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3Super Saudável

■■■■■ ■■■■■ ■■■■■ expediente

A Revista Super Saudável é umapublicação da Yakult SA Indústria

e Comércio dirigida a médicos,nutricionistas, técnicos e funcionários.

Coordenação geralIchiro Kono

EdiçãoCompanhia de Imprensa

Divisão Publicações

Editora responsávelAdenilde Bringel - MTB 16.649

[email protected]

SupervisãoDeh Oliveira

Editoração eletrônicaMaicon Silva e Eramir Neto

ColaboraçãoTania Aquino

FotografiaArquivo Yakult e Ilton Barbosa

CapaDigital Vision

ImpressãoVox Editora - Telefone (11) 3871-7300

Cartas e contatosYakult SA Indústria e ComércioAlameda Santos, 771 – 9º andar

Cerqueira CésarSão Paulo – CEP 01419-001

Telefone (11) 3281-9900Fax (11) 3281-9829www.yakult.com.br

Cartas para a RedaçãoRua Álvares de Azevedo, 210 - Sala 61

Centro - Santo André - SP - CEP 09020-140Telefone (11) 4432-4000

Para uma vida mais saudávelPode parecer repetitivo, mas o objetivo de todas as pessoas, neste novo século, precisa estar mais

voltado à qualidade de vida. A Ciência, por meio de pesquisas e tecnologia, tem conseguido formas efetivasde prolongar a vida, mas não vale a pena envelhecer sem saúde ou com doenças crônicas que obriguem àdependência e à improdutividade. O envelhecimento é inerente a todos os indivíduos, mas pode ser transfor-mado em uma experiência altamente interessante se procurarmos ter mais atenção com a alimentação,praticarmos atividade física e procurarmos todas as formas possíveis de felicidade desde a infância. Um bommomento para começar a pensar no futuro é agora. Aproveite a leitura desta edição e reflita sobre todas assuas possibilidades de manter a saúde – e a vida – sempre em ordem.

Os editores

EDITORIAL

4Matéria de capa

Tour

ism V

anco

uver

O pulmão podeser acometido porinúmeras doençase, algumas, comoa hipertensãopulmonar, ainda sãopouco conhecidase, geralmente,têm os sintomasconfundidospelos médicos.

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O segundo maior país do mundo em extensão territorialtambém é um dos mais democráticos e bonitos doplaneta. Quem visitar o Canadá vai se surpreender emmeio à modernidade e às belezas naturais preservadas.

Turismo 32

ÍNDICECientistas tentam conhecermelhor os benefícios que o chábranco tende a oferecer à saúde

Mais de duas centenas deenfermidades podem atingiros ossos e debilitar o organismo

Lactobacillus casei Shirotaajudam a manter mais íntegrasas células do sistema de defesa

Profissionais de Nutrição doHC-FMUSP usam LB paratratar paciente com queimadura

Estudo demonstra que a músicainfluencia no julgamentodo paladar das crianças

Técnica corrige peito escavadocom mais segurança e propiciamenor tempo de recuperação

Especialistas garantem quea corrida pode ajudar idososa viver com mais qualidade

Os cuidados com as mãosincluem evitar o uso desubstâncias agressivas à pele

Nutricionista da Yakult levainformações sobre os produtospara escolas e hospitais de SP

811141622242628

O médico Chao LungWen, da disciplina deTelemedicina da FMUSP,explica como a tecnologiapode ajudar a melhorar avida e a saúde das pessoas.

Especial 18

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4Super Saudável

CAPA

A

CAPA

Deh Oliveira

A lista de doenças que acometem os pul-

mões é extensa e de origem variada. Os pro-

blemas podem ocorrer devido desde a ex-

posição prolongada a agentes tóxicos até

o contato com microrganismos – como fun-

gos, bactérias e vírus – que podem desenvol-

ver as mais diversas infecções. Algumas das

enfermidades mais temidas durante toda a

história da humanidade são associadas ao

órgão e muitas se transformaram em epide-

mias, como é o caso da gripe espanhola –

que matou milhões de pessoas no início do

século 20 – e da tuberculose, considerada

por muito tempo incurável e fatal. Atualmen-

te, as doenças que atingem o pulmão per-

manecem entre as principais causas de óbi-

to no planeta, principalmente o câncer, na

maioria dos casos associado ao tabagismo.

