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SUMÁRIO EXECUTIVO
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE
ORLANDO BEZERRA DE MENEZES
Maio/2018
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE | Sumário Executivo 2
Sumário
1 Introdução ................................................................................................................................ 3
2 Estudo de Mercado .................................................................................................................... 4
3 Estudos de Engenharia e Afins.................................................................................................. 10
4 Estudos Ambientais ................................................................................................................. 23
5 Avaliação Econômico-Financeira .............................................................................................. 30
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE | Sumário Executivo 3
1 INTRODUÇÃO
O MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES, PORTOS E AVIAÇÃO CIVIL - MPTA, por intermédio de sua SECRETARIA DE AVIAÇÃO CIVIL – SAC, publicou, no Diário Oficial da União, na Edição n.º 169-A, de 01 de setembro de 2017 – Seção 3, o Edital de Chamamento Público de Estudos (CPE) n.º 1/2017, tendo por objeto a seleção de projetos, levantamentos, investigações e estudos técnicos que subsidiem a modelagem das concessões para expansão, exploração e manutenção dos seguintes Aeroportos: BLOCO 2: Guararapes/Gilberto Freyre – Recife; Zumbi dos Palmares – Maceió; Santa Maria – Aracaju; Presidente Castro Pinto – João Pessoa; Orlando Bezerra de Menezes – Juazeiro do Norte; e Presidente João Suassuna – Campina Grande; BLOCO 3: Marechal Rondon – Cuiabá; Maestro Marinho Franco – Rondonópolis; Piloto Osvaldo Marques Dias – Alta Floresta; Presidente João Batista Figueiredo – Sinop; e Barra do Garças; BLOCO 4: Eurico de Aguiar Salles – Vitória; e Macaé.
Em atenção ao CPE n.º 1/2017, o Grupo de Consultores em Aeroportos (GCA) apresentou os seguintes relatórios para cada um dos aeroportos: Estudos de Mercado, Estudos de Engenharia e Afins, Estudos Ambientais e Avaliação Econômico-Financeira. Além disso, apresentou um Relatório complementar de Avaliação Econômico-Financeira, para cada Bloco, que teve por objeto a avaliação da viabilidade econômico-financeira do grupo de aeroportos que compõem o Bloco.
O presente Sumário Executivo tem por objetivo apresentar as principais premissas, informações e conclusões de cada um dos relatórios do Aeroporto de Juazeiro do Norte – Orlando Bezerra de Menezes. Para um entendimento completo dos estudos realizados, é recomendável a leitura dos relatórios.
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE | Sumário Executivo 4
2 ESTUDO DE MERCADO
Essa seção apresenta o Sumário Executivo do Estudo de Mercado para a concessão do Aeroporto de
Juazeiro do Norte – Orlando Bezerra de Menezes, que, apesar de possuir movimentação relativamente
pequena, apresenta uma expressiva taxa anual de crescimento (15,6%a.a. entre 2006 e 2017) e
processou, em 2017, 542 mil passageiros em 8,7 mil movimentos de aeronaves.
Visão Geral
No primeiro semestre de 2017 o Aeroporto conectou-se, com voos regulares, a seis destinos
domésticos (Figura 2-1).
Figura 2-1: Mapa das rotas domésticas com no mínimo 20 chegadas ou partidas no 1º semestre de 2017 (ANAC). A espessura das linhas reflete a frequência relativa das rotas
Fonte: ANAC.
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE | Sumário Executivo 5
A RI do Aeroporto, definida como a área para as quais se destinam (ou nas quais se originam) a maior
parte dos passageiros e cargas que utilizam este aeroporto como destino final (ou origem inicial) da
viagem, deve levar em consideração não só fatores econômicos, tempos de deslocamento e distâncias
ao aeroporto, mas também fatores culturais, como hábitos e preferências. Assim, como base para a
definição das RIs foi utilizado o estudo “Regiões de Influência das Cidades” (REGIC), do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No caso em tela, Juazeiro do Norte é parte de um aglomerado urbano que inclui também Crato (CE) e
Barbalha (CE). A região Juazeiro do Norte-Crato-Barbalha é enquadrada como Capital Regional e
influencia diversos municípios nos Estados do Ceará, Pernambuco e Paraíba, conforme ilustrado na
Figura 2-2. Ela está sob a influência da Metrópole de Fortaleza (CE) e, ao todo, sua RI cobre 39
municípios e uma área total de 28 mil km2.
Figura 2-2: RI de Juazeiro do Norte-Crato-Barbalha segundo o REGIC. Os aeródromos públicos1 e privados, além do aeroporto da Metrópole Influenciadora estão indicados, e o Aeroporto de Juazeiro do Norte está
destacado em laranja
Fonte: REGIC, ANAC e Consórcio GCA.
1 Aeroporto Campos Sales (SNCS) e Aeroporto Conceição (SIBW), os quais não operam operação comercial regular.
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE | Sumário Executivo 6
Significativamente distante de outras Capitais Regionais ou Metrópoles, SBJU é a única opção real de
transporte aéreo para o Vale do Cariri e arredores, o que justifica a demanda elevada por transporte
aéreo mesmo em uma região não tão povoada e com índices de desenvolvimento ainda não tão altos.
O Aeroporto está localizado a cerca de 15 min de carro da cidade de Juazeiro do Norte, em uma área
pouco adensada (Figura 2-3). Dentro de um raio de 10km (Figura 2-4) de SBJU também se encontra
um Distrito Industrial, próximo à fronteira entre os municípios de Juazeiro no Norte, Crato e Barbalha.
Além das atividades associadas ao Padre Cícero e ao turismo religioso, a Chapada de Araripe se
encontra a cerca de 45km do Aeroporto.
Figura 2-3: Entorno próximo do Aeroporto2
Fonte: Google Earth.
2 Norte para cima.
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE | Sumário Executivo 7
Figura 2-4: Mapa centrado no Aeroporto em tela indicando alguns dos principais destaques do seu entorno. As linhas cinzas denotam as rodovias estaduais e federais. Os círculos marcam raios de 5, 10, 30 e 50km de
distância do Aeroporto
Fonte: DNIT e Consórcio GCA.
A demanda aeroportuária de SBJU está fortemente influenciada pelos centros urbanos de Juazeiro do
Norte, Crato e Barbalha. De fato, segundo o relatório Brasil Que Voa (BQV), de 2014, os passageiros
que embarcam em SBJU são em sua maioria originados no Ceará (86%), com mais de metade do
município de Juazeiro do Norte (52%).
Cabe ainda mencionar que 30% dos passageiros de SBJU reside em Juazeiro do Norte e 60% no
município de destino da viagem. O principal motivo de viagem são negócios (48%).
Projeção de passageiros e movimentos de aeronaves
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE | Sumário Executivo 8
As projeções de demanda de passageiros foram realizadas a partir de análises de regressão
multivariada, com parâmetros selecionados por meio de testes de diversas variáveis explicativas
potenciais.
