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SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO 1.1 Histórico do Colégio de Aplicação 1.2 Forma de Ingresso 1.3 Objetivo Geral 1.3.1Objetivos específicos 1.4 Filosofia 2 CONCEPÇÕES 2.1 Concepção de Escola 3 DIMENSÃO PEDAGÓGICA 3.1 Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental e Médio 3.1.1 Componentes curriculares do Ensino Fundamental e Médio 3.1.2 Sistema de avaliação ensino aprendizagem/rendimento escolar 3.1.1.1 Descrição por segmento 3.1.1.1.1 1º Ano do Ensino Fundamental 3.1.1.1.2 Ensino Fundamental (2º ao 9ºano) e Ensino Médio 3.1.1.1.2.1 Disciplinas com pontos cumulativos 3.1.1.1.2.2 Disciplinas com avaliação por conceitos 3.1.2 Prova de 2ª chamada e/ou trabalhos 3.1.2.1 Critérios para aceitação de pedido de 2ª chamada 3.1.3 Atendimento ao aluno com aproveitamento insuficiente e/ou com dificuldades de aprendizagem 3.1.3.1 Laboratório de Aprendizagem (L.A.) 3.1.3.2 Alteração (Recuperação) de Notas e Conceitos 3.1.4 Módulos de Ensino Especializado (M.E.E.) 3.1.5 Projetos Coletivos de Trabalho 3.2 Estrutura e funcionamento da Educação de Jovens e Adultos 3.2.1 Pressupostos políticos e pedagógicos da Educação de Jovens e Adultos do C. A. João XXIII 3.2.2 Histórico da educação de jovens e adultos no colégio de aplicação João XXIII/UFJF 3.2.3 Componentes curriculares da Educação de Jovens e Adultos 3.2.3.1 Estrutura Curricular da EJA 3.2.3.1 Períodos do Ensino Fundamental e Médio 3.2.4 Inserção de alunos novatos (transferidos de outras escolas) e remanejamento de alunos vinculados ao modelo vigente de EJA no C. A. João XXIII a partir da implantação da proposta de reestruturação 3.2.4.1 No segundo segmento do Ensino Fundamental: 3.2.4.2 No Ensino Médio 3.2.5 Critérios para ingresso e desligamento de alunos da EJA 3.2.6 Avaliação dos alunos da EJA 3.3 Dos espaços de atendimento ao aluno 3.3.1Biblioteca Cecília Meireles 1

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SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO 1.1 Histórico do Colégio de Aplicação 1.2 Forma de Ingresso1.3 Objetivo Geral1.3.1Objetivos específicos1.4 Filosofia2 CONCEPÇÕES2.1 Concepção de Escola3 DIMENSÃO PEDAGÓGICA3.1 Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental e Médio 3.1.1 Componentes curriculares do Ensino Fundamental e Médio 3.1.2 Sistema de avaliação ensino aprendizagem/rendimento escolar 3.1.1.1 Descrição por segmento3.1.1.1.1 1º Ano do Ensino Fundamental3.1.1.1.2 Ensino Fundamental (2º ao 9ºano) e Ensino Médio3.1.1.1.2.1 Disciplinas com pontos cumulativos3.1.1.1.2.2 Disciplinas com avaliação por conceitos3.1.2 Prova de 2ª chamada e/ou trabalhos3.1.2.1 Critérios para aceitação de pedido de 2ª chamada3.1.3 Atendimento ao aluno com aproveitamento insuficiente e/ou com dificuldades de aprendizagem3.1.3.1 Laboratório de Aprendizagem (L.A.)3.1.3.2 Alteração (Recuperação) de Notas e Conceitos3.1.4 Módulos de Ensino Especializado (M.E.E.)3.1.5 Projetos Coletivos de Trabalho3.2 Estrutura e funcionamento da Educação de Jovens e Adultos3.2.1 Pressupostos políticos e pedagógicos da Educação de Jovens e Adultos do C. A. João XXIII3.2.2 Histórico da educação de jovens e adultos no colégio de aplicação João XXIII/UFJF3.2.3 Componentes curriculares da Educação de Jovens e Adultos3.2.3.1 Estrutura Curricular da EJA 3.2.3.1 Períodos do Ensino Fundamental e Médio3.2.4 Inserção de alunos novatos (transferidos de outras escolas) e remanejamento de alunos vinculados ao modelo vigente de EJA no C. A. João XXIII a partir da implantação da proposta de reestruturação 3.2.4.1 No segundo segmento do Ensino Fundamental:3.2.4.2 No Ensino Médio3.2.5 Critérios para ingresso e desligamento de alunos da EJA3.2.6 Avaliação dos alunos da EJA3.3 Dos espaços de atendimento ao aluno3.3.1Biblioteca Cecília Meireles3.3.2. Infocentro3.3.3 Telemática3.3.4 Programa do Livro Didático do MEC / FNDE3.4 Formação Inicial e Continuada3.4.1 Formação inicial: os estágios3.4.2 Formação continuada 3.4.2.1 Portal do Professor/MEC3.4.2.2 Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência3.4.2.3 Gestar II3.4.2.3 Cursos de Aperfeiçoamento

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3.4.2.3.1 Formação continuada de professores de Ewbank da Câmara: ações de extensão ePesquisa3.4.2.3.2 Curso a distância em Educação para as Relações Étnico-Raciais3.4.2.3.3 Projeto Arte em Trânsito: Mostras Culturais e Colóquio3.4.2.4 Curso de Pós graduação Lato Sensu3.4.2.4.1 Especialização em Educação no Ensino Fundamental3.4.2.4.2 Especialização em Educação Física Escolar3.4.2.5 Curso de Mestrado Profissionalizante3.5 Comissões3.6 Novos caminhos para o Colégio de Aplicação João XXIII3.6.1 Concepção do CA João XXIII e Escola de Tempo Integral3.6.2 Proposta de Ampliação do Tempo da Escola4 DIMENSÃO ADMINISTRATIVA4.1 Calendário Escolar4.1.1 Atividades Contempladas no Calendário escolar4.2 Normas de funcionamento do Colégio 4.2.1 Horário de funcionamento4.2.2 Uso do uniforme e agenda escolar4.2.2.1 No Ensino Fundamental4.2.2.2 No Ensino Médio4.2.2.3 Uniforme de Educação Física4.2.2.4 Na Educação de Jovens e Adultos4.2.3 Pontualidade4.2.3.1 Turno da tarde - Ensino Médio4.2.3.2 Turno da Noite – EJA.4.2.3.3 Saída dos alunos antes do horário4.2.3.4 Entrada e saída – L.A.4.2.4 Realização de trabalhos (Tarefas escolares)4.2.5 Boletim4.2.6 Achados e Perdidos4.3 Matriculas4.4 Transferência4.5 Estrutura pedagógico- administrativa4.5.1 Corpo docente e técnico administrativo em educação4.6 Normas de organização escolar4.6.1 Da direção4.6.3 Dos serviços técnicos pedagógicos4.6.3.1 Serviço Social Escolar4.6.4 Da secretaria4.6.5 Do corpo docente 4.6.5.1 Dos direitos dos professores4.6.5.2 Dos deveres dos professores4.6.6 Do corpo discente4.6.6.1 Dos direitos dos alunos4.6.6.2 Dos deveres dos alunos4.6.6.3 Penalidades Disciplinares4.6.7 Do pessoal administrativo4.6.7.1 Dos direitos e deveres4.7 Estagiários4.8 Conselho de Classe4.9 Grêmio Estudantil4.10 Cantina Escolar

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4.11 Associação de Pais e Amigos do João XXIII5. DIMENSÃO FINANCEIRA6. DIMENSÃO CIENTÍFICO PEDAGÓGICA 6.1 Projetos de Pesquisa6.1.1 Iniciação Científica - Bic Jr. 6.1.2 Iniciação Científica – IC6.1.3 Grupos de Pesquisa6.1.3.1 Grupo de Estudo e Pesquisa Práticas Escolares e Educação Física do Colégio de Aplicação João XXIII6.2 Projetos de Ensino6.2.1 Treinamento Profissional6.2..2 Monitoria Jr6..2.3 Aluno Assistente na Escola6.2.4 Apoio Estudantil6.3 Projetos de Extensão6.4 Divulgação Científico-Pedagógica6.4.1 Revista Científica6.4.2 Revista Pedagógica ANEXOS

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1 APRESENTAÇÃO

1.1 Histórico do Colégio de Aplicação

O Ginásio de Aplicação João XXIII, da Faculdade de Filosofia e Letras de Juiz de Fora (FAFILE), foi criado em 1965, pelo professor Murílio de Avellar Hingel, ex-Ministro da Educação, como "uma escola de experimentação, demonstração e aplicação”, para atender aos licenciandos em termos de pesquisa e realização de estágios supervisionados. Inicialmente, a Escola contava com a 1ª série ginasial (atual 6º ano), formada por 23 alunos, e funcionava à Avenida Rio Branco, 3372. Em 1966, a FAFILE foi incorporada à Universidade Federal de Juiz de Fora, o que resultou na federalização do Ginásio João XXIII. Em 1968, a Reforma Universitária extinguiu a FAFILE, o que gerou os Institutos Básicos e a Faculdade de Educação. Como resultado dessas mudanças, o Ginásio João XXIII se transformou em Colégio de Aplicação João XXIII, ficando vinculado à Faculdade de Educação, sob a direção do Prof. Murilo de Avellar Hingel, também Diretor da Faculdade de Educação na época. Em 1970, o Colégio foi transferido para o Campus da Universidade, no prédio do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), e em 1971 para o prédio da Faculdade de Educação. Só em 1974, o Colégio passou a ocupar o prédio atual, onde antes funcionava a Faculdade de Engenharia, na Rua Visconde de Mauá, 300, no bairro Santa Helena. Ao longo de seus 47 anos, o Colégio esteve sob a Direção dos seguintes professores: Prof. Murilo de Avellar Hingel (1965/1973), Prof. José Xavier de Albuquerque (1973/1974), Conselho de Professores: Edson Pável Bastos, Ilva Cremonese, Terezinha de Castro Pinto (1975/1976), Profª Maria Hortência de O. e Silva (1977), Lucy Maria Brandão (1978/1989), Maria Rinaldi Carvalho Miranda e Sérgio Marcos Ávila Negri (1989/1993), Paulo Vitor Miranda Carrão e Antônio Júlio Lopes Pinto (1993/1997), Antônio Júlio Lopes Pinto e José Maria Pereira Guerra (1997/2001), Terezinha Maria Barroso Santos e Sandra Maria Andrade del-Gaudio (2001/2005) e José luiz Lacerda e Andréa Vassallo Fagundes (2005/2009) - (2009/2013). Também, ao longo desse tempo, o Colégio foi adquirindo maior autonomia: em 1989, através da Portaria nº 584, o Colégio desvinculou-se da Faculdade de Educação e ligou-se, administrativamente, à Pró-Reitoria de Ensino e Pesquisa, atual Pró Reitoria de Graduação, e, finalmente, em 1998, o Colégio tornou-se uma Unidade Acadêmica, de acordo com o novo Estatuto da Universidade Federal de Juiz de Fora.

Em sua trajetória, outras mudanças aconteceram: foram implantadas as séries iniciais do Ensino Fundamental (1980); o Ensino Médio (1992); o Curso para Educação de Jovens e Adultos (1997-1999); o Curso de Especialização em Prática Interdisciplinar (2000); a reforma curricular do Ensino Médio (2003); mudanças para uma reforma do Ensino Fundamental (a partir de 2005); a criação da 1ª turma de Educação Infantil (2006); aprovação do novo Regimento Interno pelo CONSU (2006); a abertura do Curso de Jovens e Adultos para a comunidade (2007); a criação da Comissão de Reforma Unificada do Ensino Fundamental e Médio (2007) com mudanças pedagógicas, aprovadas em Congregação, para o ano de 2008; a implantação do Ensino Fundamental em 9 anos (2008); a introdução das disciplinas de Sociologia e Filosofia no Ensino Médio (2008); o oferecimento da Língua Inglesa para todos os anos do Ensino Fundamental e Médio, a introdução da Língua Espanhola e ampliação da carga horária das disciplinas de Filosofia, Sociologia a todos os anos do Ensino Médio, através da expansão da carga horária para o turno da tarde; concurso e efetivação de 30 novos professores do quadro permanente para atuarem em diferentes disciplinas do Colégio e ampliação de mais três turmas para a EJA (2010).

Em 2011, o Colégio avançou em discussões pedagógicas e administrativas com a atuação de 5 comissões, refletindo sobre: “Projeto Político Pedagógico, Trabalho Docente, Avaliação da Escola, Ampliação do Horário Escolar e Ações de Formação Inicial e Continuada.”

Atualmente, o Colégio conta com cerca de 1300 alunos, matriculados em 28 turmas de Ensino Fundamental e 09 turmas de Ensino Médio, além de 247 alunos matriculados em 10 turmas que atendem a alunos do Curso para Educação de Jovens e Adultos.

1.2 Forma de Ingresso

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O ingresso dos alunos se dá através de sorteio público realizado anualmente.

1.3 Objetivo Geral

Desenvolver o tripé ensino pesquisa e extensão de modo a assegurar ao educando a formação indispensável ao exercício efetivo da autonomia com a estruturação de uma sociedade justa e democrática.

1.3.1Objetivos específicos

enfatizar a construção coletiva do conhecimento socialmente contextualizado como tarefa primordial da escola;

gerar, desenvolver e avaliar estratégias pedagógicas que venham a contribuir para o aprimoramento do processo de educação básica regional e nacional;

assegurar o desenvolvimento integral do educando, em busca da aquisição e do domínio dos instrumentos básicos para uma aprendizagem continuada, autônoma e crítica, em níveis cada vez mais amplos de estudo;

valorizar o trabalho interdisciplinar, comprometendo-se com o desenvolvimento de um programa integrado entre as diversas áreas e disciplinas;

preparar, de forma geral, o educando para a inserção na sociedade, entendida como espaço essencial ao exercício da cidadania;

levar os educandos, independentemente de suas diferenças individuais e sociais, a buscarem o seu desenvolvimento e a superarem suas limitações;

contribuir, integrado às demais Unidades Acadêmicas, para a melhor formação de recursos humanos para o exercício da profissão de PROFESSOR, bem como para a capacitação de profissionais em exercício na região, atendendo aos princípios de uma escola pública, de qualidade e gratuita, em todos os níveis;

promover a realização de estágios, curriculares ou não, prioritariamente de estudantes da UFJF;

Possibilitar a formação inicial de licenciandos e a formação continuada dos professores das diferentes redes de ensino;

Estimular a realização de pesquisas na Instituição;

1.4 Filosofia

O Colégio de Aplicação João XXIII é uma instituição de ensino básico, reconhecida pela qualidade do trabalho desenvolvido, e por seu compromisso com a educação voltada para a formação de um cidadão crítico, autônomo e com comprometimento social. Enfim, uma educação voltada para a formação humanista. Essa opção tem os seguintes desdobramentos:

ênfase na construção do conhecimento como tarefa primordial da Escola; valorização da escola, enquanto espaço de aprendizagem e patrimônio coletivo - direito de

todos; comprometimento com um programa integrado entre as diversas áreas e disciplinas; subordinação dos métodos aos conteúdos, de modo a evitar a simples acumulação de

informações; resgate do papel do professor enquanto transmissor do conhecimento sistematizado e

enquanto mediador entre esse conhecimento e a sua prática social - tal papel confere-lhe autoridade a ser exercida sem autoritarismo e dele exige compreensão das condições concretas de vida dos alunos.

reconhecimento e aceitação do desafio de levar os alunos, independentemente de suas diferenças individuais e sociais, a atingirem patamares mínimos de desempenho, buscando estratégias capazes de fazê-los superar suas limitações.

formação do educando pautada em valores éticos centrada no respeito à diferença.