O órgão pode desenvolver, ainda, enfer-

midades secundárias ou de causas não de-

finidas, como é o caso da Hipertensão Ar-

terial Pulmonar (HAP), doença cardiorres-

piratória caracterizada pela elevação sus-

tentada da pressão e da resistência arterial

pulmonar e que provoca arteriopatia pul-

monar, sobrecarga e disfunção ventricular

direita, culminando com lesões plexifor-

mes e trombose vascular, com conseqüen-

te aumento progressivo da resistência vas-

cular pulmonar. A HAP é rara, com incidên-

cia anual entre um e dois indivíduos para

cada milhão de habitantes. A doença é

incapacitante e progride silenciosamente,

o que dificulta a prevenção precoce. “Os

sintomas são muito insidiosos, começam

muito lentamente e, de repente, o paciente

percebe que sua capacidade física já não é

boa. A tendência é subestimar os sintomas,

mas o problema progride e, quando é feita

uma avaliação, verifica-se que a pressão da

artéria pulmonar está muito alta”, relata a

médica Maria Virgínia Tavares Santana,

chefe da Cardiopediatria do Instituto Dante

Pazzanese de São Paulo.

Os sinais mais evidentes da hiperten-

são pulmonar são falta de ar, fadiga, angi-

Órgão é afetadopor grande

variedade deenfermidades,

que incidemdiretamente ou

são secundáriasa outras doenças

Pulmãosob ataque

Dua

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uize

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4Super Saudável

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5Super Saudável

na e cianose, e a expectativa de vida

não ultrapassa três anos após o diag-

nóstico sem tratamento. O quadro sin-

tomático – similar ao de outras doen-

ças cardiorrespiratórias – é um dos fa-

tores que acabam retardando a de-

tecção e o início do tratamento da en-

fermidade. Para fechar o diagnóstico

da HAP e determinar o nível de com-

prometimento do paciente é necessá-

rio uma série de exames, que inclui,

além de ecocardiograma e raio-X de

tórax, testes de função pulmonar

(TFP), mapeamento pulmonar de ven-

tilação e perfusão, tomografia compu-

tadorizada de alta resolução (TCAR),

angiografia pulmonar, testes sangüí-

neos e imunológicos, cateterismo do

coração direito e testes de vasorrea-

tividade, entre outros. Clinicamente,

a HAP é definida quando o indivíduo

apresenta pressão média da artéria

pulmonar maior que 25mmHg em re-

pouso ou maior que 30mmHg duran-

te o exercício, com pressão capilar

pulmonar normal (< 15mmHg).

A enfermidade é classificada em

cinco grupos. No primeiro está relacio-

nada a mais freqüente, a idiopática,

cujas causas não são definidas, e a do

tipo familial, que incide em indivíduos

da mesma família. Nesse grupo tam-

bém estão inseridas as relacionadas à

cardiopatia congênita, doença vascu-

lar do tecido conectivo decorrente de

infecções por HIV ou uso de drogas e

toxinas, entre outras. No grupo II es-

tão reunidos os casos da doença cau-

sada por envolvimento do coração es-

querdo, que pode ser por problemas

nos átrios, ventrículos e válvulas car-

díacas. No terceiro grupo concentram-

se os casos decorrentes de hipoxemia,

cuja origem pode estar associada à

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

(DPOC), desordem do sono, hipoven-

tilação alveolar e exposição crônica a

altas altitudes. Os casos da doença de-

correntes de tromboembolismo – pro-

vocados por alguns tipos de tumor e

parasitas – estão classificadas no gru-

po IV. Por último está o grupo denomi-

nado como miscelânea, constituído

por pacientes que desenvolvem a en-

fermidade em virtude de sarcoidose,

histiocitose, linfagiomatoses, adeno-

patias, tumores e fibrose mediastinal.

Risco –Risco –Risco –Risco –Risco – A hipertensão pulmonar pode

atingir indivíduos de qualquer idade,

mas alguns tipos têm incidência maior

em determinada faixa etária. “No caso

de cardiopatias congênitas, como um

defeito na comunicação interatrial, o

problema vai surgir na idade adulta, e

depois dos 30, 40 anos é que vai evo-

luir para uma hipertensão pulmonar”,

afirma a cardiopediatra Maria Lucia

Passarelli, diretora do Serviço de Car-

diologia Pediátrica do Departamento

de Pediatria da Santa Casa de Miseri-

córdia de São Paulo. Segundo a médi-

ca, crianças com síndrome de Down

merecem atenção especial, pois têm

maior probabilidade de desenvolver a

HAP. “Isso acontece porque os porta-

dores de síndrome de Down têm 50%

mais chances de nascer com cardiopa-

tia congênita do que as demais crian-

ças”, explica. Nesse caso, a solução é a

cirurgia, que deve ser feita nos primei-

ros três meses de vida. Embora a HAP

seja secundária a problemas cardía-

cos, não está relacionada diretamente

a toda espécie de cardiopatia.

