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SUMÁRIO - ipea.gov.br · pulmonares e causar irritações, asma, bronquite e câncer de pulmão. Sujeira e degradação de imóveis próximos aos corredores de transporte Óxidos

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SUMÁRIO1. Apresentação

2. Conceitos2.1 Poluentes atmosféricos veiculares2.2 Externalidades nos transportes e Poluição do Ar

3. Taxa de motorização e emissões veiculares no Brasil3.1 Poluentes globais (CO2)3.2 Poluentes locais

4. Políticas Públicas que impactam os padrões de emissões e suas interações

5. Perspectivas e diretrizes de políticas para redução da poluição veicular

6. Considerações finais

7. Bibliografia

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2.Conceitos

2.1 Poluentes atmosféricos veiculares

- Poluentes Globais – Gases de Efeito Estufa (GEE) – principalmente CO2- Poluentes locais (200 doenças associadas e 3000 mortes/ano na RMSP)

Tabela 1: Efeitos nocivos dos principais poluentes veiculares na atmosfera

Poluente Símbolo Impacto

Monóxido de carbono

CO Atua no sangue reduzindo sua oxigenação, podendo causar morte após determinado período de exposição e determinada concentração

Óxidos de nitrogênio

NOx É parte do "smog" fotoquímico e da chuva ácida. É um precursor do ozônio (O3), que causa e/ou piora problemas nas vias respiratórias humanas e causa danos a lavouras

Hidrocarbonetos (compostos orgânicos voláteis)

HC Combustíveis não queimados ou parcialmente queimados formam o “smog” e compostos cancerígenos. É um precursor do ozônio (O3)

Material particulado

MP Pode penetrar nas defesas do organismo, atingir os alvéolos pulmonares e causar irritações, asma, bronquite e câncer de pulmão. Sujeira e degradação de imóveis próximos aos corredores de transporte

Óxidos de enxofre

SOx Forma a chuva ácida e degrada vegetação e imóveis além de provocar uma série de problemas de saúde

Fonte: Carvalho(2010)

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2.Conceitos

2.2 Externalidades nos transportes e Poluição do Ar

-O carro é um transporte conveniente . Ao tomar a decisão individual de usá-lo sabemos que não é por causa da circulação de um carro a mais que as vias serão congestionadas e o ar poluído

-Além disso, podemos pegar carona no sacrifício dos outros em não utilizarem carros

-“preço zero” da poluição gerada é um estímulo. Necessidade de internalizar esses custos sociais.

-Mensuração dos custos sociais na saúde :- Mortalidade: anos de vida perdidos- Morbidade: deterioração da saúde

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Gráfico 1: Taxa de motorização medida por número de veículos por grupo de 100 habitantes em países selecionados - 2009

83

67

67

59

63

59

59

56

56

56

56

53

50

50

36

28

22

15

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

Estados Unidos/United States

Itália/Italy

Austrália/Australia

Espanha/Spain

Canadá/Canada

Japão/Japan

França/France

Reino Unido/United Kingdom

Áustria/Austria

Alemanha/Germany

Bélgica/Belgium

Suécia/Sweden

República Tcheca/Czech …

Polônia/Poland

Coréia do Sul/South Korea

México/Mexico

Argentina/Argentina

BRASIL/BRAZIL*

veiculos por 100 habitantes

Fonte: elaboração própria com dados da Anfavea.

3. Taxa de motorização e emissão de poluentes

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60

85

125

180

265

0

50

100

150

200

250

300

1980 1990 2000 2010 2020

10

6t d

e C

O2

Gráfico 2: Emissões de CO2 pelos veículos automotores no Brasil

• 1980 a 2009 3,6% a.a.

• 2009 a 2020 4,7% a.a.

Fonte: Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos Automotores Rodoviários – Ministério do Meio Ambiente

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Modalidade de transporte

Emissões Ocupação

Emissões/Passageiro kmÍndice emissãoQuilométricas média veic.

kg CO2/km Passageiros kg CO 2/Passageiro km* (metrô=1)

Metrô 3,16 900 0,0035 1,0

Ônibus 1,28 80 0,0160 4,6

Automóvel 0,19 1,50 0,1268 36,1

Motocicleta 0,07 1,00 0,0711 20,3

Tabela 2: Emissões de CO2 eq por passageiro e Km

Fonte: Carvalho(2010)

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0

10

20

30

40

50

60

1990 2000 2009 2020

GNV

Biodiesel

Etanol

Diesel

Gasolina

Gráfico 4: Emissões relativas de CO2 por tipo de combustível

Fonte: Inventário de emissões de veículos automotores do MMA

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0

50

100

150

200

250

300

1980 1990 2000 2010 2020

Índ

ice

-1

98

0=

10

0 CO

NOx

MP

RCHO

HC

CH4

Gráfico 5: Índice de emissões de poluentes locais no Brasil com projeções para 2020 – 1980=100

Fonte: Inventário de emissões de veículos automotores do MMA

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75,61

56,58

13,35

0 1,42

6,19

7,56

67,17

35,738,58

15,6

12,96

1,16

00

2,6

22,918,32

64,3

10

0 0 0 0

25

0 0 0 0

25

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

CO HC NOx SOx MP

Aerossóis

Ressuspensão

Indústria

Motocicleta

Veículos diesel

Automóvel

Gráfico 7: Emissões relativas de poluentes locais na RMSP por fonte

Fonte: Elaboração própria com dados da Cetesb

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4. Interações entre políticas

a. Efeitos cruzadosb. Possíveis políticas públicas

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Aumento poluição urbana

Aumento transp. individual

Redução transp. Público coletivo

Redução transp. não motorizado

Aumento transporte carbonizado/redução eficiência energética

Baixo adensamento c/ espraimento cidades, aumento extensão viagens

(B) Construção de autopistas interurbanas; política de tarifa única no transporte público; expansão das fronteiras territoriais urbanas sem preencher vazios; leis de uso do solo promovendo baixo adensamento nas áreas centrais; concentração de atividades e empregos em áreas restritas; vacância; Fortalecimento da monocentralidade urbana.

