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Sucessões - Prof. Tiago Simões.docx

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Sucesses Prof. Thiago Simes13

Bibliografia bsicaFlvio Tartuce - Manual de Direito, Vol. nico.Texto na xerox - Direito das sucesses 2015/11. Artigos 1.790, CC/02 e 1.829, CC/02:Regime de bens:a. Comunho Parcial: Tudo que tenho at a data do casamento exclusivamente meu. Os que forem adquiridos aps o casamento sero considerados bens comuns (Art. 1658, CC/02). Todavia, o artigo 1.659 estabelece 7 hipteses em que isso no ir ocorrer, ou seja, mesmo que um dos cnjuges assuma tais compromissos, o outro no ir adquirir (Ex.: Herana deixada pelos pais, salrio do cnjuge, indenizaes por danos morais ou patrimoniais, etc.). Se o doador quiser que o objeto doado seja de ambos os cnjuges, dever incluir uma clausula de comunicabilidade.

b. Comunho universal: Os bens adquiridos durante a vida de cada cnjuge sero somados e divididos, de forma igual, para cada. A exceo se d ao artigo 1668, CC/02 bens particulares ou exclusivos.Se o doador quiser que o objeto doado seja de apenas um dos cnjuges, dever incluir uma clausula de incomunicabilidade.

c. Separao convencional (ou voluntria) de bens: Art. 1687 e 1688, CC/02 O bem de cada cnjuge a ele pertence. Porm sero de ambos apenas aqueles registrados em nome de ambos.c.1. Separao obrigatria (ou legal) de bens: Art. 1641, CC/02 - Com a Smula 377 do STF, o que foi adquirido onerosamente no curso do casamento ser dividido por 2. Transformou a separao obrigatria em uma verdadeira comunho parcial de bens.

Filiao:a. Bilaterais: Filho de apenas um dos cnjuges.b. Unilaterais: Filho de ambos os cnjuges.c. Hbridos: Quando um dos filhos de ambos os cnjuges e o outro apenas de um. Os filhos recebem a mesma parcela da herana, no importando se bilaterais ou unilaterais.Diferena Em uma relao de parentesco hbrido, os irmos bilaterais recebero mais do que os hbridos. Ex.: A, B e C so irmos dos mesmos pais. D irmo apenas por parte de pai.Caso o irmo B venha falecer, D ir receber uma parte menor da herana. Essa regra s se aplica nas relaes entre irmos, tendo em vista que na relao entre filhos no pode haver distino.

2. Direito das sucesses:So as fontes do direito de sucesses: CF/88: Artigo 5, XXX CC e CPC: Art. 1784, cc Droit de saisineO fato gerador do direito sucessrio a morte; da morte at a heran h um caminho que deve ser trilhado, ou seja, o inventrio.Morte Inventrio Herana/partilhaQuando ocorre o evento morte, trs conceitos aparecem, vejamos:a. Herana: Tambm chamado de universo patrimonial do de cujus; tudo que era do morto e foi deixado para seus herdeiros ser chamado de herana.b. Esplio: Como essa herana se apresenta em determinado processo. a representao pessoal dos bens do de cujus.Se um credor do de cujus deseja reaver seu credito, deve entrar no processo em face esplio.c. Inventrio: Procedimento judicial ou extrajudicial (atualmente pode ser feito em cartrio). O processo de inventrio possui quatro efeitos jurdicos, ou seja, reconhecimento jurdico da morte de algum - averiguar qual o universo patrimonial deixado arrolamento de bens deixados (ativos e eventuais passivos), reconhecimento dos herdeiros legtimos e por fim realizar a partilha dos bens deixados.Obs: Necessidade de pagamento de ITCM alquota de 4% do valor da toda herana.Obs: Deve ser feito um inventrio para cada de cujus.Art. 8, CC: Quando duas ou mais pessoas falecerem na mesma ocasio no podendo determinar quem morreu primeiro, aplica-se a smula 331 do STF, realizando apenas um inventrio para ambos os de cujus.

3. Morte (Jaz):O direito brasileiro reconhece dois tipos de morte: real e fictaHaver morte real quando houver parada das atividades cerebrais (Art. 3 da Lei 9434/97 Lei de transplantes). Inicia-se o processo de sucesso.Obs: Apenas quando houver morte real, poder haver transplantes de rgos (quando doador). O cdigo tambm permite que a pessoa possa morrer de forma ficta (Art. 6 da Lei 9.434/97). Ou seja, h presuno de morte. Observa-se, que essa presuno capaz de abrir o direito sucessrio.

