38
1 ESTADO DO MARANHÃO PREFEITURA MUNICIPAL DE AÇAILÂNDIA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE ORIENTAÇÃO E SUPERVISÃO PEDAGÓGICA SUGESTÃO DE ATIVIDADES PARA SEMANA DIAGNÓSTICA LÍNGUA PORTUGUESA 6º AO 9º ANO MARIA DE FÁTIMA RIBEIRO BARBOSA NEIVA ANTUNES PINHEIRO AÇAILÂNDIA 2012

Sugestão de atividades língua portuguesa

Embed Size (px)

DESCRIPTION

 

Citation preview

Page 1: Sugestão de atividades   língua portuguesa

1

ESTADO DO MARANHÃO PREFEITURA MUNICIPAL DE AÇAILÂNDIA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE ORIENTAÇÃO E SUPERVISÃO PEDAGÓGICA

SUGESTÃO DE ATIVIDADES PARA SEMANA

DIAGNÓSTICA

LÍNGUA PORTUGUESA 6º AO 9º ANO

MARIA DE FÁTIMA RIBEIRO BARBOSA NEIVA ANTUNES PINHEIRO

AÇAILÂNDIA – 2012

Page 2: Sugestão de atividades   língua portuguesa

2

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS – LÍNGUA PORTUGUESA 6º AO 9º ANO.

Pode-se afirmar que, na nossa área, as diferentes concepções de linguagem são

fruto das distintas posições e discussões de filósofos, linguistas, semiologistas,

antropologistas e teóricos do conhecimento. Geraldi (2003) ao discutir as questões sobre

o ensino de língua nas escolas esclarece que falar sobre linguagem é fundamental no

desenvolvimento do sujeito e ―que ela é condição sine qu non na apreensão de

conceitos que permitem aos sujeitos compreender o mundo e nele agir...‖, explicitando a

importância de pensar o ensino de língua portuguesa à luz da linguagem e pensá-lo

como processo interlocutivo.

Ingedore Koch (2002) propõe a língua como lugar de interação em que o sujeito

tem um papel ativo nessa atividade, e que o texto é o lugar/ o meio em que a interação é

realizada e, a partir das suas pistas linguísticas, os sentidos serão depreendidos. Pode-

se afirmar que o texto é um atividade de interação comunicativa, ―um fenômeno cultural,

histórico, social e cognitivo que varia ao longo do tempo e de acordo com os falantes‖1

(Marcuschi, cf. A Produção de Textos no ENEM:2007)

Considerando tais concepções pensa-se no desenvolvimento das aulas de língua

portuguesa que instaura os indivíduos como sujeitos sociais, que não são prontos, mas

que se (re) constroem discursivamente. Por essa razão, a escola deve ampliar o domínio

linguístico do aluno, para que ele seja capaz de participar ativamente da sociedade em

que está inserido. De acordo com SILVA2 (cf. A Produção de Textos no ENEM; Desafios

e Conquistas):

Privilegiar a interação é, pois, reconhecer a diversidade textual que se manifesta na sociedade e confrontar as diferentes formas textuais no tocante à organização, finalidades, dificuldades e facilidades de produção. É, enfim, compreender e considerar as etapas de processamento e realização que as envolve.

Para os objetivos que temos na elaboração das fichas de atividades que

compõem este Caderno de Apoio Pedagógico, apresentamos ao/ à professor/a alguns

procedimentos que consideramos fundamentais para a abordagem textual em cada aula

de língua portuguesa. Sabemos que muitos dos procedimentos já são adotados pelos

colegas. Entretanto, nosso objetivo é afirmar, reiterar que:

____________________________________________________________________

1 MARCUSCHI, L. ª ―Gêneros textuais: definição e funcionalidade‖ in. DIONÍSIO, Â. ET AL. Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002. 2 SILVA, Williany Miranda da. O gênero textual no espaço didático. Recife: Dissertação de Doutorado, UFP, 2003. GERALDI, J.W. O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 2003.

Page 3: Sugestão de atividades   língua portuguesa

3

1. A aula deve estar planejada em torno de textos ininterrupta e continuamente.

2. Deve-se priorizar o uso da diversidade de gêneros textuais e diferentes

tipologias, para que o aluno compreenda as variedades de situações comunicativas que

um texto, oral ou escrito, verbal ou não verbal possa estar representando. Com isto, a

escola atingirá um dos aspectos importantes no currículo de Língua Portuguesa:

FORMAR um aluno reflexivo, crítico, criativo e transformador, tornando-o capaz, como

dito anteriormente, de participar ativamente na sociedade em que está inserido.

3. Deve-se conscientizar o estudante do uso social da leitura e da escrita,

desenvolvendo suas práticas leitoras nas diferentes situações de comunicação em que

pode estar inserido. Sabe-se que estas situações são simuladas em sala de aula.

Entretanto, quanto mais próximas estiverem da realidade de uso da língua, mais

profícuas serão as discussões relativas aos recursos linguísticos pertinentes aos

diferentes gêneros.

4. Quanto aos procedimentos de leitura mais adequados nesta concepção para a

abordagem de um texto em aula de língua, considera-se fundamental o levantamento de

hipóteses a partir, por exemplo, do título do texto ou do gênero apresentado.

5. Deve-se proceder à leitura de reconhecimento do texto, que pode ser

individual, coletiva, em voz alta, em voz baixa, em duplas.

6. Cabe ao professor, fora as questões de compreensão do texto que, em geral,

são propostas nas aulas levantar, também, hipóteses de leituras. Essas hipóteses

devem estar ―calcadas‖ nos elementos linguísticos utilizados pelo produtor do texto na

elaboração de seu projeto de dizer. Por exemplo: qual o efeito de sentidos do uso do

adjetivo na caracterização de um personagem?

7. Cabe, também, em uma sequência narrativa, identificar as características do

personagem principal, a identificação do antagonista, caso haja. O que os diferencia, o

que os caracteriza, de que forma seu comportamento contribui para o(s) conflito(s) que

gera(m) as ações narrativas. Esses procedimentos devem se constituir nas abordagens

de estudos do texto.

8. O estudo do texto deve ser ampliado, propiciando a análise comparativa de

diferentes textos, quer em paródias, quer em abordagens temáticas diferenciadas

(opiniões divergentes, por exemplo).

9. É fundamental que seja explorada a estrutura do gênero em estudo, o que

permitirá ao estudante, em fase de aquisição da língua escrita, entender o que diferencia

uma lenda de um conto de fadas, apesar de ambos os gêneros pertencerem ao tipo de

texto narrativo.

Page 4: Sugestão de atividades   língua portuguesa

4

10. As propostas de produção de textos devem estar associadas aos gêneros

estudados. Isto significa dizer que é importante trabalhar com os modelos textuais para o

domínio de suas estruturas.

11. Recomenda-se que haja sempre uma progressão das atividades em aula,

concebendo a prática discursiva da oralidade, da leitura, da compreensão do que está

sendo lido em nível microtextual - em nível da frase, da oração, do período e do

parágrafo, estabelecendo as relações de sentido – e em nível macrotextual - que revela

o texto a pertencer a um determinado gênero.

12. Por fim, a prática discursiva da escrita, que deve passar, necessariamente,

pela escrita— reescrita do texto, incluindo a avaliação crítica do texto não só pelo

professor, mas também pelos colegas de classe.

13. A escrita do aluno deve ser também objeto de estudo na aula de língua

materna. Cabe aos professores analisar os ―erros‖ existentes, para conscientizar o

estudante, tanto ortográfica quanto textualmente do que pode ser modificado em sua

escrita, assim como acontece conosco, mesmo sendo produtores de textos proficientes,

quando escrevemos.

14. O ensino da gramática deve estar contextualizado às abordagens textuais

realizadas. Este ensino não pode priorizar o prescritivo. Deve estar voltado para o uso e

o efeito de sentidos desse uso.

A partir do que apresentamos nestas Orientações Pedagógicas, a equipe de

Língua Portuguesa preparou um elenco de atividades para cada ano de escolarização

que visa a enriquecer o acervo de exercícios e atividades que cada professor utiliza.

Tratam-se de atividades que apresentam questões fechadas (múltipla escolha) e

questões abertas (discursivas) com indicações das habilidades que estão sendo

priorizadas nas questões elaboradas. Há também um conjunto de observações que

indicam como explorar mais os textos apresentados.

Relacione as atividades apresentadas neste Caderno de Apoio Pedagógico às

Orientações Curriculares em que várias sugestões de atividades e meios pedagógicos

são indicadas. Cabe, ainda, alertar ao colega que, embora tenhamos dividido por anos

de escolarização, as atividades podem ser abordadas indistintamente nos referidos

anos, visto que o que diferencia a atividade em Língua Portuguesa é a complexidade da

abordagem textual realizada e o aprofundamento dos níveis de leitura possíveis no

texto, levando o aluno à autonomia leitora.

