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1 Sumário Executivo de Belo Horizonte/MG

Sumário Executivo de Belo Horizonte/MGMapa 1 – Localização de Belo Horizonte - MG Fonte: Adaptado por Roberto M Pereira com base no I3GEO do MMA com Google Earth para Limites

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Sumário Executivo de

Belo Horizonte/MG

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Sumário Sumário Executivo de .................................................................................................................................. 1

Belo Horizonte/MG ...................................................................................................................................... 1

Introdução ....................................................................................................................................................... 4

Vitórias e conquistas da reciclagem nos últimos anos. ............................................................. 4

Princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidosno Brasil .................................................... 5

Benefícios da coleta seletiva ........................................................................................................... 5

Oportunidades em finanças e negócios sustentáveis na cadeia da reciclagem .............. 6

1) Município de Belo Horizonte/MG ................................................................................................. 7

2) Mapa da Cidade- A mancha urbana pode ser vista no mapa a seguir: ......................... 7

3) Caracterização básica: ....................................................................................................................... 8

Características Gerais ....................................................................................................................... 10

A ASTEMARP e COOPEMAR OESTE não integram nenhuma das duas redes ............ 10

Análise dos Níveis de Eficiência das Organizações de Catadores: faturamento, quantidade comercializada, preços, assimetrias comerciais ............................................. 11

AS UNIDADES DE PRODUÇÃO ..................................................................................................... 12

EFICIÊNCIAS COMPARADAS ......................................................................................................... 15

EFICIÊNCIAS COMPARADAS: MALHA DESAGREGADA DE MATERIAIS. ........................ 18

ECONOMIA DE RECURSOS PÚBLICOS: CONTEXTO REGIONAL DAS UNIDADES DE PRODUÇÃO.......................................................................................................................................... 23

Intermediários e Indústrias recicladoras e logística de comercialização.................... 24

Logística de Coleta ........................................................................................................................... 25

Mapa distribuição de LEVs em Belo Horizonte ...................................................................... 28

Mapa da coleta seletiva mecanizada em Belo Horizonte .................................................. 29

Mapa: Distribuição espacial das associações e cooperativas integrantes do Forum Lixo e Cidadania Municipal ............................................................................................................ 30

Programa de Compostagem ......................................................................................................... 30

Articulação com a Prefeitura ........................................................................................................ 31

3. Linhas centrais da estratégia de intervenção do águaBrasil em Belo Horizonte - MG: 32

4. Perspectiva de articulação da estratégia de intervenção com políticas públicas: 34

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7. Perspectiva de articulação com estratégia dos parceiros águaBrasil (BB e FBB): 34

6. Alinhamento sobre GOVERNANÇA LOCAL DA INICIATIVA ÁGUA BRASIL-COMITE DE APOIO LOCAL – CAL – Funcionamento/governança ................................... 35

COMITÊ GETOR: ................................................................................................................................. 36

Parceiros e entidades do àgua Brasil ......................................................................................... 37

Oportunidades e Potencialidades ............................................................................................... 38

8. Situação do Projeto ................................................................................................................. 39

9. Observações e complementos ............................................................................................ 39

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Introdução

O diagnóstico do município de Belo Horizonte/MG, teve por objetivo levantar os principais problemas no campo da gestão, coleta e destino final dos resíduos sólidos gerados pelo município com vistas a subsidiar a WWF Brasil para propor a sociedade local, numa segunda etapa, ações integradas de consumo consciente, coleta seletiva e reciclagem, visando a melhoria da qualidade ambiental urbana da cidade e a geração de postos de trabalho e renda para setores excluídos da sociedade assentados numa perspectiva de sustentabilidade ambiental e desenvolvimento de eco-negócios.

A seguir contextualizamos o cenário institucional-legal, os campos de intervenção e as oportunidades em negócios e finanças sustentáveis na cadeia da reciclagem:

Vitórias e conquistas da reciclagem nos últimos anos.

Lei nº 12.305/2010 Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS Decreto n° 7.404/2010

Lei nº 11.445/2007 Saneamento Básico Decreto nº 7.217/2010

Lei nº 11.107/2005 Consórcios Públicos Decreto nº 6017/2007

Decreto nº 7.405/2010 Pró-Catador

Fonte: Adaptado de MMA/2011

2003 -Criação do Comitê Interministerial

2006 – Coleta Seletiva Solidária – Dec. 5940/06

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Princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidosno Brasil

Benefícios da coleta seletiva R$ 1,4 bilhões a R$ 3,3 bilhões / ano; Com a reciclagem total do aço, alumínio, papel, plástico e vidro esse volume

poderia chegar a R$ 8 bilhões; Redução das emissões de gases de efeito estufa; Redução no consumo de energia; Redução na extração de recursos naturais (matéria prima).

Rua Lixão Catadores

Cooperados

Intermediário

Intermediário

Intermediário

$$

Geradores

Governos

S i d d Ci il

Movimento

Cooperativa Industrial

Campos de Intervenção

Parcerias com a Indústria

Política Pública

Organização dos Catadores

Fortalecimento das Cooperativas

ONGs, Igreja, FLICs AMOBs

Fo

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Oportunidades em finanças e negócios sustentáveis na cadeia da reciclagem

1. Bancarização, apoio não reembolsável e MPO (Crescer individual) para os catadores e suas organizações;

2. Conta da Cooperativa, MPO (Crescer Individual e Coletivo) e Capital de Giro para as Cooperativas;

3. Capital de Giro, MPO (Crescer Coletivo), crédito para equipamento para as Redes de comercialização e produção e fomento a empresas de reciclagem (INDÚSTRIA);

4. Financiamento das Prefeituras para as inversões necessárias para o cumprimento da PNRS;

5. Financiamento para os grandes geradores desenvolverem seus Planos de Gerenciamento de resíduos e se adequarem a PNRS , estimulando a integração com as organizações de catadores.

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1) Município de Belo Horizonte/MG

Mapa 1 – Localização de Belo Horizonte - MG

Fonte: Adaptado por Roberto M Pereira com base no I3GEO do MMA com Google Earth para Limites Municipais e Sedes Municipais do IBGE para Google Earth, 2011.

2) Mapa da Cidade- A mancha urbana pode ser vista no mapa a seguir:

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Mapa 2 – Mancha Urbana de Belo Horizonte – MG.

Fonte: Google Earth, 2011.

De acordo com o Censo Demográfico do IBGE, em 2010, Belo Horizonte possuía população residente de 2.375.151 pessoas, sendo 1.113.513 homens e 1.261.638 mulheres o que representa respectivamente 46,9% e 53,1%. A densidade demográfica do município é de 7.167,02 habitantes por km² O número de domicílios recenseados foi de 847.495, o que dá uma média de 3,11 moradores por domicílio. O município tinha 1.742.843 eleitores nas Eleições de 2006.

3) Caracterização básica: Segundo a própria Superintendência de Limpeza Urbana – SLU de Belo Horizonte:

“A Superintendência de Limpeza Urbana – SLU foi criada pela Lei nº 2.220, de 27/08/73, tendo como finalidade a exploração em todo o Município de Belo Horizonte dos serviços de varredura, coleta, depósito, tratamento e transformação do lixo e da venda de seus produtos e subprodutos e como competência, assegurada a exclusividade na exploração destes serviços: a) planejar, desenvolver, executar e explorar diretamente esses serviços; b) regulamentar e fiscalizar a execução e o funcionamento de quaisquer instalações ou sistemas, públicos ou particulares, relativos ao lixo. c) realizar a apropriação do custo das operações e promover justificadamente a revisão periódica das tarifas e preços públicos dos serviços de sua competência, de modo a assegurar a sua manutenção, melhoramento e expansão, bem como o equilíbrio econômico-financeiro da autarquia; d) realizar operações financeiras, após prévia autorização do Prefeito para obtenção de recursos que se fizerem necessários à execução de seus serviço, respeitada a legislação pertinente, e; e) praticar todos os atos

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compreendidos em suas finalidades.” ( A GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS EM BELO HORIZONTE: PROPOSTAS PARA SUA OTIMIZAÇÃO, Superintendência de Limpeza Urbana – SLU, 2009, p.16)

Em 2000, ocorre a publicação da Lei Municipal n.º 8.146 de 29 de Dezembro, onde há uma profunda alteração da Administração Direta do Poder Executivo com impactos na SLU, pois é criada entre outras secretárias a Secretaria Municipal da Coordenação de Política Urbana e Ambiental – SCOMURBE, que se torna responsável pelas políticas de desenvolvimento urbano e ambiental do Município e compunha-se por seis Secretarias, dentre elas, a Secretaria Municipal de Limpeza Urbana – SMLU.

Segundo o documento supracitado a Reforma Administrativa realizada diminui um conjunto de atribuições da antiga SLU mas por outro lado alçou ao status de Secretaria de Municipal a ação de Limpeza Urbana.

Em 2005, ocorre nova restruturação administrativa extinguindo a SMLU impactando nas atribuições da SLU, pois apesar de manter a sua existência administrativa focaliza sua atribuição exclusivamente a implementação so Sistema de Limpeza Urbana e do cumprimento das ,etas estabelecidas no Plano de Resíduos Sólidos. De fato, como resultado da lei 9011 de 01/01/2005, foi criada a Secretaria Municipal de Políticas Urbanas, que entre outras atribuições assumiu a Gestão dos Resíduos na cidade.