Maria Lucia Passarelli

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6Super Saudável

CAPACAPA

As chances de cura de hipertensãopulmonar são muito remotas e ocorremem casos específicos. “Só tem como cu-rar se a doença é conseqüente à cardio-patia congênita e, ainda assim, se for des-coberta ainda na infância e a criança foroperada precocemente. Até os 2 anos de

A primeira descrição de hipertensãoarterial pulmonar ocorreu em 1891 pelomédico Ernst von Romberg, de acordo comdados da necropsia de um paciente comcardiomegalia e hipertrofia do ventrículodireito. Inicialmente, a doença foi classi-ficada como esclerose da circulação pul-monar, mas, em 1950, depois da análisede uma série de 233 casos suspeitos decardiopatia congênita, sendo 152 subme-tidos a cateterismo, seis foram definidoscomo hipertensão pulmonar idiopática.Em seguida foram relatados três casosde mulheres jovens com dispnéia graveaos esforços, eletrocardiograma compa-

MEDICINA BUSCA RESPOSTAStível com hipertrofia de ventrículo direito,radiograma de tórax com dilatação dotronco da artéria pulmonar e acentuadaelevação das pressões da artéria pulmo-nar observada por cateterismo do cora-ção direito, de etiologia inexplicada.

Todos esses pacientes foram conside-rados portadores de uma forma primáriade hipertensão pulmonar, na qual o au-mento da resistência vascular pré-capi-lar causava hipertrofia do coração direi-to, de forma análoga à hipertrofia ventri-cular esquerda causada pela hipertensãoarterial sistêmica. O interesse pelo assun-to aumentou a partir do fim da década de

1960, quando um surto da doença foiidentificado e tinha como origem o usodo anorexígeno aminorex na Europa cen-tral. A medicação induz a liberação do 5-HTplaquetário com inibição da monoaminooxidase, inibindo potencialmente seu me-tabolismo, aumentando o nível plasmáticodo 5-HT (serotonina). O problema passa-ria a ser discutido mais amplamente em1973, quando a Organização Mundial daSaúde (OMS) reuniu um grupo de traba-lho para estudar de forma mais sistema-tizada o tema.

Nos anos 1980, duas outras drogas,fenfluramina e dexfenfluramina, também

Arsenal terapêuticoidade, mesmo na vigência de HAP impor-tante, o quadro pode regredir”, explica amédica Maria Virgínia Santana. Apesardisso, nos últimos anos tem crescido o ar-senal terapêutico contra a doença, prin-cipalmente a partir da década de 1990, ea Medicina tem trabalhado para aumen-

tar a sobrevida dos pacientes e garantirmais qualidade de vida. Uma vez detec-tado o problema, a terapia consiste basi-camente em tratamento dos fenômenosassociados, dilatação e anti-remodelaçãovascular pulmonar.

Até o ano 2000, sequer havia trata-mento oficial para a doença no Brasil, oque hoje é feito com dois medicamentos,cuja opção depende da experiência domédico, da disponibilidade da medica-ção e do quadro clínico do paciente. Umadas opções são os inibidores dos recep-tores de endotelina, a bosentana, em in-divíduos que não apresentam contra-in-dicação ao uso da droga. As doses do me-dicamento podem ser elevadas depen-dendo da evolução do quadro clínico dopaciente e da ausência de efeitos colate-rais adversos. Outra alternativa é o inibi-dor da enzima 5-fosfodiesterase, a silde-nafila, que atua como vasodilatador e po-de ser usada em pacientes que apresen-tam contra-indicação ao uso dos inibido-res de endotelina. Quando há deteriora-

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A tuberculose é a infecção curávelque mais mata no mundo. Segundo da-dos da Organização Mundial da Saúde(OMS), anualmente, cerca de 2,7 mi-lhões de pessoas são vítimas da doença,com 80% dos casos concentrados em 22países, entre os quais o Brasil. Conside-rada uma enfermidade controlada nadécada de 1970, a tuberculose aumen-tou a incidência entre 1980 e 1990, eum dos fatores que contribuíram paraesse crescimento foi o surgimento decepas de bacilos resistentes aos medica-mentos utilizados para curar a doença,resultado direto do abandono do trata-mento pelos pacientes.