Segundo o Cdigo Civil (Art. 1.785) o processo de inventrio ir tramitar no local de ltimo domiclio do falecido. J no Cdigo de Processo Civil (Art. 96, I e II) estabelece disposies diferentes, ou seja, o processo ir tramitar no local em que se encontram os bens (inciso I) ou do local em que ocorreu o bito, se o de cujus no possuir domiclio certo e possua bens em locais diferentes (inciso II).

No direito brasileiro existem duas formas para aplicao do direito sucessrio (vide art. 1.786): por fora da lei (legtima) ou por ato de disposio de ltima vontade; esta divide-se em trs espcies: testamento, legados e codicilos. lcito que o de cujus, em seu testamento, deixe (disponha) 50% de seus bens para qualquer pessoa e os outros 50% para seus herdeiros.

4. Capacidade sucessria:Conforme a Teoria Natalista se nasceu com vida, possui aptido para receber herana.A teoria natalista a corrente que prevalece entre os autores clssicos do Direito Civil, para quem o nascituro no poderia ser considerado pessoa, pois exigido para tanto o nascimento com vida. Assim, tal sujeito teria apenas mera expectativa de direito, a qual se concretizaria no momento em que ele respirasse fora do ventre materno.Se o herdeiro estiver sendo gestado (nascituro), segue a Teoria Concepcionista, onde sempre nomeado pelo Magistrado como curador a me gestante (Art. 3, 2 parte).Segundo a Teoria Concepcionista, o nascituro (aquele que ainda h de nascer) tem personalidade jurdica desde a concepo, ou seja, ostenta direitos prprios protegidos pela lei, j com o seu surgimento. Art. 1.800, 4, CC: Conflito na lei:O artigo estipula um prazo de dois anos contados a partir da abertura da sucesso.Primeira parte: Possui material gentico congelado, portanto, necessariamente o de cujus dever ter deixado por escrito autorizao para que seja usado. Desta forma, poder o herdeiro usar o material em at dois anos, logo, o nascituro tambm ser herdeiro.Ex.: Viva que usa material gentico do de cujus para engravidar. O nascituro ser herdeiro, ou seja, ser considerado filho.Segunda parte: Havendo tal autorizao do, a parte do herdeiro esperado (o nascituro) dever ser reservada e cuidada/protegida pelo curador nomeado. Findados estes dois anos e no nascido o herdeiro esperado, divide-se o quantum reservado entre os demais herdeiros.A,B e C Filhos j nascidos

Parte reservada

A 25% B 25%

C25% 25%

Existe o prazo de dois anos, pois necessrio fixar um limite de tempo para arrecadao dos bens, no ferindo o direito dos herdeiros j nascidos.Passado o prazo de dois anos e no for concebido o herdeiro esperado, o magistrado ir intimar os demais herdeiros para aceitar (ou renunciar) a herana reservada. Trata-se de um ato irretratvel, onde a aceitao pode se dar atravs de trs formas, ou veja, expressamente, tacitamente (no caso de praticar atos que s o herdeiro praticaria ex. atos no processo de inventrio) ou presumida (Trata-se de um direito constitucional Art. 5, XXX, CF Caso o herdeiro seja silente, presume-se por sua aceitao da herana. NUNCA ser revel). Art. 1.805, CC: Atos que no implicam em aceitao tcita:a. Construir ou pagar o funeral e despesas com o falecido, pois estes so considerados atos de dignidade humana (1);b. Despesas para conservao do bem e pagamento de credores tambm no implica em aceitao tcita da herana.