Texto readaptado de acordo com as legislações exigidas (PCN, LDB e Proposta Curricular) no ensino básico.

Page 5: Sugestão de atividades   língua portuguesa

5

6º ANO Texto I Você vai ler uma fábula. A lebre e a tartaruga, de Esopo

A lebre vivia a se gabar de que era o mais veloz de todos os animais. Até o dia em que encontrou a tartaruga.

– Eu tenho certeza de que, se apostarmos uma corrida, serei a vencedora – desafiou a tartaruga.

A lebre caiu na gargalhada. – Uma corrida? Eu e você? Essa é boa! – Por acaso você está com medo de perder? – perguntou a tartaruga. – É mais fácil um leão cacarejar do que eu perder uma corrida para você – respondeu a

lebre. No dia seguinte a raposa foi escolhida para ser a juíza da prova. Bastou dar o sinal da

largada para a lebre disparar na frente a toda velocidade. A tartaruga não se abalou e continuou na disputa. A lebre estava tão certa da vitória que resolveu tirar uma soneca.

"Se aquela molenga passar na minha frente, é só correr um pouco que eu a ultrapasso" – pensou.

A lebre dormiu tanto que não percebeu quando a tartaruga, em sua marcha vagarosa e constante, passou. Quando acordou, continuou a correr com ares de vencedora. Mas, para sua surpresa, a tartaruga, que não descansara um só minuto, cruzou a linha de chegada em primeiro lugar.

Desse dia em diante, a lebre tornou-se o alvo das chacotas da floresta. Quando dizia que era o animal mais veloz, todos a lembravam de uma certa tartaruga... Moral da história: Quem segue devagar e com constância sempre chega na frente.

http://www.metaforas.com.br/infantis/a_lebre_ea_tartaruga.htm Agora, responda: 1. Neste texto vários animais estão envolvidos na realização de uma corrida. Eles são

personagens da história. Quem são eles?

2. Segundo o texto, qual foi a tarefa escolhida para a raposa?

3. ―É mais fácil um leão cacarejar do que eu perder uma corrida para você.‖ O que será que a

lebre quis dizer com isso?

4. Por que a lebre tornou-se o alvo das chacotas da floresta?

5. Como você entendeu a moral da história?

ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

Professor, utilize essa fábula para propor questões que possam antecipar a leitura. Mostre a importância do título, que pode revelar o assunto do texto. Deixe que os alunos se expressem, façam previsões, ativando seu conhecimento de mundo. Antes que os alunos leiam a fábula, você pode fazer uma leitura interrompida para que eles construam hipóteses, que no decorrer da leitura serão confirmadas ou rejeitadas, possibilitando o diálogo com o texto. O movimento seria esse: antes de entregar o texto aos alunos, ler parte dele, para que antecipem informações; avançar mais um trecho para verificar e confirmar – ou não - as hipóteses; avançar mais um trecho e continuar esse movimento até o final da leitura. A partir da fábula lida, peça que os alunos deem algumas características desse gênero textual (uma narrativa alegórica em prosa ou verso, cujos personagens são geralmente animais, que conclui com uma lição moral).

Page 6: Sugestão de atividades   língua portuguesa

6

Faça comentários sobre a estrutura do texto e peça que os alunos observem a presença

dos personagens animais, ressaltando que eles falam e pensam como seres humanos. Você

pode também discutir com os alunos a moral da história, resgatando valores, buscando a

reflexão sobre a atitude da lebre e a postura adotada pela tartaruga.

Habilidades:

Identificar a estrutura textual de gêneros do tipo narrativo, identificando os personagens

(protagonista/antagonista).

Localizar informações explícitas no texto.

Agora vamos ler outra história. Dessa vez quem conta a história é a avó da Chapeuzinho

Vermelho. Vamos ver a versão dela para os acontecimentos...

Texto II

CHAPEUZINHO VERMELHO NA VERSÃO DA VOVÓ

Bom, o lobo cuidava muito bem da floresta e tentava mantê-la sempre limpa, mas tão limpa, a ponto de não querer que ninguém passasse por lá.

A minha netinha a Chapeuzinho Vermelho era uma criança muito malcriada, e sempre que vinha para minha casa, não seguia as recomendações de sua mãe, que pedia pra ela não vir pela estrada da floresta, mas sim pela estrada do rio.

Chapeuzinho Vermelho nem ligava para os conselhos da mãe, teimava e vinha, dizia não ter medo do Lobo.

Em certo dia, ele estava lá, tranquilo, quando ela passa cantarolando. O Lobo, que não gostava de ver pessoas transitando por lá, chamou-a:

− Hei! O que queres aqui? − perguntou o lobo. − Vou para a casa da minha avó, seu lobo bobão! − Olha o respeito menina! Tu bem sabes que não quero ninguém em minha floresta, por

que não foste pela estrada do rio? − Porque quis vir por aqui, e quer saber? Saia da minha frente. E saiba que só não lhe

dou com esta cesta na cabeça porque estou levando doces para a vovozinha − finalizou Chapeuzinho toda espevitada.

Chapeuzinho saiu cantando para debochar do lobo. Ele, já bastante irritado, resolveu dar uma lição naquela menina malcriada, pegou um atalho, e veio até minha casa.

Chegando aqui, conversamos sobre Chapeuzinho Vermelho e concordei em dar-lhe uma lição.

Fiquei escondida debaixo da cama enquanto o lobo vestiu meu vestido e se deitou. Minutos depois, escutamos batidas na porta. Não batidas delicadas, batidas de menina encrenqueira. Era Chapeuzinho:

− Toc, toc, toc, abre logo essa porta, coroa! − disse Chapeuzinho, com seu linguajar moderno.

− Entre minha netinha, é só empurrar! − disse o Lobo disfarçando a voz. Ela entrou, jogou a cesta em cima da mesa e jogou-se na cama, resmungando: − Credo Vovó! Não sei como a senhora aguenta morar dentro do mato! È tudo tão

longe... O lobo rosnou de raiva, e Chapeuzinho notou algo diferente: − O que foi vovó? Sua voz está estranha! − É que peguei um resfriado minha netinha. − Ah! Sim! Mas a senhora está toda esquisita. Olha como os seus olhos estão grandes! − É pra te ver melhor minha netinha! − E esse nariz enorme? Vai dizer que é pra me cheirar melhor? − ironizou a menina. O Lobo já estava super irritado, mas conteve-se: − Não minha netinha, é por causa da gripe, eu assuo muito o nariz, sabe?

Page 7: Sugestão de atividades   língua portuguesa

7

E agora? Os dois textos contam a mesma história. Será que o lobo é culpado como aponta o primeiro texto? Será que ele é inocente como diz a vovó no segundo texto? Imagine quando o lobo der a sua versão dos fatos...

− AH!... Mas e essa boca enorme, com estes dentes maiores ainda? Sem contar com o mau hálito. − disse Chapeuzinho tapando o nariz.

O Lobo não aguentou mais: − Quer saber mesmo? − Quero. −Mesmo, mesmo? − Fala vovó. − É pra te comer! Então, o desmiolado do Lobo começou a correr atrás de Chapeuzinho, que gritava

escandalosamente na frente. Eu saí debaixo da cama o mais depressa possível, mas meu pé engatou na colcha de renda, fazendo com que eu caísse por cima do Lobo, que, sem sorte, engatou as unhas na colcha fazendo aquela confusão.

Neste momento, o lenhador apareceu na porta e Chapeuzinho Vermelho começou a gritar que o Lobo estava me atacando. O lenhador deu uma paulada que pegou na cabeça do Lobo (para minha sorte). Fazendo com que o Lobo, de imediato, pulasse direto para a janela, indo embora gritando e correndo.

E eu só aceitei essa história de Lobo Mau, por que ele rasgou o meu vestido favorito, mas, estou arrependida. O coitadinho é inocente e além de tudo, é vegetariano.

www.artigos.com

1. Do ponto de vista da vovó, como era Chapeuzinho? E o Lobo?

2. No trecho ―abre logo essa porta, coroa!―, expressão ―coroa‖ pode ser substituída por outra

mais carinhosa sem que a frase perca o sentido.

Que outra expressão você utilizaria?

3. No final do texto a vovó diz que o lobo é vegetariano. Isso ajuda a provar a inocência do lobo.

Por quê?

SUGESTÃO METODOLÓGICA

Professor, é importante para a formação de qualquer

criança ouvir histórias. Escutá-las é o início da aprendizagem

para ser um bom leitor, tendo um caminho absolutamente infinito

de descobertas e de compreensão do mundo.