Segundo o pneumologista FernandoFiúza de Melo, diretor técnico do Insti-tuto Clemente Ferreira, referência notratamento da tuberculose em São Pau-lo, o Brasil conseguiu conter o avançoda doença, mas ainda é preciso atenção,pois há risco de crescimento. “Devemoster cuidado para evitar que esses pacien-tes que abandonam o tratamento não setransformem em bomba-relógio, alber-guem os bacilos resistentes às drogas e,futuramente, desenvolvam a tuberculo-se em uma forma mais grave e cujo tra-tamento será mais difícil e mais caro”,afirma o médico.

Para combater o problema, o espe-cialista acredita que é essencial o trata- Fernando Fiúza de Melo

mento supervisionado, o que já está sen-do feito nacionalmente por meio do Pla-no Nacional de Controle à Tuberculose(PNCT). “Inicialmente se pensou quenão deveríamos acompanhar a ingestãodo medicamento pelo paciente, só queisso levou a uma taxa de abandono ra-zoável. Até porque, como o efeito da me-dicação é relativamente rápido, muitospacientes deixavam de tomar o remédiosem eliminar completamente o bacilo”,explica o pneumologista. A estratégia deacompanhar o tratamento parece tersurtido efeito. Dados do Ministério daSaúde indicam que o País, que entre1996 e 2004 registrou índices médios de80 mil casos por ano, reduziu para 50mil casos em 2004.seriam associadas ao aparecimento

de HAP em indivíduos que fizeram usodos medicamentos por período supe-rior a seis meses. Mas, somente em2003 a hipertensão arterial pulmonarfoi definitivamente institucionalizadacomo uma realidade clínica. Apesardos estudos, ainda hoje não está com-provado se os diversos tipos de HAPpossuem os mesmos mecanismos pa-togênicos. Atualmente, acredita-seque a proliferação e o remodelamentovascular pulmonar são as forças pri-márias na patogênese da hipertensãopulmonar.

Parada no tratamentoagrava a tuberculoseParada no tratamentoagrava a tuberculose

ção clínica, os médicos optam pela tera-pia combinada. “Há outras possibilida-des, como os prostanóides, mas não es-tão disponíveis no Brasil”, lembra MariaVirgínia Santana. Os medicamentos, po-rém, são de alto custo e o tratamento giraem torno de R$ 10 mil por mês/pacien-te. Apesar disso, no sistema público desaúde nem todos os medicamentos sãofornecidos gratuitamente, pois algunsnão estão listados como de alto custo.

Maria Virgínia Tavares Santana

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8Super Saudável

E

SAÚDE

Rosângela Rosendo

Estudos realizados em 2004 na PaceUniversity, nos Estados Unidos, mostraram queo chá branco, de origem chinesa e extraído daCamellia sinensis, oferece muito mais benefícioà saúde humana do que o chá verde – foco devárias pesquisas científicas – e o chá preto,ambos obtidos da mesma planta. As pesquisassugerem que o chá branco contém alto nívelde polifenóis (antioxidantes) e de outroscompostos fitoquímicos que agem contrabactérias, vírus e fungos no organismo.O mesmo estudo conclui, ainda, quea Camellia sinensis contém cafeína,importante estimulante do siste-ma nervoso central, e é rica emflúor, o que indica que o consu-mo do chá ajude na prevenção daplaca dentária.

Um dos primeiros cientistas atrabalhar o tema, o microbiologista eprofessor do Departamento de Biologia dauniversidade, Milton Schiffenbauer, relem-bra que estudos sobre o chá verde demons-traram que a bebida favorece o sistema imu-nológico contra algumas enfermidades, comoo diabetes e as doenças cardiovasculares. Masas pesquisas com o chá branco indicam que oalimento também é capaz de destruir, in vitro,alguns organismos que causam certos malesao organismo humano, inclusive o câncer.

Pesquisadores do Linus Pauling Instituteda Oregon State University, nos Estados

Unidos, também realizaram estudosna tentativa de descobrir a capa-

cidade da bebida na inibição demutação de bactérias.