(A)

Env

elhe

cim

ento

da

frot

a de

TP

; des

regu

lam

enta

ção

do T

P;

uso

de v

eícu

los

de T

P d

e ba

ixa

capa

cida

de; r

eduç

ão d

a ve

loci

dade

ope

raci

onal

do

TP

; Enc

arec

imen

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o di

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; en

care

cim

ento

dos

insu

mos

TP

; Trib

utaç

ão T

P; E

ncar

ecim

ento

do

TP

; Fal

ta d

e su

bsíd

ios

ao T

P;

(C) Expansão da capacidade viária

para autos; expansão de áreas de

estacionamentos; Barateamento da

gasolina; aumento de crédito para

compra de autos e motos; redução

tributação de carros; redução

tributos da gasolina;

(D) R

edução das á

reas e

equipamentos

destinados

para circ

ulação de

pedestres e

cicli

stas;

(E) Falta de fiscalização das emissões; limites de emissões acima das condições tecnológicas atuais; falta de incentivos fiscais para tecnologias limpas; Tributação veicular sem base nas emissões unitárias; produção de combustíveis de baixa qualidade; Falta de incentivo para uso de combustíveis limpos;

Dinâmica urbana e econômica e seus efeitos sobre a poluição veicular

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Tabela 4: Estratégias e ações para reduzir a poluição urbana veicular (exemplos)

Tipo de

estratégiaAção

Campo de influência da

açãoObjetivo específico

Desdobramentos

(exemplos)Desvantagens (exemplos)

Nível de governo

responsável

RegulaçãoMelhoria qualidade Transporte

Coletivo

Mobilidade,

produtividade, qualidade

de vida, saúde pública

Conforto com intensificação

do uso TP e equilíbrio do

sistema

Estímulo ao TP e Redução

tempos de deslocamento

Desincentivo indústria

automobilíticaMunicipal

Regulação Pedágio urbano Transporte individualRecuperar para o sistema

custo transporte individual

Estimulo ao TP e Redução

tempos de deslocamento

Encarecimento custo

transporte individualMunicipal

RegulaçãoControle emissões, inspeções

veicularesVeículos automotores

Controle níveis de emissão

de poluentes

Efeitos diretos na saúde

pública

Encarecimento custo

transporteEstadual

Fiscal Tarifação combustíveis Transporte motorizado

Aumento arrecadação

tributária ou financiamento

de transporte

Desincentivo transporte

motorizado

Encarecimento custo

transporte Federal

Fiscal Elevação tarifação veículos Transporte motorizado

Aumento arrecadação

tributária ou financiamento

de transporte

Desincentivo transporte

individual motorizado

Desincentivo indústria

automobilíticaFederal

Investimentos Expansão vias urbanas rápidas Mobilidade Reduzir congestionamentosIncentivos ao transporte

individual

Possível aumento

congestionamentos/

espraiamento da cidade

Municipal/

Estadual / Federal

Investimentos Expansão malha trens e metros

Mobilidade, habitação,

adensamento do uso do

solo

Articular corredores de

transporte de massa

Desincentivo transporte

rodoviário, redução

capacidade de

endividamento público

Altos custos de

implantação e custeio dos

serviços

Municipal/

Estadual / Federal

Investimentos Incentivo ao tranporte não-

motorizado

Mobilidade,

policentrismo urbano

Prover alternativas de

transporte sustentáveisGanhos saúde pública

Desincentivo indústria

automobilítica

Municipal/

Estadual / Federal

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5. Perspectivas e diretrizes de políticas para redução da poluição veicular

-1º. Cenário:

Políticas públicas permanecem contraditórias e com efeitos contrários =>Aumento da poluição e mobilidade comprometida

-2º. Cenário

Ações contraditórias com resultados inconclusivos =>Aumento emissões GEE, reduzida mobilidade centros urbanos

-3º. Cenário

Conscientização da interação entre políticas públicasTransporte coletivo urbano (politicamente) prioritário, restrição à circulação

de veículos individuais, prioridade transporte não motorizadoPoluição em baixos níveis, mobilidade adequada

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5. Ponto de inflexão : diretrizes políticas para redução da poluição veicular

•Aumento da eficiência do sistema de transportes como um todo

• Mudanças da matriz modal (+ transporte coletivo e não-motorizado)

• Condições para o USO do veículo privado, preservando indústria automobilística

• Diminuição das emissões por viagem e tempo médio de cada viagem

• Aumento da eficiência individual de cada veículo:

• Mudança na matriz energética e de tecnologias veicular• Influenciar desenvolvimento e difusão de novas tecnologias

veiculares, como híbridos, e combustíveis. • Motivação ambiental, social e econômica (competitividade), a

despeito da oferta de Petróleo (pré-Sal)