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09 de março de 2017 [email protected] Suno Dividendos Suno Research No relatório de hoje iremos apresentar o caso de investimento da TAESA (TAEE11), ativo presente em nossa carteira de investimentos. TAESA (TAEE11) A Taesa é uma empresa focada exclusivamente no segmento de transmissão de energia elétrica. A história da Taesa inicia no ano 2000 com o leilão 002/2000-ANEEL composto por aproximadamente 1.278 km de linhas de 500kv e 6 subestações. Foi vencido pelo consórcio NovaTrans Energia, do qual faziam parte as empresas Civilia Engenharia e Camargo Corrêa. Este consórcio constituiu uma Sociedade de Propósito Específico denominada "Novatrans Energia S.A”. Após o leilão, a empresa Enelpower, que é uma empresa do grupo Italiano Enel, adquiriu 100% da Novatrans. O controle da Novatrans, junto com o da TSN (Outro consórcio que havia vencido outro lote do leilão na época) foi transferido para a Terna S.p.A. Empresa italiana dotada de grande expertise no setor. Em 2006, a Terna resolveu constituir uma holding no Brasil, Terna Participações S.A. Mais tarde, a holding seria vendida para o Fundo de Investimento em participações Coliseu (FIP COLISEU) e também para a Cemig. A denominação social da Terna foi alterada para Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A (TAESA) Hoje a empresa possui direito de 27 concessões em operação, e mais 6 em construção, com quase 10 mil km de linhas de transmissão em operação. É uma empresa bem consolidada no setor e que vem apresentando bons números operacionais historicamente.

Suno Dividendos€¦ · não nos preocupa, já que atualmente a geração de caixa da companhia é bastante superior ao seu lucro líquido, o que levou a empresa a reduzir seu endividamento

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09 de março de [email protected]

Suno DividendosSuno Research

No relatório de hoje iremos apresentar o caso de investimento da TAESA (TAEE11), ativo presente em nossa carteira de investimentos.

TAESA (TAEE11)

A Taesa é uma empresa focada exclusivamente no segmento de transmissão de energia elétrica.

A história da Taesa inicia no ano 2000 com o leilão 002/2000-ANEEL composto por aproximadamente 1.278 km de linhas de 500kv e 6 subestações. Foi vencido pelo consórcio NovaTrans Energia, do qual faziam parte as empresas Civilia Engenharia e Camargo Corrêa. Este consórcio constituiu uma Sociedade de Propósito Específico denominada "Novatrans Energia S.A”.

Após o leilão, a empresa Enelpower, que é uma empresa do grupo Italiano Enel, adquiriu 100% da Novatrans. O controle da Novatrans, junto com o da TSN (Outro consórcio que havia vencido outro lote do leilão na época) foi transferido para a Terna S.p.A. Empresa italiana dotada de grande expertise no setor.

Em 2006, a Terna resolveu constituir uma holding no Brasil, Terna Participações S.A. Mais tarde, a holding seria vendida para o Fundo de Investimento em participações Coliseu (FIP COLISEU) e também para a Cemig. A denominação social da Terna foi alterada para Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A (TAESA)

Hoje a empresa possui direito de 27 concessões em operação, e mais 6 em construção, com quase 10 mil km de linhas de transmissão em operação.

É uma empresa bem consolidada no setor e que vem apresentando bons números operacionais historicamente.

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O SETOR DE TRANSMISSÃO

O negócio de Transmissão de Energia é separado da Geração, Comercialização e Distribuição de Energia. 

As transmissoras fecham contratos com as distribuidoras e grandes clientes industriais. São regulados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS. Seu faturamento se dá através de contratos rígidos que estabelecem a Receita Anual Permitida – RAP.

Os recursos para pagamento das receitas advêm dos encargos de uso do sistema de transmissão, pagos pelos usuários e arrecadados pelo ONS, com base em montantes de uso previstos contratualmente. Todos esses encargos e o seu conjunto é calculado pela ANEEL e forma o total da RAP, que é a receita anual permitida das empresas transmissoras.

