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Sumário · 2020-04-23 · 23/04/2020 06h45 Atualizada 23/04/2020 16h42 Casos de coronavírus e número de mortes no Brasil em 23 de abril As secretarias estaduais de Saúde divulgaram,

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Sumário Casos de coronavírus e número de mortes no Brasil em 23 de abril .................................................................... 3

Além da Covid-19, Brasil tem outras 2.771 mortes por problemas respiratórios sem explicação........................ 4

Toffoli ressalta a importância da harmonia entre os poderes ............................................................................... 6

Mônica Bergamo - Em oposição a Moro, Aras e Toffoli devem desaconselhar abrigo de detentos em contêineres ............................................................................................................................................................. 7

Seap confirma primeiro caso do novo coronavírus no sistema prisional do Amazonas ....................................... 9

Vida em risco e sem visitas: como Covid-19 afeta rotina das mulheres presas .................................................. 11

'Segurança para presos e população', diz procuradora sobre videoconferência ................................................ 14

Bruna Ribeiro - País pode ter geração de órfãos da pandemia de coronavírus .................................................. 16

Chega ao Brasil o primeiro lote dos 10 milhões de testes comprados pelo Ministério da Saúde via OPAS ....... 20

Após encontro com Bolsonaro, Conselho de Medicina autoriza hidroxicloroquina no início da Covid-19 ......... 21

Cenário Internacional ........................................................................................................................................... 24

Mais notícias importantes .................................................................................................................................... 27

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23/04/2020 06h45

Atualizada 23/04/2020 16h42

Casos de coronavírus e número de mortes no Brasil em 23 de

abril

As secretarias estaduais de Saúde divulgaram, até as 16h30 desta quinta-feira (23), 47.572 casos confirmados de infectados pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2) no Brasil, com 3.021 mortes pela Covid-19. Os estados realizaram pelo menos 117.462 testes para o novo coronavírus, e pelo menos 6.512 pacientes se recuperaram da Covid-19, segundo os dados disponibilizados por algumas das secretarias estaduais de Saúde. Esta reportagem também traz informações mais recentes sobre taxa de ocupação de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) em cada unidade da federação. Os dados fazem parte de um levantamento exclusivo do G1 junto às secretarias estaduais de Saúde, realizado desde o início da pandemia no Brasil, em março. Esses dados também alimentam o Mapa do Coronavírus, plataforma exclusiva que permite acompanhar a curva de de mortes e casos de Covid-19 de todos os municípios do país. 50% das mortes se concentram em cinco capitais Mais da metade das mortes estão concentradas nas cidades de São Paulo (778), Rio de Janeiro (303), Fortaleza (188), Manaus (172) e Recife (128), e crescem em ritmo acelerado: são mais de mil nos últimos sete dias. Pernambuco teve o maior crescimento de mortes em 24 horas: foram 30 óbitos, que somam 312 no

total. O estado tem 3.604 infectados. O Ceará registrou 266 mortes e quase 4,6 mil casos confirmados. O Rio Grande do Sul está com quase 1 mil confirmações de infectados e registra 29 mortes. O Pará tem 1.267 casos confirmados e 53 mortes registradas nesta quinta-feira. O Amapá tem 16 mortes pela Covid-19 e o Distrito Federal está com 968 casos da doença. Nesta manhã, Minas Gerais e Sergipe atualizaram seus balanços. Já o balanço divulgado pelo Ministério da Saúde na tarde desta quarta indicou 45.757 casos e 2.906 mortes no país.

Page 4: Sumário · 2020-04-23 · 23/04/2020 06h45 Atualizada 23/04/2020 16h42 Casos de coronavírus e número de mortes no Brasil em 23 de abril As secretarias estaduais de Saúde divulgaram,

23/04/2020 11h57

Atualizada 23/04/2020 15h38

Além da Covid-19, Brasil tem outras 2.771 mortes por

problemas respiratórios sem explicação

Dados do Ministério da Saúde atestam que, até a última segunda-feira (20), 2.771 pessoas morreram por alguma síndrome respiratória não identificada. De acordo com especialistas, é provável que boa parte tenha sido causada por Covid-19, mas a doença não foi confirmada por problemas em exames ou falsos negativos. Oficialmente, até a mesma data, o ministério contabilizava 2.575 mortes por coronavírus. As mortes são classificadas como não identificadas quando, após a realização dos exames laboratoriais para detectar o tipo de vírus, o resultado dá negativo para todos os vírus testados. De acordo com o Ministério da Saúde, também entram nesta contabilidade de vírus não identificado casos em que os testes não são processados em razão da má qualidade ou há demora no envio de amostra, por exemplo. O alto número de vírus respiratórios não identificados não ocorreu só neste ano - a base de dados do ministério mostra que isso também foi registrado em anos anteriores. O que chama atenção em 2020 é o volume de pessoas que foram parar no hospital em função de problemas respiratórios. De janeiro a 20 de abril, foram registrados 55.980 hospitalizações por problemas respiratórios, contra 12.019 durante o mesmo período no ano passado - um aumento de 366%. Dessas hospitalizações, após a realização de testes, 15.752 foram classificados como "não identificados" e 8.318

foram confirmados para o novo coronavírus. De acordo com o infectologista Evaldo Stanislau, boa parte dos 15 mil casos "não identificados" devem ser causados pela Covid-19 mas, por problemas no testes, passaram batidos nas estatísticas oficiais. – É evidente que o aumento no ano atual está diretamente associado à Covid. Não temos diagnóstico pela falta de exames, o que espero que, a partir de agora, com as ações tomadas em

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São Paulo e no Rio de Janeiro para aumentar a testagem, passemos a ter diagnóstico. Por ora, esse é um indicador nítido do impacto da Covid no Brasil – afirma. Além disso, chama a atenção neste ano o número de pessoas que morreram de síndromes respiratórias não identificadas. Foram 2771 casos até agora - em 2019, foi um sexto disto. Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) também aponta para um aumento expressivo nas internações causadas por complicações típicas de doenças respiratórias. Os dados, segundo especialistas, também reforçam a hipótese de subnotificação dos casos da Covid-19. No estudo, os pesquisadores do órgão destacaram a alta negativação dos testes laboratoriais de SRAG neste ano. Neste ano, o índice de testes com resultado negativo chegou a 91%, um nível inédito historicamente. Os cientistas apontam que o índice pode ser explicado por problemas na qualidade da amostra coletada, manuseio inapropriado ou demora de processamento. "Porém, não se pode descartar a possível circulação de outros agentes etiológicos diferentes dos testados. Ao longo dos anos, a composição do painel de testes foi se modificando para aumentar a abrangência da vigilância, embora tenha sempre colocado como prioridade o vírus Influenza", afirmam os pesquiasdores. No estudo, eles sustentam a hipótese de que casos de Covid-19 podem estar de fora das estatísticas oficiais da doença. Entre os motivos, afirmam, está o aumento de hospitalizações por SRAG observados em 2020, os casos não identificados e a predominância de casos entre idosos. "A hipótese de que o aumento do número de casos de COVID-19 no país já esteja evidenciando sua importância como causa de SRAG em 2020 é coerente com a mudança do perfil de hospitalização identificado. Sua comprovação requer a inclusão da testagem para SARS-CoV-2 no protocolo de vigilância de SRAG e sua efetiva implementação em todo o país", afirmam. Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que, em razão da pandemia, tem reforçado que nos casos de pacientes internados por SRAG que ainda não evoluíram para alta, e cuja primeira coleta do exame foi feita de forma inadequada, seja feita nova coleta de exame. Apenas nesta semana, os casos de SRAGs Não Identificadas superam o total de todo o ano anterior. - O diagnóstico da causa das pneumonias via de regra não é pesquisado. Vírus, em especial, demanda métodos e tecnologias, não disponíveis e caras. O que quero dizer até aqui é que, simplesmente, SRAG aparece em estatísticas mas na prática sempre foi muito negligenciada- afirma Evaldo Stanislau.

