiada de um, da ousadia do risco do outro, da mudez de um, da tagarelice do

outro, do riso fechado de um, da gargalhada debochada de outro, dos olhos miúdos

de um, dos olhos esbugalhados do outro, de lividez do rosto de um, do encarnado

do rosto do outro.

Um grupo se constrói enfrentando o medo que o diferente, o novo provoca,

educando o risco de ousar.

Um grupo se constrói não na água estagnada do abafamento das explosões,

dos conflitos, no medo em causar rupturas.

Um grupo se constrói construindo o vínculo com a autoridade e entre iguais.

Um grupo se constrói na cumplicidade do riso, da raiva, do choro, do medo,

do ódio, da felicidade e do prazer.

A vida de um grupo tem vários sabores. No processo de construção de um

grupo, o educador conta com vários instrumentos que favorecem a interação entre

seus elementos e a construção do círculo com ele.

A comida é um deles.

É comendo junto que os afetos são simbolizados, representados,

socializados.

Pois comer junto, também é uma forma de conhecer o outro e a si próprio.

A comida é uma atividade altamente socializadora num grupo, porque

permite a vivência de um ritual de ofertas. Exercício de generosidade. Espaço onde

cada um recebe e oferece ao outro o seu gosto, seu cheiro, sua textura, seu sabor.

Momento de cuidados é atenção.

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O embelezamento da travessa em que vai o pão, a “forma de coração” do

bolo, a renda bordada no prato.. Frio ou quente?

Que perfume falará de minhas emoções? Doce ou salgado?

Todos esses aspectos compõem o ritual de comer junto que é um dos

ingredientes facilitadores da construção do grupo

Um grupo se constrói com a ação exigente rigorosa do educador. Jamais

com a cumplicidade autocomplacente com o descompromisso do educando.

Um grupo se constrói no trabalho árduo de reflexão de cada participante e

do educador. No exercício disciplinado de instrumentos metodológicos, educa-se o

prazer de se estar vivendo, conhecendo, sonhando, brigando, gostando, comendo,

bebendo, imaginando, criando e aprendendo juntos num grupo.

I-“QUE DIABO TEM ESSE GRUPO?”

-Que diabo tem esse grupo que dá tanto medo e ansiedade?

-Que diabo tem esse grupo que o risco de ser eu mesmo amedronta tanto?

-Que diabo tem esse grupo onde o “não sei” é o inicio para o aprender?

-Que diabo tem esse grupo que me deixa desvairada à procura do significado de

tudo?

-Que diabo tem esse grupo onde minhas hipóteses “corretas” são desestabilizadas,

me fazendo duvidar de tudo?

-Mas que diabo de grupo de grupo é esse onde me criticam?

-Que diabo de grupo é esse que me faz sentir às vezes tão incompetente?

-Que diabo de grupo é esse que não me “dá calo” quando choramingo, na minha

indisciplina...

-Mas que diabo de grupo é esse???

II- ESSE, É O DIABO DO GRUPO

Que pergunta

Que dúvida

Que diz não sei

Onde, erras é aprender

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Que ri, que briga

Que teve medo, limites, franquezas, que tem coragem

Que chora, que come e vive junto

Onde muitas vezes construindo sua competência é invadido por forte sentimento

de incompetência.

Que corre riscos para conhecer o outro e a si mesmo.

Que corre riscos NEGANDO A OMISSÃO autoritária e aprende a assumir o que

pensa, o que diz, o que faz.

Que busca a construção permanente da disciplina intelectual educando a

imaginação, o sonho, no dia-a-dia, junto com os outros, a paixão de conhecer,

aprender, ensinar e educar

VIDA DE GRUPO

1-Vida de grupo tem:

-Alegria, riso aberto, contentamento, folia, concentração

-Medo, dor, choro, conflito, perdição, desequilíbrio, hipótese falsa, pânico.

-Entendimento, diferenças, desentendimento, briga, busca, conforto.

-Silêncios, fala escondida, berro, fala oca, grito, fala mansa.

-Generosidade, escuta, olhar atento, pedido de colo.

-Ódio, decepção, raiva, recusa, desilusão.

-Amor, bem querer, gratidão, afogo, gesto amigo de oferta.

2-Vida de grupo tem vários sabores:

-Quente, frio, no ponto

-Doce? Melado? Cheiro de hortelã?

-Castanha, chocolate, perfume de canela.

-Salgado? Gelado? Cheiro de maçã?

-Palmito, frango, damasco

-Perfumes vindos da janela, lembrando o cheiro da vida vivida, gosto de hortelã.

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3- Vida de grupo dá muita ansiedade.

Quando não recebo o produto do conhecimento mastigado (pronto) pelo

educador. Ele faz mediações com o objeto a conhecer e se eu, saindo com meu

reboliço, meu furacão interno (uterino?), minhas frustrações, ansiedades, Posso

construir no meu silêncio-fala interna, minha sistematização. Depois novamente

voltando ao grupo posso checa-la, provocando um aprofundamento da mesma, ou

não...

4- Vida de grupo dá muita frustração

Porque enquanto educando tenho de romper com meu acomodamento

quieto, autoritário... esperando “as ordens” do educador... e quando elas não vêm,

descubro que só eu posso lutar-conquistar, construir, meu espaço...

O educador pode possibilitar, o rompimento da quietude mas não a ação do

construir, do conhecer. Essa, só o educando (o ator) pode.

5- Vida de grupo dá muito medo

Porque através do outro constato que sou “dono” do meu saber (e do meu

não saber). Sou dono de minha incompetência, e portanto responsável pela minha

busca-procura de conhecer, de construir minha competência.

6- Vida de grupo dá desânimo

Porque em muitas situações nos confrontamos com o caos: acúmulo de

temas, processos de adaptação, hipóteses heterogêneas...

Caos criador que nos demanda nova re-estruturação- Organização. Procura

da forma original própria e única adequada ao novo momento.

Vida de grupo (oh... vida de grupo...)

7- Vida de grupo dá muito trabalho e muito prazer

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Porque eu não construo nada sozinha, tropeço a cada instante com os

limites do outro e os meus próprios, na construção da vida, do conhecimento, da

nossa história.

Em construção…

Ao final deste Subsídio, esperamos ter contribuído para o empoderamento

dos estudantes sobre os debates a serem feitos no Seminário de Gestão. Assim

sendo, ele será a base referencial para a sua realização. Caso tenha surgido alguma

dúvida, será possível se manifestar ao longo do Seminário para que possamos

pensar e construir alternativas em conjunto.

Permanece o desafio de cultivar a semente da esperança e novidade que

ousamos plantar em 2012. De uma forma participativa e coletiva, poderemos ver

surgir novos horizontes para sonhar e ousar chegar.

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CENTRO DE ESTUDANTES DE CIÊNCIAS

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