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Orientador: Profº Olimpo Ordonez Carmona. Grande mestre. Pró-Reitoria de Graduação Curso de Pedagogia Trabalho de Conclusão de Curso A INCLUSÃO ESCOLAR DOS ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA NA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA Autora: Sulani Barros Barbosa Elias Orientador: Profº. MSc. Olimpo Ordoñez Carmona Brasília/DF 2013

SULANI BARROS BARBOSA ELIAS TCC Final - repositorio.ucb.br · Esta pesquisa teve como objeto identificar como acontece o processo de inclusão do deficiente auditivo na Universidade

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Orientador: Profº Olimpo Ordonez Carmona. Grande mestre.

Pró-Reitoria de Graduação Curso de Pedagogia

Trabalho de Conclusão de Curso

A INCLUSÃO ESCOLAR DOS ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA NA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE

BRASÍLIA

Autora: Sulani Barros Barbosa Elias Orientador: Profº. MSc. Olimpo Ordoñez Carmona

Brasília/DF 2013

SULANI BARROS BARBOSA ELIAS

A INCLUSÃO ESCOLAR DOS ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA A UDITIVA NA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA

Artigo apresentado ao curso de graduação em Pedagogia da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do Título de Licenciada em Pedagogia. Orientador: Msc. Olimpo Ordoñez Carmona Grande mestre.

Brasília 2013

Artigo de autoria de Sulani Barros Barbosa Elias, intitulado A INCLUSÃO ESCOLAR DOS ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA NA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA, apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Licenciada em Pedagogia da Universidade Católica de Brasília, em //, defendido e aprovado pela banca examinadora abaixo assinada:

________________________________________________________ Professor. MSc. Olimpo Ordoñez Carmona

Orientador Pedagogia – UCB

_______________________________________________________ Examinadora. Esp. Carla Cristie de França Silva

Pedagogia – UCB

Brasília 2013

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A INCLUSÃO ESCOLAR DOS ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA A UDITIVA NA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA

SULANI BARROS BARBOSA ELIAS

RESUMO Esta pesquisa teve como objeto identificar como acontece o processo de inclusão do deficiente auditivo na Universidade Católica de Brasília. Na perspectiva das interpretes que fazem a intercomunicação entre o aluno surdo e professor, favorecendo o processo de inclusão na Universidade. A inclusão do aluno surdo na universidade é uma temática pertinente no que tange o momento de mudanças pedagógicas que a educação está vivenciando. Como método para coleta de dados, foi utilizada a análise de documentos e entrevista com as intérpretes do Serviço de Orientação Inclusiva (SOI). Com os resultados da pesquisa compreendeu-se que os interpretes facilitam o processo de inclusão na Universidade, dinamizando o processo de intercomunicação entre o estudante/professor e facilitando também o entendimento das temáticas trabalhadas em sala de aula.

Palavras chave: Inclusão; Educação Superior; Formação de professores; Surdo; Intérprete.

1 INTRODUÇÃO

Esta este estudo tem como tema o processo de inclusão do estudante com deficiência auditiva no Ensino Superior e a inclusão do aluno deficiente desde o início de sua escolarização nas escolas de ensino regular, pois esse processo denota o direito ao aluno deficiente a obter experiências de aprendizagem e socialização junto ao aluno tido como “normal”.

A Declaração de Salamanca (1994) aponta a importância às necessidades de educação especializada aos estudantes com deficiência, ratificando que a educação é direito de todos e que é necessário elaborar atendimento e estratégias diferenciadas para que o deficiente possa aprender.

O aluno deficiente aos poucos está em processo de inclusão nas séries iniciais e no Ensino Médio. Nos últimos anos, vem acontecendo a inclusão no Ensino Superior, desta forma, estes acontecimentos nos trazem o questionamento que norteará este estudo: Como acontece a inclusão do deficiente auditivo na Universidade Católica de Brasília, desde uma perspectiva das interpretes de Libras (Língua Brasileira de Sinais) que fazem a intercomunicação entre o aluno surdo e professor?

Este estudo pretende investigar como é feito o processo de inclusão no âmbito universitário e se há uma preocupação com este tema por parte da sociedade. Para também, melhor compreender de que maneira esse estudante é incluso no espaço universitário, partindo do pressuposto que a inclusão não é apenas inserir o aluno no espaço escolar, e sim proporcionar condições para que este permaneça no ambiente acadêmico com condições adequadas para sua formação.

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Diante da perspectiva que a educação é direito de todos, este trabalho tem como objetivo geral: Investigar a inclusão do aluno deficiente auditivo na Universidade Católica de Brasília e a forma como ele é inserido nesse espaço. E como objetivos específicos: (i) Identificar a prática docente junto ao aluno deficiente; (ii) Investigar o acesso do deficiente auditivo no Ensino Superior e sua permanência; (iii) Pesquisar recursos e métodos pedagógicos necessários para lidar com o aluno deficiente auditivo.

O interesse na realização dessa pesquisa surgiu da experiência de minha prima de 21 anos, deficiente auditiva e que concluiu o Ensino Médio. A família não a incentivou a dá continuidade aos estudos, uma vez que alegavam que ela já havia chegado muito além das expectativas da família. E como seus pais argumentavam que ela não precisava ir adiante aos estudos, porque já tinha alçando algo o que muitas pessoas nunca teriam o prazer de alcançar, foi mediante essas palavras negativas que surgiu a inquietação em pesquisar sobre a inclusão do deficiente na universidade, infelizmente ainda existem famílias que acreditam que o deficiente é incapaz de crescer profissionalmente.

A disciplina de Educação especial oferecida no terceiro semestre de graduação em pedagogia também contribuiu no desenvolvimento da pesquisa sobre essa temática, de forma que possibilitando maior interesse e afinidades com a educação especial.

Espera-se que esta pesquisa possa servir de estímulo à realização de novos estudos, contribuir na área de educação especial e afins, mas, sobretudo contribuir para a atuação da educação especial no Ensino Superior. Espera-se também que tenha efeitos na sociedade e no ambiente de Ensino Superior, trazendo benefícios para todos os envolvidos, já que a educação é direito de todos.