A partir do conto lido, peça que os alunos observem

algumas características desse gênero textual. Faça comentários

sobre a estrutura do texto e a caracterização dos personagens

Após a leitura do texto II, faça uma comparação entre os

dois textos para que eles percebam que uma mesma história

pode ser contada pontos de vista diferentes. Se quiser, pode

trabalhar com eles uma versão sob o ponto de vista do lobo mau.

TEXTO III

A Versão Do Lobo Mau, (Rick Renan E Dannaner)

Garota enfeitiçada por um brilho de paixão

Page 8: Sugestão de atividades   língua portuguesa

8

Não dobre aquela esquina sem ouvir seu coração

Eu tenho pra contar-lhe um segredo sem igual

História tem dois lados e eu ouvi o Lobo Mau

É a versão do Lobo Mau

Yeah

É a versão do Lobo Mau

O que a chapeuzinho fazia na floresta?

Porque a vovozinha vivia tão sozinha?

E essa tal madrasta fazia tanta festa

Por que os anõezinhos viviam tão juntinhos?

E eu ouvi o Lobo Mau

Por que a Cinderela queria um castelo?

Enquanto os três porquinhos

faziam os seus ninhos

O príncipe herdeiro não era assim tão belo

Clarinha como a neve... derrete

quando ferve

E eu ouvi o Lobo Mau

www.letras.terra.com.br

SUGESTÃO: Faça com seus alunos a leitura da letra da música (texto 3). Leve-os a perceber

que mesmo com uma estrutura diferente a letra fala sobre o mesmo assunto e ainda amplia este

universo citando outros contos de fadas. Pergunte se eles já conhecem esses outros contos. Se

não leram, que tal proporcionar a eles essa oportunidade?

Habilidades:

Localizar informações explícitas.

Identificar personagens, protagonista e antagonista, o espaço conflito gerador.

Page 9: Sugestão de atividades   língua portuguesa

9

TEXTO IV

Maria-vai-com-as-outras

Era uma vez uma ovelha chamada Maria. Onde as outras ovelhas iam, Maria ia também.

As ovelhas iam para baixo Maria ia também. As ovelhas iam para cima, Maria ia também.

Um dia, todas as ovelhas foram para o Polo Sul. Maria foi também. E atchim! Maria ia

sempre com as outras.

Depois todas as ovelhas foram para o deserto. Maria foi também.

- Ai que lugar quente! As ovelhas tiveram insolação. Maria teve insolação também. Uf! Uf!

Puf!

Maria ia sempre com as outras.

Um dia, todas as ovelhas resolveram comer salada de jiló.

Maria detestava jiló. Mas, como todas as ovelhas comiam jiló,

Maria comia também. Que horror!

Foi quando de repente, Maria pensou:

―Se eu não gosto de jiló, por que é que eu tenho que comer salada de jiló?‖

Maria pensou, suspirou, mas continuou fazendo o que as outras faziam.

Até que as ovelhas resolveram pular do alto do Corcovado pra dentro da lagoa. Todas as

ovelhas pularam.

Pulava uma ovelha, não caía na lagoa, caía na pedra, quebrava o pé e chorava: mé!

Pulava outra ovelha, não caía na lagoa, caía na pedra e chorava: mé!

E assim quarenta duas ovelhas pularam, quebraram o pé, chorando mé, mé, mé! Chegou

a vez de Maria pular. Ela deu uma requebrada, entrou num restaurante comeu uma feijoada.

Agora, mé, Maria vai para onde caminha seu pé.

Sylvia Orthof

QUESTÕES SOBRE O TEXTO:

1 - Quem é o autor do texto?

2- Pode-se dizer sobre a personagem principal que.

(A) Ela sabe exatamente o que quer fazer.

(B) Ela sempre tem ideias maravilhosas.

(C) Costuma agir pela opinião dos outros.

(D) Não faz nada que lhe mandam.

3- Maria ficou resfriada: Quando?

(A) Quando resolveu contar uma história.

(B) Quando resolveu comer uma feijoada.

(C) Quando seguiu as ovelhas para o Polo Sul.

Page 10: Sugestão de atividades   língua portuguesa

10

(D) Foi para o deserto.

4- Quantas vezes Maria, segundo o texto, adoeceu?

(A) Uma vez.

(B) Quatro vezes.

(C) Duas vezes.

(D) Três vezes.

5- Quando Maria tomou consciência de que imitava as outras ovelhas?

(A) Quando foi para o deserto.

(B) Quando teve que comer jiló.

(C) Quando as ovelhas resolveram pular do alto do Corcovado pra dentro da lagoa.

(D) Quando foi para o Polo Sul.

6- Como você explica a última frase do texto - Agora, mé, Maria vai para onde caminha seu pé.-?

(A) A ovelha Maria vai pular do Corcovado.

(B) A ovelha Maria agora só faz o que deseja.

(C) A ovelha Maria sempre seguirá os passos de outras ovelhas.

(D) A ovelha Maria vai para o Polo Sul.

Como surgiu a expressão ―Maria-vai-com-as-outras"?

Origem:

Dona Maria I, mãe de Dom João VI (avó de Dom Pedro I e bisavó de Dom Pedro II),

enlouqueceu de um dia para o outro. Declarada incapaz de governar, foi afastada do trono.

Passou a viver recolhida e só era vista quando saía para caminhar a pé, escoltada por

numerosas damas de companhia. Quando o povo via a rainha levada pelas damas nesse

cortejo, costumava comentar; ―Lá vai Dona Maria com as outras‖.

(Yahoo! respostas)

SUGESTÃO METODOLÓGICA

Professor, trabalhe com os alunos as ideias que possam surgir a partir do título, como um

elemento de antecipação do que a história pode conter. Após isso, comece a ler a história

interrompendo-a em determinados trechos e solicitando que as crianças levantem hipóteses do

que irá acontecer em seguida. Releia o texto de forma contínua, resgatando o ―todo‖ da

narrativa, confirmando ou não as hipóteses levantadas pelos alunos.

Faça comentários sobre a estrutura do texto e peça que os alunos observem a presença

do narrador, a sequência dos fatos e os personagens que vivenciam os fatos.

Resgatando o conteúdo do trecho lido, faça com que seus alunos compreendam a relação de

causa (frio) e consequência (ovelhas ficarem gripadas). Destaque o quanto seguir as outras

ovelhas implicava, às vezes, escolhas ruins para Maria. Aponte as marcas do texto que indicam

Page 11: Sugestão de atividades   língua portuguesa

11

a transformação interna de Maria em relação a suas escolhas. Esse aspecto é importante, pois

uma narrativa deve apresentar um problema (Maria não consegue ser diferente das outras

ovelhas) e uma transformação. Mostre o desfecho da história e a resolução do problema.

Após a leitura do texto 4, discuta com seus alunos a origem sentido da expressão ―Maria-

vai-com-as outras‖.

TEXTO V

A aposta

Amélia é uma velhinha muito ativa e trabalhadeira. Um dia ela entrou no ônibus

carregando uma cesta. O cobrador ouviu um barulho e perguntou-lhe:

- A senhora está levando uma galinha na cesta?

Amélia pensou, pensou e respondeu:

- Hum... Galinha? Não... Não há galinha nenhuma na cesta.

O cobrador insistiu tanto que Amélia resolveu fazer uma aposta:

- Senhor cobrador, se for galinha, eu desço agora do ônibus... Se não for, eu viajo de

graça.

- Muito bem! – disse o cobrador confiante. – Concordo!

Amélia, então, levantou a tampa da cesta e um galo de crista bem vermelhinha cantou

satisfeito:

- Cocorocó!...

- Viu só? Eu não disse que não era galinha?!

O cobrador riu e deixou a velhinha viajar de graça.

Adaptação de conto popular – Luciana M.M. Passos.

Que velhinha esperta!!! Conseguiu viajar de graça... Você entendeu como ela fez para conseguir

isso? Então responda:

1) Onde se passa a história?

2) Você acha que a velhinha mentiu para o trocador? O que levou você a pensar assim?

3) Como foi solucionada a situação?

4) Por que você acha que o trocador riu?

Professor, procure trabalhar as marcas do discurso direto (travessão, dois-pontos).

TEXTO VI

Transporte de animais em ônibus urbanos

Conforme o Manual de Normas e Condutas da SMTT o transporte de pequenos animais

em coletivos (ônibus) é permitida desde que o animal seja acondicionado em gaiolas ou caixas

de transporte adequadas e capazes de manter o animal preso.

O animal não deve causar desconforto ou risco aos demais passageiros.

Page 12: Sugestão de atividades   língua portuguesa

12

Caso alguém tenha problemas entrar com contato com o Sr. Silvio Marcelo – Diretor

Operacional de Transportes da SMTT no tel. 3315-4317

In//www.neafa.org.br

5) Qual a função do texto 5?

6) A quem está dirigido o texto 6?

Habilidades:

Localizar informações explícitas e implícitas em um texto.