Para a projeção dos passageiros domésticos de origem e destino local adotou-se regressões com PIB
Brasil, yield Nordeste3 e etapa média do Aeroporto, ajustando-se a elasticidade-renda no longo prazo,
refletindo a queda da propensão a voar da população à medida em que a renda per capita cresce. A
projeção de passageiros em conexão é baseada na proporção histórica desse fluxo sobre o total. Não
há histórico de passageiros internacionais no Aeroporto e, na inexistência de solicitações de novas
rotas internacionais, não foram consideradas projeções deste fluxo.
Já para a aviação geral, projeta-se o total de movimentos de aeronaves a partir de análise de regressão
(neste caso, adotando população dos estados do Nordeste, preço do QAV no Nordeste e câmbio real4
como variáveis explicativas). Estima-se então o total de passageiros a partir de parâmetros usuais de
pax/movimento.
Como resultado consolidado das projeções, o total de passageiros cresce 5,2%a.a. entre 2019 e 2048,
último ano cheio da concessão, quando se prevê 2,8 milhões de passageiros (Figura 2-5).
Figura 2-5: Projeção de passageiros totais no Aeroporto, por tipo de fluxo
Fonte: Consórcio GCA.
A projeção dos movimentos de aeronaves é feita a partir da projeção de passageiros, do mix da frota
de aeronaves e do load factor. Atualmente, predominam aeronaves de classe de envergadura C,
3 Composto pelo yield dos aeroportos de Recife, João Pessoa, Maceió, Aracaju, Campina Grande, Juazeiro do Norte, Salvador, Fortaleza e Natal. 4 Obtida a partir de projeções de IPCA, CPI e câmbio nominal.
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE | Sumário Executivo 9
cenário que deverá perdurar ao longo da concessão. Em 2048 prevê-se um total de 26,4 mil operações
comerciais no Aeroporto, além de 6,4 mil operações de aviação geral.
Demandas de pico de passageiros e aeronaves
Para o dimensionamento dos principais sistemas do aeroporto calcula-se as demandas em instantes
de fluxo mais intenso, de forma que os usuários possam ser atendidos em um nível de serviço
adequado segundo critérios preestabelecidos.
No caso das instalações do TPS (processadores e áreas de check-in, controle de segurança, etc.) utiliza-
se a hora-pico de passageiros (PHP). O critério utilizado para definir PHP varia de acordo com a
movimentação anual de passageiros no aeroporto. A PHP de aeroportos que movimentam menos de
1 milhão de passageiros por ano, caso de SBJU até 2027, foi definida como a quantidade de assentos
oferecidos durante o período de 45 minutos com maior número de movimentos de aeronaves. Quando
o Aeroporto supera 1 milhão de passageiros anuais, a PHP passa a ser definida pela 30ª hora mais
movimentada do ano. A PHP cresce a uma taxa mais lenta que a demanda anual devido ao natural
espraiamento das operações para instantes de menor solicitação. A Tabela 2-1 resume os resultados
de PHP para os fluxos simultâneos (doméstico e internacional).
Tabela 2-1: PHP no Aeroporto – Ano base, início da concessão e término da concessão
Natureza Sentido 2016 2019 2048
Simultâneo
Embarque 236 498 671
Desembarque 217 477 617
Conexões 68 127 155
Simultâneo 356 691 1.012
Fonte: INFRAERO e Consórcio GCA.
Já o sistema de pistas deve ser dimensionado para atender à totalidade de operações da aviação
comercial na hora pico, com as operações de aviação geral sendo acomodadas na mesma hora pico ou
em instantes de menor solicitação, se necessário. Projeta-se que o Aeroporto terá hora-pico de 11
movimentos de pista por aeronaves comerciais de passageiros em 2048.
Projeta-se ainda a máxima solicitação do pátio de aeronaves, considerando o pico atual e o ritmo de
crescimento da hora-pico de pista comercial. Ao final da concessão, projeta-se a necessidade mínima
de 7 posições no pico de pátio (além de eventuais posições adicionais de reserva), com dominância de
aeronaves da classe C de envergadura.
A partir do confronto entre as demandas projetadas e a evolução da capacidade para os diferentes
sistemas do Aeroporto, segundo o plano de desenvolvimento adotado (vide Relatório de Engenharia
e Afins), não se identificou restrições ao crescimento das demandas previstas.
Carga aérea
Entre 2011 e 2017, SBJU processou anualmente uma média de 990 toneladas de cargas domésticas, a
totalidade nos porões de aeronaves de passageiros. Projeta-se crescimento de 4,8%a.a. para a carga
doméstica no horizonte da concessão, chegando a 7,6 mil toneladas movimentadas em 2048.
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE | Sumário Executivo 10
3 ESTUDOS DE ENGENHARIA E AFINS
Essa seção apresenta o Sumário Executivo do Relatório dos Estudos de Engenharia e Afins para a
concessão do Aeroporto de Juazeiro do Norte – Orlando Bezerra de Menezes.
O Relatório dos Estudos de Engenharia e Afins foi desenvolvido de acordo com a metodologia
apresentada na figura a seguir.
Figura 3-1: Metodologia de Estudo
Fonte: Consórcio GCA.
A seguir estão apresentados de forma resumida os resultados e premissas de cada etapa dos estudos.
Para maiores detalhes verificar os relatórios completos dos estudos.
3.1 Inventário das Condições Existentes
3.1.1 Situação Atual
A caracterização da situação atual é fundamental para um desenvolvimento apropriado do Sítio
Aeroportuário. Por meio dela, é possível ter um entendimento mais preciso das limitações e
oportunidades existentes para a ampliação do complexo aeroportuário. Entre outros aspectos, o
entendimento da situação atual envolve questões operacionais, de segurança, legais e
socioambientais.
Para a caracterização da situação atual, também foi avaliada a operação atual e feita a identificação
das infraestruturas existentes por meio das visitas in loco e dos principais planos de desenvolvimento
e dos estudos disponíveis. A figura a seguir ilustra a identificação das principais instalações existentes.
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE | Sumário Executivo 11
Além disso, quanto a situação patrimonial atual, o aeroporto em questão possui regiões devidamente
regularizadas, contudo ainda há uma região cuja desapropriação e regularização se encontra em
trâmite para consolidação do limite patrimonial do aeroporto.
Quanto as obras em andamento, segundo informações da visita in loco realizada, há uma reforma da
cerca patrimonial do aeroporto. Conforme orientação da SAC/MTPA, até 31 de agosto de 2018, as
obras devem continuar sendo executadas. A partir desta data, os serviços remanescentes devem ser
concluídos pelo concessionário. Como as intervenções que estão acontecendo são pontuais, foi
considerado que elas estarão concluídas até esta data. Assim, não haverá custos remanescentes
referentes a estas obras para serem considerados pelo CAPEX.