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22/04/2020 23h00

Atualizada 22/04/2020 23h44

Toffoli ressalta a importância da harmonia entre os poderes

Três dias depois de manifestações antidemocráticas, que atacaram o Legislativo e o Judiciário, o presidente do STF, Dias Toffoli, destacou nesta quarta-feira (22) a importância da harmonia entre os três poderes da República. Ao falar sobre os 60 anos de Brasília, completados na terça-feira (21), o ministro fez referência à praça em que se encontram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. “A praça representa a harmonia entre poderes equidistantes e o equilíbrio que deve existir entre eles, do qual depende a garantia das liberdades dos indivíduos e o progresso da nação. Não há solução para as crises fora da legalidade constitucional e da democracia, todas essas salvaguardadas pelo Supremo Tribunal Federal. Devemos, portanto, reafirmar nosso compromisso com os valores republicanos e democráticos, com os valores da liberdade, da igualdade e da justiça social, historicamente consolidados”, disse. A fala do presidente do Supremo abriu a sessão que discutiu o pedido do governo para suspender o prazo de votação das medidas provisórias durante a pandemia. Nove ministros votaram pela rejeição do pedido, mantendo o prazo de 120 dias para a apreciação da Câmara e do Senado. Mas o ministro Dias Toffoli pediu vista, e o julgamento foi suspenso.

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23/04/2020 15h28

Mônica Bergamo - Em oposição a Moro, Aras e Toffoli devem

desaconselhar abrigo de detentos em contêineres

O procurador-geral da República e presidente do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Augusto Aras, e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Dias Toffoli, devem assinar nota técnica desaconselhando o uso de contêineres para abrigar detentos doentes e idosos durante a crise da Covid-19. O documento deve ser publicado nesta quinta-feira (23). "Trata-se de estrutura cujo uso para aprisionamento de pessoas já foi expressamente rechaçado em outras oportunidades por representar condição degradante e violadora de direitos humanos", afirma o texto. A nota destaca a necessidade de espaços que atendam aos parâmetros mínimos relacionados ao conforto térmico de detentos e de profissionais de custódia e aos requisitos de ventilação cruzada que impeçam a propagação do novo coronavírus e de outras doenças. "O estado de calamidade decorrente da pandemia Covid-19 não outorga salvo conduto ao Estado brasileiro para desrespeitar direitos das pessoas sob sua custódia, submetendo-as a situação ainda mais vulnerável do que as que já se encontram em um sistema reconhecido como inconstitucional." Os órgãos recomendam que sejam destinados recursos específicos do Fundo Penitenciário Nacional para o adequado tratamento à Covid-19 no sistema penitenciário, o que incluiria também

disponibilização de itens de higiene pessoal e equipamentos de proteção individual e aquisição de material de limpeza para higienização de todos os espaços. A medida dos contêineres, que foi articulada pelo Ministério da Justiça, encabeçado por Sergio Moro, deve ser votada nesta quinta pelo Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP). Atualmente, apenas três dos 13 membros do CNPCP não foram indicados pela gestão do ministro Sergio Moro.

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Na quarta-feira (22), conforme antecipado pela coluna, entidades e defensorias públicas de São Paulo e Minas Gerais encaminharam uma carta ao presidente do conselho rechaçando a proposta.

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22/04/2020 16h35

Atualizada 22/04/2020 17h30

Seap confirma primeiro caso do novo coronavírus no sistema

prisional do Amazonas

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que um interno do Centro de Detenção Provisória Masculino 1 (CDPM 1) foi testado positivo para o novo coronavírus nesta quarta-feira (22). Esse é o primeiro caso de Covid-19 registrado no sistema prisional do Amazonas. Conforme boletim divulgado, nesta quarta-feira, pela FVS-AM, o estado tem 2.479 casos confirmados da doença, com 207 mortes. De acordo com a Seap, o presidiário está internado no Hospital e Pronto-Socorro Platão Araújo, Zona Leste de Manaus, e seu quadro de saúde é considerado estável. A secretaria informou ao G1, na última sexta-feira (17), que o sistema prisional do estado tem um total de 5.742 internos. A Seap informou que o preso diagnosticado com Covid-19 deu entrada no sistema prisional no dia 25 de março, em cumprimento a prisão temporária de 30 dias. Ele ficou em quarentena em uma cela da enfermaria, por conta da baixa imunidade e do risco de infecção de uma cirurgia de colostomia a que havia sido submetido no mês de janeiro, quando ainda estava em liberdade. No dia 2 de abril, após passar mal, ele foi levado ao Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto. De acordo com a Seap, na ocasião, foi realizado o teste para o novo coronavírus, e o resultado foi negativo. Ao retornar para a unidade prisional, o interno permaneceu isolado na enfermaria, ou seja, sem contato com os demais detentos.

Devido ao estado debilitado, o interno foi levado para uma nova consulta no último dia 16 de abril, no Platão Araújo, onde ficou internado. No início desta tarde, o exame apontou resultado positivo para a Covid-19. A Seap informou, por meio de nota, que não há outros detentos infectados ou com sintomas da doença nas unidades prisionais. A secretaria informou ao G1 que a quarentena é destinada a todos os detentos que entram no sistema prisional desde o início da pandemia. Só no último mês, 440 internos deram entrada no sistema.

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Sistema prisional do AM em atenção A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou ao G1 que, apesar da capacidade de 3.508 internos, os presídios do Amazonas comportam 5.742 presos. Os internos que pertencem ao grupo de risco foram separados dos demais, de acordo com orientação das autoridades de saúde. A secretaria também informou que nenhum agente penitenciário foi afastado ou apresentou sintomas do novo coronavírus. “Todos os agentes penitenciários realizam procedimentos de higienização, bem como utilizam os EPI’s necessários para o trabalho com segurança”, informou, por meio de nota. Conforme a Seap, as equipes de saúde das unidades intensificaram os trabalhos de verificação de possíveis sintomas do Covid-19 em internos, bem como tem fiscalizado a utilização de álcool em gel, máscaras e EPI’s por parte dos colaboradores das unidades prisionais. As visitas às unidades prisionais de todo o Amazonas vão seguir suspensas, desta vez com prazo previsto até o dia 30 de abril. A intenção é evitar a circulação e aglomeração de pessoas, e impedir a propagação da doença nos estabelecimentos penitenciários. As visitas às unidades prisionais estão suspensas desde 14 de março de 2020, em decorrência do protocolo de ações preventivas ao novo coronavírus instituído pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e do Conselho Nacional de Secretários de Estado e Justiça (Consej). Para que os internos mantenham contato com seus familiares, a Seap disponibiliza as televisitas, onde o interno faz contato com um familiar por videochamadas. O mesmo acontece com a criação do videoparlatório, onde os internos têm seus atendimentos jurídicos garantidos. Coronavírus no Amazonas Com 209 novos casos confirmados, o Amazonas já registra 2.479 pessoas contaminadas pelo novo coronavírus, conforme boletim divulgado, nesta quarta-feira (22), pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM). O estado registra um total de 207 mortes causadas pela Covid-19, enquanto o número de pacientes recuperados da doença chega a 879. Conforme a FVS-AM, 1.203 casos confirmados da Covid-19 no Amazonas estão em isolamento social ou domiciliar. Dos casos confirmados no Amazonas, 1.958 foram registrados em Manaus. Outros 32 municípios também registram casos confirmados da Covid-19, sendo que Manacapuru apresenta o maior número, com 230 confirmados e 14 mortes.