Assim a SLU diminui suas atribuições focalizando suas atribuições em:

“(...)a) elaborar projetos de limpeza, coleta domiciliar e seletiva; b) executar, direta ou indiretamente, e fiscalizar os serviços de limpeza urbana; c) realizar atividades de envolvimento, sensibilização e conscientização da sociedade em relação à limpeza urbana e ao adequado manejo do lixo; d) exercer o poder de polícia no âmbito do Sistema de Limpeza Urbana, sobre os serviços e as condutas dos operadores e usuários; e e) gerenciar, por delegação específica, os contratos de serviços de limpeza e conservaçãode vias públicas e congêneres firmados pelo Município, empenhados pela Secretaria Municipal de Políticas Urbanas Releva frisar que, esta Lei, modifica a competência da SLU, não mais lhe assegura a exclusividade na exploração dos serviços de limpeza urbana e, mais uma vez, altera a estrutura organizacional da Autarquia..” ( A GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS EM BELO HORIZONTE: PROPOSTAS PARA SUA OTIMIZAÇÃO, Superintendência de Limpeza Urbana – SLU, 2009, p.18)

Finalmente cabem destacar: a LEI ORGÂNICA MUNICIPAL – 1992, a Lei n°9.529/2008 – Decreto: 4.367/2011 que promulga a torça do saco plástico pelo saco de lixo ecológico dos estabelecimentos privados e órgãos públicos do município. Além dos projetos de Lei 2.026/2011 – Limpeza urbana,projeto de Lei 2186 – Separação dos recicláveis pelos órgãos públicos municipais e destinação as organizações de catadores.

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Catadores e Carroceiros: Perfil das Cooperativas de Catadores visitadas nos município

Características Gerais

Estudo elaborado por OLIVEIRA, Angela, entre dezembro de 2011 e maio de 2012 denominado “Limites e Desafios das organizações de catadores de Belo Horizonte/MG: mapeamento da cadeia produtiva da reciclagem” e realizado através do apoio do Banco do Brasil através do seu programa de Desenvolvimento Regional Sustentável – DRS em parceira com,a instituição IICA aponta um conjunto de informações importantes para o entendimento do quadro de organizações dos catadores em Belo Horizonte.

Segundo o estudo supracitados temos duas redes de comercialização na cidade, a saber a Cataunidos e a Rede Sol.

Sendo que a Cataunidos tem uma presença mais estadual e metropolitana com 24 organizações de catadores dos quais um em Belo Horizonte que é a ASMARE

No que tange a Rede Sol esta é composta por 10 organizações a maioria da capital mineira (sete ao total) e três fora dos limites da cidade. Compõem em Belo Horizonte as seguintes associações e cooperativas integrantes da Rede Sol: ASSOCIRECICLE, COMARP PAMPULHA, COOPERSOL LESTE, COOPERSOL NOROESTE, COOPERSOL VENDA NOVA, COOPERSOLI BARREIRO e RECICLANDO.

A ASTEMARP e COOPEMAR OESTE não integram nenhuma das duas redes

Segundo OLIVEIRA, do total dos associados nas duas redes constatam-se 312 associados sendo 220mulheres e 92 homens, sendo que a ASMARE é a que possui mais associados com 110 integrantes ( ) seguido da COOPEMAR OESTE com 42 associados ( 66 mulheres, 44 homens ) , COOPERSOLI BARREIRO com 39 associados (35 mulheres e 7 homens), COOPESOL LESTE com 37 integrantes ( 28 mulheres e 9 homens) , COMARP PAMPULHA com 35 integrantes (28 mulheres e 7 homens), COCAPEL – ASSOCIRECICLE com 22 associados ( 12 mulheres e 10 homens ), ASTEMARP com 12 associados (9 mulheres e 3 homens), COOPERSOL VENDA NOVA com 7 integrantes (6 mulheres e 1 homem), COOPERSOL NOROESTE com 5 integrantes (3 mulheres e 2 homens) e RECICLANDO com 3 (2 mulheres e 1 homem).

Do ponto de vista da posse do terreno apenas organização seria proprietária do mesmo, sendo que 5 são cedidos pela prefeitura, 3 alugados pela prefeitura, 2

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emprestados por parceiros, 1 alugado pelo empreendimneto e 1 alugado pelo intermediário.

Se o quadro anterior ainda não revela o grau de dependência, o estudo supracitado revela que das 33 prensas existentes nestas organizações , 15 são emprestadas por intermediários com evidentemente obrigação de venda para estes da produção realizada e 14 são próprias ou esncontram-se em regime de comodato (OLIVEIRA,2012),

Ainda segundo o estudo supracitado temos que:

Tabela: Equipamentos existentes nas organizações Equipamentos / Organizações A B C D E F G H I J Prensa 8 2 2 7 4 4 1 1 4 Balança 3 2 1 2 2 3 1 1 3 1 Triturador de vidro 0 0 0 2 0 1 0 0 1 Triturador de papel 4 0 0 2 3 1 0 0 2 Elevador de carga 2 0 1 1 1 1 0 0 3 Carrinho de fardo 8 0 1 6 3 4 1 1 2 Fonte: OLIVEIRA, Angela: “Limites e Desafios das organizações de catadores de Belo Horizonte/MG: mapeamento da cadeia produtiva da reciclagem” / Banco do Brasil - Programa Desenvolvimento Regional Sustentável – DRS/ IICA, 2012

ASMARE = A

ASTEMARP = |B

COCAPEL /ASSOCIRECICLE = C

COMARP PAMPULHA = D

COOPEMAR OESTE = E

COOPESOL LESTE = F

COOPERSOL NOROESTE = G

COOPERSOL VENDA NOVA = H

COOPERSOLI BARREIRO = I

RECICLANDO = J

Análise dos Níveis de Eficiência das Organizações de Catadores: faturamento, quantidade comercializada, preços, assimetrias comerciais

Esta etapa do trabalho de pesquisa tem como objeto a análise de dados primários coletados junto a cooperativas, associações e outras constituições coletivas de catadores de materiais recicláveis na cidade mineira de Belo Horizonte. O escopo do trabalho é a apresentação do contexto local em que ocorre a atividade de catação de recicláveis, com foco nas organizações coletivas enquanto unidades de produção.

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A pesquisa contribui para o debate acerca dos caminhos para a inclusão social e econômica dos catadores à medida que amplia e atualiza o conhecimento acerca da atuação destes agentes, suas condições de operação, grau de organização e produtividades física e econômica, dado o contexto local. Ademais, tais variáveis são tomadas em comparação com o um conjunto mais amplo de unidades de produção, investigado em outras oportunidades por instituições como a do PANGEA/UFBA.

A metodologia de trabalho envolveu o levantamento direto de dados em organizações coletivas de catadores, doravante apenas unidades de produção. A aplicação dos questionários foi realizada no decorrer do mês de julho de 2011 e representa uma amostra de 7 unidades que reúnem, ao todo, 289 catadores, e recuperam para o sistema produtivo mais de 620 toneladas de materiais descartados nos resíduos sólidos urbanos todos os meses.

AS UNIDADES DE PRODUÇÃO Aplicado o procedimento de desidentificação das organizações coletivas, abaixo segue a lista das unidades de produção segundo a produção mensal física, em valores monetários e o número de catadores. São válidas as convenções:

a) NÚMERO DE CATADORES: Indica o número de catadores efetivamente declarados em atividade – formalizados, ou não – pelas administrações das unidades de catadores;

b) PRODUÇÃO Kg: Representa a magnitude - em peso - média do volume mensal de material reciclado efetivamente recolhido, triado, enfardado e comercializado pelas respectivas unidades de catadores;

c) VALOR DA PRODUÇÃO R$: Representa o valor obtido pela venda média do volume mensal de material reciclado efetivamente recolhido, triado, enfardado e comercializado pelas respectivas unidades de catadores;

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TABELA – PRODUÇÃO FÍSICA MENSAL EM Kg, VALOR DA PRODUÇÃO

COMERCIALIZADA MENSAL E NÚMERO DE CATADORES, 20111.

CÓDIGO PRODUÇÃO KG VALOR DA PRODUÇÃO Nº CATADORES UNID 4 98.994,00 R$ 26.816,14 78 UNID 5 87.696,00 R$ 24.057,00 72 UNID 1 282.540,00 R$ 75.591,88 42 UNID 6 38.778,30 R$ 10.434,25 35 UNID 2 80.081,89 R$ 22.933,94 25 UNID 7 11.751,00 R$ 3.433,62 22 UNID 3 28.040,95 R$ 8.226,97 15 TOTAL 627.882,14 R$ 171.493,80 289 FONTE: Dados primários de pesquisa direta – BAINEMA (2011)

As medidas de concentração aplicadas a estes dados dão conta de que, em média, uma unidade possui 41,29 catadores e recupera 89.697,45 Kg’s de materiais recicláveis, o valor obtido com a comercialização dessa produção gira em torno de R$ 24.499,11.

Conforme esperado, e já observado em pesquisas anteriores há grande variação entre as unidades, refletindo a heterogeneidade característica deste segmento econômico. A razão entre os desvios-padrão e as médias das variáveis citadas, ou seja, o coeficiente de variação denota que, para o número de catadores os desvios atingem em torno de 60% da média, para a produção mensal alcançam 102% da média, e para o valor comercializado 99% da média.

Um modo mais claro de visualizar a questão é através da contraposição do número de catadores à produção física por catador e valor da produção comercializada por catador.

1 Naturalmente o número de identificação das unidades de produção foi atribuído de modo aleatório, assim, a tabela não corresponde à disposição das cooperativas em ordem alfabética ou qualquer outro critério comumente discernível.

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GRÁFICO 1 - VALORES PER CAPITA DA PRODUÇÃO MÉDIA MENSAL EM KG/mês E NÚMERO DE CATADORES

FONTE: Elaboração própria, 2011.

No gráfico acima as unidades estão dispostas em ordem decrescente do número de catadores, o que de imediato revela a inexistência de uma relação causal direta entre o número de catadores e a produção per capita. Assim, a relação mais geral entre eficiência e tamanho das unidades produtivas irá requerer algumas qualificações.