3.1.2 Avaliação da Capacidade Instalada
A análise de capacidade instalada é uma das etapas do processo de avaliação das condições existentes.
Nessa etapa são avaliadas as condições de capacidade de acordo com os níveis de serviço adequados.
Deste modo, foi desenvolvida a avaliação de capacidade para todos os sistemas aeroportuários. A
seguir estão apresentas as capacidades instaladas apenas dos principais sistemas.
3.1.2.1 Sistema de Pistas e Pátios
A tabela a seguir sumariza os resultados obtidos de capacidade instalada e as demandas existentes dos
sistemas de pistas e pátios. As pistas de táxi foram avaliadas com base nas restrições geométricas de
largura e código da aeronave de projeto. Já os pátios foram avaliados com base na capacidade estática
e dinâmica de estacionamento de aeronaves.
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE | Sumário Executivo 12
Tabela 3-1: Capacidade da PPD
Componente Capacidade Atual Demanda atual Situação
PPD (mov/h) 16,9 7,0 Atende
Fonte: Consórcio GCA.
Tabela 3-2: Capacidade das Pistas de Táxi
Pista de Taxi Largura (m) Acostamento (m) Código RBAC154 Aeronave Crítica Situação
Taxiway A 18 18 B B Atende
Taxiway B 23 23 B C Não Atende
Taxiway C 23 23 B C Não Atende
Fonte: AIP, Consórcio GCA.
A fim de mensurar a capacidade atual do pátio principal, foram analisadas as capacidades estáticas e
dinâmicas para o cenário atual. A tabela a seguir apresenta as capacidades estáticas para o cenário
avaliado.
Tabela 3-3: Capacidade Estática de Pátio
Tipo Cenário
C 3
D 0
E 0
Total Pontes de Embarque 0
Total Posições Remotas 3
Total de Posições 3
Fonte: Consórcio GCA.
Para avaliar a capacidade dinâmica horária do pátio principal, ponderou-se as capacidades estáticas
obtidas pelo tempo médio de ocupação de cada código de aeronave, obtendo-se assim a capacidade
dinâmica total, conforme a tabela a seguir.
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE | Sumário Executivo 13
Tabela 3-4: Capacidade Dinâmica de Pátio
Tipo Cenário
Tempo Médio de Turn (min) C
C 45
D 75
E 85
Capacidade C
C 5
D 0
E 0
Total 5
Fonte: Consórcio GCA.
3.1.2.2 Sistema Terminal de Passageiros
A figura a seguir sumariza os resultados obtidos de capacidade instalada e as demandas existentes dos
fluxos de embarque e desembarque. Os componentes do terminal foram avaliados considerando os
segmentos doméstico e internacional.
Figura 3-2: Capacidade do Componentes do Terminal
Fonte: Consórcio GCA.
3.1.2.3 Demais Sistemas
Quanto a condição dos demais sistemas que sofreram intervenções imediatas na fase 01, pode-se
notar as seguintes observações quanto a situação atual descritas na tabela a seguir.
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE | Sumário Executivo 14
Tabela 3-5: Capacidade dos demais componentes
Componente Descrição da Situação Atual
Infraestrutura Aeronáutica
• Operação: apresenta capacidade técnica para operação VFR/IFR de não precisão diurno/noturno para ambas as cabeceiras (13 e 31). Com um sistema PAPI instalado na cabeceira 13, a PPD está apta a pouso de aeronaves a jato por essa cabeceira. Cabe ressaltar que as luzes da PPD e o circuito de alimentação são antigos e estão com a vida útil esgotada.
Sistema Terminal de Cargas
• TECA: não há.
• Pátios Lado Ar e Lado Terra: não há.
• Estacionamento: não há.
Sistema de Aviação Geral
• TAG: não possui TAG atualmente e, como apresenta demanda inferior a 25 mil, o setor atende à necessidade atual.
• Hangares e pátios associados: atendem à necessidade atual.
Sistema de Administração e Manutenção
• Administração: não atende à necessidade atual.
• Manutenção: não atende à necessidade atual.
Sistema de Apoio às Operações
• PAA: atende à necessidade atual.
• SCI: não atende à necessidade atual.
Sistema de Apoio às Companhias Aéreas
• Processamento de carga: não atende à necessidade atual.
• Manutenção: não atende à necessidade atual.
• Manutenção e Hangaragem: não há.
Sistema Industrial de Apoio
• Correios: não há.
• Comissaria: não há.
• Serviços Aeroportuários: não há.
Sistemas de Infraestrutura Básica
• Energia Elétrica: atende à necessidade atual, mas apresenta inconformidades.
• Água Potável: não atende à necessidade atual.
• Esgoto Sanitário: atende à necessidade atual sob análise qualitativa.
• Resíduos Sólidos: não atende à necessidade atual.
Fonte: Consórcio GCA.
3.2 Estudos de Demanda
A fim de avaliar a capacidade atual de acomodar a demanda e as necessidades de investimentos ao
longo do período de concessão, foram desenvolvidos estudos mercadológicos e previsões de demanda
de passageiros, operação de aeronaves e carga transportada.
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE | Sumário Executivo 15
Figura 3-3: Resumo de Demanda Projetada
Fonte: Estudo de Mercado.
3.3 Plano de Necessidades
Dadas as projeções de demanda e a capacidade instalada, avaliou-se, para todos os sistemas
aeroportuários, as infraestruturas necessárias para atender a demanda prevista. Na figura a seguir, é
apresentado um resumo das necessidades de infraestrutura para o aeroporto ao longo das fases de
implantação consideradas para o período de análise. A obtenção dos requisitos de cada fase baseou-
se na avaliação das infraestruturas existentes diante da demanda projetada. Assim, as infraestruturas
instaladas foram mantidas, realocadas ou ampliadas de acordo com as necessidades previstas.
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE | Sumário Executivo 16
Figura 3-4: Plano de Necessidades
Fonte: Consórcio GCA.
Além disso, a seguir é apresentado um resumo das necessidades de infraestrutura para o aeroporto
com suas principais informações e componentes ao longo dos 30 anos considerados para o período de
análise.