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23/04/2020 04h00

Vida em risco e sem visitas: como Covid-19 afeta rotina das

mulheres presas

"De todos os tormentos do cárcere, o abandono é o que mais aflige as detentas." A frase é do livro "Prisioneiras", escrito por Drauzio Varella, médico voluntário na Penitenciária Feminina da Capital. É essa solidão retratada na obra que enfrentam várias das cerca de 37 mil presas no Brasil — e que, agora com a pandemia de Covid-19, é agravada com a suspensão das visitas. A mãe e a irmã de Janaína (nome fictício) estão na Penitenciária Feminina de Santana, na zona norte de São Paulo. As duas foram presas em situações semelhantes, durante batidas policiais na casa de suspeitos de terem participação em esquemas de tráfico de drogas. Desde então, elas buscam provar sua inocência em relação aos crimes. Antes de a Justiça proibir, em 20 de março, as visitas nos presídios paulistas, Janaína costumava vê-las quinzenalmente e sempre levava o "jumbo", pacote com produtos de higiene pessoal e alimentos. Desde dia 25 de março, devido à pandemia, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) determinou que a entrega dos pacotes poderia ser feita apenas por correspondência. "Depois dessa situação do coronavírus, já tem mais de duas semanas que não tenho notícias delas. Minha irmã teve apendicite e precisou operar, só sei que ela está bem porque falei com uma moça que saiu da cadeia por esses dias", explica Janaína.

Ela também aponta a dificuldade financeira que está enfrentando para poder auxiliar as familiares. "Estou desempregada e não tenho como mandar o jumbo pelo correio porque é um gasto muito alto." Janaína explica que só conseguiu enviar as correspondências porque recebeu ajuda e doações da campanha "Vidas Carcerárias Importam". A mãe dela tem pressão alta e sua irmã é mãe de quatro crianças. Os casos foram enviados à Defensoria Pública e Janaína aguarda uma resposta do órgão para que elas possam cumprir a pena em casa durante a pandemia do coronavírus.

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Dados mostram que mulheres presas costumam ter menos visitas do que homens na mesma situação. De acordo com o Relatório Temático Sobre Mulheres Privadas de Liberdade, feito pelo Departamento Penitenciário Nacional, detentos de estabelecimentos masculinos receberam, no primeiro semestre de 2017, em média 4,55 visitas cada um. Nas unidades femininas, a média é menor, de 4,45 visitas por presa. Já nas unidades mistas, o índice cai para 2,63 por custodiada. A impossibilidade de se proteger de um vírus no cárcere "Não há como seguir as recomendações mínimas da Organização Mundial da Saúde (OMS) de isolamento social e higiene dentro do cárcere. É um lugar em que faltam produtos como álcool, sabonete e até água. A alimentação também é muito precarizada. Se você não se alimentar bem, como vai ter imunidade boa pra passar por uma pandemia?" Este é o depoimento de Camila Felizardo, 28, que foi presa aos 18 anos por tráfico de drogas e assim permaneceu por quase 4 anos. Hoje, graduanda em Serviço Social, criou com a socióloga Rosângela Teixeira e com a artista Daniela Machado o coletivo Mulheres que (R)Existem, que compra e arrecada itens de higiene pessoal para detentas. "Eu me considero uma abolicionista penal. Ao contrário do que as pessoas pensam, grande parte da população presa não é formada por pessoas perigosas. A realidade é que a massa carcerária é de pretos, pobres e periféricos que foram excluídos pela sociedade e que sempre sofreram com a desigualdade social", aponta Camila. Assim como ela, a dançarina Barbara Querino, 22, conhece bem a realidade carcerária. Em 2018, ela foi acusada de ter participado de dois assaltos à mão armada. Ficou um ano e oito meses presa e há sete meses cumpre a pena em regime aberto. A sentença de Barbara foi dada com base no depoimento de vítimas que dizem tê-la reconhecido pelo cabelo. Ela, no entanto, afirma ter provas de que estava em outra cidade no dia de um dos assaltos. Bárbara já foi inocentada em um dos processos. Hoje, aguarda a resolução do outro caso, parado desde outubro de 2019. Ela sempre destaca o caráter racista de sua condenação. Em entrevista, fala sobre as dificuldades que enfrentou. "Assim que cheguei no sistema carcerário, recebi quatro rolos de papel higiênico, dois sabonetes, uma escova de dente e um creme dental. A gente nem sempre recebia esses produtos, vinham a cada três ou quatro meses, por isso o jumbo é tão importante." "Além disso, cheguei a ficar em uma cela que tinham cerca de 25 mulheres, mas que deveria ter apenas 12. Em cada cama dormiam duas meninas, mas quando cheguei não tinha lugar. Dormi no chão por quase dois meses", conta. Foi por causa dessa realidade precária e cruel que, ao lado da psicóloga Tati Nefertari, ela criou a campanha "Vidas Carcerárias Importam". Elas estão arrecadando alimentos e produtos básicos para a prevenção do coronavírus para serem doados à população carcerária. Políticas de desencarceramento em meio à pandemia A recomendação 62 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), publicada em 17 de março, sugere várias medidas para a prevenção da propagação do coronavírus, entre elas a reavaliação de prisões provisórias. A publicação leva em conta principalmente os detentos que se enquadram no grupo de

Page 13: Sumário · 2020-04-23 · 23/04/2020 06h45 Atualizada 23/04/2020 16h42 Casos de coronavírus e número de mortes no Brasil em 23 de abril As secretarias estaduais de Saúde divulgaram,