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O Colégio de Aplicação vem obtendo reconhecimento por constituir-se campo de estágio dos licenciandos da Universidade e por seu envolvimento em projetos de ensino, extensão e pesquisa.

2 CONCEPÇÕES

2.1 Concepção de Escola

O conhecimento é uma construção sócio-cognitiva, determinada e elaborada por sujeitos cognitivos, circunstanciados em um contexto histórico-cultural, enquanto interagem entre si e com o universo de suas próprias experiências humanas. Deste ponto de vista, a interação social e os processos cognitivos possibilitam a concretização e atualização do processo do ensino-aprendizagem. A compreensão e a capacidade de interpretar, selecionar e transformar conhecimentos são condições indispensáveis para que ocorra o processo de ensino-aprendizagem na escola.

Ao defender esta concepção, posicionamo-nos a favor da construção de uma escola democrática, autônoma, inclusiva. O lugar, por excelência, para a interação e produção de conhecimentos formais vistos como um bem simbólico, patrimônio histórico cultural da humanidade.

Uma das funções principais da escola deve ser portanto, garantir o acesso, a socialização e a produção do saber, como direito e possibilidade disponível a que quer ser humano.

Nesta perspectiva, educar instancia-se como uma ação que não se limita ao mero processo ensino-aprendizagem central na transmissão de conteúdos cristalizados e fragmentados, um mero artefato cuja construção independe da participação do ser humano. Ao contrário, a ação de educar implica dimensões mais amplas relacionadas à elaboração de conhecimentos e de outros processos que contribuem para a formação humana de nossos alunos, sujeitos de sua própria existência e de sua própria aprendizagem. Envolve, portanto, valores éticos, afetivos, respeito às diferenças, capacidade de reflexão, discernimento, consciência de escolhas e possibilidades, tendo em vista as dimensões humanas, sociais, históricas e culturais do sujeito da aprendizagem.

Neste contexto, o grande desafio da escola é ensinar a aprender, sem desprezar os interesses, os conhecimentos prévios dos alunos, as exigências de nossas sociedades contemporâneas. Mais do que ensinar conteúdos a escola deve desenvolver capacidades, competências, habilidades para pensar, agir, possibilitando ao aluno se posicionar como sujeito de sua própria experiência.

Conhecer se instancia como um processo dinâmico e contínuo, útil para a compreensão, interpretação, participação e transformação da realidade, segundo os objetivos de um projeto de vida.

Dessa forma, o conhecimento, construção social-histórico-cultural, perde seu status de verdade absoluta, estática, um produto acabado e privilegia-se a interação social como forma indispensável para a construção coletiva do saber. A valorização da pesquisa, a ênfase no processo de elaboração, compreensão e domínio de conhecimentos e estratégias cognitivas e metacognitivas constituem a meta principal da escola.

Uma implicação pedagógica imediata é a mudança da concepção de avaliação. A sua natureza qualitativa e contínua, não mais realizada apenas no final do processo de ensino-aprendizagem, indica-nos a necessidade de definição de critérios mais adequados aos propósitos e à concepção do que é ensinar.

A construção de conhecimento, seja do ponto de vista cognitivo ou social, pressupõe uma íntima inter-relação entre aprender e ensinar. Os alunos, como sujeitos ativos deste processo, interagem permanentemente enquanto adquirem competências e habilidade inerentes a ação de aprender. Desaparece, portanto, a fragmentação do conhecimento e do processo de ensinar e aprender.

Torna-se necessário defender a construção de um currículo que valorize uma visão integrada do conhecimento e da realidade em que se insere a escola atual. Mudanças tanto na prática pedagógica, na postura dos professores e alunos quanto rotina escolar tornam-se urgentes.

A ousadia de enfrentar o desafio que se apresenta convida-nos a criar condições de se instaurar, na escola, o espaço do diálogo, rompendo com o modelo velho que até então determina a produção do saber.

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3 DIMENSÃO PEDAGÓGICA

3.1 Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental e Médio

3.1.1 Componentes curriculares do Ensino Fundamental e Médio

3.1.2 Sistema de avaliação ensino aprendizagem/rendimento escolar

O sistema de avaliação do Colégio ocorre de forma quantitativa e qualitativa.Cabe ao Conselho de Classe a consolidação do processo de avaliação, ao final do ano letivo

(Art.62 do Regimento Interno), decidindo, inclusive, sobre a progressão do aluno para o ano seguinte.

O Conselho de Classe se resguarda no direito de realizar mudanças nas turmas ao final do ano letivo.

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3.1.1.1 Descrição por segmento

3.1.1.1.1 1º Ano do Ensino Fundamental

A avaliação será qualitativa e processual realizada pelos professores de forma contínua, através de observações e registros em ficha descritiva sobre o desenvolvimento do aluno.

3.1.1.1.2 Ensino Fundamental (2º ao 9ºano) e Ensino Médio

3.1.1.1.2.1 Disciplinas com pontos cumulativos

Os alunos receberão três notas (trimestrais), com os seguintes valores:1º Trimestre = 30 pontos2º Trimestre = 35 pontos3º Trimestre = 35 pontos

Aprovação: de 60 a 100 pontosReprovação: Inferior a 60 pontos em qualquer conteúdo (submetido ao Conselho de Classe)

3.1.1.1.2.2 Disciplinas com avaliação por conceitos

Educação Física Artes Línguas EstrangeirasNas disciplinas acima citadas, a avaliação será feita através de conceitos A (apto) ou I (inapto),

atribuídos ao final de cada trimestre.Aprovação: Conceito final “A” no 3º TrimestreReprovação: Conceito final “I” no 3º Trimestre (submetido ao Conselho de Classe)

Observações:1) O aluno que obtiver I, em qualquer trimestre, será indicado para o L. A.2) Será entregue, ao final de cada trimestre, um relatório ou ficha avaliativa indicando o desenvolvimento do aluno.

3.1.2 Prova de 2ª chamada e/ou trabalhos

O pedido de 2ª chamada de prova e/ou trabalho deverá ser feito pelo responsável, na Secretaria do Colégio, em formulário próprio, até 3 dias úteis, após realização das mesmas.

A justificativa será apreciada pelo professor que deferirá, ou não, o pedido. A prova de 2ª chamada será agendada no turno em que o aluno não tenha aula.

3.1.2.1 Critérios para aceitação de pedido de 2ª chamada

Para o deferimento do pedido de 2ª chamada, o aluno deverá apresentar justificativa fundada em um dos itens abaixo:(1) problema de saúde, comprovado por atestado médico ou justificativa do responsável;(2) óbito de parente;(3) viagem inesperada;(4) viagem para acompanhamento do responsável;(5) participação comprovada em atividades culturais, esportivas ou eventos de outra natureza.(6) a aceitação de outras justificativas ficará a critério do professor. 3.1.3 Atendimento ao aluno com aproveitamento insuficiente e/ou com dificuldades de aprendizagem

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3.1.3.1 Laboratório de Aprendizagem (L.A.)

Os laboratórios de aprendizagem são espaços diferenciados de aprendizagem, de caráter obrigatório, realizados em horários específicos, com o objetivo de atender às dificuldades dos alunos para os quais o tempo escolar não foi suficiente para garantir o seu desenvolvimento. Os L.As. proporcionam, também, novas possibilidades de avaliação alterando notas ou conceitos do aluno.

Deverá freqüentar o L.A. aquele aluno com dificuldades específicas, indicado pelo professor da disciplina em qualquer momento do ano letivo em curso. O aluno poderá ser liberado do L.A. a qualquer tempo e, somente, por indicação do professor.

Os L.A.s funcionam nos seguintes horários: Ensino Fundamental

- 1º ao 5º ano: 17h15min às 18h- 6º ao 9º ano: 11h40 min às 12h30minEnsino Médio- no turno da tarde, em dias e horários agendados pela Coordenação de Ensino.

3.1.3.2 Alteração (Recuperação) de Notas e Conceitos

Todo aluno com aproveitamento inferior a 60% da nota ou conceito “I” (inapto) no trimestre terá oportunidade de alteração da nota ou conceito final do trimestre mediante a atividades avaliativas. Prevalecerá no boletim a maior nota ou conceito alcançado pelo aluno, no trimestre, em cada disciplina. A alteração da nota ou conceito ocorrerá no trimestre seguinte, após a realização das novas avaliações. O aluno que demonstrar dificuldades no seu desenvolvimento ou em sua aprendizagem, durante o processo avaliativo, será encaminhado, obrigatoriamente ao L.A. O aluno que obtiver rendimento abaixo da média, por não ter cumprido alguma tarefa ou trabalho de caráter avaliativo, terá novas possibilidades de realizá-los, fora do ambiente de L.A., a critério do professor. Uma vez que a avaliação no Colégio ocorre de forma processual, o professor poderá, a qualquer momento, aplicar diferentes instrumentos avaliativos ao(s) aluno(s). A alteração de nota ou conceito no 3º trimestre se dará por meio de um exame final com o mesmo valor do trimestre (35 pontos), em data a ser divulgada pela Coordenação de Ensino.

Caso o aluno obtenha média no 3º Trimestre, mas não tenha atingido 60 pontos para aprovação, poderá submeter-se ao exame final do 3º Trimestre com o mesmo valor (35 pontos).

O aluno será avaliado ao longo de cada Trimestre, não havendo exame final de recuperação, correspondente a todo ano letivo.

3.1.4 Módulos de Ensino Especializado (M.E.E.)

Os módulos são espaços diferenciados de aprendizagem que se caracterizam por uma abordagem do conhecimento em que predominam a utilização de metodologias e temáticas alternativas. São destinados a todos os alunos do Ensino Fundamental e Médio.

6 grupos de alunos por ano (cerca de 15 a 20 alunos por Módulo). Do 1º ao 5º ano do EF total de 30 grupos de alunos. Do 6º ao 9º ano do EF e do 1º ao 3º ano do EM total 42 grupos de alunos.PORTANTO: Necessidade de, no mínimo, 30 Módulos do 1º ao 5º ano do EF. Necessidade de, no mínimo, 24 Módulos do 6º ao 9º ano do EF Necessidade de, no mínimo, 18 Módulos do 1º ao 3º ano do EM. Total de, no mínimo, 72 Módulos para todo o Colégio.

1 dia da semana para cada ano. Do 1º ao 5º ano - 5º horário. Do 6º ao 9º ano - 3º horário.

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No EM - 5º e/ou 6º horários.

Cada módulo poderá ter a duração de um a três trimestres. Serão oferecidos seis módulos por trimestre para cada ano escolar.

As matrículas nos M.E.E. acontecerão através de indicação dos coordenadores e professores, ou por opção do aluno. O processo avaliativo nos M.M.E.ocorrem por meio de conceitos “A” (apto) ou “I” (inapto) que serão atribuídos ao final do ano letivo.

DISTRIBUIÇÃO DOS MÓDULOS POR DEPARTAMENTOS

Deptº 6º ano EF 7º ano EF 8º ano EF 9º ano EF 1º ano EM

2º ano EM

3º ano EM

LEART. 2 mód. 1 mód. 1 mód. 1mód. 1mód. 1mód. 1mód.

MAT. 1 mód. 2mód. 1mód. 1mód. 1mód. 1mód. 1mód.

CH 1 mód. 1mód. 2mód. 1mód. 1mód. 1mód. 1mód.

CN 1 mód. 1mód. 1mód. 2mód. 1mód. 1mód. 1mód.

EF 1 mód. 1mód. 1mód. 1mód. 2mód. 1mód. 1mód.

1 sorteio 1 sorteio

Cada Departamento oferecerá no ano letivo 8 módulos e + 2 serão sorteados.

3.1.5 Projetos Coletivos de Trabalho

O Projeto Coletivo de trabalho, PCT, foi implantado no C. A. João XXIII em 2005. Os PCTs tem como objetivo o desenvolvimento de grandes temas gerais, organizados de forma multidisciplinar ou interdisciplinar, planejados coletivamente.

Os Professores que atuam em cada ano de ensino decidem sobre o(s) tema(s) mais apropriado(s), considerando as características, bem como as necessidades da(s) turma(s) em que o Projeto será desenvolvido. Os PCTs têm sido desenvolvidos em três eixos temáticos:

DIVERSIDADE E PLURARIDADE CULTURAL – Esse eixo norteará as discussões em torno das relações de gênero e sexualidade, raça e etnia e classe.

SÓCIO-ECOLÓGICO – Esse eixo norteará as discussões em torno do desenvolvimento sustentável, considerando as interações sociais e o meio ambiente.

CIDADANIA E ESCOLA – Esse eixo norteará as discussões em torno dos direitos e deveres da criança e do adolescente, tendo como norte o Estatuto da Criança e do Adolescente, ECA.

Os três eixos dialogam entre si, perpassando os Projetos. A intenção é trabalhar questões éticas, embasadas em valores universais como: cuidado, solidariedade, gentileza, respeito, tolerância, afetividade, sinceridade, aprender a perder e a ganhar, entre outros.

3.2 Estrutura e funcionamento da Educação de Jovens e Adultos

3.2.1 Pressupostos políticos e pedagógicos da Educação de Jovens e Adultos do C. A. João XXIII

A Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade de ensino que vem sendo cada vez mais compreendida como um espaço essencial para auxiliar na discussão sobre a promoção e garantia de direitos, sejam eles civis, sociais ou humanos. Por isso, o direito à aprendizagem e à participação na vida social, cultural, social, política e econômica de um país na atualidade, deve ser encarado como um dever do Estado, um direito dos cidadãos e não mais como em muitos momentos da história da educação no nosso país o foi: como assistência social ou espécie de “privilégio”.

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Os jovens, adultos e idosos que se encontram na modalidade de ensino “Educação de Jovens e Adultos” são os educandos que, por diversos motivos, tanto por não conseguirem concluir os estudos na idade considerada apropriada, como por acabarem excluídos do sistema formal de ensino através das sucessivas reprovações, evasões e insucessos, necessitam, ao retornar ao espaço escolar, encontrar uma organização pedagógica que compreenda as suas especificidades, levando em conta os seus saberes e visões de mundo, conforme explica Oliveira (2001):

Muitas vezes a linguagem escolar mostrou ser maior obstáculo à aprendizagem do que o próprio conteúdo. Alunos que nunca haviam estado na escola tinham grande dificuldade de trabalhar com a linguagem escolar, enquanto que aqueles que já haviam tido certo treino escolar demonstraram dominar a mecânica geral da escola e considerar os diversos tipos de atividades como aceitáveis no interior do mundo escolar, mesmo quando desconhecidas como atividades específicas (OLIVEIRA, 2001, p. 6).