1.2 LEGISLAÇÃO INCLUSIVA

Para Mendes (2006) sobre a educação especial desde o século XVI, os pedagogos e médicos já discutiam sobre esse assunto e acreditavam que pessoas que eram vistas pela sociedade como ineducáveis, teriam capacidade de viver em sociedade e principalmente ser educadas como qualquer outra pessoa que é dita ‘’Normal’’.

Foram necessárias algumas mudanças e muitas pesquisas para que o deficiente pudesse alcançar o seu espaço na sociedade. Nesta perspectiva algumas leis, normas e decretos foram estabelecido para que o deficiente tivesse o direito de conquistar o seu espaço na sociedade.

Na Constituição Federal (1988), no art. 5º, é claro que: “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza [...]”, ou seja, a lei não faz acepção de pessoas - todos são iguais independentes da sua limitação.

Para a lei 8.069/90, o Estatuto da Criança e do Adolescente, no capítulo IV, art.54, é dever de o Estado asseguidrar à criança e ao adolescente, no inciso III, aponta que é necessário um atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência preferencialmente na rede regular de ensino. Essa lei é uma maneira de assegurar ensino de qualidade para o estudante deficiente.

Negry (2012) enfatiza que é de grande valia os avanços introduzidos pela legislação nesses últimos 25 anos, pois a legislação está avançando cada vez em ações como a de criar espaços sociais, e direito à diversidade e a cultura.

O art.208, da Constituição Federal (1988), no inciso I, discorre sobre a igualdade de condições e a permanência na escola, além de oferecer um ambiente adequado e planejado para o deficiente, pois a valorização e o respeito à diversidade é uma maneira de fazer valer

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essa igualdade. A lei n. 7.853 (BRASIL, 1989) foi um passo importante dado a favor da educação

especial, essa lei dispõe do apoio às pessoas com deficiência, e sua integração social. Essa lei, no art.2º, dá ao Poder Público e a seus órgãos o dever de assegurar:

[...] o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à previdência social, ao amparo a infância e à maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estar pessoal, social e econômico.

A política nacional para a integração da pessoa deficiente elaborou a punição de reclusão de 1 a 4 anos e pagamento de multa a todos que:

[...] recusar, suspender, procrastinar, cancelar ou fazer cessar, sem justa causa, a inscrição de aluno em estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado, por motivos derivados da deficiência que porta; obstar, sem justa causa, o acesso de alguém a cargo público, por motivos derivados de sua deficiência. (BRASIL, lei 7.853/89, art. 8, I, II)

Segundo documento normativo, a Declaração de Salamanca mundial sobre a educação

para todos, documento aprovado em março de 1990, tem como objetivo definir a necessidade do deficiente e interferir em qualquer discriminação. O Brasil, entre os 155 países nesta conferência reafirmou que a educação é um direito de todos.

1.2 EDUCAÇÃO ESPECIAL NO ENSINO SUPERIOR

Esta pesquisa trata de uma temática que é bastante discutida, tanto na sociedade, quanto na mídia: a inclusão de alunos deficiente no Ensino Superior. A pesquisa buscará algumas informações em relação a esse tema, que tem se destacado, nos últimos anos, e por ser um assunto bastante atual nas instituições de Ensino Superior. A partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) nº9394/96, torna-se a obrigatoriedade do Ensino Especial no Sistema Regular de Ensino, sendo um direito de todos.

Segundo a Constituição Brasileira Federal (1988), no Art.205, a educação é direito de todos e dever do Estado e da Família, e será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

A educação inclusiva no Brasil têm alcançado avanços relevantes no Sistema de Ensino. É necessário reconhecer as diferenças culturais, a pluralidade das manifestações intelectuais, e construir uma nova ética escolar, partindo de um pensamento individual e social, que a inclusão realiza-se com a prática.

Diante dessa perspectiva, as instituições de Ensino Superior tem sido um ambiente que, a cada dia, acolhe um número maior de pessoas deficientes em busca de ingressar nas Universidades/Faculdades. Como aponta Mitter (2003) a educação inclusiva não envolve apenas pessoas com deficiência, mas todos que possuem um distúrbio de aprendizagem.

Segundo Baptaglin e Souza (2012), um dos maiores desafios da educação, especificamente na Educação Superior, é a inclusão do estudante com deficiência, pois é possível perceber a presença de um grande número de educadores que não apresentam formação ou conhecimento suficiente para atuarem na área da Educação Especial e da Psicologia da Educação. O professor tem um papel fundamental no processo de inclusão, como pesquisador-mediador, e é necessário que esse profissional esteja consciente que a

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formação continuada é algo fundamental para aprendizagem do aluno. Para Colossi (2000, apud MOREIRA; MICHELS, 2006), a inclusão de alunos

deficientes no Ensino Superior necessita de adaptações no currículo, e apoio à equiparação de oportunidade. Para o autor, é necessário, para que a inclusão do aluno deficiente aconteça no ambiente acadêmico, pensar no currículo como um todo.

Destacando ainda sobre inclusão do deficiente no Ensino Superior, para Ferrari e Sekkel (2007) são necessários três desafios para se dá início a inclusão nas Universidades/Faculdades: instituições de ensino, formação do professor, e a competência do professor em lidar com o aluno em sala de aula.

Para Ferrari e Sekkel (2007) a inclusão de pessoas deficientes no Ensino Superior é um assunto que é necessário reflexão, pois não é apenas inserir o aluno, é oferecer um ambiente adaptado e preparado com educadores qualificados.

Segundo a lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) nº 9. 394/96, no Art.59, os sistemas de ensino assegurarão aos alunos com necessidades especiais um ambiente:

I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica, para atender às suas necessidades; II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados; III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educando nas classes comuns;

De acordo Ferrari e Sekkel (2007), muitas vezes as instituições de Ensino Superior ampliam o número de alunos deficientes matriculados, que acaba gerando o aumento do fracasso, seguido de sucessivas retenções e do abandono do curso. Quando o aluno ingressa na Universidade/Faculdade ele tem direito de encontrar condições para permanecer e concluir o curso levando em conta suas limitações.