Sistema de Pistas e Pátios
Pista de Pouso e Decolagem 2 Intervenção 2 Intervenção
Pistas de Táxi 2 Intervenção 2 Intervenção
Pátios de Aeronaves 2 Intervenção 2 Intervenção
Equipamentos de Rampa 2 Intervenção 2 Intervenção
Sistema Terminal de Passageiros
Terminal de Passageiros (TPS) 2 Intervenção 2 Intervenção
Estacionamento de Veículos 2 Intervenção 2 Intervenção
Vias de Acesso 2 Intervenção 1 Adequado
Infraestrutura Aeronáutica
Auxílios à Navegação Aérea 2 Intervenção 2 Intervenção
Sistema Terminal de Cargas
Terminal de Cargas (TECA) 4 N/A 4 N/A
Estacionamento de Veículos 4 N/A 4 N/A
Vias de Acesso 4 N/A 4 N/A
Sistema de Aviação Geral
Terminal de Aviação Geral (TAG) 4 N/A 4 N/A
Estacionamento de Veículos 4 N/A 4 N/A
Vias de Acesso 1 Adequado 1 Adequado
Sistema de Administração e Manutenção
Instalações de Administração 1 Adequado 1 Adequado
Instalações de Manutenção 2 Intervenção 2 Intervenção
Sistema de Apoio às Operações
Parque de Abastecimento de Aeronaves (PAA) 2 Intervenção 2 Intervenção
Seção de Contraincêndio (SCI) 2 Intervenção 1 Adequado
Sistema de Apoio às Companhias Aéreas
Instalações de Processamento de Carga e Manutenção 2 Intervenção 2 Intervenção
Instalações de Manutenção e Hangaragem 4 N/A 4 N/A
Sistema Industrial de Apoio
Correios 4 N/A 4 N/A
Comissaria 2 Intervenção 2 Intervenção
Serviços Aeroportuários 2 Intervenção 2 Intervenção
Sistemas de Infraestrutura Básica
Energia Elétrica 2 Intervenção 2 Intervenção
Água Potável 2 Intervenção 2 Intervenção
Esgoto Sanitário 2 Intervenção 2 Intervenção
Resíduos Sólidos 2 Intervenção 2 Intervenção
Fase 1 Fase 2SBJU
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE | Sumário Executivo 17
Tabela 3-6: Resumo das necessidades dos principais componentes
Atual/ Existente
Fase 01 Fase 02
DEMANDA 2016 15 Anos 30 Anos
Passageiros Anual
Aviação Regular 584.080 1.390.836 2.817.685
Aviação Geral 6.663 15.980 17.166
Total 590.743 1.406.816 2.834.851
Passageiros Hora-Pico (Doméstico)
Embarque 236 423 671
Desembarque 217 389 617
Conexão 68 104 155
Simultâneo 356 638 1.012
Aeronaves Hora-Pico
Hora-pico comercial (mov/h) 5 8 11
Hora-pico total (mov/h) 7 11 15
SISTEMA DE PISTAS
Aeronave de Projeto C C C
Capacidade Teórica 16,9 16,9 18,9
Comprimento de Pista (m) 1.938 1.938 1.938
Tipo de Operação NPA NPA NPA
SISTEMA DE PÁTIOS
Pátio de Aeronaves de Passageiros
Posições de Contato - - 4C
Posições Remotas 3C 7C 5C
Total de Posições 3C 7C 9C
SISTEMA TERMINAL DE PASSAGEIROS
Edifício do Terminal
Total (m²) 2.500 7.500 10.000
Estacionamento de Veículos
Área Total (m²) 5.815 5.400 10.200
Número de Vagas 230 200 376
Fonte: Consórcio GCA.
Após a programação de necessidades, com base na análise de capacidade dos sistemas do aeroporto,
foi possível definir para cada componente quando as intervenções devem ser iniciadas de modo que
o nível de serviço seja mantido durante todo o período.
Considerando que a concessão se inicia em 2019, é estimado um tempo de 6 meses para que sejam
obtidas as licenças ambientais necessárias para o início das obras. Após a obtenção das licenças
ambientais, as obras podem ser iniciadas. Com isso, como resultado da iteração dos diversos
componentes de planejamento, foram definidas as fases de obras e de operação conforme
apresentado na figura a seguir.
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE | Sumário Executivo 18
Figura 3-5: Cronograma estimado de fases de operação e de obras
Fonte: Consórcio GCA.
3.4 Estudo de Alternativas
Para a escolha da alternativa mais vantajosa para o desenvolvimento do sítio aeroportuário, buscou-
se aquela que apresentasse soluções para todas as não conformidades de infraestrutura, permitisse o
desenvolvimento futuro do sítio aeroportuário de forma otimizada, garantisse um nível de serviço
adequado para todas as instalações, minimizasse as intervenções nas instalações existentes e
apresentasse custos compatíveis com as receitas do aeroporto durante o período de concessão.
As alternativas propostas e suas principais características foram apresentadas na figura a seguir.
Figura 3-6: Alternativas Propostas
Alt
ern
ativ
a 0
1
• Implantação de ambas as RESA’s dentro da atual área patrimonial;
• Reforma e ampliação do pátio/terminal em ambas as direções;
• Aproveitamento do terminal e outras estruturas já implantadas, sob grandes intervenções.
Alt
ern
ativ
a 0
2
• Implantação de ambas as RESA’s dentro da atual área patrimonial;
• Reforma e ampliação do pátio em direção à cabeceira 31 e implantação de um novo TPS;
• Aumento da capacidade e nível de serviço do pátio/terminal.
Fonte: Consórcio GCA.
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE | Sumário Executivo 19
Considerando a demanda dos próximos 30 anos, o Terminal de Passageiros e Pátio de Aeronaves do
aeroporto deverão sofrer grandes ampliações de capacidade. Dado o porte das intervenções
necessárias no TPS atual e nas edificações adjacentes, a construção de um novo pátio e terminal,
conforme apresentado na Alternativa 02 se mostrou mais vantajosa. Dessa forma, a Alternativa 01 foi
preterida em relação a Alternativa 02. É importante mencionar que mesmo com o crescimento da
demanda, o fluxo de caixa do Aeroporto não será suficiente para amortizar a totalidade dos
investimentos e, portanto, a concessão só viabiliza considerando a geração de caixa de outros
aeroportos do bloco.
3.5 Plano de Desenvolvimento
Após a seleção da alternativa mais apropriada e o desenvolvimento do plano de necessidades, foi
elaborado o plano de desenvolvimento do aeroporto para o período de concessão considerado.
Ademais, foi elaborado um anteprojeto de engenharia e arquitetura. Assim, estimaram-se os custos
de projetos e operação ao longo das fases de implantação, de modo a viabilizar a modelagem
econômico-financeira do aeroporto.
A seguir foram apresentados os principais investimentos de cada fase de planejamento, bem como as
plantas de implantação identificando as intervenções no aeroporto e posterior detalhamento das
mesmas.
3.5.1 Fase 1
A primeira fase da concessão está prevista para ocorrer entre os anos de 2022 e 2033, já que o período
entre 2019 e 2022 é utilizado para obtenção das licenças ambientais e realização das obras, de forma
que todas as obras propostas atendam à demanda do ano de 2033.
As principais intervenções propostas para esta fase são:
• Construção de novos turn arounds nas cabeceiras 13 e 31;
• Implantação de RESA nas cabeceiras 13 e 31;
• Adequação e implantação de auxílios à navegação, balizamento e sinalização vertical;
• Construção de novo TPS, estacionamento de veículos e sistema viário de acesso;
• Adequação da largura das taxiway B e C para aeronaves código C;
• Ampliação do pátio de aeronaves para aviação comercial;
• Reconfiguração dos portões de controle e acesso ao aeroporto, com construção de via de
serviço pavimentada nas áreas de apoio.