Frente às especificidades apresentadas pelo público da Educação de Jovens e Adultos, pesquisadores, educadores e gestores que atuam nesta modalidade de ensino vêm, no decorrer dos anos, consolidando algumas diretrizes fundamentais para serem pensadas a partir dos desafios apresentados pela Educação de Jovens e Adultos no Brasil e na América Latina. É consenso, portanto, que os processos educativos vivenciados por esse público necessitam garantir condições para que exerçam a sua cidadania, participando e contribuindo nos diferentes âmbitos e nas diferentes esferas da sua vida: pessoal, profissional, social, afetiva, intelectual e política, de forma a garantir e promover o direito a uma educação ao longo da vida.

Ao analisarmos a História da Educação de Jovens e Adultos no Brasil, percebemos que a sua trajetória sempre foi marcada por preconceitos e discriminações, sendo considerada como de menor prestígio frente às outras modalidades de ensino. Desse modo, a sua compreensão oscilava entre a total responsabilização do analfabeto, do jovem e do adulto com baixa escolaridade pela sua situação educacional à crença de que, cognitivamente, as pessoas adultas e mais velhas não eram capazes de aprender nesse momento das suas vidas.

A realidade cultural e suas variantes, contempladas nas questões de ordem sócio-econômica, de gênero, étnico-racial, ‘diferenças regionais’, falta de políticas públicas adequadas, formação e valorização dos profissionais da educação que lecionam nessa modalidade, dentre outros aspectos, eram completamente desvalorizadas e sequer eram pensadas e analisadas, como é possível notar nas considerações de Couto acerca do analfabetismo:

Analfabetismo é o cancro que aniquila o nosso organismo, com suas múltiplas metástases, aqui a ociosidade, ali o vício, além o crime. Exilado dentro de si mesmo, como em um mundo desabitado, quase repelido para fora da espécie pela sua inferioridade, o analfabeto é digno de pena e a nossa desídia indigna de perdão enquanto não lhe acudirmos com o remédio do ensino obrigatório (COUTO, 1933, p.190).

A patologização de uma questão de ordem social reflete uma concepção de homem, mulher, educação, sociedade e cultura existente na época, que se projeta no futuro, e que não podemos desconsiderar, haja vista que observamos o seu reflexo nos dias de hoje em muitos discursos oriundos tanto do senso comum como do meio educacional que vê o jovem e o adulto com baixa escolaridade com pré-conceitos, disseminando estereótipos que os vêem como incapazes, atrasados, incultos e com dificuldades de aprendizagem quase impossíveis de serem vencidas. Disso resulta a baixa autoestima desse grupo sendo esse um dos principais fatores de seu não reingresso ao sistema escolar e evasão.

Atualmente, vivemos um momento em que o estudo da história da educação brasileira nos permite identificar as raízes dos problemas e das questões presentes no surgimento dessa modalidade de ensino a partir da consolidação de um sistema dual de ensino que dicotomizou a relação entre trabalho intelectual e trabalho braçal/manual e polarizou a educação brasileira em uma educação para as elites versus uma educação para a classe trabalhadora. Essa dicotomização é

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evidenciada no texto do Parecer sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos:

Suas raízes são de ordem histórico-social. No Brasil, esta realidade resulta do caráter subalterno atribuído pelas elites dirigentes à educação escolar de negros escravizados, índios reduzidos, caboclos migrantes e trabalhadores braçais, entre outros. Impedidos da plena cidadania, os descendentes destes grupos ainda hoje sofrem as conseqüências desta realidade histórica. Disto nos dão prova as inúmeras estatísticas oficiais. A rigor, estes segmentos sociais, com especial razão negros e índios, não eram considerados como titulares do registro maior da modernidade: uma igualdade que não reconhece qualquer forma de discriminação e de preconceito com base em origem, raça, sexo, cor idade, religião e sangue entre outros. Fazer a reparação desta realidade, dívida inscrita em nossa história social e na vida de tantos indivíduos, é um imperativo e um dos fins da EJA porque reconhece o advento para todos deste princípio de igualdade (BRASIL, 2000, p. 6).

Destarte, observamos que a questão central que se apresenta na EJA há muito ultrapassou a concepção de responsabilização do sujeito pela sua situação, transcendendo a dimensão da construção de estereótipos com relação ao jovem e adulto analfabeto ou pouco escolarizado para a compreensão e análise da dimensão histórico-social que encadeia um processo de transformação das visões sobre o que seja o papel da educação na atual conjuntura na qual nos encontramos, reconhecendo que a Educação de Jovens e Adultos não pode prescindir das suas funções reparadora, equalizadora e qualificadora.

Assim sendo, a construção e discussão sobre um Projeto Político-Pedagógico específico para a Educação de Jovens e Adultos do C. A. João XXIII envolveu a retomada dos antecedentes históricos acerca dessa modalidade de ensino em nosso país, articulada com o histórico do percurso dessa modalidade de ensino no C. A. João XXIII/UFJF.

3.2.2 Histórico da educação de jovens e adultos no colégio de aplicação João XXIII/UFJF

Conforme consta nos registros existentes em nosso Colégio (atas de Congregação; Agenda do João XXIII; projetos voltados para a Educação de Jovens e Adultos; e demais documentos que vêm sendo compilados para a elaboração do Projeto Político-Pedagógico do Colégio), o Curso para Educação de Jovens e Adultos existente nessa escola foi proposto a partir de uma parceria entre o Colégio de Aplicação João XXIII e a Pró-reitoria de Recursos Humanos da UFJF, tendo as suas atividades iniciadas no ano de 1996 na perspectiva de um projeto experimental para o nível Fundamental. Seu objetivo era o de atender a uma antiga reivindicação dos funcionários da UFJF que buscavam a oportunidade para dar prosseguimento aos estudos que, por razões diversas, foram interrompidos. O referido projeto estava atrelado ao PLIDEP (Plano Institucional de Desenvolvimento do Pessoal da UFJF) e articulava-se com o PROCAT (Programa de Capacitação Técnico-Administrativa da UFJF).

A metodologia de desenvolvimento do Projeto Experimental de Educação de Jovens e Adultos para o Ensino Fundamental, oferecido pelo C. A. João XXIII, organizou-se a partir da proposta do Curso para Educação de Jovens e Adultos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) devido ao seu êxito enquanto experiência pedagógica na oferta desta modalidade de ensino. Por essa razão, a estrutura do projeto aqui realizado, desde o processo de seleção e elaboração do plano de trabalho dos alunos-monitores (bolsistas), incluindo o estabelecimento de professores orientadores por área e de uma coordenação para esta modalidade de ensino (pedagógica e administrativa), bem como a composição curricular e o horário de funcionamento, se pautaram no Curso de Educação de Jovens e Adultos oferecido pela UFMG.

As primeiras mudanças na EJA do nosso colégio ocorreram no ano de 1997, quando surgiu a necessidade de garantir aos alunos a certificação da escolaridade que aqui obtinham. Nessa mesma época, a EJA na nossa escola passou a adotar o mesmo sistema de avaliação do ensino regular (diurno). Em 1998, o Curso para Educação de Jovens e Adultos passou a constar no Regimento do Colégio, tornando-se formalmente mais um segmento oferecido pela escola apesar

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de ainda ser denominado como “curso”. Assim, em agosto de 1999, realizou-se a certificação de conclusão de curso das duas primeiras turmas da Educação de Jovens e Adultos do C. A. João XXIII.

Por solicitação da comunidade e devido ao crescimento da demanda por mais vagas para esta modalidade, no ano de 2007, o Curso para a Educação de Jovens e Adultos foi estendido à comunidade de Juiz de Fora, oferecendo vagas do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio através de sorteio público. Em 2008, o número de vagas foi ampliado devido à procura cada vez maior por um curso público noturno nesta modalidade de ensino.

O Curso para Educação de Jovens e Adultos foi concebido com os seguintes propósitos: a) assegurar aos trabalhadores da UFJF e às pessoas da comunidade em geral o espaço adequado para que pudessem retomar os seus estudos, adquirindo os conteúdos escolares previstos no currículo dos cursos regulares da Educação Básica; b) atender à demanda de estágios supervisionados dos cursos de licenciatura da UFJF, principalmente dos cursos noturnos; c) aproveitar as instalações do Colégio e a sua disponibilidade para uso e ocupação no período noturno com o intuito de ampliar as oportunidades educacionais para a comunidade; d) abrir e ampliar progressivamente o curso à comunidade, na medida em que fosse diminuindo a demanda da própria UFJF. Ressalta-se, portanto, que O “Curso para a Educação de Jovens e Adultos” possibilita ao Colégio, na esfera político-pedagógica, a abertura de diversas frentes fundamentais de atuação para uma instituição comprometida com o ensino, com a pesquisa e com a extensão.

Os/As professores/as orientadores/as envolvidos no projeto são vinculados aos diferentes Departamentos do colégio, realizando orientações aos bolsistas nas seguintes áreas/disciplinas: Artes; Ciências e Biologia; Educação Física; Filosofia; Física; Geografia; História; Informática; Inglês; Língua Portuguesa; Matemática; Química; e Sociologia.

3.2.3 Componentes curriculares da Educação de Jovens e Adultos

O ensino na Educação de Jovens e Adultos do C.A. João XXIII se organiza a partir de “Períodos de Estudos Focalizados” (PEF’s). Cada período de estudos abrange um conjunto de disciplinas, nas quais a ênfase recai sobre uma determinada disciplina ou sobre um grupo de disciplinas – vale destacar que a ênfase, nesse contexto, significa a predominância no quantitativo de aulas de determinada(s) disciplina(s) em cada período.

Desse modo, a organização do curso e, portanto, do seu ensino, os Períodos de Estudos Focalizados não prescindem, necessariamente, de um esquema de funcionamento linear ou seriado. Além disso, destaca-se que eles mantêm uma articulação entre si; a oferta do Laboratório de Práticas de Leitura e Escrita e do Laboratório de Língua Estrangeira em todos os Períodos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio são uma expressão dessa articulação. Com a oferta destes Laboratórios em todos os semestres letivos, tem-se a expectativa de otimizar a competência dos alunos na leitura e na escrita. No caso da Língua Estrangeira, será oportunizado o contato permanente com o seu conteúdo por parte dos alunos, evitando, assim, que eles se distanciem desse contato por um período prolongado mesmo enquanto permanecerem vinculados a EJA (já que terão “cumprido” essa disciplina em um dos períodos letivos oferecidos). Ainda com relação à Língua Estrangeira, propõe-se a oferta da Língua Espanhola e da Língua Francesa em ambos os segmentos de ensino como ocorre no ensino regular desta escola.

As disciplinas de Artes e de Educação Física (esta última, será denominada para os alunos como “Práticas Corporais”) acontecem em todos os períodos letivos do Ensino Fundamental, pois, entende-se que, pelas características dessas duas disciplinas, não seria interessante e nem mesmo viável abordá-las com ênfase em um único semestre letivo como está sendo proposto para as demais disciplinas, já que as suas cargas horárias ficariam muito elevadas e, portanto, exaustivas, não favorecendo o cumprimento dos propósitos pedagógicos dessas disciplinas

Essa forma de organização tal como está estruturada, abre a possibilidade de se instituir no C. A. João XXIII a ESCOLA ABERTA PARA A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS. Nessa perspectiva de escola, há a opção para pessoas da comunidade de se vincularem em um determinado Período de Estudos Focalizados ou apenas em alguma disciplina de seu interesse mesmo que não tenha como objetivo obter a certificação do Ensino Fundamental e/ou do Ensino

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Médio. Essa possibilidade de participação de pessoas da comunidade com tal propósito pode acontecer por meio de sorteio público assim como já ocorre para ingresso dos demais alunos da EJA ou, então, mediante o estabelecimento de outros critérios como, por exemplo, a previsão de cotas para um determinado público que se deseje priorizar com essa oportunidade.

Tem-se a expectativa de que, com essa forma de organização do ensino da EJA, o alunado desta modalidade de ensino tenha a possibilidade de se dedicar, de forma mais intensa e, portanto, mais proveitosa, a um número reduzido de disciplinas por semestre letivo. Além disso, a oferta de algumas disciplinas que não fazem parte da tradição do currículo escolar (que optamos denominá-las de “Tópicos”) cumprem com a premência de diversificação curricular na oferta desta modalidade de ensino valorizando as necessidades e expectativas do nosso público alvo sem, no entanto, perder a perspectiva de escolarização dos conteúdos abordados nas mesmas.

3.2.3.1 Estrutura Curricular da EJA

A seguir, são apresentados os componentes curriculares que cada Período de Estudos Focalizados abrange no Ensino Fundamental e no Ensino Médio.

CARGA HORÁRIA DOS PERÍODOS FUNDAMENTAIS (2o. SEGMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL)

DISCIPLINAS

No. DE AULAS E DE HORAS/AULAS POR DISCIPLINA

PF-1 Horas Semanais PF-2 Horas Semanais PF-3 Horas Semanais PF-4 Horas Semanais PF-5 Horas Semanais

ARTES 1 0,75 1 0,75 1 0,75 1 0,75 1 0,75

CIÊNCIAS 0 0 0 0 0 0 18 13,5 18 13,5

EDUCAÇÃO FÍSICA 1 0,75 1 0,75 1 0,75 1 0,75 1 0,75

GEOGRAFIA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

HISTÓRIA 0 0 0 0 18 13,5 0 0 0 0

INFORMÁTICA 2 1,5 0 0 0 0 0 0 0 0LABORATÓRIO DE PRÁTICAS EM LEITURA E ESCRITA 0 0 1 0,75 1 0,75 1 0,75 1 0,75LABORATÓRIO DE PRÁTICAS EM LÍNGUA ESTRANGEIRA 0 0 1 0,75 1 0,75 1 0,75 1 0,75

LÍNGUA ESTRANGEIRA 6 4,5 0 0 0 0 0 0 0 0

L. PORTUGUESA 12 9 0 0 0 0 0 0 0 0

MATEMÁTICA 0 0 18 13,5 0 0 0 0 0 0

TÓPICOS 1 0,75 1 0,75 1 0,75 1 0,75 1 0,75

TT DE AULAS/HORAS NA SEMANA 23 17,25 23 17,25 23 17,25 23 17,25 23 17,25

TT DE AULAS/HORAS NO SEMESTRE 460 aulas 345 horas 460 aulas 345 horas 460 aulas 345 horas 460 aulas 345 horas 460 aulas 345 horas

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

* 1 SEMESTRE LETIVO = 100 dias = 20 semanas;

* DURAÇÃO DO TURNO DIÁRIO DE AULA: de 2a. à 5a. Feira: 3,75 horas/dia; 6a. Feira: 2,25 horas.

* NÚMERO DE AULAS DIÁRIAS: de 2a. à 5a. Feira: 5 aulas; 6a. feira: 3 aulas.

