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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................. 6

2 OBJETIVOS...................................................................................................................................... 7

3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................................... 7

4 METODOLOGIA ............................................................................................................................... 7

5 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................................. 7

5.1 OBESIDADE .............................................................................................................................. 7

5.2 SIBUTRAMINA .......................................................................................................................... 9

5.2.1 Sibutramina – Indicações .................................................................................................. 9

5.2.2 Contra-indicações de Sibutramina ................................................................................... 9

6 DISCUSSÃO ..................................................................................................................................... 9

6.1 OBESIDADE ............................................................................................................................... 10

6.2 SIBUTRAMINA ............................................................................................................................ 11

6.3 EFEITOS E CONTRAINDICAÇÕES DA SIBUTRAMINA ...................................................................... 15

6.4 ALGUNS ESTUDOS REFERENTES AO TEMA ................................................................................. 16

7 CONCLUSÕES .............................................................................................................................. 19

8 REFERENCIAS .............................................................................................................................. 21

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RESUMO INTRODUÇÃO: A sibutramina é um medicamento de uso oral para tratar a obesidade, a sua ação tem a finalidade de colaborar para que a pessoa venha a perder peso, pois a tendência daquele que a utiliza, é reduzir o consumo de alimentos, isso em razão do aumento da saciedade e procedente diminuição da fome. OBJETIVOS: Assim, o objetivo geral deste estudo consistiu em discorrer teoricamente sobre os efeitos e as contraindicações pertinentes ao uso da sibutramina em pacientes obesos. METODOLOGIA: Para alcançar o objetivo proposto para o estudo, valeu-se de uma pesquisa bibliográfica. DISCUSSÃO: Os resultados da revisão de literatura realizada apontam que a sibutramina pode ser eficaz e segura para subsidiar o tratamento de pacientes obesos. Mas, há algumas ressalvas para pacientes com doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca, hipertensão arterial não controlada, arritmias e outros problemas cardiovasculares graves. Além disso, a sibutramina é contraindicada em casos de gravidez, amamentação, bulimia nervosa, história de anorexia nervosa, insuficiência, renal, hepática ou cardíaca e hipertensão. Foi possível verificar ainda que os efeitos colaterais da sibutramina podem ser alterações no paladar, sensação de boca seca, náuseas e obstipação, dor de cabeça, insônia, taquicardia, palpitações, nervosismo, depressão, tontura sonolência, aumento da pressão arterial, dor nas costas, tosse e erupções cutâneas. CONCLUSÃO: Conclui-se que a sibutramina é uma substância que apresenta benefícios, mas também pode apresentar riscos. Requer, portanto, que o seu uso seja fundamentado em critérios adequados. Palavras-chave: Sibutramina. Obesidade. Efeitos colaterais. Contraindicações

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ABSTRACT INTRODUCTION: Sibutramine is a medicine taken by mouth to treat obesity, its action is intended to cooperate so that the person will lose weight, since the tendency of the one who uses, is to reduce the consumption of foods that due to increased satiety and decrease hunger coming. OBJECTIVES: The objective of this study was to theoretically discuss the effects and contraindications regarding the use of sibutramine in obese patients. METODOLOGY: To achieve the proposed objective for the study drew on a literature. RESULTS The results of the literature review suggest that sibutramine may be effective and safe to subsidize the treatment of obese patients. But there are some caveats for patients with coronary artery disease, heart failure, uncontrolled hypertension, arrhythmias and other serious cardiovascular problems. In addition, sibutramine is contraindicated in cases of pregnancy, breastfeeding, bulimia nervosa, anorexia nervosa history of failure, renal, hepatic or cardiac and hypertension. It was also possible to verify that the side effects of sibutramine may be changes in taste, dry mouth, nausea, constipation, headache, insomnia, tachycardia, palpitations, nervousness, depression, dizziness, drowsiness, increased blood pressure, back pain, coughing and rashes.CONCLUSION: It is concluded that sibutramine is a substance that provides benefits, but also may present risks. And therefore requires that its use be based on appropriate criteria. Keywords: Sibutramine. Obesity. Side Effects. Contraindications.