O GRÁFICO 2 traz o número de catadores vis-à-vis o valor per capita obtido através da comercialização dos materiais recicláveis. Uma vez mais o padrão exibido descarta a relação imediata entre o tamanho da unidade de produção e sua eficiência.

UNID 4 UNID 5 UNID 1 UNID 6 UNID 2 UNID 7 UNID 3 0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

Nº CATADORES KG/CATADOR

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GRÁFICO 2 - VALORES PER CAPITA DA PRODUÇÃO MÉDIA MENSAL COMERCIALIZADA, EM R$/mês, E NÚMERO DE CATADORES

FONTE: Elaboração própria, 2011.

Na cidade de Belo Horizonte as unidades de produção pesquisadas são em sua maioria de tamanho médio, com mais de 30 e menos de 100 catadores.

EFICIÊNCIAS COMPARADAS A divisão das unidades de produção de recicláveis por tamanho segundo o número de catadores não conduz a um melhor entendimento do desempenho do conjunto amostrado. Uma alternativa a este tratamento, é a classificação conforme os critérios de eficiência física e eficiência econômica, quais sejam:

Eficiência física: definida pela relação entre a produção total de cada unidade, em Kg por mês de materiais recicláveis recuperados, e o número de catadores de cada unidade.

Eficiência econômica: definida pela relação entre a receita total mensal obtida com a comercialização dos materiais recicláveis e o número de catadores de cada unidade.

Em um mercado idealizado, dado o conjunto de preços de equilíbrio entre oferta e demanda, a eficiência econômica é tão somente a contrapartida monetária da produção física, e neste caso os critérios de eficiência são coincidentes. Todavia, do dia-a-dia dos mercados, os ganhos com a venda de recicláveis podem variar muito e respondem às condições específicas de comercialização de cada unidade produtiva, como o poder de barganha, ganhos de escala, condições e prazos de pagamento, etc.

UNID 4 UNID 5 UNID 1 UNID 6 UNID 2 UNID 7 UNID 3 0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

1800

R$/CATADOR Nº CATADORES

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Em Belo Horizonte não apenas há grande variação dos preços de comercialização dos recicláveis, como também há grande variação nos tipos de materiais recuperados em cada unidade de produtiva, como será visto posteriormente. Abaixo a TABELA 2 apresenta os preços máximos e mínimos de alguns materiais selecionados.

TABELA 2 - PREÇOS MÁXIMOS, MÍNIMOS E VARIAÇÃO PERCENTUAL, MATERIAIS SELECIONADOS, BELO HORIZONTE, 2011. Material Preço Máximo Preço Mínimo Variação SUCATA DE FERRO R$ 0,30 R$ 0,14 114% TETRAPAK R$ 0,36 R$ 0,13 177% PEAD R$ 1,20 R$ 0,70 71% PET R$ 1,80 R$ 1,30 38% PP R$ 0,60 R$ 0,30 100% FONTE: Elaboração própria, 2011.

O tamanho da amostra impossibilita a classificação das unidades de produção por degraus de eficiência através da Análise Discriminante, conforme elaborado em trabalhos anteriores. Deste modo, foi feita a opção pela comparação das eficiências das unidades de produção de Belo Horizonte, individualizadas e em conjunto, com os resultados obtidos em pesquisas anteriores do MNCR para 83 unidades espalhadas pelo Brasil, reunidos em Damásio (2010).

A TABELA 3 apresenta as eficiências calculadas para a amostra de Belo Horizonte.

TABELA 3 – EFICIÊNCIAS FÍSICAS E ECONÔMICAS DAS UNIDADES DA AMOSTRA DE BELO HORIZONTE, 2011. CÓDIGO Nº CATADORES KG/CATADOR R$/CATADOR UNID 4 78 1.269,15 R$ 343,80 UNID 5 72 1.218,00 R$ 334,13 UNID 1 42 6.727,14 R$ 1.799,81 UNID 6 35 1.107,95 R$ 298,12 UNID 2 25 3.203,28 R$ 917,36 UNID 7 22 534,14 R$ 156,07 UNID 3 15 1.869,40 R$ 548,46 TOTAL 289 2.172,60 R$ 593,40 FONTE: Elaboração própria, 2011.

Nas unidades de produção amostradas os materiais recuperados per capita alcançam cerca de 2.172,6 Kg de por mês, o que implica uma receita per capita de vendas de R$ 593,40. Outra vez, há grande variação entre as unidades, tanto em termos da produtividade física quanto da econômica.

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Em Damásio (2010) é utilizada uma convenção de cores para identificar a qual grupo de eficiência cada unidade de catadores foi alocada, fazendo juz à descrição qualitativa que se segue:

AZUL: As unidades possuem altas eficiências física e econômica combinadas.

VERDE: As unidades possuem médias eficiências física e econômica combinadas.

AMARELO: As unidades possuem baixas eficiências combinadas.

ROSA: As unidades possuem baixíssimas eficiências combinadas.

Essa convenção será repetida neste presente trabalho sempre que sejam feitas referências a grupos de eficiências.

O QUADRO 2 traz as produtividades físicas para as 83 unidades pesquisadas em Damásio (2010), por degraus de eficiência, e os dados médios da amostra mineira.

QUADRO 2 – PRODUTIVIDADES FÍSICAS RELATIVAS DAS UNIDADES DE CATADORES DE BELO HORIZONTE E DO BRASIL, POR DEGRAU DE EFICIÊNCIA.

FONTE: Elaboração própria a partir de Damásio (2010) e pesquisa direta nas unidades de Belo Horizonte, 2011.

A comparação das eficiências sugere que as unidades mineiras têm produtividade física alta, todavia, o coeficiente de variação superior à unidade indica que a média não sintetiza adequadamente o comportamento do conjunto de unidades de produção. Ainda assim, a título de comparação, vale citar que 60% das unidades da amostra nacional estão nos níveis mais baixos de eficiência. A distribuição dessas unidades entre os níveis de eficiência é descrita na TABELA 4.

TABELA 4 – UNIDADES DE PRODUÇÃO POR DEGRAU DE EFICIÊNCIA, 2006-2010

FONTE: Adaptado de Damásio (2010)

PRODUTIVIDADES RELATIVAS MÉDIA SIMPLES DESVIO PADRÃO COEFICIENTE DE VARIAÇÃOEFICIÊNCIAS FÍSICAS KG/CAT KG/CAT s /MÉDIA

ALTA EFICIÊNCIA 2.311,90 490,90 0,21MÉDIA EFICIÊNCIA 1.592,10 501,70 0,32BAIXA EFICIÊNCIA 957,90 326,00 0,34

BAIXÍSSIMA EFICIÊNCIA 304,00 240,30 0,79AMOSTRA BELO HORIZONTE 2.275,58 2.135,78 0,94

Degraus de Eficiência Nº Organizações % Catadores %Alta eficiência 12 14% 627 16%Média Eficiência 22 27% 911 24%Baixa Eficiência 29 35% 1.673 43%Baixíssima Eficiência 20 24% 635 17%TOTAL 83 100% 3.846 100%

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O QUADRO 3 traz as produtividades econômicas para as 83 unidades pesquisadas em Damásio (2010), por degraus de eficiência, e repete os dados médios da amostra mineira.

QUADRO 3 – PRODUTIVIDADES ECONÔMICAS RELATIVAS DAS UNIDADES DE CATADORES DE BELO HORIZONTE E DO BRASIL, POR DEGRAU DE EFICIÊNCIA.

FONTE: Elaboração própria a partir de Damásio (2010) e pesquisa direta nas unidades de Belo Horizonte, 2011.

Quanto à eficiência econômica, as unidades amostradas em Belo Horizonte têm desempenho entre mediano e alto. Uma vez mais é válida a observação acerca da baixa confiança na média como indicador do comportamento conjunto da amostra.

Sobre os dados acima apresentados, cabe observar que nenhum esforço foi dedicado à correção de preços relativos aos períodos de coleta das amostras. Como em Damásio (2010, pg. 17), “dada a permanente dispersão de preços de materiais recicláveis presente no mercado, existe sempre um risco maior de introduzir disparidades estatísticas pela correção do que aquele gerado por eventuais vieses contextuais”.

Vale destacar, no período recente, a grande oscilação do preço das commodities que representam a matéria prima virgem, determinante de variações também no preço dos materiais recicláveis. Ademais, os mercados de comercialização desses materiais são povoados por uma complexa rede – majoritariamente informal – composta por agenciadores, atravessadores, marreteiros, deposeiros e grandes sucateiros, arranjados em uma estrutura claramente oligopsônica para a maioria esmagadora dos catadores, que – mesmo quando organizados em cooperativas – raramente conseguem obter os melhores preços pelos seus produtos: aqueles praticados pelas indústrias recicladoras.

EFICIÊNCIAS COMPARADAS: MALHA DESAGREGADA DE MATERIAIS. Esta seção discute as produtividades física e econômica por tipo de material recuperado e comercializado pelas unidades de produção de Belo Horizonte. O QUADRO 4 traz as eficiências econômicas per capita, por unidade de produção, e as estatísticas descritivas da amostra nas últimas colunas do quadro.

PRODUTIVIDADES RELATIVAS MÉDIA SIMPLES DESVIO PADRÃO COEFICIENTE DE VARIAÇÃOEFICIÊNCIAS ECONÔMICAS R$/CAT R$/CAT R$/CAT

ALTA EFICIÊNCIA 855,60 209,86 0,25MÉDIA EFICIÊNCIA 504,55 152,68 0,30BAIXA EFICIÊNCIA 313,68 118,81 0,38

BAIXÍSSIMA EFICIÊNCIA 115,52 95,15 0,82AMOSTRA DE BELO HORIZONTE 628,25 571,82 0,91

Page 19: Sumário Executivo de Belo Horizonte/MGMapa 1 – Localização de Belo Horizonte - MG Fonte: Adaptado por Roberto M Pereira com base no I3GEO do MMA com Google Earth para Limites

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QUADRO 4 – EFICIÊNCIAS ECONÔMICAS DAS UNIDADES DE PRODUÇÃO DA AMOSTRA DE BELO HORIZONTE, 2011, 1 – 2.