Diante desta perspectiva, observamos que esse fracasso ocorre devido ao despreparo das Universidades/Faculdades no que diz respeito à inclusão do estudante com deficiência. Enfatiza Sekkel e Ferrari (2007) que muitos educadores no Ensino Superior têm dificuldades, quando tem em sala de aula aluno com deficiência, em que a maioria assume uma postura de proteção mediante ao aluno deficiente.

Para Amaral (1995 apud FERRARI; SEKKEL, 2007) essa proteção pode ser considerada paternalismo, porque muitas vezes o preconceito nem sempre ocorre com uma ação negativa de seu alvo, é uma oportunidade de poder agir mediante a proteção e, até mesmo, a valorização positiva em relação ao esforço do deficiente, mas a tal proteção mostra a certeza da incapacidade do deficiente em cumprir ações propostas, levando o educador a fazer pelo outro algo que ele mesmo pode fazer.

Desta vez, observa-se que aparece um novo fenômeno, compreendido como um “preconceito positivo” em que os colegas de turma e até os professores, acabam tendo uma proteção na medida em que realizam as tarefas do estudante deficiente, prejudicando seu desenvolvimento como ser pensante.

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1.3 INGRESSO DO ALUNO DEFICIENTE NO ENSINO SUPERIOR

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE), no censo 2000, os dados apontam que no Brasil, aproximadamente 24,5 milhões da população, ou 14,5% da população, apresentam alguma deficiência, sendo que o deficiente auditivo está entre 16,7% da população. Para Silva (2009) a inclusão de alunos deficientes é um processo que vem crescendo de maneira significativa no Brasil, principalmente em relação à inclusão do aluno deficiente no ensino regular. Partindo da perspectiva de que houve avanços relevantes do processo inclusivo no Ensino Fundamental e Médio, porém destaca-se a inclusão do aluno deficiente no Ensino Superior que é algo novo no ambiente acadêmico, porém é uma realidade que as Universidades/Faculdade precisam se adequar para o ingresso do aluno deficiente neste espaço. Aponta Silva (2009) que a partir do governo Fernando Henrique Cardoso, as políticas públicas para o Ensino Superior ganharam outro olhar, foram implantadas novas normas para a educação brasileira, por exemplo, o decreto e lei 3.627 (Brasil, 2004) que regulamenta cinquenta por cento do total de vagas nas universidades federais para aqueles que cursaram o Ensino Médio em escolas públicas.

Destacando ainda, Silva (2009) afirma, sobre a inclusão de pessoas deficiente, que há uma carência em relação a uma legislação específica que regularize o sistema educacional do Ensino Superior. Enfatiza Silva (2009) que nos últimos seis anos houve avanços importantes, por exemplo, a Lei Federal nº 10.436, aprovada em maio de 2005, em que aponta no capítulo II, a difusão da Libras (Língua Brasileira de Sinais), língua Portuguesa e o acesso do deficiente auditivo à educação.

Logo no seu artigo 8º, dessa mesma lei, a qual afirma que as Instituições de ensino básico e superior públicas e privadas deverão garantir a acessibilidade e a comunicação desse estudante. Dessarte, a Universidade/Faculdade é um ambiente que sofreu algumas transformações, porém é algo que precisa avançar muito no que diz respeito à inclusão das pessoas com deficiência.

Segundo Valdés (2005), o ingresso do aluno deficiente nas Instituições de Ensino Superior Brasileira teve um avanço importante, atualmente a permanência é um dos grandes desafios nas Universidades/Faculdades.

Negry (2012) e Valdés(2005) , tem o mesmo pensamento em relação a permanecia do deficiente nas Universidades/Faculdades: salientando que as Instituições de Ensino precisam rever algumas soluções no que diz respeito à maneira como estão incluindo o aluno deficiente, pois a inclusão não significa apenas incluir, mas a permanência do aluno é importante, pois a Universidade/Faculdade é responsável pela formação profissional do indivíduo.

Segundo o programa Incluir-Acessibilidade no Ensino Superior (2013), a inclusão do aluno deficiente no Ensino Superior deve assegurar-lhes o direito de participar da comunidade, como as demais pessoas; as oportunidades de desenvolvimento pessoal, social, e profissional; bem como não limitar sua participação em determinados lugares e atividades com base na deficiência. Por conseguinte, a condição de deficiência não deve definir a área de seu interesse profissional. Para a efetivação deste direito, as IES precisam disponibilizar serviços e recursos de acessibilidade que promovam a participação dos estudantes.

Segundo a lei 10.098 (BRASIL, 2000), a acessibilidade arquitetônica deve ser disponibilizada em todos os ambientes, a fim de que o aluno deficiente, os membros da comunidade acadêmica e a comunidade em geral tenham o direito de ir e vir com segurança. Os recursos e serviços de acessibilidade para o aluno deficiente disponibilizados nas Universidades/Faculdade é de suma importância para que o aluno tenha uma educação de qualidade no IES.

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Para o Programa Incluir-Acessibilidade no Ensino Superior (2013) é necessário que a acessibilidade do aluno deficiente no ambiente acadêmico aconteça de maneira acolhedora, para que isso possa acontecer, é importante que as Instituições de Ensino Superior estejam preparadas para receber esse estudante. O Programa também destaca que são essenciais alguns recursos para o acesso do aluno, por exemplo, tradutor e intérprete de Língua Brasileira de Sinais, guia intérprete, equipamentos de tecnologia assistiva e materiais pedagógicos acessíveis, atendendo às necessidades específicas dos estudantes. Para o Programa Incluir-Acessibilidade no Ensino Superior (2013), cabe a Universidade/Faculdade o serviço de acessibilidade disponível para acolher o aluno deficiente no seu espaço institucional. O acesso do aluno na IES é algo de responsabilidade da gestão da IES, em que compete o planejamento e a implementação das metas de acessibilidade conforme a legislação em vigor. Para Segrera (2007 apud NEGRY, 2012) a Instituições de Ensino Superior tem um papel fundamental na transformação da sociedade, pois a Universidade/Faculdade desenvolve habilidades em seus estudantes, possibilitando a reflexão, a pensar e a continuar aprendendo a aprender, a relacionar-se, e entender o mundo no qual está inserido. As Instituições de Ensino Superior é de grande valia para a mudança pessoal e profissional do ser humano, como indivíduo de uma sociedade de transformações. Destarte, é importante reconhecer a magnitude das Universidades/ Faculdades para a formação do aluno, e sua influência na sociedade como algo transformador na vida do indivíduo. E essa transformação é algo que deve iniciar de dentro pra fora das Instituições de Ensino no que diz respeito à inclusão dos alunos deficientes, possibilitando o acesso e a sua permanência nesta casa de transformações.