risco da doença, os responsáveis por crianças de até 12 anos, aqueles que se encontram em estabelecimentos penais lotados e os que foram acusados de cometer crimes mais brandos. A advogada Marianna Haug, do Instituto Terra, Trabalho e Cidadania, cuidou do caso de Elisa (nome fictício), detenta que em março último conseguiu a progressão do regime fechado para o aberto. Ela é responsável por uma criança de 1 ano de idade e tem bronquite asmática, condição que a coloca no grupo de risco da Covid-19. Além de ser um espaço que naturalmente pode comprometer a saúde das pessoas, o cárcere também enfrenta a falta de médicos. De acordo com dados de junho de 2019 do Infopen, sistema de informações estatísticas do sistema penitenciário brasileiro, apenas 756 clínicos gerais atuam no sistema prisional brasileiro. Marianna pontua a importância dos magistrados seguirem as recomendações propostas pelo CNJ. "Neste contexto de epidemia de um vírus que se propaga no ar e em que temos a recomendação de nos mantermos isolados, políticas de desencarceramento são emergenciais para tentarmos evitar um massacre no sistema prisional", afirma. Quer ajudar? Veja aqui como ajudar as instituições que trabalham com mulheres no sistema penitenciário. Vidas Carcerárias Importam. Pontos de arrecadação: Biblioteca Comunitária Assata Shakur, rua Chaberá, 190, Vila Formosa, zona leste; Bloco do Beco, rua Bento Barroso Pereira, 2, Jardim Ibirapuera, zona sul. Doações em dinheiro: Caixa Econômica Federal, agência 4557, operação 013 (poupança), conta 00009609-3, Bárbara Querino Oliveira, CPF 467.401.758-02. Mulheres que (R)Existem. Doações em dinheiro: Banco do Brasil, agência 6806, conta 13.242-x, Associação dos Artistas e Produtores do Centro de São Paulo, CNPJ 32.877.709/0001-66. Vinte por cento do valor arrecadado será destinado para a campanha "Vidas Carcerárias Importam. Ação da Amparar com a Uneafro Brasil. A Amparar (Associação de Amigos e Familiares de Presos) e a Uneafro Brasil estão coletando cestas básicas e itens de higiene para doarem a famílias de detentos. As doações podem ser feitas na sede da Amparar, rua Eugênio Albani, 150, sala F, Cohab 2, Itaquera, São Paulo. Doações para a Uneafro podem ser feitas por vaquinha online aqui.

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23/04/2020 06h00

Atualizada 23/04/2020 09h22

'Segurança para presos e população', diz procuradora sobre

videoconferência

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) estuda adotar videoconferências como medida de contato entre presos e familiares enquanto durar a suspensão das saídas temporárias e das visitas. A possibilidade foi anunciada nesta quarta-feira (22/4) pela procuradora-geral de Justiça do DF, Fabiana Costa, em entrevista ao CB.Poder, uma parceria do Correio Braziliense e a TV Brasília.Continua depois da publicidade Saídas temporárias, quinzenais, terapêuticas e especiais, além de trabalho externo, estão suspensos até 3 de maio. No entanto, caso o número de infectados pelo coronavírus aumente no DF, a medida pode se estender por mais tempo. “Se o número de casos se mantiver crescendo, como atualmente, e se as ações de isolamento forem as mais efetivas para a contenção do agravamento da pandemia, a tendência é de que as medidas permaneçam, porque tem surtido os efeitos no DF que esperávamos. É uma questão de segurança para os presos e para a população”, afirma a procuradora. Confira os principais trechos da entrevista: Na última semana, o MPDFT questionou o governador Ibaneis Rocha sobre a reabertura do comércio na capital. Há pouco, ele anunciou que pode reabrir as escolas cívico-militares. Vocês pretendem questionar essa decisão do GDF? Esse é um dos temas mais sensíveis que temos

acompanhado pela nossa força-tarefa. Com relação ao último decreto, fizemos um requerimento de informações ao governador, para que explicasse as razões e quais os subsídios para que as decisões de abertura fossem tomadas. Essas informações foram levadas para o Ministério Público, e estamos analisando, com a nossa área técnica. A senhora teve alguma justificativa do governador para reabrir comércios? Os fundamentos levam em consideração a necessidade de que a economia do DF permaneça ativa durante a pandemia. Sempre visando também a preservação das vidas. Esse equilíbrio entre a preservação das vidas e que a gente não entre em colapso econômico serão diretrizes, segundo nos

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comunica o governador. O Ministério Público precisa de um tempo para cuidar dessas informações, tratá-las e, se for o caso, tomar as medidas necessárias. Em outras unidades da Federação, o sistema de saúde entrou em colapso. Qual é a garantia aqui no DF que essa situação não vá ocorrer? É um dos nossos principais papeis nessa pandemia. Primeiro, assegurar que o serviço de saúde funcione, de acordo com o planejamento. Também um acompanhamento das medidas tomadas pelo governo, no que diz respeito ao isolamento e à abertura de alguns setores. São duas situações sensíveis e que o MP tem acompanhado e fiscalizado, não só por meio das suas assessorias técnicas, mas com informações enviadas pelo governo. O MP recomendou que seja ampliada a suspensão da saída dos presos temporários. O Dia das Mães está chegando. Algumas pessoas nessa situação gostariam que eles estivessem perto para comemorar a data. Isso será possível ou acha que tem de manter a suspensão ao longo do mês de maio? O MP requereu à Justiça, e ela deferiu que essas medidas fossem ampliadas. Até 3 de maio, estão suspensas as visitas e as saídas temporárias dos presídios do DF, justamente para que o isolamento seja mantido. Outras medidas para viabilizar o contato do preso com o ambiente externo, como videoconferência, são estudadas. A senhora acha que vai haver uma nova prorrogação da suspensão e da saída? Todos os pedidos do Ministério Público são realizados de acordo com dados e estudos técnicos do momento. Se as medidas de isolamento ainda mantiverem nos patamares como atualmente estão, a tendência pode ser um novo pedido para o MP. Então, não está garantida a possibilidade de saída nem tampouco está assegurada a prorrogação da suspensão.O que as mães que têm filhos nessa situação devem fazer? É importante que os familiares e as instituições que acompanham os presos estejam em contato com o MP e com o sistema prisional para que as medidas necessárias sejam adotadas. A possibilidade de videoconferências são estudadas no momento. Caso o quadro não mude, essa expectativa para o Dia das Mãe tende que a situação permaneça como está hoje. Claro que a gente não pode prever o futuro, nem dizer que no fim de abril não haverá um novo pedido do MP. Se o ambiente permanecer como está atualmente, até o fim do mês, a tendência é de que a medida seja prorrogada. Vai depender da curva de casos? Exatamente. Depende da avaliação de dados. S Se o número de casos se mantiver crescendo, como atualmente, e se as ações de isolamento forem as mais efetivas para a contenção do agravamento da pandemia, a tendência é de que as medidas permaneçam, porque tem surtido os efeitos no DF que esperávamos. É uma questão de segurança para os presos e para a população. Papuda tem 126 infectados O número de presidiários do Complexo Penitenciário da Papuda infectados pelo novo coronavírus subiu para 93, como mostra boletim divulgado ontem pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF). Trinta e três policiais penais também testaram positivo para a doença. Dois detentos se recuperaram da doença. O penúltimo boletim, divulgado na última segunda-feira, contabilizava 71 internos e 29 agentes infectados.