FONTE: Elaboração própria, 2011.

QUADRO 4 – EFICIÊNCIAS ECONÔMICAS DAS UNIDADES DE PRODUÇÃO DA AMOSTRA DE BELO HORIZONTE, 2011, 2 – 2.

FONTE: Elaboração própria, 2011.

7 UNIDADES E 289 CATADORES; AMOSTRA BELO HORIZONTE

UNIDADE 1 UNIDADE 2 UNIDADE 3 UNIDADE 4 UNIDADE 5 UNIDADE 6

VIDRO TOTAL R$ 234,60FERRO E AÇO TOTAL R$ 15,54 R$ 6,30 R$ 5,25 R$ 0,11 R$ 4,09 R$ 6,12ALUMÍNIO TOTAL R$ 114,15 R$ 9,42 R$ 7,85 R$ 1,08 R$ 24,89 R$ 6,76 Outros Metais ñ Ferrosos TOTAL METAIS NÃO FERROSOS TOTAL R$ 114,15 R$ 9,42 R$ 7,85 R$ 1,08 R$ 24,89 R$ 6,76PAPEL BRANCO TOTAL R$ 158,13 R$ 174,03 R$ 145,02 R$ 166,76 R$ 11,82 R$ 22,66PAPEL MISTO TOTAL R$ 46,90 R$ 35,02 R$ 29,19 R$ 14,17 R$ 44,01 R$ 25,46PAPELÃO I TOTAL R$ 151,90 R$ 301,90 R$ 35,58 R$ 106,35 R$ 117,76 R$ 57,72PAPELÃO II TOTAL R$ 141,44 R$ 43,52 R$ 36,27Jornal/Revista TOTAL R$ 148,26 R$ 140,77 R$ 117,30 R$ 13,86 R$ 33,80 R$ 65,27PAPEL & PAPELÃO TOTAL R$ 646,63 R$ 695,23 R$ 363,36 R$ 301,14 R$ 207,39 R$ 171,11PET TOTAL R$ 656,33 R$ 109,76 R$ 91,47 R$ 27,72 R$ 62,83 R$ 46,01PEAD TOTAL R$ 24,37 R$ 20,31 R$ 11,60 R$ 21,44 R$ 36,65PEBD TOTALPP TOTAL R$ 10,92 R$ 9,10 R$ 0,60 R$ 8,68 R$ 2,41PS TOTALPVC TOTALPLÁSTICO MISTO TOTAL R$ 42,12 R$ 43,07 R$ 35,89 R$ 12,24PLÁSTICO TOTAL R$ 698,45 R$ 188,11 R$ 156,76 R$ 39,92 R$ 92,95 R$ 97,32TETRAPAK R$ 90,42 R$ 18,29 R$ 15,24 R$ 1,55 R$ 4,81 R$ 13,72CAIXA DE OVOÓLEO DE COZINHAOUTROS MATERIAIS R$ 3,09 TOTAL R$ 1.799,81 R$ 917,36 R$ 548,46 R$ 343,80 R$ 334,13 R$ 298,12

7 UNIDADES E 289 CATADORES; AMOSTRA BELO HORIZONTE

UNIDADE 7PRODUÇÃO

MÁXIMA PER CAPITA

PRODUÇÃO MÍNIMA PER

CAPITA

RAZÃO PRODUÇÃO MÁX/MÍN

MÉDIA SIMPLES DA

PROD/CATADOR

DESVIO PADRÃO

COEFICIENTE DE

VARIAÇÃO

VIDRO TOTAL R$ 234,60 R$ 234,60 1,00 R$ 234,60FERRO E AÇO TOTAL R$ 15,54 R$ 0,11 139,35 R$ 6,24 R$ 5,09 0,82ALUMÍNIO TOTAL R$ 114,15 R$ 1,08 106,00 R$ 27,36 R$ 43,26 1,58

Outros Metais ñ Ferrosos TOTAL METAIS NÃO FERROSOS TOTAL R$ 114,15 R$ 1,08 106,00 R$ 27,36 R$ 43,26 1,58PAPEL BRANCO TOTAL R$ 174,03 R$ 11,82 14,73 R$ 113,07 R$ 74,93 0,66PAPEL MISTO TOTAL R$ 19,42 R$ 46,90 R$ 14,17 3,31 R$ 30,60 R$ 12,17 0,40PAPELÃO I TOTAL R$ 301,90 R$ 35,58 8,48 R$ 128,53 R$ 94,72 0,74PAPELÃO II TOTAL R$ 42,19 R$ 141,44 R$ 36,27 3,90 R$ 65,85 R$ 50,49 0,77Jornal/Revista TOTAL R$ 27,09 R$ 148,26 R$ 13,86 10,70 R$ 78,05 R$ 56,63 0,73PAPEL & PAPELÃO TOTAL R$ 88,71 R$ 695,23 R$ 88,71 7,84 R$ 353,37 R$ 234,62 0,66PET TOTAL R$ 59,32 R$ 656,33 R$ 27,72 23,68 R$ 150,49 R$ 224,72 1,49PEAD TOTAL R$ 36,65 R$ 11,60 3,16 R$ 22,87 R$ 9,05 0,40PEBD TOTALPP TOTAL R$ 10,92 R$ 0,60 18,20 R$ 6,34 R$ 4,54 0,72PS TOTALPVC TOTALPLÁSTICO MISTO TOTAL R$ 43,07 R$ 12,24 3,52 R$ 33,33 R$ 14,41 0,43PLÁSTICO TOTAL R$ 59,32 R$ 698,45 R$ 39,92 17,50 R$ 190,40 R$ 229,94 1,21TETRAPAK R$ 8,05 R$ 90,42 R$ 1,55 58,40 R$ 21,73 R$ 30,87 1,42CAIXA DE OVOÓLEO DE COZINHAOUTROS MATERIAIS R$ 3,09 R$ 3,09 1,00 R$ 3,09 TOTAL R$ 156,07 R$ 1.799,81 R$ 156,07 11,53 R$ 628,25 R$ 571,82 0,91

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Novamente, há grande variação entre as eficiências econômicas das unidades de produção, em geral, e também em cada tipo de material. Os coeficientes de variação da produção per capita de cada material estão sempre acima de 40% das respectivas médias. Na maior parte das unidades, o plástico total é o reciclável que mais contribui para a receita de vendas per capita. Evidentemente a receita de vendas não se confunde com a maior rentabilidade, que deve ser apurada deduzida dos custos de produção.

O QUADRO 5 revela as eficiências físicas per capita e suas estatísticas descritivas para o conjunto de dados amostrado.

QUADRO 5 – EFICIÊNCIAS FÍSICAS DAS UNIDADES DE PRODUÇÃO DA AMOSTRA DE BELO HORIZONTE, 2011, 1 – 2.

FONTE: Elaboração própria, 2011.

7 UNIDADES E 289 CATADORES; AMOSTRA BELO HORIZONTE

UNIDADE 1 UNIDADE 2 UNIDADE 3 UNIDADE 4 UNIDADE 5 UNIDADE 6

VIDRO TOTAL 2.681,17FERRO E AÇO TOTAL 77,71 26,23 21,86 0,37 13,64 43,74ALUMÍNIO TOTAL 43,90 3,93 3,27 0,38 8,89 2,70 Outros Metais ñ Ferrosos TOTAL METAIS NÃO FERROSOS TOTAL 43,90 3,93 3,27 0,38 8,89 2,70PAPEL BRANCO TOTAL 479,17 483,41 402,84 595,58 42,21 62,94PAPEL MISTO TOTAL 469,05 318,40 265,33 109,00 338,54 231,43PAPELÃO I TOTAL 523,79 1.118,13 131,78 425,40 471,06 230,87PAPELÃO II TOTAL 523,86 181,33 151,11Jornal/Revista TOTAL 917,93 765,33 637,78 86,62 211,24 360,30PAPEL & PAPELÃO TOTAL 2.957,69 2.870,54 1.592,12 1.216,97 1.071,93 888,24PET TOTAL 468,81 78,40 65,33 21,32 34,90 37,90PEAD TOTAL 28,67 23,89 16,58 30,63 32,90PEBD TOTALPP TOTAL 21,84 18,20 2,00 28,94 4,82PS TOTALPVC TOTALPLÁSTICO MISTO TOTAL 89,64 86,13 71,78 0,00 0,97 27,43PLÁSTICO TOTAL 558,45 215,04 179,20 39,90 95,44 103,04TETRAPAK 452,12 91,47 76,22 11,91 36,99 68,62CAIXA DE OVOÓLEO DE COZINHAOUTROS MATERIAIS 4,31 TOTAL 6.727,14 3.203,28 1.869,40 1.269,15 1.218,00 1.107,95

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QUADRO 5 – EFICIÊNCIAS FÍSICAS DAS UNIDADES DE PRODUÇÃO DA AMOSTRA DE BELO HORIZONTE, 2011, 2 – 2.

FONTE: Elaboração própria, 2011.

Em termos da produtividade física per capita, tomada pelo peso em KG dos materiais recuperados, a categoria papel total contribui mais fortemente que os demais recicláveis para a produção. Há que se observar contudo que a logística de coleta de recicláveis envolve mais considerações do que apenas o peso total dos resíduos, também o volume desses materiais é fundamental na determinação dos custos implicados na recuperação de recicláveis.

