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SUMÁRIO
1. Objetivos e justificativas do projeto ......................................................... 8
2. Localização ............................................................................................................... 9
2.1. Histórico de ocupação do bairro ................................................................... 12
3. Caracterização do empreendimento ..................................................... 14
3.1. Plano governamental – minha casa minha vida .................................... 15
3.2. Aspectos projetuais ............................................................................................. 16
3.2.1. Acesso ao empreendimento ............................................................................ 16
3.2.2. Implantação............................................................................................................. 17
3.2.3. Insolação e iluminação....................................................................................... 20
3.2.4. Ventilação ................................................................................................................. 21
3.2.5. Topografia ................................................................................................................ 21
3.2.6. Acessibilidade ........................................................................................................ 25
3.2.7. Permeabilidade do solo ..................................................................................... 26
4. Área de vizinhança ........................................................................................... 27
4.1. Diagnóstico do mercado imobiliário local ................................................ 29
4.2. Impactos sobre valores imobiliários atuais: ........................................... 30
4.3. Adensamento populacional com a implantação do empreendimento ..................................................................................................................................... 31
5. Infraestrutura urbana .................................................................................... 32
5.1. Abastecimento de água potável ..................................................................... 32
5.2. Coleta de esgoto e águas pluviais ................................................................. 34
5.3. Resíduos sólidos ................................................................................................... 37
5.4. Fatores ambientais .............................................................................................. 41
5.5. Gás ............................................................................................................................... 41
6. Equipamentos urbanos .................................................................................. 41
6.1. Educação ................................................................................................................... 41
6.2. Saúde .......................................................................................................................... 44
6.3. Segurança ................................................................................................................. 45
6.4. Lazer ........................................................................................................................... 46
7. Mobilidade e acessibilidade ....................................................................... 49
7.1. Tráfego....................................................................................................................... 50
7.2. Demanda por transporte público: ................................................................ 51
8. Morfologia urbana ............................................................................................ 55
9. Impactos sobre o microclima ..................................................................... 55
9.1 ventilação .............................................................................................................................. 55
9.2 iluminação ............................................................................................................................ 55
10. Impactos e ações mitigatórias durante a execução da obra ... 56
10.1. Adensamento populacional durante a obra ..................................................... 57
10.2. Paisagem urbana e patrimônio natural e cultural ......................................... 57
10.3. Vegetação .......................................................................................................................... 58
10.4. Patrimônio natural ....................................................................................................... 61
3
10.5. Emissão sonoras ............................................................................................................ 61
10.6. Qualidade do ar .............................................................................................................. 61
10.8. Coleta de resíduos sólidos ........................................................................................ 62
10.9. Segurança .......................................................................................................................... 63
10.10. Saúde ................................................................................................................................ 63
10.11. Tráfego ............................................................................................................................. 63
11.Tabela de impactos e ações mitigatórias ......................................................... 64
12.considerações finais ...................................................................................................... 65
4
FIGURAS
Figura 1 - Mapa do Estado do Rio de Janeiro/ Fonte: ........................................ 10
Figura 2 - Mapa do Município de Itaboraí/ Fonte: PMI Adaptado ..................... 10
Figura 3 - Mapa com destaque do terreno proposto/ Fonte: Google Earth......... 10
Figura 4 - Mapa Distritos/ PMI Adaptado .......................................................... 13
Figura 5 - Mapa 1º Distrito/ Fonte: PMI Adaptado ............................................ 13
Figura 6 - Planta de Implantação/ Fonte: Arquivo Próprio ................................ 18
Figura 7- Planta Baix/ Fonte: Arquivo próprio ................................................... 19
Figura 8 - Fachadas/ Fonte: Arquivo Próprio ..................................................... 20
Figura 9 - Planta de topografia/ Fonte: Arquivo Pessoal .................................... 22
Figura 10 - Corte Longitudinal e Transversal/ Fonte: Arquivo Próprio ............. 23
Figura 11 - Terreno para locação do Empreendimento/ Fonte: Arquivo Próprio24
Figura 12 - Planta baixa aptos PCD/ Fonte: Arquivo Próprio ............................ 25
Figura 13 - Planta de Implantação/ Fonte: Arquivo Próprio .............................. 26
Figura 14 - Entorno, Raio= 100m/ Fonte: Google Maps Adaptado ................... 27
Figura 15 - Rio Tingidor/ Fonte : Arquivo Próprio ............................................ 28
Figura 16 - Área de Vizinhança Mediata, Raio= 200m/ Fonte: Google Earth
(Adaptado) ...................................................................................................................... 29
Figura 17 - Mapa de locação do Cond. Quartier/ Fonte: Google Earth Adaptado
........................................................................................................................................ 30
Figura 18 - Declaração de possibilidade de Água/ Fonte: Arquivo Próprio ....... 33
Figura 19 – Declaração de Possibilidade de Esgotamento Sanitário/ Fonte:
Arquivo próprio .............................................................................................................. 35
Figura 20 - Declaração de Possibilidade de Esgotamento Sanitário/ Fonte:
Arquivo próprio .............................................................................................................. 36
Figura 21 - Certidão de Coleta de Resíduos Sólidos / Fonte: Arquivo Próprio.. 40
Figura 22 - Mapa Unidades de Saúde/ Fonte: Google Earth Adaptado.............. 42
Figura 23 - Escolas Municipais/ Fonte: Ita dados Adaptado .............................. 43
Figura 24 - Mapa de Segurança pública/ Fonte: Google Maps Adaptado .......... 45
5
Figura 25 - Mapa Áreas de Lazer/ Fonte: Google Earth Adaptado .................... 47
Figura 26 - Clube Vera Gol/ Fonte: http://www.veragol.com.br........................ 47
Figura 27 - Campo de Futebol/ Fonte: Arquivo Próprio .................................... 48
Figura 28 - Trecho da Rua Arlindo Chaves/ Fonte: Arquivo Próprio ................ 49
Figura 29 - Mapa de Tráfego de Vias/ Fonte: Google Earth Adaptado .............. 51
Figura 30 - Mapa Fluxo Viário e Pontos de Ônibus/ Fonte: Google Maps
Adaptado ......................................................................................................................... 54
Figura 31- Implantação com área de sombra/ Fonte: Arquivo próprio .............. 56
Figura 32 - Autorização de supressão e Medida compensatória Ambienal/ Fonte:
Arquivo Próprio .............................................................................................................. 59
Figura 33- Autorização de supressão e Medida compensatória Ambienal/ Fonte:
Arquivo Próprio .............................................................................................................. 60
6
TABELAS
Tabela 1 – Demanda por nível de educação ....................................................... 43
7
Dados Gerais
Empreendedor :
REDE MERCEDES EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA
Endereço do Empreendimento:
Rua Arlindo Chaves, esquina com a Rua Valda, s/nº, Bairro Outeiro das Pedras –
Itaboraí/RJ.