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23/04/2020 14h58

Bruna Ribeiro - País pode ter geração de órfãos da pandemia

de coronavírus

Quando foram confirmados os primeiros casos de coronavírus no Brasil, no final de fevereiro deste ano, já imaginávamos as consequências na saúde e na economia, tendo como referência os desafios enfrentados por outros países do mundo. Mas ainda não tínhamos dimensão das consequências da pandemia em um país continental como o nosso, marcado pela pobreza e pela desigualdade social. Ao longo das semanas, venho trazendo aqui no blog algumas reflexões a respeito dos impactos sociais na infância e na juventude. Hoje compartilho um artigo do advogado Ariel de Castro Alves, especialista em políticas de direitos humanos e segurança pública e conselheiro do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condep). O texto aborda um assunto ainda pouco explorado e de extrema relevância – a possível geração de órfãos do coronavírus, uma vez que a doença acomete adultos e idosos e muitas famílias brasileiras são monoparentais. Ou seja, contam com os cuidados e a renda apenas das mães e avós. Os mais vulneráveis socialmente são os que menos têm acesso à saúde e mais dificuldade de implementar as medidas de proteção, como isolamento social e uso de máscaras e álcool em gel. Confira o artigo do especialista: Por Ariel de Castro Alves As experiências nacionais, internacionais e as

informações expostas na imprensa, com base nas explicações dos especialistas em saúde e nos dados dos Sistemas de Saúde, demonstram que as principais vítimas diretas da Pandemia de Coronavírus não são as crianças e adolescentes e sim os idosos, as pessoas acometidas de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, colesterol alto, câncer, entre outras, os portadores de doenças cardíacas, além dos profissionais da saúde que estão expostos às contaminações no dia a dia de suas atuações. Porém, as crianças e adolescentes serão as principais vítimas indiretas da pandemia, já que a letalidade atingirá seus pais, mães, avós, tios e responsáveis legais, gerando abandono e orfandade.

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Conforme noticiado pelos veículos de comunicação, até o dia 20 de abril, havia sete mortes de crianças e adolescentes por covid-19 no País. Números que podem aumentar significativamente se as escolas públicas e privadas, com aulas suspensas há mais de um mês, retomarem as atividades, conforme tem defendido o presidente Jair Bolsonaro, inclusive afirmando erroneamente na semana passada que nenhuma criança tinha morrido de Coronavírus no Brasil. Devemos ressaltar que expor crianças e adolescentes às situações de riscos, inclusive de contaminações, viola o artigo 227 da Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente, que determinam que as Famílias, o Estado e a Sociedade devem garantir a proteção integral da infância e juventude. Por isso, pretendo aqui destacar que as crianças e os adolescentes, apesar de não serem as principais vítimas da letalidade da gripe gerada pela contaminação por coronavírus, certamente serão as principais vítimas de abandono e orfandade em razão do falecimento de seus familiares, cuidadores e responsáveis legais, além das conseqüências das crises econômicas, sociais e humanitárias geradas pela pandemia no Brasil e no mundo. Tratando de vitimização, atualmente já podemos observar o aumento dos casos de violência doméstica, maus tratos e negligências, apesar das subnotificações, conforme indicam os números computados pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, que desde o dia 18 de março já recebeu 6.772 denúncias de violações de direitos humanos, das quais as principais vítimas são crianças, idosos, mulheres e pessoas com deficiência. Essas e outras questões de direitos infanto-juvenis geraram pronunciamentos públicos de representantes da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) com relação ao cenário mundial. Devemos citar que como decorrência da ampliação da miséria e das desigualdades geradas pelas crises sociais e econômicas ocorrerá aumento das situações de trabalho infantil, inclusive na exploração sexual e no tráfico de drogas; mais fome e dificuldades relacionadas à alimentação; mais evasão escolar, crianças e jovens vivendo nas ruas, violência juvenil e crescimento dos casos de mortalidade infantil. No momento atual, além das preocupações acima, temos que pensar e agir nos cuidados e amparo das crianças e adolescentes que estão na companhia de pais, mães ou responsáveis legais, muitas vezes avós, que estejam contaminados, internados e, alguns, que venham a falecer em razão da contaminação por covid-19. Inclusive levando–se em conta que a contaminação ocorre rapidamente entre pessoas que convivem e se relacionam, principalmente quando residem no mesmo local. Um recente documento do Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente), intitulado “Carta sobre a Garantia de Atendimento em Programas, Projetos e Serviços a Crianças e Adolescentes em Situação de Violência”, do dia 17 de abril, trata da importância e prioridade dos atendimentos de crianças e adolescentes em situações de suspeitas de abusos e violência, para que os órgãos de proteção, como Conselhos Tutelares, Delegacias, Varas da Infância e Juventude e Centros de Referência, criem fluxos de atendimentos e, mesmo que estejam trabalhando em plantões ou à distância, realizem verificações e intervenções. Também destaca a necessidade de acolhimento emergencial de crianças e adolescentes que necessitem ficar afastados dos pais, mães e responsáveis em razão de contaminações por coronavírus. Apesar de não estar expresso no documento, nos casos de afastamento momentâneo de convívio com pais ou responsáveis sempre deve se levar em conta as disposições do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) de que o acolhimento institucional tem que ser utilizado de forma excepcional.

Page 18: Sumário · 2020-04-23 · 23/04/2020 06h45 Atualizada 23/04/2020 16h42 Casos de coronavírus e número de mortes no Brasil em 23 de abril As secretarias estaduais de Saúde divulgaram,

Se a criança ou adolescente tiver o que chamamos de família estendida, como avós, tios, irmãos adultos ou outras pessoas de referência e com vínculos afetivos, como padrinhos e madrinhas, dispostos a ficarem com a responsabilidade ou guarda provisória, devem então ter preferência. Além disso, o acolhimento familiar, com famílias previamente inscritas nas Varas da Infância e Juventude, também pode ser uma opção, já que o acolhimento institucional só deve ser aplicado em último caso, quando não existem alternativas para que as crianças ou adolescentes fiquem devidamente protegidos. Apesar de não ser o objetivo do citado documento, ele introduz indicações sobre como poderemos amparar os possíveis órfãos da pandemia de coronavírus, o que pode se tornar uma realidade diante da rápida e incontrolável disseminação da doença e do aumento de mortes em todo país. Poderemos ter uma geração de órfãos e as famílias, os poderes públicos e toda a sociedade precisam ir se preparando para acolher, amparar e educar essas vítimas, inclusive com programas de apadrinhamento, Renda Básica, bolsas estudantis, subsídios financeiros para famílias guardiãs e vagas em serviços de acolhimento familiar e institucional. Experiências históricas nas guerras, pandemias, epidemias e desastres evidenciam essa trágica realidade, que gera conseqüências e traumas difíceis de superar. Os números atuais e as projeções de contaminações e mortes, levando em conta a flexibilização do distanciamento social nas próximas semanas, conforme tem sido defendido pelo governo federal, e agora por muitos governos estaduais e municipais, diante das pressões dos setores comerciais e empresariais, devem gerar ainda maior preocupação sobre os impactos nas atuais e futuras gerações. Hoje temos no Brasil mais de 2 mil e 900 mortes e passamos de 45 mil pessoas contaminadas por covid, sem levar em conta as subnotificações. No entanto, conforme os especialistas, o pico dos contágios deve ser verificado no início do próximo mês. Os estudos mais otimistas preveem que, se o país mantiver distanciamento social rígido, pode chegar a 44 mil mortes, mas se afrouxar o distanciamento social, pode ter mais de 500 mil mortes, conforme apontaram os pesquisadores do Imperial College de Londres. Outras considerações conjunturais que reforçam a gravidade do problema e os sérios impactos da Pandemia para a infância e juventude: O levantamento Cenários da Infância e Adolescência de 2018, da Fundação Abrinq, cita que 40,2% daqueles que têm até 14 anos no Brasil vivem em situação de pobreza e, aproximadamente, 4 milhões de crianças moram em favelas. Outros números recentes do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) apontam que temos 34.600 crianças e adolescentes nos serviços de acolhimento (abrigos) em todo país. E, ainda, números do CNJ, de 2013, revelam que mais de 5 milhões de crianças e adolescentes sequer possuem os nomes dos pais em suas certidões, o que indica que os vínculos de cuidados são exclusivamente maternos ou de outros familiares. Na mesma linha, segundo pesquisa do IPEA (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas), com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2018, 45% dos lares brasileiros são mantidos por mulheres, também denotando a ausência paterna nas configurações familiares. Outros números do IBGE, de 2015, demonstram que 80% das crianças brasileiras têm uma mulher como principal responsável. E, por fim, um estudo do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), de 2018, concluiu que 43% das pessoas com mais de 60 anos são as principais responsáveis pelo pagamento de contas e despesas das residências.