As médias por materiais das produtividades física e econômica per capita das unidades de produção de Belo Horizonte são agora comparadas às médias per capita das unidades investigadas em Damásio (2010).

7 UNIDADES E 289 CATADORES; AMOSTRA BELO HORIZONTE

UNIDADE 7PRODUÇÃO

MÁXIMA PER CAPITA

PRODUÇÃO MÍNIMA PER

CAPITA

RAZÃO PRODUÇÃO MÁX/MÍN

MÉDIA SIMPLES DA PROD/CAT

ADOR

DESVIO PADRÃO

COEFICIENTE DE

VARIAÇÃO

VIDRO TOTAL 2.681,17 2.681,17 1,00 2.681,17FERRO E AÇO TOTAL 77,71 0,37 209,02 30,59 27,16 0,89ALUMÍNIO TOTAL 43,90 0,38 114,15 10,51 16,60 1,58 Outros Metais ñ Ferrosos TOTAL METAIS NÃO FERROSOS TOTAL 43,90 0,38 114,15 10,51 16,60 1,58PAPEL BRANCO TOTAL 595,58 42,21 14,11 344,36 234,32 0,68PAPEL MISTO TOTAL 161,86 469,05 109,00 4,30 270,52 119,57 0,44PAPELÃO I TOTAL 1.118,13 131,78 8,48 483,50 345,09 0,71PAPELÃO II TOTAL 162,27 523,86 151,11 3,47 254,64 179,91 0,71Jornal/Revista TOTAL 135,45 917,93 86,62 10,60 444,95 329,02 0,74PAPEL & PAPELÃO TOTAL 459,59 2.957,69 459,59 6,44 1.579,58 973,60 0,62PET TOTAL 39,55 468,81 21,32 21,99 106,60 160,90 1,51PEAD TOTAL 32,90 16,58 1,98 26,53 6,48 0,24PEBD TOTALPP TOTAL 28,94 2,00 14,47 15,16 11,45 0,75PS TOTALPVC TOTALPLÁSTICO MISTO TOTAL 89,64 0,00 45,99 41,64 0,91PLÁSTICO TOTAL 39,55 558,45 39,55 14,12 175,80 181,09 1,03TETRAPAK 35,00 452,12 11,91 37,96 110,33 153,20 1,39CAIXA DE OVOÓLEO DE COZINHAOUTROS MATERIAIS 4,31 4,31 1,00 4,31 0,00 TOTAL 534,14 6.727,14 534,14 12,59 2.275,58 2.135,78 0,94

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O QUADRO 6 traz estes dados.QUADRO 6 – EFICIÊNCIAS FÍSICAS COMPARADAS, KG/CATADOR – AMOSTRA BELO HORIZONTE E AMOSTRA BRASIL.

FONTE: Elaboração própria a partir de Damásio (2010) e pesquisa direta nas unidades de Belo Horizonte, 2011.

No QUADRO acima estão destacados em azul os materiais em que a produção média per capita das unidades de Belo Horizonte supera a produção média per capita da amostra Brasil em qualquer nível de eficiência. Em vermelho estão os materiais para os quais as unidades mineiras têm menor produção per capita que o mais baixo indicador da amostra Brasil.

7 UNIDADES BELO HORIZONTE; 83 UNIDADES AMOSTRA BRASIL

AMOSTRA BELO

HORIZONTE

AMOSTRA BRASIL ALTA

EFICIÊNCIA

AMOSTRA BRASIL MÉDIA

EFICIÊNCIA

AMOSTRA BRASIL BAIXA

EFICIÊNCIA

AMOSTRA BRASIL

BAIXÍSSIMA EFICIÊNCIA

EFICIÊNCIA FÍSICA KG/CAT KG/CAT KG/CAT KG/CAT KG/CATVIDRO TOTAL 2.681,17 483,80 298,30 176,40 57,00FERRO E AÇO TOTAL 30,59 343,90 190,40 103,00 43,30ALUMÍNIO TOTAL 10,51 14,80 16,50 10,30 5,10Outros Metais ñ Ferrosos TOTAL 5,40 10,80 11,40 6,10METAIS NÃO FERROSOS TOTAL 10,51 19,50 23,10 19,20 7,30PAPEL BRANCO TOTAL 344,36 181,20 226,30 118,50 35,30PAPEL MISTO TOTAL 270,52 239,70 93,70 119,60 50,30PAPELÃO I TOTAL 483,50 410,10 260,90 239,30 90,30PAPELÃO II TOTAL 254,64 248,30 585,60 87,50 31,80Jornal/Revista TOTAL 444,95 295,40 179,70 75,20 35,80PAPEL E PAPELÃO TOTAL 1.579,58 1.115,30 807,30 467,50 162,00PET TOTAL 106,60 140,40 101,40 63,10 28,00PEAD TOTAL 26,53 90,20 43,00 26,60 10,60PEBD TOTAL 110,60 75,20 83,30 29,20PP TOTAL 15,16 42,70 58,10 29,10 4,90PS TOTAL 11,20 15,50 7,90 5,10PVC TOTAL 31,60 42,60 16,30 11,10PLÁSTICO MISTO TOTAL 45,99 119,20 236,20 114,80 33,60PLÁSTICO TOTAL 175,80 411,90 403,60 246,20 74,70TETRAPACK 110,33 44,50 41,10 30,10 9,50CAIXA DE OVO 4,50 13,90 58,20 3,50ÓLEO DE COZINHA 33,10 70,10 6,90 15,10OUTROS MATERIAIS 4,31 4,60 12,80 4,80 2,20 TOTAL 2.275,58 2.311,90 1.592,10 957,90 304,00

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FONTE: Elaboração própria a partir de Damásio (2010) e pesquisa direta nas unidades de Belo Horizonte, 2011.

ECONOMIA DE RECURSOS PÚBLICOS: CONTEXTO REGIONAL DAS UNIDADES DE PRODUÇÃO

A caracterização do contexto regional das unidades de produção levou em conta alguns dos elementos que afetam a logística de suprimentos e de distribuição dos recicláveis, mais especificamente, a presença desses materiais nos resíduos sólidos urbanos e a existência de rotas de escoamento da produção.

No tocante ao suprimento de materiais recicláveis o recorte geográfico é municipal. Ainda que a atuação de uma só unidade de produção não alcance a totalidade territorial ou de geração de resíduos de um município, a escolha se justifica pelas variadas formas e fontes de obtenção de recicláveis pelos catadores. Estas formas envolvem desde a catação direta nas ruas, a doação de materiais - recebidos nas unidades ou buscados na fonte geradora - a coleta em feiras e eventos, a triagem de material recolhido e doado por empresas de limpeza urbana e a atuação em lixões e aterros. Deste modo, mesmo que o objeto de pesquisa seja a unidade de produção, pontualmente localizada, as fontes de recicláveis são espacialmente distribuídas, na maior parte dos casos, em abrangência municipal.

7 UNIDADES BELO HORIZONTE; 83 UNIDADES AMOSTRA BRASIL

AMOSTRA BELO

HORIZONTE

AMOSTRA BRASIL ALTA

EFICIÊNCIA

AMOSTRA BRASIL MÉDIA

EFICIÊNCIA

AMOSTRA BRASIL BAIXA

EFICIÊNCIA

AMOSTRA BRASIL

BAIXÍSSIMA EFICIÊNCIA

EFICIÊNCIA ECONÔMICA R$/CAT R$/CAT R$/CAT R$/CAT R$/CATVIDRO TOTAL R$ 234,60 R$ 65,36 R$ 30,07 R$ 14,00 R$ 3,42FERRO E AÇO TOTAL R$ 6,24 R$ 104,50 R$ 39,99 R$ 24,56 R$ 12,38ALUMÍNIO TOTAL R$ 27,36 R$ 50,28 R$ 47,57 R$ 28,39 R$ 14,87Outros Metais ñ Ferrosos TOTAL R$ 34,28 R$ 45,14 R$ 11,62 R$ 56,15METAIS NÃO FERROSOS TOTAL R$ 27,36 R$ 80,08 R$ 67,15 R$ 33,31 R$ 28,77PAPEL BRANCO TOTAL R$ 113,07 R$ 78,28 R$ 76,64 R$ 43,06 R$ 16,40PAPEL MISTO TOTAL R$ 30,60 R$ 44,31 R$ 14,89 R$ 18,98 R$ 6,71PAPELÃO I TOTAL R$ 128,53 R$ 113,54 R$ 60,47 R$ 55,54 R$ 23,50PAPELÃO II TOTAL R$ 65,85 R$ 49,83 R$ 100,97 R$ 21,27 R$ 8,52Jornal/Revista TOTAL R$ 78,05 R$ 46,26 R$ 26,99 R$ 10,44 R$ 4,09PAPEL E PAPELÃO TOTAL R$ 353,37 R$ 275,46 R$ 183,68 R$ 109,17 R$ 38,98PET TOTAL R$ 150,49 R$ 145,93 R$ 69,00 R$ 50,85 R$ 23,79PEAD TOTAL R$ 22,87 R$ 80,91 R$ 34,73 R$ 18,17 R$ 6,04PEBD TOTAL R$ 75,83 R$ 37,73 R$ 42,76 R$ 17,95PP TOTAL R$ 6,34 R$ 38,52 R$ 30,73 R$ 14,34 R$ 2,92PS TOTAL R$ 4,48 R$ 16,99 R$ 3,51 R$ 1,56PVC TOTAL R$ 15,96 R$ 14,10 R$ 10,67 R$ 0,35PLÁSTICO MISTO TOTAL R$ 33,33 R$ 65,45 R$ 78,86 R$ 54,92 R$ 13,45PLÁSTICO TOTAL R$ 190,40 R$ 336,70 R$ 191,95 R$ 138,42 R$ 43,98TETRAPACK R$ 21,73 R$ 9,16 R$ 7,43 R$ 6,31 R$ 1,92CAIXA DE OVO R$ 0,59 R$ 1,07 R$ 8,25 R$ 0,49ÓLEO DE COZINHA R$ 33,08 R$ 29,72 R$ 5,09 R$ 14,41OUTROS MATERIAIS R$ 3,09 R$ 6,45 R$ 7,63 R$ 3,10 R$ 3,47 TOTAL R$ 628,25 R$ 855,60 R$ 504,55 R$ 309,37 R$ 115,52

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Por sua vez, a logística de distribuição é discutida em amplitude regional. O principal aspecto a ser levantado é o posicionamento geográfico dos municípios e unidades em relação às possíveis rotas de escoamento da produção, proximidade de indústrias recicladoras ou grandes comerciantes.