CARGA HORÁRIA TOTAL DO ENSINO FUNDAMENTAL (5 semestres letivos): 1.725 horas

Mínimo previsto na Resolução CNE/CEB 3/2010: 1.600 HORAS

EXTRAS: 125 horas

CARGA HORÁRIA DOS PERÍODOS MÉDIOS (ENSINO MÉDIO)

DISCIPLINAS

No. DE AULAS E DE HORAS/AULAS POR DISCIPLINA

PM-1 Horas Semanais PM-2 Horas Semanais PM-3 Horas Semanais PM-4 Horas Semanais

ARTES 1 0,75 1 0,75 1 0,75 1 0,75

BIOLOGIA 0 0 0 0 8 6 0 0

EDUCAÇÃO FÍSICA 1 0,75 1 0,75 1 0,75 1 0,75

FILOSOFIA 4 3 0 0 0 0 0 0

FÍSICA 0 0 0 0 0 0 10 7,5

GEOGRAFIA 0 0 6 4,5 0 0 0 0

HISTÓRIA 0 0 0 0 0 0 8 6

INFORMÁTICA 2 1,5 0 0 0 0 0 0

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LABORATÓRIO DE PRÁTICAS EM LEITURA E ESCRITA 0 0 1 0,75 1 0,75 1 0,75 LABORATÓRIO DE PRÁTICAS EM LÍNGUA ESTRANGEIRA 0 0 1 0,75 1 0,75 1 0,75

LÍNGUA ESTRANGEIRA 4 3 0 0 0 0 0 0

L. PORTUGUESA 10 7,5 0 0 0 0 0 0

MATEMÁTICA 0 0 8 6 0 0 0 0

QUÍMICA 0 0 0 0 10 7,5 0 0

SOCIOLOGIA 0 0 4 3 0 0 0 0

TÓPICOS 1 0,75 1 0,75 1 0,75 1 0,75

TT DE AULAS/HORAS NA SEMANA 23 17,25 23 17,25 23 17,25 23 17,25

TT DE AULAS/HORAS NO SEMESTRE 460 aulas 345 horas 460 aulas 345 horas 460 aulas 345 horas 460 aulas 345 horas

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

* 1 SEMESTRE LETIVO = 100 dias = 20 semanas;

* DURAÇÃO DO TURNO DIÁRIO DE AULAS: de 2a. à 5a. Feira: 3,75 horas/dia; 6a. Feira: 2,25 horas.

* NÚMERO DE AULAS DIÁRIAS: de 2a. à 5a. Feira: 5 aulas; 6a. feira: 3 aulas.

CARGA HORÁRIA TOTAL DO ENSINO MÉDIO (4 semestres letivos): 1.380 horas

Mínimo previsto na Resolução CNE/CEB 3/2010: 1.200 HORAS

EXTRAS: 180 horas

3.2.3.1 Períodos do Ensino Fundamental e Médio

PERÍODO FUNDAMENTAL 1 (PF-1):

- Ênfase em Língua Portuguesa e em Língua Estrangeira;

- Artes (oferecida em todos os períodos fundamentais);

- Educação Física (que será identificada como “Práticas Corporais” perante aos alunos e será oferecida em todos os períodos fundamentais);

- Informática;

- Componentes Curriculares Diversificados (sugestões): Economia Solidária/Cooperativismo / Tópicos em Educação Ambiental.

PERÍODO FUNDAMENTAL 2 (PF-2):

- Ênfase em História;

- Artes (oferecida em todos os períodos fundamentais);

- Educação Física (que será identificada como Práticas Corporais perante aos alunos e será oferecida em todos os períodos fundamentais);

- Componentes Curriculares Diversificados (sugestões): Tópicos em Educação para a Saúde;

- Laboratório de Práticas em Leitura e Escrita (oferecido em todos os períodos fundamentais);

- Laboratório de Práticas em Língua Estrangeira (oferecido em todos os períodos fundamentais).

PERÍODO FUNDAMENTAL 3 (PF-3):

- Ênfase em Matemática;

- Artes (oferecida em todos os períodos fundamentais);

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- Educação Física (que será identificada como Práticas Corporais perante aos alunos e será oferecida em todos os períodos fundamentais);

- Componentes Curriculares Diversificados (sugestões): Tópicos em Relações Humanas (Relações de Gênero, Sexualidade, Relações Étnico-raciais, Relações Geracionais, Diversidade Cultural e Linguística e Direitos da Pessoa com Deficiência);

- Laboratório de Práticas em Leitura e Escrita (oferecido em todos os períodos fundamentais);

- Laboratório de Práticas em Língua Estrangeira (oferecido em todos os períodos fundamentais).

PERÍODO FUNDAMENTAL 4 (PF-4):

- Ênfase em Ciências;

- Artes (oferecida em todos os períodos fundamentais);

- Educação Física (que será identificada como Práticas Corporais perante aos alunos e será oferecida em todos os períodos fundamentais);

- Componentes Curriculares Diversificados (sugestões): Tópicos em Educação Financeira;

- Laboratório de Práticas em Leitura e Escrita (oferecido em todos os períodos fundamentais);

- Laboratório de Práticas em Língua Estrangeira (oferecido em todos os períodos fundamentais);

PERÍODO FUNDAMENTAL 5 (PF-5):

- Ênfase em Geografia;

- Artes (oferecida em todos os períodos fundamentais);

- Educação Física (que será identificada como Práticas Corporais perante aos alunos e será oferecida em todos os períodos fundamentais);

- Componentes Curriculares Diversificados (sugestões): Tópicos em Mundo do Trabalho;

- Laboratório de Práticas em Leitura e Escrita (oferecido em todos os períodos fundamentais);

- Laboratório de Práticas em Língua Estrangeira (oferecido em todos os períodos fundamentais).

PERÍODO MÉDIO 1 (PM-1):

- Ênfase em Língua Portuguesa, Língua Estrangeira e Filosofia;

- Artes (presente em todos os períodos do nível médio);

- Educação Física (que será identificada como Práticas Corporais perante aos alunos e será oferecida em todos os períodos do nível médio);

- Informática;

- Componentes Curriculares Diversificados: Informática e outro ainda não especificado (“Tópicos em...”).

PERÍODO MÉDIO 2 (PM-2):

- Ênfase em Matemática, Sociologia e Geografia;

- Artes (presente em todos os períodos do nível médio);

- Educação Física (que será identificada como Práticas Corporais perante aos alunos e será oferecida em todos os períodos do nível médio);

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- Componente Curriculare Diversificado: ainda não especificado (“Tópicose em...”);

- Laboratório de Práticas em Leitura e Escrita (oferecido em todos os períodos do nível médio);

- Laboratório de Práticas em Língua Estrangeira (oferecido em todos os períodos do nível médio).

PERÍODO MÉDIO 3 (PM-3):

- Ênfase em Biologia e Química;

- Artes (presente em todos os períodos do nível médio);

- Educação Física (que será identificada como Práticas Corporais perante aos alunos e será oferecida em todos os períodos do nível médio);

- Componente Curricular Diversificado: ainda não especificado (“Tópicos em...”);

- Laboratório de Práticas em Leitura e Escrita (oferecido em todos os períodos do nível médio);

- Laboratório de Práticas em Língua Estrangeira (oferecido em todos os períodos do nível médio).

PERÍODO MÉDIO 4 (PM-4):

- Ênfase em Física e História;

- Artes (presente em todos os períodos do nível médio);

- Educação Física (que será identificada como Práticas Corporais perante aos alunos e será oferecida em todos os períodos do nível médio);

- Componente Curricular Diversificado: ainda não especificado (“Tópicos em...”);

- Laboratório de Práticas em Leitura e Escrita (oferecido em todos os períodos do nível médio);

- Laboratório de Práticas em Língua Estrangeira (oferecido em todos os períodos do nível médio).

3.2.4 Inserção de alunos novatos (transferidos de outras escolas) e remanejamento de alunos vinculados ao modelo vigente de EJA no C. A. João XXIII a partir da implantação da proposta de reestruturação

A inserção/remanejamento de alunos na Educação de Jovens e Adultos a partir da nova proposta, acontecerá da seguintes maneira:

3.2.4.1 No segundo segmento do Ensino Fundamental:

- Alunos que não tenham cursado nenhuma série do segundo segmento do antigo Ensino de Primeiro Grau (5ª. à 8ª. Série) ou nenhum ano do segundo segmento do atual Ensino Fundamental (6º. ao 9º. Ano): estes ingressarão no Período Fundamental 1 (PF1) e cursarão, obrigatoriamente, os demais quatro Períodos Fundamentais (2, 3, 4 e 5), caso desejem obter a certificação de conclusão do Ensino Fundamental por esta escola;- Alunos que já tenham cursado alguma série do segundo segmento do antigo Ensino de Primeiro Grau (5ª. à 8ª. Série) ou algum ano do segundo segmento do atual Ensino Fundamental (6º. ao 9º. Ano):

* a) que já cursaram a antiga 5ª. Série do 1º. Grau ou o atual 6º. Ano do Ensino Fundamental e obtiveram aprovação para prosseguir os estudos na série/ano subsequente; b) ou, ainda, que tenham cursado a antiga 6ª. Série do 1º. Grau ou o atual 7º. Ano do Ensino Fundamental, mas que foram reprovados: cursarão, obrigatoriamente, o Período Fundamental 1 (PF1) e mais outros três Períodos Fundamentais. Nesses outros Períodos Fundamentais que o aluno deverá cursar,

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ele poderá optar por aqueles Períodos que abranjam as disciplinas de seu interesse em dado momento;

* a) que já cursaram a antiga 6ª. Série do 1º. Grau ou o atual 7º. Ano do Ensino Fundamental e obtiveram aprovação para prosseguir os estudos na série/ano subsequente; b) ou, ainda, que tenham cursado a antiga 7ª. Série do 1º. Grau ou o atual 8º. Ano do Ensino Fundamental, mas que foram reprovados: cursarão, obrigatoriamente, o Período Fundamental 1 (PF1) e mais outros dois Períodos Fundamentais. Nesses outros Períodos Fundamentais que o aluno deverá cursar, ele poderá optar por aqueles Períodos que abranjam as disciplinas de seu interesse em dado momento;

* a) que já cursaram a antiga 7ª. Série do 1º. Grau ou o atual 8º. Ano do Ensino Fundamental e obtiveram aprovação para prosseguir os estudos na série/ano subsequente; b) ou, ainda, que tenham cursado a antiga 8ª. Série do 1º. Grau ou o atual 9º. Ano do Ensino Fundamental, mas que foram reprovados: cursarão, obrigatoriamente, o Período Fundamental 1 (PF1) e mais um Período Fundamental. Nesse outro Período Fundamental que o aluno deverá cursar, ele poderá optar por aquele Período que abranja a disciplina de seu interesse em dado momento.

3.2.4.2 No Ensino Médio

- Candidatos/alunos: a) que já cursaram a antiga 8ª. Série do 1º. Grau ou o atual 9º. Ano do Ensino Fundamental e obtiveram aprovação para prosseguir os estudos na série/ano subsequente; b) ou, ainda, que tenham cursado a antiga 1ª. Série do 2º. Grau ou o atual 1º. Ano do Ensino Médio, mas que foram reprovados: ingressarão no Período Médio 1 (PM1) e cursarão, obrigatoriamente, os outros três Períodos Médios (2, 3 e 4);- Candidatos/alunos que já tenham cursado as demais séries do antigo Ensino de Segundo Grau ou os demais anos do atual Ensino Médio em momentos anteriores, independentemente de terem sido aprovados ou não, mas que estejam dispostos a cursar os quatro Períodos Médios para obterem a certificação do Ensino Médio pela nossa escola.

Ao se propor a possibilidade de optar em cursar determinado(s) Período(s) por parte daqueles alunos que já tenham concluído algum ano/série do segundo segmento do Ensino Fundamental, está-se considerando que, em algum momento neste segmento, ele já tenha tido contato com o(s) conteúdo(s) que ele deixará de estudar em nossa escola. Como a legislação educacional atual não prevê o estabelecimento de cargas horárias por disciplina, não haverá prejuízos nesse sentido. Assim, o aluno, com base na sua maturidade e interesse, optará por Períodos que abranjam aquelas disciplinas que lhes sejam afins ou mesmo aquelas nas quais sinta a necessidade de enfrentar e vencer as suas dificuldades.

A proposição da obrigatoriedade em cursar o Período Fundamental 1 nesta situação foi pensada a partir da seguinte ideia: considerando que a questão da leitura, escrita e oralidade configuram-se como aspectos críticos no processo de escolarização do aluno e que, com frequência, as pessoas adultas de diferentes faixas etárias apresentam dificuldades em relação à escrita, ao estudo da Língua Portuguesa e aos usos sociais necessários para que possa usufruir de todas as garantias de cidadania que a sociedade atual oferece, respondendo às exigências de leitura, de oralidade e de escrita que a contemporaneidade impõe a nossa realidade cotidiana (SOARES, 1998; TFOUNI, 1995). Nesse sentido, entendemos que, nesse primeiro momento, a obrigatoriedade em cursar o PF1 viabilizará o enfrentamento dessa problemática com a devida centralidade.

Destacamos, ainda, que nos demais períodos do Ensino Fundamental, estão previstas a oferta de “Laboratórios de Práticas em Leitura e Escrita” com o intuito de se garantir, no decorrer do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, momentos nos quais esses aspectos serão permanentemente estimulados e desenvolvidos com especificidade. A questão da Língua Estrangeira, ainda que sob outros aspectos, é também bastante caótica no processo de escolarização e, nesse sentido, é importante colocá-la como obrigatória no Período Fundamental 1. Na mesma lógica de oferecimento dos Laboratórios de Práticas em Leitura e escrita, propõe-se a oferta de Laboratórios de Práticas em Língua Estrangeira nos Períodos subsequentes.

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As dificuldades de aprendizagem que porventura alguns alunos demonstrem em relação a alguma disciplina, a partir do momento em que ingressarem no Ensino Médio foram pensadas como processos que merecem uma atenção especial.

Tendo em vista a possibilidade de opção que o aluno transferido/remanejado possa ter realizado anteriormente no Ensino Fundamental, ou mesmo dificuldades específicas em algum conteúdo de determinada disciplina, poderão ser sanadas com a oferta de “Laboratórios de Aprendizagem por Demanda” (LAD). A oferta dos LAD’s será viabilizada às sextas-feiras das 21:00 às 22:00 horas. De qualquer forma, com a efetiva mudança no trato pedagógico, acreditamos que algumas dificuldades/necessidades poderão ser atendidas e, portanto, sanadas, no decorrer do desenvolvimento do curso.

3.2.5 Critérios para ingresso e desligamento de alunos

O ingresso de alunos na EJA dar-se-á por meio de:

- Sorteio público;- Solicitação de trabalhadores que atuam no C. A. João XXIII ou nas demais unidades acadêmicas da UFJF que necessitem concluir a sua escolaridade no Ensino Fundamental ou no Ensino Médio.

O desligamento de alunos será efetuado quando:

- Houver reprovação por infrequência não justificada nos termos da lei;- Por abandono do curso (caso tenham interesse em reingressar na EJA deste Colégio, terão que se inscrever em novo processo para concorrer ao sorteio público).