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1 INTRODUÇÃO

A obesidade pode ser ocasionada pela somatória do estilo de vida e

predisposição genética da pessoa. A alimentação negligenciada e a falta de

atividade física procedem em um balanço energético positivo, fato que

expressa em última instância o ganho de peso corporal. A regulação do peso

corporal é um dos maiores desafios para a compreensão da etiologia,

tratamento e prevenção da obesidade. Muitas informações são necessárias

para compreender os fatos que explicam os entremeios da obesidade, desde o

entendimento dos métodos adequados para avaliar o aumento do peso

corporal nas pessoas, até as técnicas bioquímicas e moleculares capazes de

elucidar os seus mecanismos característicos (MELO; TIRAPEGUI; RIBEIRO,

2008).

Em contextos nos quais se encontram inseridos casos de obesidade,

muitas pessoas acabam por fazer o uso de sibutramina que é um medicamento

de uso oral para o tratamento da obesidade(KRAUSE; BETY, 2013).

Nessa perspectiva, o objetivo geral deste estudo consistiu em

discorrer teoricamente sobre os efeitos e as contraindicações pertinentes ao

uso da sibutramina em pacientes obesos, (ARAÚJO JR; MARTEL,F. 2012).

Diversos estudos já demonstraram a segurança e os benefícios da

sibutramina quando usada conforme as indicações, associadas a mudanças de

estilo de vida e sob acompanhamento médico(BERKOWITZ, 2006).

Além do grande número de estudos em diferentes perfis de

pacientes, a medicação está disponível há mais de uma década e também tem

se mostrado segura na prática clínica, (BERKOWITZ,2006).

A sibutramina pode resultar em efeitos positivos e contribuir para

que o individuo venha a perder peso, mas ao mesmo tempo este medicamento

apresenta as suas contraindicações assim como é o caso de pacientes

portadores de diabetes e problemas cardíacos. Portanto, globalmente, este

medicamento suscita muitas discussões sobre as suas reais contribuições e

contraindicações(CARVALHO,2013).

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2 OBJETIVOS

O objetivo geral deste estudo consistiu em discorrer teoricamente

sobre os efeitos e as contraindicações pertinentes ao uso da sibutramina em

pacientes obesos. Os objetivos específicos foram apresentar conceitos básicos

referentes à obesidade; descrever os conceitos e as características da

sibutramina; realizar abordagens sobre os efeitos e as contraindicações do uso

da sibutramina em pacientes obesos.

3 JUSTIFICATIVA

Pelo fato da obesidade ser uma doença que afeta várias pessoas,

ocorre uma busca desesperada por perder peso, gerando assim a utilização de

métodos cada vez mais perigosos para atingir o peso ideal, sendo um deles a

utilização de medicamentos, onde a sibutramina aparece como uma das

principais substâncias utilizada para tal fim.

4 METODOLOGIA

Realizou – se uma pesquisa bibliográfica em artigos procedentes de

sites referenciados na internet, como Ache, NCBI, Abeso, Obesity, Scielo,

Science, entre outros, por meio de combinações de descritores como “uso da

sibutramina”, “pacientes obesos com hipertensão”; dentre outros. Dentre os

achados nesta área, selecionou-se 20 referências para preparação do debate

proposto na revisão de literatura. As publicações selecionadas abrangem o

período de 1999 a 2013.

5 REFERENCIAL TEÓRICO

5.1 OBESIDADE

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A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura

corporal no indivíduo. Para o diagnóstico em adultos, o parâmetro utilizado

mais comumente é o do índice de massa corporal (CARVALHO,2013).

O IMC é calculado dividindo-se o peso do paciente pela sua altura

elevada ao quadrado. É o padrão utilizado pela Organização Mundial da Saúde

(OMS), que identifica o peso normal quando o resultado do cálculo do IMC está

entre 18,5 e 24,9. Para ser considerado obeso, o IMC deve estar acima de 30,

(CARVALHO,2013).

O Brasil tem cerca de 18 milhões de pessoas consideradas obesas.

Somando o total de indivíduos acima do peso, o montante chega a 70 milhões,

o dobro de há três décadas atrás (DONALD, 2005).

A obesidade é fator de risco para uma série de doenças. O obeso tem

mais propensão a desenvolver problemas como hipertensão, doenças

cardiovasculares, diabetes tipo 2, câncer entre outras (FONTES, 2008).

Os avanços ocorridos nos conhecimentos sobre a obesidade, não foram

acompanhados de grandes progressos no que se refere ao seu tratamento.