CNPJ:
nº 14.798.055/0001-01
Empresa responsável:
REDE MERCEDES EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA
Endereço:
Avenida 22 de Maio, nº 5.451 - parte, Centro - Itaboraí - RJ
CNPJ:
nº 14.798.055/0001-01
Março/2019
8
1. OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS DO PROJETO
O condomínio residencial caracteriza-se como um empreendimento, atrelados ao
programa “Minha Casa, Minha Vida”, do Governo Federal.
Sua construção dialoga diretamente com o atual momento socioeconômico
vivido por Itaboraí. Já que ainda que demonstre um início de recuperação de crise, o
município passou por um intenso processo de estagnação econômica nos últimos 04
anos. Neste contexto, foi visível o decréscimo de renda média do cidadão itaboraiense,
principalmente daqueles inseridos nas camadas mais populares.
Logo, é de extrema importância a presença no município de projetos que visem a
inclusão social, como o programa “Minha Casa, Minha Vida” (Lei nº 11.977/2009).
Inserido nesse programa, o empreendimento aqui analisado cumpre uma importante
função ao oferecer moradias de qualidade com preço acessível a mais de 1024 cidadãos
de baixa renda.
Isto, sem dúvida, representará um grande passo para o desenvolvimento humano
dos futuros moradores. Pois além de realizar o sonho da casa própria, se beneficiarão
com a formação de uma intrincada rede de interações sociais, culturais e econômicas no
próprio condomínio e nas áreas próximas.
Além disso, o empreendimento está em pleno acordo com o Sistema Nacional de
Habitação de Interesse Social (Lei n°11.124/2005), que prega “viabilizar para a
população de menor renda o acesso à terra urbanizada e à habitação digna e
sustentável”.
Já o projeto arquitetônico do condomínio encaixa-se com as demandas do
crescimento integrado e retilíneo nas áreas mais afastadas do centro. Já que a
descentralização urbana é um importante processo para a evolução e diversificação do
planejamento urbano de um município.
Após o início de seu funcionamento, espera-se que o condomínio, junto com os
demais empreendimentos de mesma função que serão implementados na área, atue
9
como um importante ator de uma série de novos serviços infraestruturais que irão
atender à população com maior eficácia.
2. LOCALIZAÇÃO
O condomínio está localizado na Rua Arlindo Chaves, esquina com a Rua
Valda, pertencendo ao bairro Outeiro das Pedras, 1º distrito do município de Itaboraí,
região metropolitana do Rio de Janeiro, em um terreno com área de 19.883,94m2.
Itaboraí é constituída por oito distritos em divisão territorial datada de
15/07/1997, sendo primeiro, Itaboraí, Cabuçú, Itambí, Manilha, Pacheco, Porto das
Caixas, Sambaetiba e Visconde de Itaboraí.
O principal acesso à cidade é realizado através da BR-101, que vem de São
Gonçalo, a leste, e segue para Tanguá, a oeste. A RJ-104 é outra importante via de
acesso para São Gonçalo e Niterói. A BR-493 vem de Magé e Guapimirim, a leste.
Essas três rodovias se encontram no importante entroncamento de Manilha. A RJ-116
segue rumo norte para Cachoeiras de Macacu e a RJ-114 alcança a fronteira de Maricá.
10
Figura 3 - Mapa com destaque do terreno proposto/ Fonte: Google Earth
Figura 1 - Mapa do Estado do Rio de
Janeiro/ Fonte:
Figura 2 - Mapa do Município de Itaboraí/ Fonte: PMI Adaptado
11
Tomando como base a Lei Complementar no 54 de 27 de setembro de 2006,
referente ao Plano Diretor do município e, mais precisamente o Artigo 156 do mesmo
documento, pode-se definir o bairro Outeiro das Pedras como uma Zona Urbana(Zurb).
Caracteriza-se a Zona Urbana como área municipal que detêm edificação contínua e a
existência de equipamentos sociais destinados às funções urbanas básicas,como
habitação, trabalho, lazer e circulação.
Analisando a localização do empreendimento pode-se afirmar que está de acordo
com a caracterização estabelecida no Plano Diretor. Seu uso é majoritariamente
12
Residencial, com pequenos pontos de comércio e serviços. Além disso, não foi
observada atividade industrial relevante no entorno.
Portanto, conforme os dispositivos estabelecidos, é seguro afirmar que a área do
empreendimento é compatível para tipologia de construção de condomínios
multiresidenciais.
2.1. Histórico de ocupação do bairro
Como dito anteriormente, o empreendimento localiza-se na Rua Arlindo Chaves,
antiga Estrada do Dendê, pertencente ao Bairro Outeiro das Pedras.Esta área, até
meados do século XX, foi marcada pela forte presença de laranjais. Entretanto, no fim
dos anos 60, o declínio da produção, fora implantado o loteamento Joaquim de Oliveira,
tendo como principais confrontantes a Rodovia RJ104, hoje denominada Avenida 22 de
Maio, e a Estrada do Dendê.
13
Figura 4 - Mapa Distritos/ PMI Adaptado
Figura 5 - Mapa 1º Distrito/ Fonte: PMI Adaptado
14
A rodovia se caracteriza como a principal ligação entre o Norte do Estado,
consequentemente, também a via principal para que os moradores do município Itaboraí
cheguem aos grandes centros.