Para ser uma nova concessionária de transmissão, a empresa tem de ser a vencedora de um leilão de transmissão, oferecendo o maior desconto de RAP no leilão da ANEEL, ou adquirir no mercado diretamente uma operação já leiloada, desde que aprovada pela ANEEL.

As receitas da concessão são definidas no momento da outorga da concessão respeitando um modelo de receita teto; as receitas são calculadas de acordo com os investimentos necessários e uma remuneração que seja adequada. Essas receitas são reajustadas anualmente de acordo com os índices econômicos definidos no contrato e poderão ou não estar sujeitas a revisões periódicas.

As concessões da TAESA têm a receita reajustada anualmente pela inflação, e sofrerá uma redução de 50% no 16º ano de operação. Essas concessões vão expirar em 30 anos após sua assinatura, podendo ser prorrogadas, a critério dos órgãos responsáveis.

As transmissoras são remuneradas pela disponibilidade de serviço de suas instalações, não dependendo, portanto, do volume de energia transmitido através dos ativos. Este modelo de negócios torna a atividade de transmissão uma das atividades mais seguras e de menor volatilidade de receita entre os negócios que analisamos. 

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DIFERENÇA NOS MODELOS DE CONCESSÕES

As concessões que compõem o mercado brasileiro de transmissão podem ser classificadas em três categorias:

A) Concessões anteriores a 1998B) Concessões licitadas entre 1999 e novembro de 2006C) Concessões licitadas após novembro de 2006

A primeira categoria engloba todos os ativos já existentes antes de 1998, essas concessões têm a RAP reajustada anualmente pela inflação e os contratos venceram em 2015, também estão expostas a revisão tarifária.

As concessões da segunda categoria são projetos Greenfield, licitados entre 1999 e novembro de 2006, tem a RAP reajustada anualmente pelos índices inflacionários, e sofrerão uma queda de 50% na RAP no 16º ano, porém não sofrem revisão tarifária.

As concessões da terceira categoria são projetos Greenfield licitados a partir de novembro de 2006, tem a RAP reajustada anualmente e estão sujeitas a revisão tarifária.

As concessões da TAESA estão concentradas principalmente na segunda categoria, e, portanto, sofrerão uma queda de 50% na rap no 16º ano de operação.

VANTAGENS DAS TRANSMISSORAS

Consideramos o investimento em transmissão de energia o mais previsível e menos arrojado dentre os 3 segmentos do setor elétrico: transmissão, geração e distribuição.

Por serem contratos longos e reajustados pela inflação, e independente do volume transmitido, as concessões em geral tem um perfil de receitas estáveis ao longo do tempo.

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Enquanto no setor de distribuição, as revisões tarifárias costumam impactar de forma muito relevante os resultados das companhias, já que o capex para distribuição de energia costuma ser mais elevado e os custos da operação também, o que não dão margem de manobra alguma para a empresa ter suas receitas reduzidas. Além disso, a volatilidade econômica impacta o consumo dos clientes, como industrias e residências. 

Tivemos alguns exemplos recentes de empresas de distribuição que pagavam altos dividendos e estavam com patamares elevados de lucratividade e, por conta da revisão tarifária, a companhia viu seus resultados sendo bastante comprometidos, inclusive impedindo a empresa de pagar dividendos.

Já o setor de geração é bastante dependente dos volumes da geração de energia, o que pode fazer com que essas empresas tenham de comprar energia no mercado de curto prazo para entregar a energia contratada, em períodos de baixa geração de energia. Fatores climáticos inesperados podem impactar o resultado destas empresas, assim como a situação econômica. 

Por vezes, a energia comprada no mercado de curto prazo pode ser cara, o que também acaba prejudicando os resultados das geradoras. 

Portanto, consideramos os setores de geração e distribuição mais voláteis. Isto não impede de enxergarmos oportunidades de investimentos nestes setores, como a nossa indicação de ENBR3. 

Já o setor de transmissão consideramos mais estável e possui uma geração de caixa altamente previsível, pois exigem baixo capex, não dependem do volume transmitido e tem contratos de longo prazo.