Identificar personagens, conflito gerador.

Identificar os efeitos de sentido consequentes do uso da onomatopeia.

7º) Você vai ler o poema de uma aluna da Escola Municipal Ivete Santana de Aguiar do distrito

do Frade, Macaé. Ela foi a vencedora da categoria ―poesia‖ da terceira edição do Prêmio

Escrevendo o Futuro em 2006.

O mundo dentro da represa do Frade

Carla Marinho Xavier

A represa é presa

Presa com água

E feita de pedra, pesada

Com mil toneladas de água.

Lá embaixo os peixes:

Cascudo, cará, carapeba

Brincam de esconde-esconde

Se entocando nas pedras.

Desce a correnteza, correndo

Descansa na represa

E cai pelo caidor

Fazendo cócegas nas pedras.

A água de baixo

Temendo a água de cima

Faz onda para escapar

Fugindo para outro lugar.

Sobre a estreita ponte

O danado do vento

Vem assustar a gente

Com seu sopro violento.

As árvores nas beiras

Se seguram na areia

Temerosas

Não querem ser levadas

Pela força da correnteza.

Da minha janela vejo esse mundo:

Um mundo dentro do outro

Preso nas muralhas da represa.

In ALTENFELDER, Anna Helena. Poetas da escola. São Paulo: Cenpec: Fundação Itaú Social; Brasília, DF: MEC,

2008.

O que você entendeu do poema?

1. Segundo o texto, que peixes brincam de esconde-esconde?

2. Retire da penúltima estrofe um trecho em que há reações que não são próprias das árvores.

Page 13: Sugestão de atividades   língua portuguesa

13

3. O texto revela onde a menina-poeta mora? O que levou você a pensar isso?

Texto VII

Uma das poucas e principais ruas do Morro da Conceição, a Rua do Jogo da Bola (este

poético nome da rua permanece desde os tempos da colônia onde, de fato, havia um jogo da

bocha) é uma rua pequena e estreita, onde só passa um carro de cada vez, o que amplia ainda

mais, a meu ver, a vocação para a civilidade e urbanidade do lugar; pois alguém terá sempre

que ceder a vez ao outro carro que vem em sentido contrário.

É uma rua espremida entre a igreja e a fortaleza. Um lugar de poucos acessos e que, na maior

parte das vezes, para chegar lá em cima tem que passar necessariamente pelas guaritas do

Exército (na Fortaleza da Conceição) sempre de vigilância no lugar, o que confere e amplia a

sensação de segurança que se tem em todo o Morro.

* bocha – jogo em que cada parceiro com três bolas de madeira as atira a certa distância

tentando aproximá-las tanto quanto possível de outra pequena denominada chico.

http://www.vitruvius.com.br/minhacidade/mc158/mc158.asp

No texto VI, brinca-se com o sentido das palavras. Você notou como a linguagem do texto VII é

diferente?

1. O que deu origem ao nome da rua?

2. ―Era uma rua pequena e estreita.‖ A palavra destacada expressa uma ideia semelhante a de

uma palavra do segundo parágrafo. Que palavra é essa?

3. Do comentário sobre a Rua do Jogo da Bola, qual é impressão que fica do local?

SUGESTÃO METDOLÓGICA

Professor, você pode conversar com seus alunos a respeito de alguns aspectos

importantes dos poemas em geral. Destacar o formato do poema, a rima, a sonoridade, o ritmo,

o uso da conotação e de imagens. Para isso, você pode apresentar aos alunos diversos

poemas, inclusive os da literatura de cordel.

Da mesma forma, pode comentar sobre o texto informativo comparando sua linguagem

com a linguagem poética e identificando a finalidade de um gênero e de outro.

Ampliando o trabalho com esses gêneros textuais, pode-se pedir aos alunos a produção

de um texto, em prosa ou verso, sobre o lugar onde moram.

Habilidades: Identificar a finalidade de diferentes gêneros textuais.

Page 14: Sugestão de atividades   língua portuguesa

14

TEXTO VIII

TEXTO IX TEXTO X

Page 15: Sugestão de atividades   língua portuguesa

15

TEXTO XI

Seu corpo está mudando e você...

…se sente um tanto desajeitado?

…vive se olhando no espelho para conferir as novidades?

…se exibe o tempo todo?

…detesta que os outros façam comentários sobre seu corpo?

…acha o máximo o que está acontecendo?

…sente muito sono?

…o tempo todo fica comparando com os outros?

1. Qual o tema do texto?

2. Que mudanças estão acontecendo com o garoto?

3. Qual diferença de tratamento o garoto percebe em sua mãe?

4. Que ideias pode expressar o diminutivo em ―Juninho‖?

5. A expressão do garoto demonstra que sentimento em relação à mudança da mãe?

6. O que revela a expressão do lobisomem?

7. Qual o efeito provocado pelo uso de caixa alta e negrito na expressão “Nada a ver”?

8. Por que são usadas as reticências no texto?

9. Observe o uso do termo grifado em ―Eu não te aguento mais!‖ Como ele contribui para o

sentido da ilustração?

TEXTO XII

O que é adolescência?

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a adolescência é um período da vida, que

começa aos 10 e vai até os 19 anos, e segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente começa

aos 12 e vai até os 18 anos, onde acontecem diversas mudanças físicas, psicológicas e

comportamentais. Adolescência, uma etapa maravilhosa da vida, que muitos insistem em

chamar de ―aborrescência‖. O começo de um despertar para um mundo novo, onde posso ser

ator/atriz principal de minha vida, e por consequência adquirir a capacidade de poder mudar meu

país. Ainda bem que eu encontrei meu espaço, ou melhor, lutei por ele, espaço esse em que

posso participar. Geralmente nunca nos deixam participar e com isso aquela vontade natural de

mudar o mundo é esquecida, ou melhor, dá lugar a um conformismo ou será inconformismo? E

aí aquela ânsia de transformar muitas vezes é trocada pela única forma que encontramos de

deixar a nossa marca (depredando orelhões, pichando etc) no mundo. Não podemos decidir

sobre nossa vida, mas a vida acaba decidindo pela gente: Quando será a primeira vez? Já rolô!

Usar camisinha? Não sei! Ih, não tenho agora! Conversar ou não com os pais? Ah, eles não me

Page 16: Sugestão de atividades   língua portuguesa

16

entendem e nem vão me escutar mesmo. Participando a gente pode mudar isso, acredito em

mim e em todos os adolescentes que têm essa vontade de mudar e criar um mundo melhor, com

a nossa cara (...).

Quantos somos?

No mundo todo, hoje se estima que haja 1 bilhão de pessoas vivendo a adolescência, ou

seja, quase 20% da população mundial. No Brasil, somos cerca de 34 milhões de adolescentes*,

21,84% da população total do país.

Como somos no Brasil?

1,1 milhão de analfabetos/as.

76,5% desses analfabetos/as se encontram no nordeste.

2,7 milhões de 07 a 14 anos estão fora da escola (10% da faixa etária).

4,6 milhões de 10 a 17 anos estudam e trabalham.

2,7 milhões de 10 a 17 anos só trabalham.

Desses dois grupos, 3,5 milhões trabalham mais de 40 horas semanais.

http://www.adolescencia.org.br/portal_2005/secoes/saiba/saiba_mais_nos.asp?secao=saiba&tema=nos

10. O texto 12 tem uma visão positiva ou negativa da adolescência?

11. O que significa “ser ator/atriz principal” da própria vida?

12 . A que se refere o termo grifado em: “Participando a gente pode mudar isso...”?

13. Pelas marcas linguísticas do texto, você pode perceber quem é o locutor? Explique.

14. O texto se dirige a quem? Como você pode perceber isso?

15. Converse com seus colegas sobre os dados referentes aos adolescentes brasileiros.

TEXTO XIII

Insegurança Máxima

Ser ou não ser,

ter ou não ter

comer ou não comer,

beber ou não beber,

viajar ou não viajar,

beijar ou não beijar,

vestir ou não vestir,

sair ou não sair,

amar ou odiar,

dormir ou acordar

brigar ou namorar

passear ou estudar,

aceitar ou protestar,

afinar ou encarar

as grandes dúvidas

desta vida:

Será que eu o que eu sou?

Será que eu sei o que eu quero?

Será que eu sei o que eu sinto?

Será que essa cuca confusa

cheia de issos ou aquilos...

Será...

Será que isso sou eu?

TELLES, Carlos de Queiroz. Sementes de Sol. São Paulo: Moderna, 1992. Adaptado de CEREJA, William Roberto e

COCHAR, Thereza. Português linguagens. Rio de Janeiro: Saraiva, 2008.

Page 17: Sugestão de atividades   língua portuguesa

17

16. Qual o tema do texto 13?

17. No texto há a repetição de uma estrutura. Qual é essa estrutura? Que efeito essa repetição

provoca?