Para Negry (2012) a sociedade vê os deficientes como indivíduos incapazes de viver em sociedade, principalmente em relação ao ingresso nas Universidades/Faculdades, pois para a sociedade, são pessoas que não tem capacidade de crescer profissionalmente - o deficiente, muitas vezes, é visto pela sociedade como indivíduo frágil, ineducável. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais de Estratégias para a Educação de Alunos com Necessidades Educacionais Especiais (PCN), para incluir o aluno deficiente é necessário uma mudança na sociedade, bem como aceitar as diferenças e valorizar a convivência no contexto da diversidade humana. Diante dessa perspectiva, percebemos a importância do direito e do dever do deficiente como cidadão em um País democrático. Pois a inclusão está além de apenas inserir o deficiente no contexto escolar. Negry (2012) coloca que o deficiente é um indivíduo que tem direitos e deveres e esse direito pode ser realizado perante o convívio social e não fora deste. A inclusão do deficiente nas Instituições de Ensino Superior é de grande valia para o seu crescimento como um cidadão que faz parte de uma sociedade que está em constante mudança. 1.4 INCLUSÃO NA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA

A inclusão de alunos deficientes nas Universidades Federais é algo que acontece com o apoio do Governo, enquanto que na Universidade Católica de Brasília, uma instituição de ensino particular, a inclusão é realizada por conta própria, sem nenhuma ajuda de custo dos governantes para que a inclusão do aluno deficiente aconteça de fato. O documento Plano de Ação (2012, p 6) da Universidade Católica de Brasília, em sua missão se compromete em:

Atuar solidaria e efetivamente para o desenvolvimento, por meio da geração e comunhão do saber, comprometida com a qualidade e os valores ético e cristão na busca da verdade, e assume numa perspectiva de cuidado, o comprometimento com a valorização da vida e respeito á diversidade humana.

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Está descriminado no plano de ação (UCB, 2012) que o projeto Serviço de

Orientação Inclusiva (SOI), é vinculado a Diretoria de Programas da Pastoral da Pró –Reitoria de Extensão – UCB onde o seu comprometimento é acompanhar os estudantes da Universidade Católica de Brasília que, em caráter permanente ou temporário, apresentam deficiências especiais de forma física ou sensórias, que necessitam de apoio institucional no processo de ensino aprendizagem e avaliação.

Conforme o Plano de Ação (2012), o projeto Serviço de Orientação Inclusiva (SOI) auxilia a objetivos fundamentais da Universidade Católica de Brasília (UCB) tentando ao máximo, minimizar as barreiras arquitetônicas e ofertam os instrumentos necessários como materiais adaptados para as pessoas com deficiência.

De acordo com o Plano de Ação (2012), para colocar em prática as ações de inclusão na Universidade Católica de Brasília o projeto Serviço de Orientação Inclusiva (SOI) procura realizar atendimentos estabelecidos em um plano de trabalho, mediante o desenvolvimento de atividades de apoio especializados aos estudantes com deficiência e na realização de cursos e oficinas de sensibilização, conscientização e capacitação a todos os componentes da Universidade.

A Universidade Católica de Brasília para aprimorar o processo de inclusão, oferece um espaço adequado e acolhedor para o estudante com deficiência, pois para a Instituição, a inclusão é muito mais do que inserir o aluno - é proporcionar um ambiente adequado.

Segundo o Plano de Ação (2012), o projeto SOI tem uma equipe que tem grande importância em relação à inclusão como, por exemplo, os 07 Intérpretes, 01 analista, 01 auxiliar e 30 voluntários e 01 2estagiário.

Se tratando dos seus colaboradores, a Universidade Católica realiza programas de apoio por meio de atendimentos individuais e atividades de capacitação profissionais, esse método é realizado em parceria com cursos de graduação, e a coordenação de gestão de pessoas, setor responsável por conduzir e capacitar os colaboradores da Universidade.

Visando ações que favoreça a qualidade na vida da pessoa com deficiência, a Universidade Católica de Brasília procura pensar e compreender a fazer cumprir o princípio de equidade, em que possibilita ao indivíduo interagir e a participar como sujeito de sua história e do meio que ele se relaciona.

Nesse sentido, o Serviço de Orientação Inclusiva (SOI) realiza várias ações integradas de apoio à inclusão acadêmica de pessoas com deficiência. Esse serviço se compromete, desde ano de 2005, em levantar alternativas que oportuniza o potencial do ser humano por meio do acesso digno ao meio acadêmico.

Enfatiza o documento Plano de Ação (2012) que para que a inclusão aconteça no espaço acadêmico, o projeto realiza parcerias internas com vários setores, por exemplo, parceria com os cursos de graduação, presencial e virtual, gestão de pessoas, diretoria de comunicação e Marketing e da segurança do trabalho e brigadistas - equipe que presta apoio como guia e condutor para o estudante deficiente visual, etc.

Segundo o documento Plano de Ação (2012) do SOI, com o intuito de proporcionar um espaço de diversidade, a Universidade Católica juntamente com suas parceiras externas - a Biblioteca Braille Dorina Nowill e a Universidade de Brasília (UNB) - tem um papel de suma importância, principalmente em relação a suas experiências que é algo fundamental para o desenvolvimento e direcionamento das atividades do SOI.

Dessarte, essa parcerias são de grande valia, para que a inclusão do deficiente possa acontecer na comunidade acadêmica da UCB, se fazem necessárias para manter

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a efetividade no acompanhamento do estudante com deficiência, desde seu ingresso na graduação até a sua formação.