Diversos fatores interferem na geração do lixo, desde as preferências dos consumidores, seus hábitos e costumes, às variações sazonais, climáticas, densidade demográfica, leis e regulamentações específicas. Em geral, economias maior renda per capita produzem maior quantidade de resíduos por habitante.

Intermediários e Indústrias recicladoras e logística de comercialização

Este é um dos problemas mais graves para estruturação das redes de comercialização em Minas Gerias, qual seja o processo de cartelização da compra de papelão no Estado. Trata-se de questão estratégica a ser superada quando observa-se que o papelão é o principal produto coletado pelas organizações de catadores no Brasil.

Este processo de cartelização da compra do papelão é operado por intermediários em articulação com a indústria recicladora o que enseja na necessidade de construir novos arranjos comerciais que estabeleçam rupturas como por exemplo a articulação de operações interestaduais com as redes de catadores de São Paulo.

Merece aliás destaque a situação deste comprador - CRB com todas a cooperativas pesquisadas em Belo Horizonte, haja visto o grau de dependência da maioria delas em relação a esta empresa, que atua no mercado desde 1973.

Segundo OLIVEIRA (2012) dois aparistas, CRB e Santa Maria, controlam diversos galpões na cidade, dominando a escala de comercialização de recicláveis na cidade

Tabela: principais compradores Comprador Tipo de Material Localização Pampulha Sr. Nelson Fio de PET Belo Horizonte Mafix Vidro São Paulo Sérgio Artur Plástico Belo Horizonte Graziele Copinho Belo Horizonte COM Sucata Belo Horizonte Depósito Venda Nova Sucata Belo Horizonte Real Latinha Belo Horizonte Pindorama Vidro e sucata Belo Horizonte Heleno Sucata ferrosa Contagem Mazeto Vidro São Paulo ABS Alumínio Contagem Reciclagem Dois Irmãos Plástico Betim JR Comércio Sucata, metal, latinha, plástico Belo Horizonte João e Plínio Plástico rígido Contagem

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Wargos PET Contagem Eldorado PET Contagem Fonte: OLIVEIRA, Angela: “Limites e Desafios das organizações de catadores de Belo Horizonte/MG: mapeamento da cadeia produtiva da reciclagem” / Banco do Brasil - Programa Desenvolvimento Regional Sustentável – DRS/ IICA, 2012

Observa-se assim a escassa presença de industrias recicladoras com relação direta com oas redes de cooperativas, sendo este um dos entreves estratégicos a ser vencido para fortalecimento das organizações de catadores.

Logística de Coleta

O fluxo de coleta e tratamento de resíduos no muncípio de Belo Horizonte obedece um fluxo coerente aonde os resíduos advindos de feiras, mercados, podas e capinas seguem para uma unidade de compostagem visando produção decomposto para direcionamento as ações de paisagismo e hortas comunitárias com o rejeito sendo direcionado para o aterro sanitário.

No que tange aos resíduos oriundos da limpeza das ruas estes seguem direto para o aterro sanitário. No que se refere aos resíduos hospitalares, estes, após um processo de seleção dos recicláveis, são direcionados para valas específicas localizadas no aterro sanitário. Quanto aos resíduos de entulho a parte reciclável é direcionada para unidades de triagem e beneficiamento para o setor da construção civil, quando aos inertes estes são direcionados para o aterro de inertes. No caso dos resíduos domiciliares ocorre a seleção dos reciclávesi e os rejeitos são direcionados ao aterro sanitário.

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Sistema Atual de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos em Belo Horizonte

Fonte: Gestão de Resíduos Sólidos em Belo Horizonte: anorama geral, desafios e propostas para sua otimização , Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, 2011

Segundo o Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte realizaodo em 2008/2011 com atualização em Setembro de 2010:

“A Central de Tratamento de Resíduos Sólidos de Belo Horizonte – CTRS/BR-040, localizada no bairro Califórnia, Região Administrativa Noroeste, abrange aproximadamente 115 hectares e é composta pelas seguintes unidades: Aterro Sanitário; Estações de Armazenamento de Líquidos Percolados; Unidade de Compostagem; Aterro de Resíduos Inertes; Usina de Reciclagem de Resíduos da Construção e Demolição; Unidade de Recebimento de Pneus – URP; Unidade de Educação Ambiental – UEA; instalações de apoio administrativo e operacional e Estação de Transbordo de Resíduos.

Em razão do encerramento da vida útil do aterro sanitário de Belo Horizonte ocorrido em dezembro de 2007, a disposição final dos resíduos sólidos compatíveis com essa destinação foi transferida para o aterro sanitário da CTR/Macaúbas, localizada no Município de Sabará e, na CTRS/BR-040, manteve-se apenas parte dos resíduos coletados em Belo Horizonte, conforme detalhado a seguir:

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Resíduos dos estabelecimentos prestadores de serviços de saúde – RSS – continuam sendo dispostos na CTRS/BR-040, em uma célula preparada para recebê-los;

Resíduos provenientes da coleta seletiva de resíduos orgânicos são encaminhados para a unidade de compostagem;

Pneus recebidos são armazenados na URP;

Resíduos oriundos da construção e demolição – RCD –, com potencial de beneficiamento, recebidos na CTRS/BR-040 e advindos de particulares, de obras públicas ou das unidades de recebimento de pequenos volumes – URPV são destinados à usina de reciclagem de RCD;

Resíduos de construção e demolição – RCD – sem potencial de beneficiamento são encaminhados para este ou outros aterros de resíduos inertes;

Resíduos sólidos domiciliares e públicos coletados nas regiões administrativas Barreiro, Noroeste e Oeste, anteriormente aterrados na CTRS/BR-040, são encaminhados para a Estação de Transbordo desta central, implantada em agosto de 2007, com o objetivo de realizar o transbordo desses resíduos para o aterro sanitário da CTR/Macaúbas, utilizando-se de carretas para o transporte.

Em relação aos resíduos domiciliares e públicos coletados nas demais regiões, Venda Nova, Pampulha, Norte, Nordeste, Leste e Centro-Sul, também dispostos anteriormente no aterro da CTRS/BR-040, estão sendo transportados diretamente para o aterro sanitário da CTR/Macaúbas.

Em função, ainda, das medidas de encerramento de uso do aterro sanitário da CTRS/BR- 040, a Fundação Estadual de Meio Ambiente – Feam - aprovou em 2007, o “Plano de Encerramento do Aterro”. Este plano vem sendo implementado, já tendo sido executadas as obras de selamento e revegetação do aterro sanitário, bem como dado continuidade ao monitoramento ambiental da área. 7

A Prefeitura de Belo Horizonte, empenhada em reduzir o impacto ambiental provocado pelos gases gerados no aterro, decidiu implantar um projeto para captura e queima do biogás. Nesse sentido, no segundo semestre de 2008 foi realizada concessão para exploração do biogás, com objetivo de adequar e qualificar o local para a comercialização de “Certificado de Crédito de Carbono”, conforme o “Tratado de Kyoto”. Foram implantados mais de 100 poços de captação de biogás, sendo os gases queimados de forma controlada em duas torres de queima. Encontram-se, ainda, em fase de execução as obras para instalação do sistema de geração de energia, cuja conclusão está prevista para o final de 2010. Diante disso, busca-se incrementar a qualidade ambiental da CTRS

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e de seu entorno, conjugando com a captação de recursos financeiros associados à comercialização dos Créditos de Carbono, nos termos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL. (Fonte: Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte 2008/2011 Volume I/II - Texto Atualização Setembro/2010, Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, p.6- 7)

No que se refere ao programa de Coleta Seletiva da Prefeitura de de Belo Horizonte se articula sob duas modalidades: a operação ponto a ponto e a o operação mecanizada porta a porta. Estas duas modalidades convivem com a coleta realizada pelas cooperativas de catadores realizada em parceria ou não com catadores avulsos.

A operação ponto a ponto se estrutura através da estruturação de LEVs – Locais de Entrega Voluntária pelo território, onde, portanto, a população entrega voluntariamente resíduos recicláveis em contêineres estrategicamente instataldos nos LEV´s pela cidade.

Mapa distribuição de LEVs em Belo Horizonte

Fonte: Gestão de Resíduos Sólidos em Belo Horizonte: panorama geral, desafios e propostas para sua otimização , Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, 2011

Ao todo são 325 conteineres distribuídos em 104 LEVs com arrecadação de cerca de 166 toneladas de materiais recicláveis mensais em 2010 segundo dados da Prefeitura Municipal.

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Apesar das diversas campanhas de educação ambiental, a Prefeitura ainda tem que enfrentar o desafio da danificação dos LEVs por segmentos da sociedade através de incêndios ou danos a estrutura física.