O trabalho utilizou ra-tos de laboratório gene-

ticamente predispostosao câncer e apontou

Foco noPrimeiraspesquisas

internacionaissobre a bebidasugerem que oconsumo seja

benéfico à saúde,mas resultadosainda não são

conclusivos

chá branco

que a bebida pode ser quase tão eficientequanto o uso do fármaco sulindaco, empre-gado na prevenção do tumor de cólon. Apósoito semanas de avaliação, cada animal dogrupo que não recebeu tratamento desenvol-veu média de 30 pólipos, enquanto os ratossubmetidos à terapia com sulindaco reduziramo risco de formação de lesões pela metade. Osratos que receberam chá verde apresentaramqueda do número de pólipos de 30 para 17, eos animais que consumiram o chá branco tive-ram redução de média de 30 para 13. A sur-presa da pesquisa é que a combinação de sulin-daco e chá branco diminuiu o risco de tumoresem 80% – queda de 30 para 6 pólipos.

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Deborah Helena Markowicz Bastos Jocelem Mastrodi Salgado

O chá branco é extraído das fo-lhas novas e brotos da Camelliasinensis e, talvez por isso, algunscientistas aceitem a hipótese de oproduto assegurar maior concentra-ção das propriedades bioativas daplanta. Mas essa característica tam-bém tem relação com a forma como ovegetal é cultivado para a produçãoda bebida. Durante a maturação, osbotões são protegidos contra a açãodo tempo e do sol. A colheita é reali-zada antes que, nas folhas, ocorra asíntese de clorofila, quando ficam ver-des e começam a abrir. Nessa fase, aplanta tem uma coloração prateada,devido à fina penugem branca que re-cobre as folhas e os botões, daí a ori-gem do nome chá branco.

Segundo Jocelem Mastrodi Salga-do, pesquisadora e professora titularde Nutrição Humana da Escola Supe-rior de Agricultura Luiz de Queiroz daUniversidade de São Paulo (Esalq-USP), a literatura explica que a colheitada planta para o chá é feita somentedurante dois dias do ano, uma das ra-zões para o alto custo e a raridade doproduto. “No Brasil não há pesquisaou protocolos sobre o chá branco emandamento que comprovem seus be-nefícios. É muito prematuro e arrisca-do afirmar que o chá faça bem à saú-de”, opina a professora. Encontradosem diversos outros alimentos, os poli-fenóis são considerados importantesantioxidantes para a saúde humana,que ajudam a neutralizar a ação dos

PRODUÇÃO DELICADAradicais livres, responsáveis pelo en-velhecimento celular do organismo.

“Esses compostos são produzidospela planta para se defender de inva-sores e insetos e são transferidos aoalimento (bebida) na hora de a Camelliaser processada”, explica Deborah He-lena Markowicz Bastos, engenheiraagrônoma e professora de Composi-ção de Alimentos do curso de Nutri-ção da Faculdade de Saúde Públicada USP (FSP-USP). A professora co-menta que, enquanto o chá verde jáfoi alvo de muitos estudos científicosinternacionais, são insuficientes as in-formações sobre o chá branco na lite-ratura científica que comprovem todasessas propriedades. “Ainda não há tra-balhos representativos e que ofere-çam informação fidedigna sobre a be-bida. Esse tipo de chá é caro, difícil deser encontrado no Brasil e corre riscode sofrer adulteração”, alerta.

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Apesar de também ser obtido da Ca-mellia sinensis, o chá branco apresentasabor mais adocicado e delicado que opreto e o verde, características resultan-tes dos processos distintos de prepara-ção da planta. O chá verde é obtido pormeio do murchamento das folhas comvapor que, em seguida, são secas, fasena qual ocorre a inativação de uma sé-rie de enzimas, chamadas de polifenóisoxidases. As folhas permanecem verdese não sofrem qualquer tipo de alteraçãona sua composição. No caso do chá pre-to, após o murchamento, as folhas sãoarmazenadas em ambiente com tempe-ratura e umidade controladas por váriosdias, período em que as catequinas (es-pécie de polifenóis) se polimerizam e setransformam em outros compostos fe-nólicos como a epigalocatequina, quetem maior peso molecular.

Já no processo de preparação daCamellia sinensis para obter o chá bran-co, após a colheita as folhas são aque-cidas a vapor e secas, o que impede aoxidação e ajuda a planta a preservar ascatequinas, seus principais polifenóis.Apesar da falta de comprovação cientí-fica efetiva, Dina Kaufman, clínica mé-dica, homeopata e estudiosa da Medici-na Tradicional Chinesa, também acre-dita que a ausência de uma série de pro-cessos justifique a maior quantidade depolifenóis e de cafeína no chá branco. Aespecialista ressalta que se o chá verdetem capacidade antioxidante e é empre-gado para auxiliar no tratamento dedoenças crônicas é possível extrapolartais características para o chá branco ecom mais efeito. “O broto da planta écomo um DNA, contém todas as infor-

Característicasdiferenciadas

Dina Kaufman

mações e potencial da planta. A diferen-ça do chá branco está, provavelmente,na quantidade de compostos preserva-dos”, acredita a médica.