Aponta o documento Ação Total (2012) que para 15 a 20 novos estudantes com deficiência ingressando na Universidade Católica de Brasília, estima-se que cada aluno permaneça de 4 a 6 anos até a conclusão do seu curso. De 2009 até 2013 o número de estudante passou de 74 estudantes a 113, à previsão seria que aumente a cada semestre o ingresso do aluno deficiente no espaço acadêmico da Universidade Católica de Brasília.

O projeto SOI é uma ação essencial para a inclusão do discente no espaço Universitário da Católica de Brasília, este projeto é de suma importância para que a inclusão seja realizada efetivamente em um ambiente planejado e adaptado para receber a todos sem distinção de deficiência.

1.5 ESTUDANTES SURDOS NA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA.

Para Negry (2012) o Estado Brasileiro, em que ninguém é obrigado a fazer ou a deixar de fazer algo senão em virtude da lei. Observa-se que para o aluno deficiente ter direito a um espaço de inclusão e acessibilidade no âmbito acadêmico, é necessário que as Instituições de Ensino Superior possam cumprir a lei. Quando se fala de lei, logo, deduzem-se os direito e os deveres, e para que os direitos sejam cumpridos, é necessário ter o conhecimento desses direitos e deveres. A deficiência auditiva é conhecida também como Hipoacusia ou Surdez que se caracteriza pela privação parcial ou total de audição. Vários são os motivos que ocasiona essa perda: pode ser desde o nascimento; ou causada posteriormente por uma doença congênita adquirida por virose materna; doenças tóxicas desenvolvidas no período da gestação; ou causada por ingestão de remédios que lesam o nervo auditivo; exposição a sons impactantes; meningite; genética etc.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais Estratégias para a Educação de Alunos com Necessidades Educacionais Especiais (1999), a deficiência auditiva pode se classificada como surdez leve/ moderada - perda auditiva de até 70 decibéis que dificulta, mas não impede o indivíduo de se expressar oralmente; e a surdez severa/profunda - perda auditiva acima de 70 decibéis que impede o indivíduo de entender, com ou sem aparelho auditivo, esse indivíduo com mais de 70 decibéis necessita naturalmente do código da língua oral.

[...] decreta que as Instituiçoes de Ensino Superior Federais de ensino devem garatir, obrigatoriamente, as pessoas surdas acesso à comunicação, a informação e à educação nos processos seletivos, nas atividades e nos contéudos curriculares desenvolvidos em todos os niveis, etapas e modalidades de educação, desde a educação infantil até à superior. (BRASIL. Decreto n. 5.626/05, cap. IV art.14)

Em relação ao Estudante auditivo, a sua inclusão é realizada com o apoio do projeto

(SOI) mediante o grau de surdez do estudante, o projeto disponibiliza um intérprete para auxiliar o surdo em sala de aula. O papel do Intérprete na Universidade é de grande importância, pois é possível o surdo ter comunicação com o professor em sala de aula.

1.6 LÍNGUA DE SINAIS/ INTÉRPRETE

Antes de iniciar falando sobre a língua de sinais, é importante compreender a

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diferença de “linguagem e língua”. Segundo Petter (2013), a linguagem é a maneira que os seres humanos têm de produzir e entender a língua e outras manifestações, já a língua é um meio de organização de gestos e sons que possibilitam a comunicação.

Dizeu e Caporali (2005) enfatizam que o processo de construção da língua para o indivíduo surdo não é algo natural, se comparado com o da criança ouvinte, é valido que a criança surda possa ter contato com um adulto que tenha conhecimento fluente em libras, o que possibilita à aquisição da língua. Diante desta perspectiva, percebe-se que libras é uma língua natural do surdo, o que facilita a comunicação do surdo, o seu convívio social e, notadamente, a sua aproximação com outro indivíduo. Aponta Dizeu e Caporali, (2005) que quando o indivíduo surdo é levado a conviver apenas com pessoas ouvintes, sem contato com outros surdos, tende a perder o seu conhecimento na língua de sinais, portanto, é de grande valia que o surdo esteja integrado em sua comunidade e se relacione com seus pares, sem se isolar da comunidade majoritária. Para Gurgel e Lacerda (2011) o tradutor- intérprete de Libras/Português é um profissional essencial na mediação do conhecimento para o aluno surdo, principalmente no seu ingresso ao Ensino Regular, já que muitos surdos estão retornando à escola e, até mesmo, ingressando no espaço acadêmico. Gurgel e Lacerda (2011) destacam que o papel do tradutor/Intérprete é de grande responsabilidade principalmente no que se refere ao apoio em sala de aula para o surdo, pois propicia a aprendizagem e a sua comunicação em libras.

Ainda, segundo Lacerda e Gurgel (2011) existe um pequeno número de tradutores/Intérpretes para atender a demanda de surdos no ambiente escolar e acadêmico, em que muitas vezes, o profissional tem uma jornada de trabalho sobrecarregada e tem dificuldades de acompanhar o surdo.

Segundo Oliveira (2012), a maior dificuldade encontrada pelo surdo é o de derrubar as barreiras em relação à comunicação. Diante desta perspectiva é importante ressaltar que a comunicação do surdo no ambiente acadêmico é algo necessário para o seu crescimento profissional e a sua participação com o meio.

Segundo o decreto 5.626 (BRASIL, 2005), é assegurada a acessibilidade linguística aos surdos no espaço escolar inciso I e III:

[...] profissional ouvinte, de nível superior, com competência e fluência em Libras para realizar a interpretação das duas línguas, de maneira simultânea e consecutiva, e com aprovação em exame de proficiência, promovido pelo Ministério da Educa-ção, para atuação em instituições de ensino médio e de educação superior; profissio-nal surdo, com competência para realizar a interpretação de línguas de sinais de ou-tros países para a Libras, para atuação em cursos e eventos.

Em relação ao papel do tradutor/intérprete, observa-se que é um profissional que requer muito cuidado, pois são pessoas que lidam com o surdo e que são responsáveis pela sua aprendizagem na sua língua natural.

Para Oliveira (2012) o interprete é um profissional que deve sempre buscar a formação continuada, pois aprimora as suas habilidades e as do surdo. Também para obter uma boa interpretação na sala de aula e nas disciplinas, pois existem inúmeros termos específicos nas disciplinas, por exemplo, filosofia, física e a química, tendo conhecimento dos significados, torna-se mais fácil a compreensão e o entendimento nos sinais para o surdo.