Page 19: Sumário · 2020-04-23 · 23/04/2020 06h45 Atualizada 23/04/2020 16h42 Casos de coronavírus e número de mortes no Brasil em 23 de abril As secretarias estaduais de Saúde divulgaram,

Todos esses dados evidenciam fragilidades e vulnerabilidades familiares consistentes, que podem se agravar diante do atual cenário de pandemia, reforçando a necessidade premente de pensarmos nos efeitos drásticos que impactarão a infância e juventude, tendo em vista que muitas crianças, adolescentes e jovens ficarão sem seus pais, mães, avós e responsáveis, exatamente as pessoas que os amparam, educam e sustentam. Diante da iminência das situações de riscos, precisamos tratar de políticas públicas, serviços e redes de proteção comunitárias que poderão acolher, proteger e amparar os milhares de órfãos da pandemia, e também os atingidos pelos impactos gerados pelas crises econômicas, sociais e humanitárias advindas desse período. Certamente nas famílias pobres e em situação de vulnerabilidade os efeitos serão ainda mais devastadores. Se perguntarmos para qualquer pai, mãe ou responsável sobre suas preocupações diante da iminência da morte, certamente os destinos e o futuro dos seus filhos são suas maiores inquietações. Com base na legislação brasileira, na ausência dos pais, mães, responsáveis ou outros familiares, a Sociedade e o Estado é que devem suprir as necessidades e proteger integralmente os infantes e jovens! Ariel de Castro Alves, advogado, especialista em políticas de direitos humanos e segurança pública pela PUC- SP, Conselheiro do Condepe –SP (Conselhos Estadual dos Direitos da Pessoa Humana) e ex- conselheiro do Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente)

Page 20: Sumário · 2020-04-23 · 23/04/2020 06h45 Atualizada 23/04/2020 16h42 Casos de coronavírus e número de mortes no Brasil em 23 de abril As secretarias estaduais de Saúde divulgaram,

22/04/2020

Chega ao Brasil o primeiro lote dos 10 milhões de testes

comprados pelo Ministério da Saúde via OPAS

Já desembarcaram em solo brasileiro 500 mil testes para diagnóstico de COVID-19, comprados pelo Ministério da Saúde do Brasil via Fundo Estratégico da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Esse é o primeiro lote de um total de 10 milhões de testes rápidos adquiridos com recursos do governo brasileiro. Os testes são do tipo RT-PCR, que detectam se a pessoa está infectada com o coronavírus causador da COVID-19, e serão enviados para a Coordenação de Armazenagem e Distribuição Logística de Insumos Estratégicos para a Saúde (COADI) do Ministério da Saúde, no estado de São Paulo. Em seguida, poderão ser distribuídos conforme planejamento do governo federal. A previsão é que os demais lotes cheguem ao Brasil ao longo das próximas semanas. A aquisição desses materiais é feita com recursos do governo brasileiro via Fundo Estratégico da OPAS, um mecanismo de compras internacional

criado em 2000 para auxiliar os países e territórios das Américas a terem acesso a insumos de alta qualidade para a saúde. Entre os produtos que podem ser adquiridos por meio do Fundo Estratégico da OPAS estão medicamentos para tratar malária, tuberculose, HIV/aids e Doença de Chagas, além de vermífugos, inseticidas, entre outros. Os 10 milhões de testes para diagnóstico de COVID-19 foram produzidos pelo laboratório Seegene, da República da Coreia. A aquisição desses materiais via OPAS faz parte dos esforços do Ministério da Saúde do Brasil na busca de novas compras no mercado nacional e internacional para ampliação da testagem do coronavírus no país. Para apoiar a iniciativa, a Organização Pan-Americana da Saúde tem trabalhado com os principais fabricantes para enfrentar a escassez de testes no mercado e ajudar seus Estados Membros a terem acesso a esses produtos. Até 21 de abril, foram confirmados 2.397.216 casos e 162.956 mortes por COVID-19 no mundo – sendo 893.119 casos e 42.686 mortes na Região das Américas.

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23/04/2020 12h49

Atualizada 23/04/2020 15h00

Após encontro com Bolsonaro, Conselho de Medicina

autoriza hidroxicloroquina no início da Covid-19

Mesmo ressaltando que não existe comprovação científica de que a hidroxicloroquina seja eficaz para o tratamento do novo coronavírus, o CFM (Conselho Federal de Medicina) liberou o uso do medicamento em diferentes situações, incluindo no início de sintomas sugestivos de Covid-19 e em ambiente domiciliar. O anúncio foi feito por Mauro Luiz Britto Ribeiro, presidente do CFM, após reunião com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e com o ministro da Saúde, Nelson Teich. Na ocasião, Ribeiro entregou às autoridades um parecer do conselho sobre a administração da substância em pessoas com Covid-19. Bolsonaro é um entusiasta da hidroxicloroquina e da cloroquina para o tratamento da doença. Ele já defendeu que elas sejam utilizadas inclusive no estágio inicial da enfermidade e sua defesa das medicações foi um dos pontos centrais do conflito com o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, que era contrário à ampla recomendação do remédio para o coronavírus. “Não existe nenhuma evidência científica forte que sustente o uso da hidroxicloroquina para o tratamento da Covid. É uma droga utilizada para outras doenças já há 70 anos, mas em relação ao tratamento da Covid não existe nenhum ensaio clínico prospectivo e randomizado, feito por grupos de pesquisadores de respeito, publicados revistas de ponta, que aponte qualquer tipo de benefício do

uso da hidroxicloroquina no tratamento”, disse Ribeiro. No entanto, o dirigente disse que, no parecer, o conselho decidiu liberar os médicos para usarem a substância. Ele ressaltou que não se trata de uma recomendação da entidade, mas de uma autorização. Ribeiro também destacou que o CFM não autoriza o uso preventivo da hidroxicloroquina.