Consumo sem pretensão – Para Di-na Kaufman, independentemente do te-ma, os estudos científicos sempre serãouma visão crítica e estatística. “Hojeposso pesquisar um assunto, em deter-minado momento, sob um aspecto es-pecífico e alcançar certo resultado. Masamanhã, devido a uma série de variá-veis, o mesmo resultado pode conside-rar novas possibilidades”, comenta. Aespecialista lembra, também, que não hátrabalhos que demonstrem quanto osflavonóides do chá branco são biodispo-níveis e absorvidos pelo organismo emquantidade suficiente para imprimir be-nefícios à saúde. “De qualquer modo, nãoé preciso o homem esperar mais compro-vações científicas para consumir o chábranco. Entretanto, o ideal é ingerir o chásem a pretensão de que vá fazer milagrespara a saúde”, sugere.

SAÚDE

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11Super Saudável

O

MEDICINA

Solidez em riscoTecido vivo,complexo ericamentevascularizado,o esqueletohumano pode seracometido pormais de duascentenas dedoenças

MEDICINA

Isabel Dianin

O esqueleto é um arcabouço de proteçãodos órgãos internos, alavanca dos músculos,determinador dos movimentos e tem funçãometabólica, sendo reservatório de cálcio doorganismo. Mas esse conjunto de ossos, car-tilagem e ligamentos pode ser atingido pormais de 200 tipos distintos de doenças. Essasenfermidades, que atingem de 3% a 8% dapopulação mundial das mais variadas idades,se dividem em três categorias: osteometabó-licas, neoplásicas e as que afetam a articula-ção e a cartilagem. Dentre essa gama de enfer-midades, as artrites são as mais comuns e ca-racterizadas pela inflamação das articulaçõesque provocam dor, rigidez ou deformidades dearticulações e estruturas vizinhas aos músculos.

As mais freqüentes são a osteoartrite e artritereumatóide, que atingem homens e mulheres.

No caso da osteoartrite, 30% dos indiví-duos acima de 70 anos desenvolvem a doen-ça, principalmente as mulheres. A dor está re-lacionada ao início do movimento e fica maisevidente durante o dia, embora às vezes tam-bém seja noturna e ocorra após inatividade.A enfermidade, que causa rigidez matinal mí-nima, limita as atividades diárias e pode pro-vocar a proliferação óssea, com formação deosteófitos (bicos de papagaio), afeta uma ouvárias articulações, sendo as mais freqüentesdos pés, joelhos, quadril, coluna vertebral emãos. O diagnóstico é feito por meio de exa-mes clínico, radiológico e laboratorial.

“O tratamento inclui fisioterapia e medica-mentos, entre eles analgésicos, antiinflamató-

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12Super Saudável

MEDICINA

A vitamina D é um hormônio produ-zido na pele a partir da exposição solare é fundamental para a absorção intes-tinal do cálcio. Sempre se acreditou queem países ensolarados, como o Brasil,não houvesse deficiência de vitamina D.Porém, trabalho científico realizado pe-la Unifesp, com idosos com mais de 70anos, mostrou que 40% apresenta defi-ciência dessa vitamina. Nos indivíduosinstitucionalizados – que vivem em asi-los – esse percentual sobe para 70%. “Avitamina D não é encontrada em prati-camente nenhuma fonte alimentar. Porisso, é importante a exposição solar diá-ria de 15 a 20 minutos, com braços, colo,rosto ou pernas ao sol, sem o uso debloqueadores. Mas sempre no começoou fim do dia, para evitar o câncer depele. Quem não toma sol, principalmen-

Fontes de força para os te pessoas mais velhas, deve receberdoses fisiológicas de vitamina D”, reco-menda Marise Castro.