A figura a seguir apresenta as intervenções prevista para a fase de implantação.
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE | Sumário Executivo 20
3.5.2 Fase 2
A segunda fase da concessão está prevista para ocorrer entre os anos de 2034 e 2048, de forma a
infraestrutura prevista atende à demanda do ano de 2048. As obras desta fase estão previstas para
acontecerem em 2032 e 2033.
As principais intervenções propostas para esta fase são:
• Ampliação da área de processamento do terminal de passageiros;
• Implantação de novas pontes de embarque;
• Ampliação do pátio de aeronaves para aviação comercial e da taxilane de acesso;
• Construção de nova taxiway de acesso ao pátio de aeronaves da aviação comercial;
• Ampliação do estacionamento de veículos;
• Ampliação das áreas de apoio do aeroporto.
A figura a seguir apresenta as intervenções prevista para a fase de implantação.
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE | Sumário Executivo 21
3.6 Estimativas de Custos de Investimento (CAPEX)
Para a elaboração do orçamento dos investimentos previstos, considerou-se preços consoantes com
as tabelas referenciais do SICRO e SINAPI, de modo a obter custos unitários referenciais por
componente aeroportuário. Considerou-se também, a taxa de BDI, de acordo com as orientações do
TCU e metodologia do SICRO. Assim, a partir dos investimentos previstos, custos unitários e da taxa de
BDI, obteve-se o orçamento dos investimentos para o desenvolvimento do aeroporto. A tabela a seguir
sumariza os investimentos por fase de implantação.
Tabela 3-7: CAPEX – Resumo por fase
DESCRIÇÃO VALOR (R$)
Investimentos na Fase 1 85.577.774,78
Investimentos na Fase 2 32.580.241,74
Subtotal dos investimentos em expansão aeroportuária 118.158.016,52
Gastos com Manutenção 39.945.010,18
Gastos com Meio Ambiente 4.263.726,89
Gastos com Desapropriações 28.211.647,50
Total do CAPEX 190.578.401,09
Fonte: Consórcio GCA.
A tabela a seguir compila os investimentos com base nos componentes principais do aeroporto para
cada fase.
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE | Sumário Executivo 22
Tabela 3-8: CAPEX – Resumo por componente
Componente Fase 01 (R$) Fase 02 (R$)
Sistema de Pistas 8.435.424,23 2.084.216,12
Sistema Terminal de Passageiros 41.118.091,13 14.329.925,83
Pátio de Aeronaves 4.496.655,38 2.456.035,75
Sistema de Apoio 22.972,92 169.999,61
Sistema das Companhias Aéreas 237.386,84 237.386,84
Sistema Administrativo e de Manutenção 2.338.950,40 2.338.950,40
Sistema Industrial de Apoio 130.179,88 130.179,88
Sistema de Infraestrutura Básica 2.418.878,53 1.213.330,07
Área Patrimonial 1.303.992,58 0
Sistema Viário 6.139.385,45 42.739,46
Demolições 188.058,83 0
Equipamentos 18.747.798,61 9.577.477,78
Total do CAPEX (R$) 85.577.774,78 32.580.241,74
Fonte: Consórcio GCA.
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE | Sumário Executivo 23
4 ESTUDOS AMBIENTAIS
Essa seção apresenta o Sumário Executivo do Relatório dos Estudos Ambientais para a concessão do
Aeroporto de Juazeiro do Norte – Orlando Bezerra de Menezes.
O Relatório dos Estudos Ambientais apresenta todos os estudos ambientais realizados em campo e no
escritório, por meio de dados primários e secundários, tendo sido realizada avaliação criteriosa de toda
a documentação pertinente fornecida pela Secretaria Nacional de Aviação Civil – SNAC, por meio de
Data Room. As informações disponíveis no banco de dados orientaram a condução das vistorias de
campo, as reuniões com órgãos públicos e as vistas dos autos de processos relacionados ao aeroporto.
Para o Aeroporto de Juazeiro do Norte, essas atividades foram realizadas nos dias 16 e 17 de novembro
de 2017 e 04 de janeiro do 2018. Contatos telefônicos, mensagens eletrônicas e reuniões foram
realizadas com os seguintes órgãos:
• Superintendência Estadual do Meio Ambiente (SEMACE)
• Secretaria do Gabinete Municipal de Juazeiro do Norte
• Ministério Público Federal
Os estudos ambientais foram desenvolvidos de modo a atender às diretrizes constantes no edital para
o tema, sendo que todos os requisitos foram devidamente abordados ao longo do relatório, seguindo
certa cronologia analítica, mediante avaliação criteriosa de toda a regularidade do aeroporto e
respectivos processos de licenciamento, dos estudos de ampliações, planos diretores e estudos
ambientais pretéritos. Com relação à regularidade ambiental, o Aeroporto de Juazeiro do Norte
encontra-se regularizado em relação ao licenciamento operacional de suas atividades e infraestrutura
existente, sendo a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (SEMACE), do estado do Ceará, o
órgão licenciador do empreendimento. Possui a Licença de Operação (LO) nº 234/2014, detalhada na
tabela a seguir.
Tabela 4-1: Informações sobre a licença de operação
Licença Órgão Emissor Emissão Validade Status
LO nº234/2014 SEMACE (Estadual) 28/03/2014 27/03/2018 Vigente
Fonte: Consórcio GCA.
No relatório elaborado foi apresentado em detalhes, o status de atendimento das condicionantes da
Licença de Operação (LO) nº 234/2014, inseridas no Processo Administrativo nº 2013-065028/TEC/LO
(SEMACE SPU 13038261-2), mantido sob a guarda da Diretoria Regional do Crato, da Superintendência
Estadual do Meio Ambiente (SEMACE). A sua respectiva renovação foi solicitada à SEMACE por meio
do Ofício nº379/SBJU(JUOP)/2017 em 27 de novembro de 2017, portanto, o aeroporto terá a sua
prorrogação automática até a manifestação do órgão ambiental conforme Resolução Conama
237/1997..
Desde o início de suas operações, em 1954, o empreendimento recebeu diversas obras de melhorias
e ampliações. No relatório ambiental elaborado, podem ser verificadas, em ordem cronológica, as
principais ações, obras, intenções de realização de obras e respectivos licenciamentos ambientais
ocorridos recentemente.
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE | Sumário Executivo 24
Foram também levantadas e relatadas, as licenças das empresas concessionárias do administrador
aeroportuário, as autorizações, outorgas e demais licenças do administrador aeroportuário, as
notificações e não conformidades do aeroporto, aplicadas por órgãos diversos, bem como a
conformidade do aeroporto perante a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e perante a
Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Apesar da verificação de algumas não-conformidades, não
foram identificadas notificações e autuações para o Aeroporto de Juazeiro do Norte.