Já a Estrada do Dendê servia como ligação entre as fazendas de laranjais e o
Centro da cidade. Após o declínio da produção, a área passou por uma
refuncionalização, o que gerou um desmembramento da maioria das fazendas para a
construção de sítios de lazer e pequenas unidades residenciais. No entanto sem a devida
infraestrutura necessária.
No fim da década passada, a especulação imobiliária gerada pelo início da
implementação do Comperj gerou um expressivo aumento na expansão urbana do
município, incluindo o bairro Outeiro das Pedras. Tal expansão refletiu-se no
crescimento de empreendimentos residenciais de grande e médio porte acompanhado de
um desenvolvimento da infraestrutura local.
3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
O condomínio residencial multifamiliar, em uma área de terras com 19.000,00m²
de superfície, caracteriza-se como um empreendimento composto por 08 edifícios
verticais com 04 pavimentos cada. O mesmo contará com 256 unidades de 45,11m²,
totalizando 12.652,32m² na soma dos 08 edifícios. Além disso o empreendimento
contará com 319,26m² de área comum construída - uso de área de lazer, guarita, central
de gás, áreas restritas de segurança.
15
QUADRO RESUMO DE ÁREA TOTAL CONSTRUÍDA
TERRENO 19.000,00m²
USO COMUM
GUARITA/ ACESSO 16,36m²
SALÃO 267,29m²
CENTRAL DE GÁS 13,57m²
A.R.S. 22,14m²
TOTAL USO COMUM 319,36m²
BLOCOS
BLOCO 4 PAV. 1.581,54m²
TOTAL 08
BLOCOS
1.581,54 x 8
BLOCOS 12.652,32m²
ÁREA TOTAL CONSTRUÍDA
BLOCOS +USO COMUM 12.971,68m²
3.1. Plano Governamental – Minha Casa Minha Vida
Seu público alvo é formado por famílias de classe média baixa, com média de
1,5 salário mínimo, residentes no município de Itaboraí ou provenientes de municípios
limítrofes que ainda não possuem moradia própria.
Compatibilidade com planos e programas governamentais inserido no programa
Minha Casa Minha Vida, o empreendimento está condizente com as características de
uma habitação de interesse social prevista na Lei no11.977/2009 que institui a
16
regularização fundiária e o Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), do Governo
Federal, que tem por finalidade criar mecanismos de incentivo à produção e à aquisição
de novas unidades habitacionais, à requalificação de imóveis urbanos e à produção ou
reforma de habitações rurais, para famílias com renda mensal de até R$ 5.000,00 (cinco
mil reais).
O empreendimento também segue todas as normas do decreto no 7.499/2011
que Regulamenta dispositivos da Lei 11.977/2009.
3.2. Aspectos Projetuais
Alguns elementos nos ajudam a entender melhor o empreendimento, tal como
suas características e funcionalidade.
3.2.1. Acesso ao Empreendimento
A Av. 22 de Maio que é a principal Avenida do Município de Itaboraí. Através
dela temos o acesso direto a Rua Arlindo Chaves, Rua Dr. Elias Saraiva Miranda e a
Rua Valda, onde localiza-se o terreno proposto para a locação do empreendimento.
17
Figura 6 - Acessos ao Empreendimento
Rua Valda
Rua Arlindo Chaves
Rua Dr. Elias Saraiva Miranda
3.2.2. Implantação
De acordo com o estudo preliminar o empreendimento irá dispor de áreas de uso
comum e blocos residenciais.
18
Figura 6 - Planta de Implantação/ Fonte: Arquivo Próprio
19
Em cada bloco residencial, os apartamentos dispõem dos seguintes
compartimentos: sala de estar/jantar, cozinha/serviço e dois quartos.
Figura 7- Planta Baix/ Fonte: Arquivo próprio
20
3.2.3. Insolação e iluminação
O empreendimento respeita o limite de altura padronizado para os arredores, que é
relativamente baixo, e associado a seu posicionamento em relação ao movimento aparente
do sol, além da distância do empreendimento em relação aos imóveis vizinhos não causará
alterações de sombreamento significativas na vizinhança imediata, minimizando os
impactos de sombreamento nas áreas do entorno.
Além disso é prevista a construção de edificações de no máximo 4 pavimentos,
sem a presença de fachadas reflexivas, evitando impactos nas taxas de insolação e
iluminação.
Por estarem afastadas de áreas públicas, tendo ainda a barreira natural da Faixa
Marginal de Proteção do Rio Tingidor, e respeitando os limites estabelecidos no Código
de Obras no que se refere aos afastamentos laterais as principais construções do
empreendimento não projetarão sombras nestes locais.
Figura 8 - Fachadas/ Fonte: Arquivo Próprio
21
3.2.4. Ventilação
Dentro das questões de conforto térmico e ambiental nos Empreendimento é
possível destacar que as paredes que estejam expostas a ação direta dos ventos estão
sujeitas a pressões positivas, enquanto as paredes posteriores e a cobertura das casas
estão sujeitas a pressões negativas.
Com isso a distribuição das pressões sobre a construção depende da direção dos
ventos com relação as mesmas, do fato de estar exposto ou protegido de correntes de ar,
da velocidade do vento e do ângulo de incidência.
Porém a análise aqui apresentada não pretende avaliar a condição de conforto no
empreendimento, mas as alterações provocadas pela sua implantação.
A Implantação do projeto manterá recuos laterais, frontal e posterior generosos
não haverá dificuldade para a permeabilidade dos ventos, apesar das alterações
esperadas das zonas de alta e baixa pressão ocasionadas pela presença do seu volume e
pela supressão de vegetação pré-existente no terreno.
3.2.5. Topografia
A topografia do terreno não possui aclive e nem declive acentuado, o que evitará
grande movimentação de terra para a implantação do empreendimento. Esta
implantação adequará os platôs existentes com uso de rampas.
22
Figura 9 - Planta de topografia/ Fonte: Arquivo Pessoal
23
Figura 10 - Corte Longitudinal e Transversal/ Fonte: Arquivo Próprio
24
Figura 11 - Terreno para locação do Empreendimento/ Fonte: Arquivo Próprio
Figura 11 - Terreno para locação do Empreendimento/ Fonte: Arquivo Próprio
25
3.2.6. Acessibilidade
A NBR 9050 é uma norma brasileira regulamentadora para acessibilidade de
edificações, mobiliários, espaços e equipamentos urbanos. Esta norma é ideal para que a
arquitetura não seja um objeto segregador e proponha a edificação caráter de inclusão para
atender as pessoas com deficiência.