3.2.6 Avaliação dos alunos

O processo avaliativo dos alunos da Educação de Jovens e Adultos organizar-se-á da seguinte maneira:

- 70% do processo avaliativo: essencialmente processual, diagnóstico e dialógico, realizado no decorrer do semestre letivo, no dia a dia da sala de aula;- 30% do processo avaliativo: realizado por meio de um Exame Geral ao final do semestre letivo, configurando-se como uma avaliação multi e interdisciplinar, envolvendo questões objetivas referentes ao conjunto de disciplinas estudadas no período;

- Alunos reprovados por infrequência ou com aproveitamento inferior a 30% no decorrer da avaliação processual, diagnóstica e dialógica, não estarão aptos a realizar esse Exame Geral (já que com um aproveitamento inferior a 30%, ele não terá qualquer chance de aprovação, ainda que perfaça os 30% do Exame Geral – como será visto a seguir, o percentual de aproveitamento mínimo proposto será de 60%);-Para efeitos de apuração do resultado final, será considerado APROVADO o aluno que obtiver aproveitamento igual ou superior a 60% no somatório de suas avaliações (resultados obtidos na avaliação processual + resultado do Exame Geral);- O aluno que não obtiver, no mínimo, 60% de aproveitamento nesse processo, será considerado reprovado. No entanto, ele poderá prosseguir os seus estudos em outro Período e terá a oportunidade de prestar novos exames ao final do semestre seguinte para tentar obter aprovação na(s) disciplina(s) “pendente(s)” (ou seja, ele poderá realizar o próximo Exame Geral).

3.3 Dos espaços de atendimento ao aluno

3.3.1Biblioteca Cecília Meireles

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A leitura é franqueada ao público em geral, mas algumas normas regem o funcionamento de nossa Biblioteca: a) o empréstimo domiciliar é facultado apenas a alunos, professores e funcionários da UFJF; b) o prazo de empréstimos será de sete dias. O usuário poderá renovar os empréstimos, se não houver reserva para os livros; c) o número máximo de empréstimos será de 3 títulos; d) o empréstimo especial, referente a exemplares extras (além dos 3 permitidos), só poderá ser de, no máximo, 2 títulos; e) dicionários, enciclopédias e demais obras de referência não serão emprestados para uso domiciliar; f) os usuários em débito com a Biblioteca não poderão retirar livros por empréstimos; g) em caso de perda, o usuário deverá indenizar a Biblioteca com outro exemplar do mesmo livro. No caso de “obra esgotada”, se a mesma for considerada importante, o usuário deverá fotocopiar outro exemplar, arcando com as despesas da cópia e encadernação. Se a obra não for considerada essencial, o usuário deverá indenizar a Biblioteca com outro livro da mesma área ou assunto, de valor equivalente e atualizado.

Nossa Biblioteca dispõe de uma videoteca. Para ser sócio, basta doar um dvd, com gravação original. O prazo de entrega será de 01 dia. O sócio que não devolver a fita no dia marcado não poderá pegar outra fita por uma semana.

Os empréstimos respeitarão rigorosamente a faixa etária recomendada para os filmes.Os alunos possuíram um cartão eletrônico. Esse cartão poderá ser utilizado em todas às

Bibliotecas da UFJF, no Restaurante Universitário e como Carteira de Estudante. Os livros da Biblioteca são cadastrados eletronicamente. Lembramos aos alunos e

responsáveis que, ao integrarmos o sistema de bibliotecas da UFJF, os atrasos na entrega dos livros geram multas. Evite as multas entregando os livros dentro dos prazos estabelecidos.

3.3.2. Infocentro

Os INFOCENTROS são espaços criados pela UFJF “equipados para acesso e o uso dos recursos informacionais digitais e/ou virtuais disponibilizados nos sistemas de informação da rede mundial de computadores – Internet – visando o ensino, a pesquisa e a extensão; para o preparo de trabalhos didático-técnico-científicos; e para viabilizar a capacitação informacional e computacional à comunidade acadêmica e em geral”.

Um desses espaços está localizado em nosso Colégio, anexo à Biblioteca, para que nossos alunos também usufruam da tecnologia hoje disponibilizada à toda comunidade da UFJF.

Os INFOCENTROS funcionam com a supervisão de um bolsista e cada aluno pode reservar seu horário para utilizá-lo, por um período de uma hora.

3.3.3 Telemática

A sala de Telemática do Colégio de Aplicação João XXIII foi planejada com o objetivo de ser mais um recurso didático para as práticas pedagógicas, podendo ser utilizada por todas as áreas do conhecimento tanto para aquisição de novos conteúdos como para fixação de conteúdos previamente ensinados em sala de aula.  Para viabilizar esse processo a sala de Telemática foi equipada com mobiliário adequado, 32 computadores, rede wireless, 01 TV, 01 servidor de arquivos, modem, hub e softwares. 

 Atualmente a Telemática conta com um professor responsável com formação em Informática, o qual organiza e planeja as aulas em conjunto com os professores regentes de cada disciplina.  O trabalho desenvolvido é realizado de forma integrada pelos professores a partir de um  planejamento contínuo para que todas as aulas realizadas neste espaço sirvam de apoio para o processo de ensino-aprendizagem.

Todas as turmas da escola podem frequentar a Telemática, bastando para isso que seja realizado um agendamento prévio pelo professor. As turmas do ensino fundamental, 1º segmento,

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frequentam semanalmente a Telemática. Os demais segmentos agendam aulas semanais em forma de módulos e também há agendamentos esporádicos. As turmas da EJA (Educação de Jovens e Adultos) utilizam a telemática para o letramento digital com vistas à inserção no mundo do trabalho e a inclusão digital.  Além disso, a Telemática conta atualmente com o apoio de dois bolsistas da área de exatas que auxiliam os trabalhos e dão suporte para que as aulas sejam realizadas com condições satisfatórias.

A Telemática possui um regulamento de uso com o intuito de garantir um bom uso dos equipamentos e zelar pelo patrimônio ali instalado. A manutenção dos equipamentos e realizada por bolsista do colégio, responsável pelos equipamentos de informática. O corpo docente, os bolsistas e os técnicos administrativos possuem acesso a rede wireless para fins acadêmicos e devem respeitar as regras de acesso, que é liberado mediante fornecimento de senha.

O uso da Telemática deve ser feito sempre com a supervisão de um professor, com planejamento prévio e deve servir para auxiliar no processo de aprendizagem do aluno.

3.3.4 Programa do Livro Didático do MEC / FNDE

O Colégio recebe e distribui os Livros didáticos enviados pelo MEC anualmente. Eles são emprestados aos alunos devendo ser devolvidos na Biblioteca, ao término do ano letivo.

Lembramos que a devolução dos livros é importante, pois garante novos empréstimos para o ano seguinte.

3.4 Formação Inicial e Continuada

Uma das funções institucionais dos Colégios de Aplicação é de atuar na formação de professores. Neste sentido, os professores vêm se envolvendo intensamente em políticas de formação inicial e continuada.

3.4.1 Formação inicial - os estágios

Em consonância com o ministério da educação que entende o estágio “[...] como atividade que tem em vista a aprendizagem, pela interação do indivíduo com a realidade e a construção e reconstrução na prática, pela análise e reflexão sobre esta mesma prática.” (MEC 1993, p.13), um dos objetivos do Colégio de Aplicação João XXIII é promover a realização de estágios, prioritariamente de estudantes da UFJF, pensando na formação de um professor não somente com o treinamento de modelos preestabelecidos, mas também com modelos que derivam do domínio da teoria e da vivencia prática.

Assim, para que este objetivo se cumpra, o colégio promove uma interação com a universidade permitindo um campo de estágio com observação e participação em um ambiente educacional de qualidade, viabilizando a articulação entre teoria e prática, conduzindo a uma aprendizagem significativa antes de concluírem o curso de graduação.

Ao estagiarem no Colégio, os futuros professores têm a possibilidade de aplicarem seus conhecimentos adquiridos ao longo de sua formação na realidade escolar, estando mais preparados quando se formarem e estiverem em uma escola.

Deste modo, o colégio vem se consolidando enquanto campo de estaio, sendo oferecidos espaços de formação a aproximadamente 550 estagiários e bolsistas dos cursos de graduação e pós-graduação da UFJF.

Além dos estágios curriculares, o CAP João XXIII vem se envolvendo em diferentes ações para a formação inicial dos alunos dos cursos de graduação da Universidade Federal de Juiz de Fora. Essas ações estão diretamente ligadas aos projetos de Treinamento Profissional, Iniciação Científica e Apoio Estudantil. Esses projetos serão melhor explicados no item da Dimensão Científico-Pedagógica.

3.4.2 Formação continuada

3.4.2.1 Portal do Professor/MEC

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O Portal do Professor é um espaço para troca de experiências entre professores do ensino fundamental e médio. É um ambiente virtual com recursos educacionais que facilitam e dinamizam o trabalho dos professores.O conteúdo do portal inclui sugestões de aulas de acordo com o currículo de cada disciplina e recursos como vídeos, fotos, mapas, áudio e textos. Atualmente, o Colégio de Aplicação João XXIII conta com com cerca de 30 professores que produziram mais de 1000 aulas e coleções nos últimos anos.

3.4.2.2 Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência

O programa oferece bolsas de iniciação à docência aos alunos de cursos presenciais que se dediquem ao estágio nas escolas públicas e que, quando graduados, se comprometam com o exercício do magistério na rede pública. O objetivo é antecipar o vínculo entre os futuros mestres e as salas de aula da rede pública. Com essa iniciativa, o Pibid faz uma articulação entre a educação superior (por meio das licenciaturas), a escola e os sistemas estaduais e municipais.Atualmente o colégio conta com uma média de 50 bolsistas vinculados a este programa.

3.4.2.3 Cursos de Aperfeiçoamento

3.4.2.3.1 Curso a distância em Educação para as Relações Étnico-Raciais

O Curso de Aperfeiçoamento em Educação para as Relações Étnico-Raciais, na modalidade o a distância (EAD), tem por objetivo capacitar professores e gestores em educação para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana em atendimento às Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais.

3.4.2.3.2 Projeto Arte em Trânsito: Mostras Culturais e Colóquio

A partir de uma proposta dinâmica e interdisciplinar, pretende estabelecer diálogos que sejam decorrentes de experiências artístico-estéticas, docentes e da pesquisa acadêmica, o Projeto Arte em Trânsito: Mostras Culturais e Colóquio tem o propósito de fazer transitar a reflexão e a produção nos territórios da arte.

Constitui uma possibilidade de dar visibilidade, consistência e riqueza às discussões pertencentes aos campos da arte, educação e áreas afins, visto que, irá oferecer aos participantes o contato com produções e vivências culturais realizadas por alunos e artistas, trocas de experiências entre educadores de várias redes de ensino, acesso às pesquisas acadêmicas mais recentes em arte e suas interfaces.

O projeto que teve sua 1ª edição no mês de outubro de 2011, e apresentou nos espaços do Colégio de Aplicação João XXIII (UFJF) propostas resultantes de diálogos múltiplos com a sociedade. Entre elas:

A arte produzida por alunos e alunas matriculados no Colégio, resultado do trabalho docente em arte realizado com as turmas do 1º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio, em exposições, apresentações artísticas e exibições de filmes em curta-metragem;

A arte produzida por artistas locais que montarão uma exposição no Colégio e manterão contato com as crianças e jovens através de bate-papo;

A arte apresentada, discutida e trabalhada em contextos escolares, fruto das experiências docentes nas redes de ensino municipal, estadual, federal e particular, apresentadas em forma de relatos de experiência durante o I Colóquio Arte em Trânsito;

A arte inter-relacionada com diversas áreas de conhecimento, produzido pelas pesquisas acadêmicas, em forma de comunicações orais apresentadas durante o I Colóquio Arte em Trânsito.

3.4.2.3 Curso de Pós graduação Lato Sensu

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3.4.2.3.1 Especialização em Educação no Ensino Fundamental

O curso de Especialização em Educação no Ensino Fundamental visa a: (1) aprofundar e consolidar propostas produzidas a partir da reflexão conjunta sobre as situações concretas de ensino-aprendizagem; e (2) sistematizar um conjunto de condições de produção do trabalho, incluindo a apropriação das tecnologias da informação e da comunicação (TIC), instaurando diferenças qualitativas que favoreçam o redimensionamento das práticas em sala de aula. Pretende, ainda, formalizar e socializar propostas de formação-trabalho docente, a partir da compreensão de que a educação continuada deve estar associada ao exercício profissional do magistério, possibilitando atualização, aprofundamento, complementação e ampliação de conhecimentos profissionais que permitam ao professor inclusive, ascender na carreira e ocupar funções mais elevadas. Além dessas premissas, o curso de Especialização também deverá fundamentar o profissional da educação para contribuir para o desenvolvimento de projetos político-pedagógicos das instituições educativas em que atua. Neste curso são oferecidas

3.4.2.3.2 Especialização em Educação Física Escolar

A proposição deste curso vem no sentido de: (1) consolidar a articulação entre ensino, pesquisa e extensão pelo Colégio de Aplicação João XXIII, de uma maneira geral, e, de formar particular, pelo Departamento de Educação Física que está à frente do encaminhamento dessa proposta de curso de especialização; (2) atender à demanda de professores de Educação Física que atuam em Juiz de Fora e nas suas adjacências no que se refere à necessidade e ao desejo de se especializarem no ensino da Educação Física para a Educação Básica; e (3) proporcionar a oferta de formação continuada na referida área de formação com vistas às demandas que se apresentam no campo da Educação Básica na atualidade, bem como em relação às demandas trazidas pelos próprios professores de Educação Física para a efetivação da sua atuação como docente. Neste curso serão oferecidas 30 vagas por ano.

3.5 Comissões

Entendendo que o processo educacional está em constante movimento e tendo como meta a apresentação de propostas inovadoras de reforma escolar, o Colégio de Aplicação João XXIII conta com o trabalho de diversas comissões focadas na discussão, pesquisa e desenvolvimento de ações que contribuam para contínua busca por uma instituição que se diferencia pela qualidade na formação de alunos e professores. Cada comissão é formada por, pelo menos, um professor de cada departamento, a saber:

Projeto Político Pedagógico (P. P. P.) – Responsável pela organização e atualização do documento que fundamenta e retrata o trabalho desenvolvido no colégio e aponta as ações para o futuro. Trabalho Docente – Estuda a melhor maneira de organização do trabalho dos professores respeitando o tripé: ensino, pesquisa e extensão. Ampliação do Horário Escolar – Aponta as necessidades do colégio em sua meta de oferecer ensino em tempo integral. Avaliação Institucional – Busca a melhor forma de avaliar a instituição em seus diferentes setores a fim de tornar o trabalho cada vez mais integrado e de qualidade. Avaliação Pedagógica – Avalia as ações pedagógicas da escola e seus resultados no corpo discente. Formação Inicial e Continuada – Analisa e sugere ações que possibilitem um melhor atendimento ao estagiário da UFJF. Além disso, busca ações para a formação continuadas dos professores de diferentes redes de ensino. Revista Argo – apresenta se como um novo espaço para troca de experiências pedagógicas e divulgação de pesquisas relacionadas ao ensino.