Muitas estratégias de emagrecimento têm sido tentadas, mas, via de regra,

perder peso e mantê-lo são extremamente difíceis na maioria dos casos. A

perda de peso sempre estará na dependência de um balanço energético

negativo, consequente à menor ingestão alimentar em relação ao gasto

calórico. Classicamente esta situação é alcançada com o binômio redução da

ingestão alimentar e aumento da atividade física. Além disso a obesidade é

uma doença multifatorial e o controle dos fatores ambientais se faz necessário

para combatê-la(MELO; TIRAPEGUI, 2008).

No tratamento da obesidade deve-se objetivar, não só a perda de peso,

mas também a correção dos fatores de risco cardiovascular, dependentes da

resistência à insulina. A ideia de se reduzir o peso corporal de indivíduos

obesos para valores consideráveis normais, através de dietas com conteúdo

calórico muito baixo, vem sendo substituída por condutas que levam a um

objetivo menos ambicioso e mais realista, pela impossibilidade de se conseguir,

a longo prazo, atingir e manter o peso ideal na maioria dos casos (MOREIRA,

2007).

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5.2 SIBUTRAMINA

5.2.1Sibutramina – Indicações

O cloridrato de Sibutramina monoidratado está indicado no tratamento

da obesidade, ou quando a perda de peso está clinicamente indicada; deve ser

usado em conjunto com dieta hipocalórica e exercícios, como parte de um

programa de gerenciamento de peso, quando somente a dieta e exercícios

comprovam-se ineficientes (ABESO,2010).

A Sibutramina é recomendada para pacientes obesos com um índice de

massa corporal inicial (IMC) 30 kg/m2, ou 27 kg/m2 na presença de outros

fatores de risco como: hipertensão arterial, diabetes, dislipidemia, dentre outros

(ACHÉ, BIOSITÉTICA, 1999).

5.2.2Contra-indicações de Sibutramina

Segundo FONTES,2008:

O cloridrato de Sibutramina monoidratado é contra-indicado a pacientes

com história ou presença de transtornos alimentares, como bulimia e anorexia,

pacientes com hipersensibilidade conhecida à Sibutramina ou a qualquer outro

componente da fórmula, em caso de conhecimento ou suspeita de gravidez e

durante a lactação, a pacientes recebendo inibidores da monoaminooxidase. É

recomendado um intervalo de pelo menos duas semanas após a interrupção

dos IMAOs antes de iniciar o tratamento com Sibutramina (ver Interações

Medicamentosas), a pacientes recebendo outros medicamentos supressores

do apetite de ação central.

6 DISCUSSÃO

USO DA SIBUTRAMINA: pacientes obesos

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6.1 Obesidade

Nos últimos tempos, a obesidade tem alcançado proporções

epidêmicas em todas as faixas etárias. A Organização Mundial de Saúde

define a obesidade como uma doença crônica, a sua classificação e

prevalência sugere estar relacionada com a condição socioeconômica e

cultural das populações, e com os estilos de vida sedentários e dietas

negligenciadas. Assim, essa doença tornou-se, um relevante fator de risco de

mortalidade (MOREIRA, 2007).

A Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome

Metabólica (ABESO, 2010), divulga que a obesidade é uma doença crônica de

natureza neuroquímica, progressiva e recorrente. A sua terapêutica tem o

objetivo de reduzir ponderalmente para prevenir, melhorar, controlar ou ainda

reverter as enfermidades conexas, como o diabetes, a dislipidemia.e a

hipertensão. Ocorre que o ritmo de vida das pessoas na atualidade acaba por

expor as pessoas ao aumento de incidência das doenças, como a obesidade,

diabetes, hipertensão, problemas crônicos de coluna, ansiedade, estresse,

depressão, dentre outras. O excesso de peso também é a causa de problemas

psicológicos, como frustrações e infelicidade (MOREIRA, 2007).

O aumento da obesidade não se restringe aos países mais

desenvolvidos. A prevalência do sobrepeso parece estar aumentando nos

países subdesenvolvidos, tornando-se, portanto um problema de saúde pública

global (DONALD, 2005).