18. As palavras ―issos‖ e ―aquilos‖ foram criadas neste poema. Como elas contribuem para o

sentido do texto?

19. Podemos dizer que esse texto se relaciona com os anteriores? Como?

7º ANO

TEXTO I

Por que criança não pode trabalhar?

Criança não pode trabalhar por um motivo simples: porque ela está muito ocupada sendo

criança. Ser criança é ter a liberdade de fazer uma porção de coisas: ir à escola, brincar, ler,

praticar esportes, conviver com outras crianças. Ser criança é ser livre para inventar

brincadeiras, fazer descobertas e, aos pouquinhos, aprender a ler o mundo.

Quando uma criança trabalha, não sobra tempo para brincar e estudar. As crianças que

trabalham, em vez de papel e lápis, usam enxadas e pás. Em vez de conviver com outras

crianças na sala de aula, elas passam o dia cercadas de adultos, suando a camisa em lavouras,

em carvoarias, em lares de estranhos, em lixões e nas ruas.

O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) diz com todas as letras: abaixo dos 16

anos é proibido trabalhar. Mas estar escrito na lei não é suficiente. É preciso que os governos,

as famílias e as empresas estejam atentos e prontos a ajudar as crianças que trabalham,

tirando-as dessas atividades, garantindo que elas possam estudar e ajudando suas famílias a

acolhê-las com dignidade e carinho.

Helio Mattar. Folhinha. In: Folha de S. Paulo, 02/03/2002.

TEXTO II

Page 18: Sugestão de atividades   língua portuguesa

18

TEXTO III

1.Qual a ideia principal do texto 1?

2. Essa ideia principal é defendida com argumentos

que tentam convencer o leitor. Cite um.

3. No trecho abaixo, substitua a expressão grifada por

outra, mantendo o sentido do texto. ―Em vez de

conviver com outras crianças na sala de aula, elas

passam o dia cercadas de adultos, suando a camisa

em lavouras, em carvoarias, em lares de estranhos,

em lixões e nas ruas.‖

4. Qual o significado da expressão grifada em

―Ser criança é ser livre para inventar brincadeiras,

fazer descobertas e, aos pouquinhos, aprender a ler o

mundo.‖?

5. Explique a expressão facial do menino no texto 2.

6. Que ideia do texto 1 é reforçada pelo texto 2?

7. O texto 3 é uma propaganda. A quem ele se dirige?

8. Qual a finalidade do texto 3?

9. Relacione a imagem do cartaz ao texto verbal.

10. Após ler os três textos, escreva a ideia comum aos três.

11. Reúna-se em grupo com seus colegas e elabore um slogan contra o trabalho infantil.

TEXTO IV

Você sabe o que é um slogan?

―Um slogan ou frase de efeito é uma frase de fácil memorização usada em contexto político,

religioso ou comercial como uma expressão repetitiva de uma ideia ou propósito. Muitas vezes é

usado por empresas.‖ http://pt.wikipedia.org/wiki/Slogan

SUGESTÃO METODOLÓGICA

Professor (a),

Nestas atividades você pode trabalhar o mesmo tema em gêneros textuais diferentes.

Embora o texto dissertativo/argumentativo seja priorizado nas orientações curriculares do Ensino

Fundamental II (9º Ano) e Ensino Médio(3º Ano), ressaltamos a importância de que esteja

presente ao longo da escolaridade. Comece discutindo o tema com seus alunos. O que eles já

sabem sobre o trabalho infantil? Conhecem crianças/jovens que trabalham? Há algum aluno na

turma que trabalhe? Por que será que crianças trabalham? Em que tipo de trabalho são

Page 19: Sugestão de atividades   língua portuguesa

19

empregadas crianças/jovens? Esse tema é muito atual e você pode ampliar a discussão

utilizando-se do texto acima. Compare o tipo de trabalho nele exposto com os citados nos textos

da ficha do aluno.

No texto 1, trabalhe a ideia principal, bem como o argumento utilizado para defendê-la.

Marque os elementos de coesão e discuta as ideias por eles expressas. A nomenclatura desses

elementos não importa no momento, mas as relações semânticas estabelecidas, sim.

Nos textos 2 e 3, explore o diálogo entre o texto visual e o não visual. Como o não visual

ajuda na compreensão do verbal? Que ideia se repete nos três textos? A palavra-chave nesta

atividade é comparação.

Antes dos alunos partirem para a escrita, leve vários slogans e mostre como eles se

constroem, qual a sua finalidade e a importância de, ao escrevê-los, não perder de vista o

interlocutor.

Alguns exemplos: ―Quem pede um, pede bis (Bis)‖; ―Abuse, use C&A (C&A)‖; ―Vale por

um bifinho (Danoninho)‖; ―Fresquinho porque vende mais. Vende mais porque é fresquinho

(Tostines)‖.

TEXTO IV

Piercings e tatuagens podem trazer desvantagens na hora da conquista por uma vaga, 05

de julho de 2007.

SÃO PAULO - Moda, estilo, personalidade. Não importa o motivo, mas é fato que muitas

pessoas aderiram ao uso de piercings e tatuagens. No mercado de trabalho, no entanto, os

"acessórios" podem trazer algumas desvantagens na hora de procurar um emprego. De acordo

com a consultora de RH do Grupo Catho, Gláucia Santos, isto acontece porque ainda existe uma

ideia antiga de que o uso de piercings ou tatuagens está relacionado à marginalidade.

Forma implícita

Ainda de acordo com a consultora, existe uma discriminação no momento da entrevista,

mas ela não é feita de maneira explícita. Isto significa que o selecionador não irá perguntar se a

pessoa usa piercing ou tem tatuagem, mas se perceber, esse candidato perde pontos.

"Ter um piercing ou uma tatuagem quebra um pouco da formalidade de algumas

situações em que é preciso ser formal. Num primeiro contato, ainda pode parecer que a pessoa

é pouco madura", explicou Gláucia.

Áreas de atuação

A consultora ainda disse que este tipo de discriminação acontece em áreas em que o

profissional terá contato direto com o público. Neste caso, incluem-se a administrativa, comercial

e de bancos.

Page 20: Sugestão de atividades   língua portuguesa

20

"Imagine alguém com algo muito chamativo, como um cabelo colorido. Se tem contato

com o cliente, perde a seriedade, imagem que tem que passar não somente para os colegas de

trabalho", disse Gláucia.

Ela ainda explicou que existem profissões em que a aceitação do uso de piercings e

tatuagens é mais flexível, como em comunicação e publicidade e propaganda, o que não

acontece com os profissionais de direito e medicina.

Depois de contratado

Depois de contratado, a consultora diz que o uso da pintura e da joia já é mais aceito

porque a pessoa já construiu uma imagem. No entanto, o melhor é perguntar a política de cada

empresa sobre o assunto e, principalmente, ter bom senso!

http://www.administradores.com.br/noticias

TEXTO V Duda Oi meninas!!! Semana passada na aula de inglês; estávamos nos descrevendo fisicamente; ai o teacher começou a perguntar se nós tinhamos piercings e tatoos...teve uma colega minha que disse que ela odeia tatuagens, que acha horrível qm tem tatuagens no corpo. Nossa fiquei apavorada! Sei lá, talvez pq eu tenha...não sei! Será que as pessoas continuam tão preconceituosas qnto a isso?

Bj

TEXTO VII

Cíntia O fato de não gostar não quer dizer que a pessoa é preconceituosa... Ela só não gosta de tatuagens! Eu acho lindo, vejo umas que me deixam de queixo caído de tão lindas, mas sei que em mim não ficariam bem, acho que não levo jeito para ter. Mas não quer dizer que não respeito as pessoas que fazem!

Page 21: Sugestão de atividades   língua portuguesa

21

TEXTO VIII

Maya Sim, por incrível q pareça, em pleno século XXI, ainda existe preconceito quanto a isso. Minha sobrinha é crivada de piecing e tatoo, uma cabeça maravilhosa - melhor q a de muita gente com uma aparência impecável! É mais uma forma de se expressar, caramba! Bjos

http://www.precisofalar.com.br/index.php/Temas-polemicos/8691-Tatuagens-e-preconceito.html

1. No texto 1 são expressas opiniões de quem?

Marque no texto trechos que confirmem sua hipótese.

2. Segundo o texto 1, por que piercings e tatuagens podem trazer desvantagens na hora da

conquista por um emprego?

3. Substitua o termo grifado no trecho do texto 1 abaixo transcrito, por outro de mesmo sentido.

―No mercado de trabalho, no entanto, os "acessórios"

podem trazer algumas desvantagens na hora de procurar um emprego.‖

4. Qual a ideia expressa pelo termo grifado?

5. Por que a palavra ―acessórios‖ vem entre aspas no texto 1?

a) Com relação ao preconceito contra tatuagens e piercings, quais as opiniões expressas no

texto 3?

b) E no 4?

c) Em que se diferenciam?

d) Que palavras ou expressões caracterizam cada opinião?