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Revista Instrumento – Divulga artigos, resenhas e relatos ligados à Educação, abarcando cinco áreas principais: Ciências Humanas, Ciências Naturais, Letras e Artes, Educação Física e Matemática. Comissão de Estágios.

3.6 Novos caminhos para o Colégio de Aplicação João XXIII

O Colégio de Aplicação João XXIII, enquanto colégio de aplicação da Universidade Federal de Juiz de Fora, trabalha com a educação do ensino fundamental, ensino médio e Educação de Jovens e adultos (Lei nº 9.394/96). Organiza-se, atualmente, seguindo a proposta legal de ampliação gradativa do tempo de permanência do sujeito na escola, e propõe a escola de tempo integral pensando e direcionando suas ações à formação integral do aluno, sujeito de direitos. A LDB em sua seção III. Art. 33. § 2º diz que “O ensino fundamental será ministrado progressivamente em tempo integral, a critério dos sistemas de ensino.” A mesma lei reforça no TÍTULO IX.  Art. 87. § 5º que “Serão conjugados todos os esforços objetivando a progressão das redes escolares públicas urbanas de ensino fundamental para o regime de escolas de tempo integral.”

De acordo com o Conselho Nacional de Educação, em sua resolução nº 7, de 14 de dezembro de 2010 que fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9  (nove) anos, e trata da Educação em Escola de Tempo Integral, o CA João XXIII desenvolve uma proposta de adequação de suas instalações, currículos e ações para a implementação do tempo integral. Em seu Art. 36, a mesma resolução considera como “período integral a jornada escolar que se organiza em 7 (sete) horas diárias, no mínimo, perfazendo uma carga horária anual de, pelo menos, 1.400 (mil e quatrocentas) horas.” ( MEC, 2010)

Seguindo o indicativo legal da resolução nº 7, de 14 de dezembro de 2010 ,que orienta em seu art. 37, que

A proposta educacional da escola de tempo integral promoverá a ampliação de tempos, espaços e oportunidades educativas e o compartilhamento da tarefa de educar e cuidar entre os profissionais da escola e de outras áreas, as famílias e outros atores sociais, sob a coordenação da escola e de seus professores, visando alcançar a melhoria da qualidade da aprendizagem e da convivência social e diminuir as diferenças de acesso ao conhecimento e aos bens culturais, em especial entre as populações socialmente mais vulneráveis (p. ?, 2010).

Esta escola se estrutura física e pedagogicamente para a implantação gradativa da escola em tempo integral.

3.6.1 Concepção do CA João XXIII e Escola de Tempo Integral

O João XXIII desenvolve suas ações educativas baseadas na formação integral do aluno, com o objetivo de formar um cidadão crítico inserido na sociedade. Propõe atividades que extrapolam a sala de aula e as relações de conteúdo. Trata dos saberem diferenciados com propostas de complementação, como por exemplo, o módulo de conhecimentos, bem como se utiliza de laboratórios para possibilitar vivencias práticas diversas.

Na perspectiva do tempo integral pretende-se ampliar a formação do sujeito com um olhar de integralidade, promover a articulação dos conteúdos curriculares com outras metodologias pedagógicas de forma a possibilitar uma formação integral do aluno que contemple aspectos da diversidade cultural, aspectos de vida/ futuro profissional, aspectos da relação humana entre outros.

3.6.2 Proposta de Ampliação do Tempo da Escola

Não se amplia tempo sem que se amplie espaço, sendo assim o CA João XXIII terá seu espaço físico modificado, a partir de obras de adequação de sua infraestrutura, já prevista, autorizada e em processo licitatório. O caráter educativo do espaço-tempo escolar, extrapola o

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desenvolvimento de aprendizagens em outros espaços educativos. Trata sim, do aumento de oportunidades ou a ampliação nas condições de aprendizagem(GONÇALVES, 2006).

Parece um contraponto o exposto anteriormente , mas fortalece a proposta da escola de adequação da estrutura, mas principalmente a certeza de novas aprendizagens e possibilidades para os alunos.

Desta forma pretende-se a contratação de uma equipe multidisciplinar que garante a implantação da escola de tempo integral dentro dos preceitos e da proposta político pedagógica do Colégio de Aplicação João XXIII.

A proposta, ainda em processo de adequação e estudos complementares, pretende iniciar-se de maneira gradativa, o que permitirá a contratação destes novos profissionais em dois grupos distintos. Isto porque, a escola entende que devamos implementar dois anos do ensino fundamental ( exemplo 1º e 6º anos) a cada ano, e, iniciando gradativamente a proposta de tempo integral para os outros anos escolares, até que toda a escola atue em tempo integral. Desta forma a família se integra as mudanças de forma mais harmônica.A escola desenvolverá, além do tronco comum curricular já existente, atividades diferenciadas nos moldes dos módulos que são oferecidos, atividades esportivas, culturais, complementação pedagógica, língua estrangeira, e atividades de lazer, acompanhamento pedagógico, a experimentação e a pesquisa científica, as tecnologias da comunicação e informação, a preservação do meio ambiente, entre outras, articuladas aos componentes curriculares e às áreas de conhecimento, a vivências e práticas socioculturais.

Entende-se que há necessidade de troca de horário de início e fim das aulas e de alteração desses horários de acordo com as diferentes faixas etárias e consequentemente anos escolares. Propõe-se o inicio dos anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º anos) e Ensino Médio, às 8hs e término às 15hs. E inicio às 10hs e término às 17hs para os primeiros anos do ensino fundamental (1º ao 5º anos).

A Alimentação proposta será de 3 refeições diárias sendo um café da manhã e/ou colação, almoço, lanche da tarde.

4 DIMENSÃO ADMINISTRATIVA

4.1 Calendário Escolar

Aprovado em Congregação anualmente.

4.1.1 Atividades Contempladas no Calendário escolar

No calendário letivo, além do período de aulas, de atividades curriculares como os Simulados do Ensino Médio, conselos de classe e reuniões de pais e mestres, são realizadas outras diversas atividades. Algumas dessas atividades envolvem apenas o corpo docente, tais como:

Três Seminários Internos Quatro Reuniões Pedagógicas Dois Colóquios Departamentais

Outras envolvem toda a comunidade escolar:

Gincana Feira do Livro Festa Julina (sábado) Semana do Estudante Semana Científica Semana “Arte em Trânsito” Jogos do João

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Semana da Criança Mostra de Talentos

4.2 Normas de funcionamento do Colégio

4.2.1 Horário de funcionamento

Matutino: das 07h10min as 11h40min Vespertino: das 13h as 17h15min Noturno: das 18h30min as 22h30min Atividades Complementares: (Horários em anexo)

4.2.2 Uso do uniforme e agenda escolar

4.2.2.1 No Ensino Fundamental

O uso da camisa do uniforme é obrigatório. Será permitido o uso de calça ou bermuda preta, jeans, bem como o de “training” ou bermudão em malha da mesma cor. O agasalho poderá ser o blusão “training” com o logotipo do Colégio, jaqueta jeans azul-marinho (sem enfeites), ou blusão em nylon azul-marinho. 4.2.2.2 No Ensino Médio

O uso da camisa de uniforme é obrigatório para os alunos do Ensino Médio, nos dois turnos (manhã e tarde)

4.2.2.3 Uniforme de Educação Física

O uniforme para prática de Educação Física é o seguinte: bermuda, short, calça de malha de moleton ou lycra, camisa ou camiseta (com logotipo do Colégio); tênis. No inverno, pode-se também usar o “training” do Colégio.

Os alunos deverão comparecer uniformizados desde o primeiro dia. Pede-se o empenho efetivo da família para o respeito a essa norma, assim como para a adequação do uniforme ao ambiente escolar.

4.2.2.4 Na Educação de Jovens e Adultos

O uso do uniforme não é obrigatório.

4.2.3 Pontualidade

As aulas têm início às 7h10min, no turno da manhã, e às 13h, no turno da tarde. No turno da MANHÃ, os portões da escola serão fechados PONTUALMENTE às 7h10min, e

no turno da TARDE, às 13h. O aluno que chegar após às 7h10min, entrará somente na 2ª aula com anuência da

Coordenação de Ensino. Caso o aluno chegue atrasado por três vezes, no trimestre, será encaminhado para casa, após ter o fato comunicado ao responsável, pela coordenação de ensino. O retorno do aluno ao Colégio será condicionado à conversa do responsável com a coordenação de ensino.

Após às 8h, a entrada do aluno ao Colégio será permitida somente por motivo de saúde, encaminhado pelos responsáveis. Caso contrário, a coordenação de ensino comunicará o ocorrido ao responsável e o aluno será encaminhado para casa.

4.2.3.1 Turno da tarde - Ensino Médio

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Será permitido 10 minutos de atraso para a entrada no turno da tarde.

4.2.3.2 Turno da Noite – EJA.

Será permitido 10 minutos de atraso para a entrada no turno da noite. Ultrapassado os dez minutos de tolerância, só será autorizada a entrada a partir do início da aula seguinte.

4.2.3.3 Saída dos alunos antes do horário

Não será permitida a saída dos alunos do Ensino Fundamental e Médio antes do horário definido para as aulas do dia, a não ser quando justificada devidamente à Coordenação de Ensino pelo responsável.

Na EJA, a saída do Colégio, fora do horário, só será autorizada aos alunos menores de idade mediante apresentação de justificativa à Coordenação de Ensino. Os alunos que saírem antes do término da aula não poderão regressar.

4.2.3.4 Entrada e saída – L.A.

Será permitido o atraso de 10 minutos para os alunos que frequentarem o L.A. no contra turno.

4.2.4 Realização de trabalhos (Tarefas escolares)

Os alunos, que por três vezes, não apresentarem trabalhos e/ou tarefas escolares, terão seus pais ou responsáveis convocados para uma reunião no Colégio.

4.2.5 Boletim

Será distribuído um boletim por trimestre, que deverá ser assinado pelo responsável e colado na página indicada na agenda.

Os Boletins do 1º e 2º Trimestres serão entregues em Reuniões de Pais, previamente agendadas.

As notas referentes ao 3º trimestre serão fixadas no quadro de avisos, ao lado da Secretaria, no último dia de aula.

Após a reunião com os pais para a entrega de notas, na qual poderão ser esclarecidos aspectos pedagógicos relativos ao processo ensino-aprendizagem, os boletins poderão ser acessados pelo Site do Colégio pelo “SIGA”.

4.2.6 Achados e Perdidos

Objetos e vestuário encontrados são guardados em armário ao lado da Coordenação do Ensino Fundamental e Médio. Caso não sejam procurados pelo dono até o último dia de cada semestre, serão doados para instituições filantrópicas.

4.3 Matriculas

Art. 48 – A matrícula será realizada pelo responsável pelo aluno, nos períodos previstos pelo Calendário Escolar.

Parágrafo Único: Perderá o direito à matrícula o aluno cujo responsável não a efetuar no período previsto no Calendário Escolar.

Art. 49 – Os documentos exigidos para arquivamento serão previstos em Edital.Art. 50 – Admitir-se-á o trancamento de matrícula de alunos com doenças graves comprovadas.

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Art. 51 – Garantir-se-á a vaga ao aluno do Colégio que, temporariamente, se ausentar da cidade para participar de programa de intercâmbio cultural.Art. 52 – Garantir-se-á a vaga ao aluno do Colégio que mudar de cidade para acompanhar seu responsável, afastado temporariamente para aprimoramento profissional, atestado pela instituição de origem ou por aquela onde for realizado o referido aprimoramento.

4.4 Transferência

Art. 53 – Será facultada a transferência para outro estabelecimento de ensino ao aluno cujo responsável manifeste este desejo em formulário próprio.Art. 54 - O Colégio aceitará transferência de estudantes regularmente matriculados em Colégios de Aplicação das IFES, subordinada à existência de vagas.Art. 55 – Nos casos de transferência recebida com o ano letivo em curso, além dos documentos ordinariamente exigidos para a matrícula, poderão ser exigidos outros a serem especificados em regulamentação aprovada pela Congregação.Art. 56 – O aluno transferido que não apresentar a documentação escolar completa, no prazo de trinta dias, terá a sua matrícula cancelada.Art. 57 – Não serão aceitas transferências de alunos com assuntos educacionais pendentes na Instituição de origem.

4.5 Estrutura pedagógico- administrativa

Reitor da UFJF, Vice-Reitor, Pró-Reitor de Cultura, Pró-Reitor de Extensão, Pró-Reitor de Infraestrutura, Pró-Reitor de Pesquisa, Pró-Reitor de Planejamento e Gestão, Pró-Reitor de Planejamento, Pró-Reitor de Graduação, Pró-Reitor de Pós-Graduação, Pró-Reitor de Apoio Estudantil, Pró-Reitor de Assuntos Acadêmicos, Pró-Reitor de Orçamento e Finanças, Pró-Reitora de Recursos Humanos, Diretor Geral do C. A. João XXIII, Diretora de Ensino do C. A. João XXIII, Chefe de Secretaria do C. A. João XXIII, Gerente de Suporte Administrativo do C. A. João XXIII, Chefes e Sub-chefes dos Departamentos: Ciências Humanas, Ciências Naturais, Letras e Artes, Educação Física e Matemática.

Coordenadores e Vice-coordenadores de Ensino: Ensino Fundamental – 1º ao 5º Ano;Ensino Fundamental – 6º ao 9º Ano; Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos.

4.5.1 Corpo docente e técnico administrativo em educação

Professores efetivos, professores substitutos e funcionários técnico-administrativos.

4.6 Normas de organização escolar

4.6.1 Da direção

Art. 21 - O Colégio de Aplicação João XXIII será dirigido pelo Diretor Geral e pelo Diretor de Ensino, que deverão ser docentes da carreira de Magistério de 1º e 2º graus, lotados neste Colégio, em efetivo exercício de suas funções, eleitos por professores e técnicos administrativos, também lotados e em efetivo exercício neste Colégio, e por alunos do Ensino Médio e/ou com 16 anos completos na data da eleição, regularmente matriculados, e nomeado pela autoridade competente, para um exercício de 4 (quatro) anos, de acordo com a lei vigente, sendo permitida uma recondução.

§ 1º - O Diretor Geral será substituído, em suas ausências e impedimentos pelo Diretor de Ensino.§2º - A destituição do Diretor Geral e/ou Diretor de Ensino poderá ser proposta pela Congregação, em reunião convocada exclusivamente para este fim, com pauta acompanhada de exposição de motivos, necessitando, para a aprovação,do voto de, no mínimo, 2/3 (dois terços) da totalidade de seus membros e encaminhada ao órgão competente.