É de grande importância que o profissional ou até mesmo a escola ofereça cursos de aperfeiçoamento para o intérprete poder se reciclar e continuar se especializando para melhor

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atender o surdo. Destacando ainda sobre o surdo, Oliveira (2012) cita que a inclusão do estudante surdo é

um tema inovador que necessita que as escolas tenham um novo posicionamento em relação ao preparo dos professores e funcionários. É fundamental que a equipe escolar possa participar de cursos de preparação e aperfeiçoamento para lidar com esse tipo de aluno, ou seja, não é apenas o intérprete que deve ser especializar para atender o aluno deficiente, mas todos devem estar incluídos de forma a garantir um ambiente acolhedor.

Guarinello et. al (2008) enfatiza que a possibilidade de o intérprete ser inserido na sala de aula, se torna uma maneira de reduzir as dificuldades do deficiente auditivo, já que estes se encontram em desvantagem linguística em relação aos colegas e professores ouvintes.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

Esta pesquisa é de caráter qualitativo, entendendo que, para Demo (1999, p.20) “sem dicotomizar quantidade de qualidade, pretende trazer à cena da pesquisa a preocupação com a realidade inesgotável no mensurável”.

Pretende com essa pesquisa entender como acontece a inclusão do deficiente auditivo na Universidade Católica de Brasília, e de que maneira esse estudante é incluso.

O instrumento utilizado para coleta de dados na pesquisa foi a análise de documentos e entrevista. Segundo Alvarenga (2003), a entrevista não é simplesmente uma conversa. A conversa pode ser um recurso definido através de dados, que serão fornecidos pelo entrevistado, utilizando perguntas focalizadas no objeto da pesquisa.

Participaram desta pesquisa os intérpretes de língua de Sinais da Universidade Católica de Brasília. A técnica utilizada para análise dos dados é a analise do discurso que, para Gil (2006), é a preocupação em analisar, desenvolver e compreender o objeto analisado, diante do desenvolvimento dessa pesquisa pôde-se obter um resultado significativo diante da entrevista realizada com os intérpretes dos estudantes surdos da Instituição de Ensino.

Diante do problema desta pesquisa, esse trabalho tem um papel importante em relação, a inclusão do deficiente auditivo no espaço da Universidade Católica de Brasília, e pode contribuir para a formação do deficiente auditivo no espaço acadêmico e propor sugestões para que melhorar cada vez mais o espaço acadêmico segundo a inclusão do estudante deficiente na comunidade acadêmica.

A pesquisa foi realizada com sete intérpretes da Universidade Católica de Brasília- UCB, em que foi entregue sete questionários, sendo apenas seis devolvidos. Todas as intérpretes são profissionais que estão inseridas em sala de aula e realizando a interpretação Português/ Libras para o estudante surdo. Para preservação dos nomes das intérpretes, usamos algumas letras para nomeá-las, na descrição dos resultados e discussão.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A pesquisa foi realizada por meio de um questionário com oito questões direcionadas às intérpretes de libras. Segue as questões.

Questão 1 - Como acontece o processo seletivo para o ingresso do deficiente auditivo na Universidade Católica de Brasília- UCB?

Os intérpretes responderam de forma semelhante, que o processo de ingresso do

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estudante com deficiência é realizado através do vestibular e com auxílio de um intérprete, quando é requisitado. Apenas um intérprete não teve clareza no que diz respeito ao processo de ingresso de aluno surdo no ambiente acadêmico, pois a entrevistada estava em período de experiência na Universidade. O ingresso do aluno surdo na Universidade/ Faculdade é algo realizado por vestibular e, muitas vezes, com apoio de um intérprete dependendo da surdez do deficiente auditivo (BISOL et. al, 2010). Diante da resposta das intérpretes, percebe-se que o ingresso do aluno na universidade é realizado de maneira organizada, dando ao estudante um ambiente planejado, e recursos para garantir uma boa prova ao candidato. Questão 2 - Quais as principais dificuldades enfrentadas na interpretação da disciplina que precisam de sinais específicos?

Esse questionamento nos faz refletir como o mundo acadêmico da pessoa com deficiência auditiva depende da ligação entre o intérprete, o conteúdo ministrado pelo professor e, por outro lado, é esclarecedor como e o porquê o surdo faz os próprios sinais específicos para a interpretação das palavras. Na mesma questão a intérprete “C” coloca que: Às vezes, o intérprete não tem o conhecimento de mundo necessário para entender o contexto daquela palavra. É preciso interromper o professor e pedir que explique. Segundo Oliveira (2012), o intérprete é um profissional que necessita estar sempre estudando e se atualizando para proporcionar ao deficiente auditivo uma boa interpretação nas aulas e nas diferentes disciplinas, pois existem termos específicos dentro das disciplinas que não têm sinais em libras. Diante da falta desses sinais, o intérprete pergunta ao professor regente, e assim orienta ao aluno. O papel do intérprete é de suma importância no momento que alguns sinais específicos não têm interpretação, o intérprete tenta facilitar com códigos para que o deficiente auditivo entenda o significado da palavra, possibilitando a interpretação. Por meio das questões acima citadas, buscou-se compreender o sentido dado pelas intérpretes em relação ao fenômeno estudado. Questão 3 - Qual é a maior potencialidade que você observa no aluno com deficiência auditiva que está inserido no ambiente universitário?

Diante da resposta das intérpretes, foi notório que o surdo possui um potencial muito grande principalmente em relação aos desafios em sala de aula que são vencidos com muita garra e determinação pelo deficiente auditivo. A intérprete “ B” compartilhou que: Eu admiro muito a sua superação, principalmente no que diz respeito a sua dificuldade com a língua portuguesa, por ser a sua segunda língua. Eu observo uma maior facilidade com disciplinas visuais como, por exemplo, matemática, informática.

Para Silva e Pereira (2006) os deficientes auditivos são indivíduos espertos participantes e aplicados em tudo, principalmente em relação aos exercícios de matemática e disciplinas visuais, pois possui habilidades extraordinárias para tal, mediante a facilidade nas disciplinas visuais, também tem dificuldade na língua portuguesa por ser uma disciplina complexa. Ainda, para Silva e Pereira (2006) a surdez não afeta o desenvolvimento intelectual do aluno porque são pessoas inteligentíssimas.