O Empreendimento possuirá um bloco para atender as PCD com 16 apartamentos,
quatro apartamento por andar que agrega cabine de elevador.
Figura 12 - Planta baixa aptos PCD/ Fonte: Arquivo Próprio
26
Também nas áreas de uso comum facilita a circulação através de rampas entre os
desníveis e prevê vagas de estacionamento reservadas para veículos conduzindo ou
conduzidos por estas pessoas.
3.2.7. Permeabilidade do solo
Para a análise da permeabilidade do solo foram levados em consideração os
seguintes dados:
Área do terreno: 19.000,00 m²
Área Total do Empreendimento: 12.208.80m²
Área Total de Projeção: 3.184,84m²
Área permeável: 15.412,66 m²
Coeficiente de Permeabilidade (Área permeável sobre Área Total
de Área de Projeção): 4.8
Taxa de Permeabilidade total: 77,51%
Área Permeável (Canteiros)
Área Permeável (FMP)
Figura 13 - Planta de Implantação/ Fonte: Arquivo Próprio
27
Desta forma, podemos considerar que a taxa de permeabilidade de 77,51% do
empreendimento não irá saturar o solo do terreno. Evitando a formação de pontos de
alagamento.
4. ÁREA DE VIZINHANÇA
O empreendimento não está inserido em uma área de interesse sociocultural ou
ambiental. Logo, não foi identificado qualquer impacto neste item. No entanto podemos
notar cursos d’águas. Um deles é o Rio Tingidor, respeitando a Faixa Marginal de
Proteção, que corta no terreno proposto e outro é o Rio Vargem que localiza-se a
aproximadamente a 100 metros a partir de seu perímetro.
Figura 14 - Entorno, Raio= 100m/ Fonte: Google Maps Adaptado
Rio Tingidor
Rio Vargem
28
Figura 15 - Rio Tingidor/ Fonte : Arquivo Próprio
A vizinhança mediata do terreno caracteriza-se pela presença de pequenas
residências, de até no máximo dois pavimentos, e uma significante parcela de terrenos
desocupados ou sendo destinado para pequenas criações bovinas.
Vale lembrar que até meados dos anos 2000, o bairro era predominantemente
uma área rural. Fator que propicia a presença de características marcantes deste regime
no entorno do empreendimento.
Destaca-se ainda o grande vazio entre o Rio Vargem a Rua Arlindo Chaves.
A população local é majoritariamente de classe baixa ou média baixa com forte
atuação em pequenos comércios e no trabalho informal.
Devido a essa grande presença de terrenos ociosos, a área tornou-se um ponto de
atração para a instalação de condomínios residenciais de diferentes perfis. Logo, estima-
se uma mudança significativa na caracterização da vizinhança e perfil populacional nos
próximos anos.
29
4.1. Diagnóstico do mercado imobiliário local
A chegada de um maior contingente populacional com a implantação do
empreendimento em questão, e de outros empreendimentos semelhantes (como os
Condomínios Quartier Itaboraí Club 1 e 2), irão gerar uma elevação dos tributos
arrecadados no bairro, criando demandas para que o poder público implemente ações de
melhorias na área.
Figura 16 - Área de Vizinhança Mediata, Raio= 200m/ Fonte: Google Earth (Adaptado)
30
4.2. Impactos sobre Valores Imobiliários Atuais:
Além de sua notável função social, o condomínio analisado, juntamente com
outros empreendimentos semelhantes que estão sendo construídos na área(como
Quartier Itaboraí Club 1 e 2), possui um papel de protagonista no contexto da
descentralização espacial do município de Itaboraí.
Figura 17 - Mapa de locação do Cond. Quartier/ Fonte: Google Earth Adaptado
31
Seguindo o histórico de evolução urbanística, o município passa atualmente pelo
fenômeno de expansão de sua infraestrutura para áreas afastadas do centro. Tal cenário
está diretamente ligado à valorização imobiliária.
A chegada de empreendimentos de médio e grande porte em áreas não centrais,
como o aqui analisado, leva ao aquecimento da economia local, o maior
desenvolvimento da malha urbana e eliminação de “vazios urbanos” e a atração de mais
empreendimentos com função semelhantes.
Tal cenário representa um impacto positivo na valorização de imóveis terrenos
na área. Desta forma, os moradores do local serão beneficiados não só com a maior
disponibilidade de serviços e opções de moradia, como também com o aumento do
valor dos seus imóveis em uma eventual venda.
4.3. Adensamento populacional com a implantação do
empreendimento
O bairro Outeiro das Pedras é composto em sua maioria por uma população de
classe média-baixa, público alvo do empreendimento.
Estima-se que o empreendimento, levando em conta uma média de quatro
membros por família, atrairá aproximadamente 1.024 habitantes para as 256 unidades
residenciais oferecidas pelo empreendimento. Estes somados aos estimado 102
habitantes itinerantes (funcionários, prestadores de serviço e moradores temporários)
representarão uma população de 1.126 pessoas.
Por se tratar de um empreendimento habitacional atrelado a um programa social,
é possível afirmar que quase a totalidade dos futuros moradores já é residente do
município. Logo, a implantação do condomínio não trará nenhum impacto para o
adensamento populacional de Itaboraí em uma macro escala.
Em relação ao adensamento do bairro e proximidade, quando visto de forma
isolada o empreendimento não representa um grande impacto no adensamento
populacional da área, por estar inserido em um local de baixa densidade demográfica.
32
Soma-se a isso, o fato do bairro Outeiro das Pedras ser composto em sua maioria
por uma população de classe média-baixa, público alvo do empreendimento. O que
possibilitará a mudança de cidadãos já residentes no bairro para o empreendimento, sem
que ocorram alterações no adensamento populacional da área
Entretanto, este aumento populacional quando somado aos outros acréscimos de
moradores causados pela futura instalação de outros empreendimentos residenciais nas
proximidades (como o Quartier Itaboraí Club), poderá causar impactos no adensamento
dos bairros Outeiro das Pedras e, seu vizinho,Joaquim de Oliveira.