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Art. 22 - Compete ao Diretor Geral:I - administrar e dirigir o Colégio, respeitadas as competências dos Departamentos e as decisões da Congregação;II - convocar e presidir as reuniões da Congregação e do Conselho de Unidade;III - encaminhar aos órgãos superiores os processos da Unidade, que dependam de decisão superior;IV - requisitar o material de consumo, equipamentos e material permanente, bem como a execução de serviços de terceiros;V - exercer o poder disciplinar no âmbito da Unidade;VI - representar a Unidade nos colegiados superiores competentes;VII - executar e fazer executar as deliberações emanadas dos órgãos superiores, da Congregação e do Conselho da Unidade;VIII - distribuir os servidores técnico-administrativos lotados na Unidade, de forma compatível com seus cargos e funções, já definidas em concurso, de acordo com as necessidades do Colégio;IX - apresentar ao Conselho de Unidade relatório anual das atividades acadêmicas, administrativas e financeiras da Unidade;X - organizar a distribuição do espaço físico do Colégio, ouvido o Conselho de Unidade;XI - indicar o Chefe da Secretaria e o Gerente de Suporte Administrativo e Serviços Gerais;XII - encaminhar ao Reitor os nomes dos Chefes de Departamento, em conformidade com os pleitos realizados nos respectivos órgãos;XIII - baixar atos e designar comissões especiais para tratar de assunto de interesse do Colégio;XIV - encaminhar à Congregação, no prazo máximo de 6 (seis) meses antes do término do mandato da Direção, o processo de eleição da chapa Diretor Geral/Diretor de Ensino;XV - instaurar, propor ou determinar ao órgão competente a abertura de processo administrativo disciplinar ou de sindicância, nos termos da legislação aplicável;XVI - propor a criação de comissões e delegar atribuições aos seus membros;XVII - responsabilizar-se pelos bens sob sua guarda.Art. 23 – Compete ao Diretor de Ensino:I - substituir o Diretor Geral, conforme Art. 23, parágrafo 1º;II - promover o contínuo aperfeiçoamento didático-pedagógico dos profissionais da educação;III - coordenar a biblioteca e demais recursos de ensino-aprendizagem;IV - coordenar, a partir dos resultados obtidos nos Conselhos de Classes, as ações em relação ao rendimento escolar;V - integrar as ações das Coordenações de Ensino e das comissões existentes, visando ao desenvolvimento do projeto político-pedagógico do Colégio;VI - fomentar a política de aperfeiçoamento do planejamento curricular e conteúdos programáticos;VII - sugerir e/ou coordenar proposições de calendários escolares;VIII - participar do planejamento das atividades do Colégio, junto ao Diretor Geral,propiciando a necessária articulação entre Departamentos e Coordenações, para o desenvolvimento do ensino, pesquisa e extensão;IX - integrar as atividades de estágio desenvolvidas na escola, estabelecendo constante interlocução com as licenciaturas da UFJF;X - integrar as ações das Coordenações de Ensino e dos Departamentos, no cumprimento de suas atividades, visando à melhoria da qualidade do ensino;XI - assessorar os Chefes de Departamento quanto à distribuição de carga horária de seus professores;XII - reportar ao Diretor Geral todos os assuntos que ultrapassam a sua competência.

4.6.3 Dos serviços técnicos pedagógicos

4.6.3.1 Serviço Social Escolar

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O Colégio possui um setor de Serviço Social que atua na comunidade escolar através do desenvolvimento de projetos como: vale transporte, serviço de psicologia, “aluno assistente na escola”, atendimento e apoio familiar, desenvolvimento de trabalhos de convivência social, etc.

4.6.4 Da secretaria

Art. 31 - A Secretaria tem por finalidade a organização e a execução dos serviços administrativos afins, o atendimento à comunidade interna e externa e o apoio às atividades de ensino.Art. 32 - O Chefe de Secretaria será um servidor TAE (Técnico-Administrativo em Educação), indicado pelo Diretor Geral do Colégio de Aplicação João XXIII e nomeado pelo Reitor.Art. 33 - Compete ao Chefe de Secretaria:

I - realizar as atividades que, por sua natureza, estejam no âmbito de sua competência e fazer a distribuição dos serviços, de acordo com as atribuições do pessoal técnico-administrativo;II - organizar um sistema funcional de arquivamento, que assegure a verificação da identidade do aluno, da regularidade e autenticidade de sua vida escolar, garantidos a segurança, a facilidade de acesso e o sigilo dos dados;III - organizar os registros necessários à rotina administrativa do Colégio e à documentação das atividades realizadas em cumprimento do Calendário Escolar estabelecido;IV - manter um arquivo geral, de modo a permitir consultas e obtenção de informações referentes à movimentação do expediente e a dados estatísticos;V - prestar atendimento à Comunidade Escolar, fornecendo esclarecimentos referentes à escrituração escolar e à legislação vigente;VI - emitir periodicamente os resultados do rendimento escolar dos alunos;VII - divulgar o calendário referente aos prazos para entrega de informações e documentos necessários à execução dos trabalhos da Secretaria;VIII - organizar a expedição de diplomas, certificados e outros documentos, na forma das disposições legais;IX - assinar, com o Diretor, os diplomas, certificados, currículos, históricos escolares e outros documentos, de acordo com as suas competências;X - coordenar a elaboração do Censo Escolar;XI - responsabilizar-se, no âmbito de sua competência, pelas atividades referentes à vida funcional dos servidores lotados no Colégio de Aplicação João XXIII;XII- informar a freqüência dos servidores lotados na Unidade;XIII - responsabilizar-se pelos bens e materiais sob sua guarda;XIV - fornecer, quando solicitados, dados para subsidiar a elaboração do relatório anual das atividades da Unidade;XV - auxiliar, no limite de suas competências, nas demandas da Diretoria e/ou dos demais profissionais de educação; (P12)

4.6.5 Do corpo docente

Art. 73 – O Corpo Docente é constituído pelos professores da Carreira do Magistério de 1º e 2º graus, lotados no Colégio.Art. 74 – A admissão do professor ficará sujeita às exigências da Legislação em vigor.

4.6.5.1 Dos direitos dos professores

Art. 75 - São direitos dos docentes:I - ser tratado com respeito, atenção e urbanidade por toda a comunidade escolar;II - realizar projetos de pesquisa, extensão e/ou ensino desde que aprovados pelo seu Departamento;

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III - propor ao Departamento a execução de experiências pedagógicas que visem ao aprimoramento do ensino;IV - ter acesso a recursos que facilitem a execução e aprimoramento de seu trabalho;V - ter acesso a todas as informações necessárias ao bom desempenho profissional;

4.6.5.2 Dos deveres dos professores

Art. 76 - São deveres dos docentes:I - observar as normas legais e regulamentares;II - atender aos objetivos específicos do Colégio e integrar-se à filosofia do mesmo;III - exercer com dedicação as atribuições inerentes ao seu cargo e função;

IV - ser assíduo e pontual no serviço; V - entregar à Secretaria resultados das avaliações dos alunos nos prazos pré- fixados;

VI - tratar com urbanidade todos os membros da comunidade escolar; VII - colaborar na observância das normas disciplinares do Colégio; VIII -responder no devido prazo os recursos impetrados pelos alunos; IX - zelar pelo patrimônio do Colégio, zelar pela economia de material e pela conservação do patrimônio público.

4.6.6 Do corpo discente

Art. 69 – O corpo discente é constituído pelos alunos regularmente matriculados no colégio.Parágrafo Único: Terão participação nos processos eletivos previstos neste Regimento, os alunos matriculados no Ensino Médio, no Ensino de Jovens e Adultos, bem como os alunos do Ensino fundamental com 16 (dezesseis) anos completos.

4.6.6.1 Dos direitos dos alunos

Art. 70 - São direitos dos discentes: I - ser tratado com respeito, atenção e urbanidade por toda a comunidade escolar; II - apresentar solicitações relativas ao bom andamento do ensino-aprendizagem, bem

como expor dificuldade encontrada no estudo de qualquer disciplina; III - participar das associações e grêmios podendo votar e ser votado, conforme o

estabelecido na legislação em vigor; IV - participar dos processos eletivos do Colégio de Aplicação João XXIII nos termos das

normas vigentes;V - participar dos órgãos colegiados do Colégio de Aplicação João XXIII, nos termos deste Regimento;VI - solicitar, através de seus pais ou responsáveis, revisão de prova e trabalhos até 3 (três) dias úteis, após a divulgação do resultado; VII - solicitar, através de seus pais ou responsáveis, segunda chamada de avaliação até 3 (três) dias úteis, após a realização da mesma.

Art. 71 – Aos discentes com necessidades especiais será assegurado um atendimento equânime, tanto durante o processo de ensino aprendizagem quanto na forma de avaliação e critérios de promoção, conforme normas estabelecidas.

Parágrafo Único: As normas serão estabelecidas pelo Conselho de Unidade e aprovadas pela Congregação, observada a legislação vigente.

4.6.6.2 Dos deveres dos alunos

Art. 72 - Constituem deveres dos discentes:I - conhecer e cumprir os Regimentos e Normas do Colégio de Aplicação João XXIII e da UFJF;

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II - contribuir para o bom funcionamento da Instituição;III - desempenhar, a contento, todas as atividades escolares que exijam sua participação;IV - abster-se de atos que perturbem a ordem, ofendam os bons costumes ou importem em desacato à lei e às autoridades escolares ou a seus pares;V - ser pontual e assíduo; VI - tratar com urbanidade e respeito toda a comunidade do Colégio de Aplicação João XXIII;VII - zelar pelo patrimônio do Colégio de Aplicação João XXIII, inclusive ressarcindo os prejuízos a que der causa com dolo.

Parágrafo único: Os discentes do ensino fundamental e médio do Colégio de Aplicação João XXIII, para todos os efeitos, serão representados por seus pais ou representantes legais devidamente constituídos.

4.6.6.3 Penalidades Disciplinares

Segundo o Regimento Interno do C.A. João XXIII, aprovado pelo Conselho Superior da UFJF em 24 de novembro de 2006, os discentes do Colégio estarão sujeitos às seguintes medidas educativas (Art. 82):

I - repreensão verbal do aluno;II - repreensão do aluno, pelo professor coordenador de turma;III - convocação dos responsáveis para reunião com o profissional envolvido e o coordenador de turma;IV - convocação dos responsáveis para reunião com a Coordenação de Ensino;

§ 1º - Os discentes também estarão sujeitos às seguintes medidas disciplinares: I - advertência verbal, pela Coordenação de Ensino, registrada em livro próprio e assinada pelos responsáveis;II - obrigação de reparar o dano material, a ser aplicada pela Coordenação de Ensino;III - atividade educativa com acompanhamento docente, mediante acordo feito com os responsáveis pelo aluno;IV - suspensão do aluno das atividades escolares, feita por uma comissão formada pela Direção, Coordenação de Ensino e Coordenador de Turma ou Conselho de Classe, por um período não superior a 5 (cinco) dias letivos, com direito a 2ª chamada nas avaliações;V - aconselhamento de transferência do aluno, após esgotada a eficácia das medidas anteriores, feito pela Direção, ouvido o Conselho de Unidade, mediante acordo estabelecido com os responsáveis pelo aluno;VI – encaminhamento de transferência do aluno à rede pública, após esgotada a eficácia das medidas anteriores, feito pela Direção, ouvido o Conselho de Unidade.

§ 2º – As medidas previstas neste artigo, poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente e deverá ser levada em conta a capacidade do aluno cumpri-las, bem como as circunstâncias da ocorrência do fato e da gravidade da ação indisciplinada.

Art. 84 – É assegurado o direito de ampla defesa do aluno, através de seus responsáveis, na instância em que foi estabelecida a medida disciplinar.

Parágrafo Único – Dos atos que impõem as medidas disciplinares, cabe recurso.Casos de indisciplina serão resolvidos, obedecendo-se aos seguintes encaminhamentos:

(1) repreensão do aluno, pelo professor envolvido;(2) advertência oral, pelo Coordenador de Turma;(3) advertência escrita, pelo Coordenador de Ensino;(4) suspensão do aluno das atividades escolares pela Coordenação de Ensino e pela Direção, após ouvir o Conselho de Classe;(5) aconselhamento de transferência do aluno, feito pela Direção, após ouvir o Conselho de Classe, os pais e o Conselho de Unidade;

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(6) transferência, aprovada pelo Conselho de Unidade, indicada ainda por processo administrativo, uma vez assegurada a matrícula em outra escola, pelos pais e/ou responsáveis, até, no máximo, o ano letivo subsequente à indicação. As sanções disciplinares serão analisadas e avaliadas pelo Conselho de Classe e/ou de Unidade e aplicadas considerando-se a gravidade do ato indisciplinar, cabendo aos responsáveis o direito de recorrer das decisões.

4.6.7 Do pessoal administrativoArt. 77 - O corpo Técnico Administrativo em Educação é constituído pelos funcionários da carreira Técnico Administrativo em Educação lotados no Colégio.

4.6.7.1 Dos direitos e deveres

Art. 78 - São direitos dos técnicos administrativos:I - ser tratado com respeito, atenção e urbanidade por toda a comunidade escolar;II - ter acesso a todas as informações necessárias ao bom desempenho profissional;III - apresentar à Direção solicitações relativas ao bom andamento do trabalho, assim como expor dificuldades encontradas no desempenho de suas tarefas;IV - ter acesso a recursos que facilitem a execução e aprimoramento de seu trabalho;V - ter assento em todos os órgãos colegiados da Unidade, de acordo com as proporcionalidades definidas pela Congregação.

Art. 79 - São deveres dos Técnicos Administrativos em Educação:I - observar as normas legais e regulamentares;II - exercer com dedicação as atribuições inerentes ao seu cargo e função;III - ser assíduo e pontual no serviço;IV - atender com presteza e atenção ao público em geral;V - zelar pela economia de material e pela conservação do patrimônio público;VI - tratar com urbanidade todos os membros da comunidade escolar.

4.7 Estagiários

Art. 80 - O Colégio de Aplicação João XXIII receberá estagiários dos diferentes cursos oferecidos pela UFJF.

Parágrafo único - As atividades dos estagiários dos cursos da UFJF obedecerão às normas estabelecidas pelos órgãos competentes.

4.8 Conselho de Classe

Art. 27 – O Conselho de Classe constitui-se dos professores de cada turma, do Coordenador de Ensino que o preside e, eventualmente, de um representante de turma, a partir da quinta série, desde que requisitado pelo Conselho ou pelo representante da turma.

Art. 28 – Compete ao Conselho de Classe:

I - analisar e avaliar, em função dos objetivos propostos pelo Colégio, o trabalho desenvolvido com a classe, bem como o aproveitamento individual e coletivo da turma, durante o período letivo;II - tomar decisões frente ao quadro apresentado pela turma, visando a uma melhoria do processo ensino-aprendizagem;III - fazer a distribuição dos alunos por turma;

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IV - propor, ao Conselho de Unidade, o cancelamento ou impedimento de renovação de matrícula de alunos que apresentem problemas disciplinares sistemáticos e constantes, respeitados os procedimentos legais ;V - pronunciar-se, no tocante à renovação de matrícula, sobre os casos de alunos que, pela segunda vez, forem reprovados na mesma série;VI - reunir-se pelo menos 1 (uma) vez, durante o período de avaliação parcial, sendo registrada a reunião, através de relatório escrito pelo Coordenador de Turma;VII - permitir a participação na reunião do Conselho de Classe, a juízo da maioria dos presentes, e por tempo determinado, de alunos e/ou seus responsáveis, cujos depoimentos possam esclarecer assuntos em pauta, aos quais, no entanto, será vedado participar das decisões.