É oportuno ressaltar diante da resposta das intérpretes que os surdos são pessoas que tem potencialidades, porém alguns indivíduos possuem dificuldades no processo de ensino/aprendizagem que são superadas, com dedicação e esforço, como qualquer outra pessoa dita “normal”.

Questão 4 - Os professores que trabalham na disciplina que você interpreta tem a

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sensibilidade para assumir esse tipo de aluno? Em relação às respostas desta questão, quatro participantes foram unanimes em relatar

que a maioria dos professores não se interessa em saber como poderia ajudar a facilitar a aprendizagem do aluno surdo. A intérprete “D” afirmou que “muitos são pegos de surpresa, outros nem se dá conta do que acontece em sala de aula, sendo totalmente leigos ao que está sendo feito ou interpretado”.

Segundo Baptaglin e Souza (2012), um dos maiores desafios da educação, mais especificamente na Educação Superior, é a inclusão do estudante com deficiência, pois é possível perceber a presença de um grande número de educadores que não apresentam formação ou conhecimento suficiente para atuarem na área da Educação Especial e da Psicologia da Educação. Cabe ressaltar que na literatura pesquisada os autores colocam que existe um grande despreparo em relação à formação do docente para atender o aluno deficiente no Ensino Superior.

Interessante como na universidade pesquisada, duas interpretes relataram que é notória à participação ativa do professor para que o deficiente auditivo esteja inserido neste contexto, e o mais importante é que ele possa aprender de forma significativa. A intérprete “E” compartilhou:

Trabalho no Curso de Educação Física e percebo grande [sic] atenção e envolvimento por parte de todos. Os professores, alunos, monitores etc, são muito receptivos e disponíveis em atender o aluno surdo. São curiosos e se mostram abertos a tentar se comunicar.

Santos (2008) enfatiza que o papel do professor é de possibilitar uma aprendizagem de qualidade em relação à aprendizagem do estudante deficiente auditivo, proporcionando a participação ativa do surdo e trocando informações para auxiliar na aprendizagem do surdo no ambiente da sala de aula, pois o papel do professor é ser mediador do conhecimento e, se possível, que essa aprendizagem seja prazerosa, principalmente no que diz respeito à aprendizagem do surdo.

Além disso, observamos que a aprendizagem do deficiente deve ser vista como ponto primordial, principalmente quando o professor está inserido nesse contexto, porque para ensinar não basta apenas depositar o conteúdo no quadro, é necessário que o docente esteja apto para lidar com o deficiente auditivo em sala e proporcionar junto ao intérprete um ambiente que seja construtivo para aprendizagem desse aluno.

Questão 5 - Em sua opinião qual é aceitação desse aluno na turma?

Como foi apontada que a aceitação da turma com o aluno deficiente auditivo é excelente, pois alguns alunos ouvintes acabam tendo relação com o deficiente auditivo fora da sala.

Para a intérprete “E”: “Sua aceitação pela turma é a melhor possível. Ele consegue interagir muito bem com todos”.

Para Pedroso (2006) o aluno deficiente auditivo é aceito na sala de aula pelo estudante ouvinte, porém a sua comunicação e a interação é importante, pois é algo interessante e necessária que aconteça por meio do intérprete de libras, para realizar a intercomunicação do surdo com o estudante ouvinte.

Nesta resposta percebemos que a aceitação do surdo na turma do ouvinte, acontece satisfatoriamente, principalmente quando é acompanhado por um intérprete para a realização da interpretação.

Questão 6 - Em sua concepção qual é o rendimento de aprendizagem do estudante auditivo em relação aos demais estudantes é baixo, médio ou alto?

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A questão foi elaborada para compreender como se dá a aprendizagem do deficiente auditivo. Nas respostas analisadas ficou claro que o rendimento do aluno deficiente é médio, principalmente no que diz respeito a sua aprendizagem, pois a maioria das disciplinas trabalha com pouca metodologia visual.

A Intérprete “A” relatou que: “acredito que seja média em relação à turma, até mesmo o seu rendimento é inclusive elogiado pelos professores que apostam muito no sucesso desse aluno”. Em relação ao rendimento do surdo, foi denominado pelo interprete como “médio”, que se justifica como apreensão razoável dos conteúdos. Também foi relatado pelos intérpretes, que o rendimento do aluno é elogiado pelos professores, pois são pessoas que buscam dedicam-se o seu melhor.

Pedroso (2006) afirma que o aluno surdo possui muita facilidade no que diz respeito às disciplinas visuais, é um método fácil para o aluno no processo de sua aprendizagem. Nesta resposta, observamos que existe um reconhecimento por parte do professor em perceber as potencialidades acadêmicas do estudante com deficiência auditiva.

Questão 7 - No caso da área de ciências humanas como acontece a interpretação de metáforas e figuras literárias?

Ainda sobre a aprendizagem do aluno surdo, a intérprete “B” afirma:

Se depender apenas do intérprete “tentar passar” através de libras, [sic] essas metáforas e figuras, a compreensão fica muito difícil, mas se o professor trabalhar com uma metodologia que explore bem o visual como, por exemplo, slides com figuras, facilita muito a compreensão do aluno, devido ao fato de sua memória visual ser muito aguçada.

Schubert e Coelho (2011) destacam que nenhum estudante tem interesse por algo em que não o satisfaça ou que desperte sua curiosidade. O planejamento de aula do professor precisa está pautado em: o que eu vou ensinar e pra quem ensinar, pois é importante que o docente usufrua dos métodos e recursos de aprendizagem do surdo em que, somente será significativa quando o educador estiver consciente que o estudante surdo necessita do apoio tanto do intérprete quanto do professor: porque esses dois profissionais são de extrema importância na sua aprendizagem.

Conforme essa necessidade de cuidado do professor em facilitar o entendimento do surdo nas disciplinas, observou-se que para acontecer a aprendizagem do surdo em sala de aula, não basta ter apenas o intérprete em sala de aula, o docente também precisa estar de mãos dadas com o intérprete, em que cada um faça o seu papel como facilitador da aprendizagem do surdo.