O consumo de leite e seus derivadostambém é primordial na prevenção daosteoporose. Entretanto, a ingestão pelapopulação é baixa: as mulheres conso-mem em média 500mg/dia, quando oideal é 800mg até chegarem ao climatério,quando passa a ser de 1000mg a 1500mgdiários. Homens acima de 60 anos de ida-de devem ingerir 1500mg/dia. Tão im-portante quanto o cálcio e a vitamina Dsão os exercícios físicos. Pérola Plapler,fisiatra e diretora da Divisão de MedicinaFísica do Instituto de Ortopedia e Trau-matologia do Hospital das Clínicas da Fa-culdade de Medicina da USP (IOT-HC-FMUSP) e presidente da Sobemom-regio-nal São Paulo afirma que o ideal é fazer

Marise Castro

rios não-hormonais e, atualmente, algunsprotetores da cartilagem, como o sulfa-to de glucosamim e o extrato insaponi-ficável do abacate, que retardam a evo-lução da doença”, diz Laura Mendonça,reumatologista titulada pela SociedadeBrasileira de Reumatologia, médica ecoordenadora do Núcleo de Doenças Os-teometabólicas da Universidade Federaldo Rio de Janeiro (UFRJ). A médica afir-ma que não há cura para a osteoartrose,mas o diagnóstico precoce e o tratamen-to minimizam os sintomas e ajudam amelhorar a qualidade de vida do pacien-te. Enquanto a osteoartrite acomete indi-víduos mais velhos, a artrite reumatóideatinge pessoas de todas as idades, commaior incidência, também, entre as mu-lheres. Normalmente, a enfermidade afe-ta articulações das mãos e pés, mas pode

ocorrer em quase todas as outras maio-res, com membranas sinoviais.

“Exame de sangue de fator reuma-tóide pode ser positivo em 80% das ve-zes, auxiliando no diagnóstico, pois noinício pode-se confundir com outro tipode artrite”, ressalta Eduardo Meirelles,chefe do Grupo de Reumatologia do Ins-tituto de Ortopedia e Traumatologia doHospital das Clínicas da Faculdade deMedicina da Universidade de São Paulo(HC-FMUSP). O tratamento é feito commedicações paliativas, medicações quecorrigem alterações do sistema imuno-lógico e, mais recentemente, com agen-tes biológicos – anticorpos contra subs-tâncias inflamatórias que estejam nosangue. O médico ressalta que a popu-lação deve ficar atenta a dores insisten-tes nas articulações e procurar o quanto

antes orientação profissional, à menormanifestação de sintoma. “A atividadefísica sempre é importante. Se o indiví-duo tiver boa massa muscular vai termenos conseqüências futuras”, frisa.

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13Super Saudável

CASO DE SAÚDE PÚBLICA

ossosexercícios de carga. “A caminhada é umaatividade melhor do que a bicicleta, poiscarregamos o peso do corpo durante amarcha. Manter o peso ideal também éimportante. Indivíduos muito magros têm

maior risco de ter osteoporose, pois opeso é correlacionado ao osso”, lembra.Os homens também são suscetíveis àosteoporose e devem fazer, após os 65anos de idade, o exame de desintometriaóssea. No caso das mulheres, o examedeve ser feito após os 50 anos.

Alerta – Depois de ser diagnosticada,a osteoporose é tratada com medica-mentos, adequação de ingestão de cál-cio e vitamina D, realização de ativida-des físicas e prevenção de quedas. Os es-pecialistas lembram, porém, que o me-lhor para se precaver é envelhecer se-guindo as medidas preventivas, embo-ra poucos indivíduos façam isso. Pesqui-sa realizada em São Paulo, Salvador ePorto Alegre pelo HospitalUniversitário

A estrutura óssea é dinâmica e o osso novo está continuamentesubstituindo o velho, a uma taxa de aproximadamente 10% ao ano.Aos 20 anos de idade chega-se ao pico de massa óssea; depois dis-so, tanto no homem quanto na mulher pode ocorrer a perda gradualdessa massa, principal característica da osteoporose, doença ósseasilenciosa e degenerativa que, atualmente, atinge 10 milhões de brasilei-ros e, com o envelhecimento da população, tende a aumentar. A principal conse-qüência da osteoporose é a fratura. Somente no Brasil, o número de casos passa de 2 milhões acada ano. Desses, 200 mil pacientes morrerão em conseqüência direta do problema.

Esses dados levaram a classe médica a considerar a osteoporose um problema de saúde pública.Estudo realizado com pacientes da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e Hospital São Paulo daUniversidade Federal de São Paulo (Unifesp) demonstrou que, em seis meses, a mortalidade pós-fratura de fêmur foi de 23%. “Geralmente essa fratura requer cirurgia, o que debilita o paciente e podecausar pneumonia, trombose ou infarto. O indivíduo deve ser orientado, na medida do possível, a semovimentar”, explica Marise Castro, chefe do ambulatório de Doenças Osteometabólicas da disciplinade Endocrinologia da Unifesp e presidente da Sociedade Brasileira para o Estudo do MetabolismoÓsseo e Mineral (Sobemom). A endocrinologista ressalta que, em geral, 25% das mulheres, após amenopausa, e 10% dos homens com mais de 50 anos terão osteoporose.