A operação de coleta porta a porta mecanizada geraram 383 toneladas por mês de materiais recicláveis em 2010 segundo dados da Prefeitura, sendo que papel, metal, vidro e plástico são acondicionados no mesmo saco, o que de fatoé uma medida que facilita a adesão junto a população.

Mapa da coleta seletiva mecanizada em Belo Horizonte

Fonte: Gestão de Resíduos Sólidos em Belo Horizonte: Panorama geral, desafios e propostas para sua otimização , Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, 2011

A terceira operação é aquela realizada pelos catadores organizados em associações e cooperativas - cuja análise foi realizada em seções precedentes a esta - e pelos catadores desorganizados, sendo que alguns deles se articulam comercialmente com as organizações e outros vendem seus produtos diretamente para intermediários de materiais recicláveis

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Mapa: Distribuição espacial das associações e cooperativas integrantes do Forum Lixo e Cidadania Municipal

Fonte: Gestão de Resíduos Sólidos em Belo Horizonte: panorama geral, desafios e propostas para sua otimização , Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, 2011

Programa de Compostagem

Segundo documento “A Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos em Belo Horizonte: Propostas para sua Otimização” o programa de Compostagem tem como principal objetivo reduzir o aporte de resíduos orgânicos ao aterro sanitário com as seguintes caracterísiticas:

“ O composto orgânico produzido é utilizado no projeto paisagístico da CTRS-BR/040 e fornecido gratuitamente para escolas da rede municipal de ensino, órgãos e unidades da Administração Pública de Belo Horizonte que desenvolvem projetos de educação ambiental, agro-ecológicos ou paisagísticos - e para manutenção das áreas verdes da cidade. O programa iniciou-se em 1995, após desativação da usina DANO, de beneficiamento de resíduos sólidos. Atualmente, a coleta diferenciada de resíduos orgânicos abrange parte das regiões Nordeste, Noroeste, Oeste e Centro-Sul totalizando 43 (quarenta e três) estabelecimentos comerciais como feiras, supermercados, “sacolões” e congêneres. Em média, 5,0 toneladas/dia de orgânicos provenientes dos roteiros de coleta são destinados à unidade da CTRS-BR/040 e juntamente com as podas trituradas, formam a matéria-prima utilizada no processo de compostagem.A unidade de compostagem da CTRS-BR/040 dispõe de área pavimentada com aproximadamente 10 000 m² e capacidade suficiente para processar 20 t/dia de

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material. Sua capacidade operacional, entretanto, está limitada a 10 t/dia em função da infra-estrutura disponível.No ano de 2008, foram coletadas cerca de1.439 toneladas de resíduo orgânico em sacolões supermercados, feiras e restaurantes e processadas 2.272 toneladas de resíduo, tendo sido produzidas em torno de 350 toneladas de composto orgânico. (Superintendencia de Resíduos Sólidos – SLU “A Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos em Belo Horizonte: Propostas para sua Otimização, p.65)

Articulação com a Prefeitura

Se não é a situação ideal do ponto de vista de aporte de recursos e centralidade dos catadores na operação de coleta, não há dúvida de que a Prefeitura de Belo Horizonte é uma das municipalidades mais articuladas com o processo de inclusão dos catadores. Isto é resultado de um longo percurso histórico que foi resultado da luta dos catadores, através do protagonismo da ASMARE, em serem reconhecidos como agentes de cidadania e de operadores legítimos da limpeza pública da cidade. No ano de 2010 observa-se que a maioria das organizações de catadores que integrava o Fórum Municipal Lixo e Cidadania era beneficiada sob algum tipo de parceria com a Prefeitura Municipal.

Tabela: Tipo de Articulação da Prefeitura com organizações de catadores integrantes do fórum municipal lixo e cidadania

Fonte: Gestão de Resíduos Sólidos em Belo Horizonte: anorama geral, desafios e propostas para sua otimização , Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, 2011

Dentre outras ações a Prefeitura divulgou a aqusição do Galpão Ituiutaba num investimento de R$ 2.100.870,81, a ampliação do Galpão Jatobá num investimento de R$ 639.056,60. Também foi divulgado a construção do primeiro galpão projetado pela SLU para o processamento de recicláveis , inaugurado em 17/08/2010 num investimento de R$ 2 milhões entre obra e equipamentos com expectativa de geração de trabalho para 100 pessoas, em dois turnos.

Também destacam-se a construção de Galpão Público no Bairro Bonfim, no mesmo padrão do Galpão Granja de Freitas com 1.500 m2 num terreno de aproximadamente 2.200 m2, com investimento de R$ 2.075.854,97 entre construção e aquisição de equipamentos.

Asmare Associrecicle Astemarp Comarp Coopemar Coopesol-L Coopersoli Coopersol-VNConvênio com SLU Não Não (2004) Não Sim (2004) Sim (2009) Não (2009) Sim (2003) Não (2002)Convênio com PBH Sim (1992) Não Não Não Não Não Não NãoConvênio ou apoio de Regional Não Não Sim Sim Não Sim Sim SimGalpão público cedido Sim Não Não Sim Não Sim Sim SimGalpão alugado cedido Não Não Não Sim Sim Não Não NãoVigilância Sim (até 30/05) Não Não Não Não Sim (até 31/05) Não NãoRamal telefônico da PBH Não Não Não Não Não Sim Não SimColeta de rejeitos pela SLU Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim SimMédia mensal recicláveis SLU (ton)* 101 23 0 109 94 36 139 26*Capacidade de recebimento - ano 2010

SUBSÍDIOS PBH, SLU e Regionais Cooperativas Integrantes do Fórum Municipal Lixo e Cidadania

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Figura: Galpão Público no Bairro Bonfim

Fonte: Gestão de Resíduos Sólidos em Belo Horizonte: anorama geral, desafios e propostas para sua otimização , Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, 2011

Finalmente, a Prefeitura também destacou em suas apresentações públicas o chamamento Público 001/2009 para credenciamento das associações e cooperativas para receberem equipamentos adquiridos com recursos do Fundo Municipal de Saneamento num total de R$ 700.000,00.

Segundo a SLU, em 2010, a coleta seletiva teria alcançado 570 toneladas mensais de coleta sendo que o desafio estratégico era o Esgotamento da capacidade de recebimento dos galpões, se mantidas condições atuais de operação e produtividade (Fonte: Gestão de Resíduos Sólidos em Belo Horizonte: panorama geral, desafios e propostas para sua otimização , Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, 2011)

3. Linhas centrais da estratégia de intervenção do águaBrasil em Belo Horizonte - MG:

Megacidade e reciclagem: Desafios da Concertação Profissionalização e integração dos catadores a coleta seletiva (ampliação da coleta)

Próximos Passos: - Educação e comunicação comunitária para o consumo responsável;

- Aquisição de equipamentos;

- Assessoria organizacional e econômica para as redes CATAUNIDOS e REDE SOL.

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Próximos Passos: - Educação e comunicação comunitária para o consumo responsável;

- Aquisição de equipamentos;

- Assessoria organizacional e econômica para as redes CATAUNIDOS e REDE SOL.

Megacidade e reciclagem: Desafios da Concertação

Profissionalização e integração dos catadores a coleta seletiva (ampliação da coleta)

O plano de ação de Belo Horizonte estará alinhado com os objetivos do Plano de Negócios do DRS:

Objetivo 1: Ampliar o acesso a recursos financeiros reembolsáveis e não reembolsáveis aos empreendimentos de catadores para realizarem a coleta nos grandes geradores e porta a porta. Objetivo 2: Construir, reformar e adequar o layout dos galpões para ampliação da coleta em grandes geradores e porta a porta. Objetivo 3: Ampliar a quantidade de catadores habilitados para dirigir caminhão e utilitários. Objetivo 4: Regularizar as licenças ambientais e alvarás de funcionamento das organizações de catadores.

Objetivo 5: Identificar e estabelecer novas parcerias com grandes geradores para doar os recicláveis às organizações de catadores. Objetivo 6: Adquirir máquinas e equipamentos próprios e fazer manutenção corretiva e preventiva nos já existentes. Objetivo 7: Ampliar o número de catadores com capacidades para a gestão, liderança, trabalhar no computador, elaborar planilhas para controles e registros internos. Objetivo 8: Instituir um fundo de reserva em todas as organizações de catadores para eventuais despesas com reforma, manutenção de equipamentos, investimentos e emergências. Objetivo 9: Ampliar o acesso aos catadores e suas organizações à bancarização, produtos, serviços e negócios. Exemplo: Micro crédito Produtivo Orientado, Micro Crédito DRS, Minha casa minha vida, FIES, crédito acessibilidade...) Objetivo 10: Colocar em pleno funcionamento a Unidade Industrial da Cataunidos. Objetivo 11: Adquirir infraestrutura necessária para viabilizar comercialização em rede Objetivo 12: Formar capital de giro em todos os empreendimentos para não comprometer o pagamento dos catadores no momento em que há queda nos preços dos recicláveis e também a possibilidade de negociar com indústrias que exige um prazo de 60 dias para pagar. Objetivo 13: Ampliar o número de catadores nos empreendimentos solidários. (benefícios da previdência, melhoria na renda, aumento na quantidade de material...). Objetivo 14: Atender as exigências do mercado e da Bolsa Reciclagem em relação a documentação e notas de venda.