As razões fundamentais de morte na obesidade, independentemente

do tratamento adotado, são as doenças cardiovasculares, entre elas as

doenças cerebrovasculares, as arritmias cardíacas e a doença arterial

coronariana. A abordagem clínica da obesidade baseia-se em um ajuste

contrabalançado de um programa que inclua mudança alimentar e

comportamental com inserção de atividades físicas, podendo se associar ou

não ao uso responsável de medicamentos (ABESO, 2010).

Cabe salientar que, conforme Bonaldi (2013) existem diversos tipos

de obesidades, cada uma apresenta um diagnóstico e um tratamento peculiar:

Obesidade subjetiva: sugere que não existe obesidade concreta, todavia o

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paciente não se sente bem com o seu próprio físico. Estes indivíduos ao

perceberem uma pequena saliência em qualquer parte do corpo, sentem-se

gordos e disformes. A obesidade localizada em diferentes lugares no corpo

pode ser corrigida por meio de lipoaspiração ou lipoescultura, ou ainda por

meio de acompanhamento psicoterapêutico e nutricional (BONALDI, 2013).

A obesidade moderada: neste tipo de obesidade a pessoa apresenta

um excesso de peso de muitos quilos para cima do seu peso ideal (12/15

quilos a mais do que deveriam pesar). Realidade que pode comprometer a sua

vida pessoal, familiar e profissional. Nestes casos, pode ser que ainda não haja

doenças ocasionadas ou agravadas pelo excesso de peso, contudo, requer

tratamento. (BONALDI, 2013).

A obesidade severa: neste tipo de obesidade a pessoa apresenta

25, 30, 50 ou 80 quilos a mais. Estes indivíduos sofrem de uma ou mais

doenças relacionadas à obesidade. O tratamento destes indivíduos é cirúrgico,

já que não conseguem perder peso adequadamente, e se conseguem, têm

reincididas e ganham peso novamente (BONALDI, 2013).

Em quaisquer tipos de obesidades, os tratamentos médicos ou

cirurgias apresentam o objetivo de fazer com que o indivíduo possa alimentar-

se de forma equilibrada e realizar atividades físicas regularmente.Desta forma,

o corpo pode se recuperar totalmente e a autoestima da pessoa volta a permitir

que ela aproveite a vida plenamente (BONALDI, 2013).

6.2 Sibutramina

O cloridrato de sibutramina monoidratado é um medicamento de uso

oral para tratar a obesidade, a sua ação visa contribuir para que a pessoa

venha a perder peso, já que a tendência daquele que o utiliza, é diminuir a

ingestão de alimentos, isso em razão do aumento da saciedade e consequente

redução da fome(ACHE, 2010).

A sibutramina deve ser utilizada como parte integrante de programas

de perda de peso, mediante supervisão médica, devendo ser associada a uma

dieta balanceada e a exercícios físicos adequados. Cada indivíduo responde

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de forma diferente ao tratamento com a sibutramina, quando utilizada como

componente de programas para perder peso (ACHE, 2010).

A sibutramina recebeu aprovação da FoodandDrugAdministration -

FDA (instituição norte-americana cujo objetivo é regular medicamentos) em

novembro de 1997, mas começou a ser revendida somente em fevereiro de

2008 com a designação comercial de Meridia ®. No Brasil, a sibutramina é

revendida por meio de remédios como Reductil ® e Plenty ® (FONTES, 2008).

Inicialmente, a sibutramina foi criada como antidepressivo, porém o

objetivo desta substância é contribuir para o tratamento da obesidade. A sua

comercialização ocorre por meio de prescrição médica. A ação da sibutramina

acontece no sistema nervoso central, sobretudo nos neurotransmissores

serotonina e noradrenalina. A sibutramina deve ser recomendada para

pacientes que apresentem o grau 1 de obesidade, cujo Índice de Massa

Corpórea, IMC, está entre 30 e 34,9; o grau 2, IMC entre 35 e 39,9; e, grau 3,

quando o IMC se encontra acima de 40 (CARVALHO, 2013).

“O índice de massa corporal (IMC) é uma medida internacional usada para calcular se uma pessoa está no peso ideal. O IMC é determinado pela divisão da massa do indivíduo pelo quadrado de sua altura, onde a massa está em quilogramas e a altura está em metros” (OMS, 2013).