As revisões tarifárias também afetam o setor, mas em geral de forma menos relevante que afetam o setor de distribuição, além do mais, a maior parte das concessões da Taesa não sofrem

DESEMPENHO OPERACIONAL

A Taesa vem apresentando um excelente desempenho operacional ao longo dos anos, tendo mantido a disponibilidade de suas linhas de transmissão acima de 99,9%, o que torna a empresa uma das mais eficientes do setor. 

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O gráfico abaixo ilustra a disponibilidade média dos últimos anos:

A disponibilidade média alta das linhas de transmissão demonstra o ótimo desempenho operacional da empresa.

A Taesa apresenta historicamente bons números operacionais, com lucros crescentes e uma política de dividendos que privilegia a distribuição de proventos.

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A empresa possui um histórico de uma política de dividendos robusta com um payout elevado. Desde 2006, o payout da Taesa esteve próximo a 90%, o que nos mostra o compromisso com a empresa em remunerar os acionistas adequadamente.

Embora o payout da empresa sempre tenha se mantido em torno de 90%, isso não impediu a empresa de crescer. 

Como notamos no gráfico, o lucro da Taesa teve uma evolução de cerca de R$ 127 MM em 2006 para quase R$ 1 bilhão nos últimos 12 meses.

É um crescimento expressivo e demonstra a eficiência da empresa, que deverá continuar seguindo sua trajetória de crescimento.

QUEDA DA RAP EM 2018 

Em 2018, cerca de 40% da RAP atual da companhia sofrerá uma redução de 50%, o que já é uma condição conhecida desde o início dessas concessões e desde que nos envolvemos com este caso de investimento. 

Esta questão tem deixado vários investidores preocupados, pois será de fato uma perda relevante de geração de caixa para a companhia.

Muitos investidores ficam com receios que a empresa não consiga ser mais lucrativa ou pagar dividendos após essa redução.

O que ocorre é que as reduções de RAP das concessões da companhia já estão refletidas nos resultados atuais em IFRS, ou seja, as receitas da companhia com as reduções já estão linearizadas e o lucro líquido atual da empresa já reflete esta situação.

Desta forma, o lucro líquido da empresa não sofrerá nenhum impacto por conta dessas reduções que ocorrem em 2018.

De fato, a empresa passará a gerar menos caixa, porém essa questão também não nos preocupa, já que atualmente a geração de caixa da companhia é bastante superior ao seu lucro líquido, o que levou a empresa a reduzir seu endividamento nos últimos anos com o excesso de caixa gerado.

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Perceba no gráfico abaixo a redução do endividamento da companhia nos últimos anos.

Outro ponto que ameniza a situação da menor geração de caixa é que com as constantes reduções nas taxas de juros, o resultado financeiro da empresa deve se beneficiar, já que a maior parte da dívida é indexada ao CDI.

Portanto apesar da queda da RAP impactar de fato a geração de caixa, entendemos que ela não afetará o pagamento de dividendos, já que a geração de caixa ficará em linha com o atual lucro líquido da companhia, talvez levemente menor no primeiro momento, o que pode levar a empresa a aumentar um pouco seu endividamento para manter o alto payout.

Outra estratégia que a companhia pode adotar é reduzir um pouco seu payout, para cerca de 70 ou 80% num primeiro momento, mas em conversa com a equipe de Relações com Investidores da empresa, fomos informados que essa não é a estratégia preferencial.

O fato da empresa possivelmente aumentar seu endividamento para manter o payout também não nos preocupa. A atual relação de Dívida Líquida/Ebitda (métrica de geração de caixa) da companhia está em cerca de 2 vezes, que é um patamar confortável. 

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Entendemos que este indicador poderia subir até 2,5 sem comprometer os resultados da companhia de forma relevante, inclusive por conta da empresa ter reduzido seu endividamento nos últimos anos e ter uma grande previsibilidade de seus resultados.

A título de comparação, ao final de 2014 a Dívida Líquida em relação ao Ebitda estava em 3,38 vezes. Portanto, a companhia reduziu de forma significativa o seu endividamento, estando agora em um patamar bastante saudável.