ExpressaTcitaPresumida

Aceitao

* Aceitando a herana, ser cobrado ITCM (4% sobre o valor da herana no ES)

Por outro lado, o(s) herdeiro(s) pode(m) renunciar da herana deixada (Art. 1.806). Esta renncia pode ocorrer de forma abdicativa, tambm chamada de ablativa, quando o herdeiro abre mo de tudo, ou seja, abdica todo seu direito (fica livre do pagamento de ITCM) ou pode ocorrer de forma translativa, tambm chamada de cesso de direitos hereditrios, onde a herana recebida, mas repassada para outro herdeiro de igual condio atravs de escritura pblica, dando direito de preferencia (ex.: irmo transmite para irmo). Neste caso haver incidncia de ITCM.A herana possui natureza jurdica de bem imvel (Art. 80, II do CC), desta forma, para o herdeiro renuncia-la, em qualquer das modalidades, dever se atentar ao regime de bens de seu casamento ou unio estvel, ou seja, necessitar da aceitao do cnjuge, conforme preceitua o Artigo 1647 do Cdigo Civil.Os regimes de bens que necessitaro de outorga (consentimento expresso) do cnjuge so: Comunho parcial de bens, Comunho universal de bens, Separao obrigatria de bens e Participao final nos aquestos. Essa outorga ocorra com a assinatura do cnjuge, concordando com a renncia dos bens.Apenas no regime de separao total de bens, no haver necessidade de outorga do cnjuge. ******************************************PROVA********************************************Se o bem deixado pelo de cujus estiver agravado com Clusula de incomunicabilidade, o bem principal e seus acessrios (Ex.: valores recebidos dos alugueis de um apartamento so considerados acessrios), no haver necessidade de outorga do cnjuge para aliena-lo INDEPENDENTE DO REGIME DO CASAMENTO.

Da mesma forma, estando presente Clusula de inalienabilidade, aplica-se a Smula 49 do STF, ou seja, havendo Clusula de inalienabilidade presume-se que tambm h Clusula de incomunicabilidade, logo, tambm no haver necessidade de outorga do cnjuge.

Smula 377 do STF: No regime de separao obrigatria de bens, como tem incidncia da smula 377 do STF, os bens adquiridos na constncia do casamento sero divididos como se o casamento tivesse regime de comunho parcial. Abdicativa

Translativa

Renncia

Analisar regime de bens do casamento para saber se haver necessidade de outorga do cnjuge

Tanto o ato de aceitao, quando de renuncia so irrevogveis, exceto quando comprovar-se que houve algum vcio de consentimento (dolo, erro ou coao).

4.1. Indignidade sucessria: Trata-se uma exceo a regra de capacidade. So trs hipteses previstas no Art. 1814 do Cdigo Civil, que dizem que o herdeiro foi uma pessoa indigna, vejamos:Art. 1814: So excludos da sucesso os herdeiros ou legatrios:I que houverem sido autores, coautores ou partcipes de homicdio doloso, ou tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucesso se tratar, seu cnjuge, companheiro, ascendente ou descendente;Ex.: Filha que matou o pai dolosamente perder o seu direito a herana. Trata-se de uma pessoa indigna.II- que houverem acusado caluniosamente em juzo o autor da herana ou incorrerem em crime contra sua honra, ou de seu cnjuge ou companheiro;III que por violncia ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herana de dispor livremente de seus bens por ato de ultima vontade.Obs: Em qualquer hiptese do referido artigo, possvel ocorrer perdo do ofendido.Ateno: Em matria de responsabilidade no ordenamento brasileiro, existe a figura da responsabilidade civil, bem como responsabilidade penal.

Desta forma, se o suposto autor de um homicdio (inciso I) for absolvido na esfera criminal ou decretada insuficincia de provas; a coisa julgada no criminal impede que a seja rediscutida no cvel.

O principal efeito acarretado ao indigno a chamada Morte Civil (trata-se de uma pena civil).A morte civil ocorre devido uma Ao de indignidade sucessria, declarando que determinado herdeiro uma pessoa indigna (no merecedor da herana), pois cometeu um dos incisos do artigo 1814 do CC ainda no apurado na esfera criminal.Ex.:Maria casou-se com Jos e teve trs filhos: Joo, Mateus e Lucas.Suponha que Joo matou seu pai. No momento da diviso da herana, um dos seus irmos poder ajuizar uma ao de indignidade sucessria (para que decrete-se sua morte civil) caso no tenha ainda um processo criminal.Seu quinho da herana ser destinado a seus herdeiros (logo, se possuir filhos, sero destinados a eles) e caso no tenha herdeiros, transmitida para seus irmos.

Esta ao declaratria distinta do processo de inventrio, logo pode ocorrer at mesmo antes do processo de inventrio. Ex.: Mateus tentou matar seu pai. Ainda em vida, o pai poder ajuizar uma ao declaratria decretando a morte civil de Mateus.