6. No texto 2 você percebe algo de diferente no uso da nossa língua? Será que existem ―erros‖

no texto?

7. Qual a finalidade do texto 1? E do 5?

8. Por que um dos balões do quinto quadrinho é diferente?

9. Qual o efeito do uso deste balão no texto?

10. Qual a ideia do termo grifado em ―Mas, eu alertei...‖

Page 22: Sugestão de atividades   língua portuguesa

22

TEXTO IX

Professor (a),

Nesta atividade, a habilidade de distinguir duas opiniões diferentes sobre o mesmo fato

está em evidência. Antes da leitura, converse com os alunos sobre piercings e tatuagens. Quais

as opiniões de sua turma sobre o assunto? Você pode escolher um aluno para ser o escriba da

turma, que anotará as opiniões no quadro.

Durante a leitura dos textos, destaque as opiniões expressas. Comente as relações

estabelecidas pelos conectivos, como por exemplo o efeito de sentido construído pela repetição

no trecho: ―Aí, ele quis colocar outro e mais outro, e outro...‖ (texto 5).

Você pode ainda voltar ao quadro e verificar se, após a leitura, desejam acrescentar algo

ao que já foi registrado. Após isso, divida a turma em grupos e solicite que cada grupo escolha

uma opinião das que estão no quadro e escreva um texto se posicionando contra ou a favor da

mesma.

Page 23: Sugestão de atividades   língua portuguesa

23

Outro ponto importante é comentar com seus alunos sobre o ―internetês‖, presente nos

textos do blog PRECISO FALAR. Veja a definição abaixo:

―Internetês é um neologismo (de: internet + sufixo ês) que designa a linguagem utilizada no meio

virtual, em que "as palavras foram abreviadas até o ponto de se transformarem em uma única

expressão, duas ou no máximo três letras", onde há "um desmoronamento da pontuação e da

acentuação", pelo uso da fonética em detrimento da etimologia, com uso restrito de caracteres e

desrespeito às normas gramaticais. Para Silvia Marconato, o internetês é uma "forma de

expressão grafo linguística [que] explodiu principalmente entre adolescentes que passam horas

na frente do computador no Orkut, em chats, blogs e comunicadores instantâneos em busca de

interação e de forma dinâmica." (...)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Internet%C3%AAs

Fale com os alunos sobre a variação da nossa língua e discuta com eles o conceito de

certo X errado. Esse é um bom momento para que eles percebam que o ―internetês‖ é adequado

para sites, blogs, chats, mas inadequado em situações formais de escrita.

TEXTO X

O LOBO E O CORDEIRO

Um lobo estava bebendo água num riacho.

Um cordeirinho chegou e também começou a beber um pouco mais para baixo. O lobo

arreganhou os dentes e disse ao cordeiro:

- Como é que você tem a ousadia de vir sujar a água que eu estou bebendo?

- Como sujar? – respondeu o cordeiro. A água corre daí pra cá, logo eu não posso estar

sujando sua água.

- Não me responda! – tornou o lobo furioso. Há seis meses seu pai me fez a mesma

coisa!

- Há seis meses eu nem tinha nascido, como é que eu posso ter culpa disso? –

respondeu o cordeiro.

- Mas você estragou todo o meu pasto – tornou o lobo.

- Como é que eu posso ter estragado seu pasto se nem dentes eu tenho?

O lobo, não tendo mais como culpar o cordeiro, não disse mais nada, pulou sobre ele e o

comeu.

ROCHA, Ruth. Fábulas de Esopo. São Paulo: FTD, 1994.

A escritora Ruth Rocha nasceu em 1931 na cidade de São Paulo. Teve uma infância

alegre e repleta de livros e gibis. É autora de inúmeras histórias e seus livros estão espalhados

pelo mundo, traduzidos em mais de 25 idiomas. Monteiro Lobato foi sua grande influência. Ela

ganhou os mais importantes prêmios brasileiros destinados à literatura infantil.

Page 24: Sugestão de atividades   língua portuguesa

24

TEXTO XI

O LOBO E O CORDEIRO, Esopo

Na água limpa de um regato,

matava a sede um cordeiro,

quando, saindo do mato,

veio um lobo carniceiro.

Tinha a barriga vazia,

não comera o dia inteiro.

- Como tu ousas sujar

a água que estou bebendo?

- rosnou o Lobo a antegozar

o almoço. - Fica sabendo

que caro vais me pagar!

- Senhor - falou o Cordeiro -

encareço à Vossa Alteza

que me desculpeis mas acho

que vos enganais: bebendo,

quase dez braças abaixo

de vós, nesta correnteza,

não posso sujar-vos a água.

- Não importa. Guardo mágoa

de ti, que ano passado,

me destrataste, fingido!

- Mas eu nem tinha nascido.

- Pois então foi teu irmão.

- Não tenho irmão, Excelência.

- Chega de argumentação.

Estou perdendo a paciência!

- Não vos zangueis, desculpai!

- Não foi teu irmão? Foi o teu pai

ou senão foi teu avô.

Disse o Lobo carniceiro.

E ao Cordeiro devorou.

www.revan.com.br/catalogo/0136d.htm

Esopo viveu no século VI a.C. Sabe-se que

foi escravo, libertado pelo último dono,

Xanto. Mestre da prosopopeia, figura de

linguagem pela qual animais ou coisas

falam. Suas fábulas têm inspirado

incontáveis criadores através dos séculos,

encerram sabedorias eternas e nos fazem

refletir sobre a natureza humana.

Almanaque Brasil de cultura popular, ano 5, n.55,

out.2003.

1. Os textos 1 e 2 narram a mesma história,

mas com linguagem diferente. Você percebe

que essa diferença mostra a época em que

os textos foram escritos? Em um deles, há

marcas de uma forma de expressão bem

mais antiga; no outro, a linguagem é mais

atual. Transcreva um pequeno trecho que

melhor exemplifica a linguagem de uma

época passada.

2. Você reconheceu que os textos são uma fábula? As fábulas geralmente possuem uma

conclusão que é uma moral. Assinale aquela que se refere à fábula O lobo e o Cordeiro.

(A) Os preguiçosos colhem o que merecem.

(B) Se queremos dividir a recompensa, devemos partilhar o trabalho.

(C) Onde a lei não existe, ao que parece, a razão do mais forte prevalece.

Page 25: Sugestão de atividades   língua portuguesa

25

(D) Não tente forçar demais a sorte.

3. No texto 2, a palavra carniceiro significa:

(A) bondoso.

(B) carnívoro.

(C) distraído.

(D) insistente.

4. No texto 1, a expressão destacada no trecho abaixo refere-se a que fato? ―Há seis meses seu

pai me fez a mesma coisa!”

5. Você acabou de ler duas versões de uma mesma fábula. Como você escreveria a sua

versão? Mãos a obra!

SUGESTÃO METODOLÓGICA

Para ampliar as atividades sugerimos:

Leitura de Novas fábulas fabulosas de Millôr Fernandes, da editora Desiderata, comparando o

enredo e a linguagem com as de Esopo, por exemplo. Construção do conceito de paráfrase e de

paródia.

Diferentes habilidades foram enfocadas nessa atividade.

1. Os textos 1 e 2 narram a mesma história, mas com linguagem diferente. Você percebe

que essa diferença mostra a época em que os textos foram escritos? Em um deles, há marcas

de uma forma de expressão bem mais antiga; no outro, a linguagem é mais atual. Transcreva

um pequeno trecho que melhor exemplifica a linguagem de uma época passada.

Habilidades:

Reconhecer formas de expressão característica de uma época, região ou classe social.

Inferir informações implícitas em um texto.

Inferir o sentido de uma palavra no texto.

Aquelas relacionadas à articulação e aos mecanismos textuais.

TEXTO XII

O VAQUEIRO

Patativa do Assaré

Eu venho dêrne menino,

Dêrne munto pequenino,

Cumprindo o belo destino

Que me deu Nosso Senhô.

Eu nasci pra sê vaquêro,

Sou o mais feliz brasilêro,

Eu não invejo dinhêro,

Nem diproma de dotô.

Page 26: Sugestão de atividades   língua portuguesa

26

Sei que o dotô tem riquêza,

É tratado com fineza,

Faz figura de grandeza,

Tem carta e tem anelão,

Tem casa branca jeitosa

E ôtas coisa preciosa;

Mas não goza o quanto goza

Um vaquêro do sertão.

[...]

http://www.tanto.com.br/patativa-vaqueiro.htm

Antônio Gonçalves da Silva, conhecido como Patativa do Assaré, nasceu a 5 de março de 1909

na Serra de Santana, pequena propriedade rural, no município de Assaré, no Sul do Ceará.