Como forma de mitigar possíveis impactos, o condomínio oferecerá uma
infraestrutura capaz de atender as demandas básicas de seus moradores, como rede de
água, esgoto e equipamentos de lazer, cabendo ao poder público direcionar
investimentos para a expansão da infraestrutura local.
Além disso, a chegada de um contingente populacional, entre residentes fixos e
itinerantes, será responsável pela criação de uma intricada e benéfica rede de interações
sociais, culturais e econômicas entre os moradores do condomínio e do bairro.
5. INFRAESTRUTURA URBANA
5.1. Abastecimento de água potável
O empreendimento será responsável por garantir todo o encanamento e demais
infraestrutura necessária para o abastecimento de água, por parte CEDAE, aos seus
condôminos.
33
Figura 18 - Declaração de possibilidade de Água/ Fonte: Arquivo Próprio
34
5.2. Coleta de esgoto e águas pluviais
A Rua Arlindo Chaves apresenta uma rede de esgotamento sanitário deficiente.
Levando isto em conta, o empreendimento contará com uma Estação de Tratamento de
Esgoto (ETE) própria.
Após o tratamento, ocorrerá o descarte do material sanitário respeitando as
exigências da legislação ambiental.
A se tratar Rede de drenagem de águas pluviais, o empreendimento contará com
uma rede própria para coleta de águas dessas águas.
35
Figura 19 – Declaração de Possibilidade de Esgotamento Sanitário/ Fonte: Arquivo próprio
36
Figura 20 - Declaração de Possibilidade de Esgotamento Sanitário/ Fonte: Arquivo próprio
37
5.3. Resíduos sólidos
Considerando a média de 0,65 kg que um habitante de uma área urbana produz
de lixo por dia. É possível estimar que o empreendimento, em sua ocupação total
estimada de 1126 habitantes (população fixa e itinerante), produzirá um volume de
731,9kg de lixo por dia (valor obtido pela multiplicação do número de habitantes do
empreendimento pela média de produção de lixo diário por pessoa).
Ainda que o bairro possua coleta regular, este acréscimo considerável de lixo,
somado ao produzido aos outros empreendimentos de médio e grande porte que estão se
instalando no local, provavelmente causará um impacto negativo no serviço público.
Como forma de mitigar este impacto, cabe o condomínio criar ações que
estimulem a reciclagem, como a adoção do descarte seletivo de dejetos. Já ao poder
público, é necessário um olhar atento sobre a necessidade de ampliação do sistema de
coleta para atender às novas demandas criadas.
38
39
40
Figura 21 - Certidão de Coleta de Resíduos Sólidos / Fonte: Arquivo Próprio
41
5.4. Fatores Ambientais
O terreno do empreendimento é, atualmente, um vazio urbano composto por
uma vegetação gramínea. Logo, a instalação do condomínio não causará nenhum
impacto ambiental direto.
Além disso, sua implementação impedirá o acúmulo de lixo, a realização de
queimadas e a instalação de pastos irregulares comuns em terrenos vazios em áreas de
transição rural para urbana.
O empreendimento, no entanto, precisará atentar-se com ações de precatórias
que impeçam que o Rio Tingidor, seja impactado durante o período das obras e
efetivação do condomínio. Este corpo hídrico foi bastante danificado pela falta de
saneamento na área e passará por um lento processo de recuperação com ações que
serão realizadas pelos empreendedores dos condomínios Itaboraí Quartier Club.
5.5. Gás
O fornecimento de gás será realizado por meio de central de GLP externos com
abastecimento por caminhões tanques, conforme determina a norma técnica ABNT
NBR 13523/08.
6. EQUIPAMENTOS URBANOS
6.1. Educação
A rede escolar do município de Itaboraí possui escolas de rede pública e
privadas que possui o ensino fundamental de primeiro e segundo segmento, ensino
médio, técnico e superior.Possui também um Plano Municipal de Educação, aprovado
pelo Conselho Municipal e pela Câmara Municipal.
42
O bairro Outeiro das Pedras e seu vizinho Joaquim de Oliveira contam com a
presença de 02 escolas públicas em seu territórios, a Escola Municipal Cecília Augusta
(a 1,3km de distância) e a Escola Municipal Nanete Lima Chagas (a 900m de distância).
As duas oferecem ensino fundamental e infantil dos futuros moradores. Porém,
por serem competência municipal, estas não fornecem o ensino médio. Ainda que haja
uma escola particular (CESP) com ensino médio a poucos metros do empreendimento, é
provável que o público alvo do condomínio busque pela educação pública. Sendo assim,
a opção mais próxima é o CIEP Doutor Elias de Miranda Saraiva, localizado no Bairro
do Rio Várzea a 1,4 Km do empreendimento.
Figura 22 - Mapa Unidades de Saúde/ Fonte: Google Earth Adaptado
43
Segundo o Ita dados, as escolas municipais mais próximas ao empreendimento
localizam-se no seguinte endereço e possuem tais atributos:
Figura 23 - Escolas Municipais/ Fonte: Ita dados Adaptado
É possível estimar a demanda por cada nível de educação no empreendimento
comparando a quantidade de moradores esperada com a pirâmide etária do município
realizada pelo censo realizado pelo IBGE em 2010.
Faixa etária Demanda Municipal Demanda Estimada no
Cond.
0-4 anos 6,7% 75 pessoas
5-9 anos 7,4% 83 pessoas
10-14 anos 9,2% 103 pessoas
15-19 anos 8,6% 97 pessoas
Tabela 1–Demanda por nível de educação
Com base nos dados acima, é possível que o equipamentos educacionais
mapeados sejam sobrecarregados com este aumento de estudantes. Desta forma, cabe
aos empreendedores apresentar ao poder público a demanda que será gerada pelo
condomínio, para que sejam pensadas formas de mitigação deste impacto.
44
No entanto, estas demandas serão os fatores principais para que o município
possa requerer verbas do FNDE para construção de novos projetos de educação na
região.