Ressalta-se que a finalidade da sibutramina é causar no paciente a

sensação de saciedade, desta forma, a pessoa passa a controlar a fome

excessiva. Em outros termos, a sibutramina é recomendada para pacientes que

apresentem IMC3 acima de 30 (pessoa com 1,70m de altura e 87 kg, por

exemplo). A sibutramina também é recomendada para pacientes que

apresentem ICM maior que 27 (pessoa com 1,70m de altura e 79 kg, por

exemplo) e que deve emagrecer por contar com outros fatores de risco

relacionados à obesidade, como diabetes. (FONTES, 2008).A sibutramina

emagrece em razão de sua ação inibidora, a figura 1, demonstra o

funcionamento da sibutramina:

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Figura 1 – Funcionamento da sibutramina

Fonte: Krause (2013)

Em presença da figura 1, explana-se sobre o funcionamento da

sibutramina: 1. Como atua: a sibutramina atua em duas partes do sistema

nervoso central, quais sejam: centro do apetite e centro da saciedade. Ambos

localizam-se na região do hipotálamo. 2. O que faz: a sibutramina reduz a

recaptação do neurotransmissor noradrenalina que é responsável pelo apetite

e do neurotransmissor serotonina que responsável pela sensação de

saciedade. 3. Como age: a substância ocupa o espaço dos receptores de

noradrenalina e serotonina, de modo a impedir que esses neurotransmissores

entrem nos neurônios. 4. O efeito: Quanto mais o neurônio estiver irrigado de

serotonina e de noradrenalina, menor será o apetite e maior será a saciedade

(KRAUSE, 2013).

Krause (2013, p.1) ainda explica quanto à sibutramina que: A dose

inicial recomendada é de uma cápsula de 10 mg por dia, administrada via oral,

ingeridas pela manhã, com um pouco de líquido, antes ou após o desjejum.

Caso não ocorra perda de pelo menos 2 kg nas primeiras 4 semanas de

tratamento, o médico deve reavaliar o tratamento, que pode incluir um aumento

da dose para 15 mg ou a suspensão do tratamento com sibutramina. Doses de

sibutramina acima de 15 mg ao dia não são recomendadas. Sibutramina deve

ser administrada por período de até dois anos (KRAUSE, 2013). Deve-se

interromper o tratamento com a sibutramina em pacientes que não alcançarem

a perda de peso apropriada, por exemplo:

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“aqueles cuja perda de peso se estabiliza em menos que 5% do peso inicial ou cuja perda de peso após 3 meses do início da terapia for menos que 5% do peso inicial.” (KRAUSE, 2013, p.1).

Deve-se interromper o tratamento com sibutramina em pacientes

que recuperarem 3 kg ou mais depois da perda de peso alcançada

anteriormente. PINTO; MANRIQUE (2010) esclarecem que a finalidade

principal do tratamento da obesidade é a de diminuir o risco de complicações

cardiovasculares e metabólicas. Estes autores citam como exemplo, um estudo

que observou pacientes com obesidade e sobrepeso, e fizeram o uso de

sibutramina entre 1-4 anos, o peso inicial diminuiu 4,2 kg. Esta perda de peso é

relevante, pois se relaciona com a redução do risco de diabetes e doença

cardiovascular, passando o paciente a ter melhor qualidade de vida. Destaca-

se que a manutenção da perda de peso inicial e os seus benefícios não são

fáceis de conservar ao longo do tempo, especialmente se não for associada à

dieta balanceada e atividade física adequada. Ainda a propósito da

sibutramina, cabe comentar que, no ano de 2011, houve uma acalorada

discussão em torno desta substância, em efeito, a determinação inicial da

Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, foi proibir a sibutramina,

pois o medicamento já tinha sido proibido nos Estados Unidos e Europa.

Ocorre que para a ANVISA a sibutramina apresentaria baixo nível de eficácia

para reduzir peso e escassa manutenção de perda em longo prazo, somado a

essa questão, estudos sugeriam um presumível aumento no risco de

problemas cardiovasculares, dentre todos os seus usuários (KRAUSE, 2013).

Além do mais, a ANVISA confiava que medicamentos como a

sibutramina, e os anorexígenos anfepramona, femproporex e mazindol,

oferecem graves riscos nos sistemas nervoso central e cardiopulmonar. Deste

modo, a primeira medida pautou-se em proteger os usuários da sibutramina,

proibindo assim a sua a revenda no País, mesmo diante de esforços que

visassem melhorar o procedimento de controle da comercialização da

substância. Em meio aos riscos do uso da sibutramina levaram-se em conta os

problemas cardiovasculares em idosos, grupo que na maioria das vezes

apresenta outras enfermidades, além da obesidade e ainda o aumento de

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derrames, não fatais. Mas, nada ficou exatamente comprovado (KRAUSE,

2013).