RISCOS

Entendemos que o segmento e o setor de atuação que a Taesa está inserida é pouco arriscado, porém é importante entender que nenhum investimento é livre de risco. Enumeramos alguns riscos que julgamos os mais relevantes:

Risco regulatório: Há sempre o risco de o governo através dos órgãos reguladores modificar a forma de regulação atual, seja nas regras para novas concessões, cálculos sobre remuneração do ativo, reajustes e etc.. Entendemos que o risco da Taesa vir a ser muito afetada com mudanças regulatórias é baixa, mas sempre existe. A Taesa parece estar bem protegida pela natureza de seus contratos. Nem mesmo a ex-presidente Dilma, com sua motivação em reduzir as receitas do setor elétrico, conseguiu impactar os resultados da Taesa. Até agora, o governo Temer tem se mostrado muito amigável com a regulação do setor elétrico.

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Endividamento: A empresa atualmente encontra com seu endividamento em patamares saudáveis, porém não podemos garantir que a empresa não opte por aumentar de forma relevante seu endividamento, seja para cumprir com capex de novos projetos e para aumentar a posição de caixa da empresa. Um endividamento muito alto poderia comprometer a geração de caixa da empresa, os resultados e o pagamento de dividendos.

GESTÃO DA EMPRESA

A gestão da empresa tem se mostrado muito eficiente nos últimos anos.

Estão mantendo a empresa com ótimos números operacionais e demonstrando um grande compromisso em entregar bons resultados aos acionistas através de dividendos. Os investimentos realizados até agora têm demonstrado uma alocação de capital inteligente.

VALUATION

A Taesa (TAEE11) vem se valorizando constantemente desde que a incluímos em nossa carteira, o que reduziu um pouco seu desconto e atratividade em comparação há alguns meses, a cotação atualmente está em torno de R$23,00, porém ainda é um ativo que nos interessa.

Apenas recomendamos não comprar na mesma intensidade de quando estava a R$ 18,00 ou R$19,00 a ação, preço que Luiz Barsi indicou quando falou que estava comprando. 

Atualmente a empresa é negociada por 8 vezes o lucro, um patamar de P/L (Preço sobre Lucro) interessante.

O dividend yield da Taesa é bem mais atrativo que várias opções do setor de energia. Atualmente o Dividend Yield da TAEE11 está em cerca de 11,7% e deve-se manter neste patamar elevado pelo menos até o fim das concessões.

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RECOMENDAÇÃO

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Carteira de Dividendos

Abaixo segue a composição da nossa carteira de dividendos atualmente.

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Ações que estamos observando

Nessa seção gostariamos de destacar algumas empresas que estamos acompanhando as movimentações de perto, porém ainda esperamos um momento mais oportuno para indicar a adição à carteira.

Este material tem caráter meramente informativo. As informações constantes deste material podem auxiliar o investidor em suas decisões

de investimento, porém o investidor será responsável, de forma exclusiva, pela verificação da conveniência e oportunidade da

movimentação de sua carteira de investimentos e pela tomada de decisão quanto à efetivação de operações de compra e ou venda de

títulos e ou valores mobiliários. Este material apresenta informações para diversos perfis de investimento e o investidor deverá verificar e

atentar para as informações próprias ao seu perfil de investimento, uma vez que as informações constantes deste material não são

adequadas para todos os investidores. Quaisquer projeções de risco ou retorno potenciais são meramente ilustrativas e não são e não

devem ser interpretadas pelo investidor como previsão de eventos futuros e ou garantia de resultados. Além disso, não garantimos a

exatidão das informações aqui contidas e recomendamos ao investidor que não utilize este relatório com única fonte para embasar suas

decisões de investimento. Os investimentos realizados pelo investidor para sua carteira estão sujeitos a diversos riscos inerentes aos

mercados e aos ativos integrantes da carteira, incluindo, sem limitação, risco de mercado, risco de crédito, risco de liquidez, risco cambial,

risco de concentração, risco de perda do capital investido e de disponibilização de recursos adicionais, entre outros.

Tiago ReisAnalista CNPI

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