6.2. Saúde
Os futuros moradores do empreendimento, em sua maioria, serão atendidos pela
saúde pública. Desta forma, é preocupante notar que a Unidade de Saúde mais próxima
do empreendimento (600m de distância), a Unidade de Saúde da Família Joaquim de
Oliveira, não está apto a atender uma maior demanda e casos de emergência.
Porém, ainda que a presença do empreendimento possa, eventualmente, gerar
um impacto negativo para o sistema de saúde, cabe ao poder público atender as
demandas geradas pela instalação deste e dos outros condomínios pela ampliação dos
45
equipamentos de saúde da área.
Lembrando ainda, conforme citado na Educação, estas demandas serão
espelhadas na área da Saúde.
6.3. Segurança
Assim como outros bairros mais afastados do centro do Município de Itaboraí,
Outeiro das Pedras sofre com a ausência de equipamentos de segurança em seu
território.
Tomando como base a localização do empreendimento, é possível verificar que
Delegacia de Polícia mais próxima está a 2,6 km de Distância, o mesmo pode-se afirmar
Figura 24 - Mapa de Segurança pública/ Fonte: Google Maps Adaptado
46
sobre o Batalhão do Corpo de Bombeiros mais Próximo.
Além disso, durante as análises em campo não foram identificados a presença de
rondas policiais no território.
A ocupação ordenada, com maior fluxo de habitantes na localidade, a sensação
de condomínio fechado, somando a efetivação de um espaço vazio, com uma maior rede
de atores na economia local deste e outros empreendimentos residenciais, pode
amenizar a atenção de criminosos.
6.4. Lazer
O empreendimento oferecerá uma área de lazer aos seus moradores. No entanto
o bairro Outeiro das Pedras e proximidades sofre com a deficiência atividades de lazer.
Dentro da área de influência do empreendimento, foram mapeados um Campo
de Futebol (15 m de distância), uma quadra de esportes (150m de distancia) e um
pequena praça com pista de skate (900m). Além disso, dispõe do Clube Vera Gol, com
quadras de esportes e piscinas, com disponibilidade de acesso bem razoáveis a toda
população. Conforme citado o empreendimento dispõe de área própria de lazer, não
impedindo que se relacione com as existentes e a que as que serão implantadas.
47
Figura 25 - Mapa Áreas de Lazer/ Fonte: Google Earth Adaptado
Figura 26 - Clube Vera Gol/ Fonte: http://www.veragol.com.br
48
Figura 27 - Campo de Futebol/ Fonte: Arquivo Próprio
Figura 28 – Praça do Outeiro/ Fonte: Google Maps
O empreendimento observa que a localidade sofre com a carência de áreas de
lazer e propõe no condomínio essas áreas para que minimize o impacto nas áreas
citadas.
49
7. MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE
O aumento de moradores na área, após a instalação deste e outros
empreendimentos, ampliará, as já presentes, demandas por melhorias na mobilidade e
acessibilidade, já que o trecho da Rua Arlindo Chaves ao condomínio aqui analisado
não está asfaltado e o ponto de ônibus mais próximo está a 850m de distância.
Ainda sim, a área conta com o alcance de moto-táxis e aplicativos de transportes,
representando alternativas de acessibilidade para o empreendimento.
Figura 28 - Trecho da Rua Arlindo Chaves/ Fonte: Arquivo Próprio
Figura 29 - Trecho da Rua Valda/ Fonte: Arquivo Próprio
50
Cabe ao poder público, levando em consideração o aumento no transito de
pessoas e veículos na área, providenciar melhorias no acesso com a expansão do
asfaltamento da Rua Arlindo Chaves e reativação da linha de ônibus local.
7.1. Tráfego
A estimada de inserção dos 1126 habitantes na área permitirá um aumento no
tráfego na área de influência direta do empreendimento. Este, no entanto, não será
sobrecarregado, já que atualmente apresenta um perfil ocioso, devido à baixa
movimentação de veículos na área.
O perfil de residentes do condomínio também indica um baixo impacto neste
quesito, pois uma boa parcela não possuirá veículo próprio.
Além disso, o condomínio possuirá estacionamento, não havendo necessidade
que os motoristas estacionem nas vias públicas.
Já em relação a principal via de acesso para o Bairro Outeiro das Pedras, a Avenida
22 de Maio, a vinda de moradores deste e dos outros condomínios poderá causar
impactos no tráfego em horários de pico em dias úteis (das 06h às 10h e das 16h às
19h), porém estes serão inseridos em um já estabelecido histórico de engarrafamentos e
não alterarão a escala de uma política de mitigação do tráfego que já é necessária na
área.
51
7.2. Demanda por transporte público:
A linha de ônibus mais próxima do empreendimento está localizada na Avenida
22 de Maio e possuem a estrutura necessária para atender o novo contingente
populacional.
Porém considerando que o ponto de ônibus mais próximo está a 850 metros do
empreendimento e que boa parte dos futuros moradores do condomínio não possui
Figura 29 - Mapa de Tráfego de Vias/ Fonte: Google Earth Adaptado
52
veículo próprio, é possível afirmar que há uma carência na oferta de transporte público
na área.
Atualmente a Empresa Maravilha Auto Ônibus que é atuante no município para
atender a população em linhas municipais possui diversas linhas que trafegam em vários
bairros do município, porém nenhuma delas trafegam nas vias secundárias de acesso ao
empreendimento, trafegam 24 linhas na via principal arterial do Município - Av. 22 de
Maio, destas
Linhas Municipais
1 Aldeia da Prata - Sambaetiba
2 Beira Rio- Aldeia da Prata
3 Alto do Jacu - Manilha
4 Visconde - Itambi
5 Hospital – Joaquim de Oliveira
6 V. das Pedras – Bairro Amaral
7 Sambaetiba - Manilha
8 Gebara - Hospital
9 Itaboraí - Visconde
10 Joaquim de Oliveira – Bairro Esperança
11 Marambaia – V. das Pedras
12 Reta Velha - Apollo
13 Visconde - Itambi
14 B.N.H. da Reta - Helianópolis
15 V. das Pedras - Visconde
16 Sapê – V. das Pedras
17 Quissamã – Novo Horizonte
23 Reta – Conjunto Marambaia
24 Joaquim de Oliveira - Visconde
53
Há também as linhas intermunicipais Ministradas pela empresa Rio Ita, que
também trafegam pela via Arterial (Av. 22 de Maio).