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4. Perspectiva de articulação da estratégia de intervenção com políticas públicas: A Política Nacional de Resíduos Sólidos tem como objetivo promover os seguintes aspectos:

Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Articulação entre as diversas esferas públicas e setores Integração dos catadores de materiais recicláveis nas ações Não geração, redução, reutilização, reciclagem, e tratamento de resíduos

sólidos Padrões sustentáveis de produção e consumo Proteção da saúde pública e qualidade ambiental

Seguindo as orientações da Política Nacional de Resíduos Sólidos, os Planos de Coleta Seletiva, Consumo Responsável & Reciclagem estarão contidos nos Planos de Gestão de Resíduos Sólidos. O projeto Água Brasil do WWF em seu componente de gestão de resíduos sólidos urbanos terá como foco a construção do Plano de Coleta Seletiva, Consumo Responsável e Reciclagem, estes serão compostos, a princípio, por quatro sub-temas:

3. coleta seletiva, 4. gestão de resíduos dos grandes geradores, 5. organização dos catadores e a relação com a prefeitura (coleta, triagem,

tratamento), 6. comunicação comunitária e educação.

Dentre os objetivos da política nacional de resíduos sólidos, adotada como princípio no projeto, os seguintes focos são prioritários: inclusão social dos catadores e sua integração na limpeza urbana.

7. Perspectiva de articulação com estratégia dos parceiros águaBrasil (BB e FBB):

parceiro Local / regional Nacional BB:

Possibilitar DRS BB em reciclagem uma atuação com duas redes de organizações que extrapolam os limites do município de Belo Horizonte/MG, capacitando os em Educação financeira para acesso a credito e promover o acesso dos cooperados e da

DRS Reciclagem

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Cooperativa aos serviços e produtos bancários Apoio à consolidação dos créditos de Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS) já existentes na região relacionados a cadeia da Reciclagem, caso haja interesse.

FBB: Fortalecer as redes CATAUNIDOS E REDESOL para que elas possam atuar em conexão com as demais redes do Estado de Minas Gerais, especialmente na região de influência de do Colar Metropolitano

CATAFORTE

6. Alinhamento sobre GOVERNANÇA LOCAL DA INICIATIVA ÁGUA BRASIL-COMITE DE APOIO LOCAL – CAL – Funcionamento/governança

Em 20/09/12 foi realizada na superintendência do Banco do Brasil , oficina participativa para elaboração do Plano de Negócios DRS da Reciclagem em Belo Horizonte/MG.

Para o DRS o Plano de Negócios é um poderoso instrumento de articulação para que os beneficiários, poder público, apoiadores, colaboradores, parceiros, enfim, toda a sociedade se beneficie dele. Dessa maneira desde sua elaboração até seu funcionamento, monitoramento e implementação são responsabilidades compartilhadas pelos parceiros. Para tanto, ao final da oficina formou-se o Comitê Gestor para garantir a conjugação dos esforços e missões acordadas no Plano de negócios.

ENTIDADES PARTICIPANTES DA OFICINA DE 20/09/2012:

Câmara Municipal; Secretarias Municipais (Trabalho e Emprego, Relações Internacionais, Assistência Social, Meio Ambiente);

Superintendência de Limpeza Urbana; Rede Cataunidos; Redesol; Universidade Federal de MG/Engenharia de Produção; Universidade Estadual de MG/Reitoria; Centro Mineiro de Referência em Resíduos;

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Instituto Nenuca de Desenvolvimento Sustentável; Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial; Fundação Banco do Brasil (DF); Instituto Interamericano para a Cooperação da Agricultura (Projeto Gestores

BID/FBB/IICA) WWF Brasil (executor do Programa Água Brasil); agências e órgãos internos do Banco do Brasil (Afonso Arinos, Assembléia,

Bairro de Lourdes, BH Shopping, Jardim Canadá, Pampulha, Praça ABC, Rua Espírito Santo, Superintendência Estadual, Gestão de Pessoas e Responsabilidade Socioambiental MG, Centro de Serviços de Logística, Centro de Suporte Operacional e Unidade Desenvolvimento Sustentável-UDS-DF).

COMITÊ GETOR:

PARCEIROS NOME(S) Redesol Ivaneide (Neide) S. Souza e Neli Medeiros Cataunidos Flávia Insea Marislene CMRR Janice e Diogo UFMG Prof. Chico Prefeitura Aguardando indicações Água Brasil WWF BB/Super/DR

Seila / Angela / Luciana Agências BB Geovane, Brenno, Clésio, Eliane, Maria Clara

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Parceiros e entidades do àgua Brasil

Instituições Parceiras e Cooperantes Instituição Contato Função e-mail telefone Secretaria do Meio Ambiente

Nivio Pereira Secretário [email protected]

31 8799 2021 – 3277 5186

Sonia Knauer Gerente de Recursos Hidrícos

[email protected]

31 3277 5185

SLU

Lucas Gariglio Diretor de Planejamento e Gestão

[email protected]

31 3277 9359

Lucia Gonçalves

Técnica do Departamento de Programas Especiais

[email protected]

31 3277 9385

Aurora Pederzoli

Chefe do Departamento de Programas Especiais

[email protected]

31 3277 9350

Patrícia Garcia Assessoria de Mobilização

[email protected]

31 3277 9344

Patricía Dayrell Departamento de Programas Especiais

[email protected]

31 3277 9381

Wadson Dias Departamento de Programas Especiais

[email protected]

31 3277 9384

FBB BB/DRS

Seila Rocha Analista [email protected]

31 3217 3687

João batista G. Gomes

Gestão de Pessoas e RSA BH

[email protected]

31 3217 3333

Carlo Geovane

Organizações de Catadoras (es).

Asmare - MNCR

Luiz Henrique da Silva [email protected]

Asmare Alfredo S. Matos [email protected]

Coomarb Ana Alícia da C. Porto [email protected]

Coomarb Elena Gomes Candeia [email protected]

Coopersol Leste

Marcos [email protected]

Coomarp – Rede Sol

Ivanilde da L. Souza [email protected]

UNISOL Brasil Synara de Almeida [email protected]

Coopersol Venda Nova

Edivanda M. Pereira [email protected]

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Coocapel – Associrecicle BH

Fabiana da Cruz ouvidio [email protected]

, Coopersoli - Barreiro

Silvana Maria Leal [email protected]

Coopesol Noroeste

Neusa Maria da Silva [email protected]

Coopervesp Rozelene da Costa [email protected]

ASCAR Raposo

Maria Terezinha s. Magalhãe

[email protected]

Redesol - MG Renata martins [email protected]

ONG Moradia e Cidadania

Manuel Alijandro [email protected]

Oportunidades e Potencialidades

Em BH a grande oferta de recicláveis nos resíduos urbanos assegura ganhos de escala significativos na catação de resíduos, bem como maior poder de barganha para os catadores. A proximidade do mercado consumidor diminui os custos de transporte e potencializa as externalidades positivas da comercialização conjunta, em redes de unidades de produção.

Apoiar as Redes CATAUNIDOS e REDESOL, da governança até seu modelo logístico-produtivo-comercial, visando o domínio da cadeia produtiva regional, fortalecendo a articulação das associações e tornando-a ponto de convergência da agregação de valor dos materiais recicláveis do ramo plástico de todas as organizações.

Estruturar as unidades de triagem, com redefinições e incrementos qualitativos e quantitativos dos galpões e equipamentos, bem como da Gestão administrativo-financeiras, visando aumentar eficiência física e reorganizar o sistema de produção e administração, visando o aumento da produtividade por catador, o acompanhamento de custos e receitas e organizando a comercialização em rede.

Estimular a adoção do plano legal disponível no plano federal para os municípios através das Leis 11.445 e 12.305 visando construir arranjos inovadores para a prestação dos serviços de coleta seletiva e logística reversa com o poder público municipal e a iniciativa privada.

Incrementar as ações de educação ambiental em parceria com a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, fortalecendo a cultura da coleta seletiva na sociedade local.

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8. Situação do Projeto

Objetivos do Plano de Negócios DRS Reciclagem em BH

2011 Diagnóstico e 1ª Oficina de Planejamento

2012 Protocolo de Intenções Elaboração de Projetos para estruturação das unidades produtivas das redes CATAUNIDOS e REDESOL Contratação do INSEA para realizar a assessoria de desenvolvimento Organizacional e econômico das redes .

2013 Aquisição dos equipamentos Assessoria para o Desenvolvimento Organizacional e econômico da CataUnidos e da RedeSol Plano de Educação para o consumo Responsável e Comunicação Comunitária implementado.

2014 Avaliação e monitoramento das atividades implementadas 2015 Avaliação final das atividades e sugestões de encaminhamentos

Próximos passos (atividades dos próximos 03 meses)

Mês ATIVIDADES

Janeiro

Reunião com o Prefeito e seus secretários para apresentação do Acordo de Cooperação Técnica e seu respectivo Plano de Trabalho Reunião de planejamento para inicio das atividades de Desenvolvimento organizacional e Econômico das redes com o INSEA Apoio na implementação do CATAFACIL na Rede Sol Realizar alinhamento com o Plano de Negócios do DRS Reciclagem

Fevereiro

Realizar oficina de planejamento com os parceiros do PNDRSBH para definição das atividades 2013/14 Contratar Consultoria especializada para elaboração de projetos de reforma, ampliação e novos galpões das redes.

Março

1ª Etapa da Formação de Catador para Catador : Atuando em Redes.

9. Observações e complementos

Eleições Municipais – Márcio Lacerda reeleito no primeiro turno.

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Atividades suspensas após a 1ª Oficina do diagnóstico .Potencial Solução: focar em mobilização e engajamento junto à sociedade para o consumo responsável e a coleta seletiva e fortalecer o Plano de Negócios do DRS reciclagem de BH

Intervenção nos galpões de triagem: Intervenção para otimizar a organização e método da produção nas reciclagens(projeto básico e memorial descritivo das reformas, adequações e obras para mudança do lay-out de produção) e implementação do Sistema de Gestão CATAFÁCIL nas Unidades produtivas da RedeSol.

Decisão a ser tomada: Manifestação sobre a parceria com o CATAÇÃO. Realização de uma reunião com o novo Prefeito.