Então, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), resolveu

manter no Brasil a comercialização de medicamentos emagrecedores que

contenham o cloridrato de sibutramina monoidratado. Desde o ano de 2011,

quando outros medicamentos similares tiveram a comercialização proibida no

país, a substância passou a ser a única droga utilizada para emagrecer. Em

certos países, como nos Estados Unidos, este medicamento não é mais

comercializado. No Brasil, a Anvisa resolveu manter o seu uso, após ter

realizado monitorização da substância por um ano. Nesta ocasião, a agência

instituiu um controle mais rigoroso sobre a comercialização, além de medidas

de segurança, que vão prosseguir por mais dois anos. Dessa feita, os

profissionais de saúde passaram a ser obrigados a notificar qualquer efeito

adverso pertinente ao produto (CARVALHO, 2013).

O Brasil tem a maior experiência do mundo com a sibutramina,

sendo atualmente o seu maior consumidor, seria catastrófico que milhares de

pacientes, com efeitos muito bons com o uso da substância, se observassem

privados deste medicamento.

“[...] se perguntarem a 10 endocrinologistas brasileiros o que pensam sobre o assunto, nove ou dez vão dizer que este é, hoje, o melhor, o medicamento de escolha para o tratamento da obesidade. É, sem dúvida, nossa principal opção farmacológica” (SANTOS, 2010, p. 2).

6.3 Efeitos e contraindicações da sibutramina

Em presença de raras medicações existentes, a sibutramina institui

uma boa alternativa que convenciona efeito, segurança e simples manejo

clínico por médicos experientes na área de obesidade.

“[...] o uso da sibutramina como coadjuvante do tratamento pode trazer uma redução do risco para pacientes que não tenham a doença cardiovascular clinicamente estabelecida, podendo preveni-la ou impedir a sua progressão” (ABESO, 2010, p. 2).

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Entende-se que, a perda de peso significativa conseguida pelo

paciente por meio da sibutramina justifica, o seu uso para o tratamento da

obesidade. Em diferentes estudos controlados, com placebo, a sibutramina

evidenciou-se eficaz e segura para subsidiar o tratamento de pacientes,

obviamente sem histórico de doença cardiovascular. A respeito da

recomendação ou não da sibutramina para os adolescentes, existem estudos

grandes nos EUA sobre o assunto que sugerem uma representação muito boa

de efeito e segurança da sibutramina para os adolescentes (SANTOS, 2010).

Mas, sempre existiu a ressalva sobre o uso da sibutramina em

pacientes com doença cardiovascular e a bula do medicamento garante

visivelmente que o medicamento não pode ser usado em pessoas que têm

problemas cardiovasculares. Assim, os órgãos regulatórios devem reforçar a

advertência de que a sibutramina não deve ser consumida por indivíduos:

“com doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca, hipertensão arterial não controlada, arritmias e outros problemas cardiovasculares graves” (ABESO, 2010, p. 3).

Conforme Santos (2010), pacientes com histórico de doenças

cardiovasculares não podem fazer o uso da sibutramina e esta recomendação

se estende também para pacientes sem histórico cardiovascular. Assim, a

sibutramina segue sendo um agente que apresenta risco/benefício, e requer

que o seu uso seja fundamentado em critérios apropriados. Isso convém ainda

para pacientes diabéticos que têm obesidade ou excesso de peso. Segundo

Frazão et al. (2012, p.1), os efeitos colaterais da sibutramina podem ser:

“alterações no paladar; sensação de boca seca; náuseas e obstipação; dor de cabeça; insônia; taquicardia; palpitações; nervosismo; depressão; tontura; sonolência; aumento da pressão arterial; dor nas costas, tosse e erupções cutâneas” As contraindicações da sibutramina são “gravidez risco amamentação; bulimia nervosa; história de anorexia nervosa. Não usar com insuficiência, renal, hepática ou cardíaca; hipertensão não controlada.” Frazão et al. (2012, p.1)