Cresceu ouvindo muitas histórias e folhetos de cordel. Embora não tivesse

estudado muito, soube muito bem cantar em verso e prosa os contrastes do sertão nordestino e

a beleza de sua natureza. Neste ano comemoramos 100 anos de seu nascimento.

1. O texto traz marcas da oralidade e foge da norma padrão. Transcreva abaixo dois exemplos

que confirmam essa característica.

2. A linguagem do poema:

(A) causa um efeito de humor.

(B) critica o modo de falar do vaqueiro.

(C) critica a realidade brasileira.

(D) revela o modo de viver do vaqueiro.

3. Escreva três características do vaqueiro apresentadas no texto.

4. No trecho abaixo, a palavra destacada pode ser substituída por:

(A) Porque.

(B) Porém.

(C) Como.

(D) Já.

―Tem casa branca jeitosa

E ôtas coisa preciosa;

Mas não goza o quanto goza

Um vaquêro do sertão‖

5. O texto apresenta uma determinada visão de mundo – a do vaqueiro. Você concorda com

ele? Em um pequeno texto, apresente a sua visão de mundo.

Page 27: Sugestão de atividades   língua portuguesa

27

TEXTO XIII

MUNDO COR-DE-ROSA

Perfume Barbie B comemora os 50 anos da boneca mais famosa do mundo

Comemoração com cheirinho gostoso: a multinacional espanhola Puig Beauty & Fashion Group

acaba de lançar no Brasil a fragrância Barbie B, celebrando os 50 anos da boneca mais famosa

do mundo.

O novo perfume pretende refletir a personalidade moderna e dinâmica das meninas que

já se sentem mocinhas e não veem a hora de entrar no mundo adolescente. Esse universo está

identificado em detalhes como o frasco, lapidado como uma joia, e na letra "B" estilizada que

pode ser usada como um pingente ou um acessório fashion.

Floral, frutado e fresco, o lançamento é composto de notas açucaradas com elementos

de sândalo e almíscar que se complementam com essências de cereja e framboesa. Nas notas

de saída predominam a bergamota, laranja italiana e maçã verde.

O frasco, nas versões 40 ml e 75 ml, vem em tons de rosa e fúcsia. A embalagem traz

uma imagem da Barbie com um look mais moderno, igual ao das meninas de hoje.

O preço médio sugerido do frasco de 75 ml é R$ 49,50.

SAC 0800-7265616 / [email protected]

http://extra.globo.com/lazer/canalExtra/ [26/03/09]

1. A finalidade do texto é:

(A) divertir

(B) informar.

(C) opinar.

(D) emocionar.

2. A informação principal do texto é:

(A) o lançamento do perfume Barbie B.

(B) a fragrância do perfume Barbie B.

(C) a descrição do frasco e a embalagem do perfume Barbie B.

(D) a definição do consumidor do perfume Barbie B.

3. Qual é o perfil do público consumidor do perfume Barbie B?

4. É discutível o uso de palavras e expressões em inglês quando existem correspondentes na

língua portuguesa. No texto, foram usadas duas palavras – fashion e look. Por que palavras ou

expressões em português você as substituiria?

Page 28: Sugestão de atividades   língua portuguesa

28

5. Reflita e converse com seus colegas sobre o motivo do uso dessas palavras em inglês nesse

texto. Depois, se organize para apresentar seu ponto de vista a respeito desse assunto para

toda a turma.

Sugerimos, para ampliação dessa atividade, a leitura de uma mesma notícia em diferentes

jornais, comparando-as e reconhecendo as diferentes formas de tratar uma mesma informação.

Diferentes habilidades foram enfocadas nessa atividade.

1. Identificar a finalidade de diferentes gêneros textuais.

2. Diferenciar a parte principal das secundárias de um texto.

3. Localizar informações explícitas em um texto.

4. Inferir o sentido de uma palavra no texto.

5. Reconhecer e utilizar marcas típicas da oralidade, adequando o padrão de linguagem à

situação de comunicação.

8º ANO

Leia os textos abaixo e responda às questões propostas.

Texto 1

O trema é totalmente eliminado das palavras portuguesas ou aportuguesadas. linguística

cinquenta

tranquilo

Obs.: é usado em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros escritos com trema:

Müller – mülleriano.

Extraído de Dicionário escolar da língua portuguesa. Academia Brasileira de Letras. São

Paulo: Editora Nacional, 2008.

TEXTO 2

O DESEMPREGO DO TREMA

Acabou a tranquilidade do Trema

Não aparecia com frequência,

Não batia mais ponto

Na repartição...

Alcaguetaram para a Gramática

que

Sem pensar nas consequências,

Expulsou o trema da Pontuação.

Até de delinquente chamaram o coitado!

Ele não teve direito de arguir nada...

Depois, tentou concurso para

Reticências,

Mas não passou por um Ponto.

Hoje, anda por aí desmilinguido

Page 29: Sugestão de atividades   língua portuguesa

29

da vida.

Quer morar na Alemanha, mas o

voo para lá é caro.

Aliás, aí está outro fato sem

Nenhum nexo:

Demitiram da companhia o

melhor piloto Circunflexo.

Thiago Cascabulho – Megazine 10/03/09

1. Os textos 1 e 2 dialogam. Você percebeu a relação entre eles? Qual é a finalidade do texto

1? E do texto 2?

2. Do que tratam os textos 1 e 2?

3. No texto 2, Quer morar na Alemanha... remete a que trecho do texto 1?

4. Explique o que você entendeu do trecho abaixo retirado do texto 2. Depois, tentou

concurso para Reticências, Mas não passou por um Ponto.

5. No texto 2, Alcaguetaram significa:

(A) dedurar.

(B) elogiar.

(C) perguntar.

(D) explicar.

VELHA CONTRABANDISTA, Stanislaw Ponte Preta

Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela

fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da

Alfândega - tudo malandro velho - começou a desconfiar da velhinha.

Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou

ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:

- Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que

diabo a senhora leva nesse saco?

A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais outros, que ela

adquirira no odontólogo, e respondeu:

- É areia!

Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar

da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só

Page 30: Sugestão de atividades   língua portuguesa

30

tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela montou na

lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.

Mas o fiscal desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro

com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta

com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco

e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês

seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.

Diz que foi aí que o fiscal se chateou:

- Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa

de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.

- Mas no saco só tem areia! - insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal

propôs:

- Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não

conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está

passando por aqui todos os dias?

- O senhor promete que não "espáia"? - quis saber a velhinha.

- Juro - respondeu o fiscal.

- É lambreta.

http://br.geocities.com/mitologica_2000/conto0024.htm

Sérgio Porto nasceu no Rio Janeiro no dia 11 de janeiro de 1923, e ficou famoso anos depois

sob o pseudônimo de Stanislaw Ponte Preta. Foi radialista, humorista, cronista. ―Começou

uma obra carioquíssima, até hoje insuperável, transpondo para jornais, livros e revistas o

saboroso coloquial do Rio de Janeiro.‖

6. De acordo com o texto 3, por que o pessoal da alfândega desconfiou da velhinha?

6. ―Aí quem sorriu foi o fiscal.‖ Qual o motivo do sorriso do fiscal?

7. Há marcas da linguagem coloquial em todo o texto 3. Retire um pequeno trecho que

mostre essas marcas.

9. A dúvida do fiscal da alfândega terminou quando:

(A) a velhinha disse: ―É areia.‖

(B) a velhinha sorriu para ele.

Page 31: Sugestão de atividades   língua portuguesa

31

(C) a velhinha disse: ―É lambreta.‖

(D) ele sorriu.

10. Sobre o texto, podemos dizer que:

(A) tem como finalidade informar.

(B) tem como finalidade defender um ponto de vista.

(C) tem como finalidade fazer humor.

(D) tem como finalidade argumentar.

SUGESTÃO METODOLÓGICA

Um breve comentário sobre o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, enfocando

alguns pontos – os mais usuais – e, logo depois, a atividade 4. A utilização de intertextos

(poema/música, por exemplo), explorando as relações entre eles.

Antes da leitura do texto 3 – A velha contrabandista – fazer uma leitura interrompida para

que sejam construídas hipóteses pelos alunos, que no decorrer da leitura serão confirmadas

ou rejeitadas, possibilitando o diálogo com o texto. O movimento seria esse: antes de

entregar o texto aos alunos, ler parte dele, para que antecipem informações; avançar mais

um trecho para verificar e confirmar – ou não - as hipóteses; avançar mais um trecho e

continuar esse movimento até o final da leitura.

Habilidades exigidas nessa atividade

Identificar as diferentes intenções em diferentes textos.

Identificar o assunto/tema de um texto.

Inferir informações implícitas em um texto.