Em relação às inconformidades ambientais perante a ANAC, identificou-se que o aeroporto não está
atendendo à RBAC 164, devendo o administrador aeroportuário realizar os estudos de gerenciamento
do risco da fauna.
O conhecimento a respeito das multas e notificações passadas, não implica ao próximo administrador
aeroportuário, a responsabilidade de assumir e arcar com essas despesas, no entanto, será sua
atribuição eliminar os fatos causadores das mesmas, bem como dar continuidade às ações mitigadoras
ou de recuperação em andamento.
Foi também realizado o diagnóstico socioambiental atual do aeroporto e levantados os passivos
ambientais existentes e da compatibilidade das atividades aeroportuárias e o uso do solo local.
Com relação aos passivos ambientais existentes, foram levantados no aeroporto de Juazeiro do Norte,
23 passivos ambientais, sendo que 78% são referentes a passivos do tipo IR (irregularidades
ambientais) e 22% refere-se a passivos do tipo AC (áreas contaminadas). Desse total de passivos
apenas um está em áreas ou responsabilidade de terceiros (T) e o restante é de origem da
Administração Local (AL). Veja a figura a seguir.
Figura 4-1: Classificação do tipo de passivo e sua origem no aeroporto
Fonte: Consórcio GCA.
Foi também avaliada a classificação dos passivos encontrados à luz da sua Classe de Risco, efetuada
com base na metodologia adaptada da FMEA (FailureModeandEffectsAnalysis).
Diante deste cenário apresentado, é possível visualizar que no Aeroporto de Juazeiro do Norte não
foram identificados passivos classificados com risco muito alto, sendo que os mesmos poderão ser
geridos de acordo com as suas respectivas criticidades a curto e médio prazo. Veja a figura a seguir.
AC5
22%
IR18
78%
TIPO DO PASSIVO
AL22
96%
T1
4%
ORIGEM DO PASSIVO
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE | Sumário Executivo 25
Figura 4-2: Classificação dos passivos por risco
Fonte: Consórcio GCA.
O estudo também analisou criteriosamente a compatibilidade atual e futura entre as atividades
aeroportuárias e o uso do solo, de forma a verificar se o plano de proteção contra obstáculos, plano
de zoneamento de ruído e área de segurança aeroportuária foram devidamente incorporados nas
diretrizes e legislações que norteiam a ocupação das áreas do entorno do aeroporto.
Para o bom desenvolvimento das atividades aeroportuárias e a adequação à luz da legislação vigente,
o administrador aeroportuário deverá atualizar o Plano Básico de Zona de Proteção do Aeródromo e
o Plano Específico de Zoneamento de Ruído, além de desenvolver acordos de cooperação técnica com
os municípios afetados pelas superfícies de proteção, com intuito de incorporar as necessidades
aeroportuárias aos instrumentos municipais de ordenamento urbano.
O estudou também estimou a quantidade de pessoas afetadas pelos níveis de ruído aeronáutico,
conforme a tabela a seguir, tanto para o Cenário Atual quanto para o Cenário futuro de
desenvolvimento.
Tabela 4-2: Impacto do ruído aeronáutico sobre a população do entorno
Área entre curvas de
ruído
Ocupação de uso Misto ou residencial dentro das curvas(%)
Número de pessoas que habitam dentro das curvas
Número de residências dentro das curvas
Curvas atuais
Curvas Futuras
Aumento do
impacto (%)
Curvas Atuais
Curvas Futuras
Aumento do
impacto (%)
Curvas Atuais
Curvas Futuras
Aumento do
impacto (%)
65 -70dB 0 15 -- 0 145 -- 0 35 --
70 - 75dB 0 0 -- 0 0 -- 0 0 --
75 - 80dB 0 0 -- 0 0 -- 0 0 --
80 - 85dB 0 0 -- 0 0 -- 0 0 --
Fonte: Consórcio GCA.
26%
61%
13%
PASSIVOS POR CLASSE DE RISCO
Muito Baixo Baixo Médio
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE | Sumário Executivo 26
Com o aumento da demanda de voos previsto no cenário futuro, nota-se que ocorrerá um aumento
da abrangência do impacto de ruído sobre as residências do entorno, em função da abrangência das
curvas de ruído em locais que antes não eram impactados. Estima-se que 35 residências e 145 pessoas
nas áreas de uso misto serão impactadas pelo ruído aeronáutico. Isso advém pelo fato destas
edificações estarem localizadas nas áreas entre as curvas de 65-70dB que irão extrapolar os limites
patrimoniais do aeroporto. Por essa razão, salienta-se a importância de o administrador aeroportuário
desenvolver ações conjuntas com a municipalidade, visando garantir que os usos do solo no interior
das curvas de ruído estarão em consonância com o recomendado pelo RBAC 161, visando ações de
compatibilização do uso e ocupação do entorno do aeroporto junto ao município.
Em relação ao risco da Fauna, o estudo identificou os principais focos atrativos existentes no interior
da Área de Segurança Aeroportuária (ASA), área circular com 20 km de raio, a partir do centro
geométrico da maior pista do aeroporto. Neste sentido, o administrador aeroportuário deverá auxiliar
a administração municipal no monitoramento dos focos e desenvolver ações educativas para evitar
que novos focos sejam criados.
No que tange às ações do risco da fauna dentro do sítio aeroportuário, destaca-se a necessidade de
elaboração dos estudos denominados Identificação do Perigo da Fauna (IPF) e do Programa de
Gerenciamento do Risco da Fauna (PGRF). Com os resultados desses estudos, será possível analisar a
necessidade de implantação de ações de manejo direto no sítio aeroportuário.
O estudo também apresenta o diagnóstico dos principais aspectos ambientais do aeroporto, no que
se refere a: drenagem, esgotamento sanitário, resíduos sólidos, áreas degradadas, fauna, flora,
emissões atmosféricas, energia, riscos ambientais, engajamento com stakeholders e Sistema de
Gestão Ambiental.
Com base em todos esses levantamentos, entende-se que o objetivo maior do estudo foi cumprido,
notadamente, no diz respeito à análise das restrições legais e ambientais existentes na área do sítio
aeroportuário e seu entorno, com a definição dos critérios socioambientais a serem incorporados ao
projeto, de tal forma que os mesmos pudessem direcionar a elaboração do Plano de Desenvolvimento
com os menores impactos ambientais possíveis.
Uma vez definido o plano de desenvolvimento, foi possível avaliar os riscos socioambientais e os
impactos ambientais decorrentes da sua implantação, de forma a permitir a proposição das medidas
mitigadoras, sistemas de gestão, programas ambientais e indicadores de desempenho mais adequados
para que o futuro operador tenha segurança durante toda a fase de implantação das obras de
expansão e operação do aeroporto.
Resumidamente, o aeroporto não apresenta restrições ambientais que possam ser consideradas
limitadoras para a viabilização do Plano de Desenvolvimento Proposto no relatório de Engenharia e
Afins, especialmente porque a maioria das intervenções previstas devem ocorrer em áreas já
antropizadas, conforme ilustrado na figura a seguir.