6.4 Alguns estudos referentes ao tema

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Thomas et al. (2000), realizaram um estudo com o objetivo de

avaliarse a adição de Orlistat (Xenical®)4 à sibutramina poderia induzir a perda

de peso em pacientes que já haviam perdido peso, enquanto estivam tomando

a sibutramina sozinha.Os pacientes foram 34 mulheres, com idade média de

44,1 ± 10,4 anos, peso de 89,4 ± 13,8 kg e índice de massa corporal (IMC) de

33,9 ± 4,9 kg / m2 que tinham perdido uma média de 11,6 ± 9,2 % do peso

inicial durante a prévia de 1 ano de tratamento com sibutramina combinado

com modificação de estilo de vida. Além da medicação, foi fornecido aos

participantes cinco visitas ao profissional que iria ajudar na modificação de

estilo de vida durante tratamento. Como resultados os autores observaram que

a média de peso corporal não alterou significativamente em qualquer condição

de tratamento durante as 16 semanas. A adição de orlistat à sibutramina não

induziu à perda de peso em comparação com o tratamento com sibutramina

sozinho. Os resultados sugerem que a combinação de sibutramina e orlistat é

improvável para que se tenha efeitos aditivos que trará perdas médias de ≥

15% do peso inicial, conforme desejado por muitas pessoas obesas.

Orlistat (Xenical®) “é um remédio para emagrecer do laboratório Roche que impede a absorção de até 30% das gorduraspresentes nas principais refeições. Ele só deve ser utilizado, sob orientação médica, durante o tratamento da obesidade.” (LOPES, 2013, p. 1).

De acordo com Ryan (2004), a sibutramina tem demonstrado

eficácia no tratamento de obesidade em longo prazo. A quantidade de peso

perdida com sibutramina está relacionada com a dose da droga e com a

intensidade do componente de terapia comportamental. A sibutramina produz

uma perda de peso a partir da linha de base de mais de 5%, em mais de 75%

dos doentes que são prescritos 15 mg por dia, e produz a perda de peso nas

médias de 5-8% a partir da linha de base, independentemente da abordagem

comportamental

Berkowitzet al. (2006) buscaram avaliar a eficácia da sibutramina

enquanto complemento para programas de redução de peso para

adolescentes. Conforme os autores, os resultados apontam que a sibutramina

contribuiu para a melhoria de vários fatores de risco metabólicos nos

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adolescentes obesos que estavam passando por um programa de

emagrecimento.

Conforme Padwal (2007), outras drogas antiobesidade promissoras,

inclusive agindo no caminho central de melanocortina, estão em

desenvolvimento, mas estão longe do uso clínico. Em face da falta de sucesso

de tratamentos de perda de peso e as implicações de saúde pública da

pandemia de obesidade, o desenvolvimento de medicamentos seguros e

eficazes deve ser uma prioridade. No entanto, para este autor, à medida que

novos medicamentos são desenvolvidos sugere que os processos de avaliação

devem incluir tanto os parâmetros de substituição (ou seja, perda de peso) e os

resultados clínicos (ou seja, maior morbidade e mortalidade relacionada à

obesidade). Só então os pacientes e seus médicos podem ter a certeza de que

os supostos benefícios de tais medicamentos superam seus riscos e custos.

Tyczynski, et al. (2012) explicam que a obesidade é um grave e

crescente problema de saúde em todo o mundo. Poucas terapias estão

disponíveis além da dieta, exercício e cirurgia bariátrica. O objetivo do estudo

destes autores foi comparar as taxas de eventos cardiovasculares dos usuários

e não-usuários de sibutramina. A amostra foi construída a partir de dados

eletrônicos de registros de práticas médicas no Reino Unido e na Alemanha,

utilizando o banco de dados LifeLink™ da IMS Health Incorporated. Elegeram-

se os pacientes com pelo menos uma visita ao médico em que a sibutramina

foi prescrita entre 1° de abril de 1999 e 31 de outubro de 2008.

Os usuários e os não-usuários foram pareados 1: 1, sexo, faixa

etária, Índice de Comorbidade de Charlson-ICC e Índice de Massa Corporal-

IMC. O total de amostras resultantes foi analisado, sendo 6186 na Alemanha e

em 7264 no Reino Unido. As amostras foram comparadas de acordo com a

proporção de suas taxas de incidência de infarto agudo do miocárdio (IAM),

acidente vascular cerebral (AVC) e ou IAM ou AVC por 1000 pacientes-anos de

follow-up. Como resultados, Tyczynski, et al. (2012) observaram que o risco de

IAM, AVC e ou IAM ou AVC não foi maior entre sibutramina usuários do que os

não-usuários comparáveis de sibutramina na Alemanha e no Reino Unido.