Inferir o sentido de uma palavra no texto.

Localizar informações explícitas em um texto.

Identificar marcas de coloquialidade em textos que usam a variação linguística como

recurso expressivo.

Localizar informações explícitas no texto.

Identificar a finalidade de diferentes gêneros textuais.

9º ANO

Hoje vamos trabalhar com textos de diferentes gêneros: um poema, uma notícia de jornal,

um quadrinho e uma publicidade.

TEXTO 1

Page 32: Sugestão de atividades   língua portuguesa

32

A NAMORADA

Havia um muro alto entre nossas casas.

Difícil de mandar recado para ela.

Não havia e-mail.

O pai era uma onça.

A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por

um cordão

E pinchava a pedra no quintal da casa dela.

Se a namorada respondesse pela mesma pedra

Era uma glória!

Mas por vezes o bilhete enganchava nos galhos da goiabeira

E então era agonia.

No tempo do onça era assim.

BARROS, Manoel. Tratado geral das grandezas do ínfimo. Rio de Janeiro: Record, 2001.

Manoel de Barros, que nasceu em Corumbá, Mato Grosso, viveu numa fazenda quando

criança, ―cresceu brincando no terreiro em frente à casa, pé no chão, entre os currais e as

coisas "desimportantes" que marcariam sua obra para sempre.‖ Estudou no Rio de Janeiro,

escreveu seu primeiro poema aos dezenove anos e hoje é reconhecido nacional e

internacionalmente como um dos poetas mais originais do século e mais importantes do

Brasil. Atualmente vive em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

1. Destaque do texto 1 uma palavra ou expressão que nos revela que o poeta não é uma

pessoa jovem.

2. O pai dela era uma onça significa que:

(A) ele era muito bravo.

(B) ele gostava de florestas.

(C) ele gostava de caçar.

(D) ele construiu um muro alto.

2. Como o poeta mandava recados para a namorada? Essa maneira de se comunicar

sempre dava certo? Por quê?

3. O que significa tempo do onça?

TEXTO 2

Page 33: Sugestão de atividades   língua portuguesa

33

EVENTO

TROCA DE LIVROS. Sabe aquele livro que você já leu várias vezes e está paradão lá na

estante, esperando alguém que dê atenção a ele de novo? Que tal trocá-lo por outro – e,

assim, ganhar outra história para ler e se divertir? Pois até dia 30, o Museu da Limpeza

Urbana – Casa de Banho D. João VI está promovendo um troca-troca literário imperdível.

Para começar a ler lá mesmo, o museu oferece a sua biblioteca, num cantinho todo especial.

O endereço do museu é Praia do Caju 385, e a biblioteca está aberta de terça a sexta-feira,

sempre das 9 h às 16 h.

GLOBINHO. Sábado, 21 de março de 2009.

4. Podemos dizer que o texto 2 tem a finalidade de:

(A) emocionar.

(B) defender um ponto de vista.

(C) Informar.

(D) vender um produto.

5. O que significa no texto troca-troca literário?

TEXTO 3

Folha de S.Paulo, 24 set.2005. In KOCH, Ingedore V. e ELIAS, Vanda M. Ler e compreender os sentidos do texto.

São Paulo: Contexto.

Page 34: Sugestão de atividades   língua portuguesa

34

6. O texto 3 usa a linguagem verbal (palavras) e a linguagem não verbal (imagens) para

passar uma mensagem. A expressão do pai indica que ele ficou:

(A) alegre

(B) aterrorizado.

(C) zangado.

(D) cansado.

Professor, para ampliar o trabalho com essas atividades, sugerimos destacar a denotação, a

conotação e a polissemia tão presentes na linguagem poética e da publicidade.

Diferentes habilidades foram enfocadas nessas atividades.

Localizar informações explícitas em um texto.

Inferir o sentido denotativo ou conotativo de uma palavra no texto.

Localizar informações explícitas em um texto.

Inferir o sentido denotativo ou conotativo de uma palavra no texto.

Identificar a finalidade de diferentes gêneros textuais.

Interpretar/ analisar os efeitos de sentido com auxílio de material gráfico diverso.

Interpretar/ analisar os efeitos de sentido com auxílio de material gráfico diverso.

Comparar paráfrases / paródia, avaliando sua maior ou menor fidelidade ao texto original

e identificando os efeitos de humor e/ou ironia.

Relacionar à articulação e aos mecanismos textuais.

TEXTO 4

Page 35: Sugestão de atividades   língua portuguesa

35

7. Este texto é uma receita de bolo. Como em todos os textos deste gênero, aqui é apresentada

uma:

a) descrição detalhada da aparência do bolo.

b) explicação gradual e progressiva das etapas a seguir.

c) narrativa de um fato ocorrido quando alguém preparou o bolo.

8. Examine as orações cujos verbos estão sublinhados na segunda parte da receita (Como

fazer) e diga se cada uma delas é:

I. oração coordenada assindética

II. oração coordenada sindética aditiva

III. oração subordinada adverbial temporal reduzida de infinitivo

13. Agora diga se o período "Bata no liquidificador o requeijão, o presunto e a salsa e reserve" é:

a) simples;

b) composto por coordenação;

c) composto por subordinação;

d) composto por coordenação e subordinação.

Page 36: Sugestão de atividades   língua portuguesa

36

9. Veja a tirinha abaixo e responda as questões a seguir.

a) O que chama a atenção de Mafalda no primeiro quadro?

b) Conforme vestimentas do homem, vocês podem inferir a profissão dele?

c) O que acontece no segundo quadro?

d) No terceiro quadro é possível confirmar ou refutar a hipótese acerca da profissão do homem?

O que lhes possibilitou isso?

e) Por meio da expressão fisionômica de Mafalda, verifica-se que ela ficou triste depois de seguir

o homem e ver o que ele fez. Expliquem o motivo da tristeza.

f) É possível verificar uma crítica na tira? Se sim a quem ela é dirigida? Comentem.

g) A tira provoca humor? Comentem sua sensação ao ler o texto.

h) A linguagem visual esteve presente em todos os quadrinhos. Entretanto, em um,

especialmente, ela teve maior relevância para o sentido. Em qual quadro foi? Expliquem o

porquê.

i) Nesse sentido, o que podemos falar sobre as linguagens visual e não visual na composição da

tirinha?

10. Texto para as questões abaixo.

Page 37: Sugestão de atividades   língua portuguesa

37

a) No primeiro quadrinho, o homem afirma que irá morrer no deserto. Discutam: por que é

possível morrermos em um deserto?

b) Podemos afirmar que o homem é cristão? Mesmo que minimamente, ele tem fé em algum

segmento religioso?

c) Como vocês podem confirmar a resposta anterior, ou seja, o que os levou a essa conclusão?

d) Conforme conhecimento de mundo, por que o autor utilizou o urubu no segundo quadrinho ao

invés, por exemplo, de uma cobra?

e) Expliquem o humor da tira.

f) Na opinião de vocês, qual tipo de linguagem (visual ou não visual) teve maior relevância à tira?

Para isso pensem: será que a tirinha poderia ser apenas oralizada sem nenhum problema de

entendimento? Expliquem.

11. Tirinha para às questões a seguir.

a) Nesta t ira, há intertexto? Se sim , identifique-o.

b) Dois contextos sócio históricos distintos são confrontados na tira. Identifique-os e comentem o

porquê da escolha do autor para a produção dessa tira.

c) Por que o número 7: ―7 mensagens de bom dia, 7 de boa tarde, 7 de boa noite‖?

12. Observe a tirinha abaixo e responda as questões abaixo.

Page 38: Sugestão de atividades   língua portuguesa

38

a) Qual o tipo de linguagem desta tira?

b) A escolha de apenas um tipo de linguagem influenciou a leitura da tira (pensar em velocidade,

compreensão, etc)? Comentem.

c) Mobilizando o conhecimento de mundo de vocês, a abóbora, da maneira como se apresenta

na tira, relaciona-se a qual acontecimento sócio histórico? Expliquem o que lhes possibilitou

chegar a essa conclusão.

d) Vocês conseguem perceber ―movimento‖ na tira? Para isso, reparem na sucessão dos

quadrinhos.

e) Infiram por que Garfield, no último quadrinho, aparece sorrindo.

13. Responda:

a) O que é dengue?

b) Quem transmite a dengue?

c) O que fazer para evitar a dengue?

d) Explique o que você observou na ilustração.

Ela combina com a frase ―Dê um tiro mortal na

dengue.‖? Por quê?

e) No ―telefone‖ podemos observar uma cruz em

cor mais escura, que pode ser de cor vermelha

nos cartazes coloridos. Essa cruz está ligada à

ideia de saúde. Onde mais podemos ver esse

símbolo desenhado?

f) Na sua opinião, onde podemos ver um texto

como esse? Para quem ele foi escrito?