4.9 Grêmio Estudantil

O Grêmio Estudantil do Colégio de Aplicação João XXIII, segundo o seu Estatuto, tem por objetivos: congregar os estudantes, defender seus interesses, incentivar a cultura literária, artística, desportiva e de lazer, realizar intercâmbios, defender um ensino público, gratuito e de qualidade e lutar pela democracia.

Sua organização é constituída pela Assembleia Geral, pelo Conselho de Representantes de Turma e pela Diretoria, que é eleita anualmente. Apoie e participe do grêmio, pois este é o órgão representativo dos alunos, exercendo importante papel junto ao Conselho de Unidade e à Congregação.

4.10 Cantina Escolar

Nossa cantina possui um projeto intitulado “Cantina Saudável” com o propósito de oferecer alimentos mais saudáveis, objetivando a promoção da educação alimentar na escola.

4.11 Associação de Pais e Amigos do João XXIIIO Colégio conta com a participação de uma Associação de Pais e Amigos do João XXIII e, de

acordo com o Regimento Interno, seus representantes, indicados por essa Associação, têm direito a voz e voto nas reuniões de Congregação.

5. DIMENSÃO FINANCEIRA

O Colégio de Aplicação é mantido pela Universidade Federal de Juiz de Fora UFJF, tendo orçamento gestado pela mantenedora.

6. DIMENSÃO CIENTÍFICO PEDAGÓGICA

Visando a articulação entre as instâncias ensino, pesquisa e extensão na condução do processo pedagógico de ensino e aprendizagem dos estudantes, torna-se tão importante a indissociabilidade deste tripé junto à política institucional que favoreça a implantação, implementação e desenvolvimento de ações integradoras, como também a formação integral de seus discentes, além da formação contínua e continuada de estagiários e professores.A integração como possível condutora de mudanças significativas nos processos de ensino-aprendizagem fundamentados didática e pedagogicamente constitui-se como uma importante ferramenta de ensinar, aprender e formar cidadãos, além de aproximar teoria e prática produzindo conhecimentos acessíveis para a formação de toda a sociedade escolar envolvida.Na concepção desta escola educar não se limita simplesmente ao processo de ensino-aprendizagem baseado somente na transmissão de conteúdos sem a participação ativa dos sujeitos envolvidos. Desta maneira, torna-se importante que os projetos de pesquisa e extensão coexistam com os conteúdos das disciplinas e das atividades de ensino tendo o efetivo envolvimento dos professores, alunos e estagiários comprometidos com todo o processo, para a formação de um cidadão que saiba se estabelecer de forma autônoma no mundo em que vive.

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Assim, o projeto político pedagógico desta escola visa educar nestas três esferas promovendo o desenvolvimento e a construção do conhecimento indo além, com seus projetos, de uma formação circunscrita ao seu entorno contribuindo para que os alunos e estagiários tenham uma educação mais reflexiva, sendo palco de investigações e discussões que materializam e realimentam o saber.

6.1 Projetos de Pesquisa

6.1.1 Iniciação Científica - Bic Jr.

O Programa de Iniciação Científica Jr foi instituído pela Pró-Reitoria de Pesquisa, financiado pela Fapemig, oferecendo bolsas a alunos de Ensino Médio das escolas da rede pública Estadual e Federal. Propicia ao aluno do Ensino Médio a oportunidade de ingressar na pesquisa científica, por meio de projetos sob a responsabilidade de um professor orientador.

Os alunos interessados em participar do Programa, devem se inscrever para concorrer a uma bolsa, após a publicação de Editais, amplamente divulgados pela UFJF.

Atualmente existem 25 alunos vinculados a projetos de Iniciação Científica Jr, vinculados à diferentes projetos dos cinco departamentos do CAP João XXIII.

6.1.2 Iniciação Científica – ICFomentar assuntos relativos à pesquisa Científica e Tecnológica, estimulando a atividade de

pesquisa na universidade, tendo como referência a qualidade e a relevância, para bem cumprir o papel de geradora de conhecimentos e de formação de recursos humanos. Os pesquisadores do C.A. João XXIII e os alunos participantes da iniciação científica desenvolvem suas pesquisas buscando articular o ensino, a pesquisa e a extensão com vistas a problematizar a questão educacional e suas implicações no que concerne a dimensão didático-pedagógica, as metodologias de ensino, relação de ensino-aprendizagem, políticas educacionais, acesso e permanência.

6.1.3 Grupos de Pesquisa

Atualmente os professores do CAP João XXIII estão vinculados à diversos grupos de pesquisa no colégio e em outras Unidades Acadêmicas pertencentes à UFJF e também em outras IFES. (anexo)

6.1.3.1 Grupo de Estudo e Pesquisa Práticas Escolares e Educação Física do Colégio de Aplicação João XXIII

Desde 2009, o Grupo de Estudo e Pesquisa Práticas Escolares e Educação Física do Colégio de Aplicação João XXIII, cadastrado no CNPQ, se reúne mensalmente para planejar, aplicar e avaliar as práticas curriculares deste componente na escola. A partir de discussões sobre saber-poder, identidade, diferença, subjetividade e currículo, as linhas de pesquisa sobre formação inicial e continuada, bem como a de criação de brinquedos, contribuem com a produção de conhecimento no Ensino Fundamental, Médio e Superior.

6.2 Projetos de Ensino

6.2.1 Treinamento Profissional

O Programa de Treinamento Profissional tem como objetivo permitir o aperfeiçoamento profissional dos alunos de ensino médio profissionalizante e de graduação da UFJF, em áreas de específico interesse e compatíveis com a habilitação cursada. Este aperfeiçoamento se dá com a participação do aluno em projetos acadêmicos de ensino, no âmbito da UFJF, em regime de 12 horas semanais de atividades. A orientação deste treinamento profissional é feita por um professor ou profissional da área.

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Atualmente existem 220 alunos de graduação vinculados a projetos de Treinamento Profissional, vinculados à diferentes projetos dos cinco departamentos do CAP João XXIII.

6.2..2 Monitoria Jr

Em 2010 foi aprovado pelo CONGRAD o Projeto de Monitoria Jr. do C.A. João XXIII.O Programa de Monitoria Jr. busca incentivar os alunos do Ensino Médio a prática de estudos

e iniciação ao ensino, através do estudo intermediado entre grupos de jovens, fortalecendo o comprometimento com a escola, na medida em que passam a se preocupar com o rendimento coletivo.

Além disso, a Monitoria Jr assegura a cooperação entre o corpo discente e docente, através da participação em Projetos de Ensino apresentado pelos Departamentos e aprovados pelo comitê de Avaliação dos Projetos.

Os alunos interessados em participar do Programa, devem se inscrever para concorrer a uma bolsa, após a publicação de Editais, amplamente divulgados pela UFJF.

Atualmente existem 35 alunos vinculados a projetos de Monitoria Jr, vinculados à diferentes projetos dos cinco departamentos do CAP João XXIII.

6..2.3 Aluno Assistente na Escola

Este projeto visa propiciar a alunos adolescentes do Colégio a oportunidade de iniciação profissional em horário extra-curricular.

As atividades acontecem em ambientes de trabalho diferenciados no Colégio e sob a supervisão de um coordenador.

Atualmente existem 20 alunos vinculados a este do CAP João XXIII.

6.2.4 Apoio Estudantil

A Coordenação de Assuntos Estudantis (CAE) fornece a bolsa de Apoio Estudantil ao estudante de graduação da UFJF priorizando a assistência psicossocial ao estudante, assegurando uma política que favoreça, ao mesmo tempo, o desempenho acadêmico e a organização livre, consciente, responsável e participativa do estudante nas decisões, dentro e fora da universidade. Os critérios de admissão dos alunos no programa de assistência estudantil têm por base a avaliação socioeconômica, sendo a concessão vinculada aos critérios estabelecidos por legislação própria. Os alunos devem ser orientados por professores e ou técnico-admistrativos do colégio nas funções que desempenha.

6.3 Projetos de Extensão

A Extensão Universitária possibilita a integração ensino e pesquisa com a sociedade, articulando a universidade com os diversos segmentos sociais, quer sejam públicos ou privados. Compreende um “Processo educativo, cultural e científico, articulado de forma indissociável ao ensino e à pesquisa e que viabiliza uma relação transformadora entre Universidade e Sociedade”. Neste processo, a comunidade acadêmica leva conhecimentos e/ou assistência à sociedade, e recebe dela influxos positivos, aprendendo com a prestação de serviços e com o ganho de conhecimentos relativos às reais necessidades e anseios da população. Dessa forma, há uma troca de saberes, possibilitando assim a participação efetiva do público externo nas questões da Universidade e no resultado de sua produção.

Atualmente existem 35 alunos vinculados aos XX projetos de extensão desenvolvidos pelos cinco departamentos do CAP João XXIII.

6.4 Divulgação Científico-Pedagógica

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6.4.1 Revista Científica

A Revista Instrumento – Revista de Estudo e Pesquisa em Educação – é uma publicação do Colégio de Aplicação João XXIII da Universidade Federal de Juiz de Fora. Divulga artigos, resenhas e relatos ligados à Educação, abarcando cinco áreas principais: Ciências Humanas, Ciências Naturais, Letras e Artes, Educação Física e Matemática. A revista, editada desde 1999, tem o objetivo de divulgar trabalhos acadêmicos na área de Educação, de natureza teórica ou prática, que contribuam tanto com a formação quanto com a prática de professores das diversas áreas do conhecimento. De 1999 a 2008, a circulação ocorreu anualmente. A partir de 2009, a Revista passa a circular semestralmente.

ISSN versão impressa: 1516-6368 ISSN versão online: 1984-5499A Revista Instrumento recebe trabalhos inéditos (artigos, resenhas e relatos de experiência) em

fluxo contínuo na temática da Educação e suas sub-áreas de conhecimento (ver página principal). Se após o fechamento das edições houver artigos excedentes, eles ficarão arquivados para os números seguintes. Os autores são avisados sobre o volume, número e ano em que os trabalhos serão publicados. Solicitamos que o autor não envie para avaliação trabalhos já submetidos a outras revistas, nem envie a outra revista trabalhos submetidos a nós, enquanto não houver parecer final.A Revista publica, também, um volume especial, com temática definida pela Comissão Editorial. Para este volume, é feita uma chamada pública de artigos.  Se após o fechamento das edições houver artigos excedentes, eles ficarão arquivados para os números seguintes. Os autores são avisados sobre o volume, número e ano em que os trabalhos serão publicados. Solicitamos que o autor não envie para avaliação trabalhos já submetidos a outras revistas, nem envie a outra revista trabalhos submetidos a nós, enquanto não houver parecer final.Os trabalhos são recebidos apenas por email. Artigos fora das normas não são avaliados. Todo o material enviado passa por uma análise da Comissão Editorial, de forma a verificar se estão dentro da proposta editorial da Revista. Em seguida, são avaliados por professores e pesquisadores doutores de diversas universidades brasileiras (Conselho Editorial). Importante destacar que mesmo que o parecerista sugira indicação de publicação, isso não é garantia de que ele seja publicado, uma vez que somente a Comissão Editorial decide sobre o número de artigos de cada edição, o tema, bem como demais aspectos organizacionais que a Comissão julgar relevantes.Os autores são contactados pela Comissão Editorial por e-mail a fim de informar sobre o parecer relativo ao seu trabalho (tenha ele sido positivo ou não), assim como sobre demais dados, tais como número e volume em que o artigo está previsto para ser publicado, prazos para alterações das recomendações sugeridas e demais documentos ou declarações que a Comissão precise enviar ou solicitar ao autor. Será garantido o anonimato dos autores e dos avaliadores.A Comissão Editorial se reserva no direito de decidir, mesmo depois de divulgadas as chamadas de artigos, quanto à publicação de volumes especiais ou temáticos, sem prévio aviso aos autores.Quando o Conselho Editorial sugere ao autor modificações de estrutura e/ou de conteúdo, os trabalhos são devolvidos ao autor para que as realize no prazo informado pela Comissão. Nenhuma modificação do conteúdo é feita sem o prévio consentimento do autor, que tem inteira responsabilidade pelo conteúdo do material enviado. Todos os artigos passarão por revisão de linguagem.Cada autor receberá dois (02) exemplares da revista em que teve seu trabalho publicado; assim, no caso de trabalho com dois autores, serão enviados quatro (04) exemplares. - Os pareceristas são convidados pela Comissão Editorial da Revista Instrumento e colaboram com a Revista voluntariamente, sem vínculo  empregatício e sem nenhum ônus para a Instituição.- As informações contidas nos artigos, incluindo afirmações, opiniões e conceitos, são de responsabilidade dos autores. A comissão editorial é composta por professores eleitos pelos departamentos por um período de 2 anos.

6.4.2 Revista Pedagógica

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O Colégio de Aplicação João XXIII / UFJF apresenta um novo espaço para troca de experiências pedagógicas e divulgação de pesquisas relacionadas ao ensino: a revista Argo.

Aberta aos professores e alunos do Ensino Básico e Superior das instituições públicas e particulares, a revista Argo tem como objetivo fortalecer a relação Ensino, Pesquisa e Extensão com os mecanismos midiáticos e funcionar como um instrumento de formação inicial e continuada, auxiliando o trabalho docente.

Com um teor mais jornalístico do que acadêmico, a revista apresentará em cada edição, sob responsabilidade da comissão editorial, uma reportagem de capa, uma entrevista e um debate em torno de um tema relevante para a Educação e receberá para publicação textos desenvolvidos a partir de práticas educacionais e artigos de divulgação de pesquisas pedagógicas, além de cartas abertas, resenhas, quadrinhos e cartuns, produções literárias e visuais, divulgação de eventos e notas jornalísticas.

A comissão editorial avaliará o material recebido de acordo com o perfil e os objetivos das seções da revista e as normas estabelecidas para colaboração.  A colaboração é aberta aos professores e alunos do Ensino Básico e Superior das redes públicas e particulares.

As sessões são divididas da seguinte maneira:Espaço de Experiência de Ensino: relato de experiência de prática docente no Ensino Básico, incluindo estágio.Espaço de Experiência de Pesquisa: relato de experiência de pesquisa, em andamento ou finalizada, desde que tenha interesse para o universo educacional.Espaço de Experiência de Extensão: relato de experiência de extensão vinculada ao Ensino Básico.Espaço do aluno: relato de experiência discente no Ensino Básico ou artigo de opinião com temática educacional escrito por aluno do Ensino Básico.Resenha de livros, CDs, filmes e outros produtos culturais: resenha jornalística de livros e outros produtos culturais relevantes para a prática docente, lançados recentemente.Carta aberta: espaço de manifesto, dirigido a autoridades educacionais, com reivindicações para o setor da Educação.Quadrinhos: página dedicada à publicação de tiras ou HQs curtas produzidas por alunos ou professores.Produções literárias e visuais: produções literárias (contos, poesia, etc.) e visuais (desenhos, pinturas, etc.) realizadas por alunos da Educação Básica e da graduação, como resultado de prática docente.Curiosidades: notas de cunho jornalístico que relatem ou comentem fatos curiosos da Educação em outras épocas ou outros lugares.Eventos: divulgação de congressos, cursos e outros eventos de interesse para os profissionais da Educação.  A comissão editorial é composta por professores eleitos pelos departamentos por um período de dois anos.

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