Linhas Intermunicipais
1 Rio Bonito x Praça XV
2 Rio Bonito x Niterói
3 Cachoeiras de Macacu x Niterói
4 Cachoeiras de Macacu x Praça XV
5 Venda das Pedras x Niterói
6 Alcântara x Niterói
A reativação do itinerário das linhas de ônibus no bairro Joaquim de Oliveira,
especialmente na antiga Estrada do Dendê - Rua Arlindo Chaves pode representar uma
boa solução para esta questão, já que esta seria capaz de atender com eficácia os
moradores do condomínio, de residências e prestadores de serviço.
54
Figura 30 - Mapa Fluxo Viário e Pontos de Ônibus/ Fonte: Google Maps Adaptado
55
8. MORFOLOGIA URBANA
Atenta-se que a volumetria dos prédios no espaço urbano, não causa grande
choque na paisagem urbana, tendo ainda a Faixa Marginal de Proteção do Rio Tingidor
dentro da propriedade atenuante para esta comparação.
Contribui o Respeito ao código de obras e a NBR 15575.
Impacto somente dentro da propriedade, em face da extensão da propriedade,
baixo coeficiente de aproveitamento do terreno - inferior a 0,8. Enquanto é permitido
valores de 5,0 nos centros urbanos.
9. IMPACTOS SOBRE O MICROCLIMA
9.1 Ventilação
O empreendimento não trará grandes impactos a circulação de ar da área, já que
os edifícios contam com uma baixa volumetria e manterá recuos laterais, frontal e
posterior que não impedirão de forma maciça a permeabilidade dos ventos.
Porém, com a implantação de outros empreendimentos de volumetria
semelhante ou superior na área poderão ocorrer alterações nas zonas de alta e baixa
pressão na área, carecendo de uma avaliação futura.
9.2 Iluminação
A baixa volumetria dos blocos do empreendimento e a relativa distância destes
para os imóveis vizinhos não causarão alterações significativas no sombreamento na
área imediata. Conforme citado anteriormente, deve-se atentar a Norma de Desempenho
das Habitações - NBR 15.575.
56
Figura 31- Implantação com área de sombra/ Fonte: Arquivo próprio
10. IMPACTOS E AÇÕES MITIGATÓRIAS DURANTE A
EXECUÇÃO DA OBRA
Como citado anteriormente as obras utilizarão técnicas convencionais de
construção e serão realizadas ao longo de 08meses, respeitando os horários previstos em
lei.
57
10.1. Adensamento populacional durante a obra
O empreendimento não causará impactos no Adensamento Populacional durante
obras, pois contratará apenas trabalhadores residentes do município de Itaboraí ou de
municípios próximos, que não necessitarão fixar residência na cidade durante o tempo
de serviço.
10.2. Paisagem Urbana e Patrimônio Natural e Cultural
Por estar inserida em uma zona urbana, a Rua Arlindo Chaves, onde está
localizado, vem passando por um, ainda tímido, processo de refuncionalização de sua
infraestrutura básica para receber empreendimentos de função residencial.
A construção do empreendimento representa mais uma adição nesse processo. Já
que está ocupando uma área de “vazio urbano”, que era incompatível com os
parâmetros de uma Zona Urbana. Desta forma, o condomínio contribuirá positivamente
para o desenvolvimento da paisagem urbana da área.
58
10.3. Vegetação
No âmbito Municipal, Itaboraí, em é basicamente composta por pastagem, mata
de encosta, mangues e brejos. As obras do Condomínio não serão responsáveis por
causar impactos na vegetação local, já que seu terreno de construção era anteriormente
um pasto composto apenas por gramíneas e pequenos arbustos. Tendo inclusive
realizado sua limpeza e supressão em data anterior com devida autorização do Poder
Público Municipal.
59
Figura 32 - Autorização de supressão e Medida compensatória Ambienal/ Fonte:
Arquivo Próprio
60
Figura 33- Autorização de supressão e Medida compensatória Ambienal/ Fonte:
Arquivo Próprio
61
10.4. Patrimônio Natural
O empreendimento não será implantado em uma área de interesse ambiental ou
sociocultural, já que seu terreno representa um vazio urbano. Logo, não foi identificado
qualquer impacto neste item. Devidamente analisado da época da Licença da Limpeza e
Supressão.
10.5. Emissão Sonoras
A obra respeitará o horário de funcionamento permitido (de segunda à sexta, das
7:00h às 17:00h, sendo de caráter temporário.
Irá atender a Resolução CONAMA Nº 1/1990 que dispõe sobre critérios de
padrões de emissão de ruídos decorrentes de quaisquer atividades industriais,
comerciais, sociais ou recreativas, inclusive as de propaganda política e também a NBR
10152/2000 que trata dos níveis de ruído para conforto acústico tendo como objetivo
Esta Norma fixa os níveis de ruído compatíveis com o conforto acústico em ambientes
diversos.
10.6. Qualidade do Ar
O empreendimento não causará impactos que estejam inseridos na resolução do
CONAMA nº3/90, em especial o Artigo 1º, parágrafo único.
Art. 1º - São padrões de qualidade do ar as concentrações de poluentes
atmosféricos que, ultrapassadas, poderão afetar a saúde, a segurança e o bem-estar da
população, bem como ocasionar danos à flora e à fauna, aos materiais e ao meio
ambiente em geral. Parágrafo
Único - Entende-se como poluente atmosférico qualquer forma de matéria ou
energia com intensidade e em quantidade, concentração, tempo ou características em
desacordo com os níveis estabelecidos, e que tornem ou possam tornar o ar: I -
62
impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde; II - inconveniente ao bem-estar público; III -
danoso aos materiais, à fauna e flora. IV - prejudicial à segurança. ao uso e gozo da
propriedade e às atividades normais da comunidade. 10.7. Higiene e limpeza.