Se no houver sida dirimida a responsabilidade criminal, nada impede que essa prova seja decidido no Juzo Cvel. Ex.: O velho morreu, mas ningum sabe quem foi quem o matou.Mesmo assim poderei abrir um processo de inventrio.Importante: Na hiptese do inciso II, onde sero crimes de menor potencial ofensivo ocorrendo uma transao penal, onde necessrio que o ru assuma a autoria do crime, j ser o suficiente para incidir no Art. 1.814, II do Cdigo Civil.Nas hipteses do inciso III, at artifcios psquicos so considerados. Como caso do filho que passa vrios anos manipulando o pai para transferir seus bens a ele.Ateno, pois se o pai souber que est sendo manipulado e isso, de alguma forma, for provado em juzo posteriormente, no ser considerado ato de indignidade.

5. Ordem de vocao hereditria:Ordem de vocao hereditria: Herdeiro necessrio (Art. 1.845, CC): Aquelas pessoas que no podero ficar privadas de receber a herana, salvo tratando-se de pessoas indignas. 50% do patrimnio do de cujus sero necessariamente destinada aos herdeiros necessrios. Apenas descendentes, ascendentes e cnjuge sobrevivente.

Herdeiros facultativos: So todos os demais parentes que o de cujus possui, bem como aqueles inscritos em testamento.

Cnjuge sobrevivente: O cdigo atual entendeu que a presena do cnjuge na vida do outro merece uma posio de destaque para efeitos aps a morte. Assim, foi colocado em permanente regime de concorrncia, ou seja, quando no ganha a herana sozinho, ganha parte da herana juntamente com outro herdeiro.

Companheiro sobrevivente: No herdeiro necessrio, tampouco facultativo (a no ser que entre atravs de testamento), possuindo regras prprias.

Herana: Instituto dos direitos de sucesses. Os bens deixados pelo de cujus.Meao: Instituto prprio do direito de famlia consiste na diviso patrimonial por fora do regime de casamento.

Quem casado no regime de comunho universal, no herdeiro! Lembre-se que ele j possui 50% dos bens pelo casamentoObs: Quem for casado pelo regime de separao obrigatria de bens, no tem direito a herana.5.1. Regime de comunho parcial de bens:1. Corrente majoritria:Os bens adquiridos antes do casamento sero divididos da seguinte forma: 50% divididos entre os filhos (herdeiros) e 50% para o cnjuge sobrevivente. Os bens adquiridos durante a constncia do casamento tambm sero divididos da mesma forma, ou seja, 50% para os herdeiros e 50% para o cnjuge.

H M

50% dos bens

2. Corrente do STJTodos os bens particulares pertencero exclusivamente aos filhos. A concorrncia incidir junto aos bens constitudos na constncia do casamento (bens comuns) onde haver concorrncia sucessria, ou seja, 50% para os filhos e 50% para o cnjuge sobrevivente.Ex.: Antes de me casar tinha 10 apartamentos. Durante o casamento adquiri mais 2 apartamentos.Com a minha morte, os 10 apartamentos (bens particulares) sero divididos entre meus herdeiros e os outros 2 apartamentos (bens comuns) sero divididos, 1 para meus herdeiros outro para o cnjuge sobrevivente.

H M

3. Adotada por Maria Helena DinizSempre haver diviso de 50% dos bens. Tanto os bens anteriores da constncia do casamento, quanto os posteriores, sero divididos de forma igualitria entre os filhos e o cnjuge sobrevivente.Quanto aos bens adquiridos na constncia do casamento, metade dos bens pertencem a cada cnjuge (meao). Se por ventura um dos cnjuges falecerem, 50% de sua meao ser do cnjuge sobrevivente e os outros 50% dos herdeiros (filhos) do de cujus.Ou seja, o de cujus possui 50% dos bens e se vier a falecer seus herdeiros ainda dividiro sua parcela com o cnjuge sobrevivente.Ex.: Joao e Maria so casados sob regime de comunho parcial de bens. Os bens que adquiriram na constncia do casamento, pertencem 50% para cada um (meao). Caso Joo venha a morrer, Maria ter direito a metade da meao de Joo, e o restante dever ser dividido entre seus herdeiros.