Questão 8 - Você tem alguma sugestão para melhorar a comunicação entre a Universidade e aluno ou professor e aluno?

A interprete “D” relatou que:

a Universidade está no caminho certo, mas quanto aos professores (não todos), precisam ser inseridos no contexto da inclusão, [sic] porque o que se observa é que eles (professores) aceitam a integração, mas a inclusão ainda não conhece. Precisam ser trabalhados, tanto na área educacional quanto a psicológica, para que atendam as necessidades dos alunos surdos.

Quadros (2006) enfatiza que a formação continuada é algo fundamental para o docente o que possibilita ao educador experiência para lidar em sala de aula. Porém, destaca que faltam docentes surdos e intérpretes de língua de sinais qualificados em número suficiente para atender a demanda de alunos surdos, porque a língua de sinais não se aprende em cursos

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de curta duração, pois é uma língua que necessita de anos de trabalho. Destarte, sabe-se que a inclusão do surdo é algo novo, e por isso, muitos professores ainda não estão preparados para lidar com esse estudante.

Em relação a resposta citada da questão 8, a Universidade Católica de Brasília é uma instituição acadêmica que está no caminho certo em relação à inclusão do surdo, porém necessita de uma reflexão de como preparar o seu corpo docente para a inclusão do surdo em sala de aula, pois a integração é diferente da inclusão.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Essa pesquisa teve como objetivo investigar como acontece o processo de inclusão do deficiente auditivo na modalidade de ensino superior, especificamente na Universidade Católica de Brasília – (UCB), e também compreender com se dá sua inserção neste espaço acadêmico - a forma como é realizada essa inclusão, segundo a perspectiva das intérpretes.

Dessa forma, foi evidenciado que há, por parte das intérpretes, sua clara importância nesse processo de inclusão.

Neste estudo, foi percebido que há poucas pesquisas sobre como acontece o processo de inclusão de alunos deficientes no Ensino Superior. Contudo, para a realização desta pesquisa, foi explicitada a falta de informações e pesquisas de outras Instituições de Ensino Superior em relação a como incluir esse aluno. O que se percebeu é que a maioria não faz a inclusão de estudantes deficientes, por não ter um preparo tanto com profissionais ou acessibilidade para recebê-los.

A temática sobre a inclusão do deficiente auditivo no Ensino Superior ainda é pouco abordada nestas instituições de ensino, porém é algo que vem tomando força, porque quando se compara o funcionamento das Instituições de Ensino Superior a tempos atrás, percebe-se a demanda de estudantes deficientes era mínima.

Percebe-se que há muito tempo vem sendo discutida a importância da presença e do papel do intérprete para o aluno surdo, porque se entende que esse profissional é um apoio de suma importância para o surdo, possibilitando a intercomunicação entre o surdo/professor e o estudante ouvinte, contribuindo com a aprendizagem do deficiente auditivo no contexto escolar. Na análise dos dados, ficou evidente a satisfação e a motivação das intérpretes ao relatarem sobre a inclusão do deficiente no ambiente acadêmico da Universidade Católica de Brasília.

Foi relatado que o ingresso do aluno deficiente auditivo na Universidade Católica de Brasília – (UCB) é realizado por meio do vestibular e com o apoio de um intérprete, quando é solicitado pelo surdo, para a realização da prova acadêmica, pois como aparece na análise dos dados, esse é um fator importante para o ingresso do deficiente auditivo na Universidade.

Foi incontestável a importância do Intérprete em sala de aula, pois reafirma que o surdo possui algumas dificuldades na compreensão de alguns sinais específicos, necessitando que o intérprete e o surdo criem sinais para a interpretação de alguns sinais, algumas palavras específicos.

É nítida a percepção de que o intérprete é um profissional que necessita de formação continuada como o profissional de libras para atender ao surdo diante dos desafios encontrados em sala de aula mediante a interpretação entre o professor e o surdo no ambiente acadêmico. A interpretação feita pelo Intérprete possibilita que o estudante surdo possa interagir com o aluno ouvinte, assim realizando essa mediação.

Diante desta perspectiva de Inclusão, é interessante ressaltar que a UCB criou um projeto de extensão em 2005, chamado Serviço de Orientação Inclusiva (SOI) para dá apoio a

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todos os estudantes e colaboradores que possuem alguma deficiência, é um projeto de suma importância para que aconteça de fato a inclusão do surdo no espaço acadêmico.

Para que o aluno se sinta acolhido na Universidade Católica de Brasília, ela conta com parcerias internas e externas para que o seu espaço seja inclusivo. As salas de aulas, os laboratórios, auditórios, rampas, e profissionais capacitados para dá apoio ao deficiente auditivo, fazem parte das parcerias internas, além das realizadas com instituições que tem o mesmo olhar que a Universidade.

Nas questões levantadas, ficou claro que alguns educadores ainda não estão preparados para lidar com o aluno deficiente auditivo, pois muitas vezes não sabem como atender esse aluno em sala, pois conforme a fala das intérpretes, a aprendizagem do surdo é possível no momento em que o educador entende que os recursos visuais facilitam a aprendizagem do estudante, tornando a sua aprendizagem significativa. Também se concluiu com este estudo que os educadores precisam diferenciar a inclusão da integração, porque muitos docentes aceitam a integração e não a inclusão em sala, pois entendemos por integração quando o estudante é o que se prepara para entrar na Universidade, e a inclusão quando a instituição se prepara para receber o estudante, levando em consideração os recursos logísticos e preparação dos professores.

Essa pesquisa foi de suma importância para entender como acontece a inclusão do deficiente auditivo na Universidade Católica de Brasília. As intérpretes e o projeto SOI foram de grande valia para compreender esse processo de inclusão. Percebeu-se diante desta pesquisa que é importante que aconteça a continuação do estudo dessa temática.

Diante da pesquisa realizada foi notório que a Universidade Católica de Brasília- UCB é uma Instituição Superior que se preocupa em inserir no seu espaço o aluno surdo possibilitando a sua permanência e conclusão de seu curso.

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