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O primeiro caso em que o uso da droga está liberado é para pacientes críticos, em terapia intensiva, nos chamados casos compassivos. “Ou seja, o paciente está praticamente fora da possibilidade terapêutica e o médico, com autorização dos familiares, pode usar essa droga”, afirmou. O CFM também autorizou a substância para casos menos graves e até para estágios iniciais dos sintomas. Ribeiro disse que a hidroxicloroquina também está liberada para pacientes que chegarem com sintomas importantes ao hospital, quando existe “um momento de replicação viral”, com ou sem recomendação de internação; e também no início dos sintomas, desde que exista diagnóstico confirmado para coronavírus e que estejam descartadas as possibilidades de que a pessoa tenha na verdade uma gripe normal, dengue ou H1N1. "É também uma decisão compartilhada com o paciente, em que o médico explica que não existe nenhum benefício provado da droga no uso da Covid e os riscos que a droga apresenta." Ele ressaltou que em todos os casos a administração deve ser feita no âmbito da relação entre o médico e o paciente. Dentro dessa relação, a hidroxicloroquina também pode ser receitada em ambiente domiciliar, disse Ribeiro. Questionado sobre as razões que levaram o conselho a liberar o medicamento mesmo sem evidência científica, Ribeiro disse que o coronavírus é uma doença devastadora e que, portanto, a entidade deu maior peso a relatos observacionais —quando o médico descreve a evolução de pacientes após o uso de determinada substância, sem o mesmo valor do que análises científicas. "Não podemos desprezar essa informação no momento", disse. "Em outra situação muito provavelmente o CFM não liberaria o uso da droga a não ser em caráter experimental. Mas, diante dessa doença devastadora, a opção foi dar um pouco mais de valor ao aspecto observacional de vários médicos, importantes e sérios." No dia 21 de abril, o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (Niaid, na sigla em inglês), dos EUA, divulgou um documento no qual contraindica o uso de hidroxicloroquina e azitromicina para tratamento da Covid-19 por causa de sua potencial toxicidade. A entidade também não indica o uso de lopinavir/ritonavir, drogas que também estão em estudo para tratar a doença. A recomendação foi elaborada por um painel de especialistas com representantes de pelos menos 13 entidades, como agências governamentais (entre elas a agência que regula remédios, a FDA ,e o Centro de Controle de Doenças, o CDC) e associações médicas americanas. Segundo o documento, o uso das drogas citadas só deve ser feita em ensaios clínicos. Com relação somente à hidroxicloroquina e à cloroquina, o Niaid afirma que ainda não há dados suficientes para uma indicação a favor ou contra as drogas no tratamento da Covid-19. O documento alerta, contudo, que o uso deve ser acompanhado de monitoramento dos efeitos adversos, considerando o risco de alterações cardíacas e mal súbito. Nos últimos dias, estudos feitos nos EUA, na França e no Brasil não mostraram benefícios da cloroquina e da hidroxicloroquina para o tratamento da Covid-19.

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Um estudo brasileiro feito pela Prevent Senior, inclusive, começou sem aval da comissão de ética, o que pode ser fraude científica, segundo o CNS (Conselho Nacional de Saúde), órgão que integra o Ministério da Saúde.

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Cenário Internacional

23 de abril – 10h36

Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA chegam a 26 mi em cinco semanas por coronavírus O Departamento do Trabalho dos EUA disse nesta quinta-feira (23) que mais 4,427 milhões de pessoas solicitaram auxílio-desemprego pela primeira vez na semana passada, abaixo dos 5,237 milhões em dado revisado da semana anterior. https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/04/pedidos-de-auxilio-desemprego-nos-eua-chegam-a-26-mi-em-cinco-semanas-por-coronavirus.shtml 23 de abril – 14h24

Itália deve divulgar plano de retomada no dia da libertação dos nazistas, dizem jornais A Itália, país europeu mais atingido pelo coronavírus na Europa, com 25 mil mortos até esta quinta-feira (23), vai publicar seu "decreto de saída" da quarentena no dia 25 de abril, data da libertação do país da ocupação nazista, segundo veículos da imprensa italiana. https://aovivo.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2020/03/30/5901-acompanhe-todas-as-informacoes-sobre-a-pandemia-de-coronavirus.shtml#post400718 23 de abril – 08h01

Fernando Canzian - De origem incerta, coronavírus será marco na ascensão chinesa Com classe média maior que a população dos EUA, China estreitará diferença com rival https://www1.folha.uol.com.br/colunas/fernandocanzian/2020/04/de-origem-incerta-coronavirus-sera-marco-na-ascensao-chinesa.shtml

23 de abril – 11h09

Coronavirus en la Argentina. Cómo está funcionando el nuevo esquema de accesos y carriles para entrar a la ciudad Para diminuir a propagação do coronavírus, a Argentina havia limitado o acesso de veículos à Buenos Aires, mas hoje (23) começa a retirar as barreiras dos 111 pontos de acesso à capital. A barreira sanitária foi instalada no dia 24 de março. https://www.lanacion.com.ar/sociedad/coronavirus-argentina-como-esta-funcionando-nuevo-esquema-nid2357346?utm_source=dlvr.it&utm_medium=twitter

23 de abril

Chile ultrapassa marca de 11 mil contágios por coronavírus, com 160 mortes As autoridades sanitárias do Chile relataram nesta quarta-feira 13 novas mortes pela Covid-19, o maior aumento desde que o vírus chegou ao país, elevando o total de vítimas para 160, além de 11.296 infecções, 464 delas de ontem para hoje. https://www.efe.com/efe/brasil/portada/chile-ultrapassa-marca-de-11-mil-contagios-por-coronavirus-com-160-mortes/50000237-4228537

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23 de abril – 12h02 / Atualizada 23 de abril – 12h03

Com economia paralisada, França pretende acelerar o fim do confinamento Apesar de conhecerem a data de 11 de maio como o momento previsto para o fim do confinamento obrigatório no país, imposto para frear a Covid-19, os franceses ainda não têm ideia da forma como a reabertura vai acontecer. O presidente Emmanuel Macron fala em um retorno gradual das atividades. Contudo, em entrevista nesta quinta-feira (23), o ministro da Economia francês sugere uma volta maciça de todo o comércio. http://www.rfi.fr/br/fran%C3%A7a/20200423-com-economia-paralisada-fran%C3%A7a-pretende-acelerar-o-fim-do-confinamento

23 de abril – 15h36

UE: fundo contra crise do coronavírus deve mobilizar 1 trilhão de euros Após uma reunião virtual na tarde desta quinta-feira, 23, o Conselho Europeu anunciou que trabalhará na criação de um fundo de recuperação da crise do coronavírus. Segundo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que classificou os impactos da covid-19 como “sem precedentes”, o montante a ser mobilizado para a retomada econômica na Europa deve ser de 1 trilhão de euros e será proposto um aumento no espaço orçamentário da UE. https://istoe.com.br/ue-fundo-contra-crise-do-coronavirus-deve-mobilizar-1-trilhao-de-euros/ 23 de abril – 08h40 / Atualizada 23 de abril – 09h15

China descobre 2 medicamentos específicos contra a Covid-19 Um estudo realizado pela Academia Chinesa das Ciências descobriu dois medicamentos específicos para serem usados contra o novo coronavírus e que impedem que o Sars-CoV-2 se multiplique dentro do corpo humano. https://istoe.com.br/china-descobre-2-medicamentos-especificos-contra-a-covid-19-2/

23 de abril – 15h14

Casos de coronavírus disparam em Cingapura e ameaçam imigrantes País era considerado modelo no combate ao coronavírus, mas total de infecatos em uma semana saltou de 300 para mais de dez mil https://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,casos-de-coronavirus-disparam-em-cingapura-e-ameacam-imigrantes,70003280414 23 de abril – 10h35