H M

a. Filiao comum: ou 25% para o cnjuge e o restante divididos entre os filhos.b. Filiao exclusiva: o cnjuge sobrevivente concorre com a herana com o mesmo quinho dos demais herdeiros (quinho igual).c. Filiao hbrida: Parte da doutrina entende por considerar todos os filhos como comuns, dou 25% dos bens para o cnjuge sobrevivente e o restante para os filhos (corrente minoritria).Em se tratando de filiao hbrida, no regime de comunho parcial de bens, prepondera o entendimento em que devo considerar todos os filhos como exclusivos e dividir igual para todos (corrente majoritria).

5.2. Do Artigo 1829 do Cdigo Civil: a. Artigo 1829, I: A sucesso de bens do de cujus ser dividida entre seus descendentes (filhos - herdeiros) e ao cnjuge sobrevivente, salvo se casados sob regime de comunho universal ou separao obrigatria de bens (Art. 1640, paragrafo nico).Esse regime obriga a separao dos bens dos cnjuges sem a ocorrncia de meao.O problema est na Smula 377/STF: Visa transformar os bens adquiridos na constncia do casamento como bens comuns.Smula 377, STF: No regime de separao legal de bens, comunicam-se os adquiridos na constncia do casamento.Para fazermos jus meao, devemos posicionar-se quanto vigncia da smula 377. Se entender por sua vigncia, deveremos adotar uma das seguintes correntes: A primeira parte da doutrina entende ser necessrio que o cnjuge comprove o esforo comum, ou seja, provar a contribuio de ambos para a aquisio dos bens. Para outra parte da doutrina, no regime de separao obrigatria, pouco importa a comprovao do esforo comum, bastando que os bens sejam adquiridos na constncia do casamento.Se entendermos que a smula tem vigncia, haver meao; caso contrrio no haver (como diz o Thiago Simes, temos que ir de acordo com o nosso cliente). O STJ tem entendido que tanto a separao obrigatria quando a separao voluntria de bens enseja direito de herana, mas apenas na separao obrigatria haver meao.Entendendo pela vigncia da smulaH meao

No entendendo pela vigncia da smula No h meao

Portanto, se no h meao, no h bens comuns aos cnjuges, ou seja, aqueles adquiridos na constncia do casamento.Se h meao, haver bens comuns aos cnjuges (aqueles adquiridos na constncia do casamento). Desta forma, existem duas formas de interpretar; a primeira que entende pela necessidade de prova do esforo comum para aquisio dos bens e a segunda corrente que entende pela desnecessidade de comprovao do esforo comum.b. Artigo 1829,II: Se o de cujus no possui nenhum descendente, dever verificar se ele possui ascendentes vivos (esta regra vale para qualquer regime de bens) dividindo seus bens entre eles.Ex.: 1 Hitese: Jos morre, deixando vivo sua cnjuge, bem como seu pai e sua mae. A diviso ser de 1/3 para cada sobrevivente.2 Hiptese: Jos morre, deixando vivo sua cnjuge, bem como sua me.A diviso ser da seguinte forma: 50% para sua cnjuge sobrevivente e os outros 50% para sua me.3 Hiptese: Jos morre, deixando vivos sua cnjuge e seus avs. A diviso ficar 50% de seu cnjuge e 25% para seu av e 25% para sua av (ascendentes de 2 grau). Veja, isso s valer quando nenhum de seus pais estiverem vivos!4 Hiptese: Jos morre, deixando vivos sua cnjuge sobrevivente e seus bisavs. A diviso ficar 50% para sua cnjuge e 50% para seus bisavs.Obs: A herana dos ascendentes so destinadas ao primeiro ascendente vivo na linha sucessria. c. Art. 1829 III: Se o de cujus no possuir cnjuge sobrevivente e nenhum ascendente, toda sua herana ser destinada ao cnjuge.d. Art. 1829, IV: Ser destinada aos colaterais quando no houverem ascendentes nem cnjuge sobrevivente. Verificar a ordem de recebimento, vejamos:1 irmo (colateral de 2); 2 sobrinho (colateral de 3);3 tio (colateral de 3 grau);4 primo (colateral de 4 grau);5 tio av (colateral de 4 grau).Ex.: Jos e Maria, j falecidos tiveram 4 filhos. Jos possui 2 filhos fora do casamento.A B C D - filhos de jos e mariaE F filho s de josSuponha que B venha a falecer, no possuindo ascendentes ou desentendes.Quando B falece deve-se verificar se existem irmos bilaterais (filhos do mesmo pai e da mesma me) e se existem irmos unilaterais (apenas do pai ou apenas da mesma me).Os irmos bilaterais iro receber quinho duas vezes maior que os irmos unilaterais. ou seja, enquanto os irmos bilaterais recebero 100 mil, os unilaterais recebero 50mil de herana. Fazer a conta de acordo com quinho, lembrando sempre que os irmos bilaterais possuem quinho dobrado. Veja o seguinte exemploHerana de 4 milhesHerdeiros: A, C, D (bilaterais) E e F (unilaterais) * B morreu4.000.000,00 divididos por 8 (j que so 3 herdeiros bilaterais e estes possuem quinhes dobrados, ou seja, 6 + 2 quinhes referente aos filhos unilaterias) = 500mil. Logo, cada quinho possui o valor de R$500,00.Como os irmos bilaterais possuem quinho dobrado, cada irmo receber 1milhao de reais e os irmos unilaterais receber R$500mil cada.