Independentemente de estarem ou não o modelo controlado por doença

cardiovascular (DCV) prévia, a direção e a significância estatística das

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diferenças não se apresentaram alteradas. Nas análises de sensibilidade,

incluindo apenas aqueles sem história de doença cardiovascular nos 365 dias

anteriores à data índice não houve aumento do risco de eventos

cardiovasculares na Alemanha ou no Reino Unido. Os autores concluem que o

uso de sibutramina em ambientes de clínica geral não aumentou o risco de

eventos cardiovasculares agudos em pacientes usuários.

Para Araújo Jr. e Martel (2012) apesar de a sibutramina ser uma

droga útil no tratamento da obesidade, o debate sobre a perda de sua eficácia

em longo prazo e os seus efeitos colaterais prejudiciais, surgiu recentemente,

não sendo possível, portanto, assegurar inteiramente o comportamento da

substância no corpo humano. Por outro lado, novas drogas que produzem a

perda de peso e que sugerem ser mais seguras e mais persistentes estão

atualmente em fase de ensaios clínicos.

Sohn e Chung (2013) comentam que é necessário haver uma

maneira segura e eficaz para realizar o controle de peso em pacientes com

transtornos afetivos. Assim, estes autores realizaram um estudo teórico sobre a

relação da sibutramina, e os transtornos afetivos. Os autores concluem que, a

sibutramina pode ter um efeito indutor de depressão que atinge um

subconjunto específico de pacientes. Mas, ressaltam-se que são necessários

estudos em grande escala com pacientes com transtorno afetivo, com foco

sobre as questões pertinentes para esclarecer este assunto, antes de

investigar a sua eficácia. Diante do exposto, pode-se compreender que as

pessoas que desejam fazer o uso da sibutramina devem primeiramente, buscar

orientação médica, já que sibutramina pode ocasionar diferentes efeitos

colaterais. Bem como deve mudar o estilo de vida, pois esta substância poderá

apenas auxiliar no tratamento sendo, portanto parte complementar de um

programa de emagrecimento. As considerações aqui contempladas sugerem

que mesmo com os efeitos colaterais da sibutramina, os pacientes que fazem

seu uso adotando hábitos saudáveis de fato podem emagrecer.

7 CONCLUSÕES

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Este estudo consistiu em discorrer teoricamente sobre os efeitos e

as contraindicações pertinentes ao uso da sibutramina em pacientes obesos.

De modo geral, foi possível confirmar que a sibutramina pode ser eficaz e

segura para subsidiar o tratamento de pacientes obesos. Mas, certificou-se

juntamente que há algumas ressalvas no que concerne ao uso da sibutramina

em pacientes com doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca,

hipertensão arterial não controlada, arritmias e outros problemas

cardiovasculares graves. Além disso, a sibutramina é contraindiciada em casos

de gravidez, amamentação, bulimia nervosa, história de anorexia nervosa,

insuficiência, renal, hepática ou cardíaca e hipertensão. Foi possível constatar

ainda que os principais efeitos colaterais da sibutramina podem ser náuseas,

dor de cabeça, insônia, taquicardia, nervosismo, depressão e aumento da

pressão arterialEm presença dos possíveis efeitos e contraindicações da

sibutramina, as pessoas que decidirem por usar esta substância devem estar

providas de um acompanhamento multiprofissional, ou seja, primeiramente

deve buscar uma orientação e acompanhamento médico e assistência do

farmacêutico, em seguida, consultar um profissional de nutrição para adotar

uma dieta equilibrada, buscar um personaltrainer apto a sugerir um programa

de atividade física adequado a sua realidade. Pois, em diversos momentos o

estudo realizado deixou claro que, a sibutramina se encontra sempre inserida

em programas como aliada, não sendo a sua ação esperada isoladamente.

. Deste modo, constatou-se quea sibutramina é uma substância que

apresenta benefícios, mas também apresenta riscos. E solicita, portanto, que o

seu uso seja fundamentado em critérios adequados.

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