Coronavírus ameaça serviços essenciais de saúde na África, diz OMS A diretora regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a África, Matshidiso Moeti, alertou nesta quarta-feira, 23, que o coronavírus ameaça serviços essenciais na saúde em países africanos,

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como campanhas de imunização e tratamento de outras doenças. O continente tem pouco mais de 25 mil casos e 1.200 mortes, mas os números avançam rápido. Os casos subiram 43% na última semana e as mortes, 38%. https://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,coronavirus-ameaca-servicos-essenciais-de-saude-na-africa-diz-oms,70003280068

23 de abril – 15h12 / Atualizada 23 de abril – 15h59

Itália tem pela 1ª vez mais recuperados que novos casos de covid-19 3.033 pessoas deixaram os hospitais italianos desde ontem, enquanto o país registrou 2.646 novos casos da doença causada pelo novo coronavírus https://valor.globo.com/mundo/noticia/2020/04/23/italia-tem-mais-recuperados-que-novos-casos-de-covid-19-pela-1a-vez.ghtml

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Mais notícias importantes

FOLHA DE S.PAULO - 23 de abril – 14h18 / Atualizada 23 de abril – 14h59

Moro pede demissão após troca na PF, e Bolsonaro tenta reverter O ministro Sergio Moro (Justiça) pediu demissão a Jair Bolsonaro nesta quinta-feira (23) ao ser informado pelo presidente da decisão de trocar a diretoria-geral da Polícia Federal, hoje ocupada por Maurício Valeixo. https://www1.folha.uol.com.br/poder/2020/04/bolsonaro-avisa-moro-que-vai-trocar-diretor-geral-da-policia-federal.shtml EL PAÍS - 22 de abril – 22h27

Bolsonaro recorre a condenados no mensalão e réus na Lava Jato para romper isolamento político e pressionar Maia No discurso aos seus apoiadores, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) diz que não faz acordos, que representa a nova política e que não loteia o seu Governo para legendas. Na prática, isolado politicamente desde o início da pandemia de coronavírus, agiu de maneira distinta e se aproximou de figuras que foram condenadas ou são rés em dois dos maiores escândalos de corrupção do país: o mensalão e a Lava Jato. Tudo contou com apoio da ala militar de sua gestão. https://brasil.elpais.com/brasil/2020-04-23/bolsonaro-recorre-a-condenados-no-mensalao-e-reus-na-lava-jato-para-romper-isolamento-politico-e-pressionar-maia.html G1 - 23 de abril – 05h00 / Atualizada 23 de abril – 08h46

Filas e incerteza: mulheres que criam filhos sozinhas esperam pelo auxílio-emergencial durante pandemia Elas relatam problemas com cadastro e no recebimento do primeiro lote benefício. Creches e escolas estão fechadas e mulheres dizem não ter onde deixar crianças; dinheiro é única chance de pagar contas e comprar comida. https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2020/04/23/filas-e-incerteza-mulheres-que-criam-filhos-sozinhas-esperam-pelo-auxilio-emergencial-durante-pandemia.ghtml MÍDIA NINJA - 23 de abril – 00h47

6 mortes de quilombolas por coronavírus em 11 dias. Comunidades pedem apoio e denunciam subnotificação A invisibilidade do alastramento da doença em territórios quilombolas revela uma situação potencialmente drástica, que não tem recebido a atenção devida das autoridades públicas e dos meios de comunicação dominantes. Dados da transmissão da doença em territórios quilombolas são sub-notificados, pois muitas secretarias municipais deixam de informar quando a transmissão da doença e morte ocorre entre pessoas quilombolas. https://midianinja.org/news/dados-revelam-uma-alta-taxa-de-letalidade-da-covid-19-entre-os-quilombolas-e-uma-grande-sub-notificacao-de-casos/ VALOR - 23 de abril – 11h42 / Atualizada 23 de abril – 11h59

TRF-1 suspende decisão que proibia bancos de subir juros na crise Para desembargador, liminar de primeira instância trazia risco de “lesão à economia pública” https://valor.globo.com/financas/noticia/2020/04/23/trf-1-suspende-decisao-que-proibia-bancos-de-subir-juros-na-crise.ghtml

Page 28: Sumário · 2020-04-23 · 23/04/2020 06h45 Atualizada 23/04/2020 16h42 Casos de coronavírus e número de mortes no Brasil em 23 de abril As secretarias estaduais de Saúde divulgaram,

FOLHA DE S.PAULO - 23 de abril – 01h00 / Atualizada 23 de abril – 07h09

Partidos mantêm disposição de fazer eleição em 2020 sem destinar fundo a coronavírus Assim como a Justiça Eleitoral, maioria das siglas defende que, se pleito for adiado, que seja por um curto período, evitando prolongar mandatos https://www1.folha.uol.com.br/poder/2020/04/partidos-mantem-disposicao-de-fazer-eleicao-em-2020-sem-destinar-fundo-a-coronavirus.shtml BBC BRASIL - 23 de abril – 10h56

As teorias que tentam explicar por que covid-19 também mata jovens saudáveis Enquanto 80% dos infectados apresentam sintomas leves ou semelhantes aos da gripe, no outro extremo do espectro, há aqueles que acabam com pneumonia e conectados a um respirador na UTI, onde o prognóstico nem sempre é otimista. https://www.bbc.com/portuguese/internacional-52380211 FOLHA DE S.PAULO - 23 de abril – 13h43

Se não houver isolamento de 50%, podemos rever reabertura, diz Doria O tucano fez a declaração em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi, onde divulgou índice de isolamento de 48% na quarta-feira (22), abaixo do mínimo esperado de 50%. https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2020/04/se-nao-houver-isolamento-de-50-podemos-rever-reabertura-diz-doria.shtml O GLOBO - 23 de abril – 13h36 / Atualizada 23 de abril – 14h35

Nas cidades mais pobres do país, mortos por Covid-19 assustam familiares e mudam rotina de moradores Cidades na região do semiárido baiano como Adustina e Araci já registram mortes; funcionário de churrascaria de 26 anos em SP foi demitido e voltou à terra natal, onde foi diagnosticado com vírus https://oglobo.globo.com/brasil/nas-cidades-mais-pobres-do-pais-mortos-por-covid-19-assustam-familiares-mudam-rotina-de-moradores-24389416 ESTADÃO - 23 de abril – 14h19

Justiça notifica Shopping em Santa Catarina que promoveu reabertura com música e aglomeração Em caso de descumprimento de medidas de precaução à contaminação pelo novo coronavírus, o estabelecimento pode ser multado em até R$ 500 mil por dia. https://saude.estadao.com.br/noticias/geral,justica-notifica-shopping-em-santa-catarina-que-promoveu-reabertura-com-musica-e-aglomeracao,70003280331 O GLOBO - 23 de abril – 14h35

Ancelmo Gois - Niterói testa 40 mil pessoas e transforma Ciep's em centros de quarentena Niterói começa, amanhã, a testagem de 40 mil pessoas em favelas da cidade. Caso a pessoa teste positivo para covid-19, ela será encaminhada para um dos Cieps, que foram adaptados para serem os primeiros centros de referência de quarentena do país. https://blogs.oglobo.globo.com/ancelmo/post/niteroi-testa-40-mil-pessoas-e-transforma-cieps-em-centros-de-quarentena.html