A higienização e limpeza constante da obra evitará a proliferação de animais
considerados nocivos (como ratos, baratas e pequenos animais peçonhentos).
10.8. Coleta de resíduos sólidos
Os entulhos gerados na construção serão armazenados em caçambas(localizadas
nas vias públicas próximas à obra) e sua remoção será responsabilidade de um serviço
terceirizado.
Para o controle máximo em relação aos resíduos sólidos será necessário atender
as seguintes normas:
1. Resolução CONAMA nº 307/2002: Estabelece diretrizes,
critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da
construção civil.
2. Resolução CONAMA nº 431/2011: Altera o art. 3º da
Resolução CONAMA nº 307/2002, estabelecendo nova
classificação para o gesso.
3. Resolução CONTRAN nº 441/2013: Dispõe sobre a
obrigatoriedade dos veículos que transportam solo, resíduos e
outros materiais terem a caçamba coberta, a fim de evitar o
derramamento de carga sobre a via.
63
10.9. Segurança
O empreendimento contará com tapumes em toda a área de seu terreno para
evitar a invasão de estranhos que possam utilizar a construção como esconderijo ou área
de consumo de entorpecentes.
10.10. Saúde
O único equipamento de saúde capaz de realizar atendimento de emergência
mais eficiente, caso algum funcionário sofra um acidente ou um mal súbito, é o Hospital
Desembargador Leal Júnior, localizado a 4,8 Km do empreendimento.
Desta forma, as obras do empreendimento não causarão impactos na unidade de
saúde mais próxima (a 800 m de distância), já que esta não está apta a realizar
atendimentos emergenciais. No entanto, causa preocupação a distância moderadamente
alta do empreendimento em relação ao Hospital Municipal e a falta de opções de
equipamentos de saúde, podendo haver uma sobrecarga no serviço da unidade em caso
de um acidente com um número elevado de vítimas no empreendimento.
10.11. Tráfego
Mesmo com a presença de veículos de grande porte, como caminhões e tratores,
as obras do condomínio não causarão grandes transtornos ao tráfego local, pois seu
local de construção conta com um histórico de baixo movimento de veículos.
64
11.TABELA DE IMPACTOS E AÇÕES MITIGATÓRIAS
65
12.CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após a elaboração deste Relatório de Impacto de Vizinhança e Estudo de
Impacto de Vizinha, somado a outras análises realizadas na área pode-se concluir que a
implementação do empreendimento representará um ganho positivo para o bairro
Outeiro das Pedras e o município de Itaboraí.
Apesar de serem necessárias algumas ações mitigatórias para sua adaptação na
área da Rua Arlindo Chaves, o condomínio será um importante mecanismo de inclusão
social para uma parcela significativa de cidadãos itaboraienses.
Além disso, o condomínio atuará como um importante contribuinte para
expansão da infraestrutura e economia local ao eliminar uma área de “vazio urbano” em
uma Zurb em processo de consolidação.
66
EMBASAMENTO LEGAL
Implementação do EIV/RIV – Art. 14, Lei no 2078 /2008;
Estatuto da Cidade - Lei Federal no 10.257/2001;
Lei Orgânica do Município – 1992;
Plano Diretor de Itaboraí – Lei Complementar no 54/2006;
Código de Obras de Itaboraí – Lei Complementar no 70/2008;
NBR 9050;
https:pt.weatherspark.com
Ita dados
http://quartieritaboraiclub.com.br
http://setrerj.org.br
http://www2.mma.gov.br
67
BIBLIOGRAFIA
DALLARI e FERRAZ, Adilson Abreu e Sérgio (Coord.). Estatuto
da cidade
(Comentários à Lei Federal 10.257/2001). São Paulo.
Malheiros, 2003
GARCIA, Maria (Coord.). A cidade e seu Estatuto. 1 ed. São
Paulo. Juarez de Oliveira,
2005.
GRAU, Eros Roberto. Direito Urbano. São Paulo. Revista dos
Tribunais, 1982.
HUMBERT, Georges Louis. O Estudo de Impacto de Vizinhança
como Meio de
Proteção ao Meio Ambiente Cultural. Salvador, 2006
ROCCO, Rogério. Estudo de impacto de vizinhança: instrumento
de garantia do direito
às cidades sustentáveis. Rio de janeiro: LumenJuris, 2006.
NÓBREGA, Airton Rocha. Estudo de impacto de vizinhança. Belo
Horizonte: Fórum
de Direito Urbano. 2002.
WILLEMAM, Cyntia da Silva Almeida. Estudo de impacto de
vizinhança: um
instrumento para efetivação do direito fundamental ao
meio ambiente equilibrado. Campos dos Goytacazes. Revista da
Faculdade de Direito
de Campos, Campos dos Goytacazes. 2007
MARQUES, Janaína da Silva. Estudo de impacto de vizinhança:
uma análise crítica
feita por meio dos relatórios de impacto de
vizinhança apresentados no DF. 2010.164 f. Dissertação (Mestrado
em Arquitetura e
Urbanismo)- Brasília: Universidade de Brasília. 2010
ARANTES, Otilia e MARICATO, Ermínia. A cidade do
pensamento único:
Desmanchando conceitos. Petrópolis: Vozes. 2000
ACIOLY, Cláudio e DAVIDSON, Forbes. Densidade Urbana: um
instrumento de
planejamento urbano e gestão urbana. Rio de Janeiro: Mauad. 1998
BASSUL, José Roberto. Estatuto da Cidade: Quem ganhou? Quem
perdeu? Brasília:
Senado Federal. 2005
ANTUNES, Paulo de Bessa. Direito Ambiental. Rio de Janeiro:
Lúmen Júris, 2004.
68
Equipe Técnica Multidisciplinar
_______________________________________
Evelyn da Costa Fonseca Mattos
Arquiteta e Urbanista - CAU: A140015-0
Wagner Leão Franca
Engenheiro Civil – CREA/MG: 140372002-9
Renato Tórtora Rodrigues
Geógrafo - CREA: 2013108475
_________________________________________
João Massena
Arquiteto e urbanista - CAU: A1463-0
Autor do Projeto
Design Gráfico: Carolinna Granero