6. Sucesso do cnjuge:a. Art. 1830, CC: H duas correntes vigentes, a primeira fala que a simples separao de fato impede que o cnjuge sobrevivente receba parte da herana do de cujus. J a segunda corrente entende que a emenda 66 acabou com a necessidade do prazo, simplesmente para ajuizamento da ao de divrcio. b. Art. 1831, CC: Estabelece que o cnjuge sobrevivente tem o direito de invocar a seu favor o chamado direito real de habitao.Ex.: Joo, que possui 4 filhos, casou-se com Maria. O casal, ao longo do matrimonio, adquiriram 4 carros, 200 mil reais, um apartamento onde a famlia residia (fruto de doao de seu pai) e uma fazenda.Com o falecimento de Joo foi aberto seu inventrio e constatados todos seus bens. Acontece, que o nico bem que servia de habitao, foi fruto de uma doao com clausula de impenhorabilidade.Porm, a cnjuge sobrevivente poder alegar em juzo o desejo de permanecer residindo no imvel, tendo em vista ser o nico que serve de moradia. Em atendimento ao Princpio da dignidade humana e o Direito fundamental de habitao, o magistrado pode definir que a cnjuge sobrevivente permanea no imvel at o final de sua vida (e mesmo se casar-se novamente no perde o direito de permanecer no imvel).7. Sucesso do companheiro:No est no artigo 1829 do Cdigo Civil. Vide artigo 1790A sucesso do companheiro traz trs correntes distintas:a. H os que defendem que todo artigo inconstitucional. No havendo diferena entre casamento e unio estvel, logo, devem ser tratados de maneira igualitria. (aplica-se o artigo 1.829)b. Trabalha com a completa e integral constitucionalidade, afirmando que casamento uma coisa e unio estvel outra, logo possuem direitos sucessrios distintos. c. A classe dos moderados, trabalha com a figura parcial do instituto. Ou seja, consideram que parte do artigo inconstitucional (a parte inconstitucional o inciso III).Artigo 1790, CC: O companheiro ter direito a herana somente nos bens adquiridos onerosamente no curso da unio. Conforme os incisos do artigo, companheiro sempre estar concorrendo comum. Ora com filhos comuns, ora com filhos exclusivos, ora com parentes sucessveis do companheiro. O regime jurdico do companheiro sempre ser de concorrncia, j que ele no receber sozinho a herana sempre estar concorrendo com algum.Inciso I: Filiao comum = quinho igual;Inciso II: Se concorrer com descendentes exclusivos (filho apenas do de cujus) = do quinho percebido por um descendente.Ex.: A regra para calcular o quinho de cada herdeiro: Somar todos os quinhes e dividir pelo nmero de herdeiros. Considerar que os desentendes possuem quinho dobrado.Inciso III: Se concorrer com outros parentes sucessveis ter direito a 1/3 da herana total;Inciso IV: Quando no houverem parentes, o companheiro ter direito a herana de mono integral. Importante destacar que essa herana refere-se apenas aos bens adquiridos na constncia da unio (os bens adquiridos antes da unio iro para o Estado).QUANTO AO COMPANHEIRO, TODAS ESSAS HITESES VERSAM APENAS SOBRE OS BENS ADQUIRIDOS NA CONSTNCIA DA UNIO.