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE | Sumário Executivo 27
Figura 4-3: Impacto das obras de ampliação sobre a vegetação do aeroporto
Fonte: Consórcio GCA.
Foram também levantadas as diretrizes de licenciamento necessárias para todo o período de
concessão do aeroporto, com a definição dos respectivos cronogramas para as fases de implantação e
operação do aeroporto.
Para ambas as obras da fase 1 e fase 2 do Plano de Desenvolvimento deverá ser necessária a
elaboração de um Relatório Ambiental Simplificado e Plano de Controle Ambiental, visando a obtenção
das Licenças Prévia (LP) e de Instalação (LI). Para o licenciamento de todas as fases que compõem o
Plano de Desenvolvimento, o administrador aeroportuário também deverá solicitar a manifestação da
prefeitura municipal e o parecer de demais órgãos públicos, como o do Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (IPHAN)
A elaboração dos estudos ambientais e consultas aos órgãos públicos ocorre em período que precede
o início das obras, conforme prazos de licenciamento consolidados na tabela a seguir.
Tabela 4-3: Prazos consolidados para o licenciamento ambiental das fases do projeto
Fase do Plano de Desenvolvimento
Duração do licenciamento (Estudos e análises)
Início das obras (após a obtenção da Licença de Instalação – LI)
Fase 1 10 meses Junho de 2020
Fase 2 10 meses Janeiro de 2032
Fonte: Consórcio GCA.
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE | Sumário Executivo 28
Por fim, o estudo apresentou os custos do orçamento socioambiental previsto para as obras de
ampliação (CAPEX) e para a operação do aeroporto (OPEX), que estão resumidos na tabela a seguir.
Tabela 4-4: Custos socioambientais estimados para o Aeroporto de Juazeiro do Norte
Ações/Programas Ambientais Valor Total (R$)
OBRAS DE AMPLIAÇÃO
Licenciamento
Estudos Ambientais + TX análise + Tx emissão LP 464.546
Estudos Ambientais + TX análise + Tx emissão LI 186.296
Estudos Ambientais + TX análise + Tx emissão LO 19.382
subtotal licenciamento 670.224
PCA
Gestão e Monitoramento de Obra 3.092.196
Supressão de Vegetação 171.475
subtotal PCA 3.263.672 Passivos Ambientais 329.831,42 Compensação Ambiental (SNUC) - TOTAL CAPEX 4.263.727
OPERAÇÃO
Licenciamento
Reemissão de LO 5.053
Renovação LO 58.146
TCFA IBAMA 695.608
subtotal licenciamento 758.807
SGA
Equipe do Sistema de Gestão Ambiental 12.724.296
PBZPA e PZPANA 138.598
Programa de Gerenciamento de Fauna
IPF / PGRF 372.695
Plano de Controle de Pragas e Vetores 2.335.535
Programa de Gerenciamento do Ruídos
Elaboração das curvas de ruído 34.181
Plano de Zoneamento de Ruído 41.673
Programa de Gerenciamento de Energia e Emissões 17.827
Programa de Gerenciamento de Recursos Hídricos e Efluentes
6.052.583
Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos 34.772
Programa de Comunicação Social, Educação e Treinamentos
2.328.743
subtotal SGA 24.080.903 TOTAL OPEX 24.839.710
Fonte: Consórcio GCA.
O estudo, que contou com a participação de diversos profissionais especializados na área ambiental e
com atuação efetiva na operação de aeroportos, apresentou trabalhos inéditos relacionados à
avaliação das restrições e impactos ambientais decorrentes dessa atividade, bem como a definição de
medidas mitigadoras específicas e indicadores de desempenho inovadores, podendo-se destacar:
• A análise do uso e ocupação do solo no interior das curvas de ruído, mediante a identificação
das áreas e números de residências, pessoas e médias de pessoas por residência originais dos
setores censitários (IBGE, 2010);
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE | Sumário Executivo 29
• Levantamento dos focos atrativos à fauna, utilizando-se de critérios definidos em legislações
aeronáuticas específicas;
• Levantamento e análise de índices de colisão de aeronaves com fauna, segundo dados
disponibilizados pelo CENIPA;
• Identificação de áreas sensíveis à atividade aeroportuária, em virtude da existência de espécies
da fauna e flora de distribuição restrita localizadas em regiões sob influência do aeródromo,
conforme critérios do ICMBIO;
• Avaliação de risco dos passivos ambientais levantados utilizando-se uma adaptação da FMEA
(FailureModeandEffectsAnalysis);
• A proposição dos indicadores de acordo com as referências do GRI Standards (versão 2016) e
do GRI G4- Airport Operator Sector Disclosures (versão 2013), correlacionando-os com os Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável (ODS), com os padrões de Desempenho IFC, e com os princípios
do Pacto Global.
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE | Sumário Executivo 30
5 AVALIAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA
Esta seção apresenta o Sumário Executivo do Relatório de Avaliação Econômico-Financeira da
concessão do Aeroporto de Juazeiro do Norte – Orlando Bezerra de Menezes, no horizonte de 30 anos,
compreendendo o período de 01/agosto/2019 a 31/julho/2049. Atualmente, o aeroporto gera receitas
de cerca de R$7 milhões e tem margem de EBITDA negativa de cerca de 8% (dados de 2016)5.
Receitas
A avaliação econômico-financeira da concessão do Aeroporto de Juazeiro do Norte partiu da projeção
das receitas, compostas de:
• Receitas tarifárias, resultado da cobrança de tarifas sobre as operações de passageiros, cargas
e aeronaves (tarifas aeronáuticas), além de armazenagem e capatazia de cargas; e
• Receitas não tarifárias (ou comerciais/acessórias), associadas à exploração direta ou indireta
de espaços e de serviços no aeroporto, incluindo as seguintes atividades: varejo, alimentos e
bebidas; estacionamento de veículos; abastecimento de aeronaves; locação de veículos;
publicidade e mídia; cessão de espaço para companhias aéreas e Esatas; entre outros.
As projeções do primeiro grupo de receitas se baseiam na demanda esperada do aeroporto e nas
tabelas tarifárias aplicáveis a cada caso. Já no caso das receitas não tarifárias, as projeções consideram
não apenas a evolução da demanda do aeroporto e o respectivo impacto sobre cada tipo de negócio
explorado, mas também ganhos de eficiência advindos da renegociação de contratos entre o
concessionário e os cessionários de espaço no aeroporto, considerando padrões de benchmarks do
mercado.
Prevê-se que as receitas do aeroporto cresçam a uma média de 5,7%a.a. entre 2020 e 2048 (primeiro
e último ano cheios da concessão), evoluindo de R$12MM6 para R$57MM no período. As receitas com
tarifas aeronáuticas deverão oscilar de R$10MM a R$38MM e as não tarifárias de R$2MM para
R$19MM (Figura 5-1), alcançando cerca de 33% de participação no total de receitas em 2048.
5 Todos os valores monetários são apresentados no relatório em Real (R$) a valores constantes, com nível de preços compatíveis com a data-base de julho/2017, conforme orientação da SNAC/MTPAC. 6 Note-se que o crescimento expressivo em relação à receita de 2016 se deve não apenas à evolução da demanda projetada no período, mas também à incorporação do ATAERO à receita dos aeroportos, ocorrida apenas na segunda metade de 2016 e, que, portanto, teve efeito limitado sobre as receitas deste ano.
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE | Sumário Executivo 31
Figura 5-1: Projeção das receitas tarifária (aeronáutica e armazenagem e capatazia), não tarifárias e totais ao longo da concessão
Fonte: Consórcio GCA.
A receita unitária do Aeroporto ao final da concessão será de R$20,7/WLU. Descontada a incorporação
do ATAERO à receita do concessionário (para torná-la comparável a dados históricos de outros
aeroportos nacionais), a receita total é de R$17,0/WLU (ante R$13,0/WLU em 2016), próxima à média
nacional atual (Figura 5-2).
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE | Sumário Executivo 32
Figura 5-2: Benchmark nacional de receita total por WLU7
Fonte: Consórcio GCA.
Custos e despesas
Os custos e despesas operacionais do aeroporto concentram-se nas seguintes categorias: pessoal e
serviços terceirizados (principalmente), além de utilidades/serviços públicos e material de consumo.
Após o início da concessão, novas obrigações serão assumidas pelo concessionário, incluindo: seguro
para garantia de execução do contrato, despesas socioambientais e IPTU, além de custos de transição8.
O concessionário terá ainda de arcar com o pagamento de outorgas; estas, entretanto, são definidas
em função da viabilidade da concessão e, portanto, não são abordadas neste item.
A projeção dos custos e despesas do concessionário considera ganhos iniciais de eficiência associados
à assunção da operação pela iniciativa privada, além de ganhos de escala conforme o crescimento da
movimentação do aeroporto, determinados a partir de análise de benchmarks.
Projeta-se que os custos e despesas totais da concessão cresçam a uma média de 4,0%a.a. entre 2020
e 2048, evoluindo de R$11,1MM para R$33,3MM no período (Figura 5-3). Os custos com Pessoal e
Serviços Terceirizados são os mais significativos para o aeroporto, representando 54% e 33% dos
custos totais em 2048, respectivamente.
7 Dados de 2016, exceto para Salvador, Porto Alegre, Fortaleza e Florianópolis (dados de 2014). 8 Ressarcimento pela elaboração do EVTEA da concessão e pela realização do leilão, além de ressarcimento à atual operadora do aeroporto durante o período em que esta assistirá o concessionário na operação (Estágio 3 da Fase 1-A da concessão).
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE | Sumário Executivo 33
Figura 5-3: Projeção dos custos e despesas totais ao longo da concessão
Fonte: Consórcio GCA.
EBITDA e margem
Antes do pagamento de outorgas, o EBITDA da concessão foi projetado em R$0,2MM negativos em
2020, alcançando R$18,2MM positivos em 2048 (Figura 5-4). Projeta-se um incremento relevante de
margem ao longo da concessão, partindo de uma margem negativa de 2% para 35% positiva, resultado
do aumento da representatividade das receitas comerciais9 no total de receitas do aeroporto e dos
ganhos de escala esperados.
9 Que têm margens de contribuição superiores.
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE | Sumário Executivo 34
Figura 5-4: Projeção do EBITDA e margem de EBITDA ao longo da concessão
Fonte: Consórcio GCA.
CAPEX
O projeto previsto para a concessão, contemplando a adequação do nível de serviço do aeroporto e
sua ampliação conforme o crescimento esperado da demanda, prevê investimento total de
R$150,6MM (CAPEX de desenvolvimento), divididos em diferentes fases de desenvolvimento (Figura
5-5). Além desse montante, prevê-se um CAPEX de manutenção que soma R$40MM ao longo da
concessão.
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE | Sumário Executivo 35
Figura 5-5: Projeção do CAPEX de desenvolvimento
Fonte: Consórcio GCA.
Avaliação da viabilidade financeira da concessão
O fluxo de caixa do projeto é apresentado na Figura 5-6. Conforme se observa, o fluxo de caixa é
positivo e crescente ao longo da maior parte da concessão, à exceção dos ciclos de investimento, que
demandarão o aporte de recursos. A TIR do projeto é de 2,2%a.a. real e a MTIR é de 6,8%a.a. real.
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE | Sumário Executivo 36
Figura 5-6: Projeção do fluxo de caixa livre para a firma (não descontado)
Fonte: Consórcio GCA.
Os fluxos de caixa livres para a firma foram descontados ao custo de capital (WACC) normativo,
estabelecido em 8,86%a.a. real. A Figura 5-7 apresenta o fluxo de caixa descontado acumulado, a partir
do qual determinou-se o valor presente líquido da concessão, antes da consideração de pagamento
de outorgas. O projeto proporciona um retorno abaixo do custo de capital e, consequentemente, VPL
negativo dos fluxos de caixa. Deste modo, a concessão isolada do Aeroporto é inviável financeiramente
e, portanto, não gera fluxos de pagamentos a título de outorgas.
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE | Sumário Executivo 37
Figura 5-7: Projeção do fluxo de caixa livre para a firma, descontado, acumulado (antes do pagamento de outorgas)
Fonte: Consórcio GCA.
Atratividade para o acionista
A atratividade do projeto para o acionista foi avaliada considerando-se: (i) a possibilidade de captação
de recursos de terceiros (empréstimo de longo prazo junto ao BNDES e emissão de debêntures,
conforme condições de mercado e atendidos covenants mínimos10); (ii) as necessidades de aportes de
recursos próprios; e (iii) a possibilidade de distribuição de dividendos ao longo da concessão. A Figura
5-8 apresenta a projeção dos fluxos resultantes de aportes e dividendos ao longo da concessão. O
concessionário necessitará aportar recursos próprios durante as duas primeiras fases de
desenvolvimento do aeroporto, colhendo dividendos crescentes no restante do horizonte da
concessão, à exceção dos últimos anos quando há exigência de capital social mínimo. A distribuição de
dividendos seria interrompida apenas durante o período de captação e carência de empréstimos
associados. Por fim, ao término da concessão, é possível proceder à devolução do capital social. A TIR
do acionista calculada a partir dos fluxos de aportes e apenas ligeiramente positiva (1,5% a.a.).
10 Neste caso, na prática, diante da baixa capacidade de endividamento da concessão, não foi considerada a emissão de debêntures por parte do concessionário.
AEROPORTO DE JUAZEIRO DO NORTE | Sumário Executivo 38
Figura 5-8: Projeção dos fluxos de aportes e dividendos, não-descontados (após o pagamento de outorgas)
Fonte: Consórcio GCA.