Pérola Plapler

Clementino Fraga Filho, do Rio de Ja-neiro, em parceria com a Sociedade Bra-sileira de Ortopedia, Academia Nacio-nal de Medicina e Rotary Club, apurou que82% da população sabe o que é osteo-porose, mas só 50% toma atitudes nosentido de prevenir a doença.

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A

LACTOBACILOS

Adenilde Bringel

A complexidade do sistema imuno-lógico tem sido pesquisada por centenasde cientistas ao redor do mundo, queobjetivam desvendar – ou pelo menosentender melhor – os segredos desse sis-tema responsável pela proteção do orga-nismo humano. O sistema imune é com-posto de vários tipos de células, respon-sáveis por situações de defesa específicas.Os macrófagos atuam como vigias e, aomenor desequilíbrio do organismo, en-tram em ação. As células T helper rece-bem as mensagens de alerta dos macró-fagos e elaboram as primeiras estratégiasde contra-ataque. As T killer são mais es-

pecializadas e formam uma tropa espe-cial de defesa, enquanto as células B pro-duzem os anticorpos necessários paracombater o inimigo e as células NK sãoresponsáveis pelo ataque aos invasores.

Para que esse complexo sistema dedefesa funcione perfeitamente, no en-tanto, é necessário que todo o organis-mo esteja saudável. E um dos órgãos fun-damentais para que isso ocorra é o in-testino. A microbiota intestinal, com-posta de aproximadamente 100 tri-lhões de bactérias, de cerca de 400 di-ferentes espécies, é a base da imunida-de. O trato intestinal humano é um ecos-sistema dinâmico e integrado, compos-to de células epiteliais, de um sistemaimune completo, de glândulas e de nu-merosas espécies de microrganismosque colonizam e protegem essa mucosa.Bactérias são extremamente adaptáveise, normalmente, quando estão convi-vendo em harmonia, não comprometema função intestinal. Entretanto, quandoocorre o desequilíbrio da microbiota, de-vido à má alimentação, fatores emocio-nais ou excesso de antibióticos, há umreflexo imediato que resulta em enfra-

O século 20 foi caracterizado peloavanço no desenvolvimento dos antibió-ticos, que têm a importante função de cu-rar doenças. Mas, neste início de século21, a Ciência muda seu foco e começauma busca mais efetiva pela prevenção.Esse conceito tem sido amplamente dis-seminado pelos mais renomados cientis-tas e pesquisadores do mundo, que pro-curam alternativas para prevenir o apare-

A ERA DA PREVENÇÃO

Os lactobacilos fazemparte de um seletogrupo de microrganismosque ajudam, entre outrosaspectos, a manteríntegro o sistema imune

Bactérias a serviço da

cimento das doenças, ao mesmo tempoem que continuam a buscar a cura parainúmeras enfermidades. As recentes pes-quisas científicas com microrganismosprobióticos vêm ao encontro dessa novaproposta, que tem como foco o fortaleci-mento do organismo por meio de um in-testino saudável.

O termo probiótico, de origem grega,significa ‘para a vida’ e tem sido empre-

gado das mais diversas maneiras ao lon-go dos últimos anos. A Organização Mun-dial da Saúde (OMS), juntamente com aFood and Agriculture Organization (FAO),definiu em 2001 que probióticos são mi-crorganismos vivos que, quando consu-midos em quantidades adequadas, con-ferem efeitos benéficos ao hospedeiro.Para que a Ciência considere um micror-ganismo probiótico é necessário que ofe-

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quecimento do sistema imune e o orga-nismo fica mais suscetível a contrair doen-ças. Os seres humanos produzem cercade 6 mil células potencialmente cance-rígenas todos os dias e as células NK pre-cisam estar sempre atentas para identifi-car e eliminar esses inimigos internos.

“Um dos segredos para manter a mi-crobiota saudável é a dieta equilibradae o hábito de consumir alimentos pro-bióticos”, afirma a farmacêutica-bioquí-mica Yasumi Ozawa Kimura, gerente do

Departamento de Pesquisa e Desen-volvimento da Yakult do Brasil.Segundo a especialista, as bacté-rias probióticas, utilizadas em ali-

mentos como o leite fermentado Yakult,Yakult 40 e sobremesa láctea Sofyl, agemcomo potencializadores do sistema imu-ne e, com isso, contribuem para aumen-tar a capacidade de defesa do organis-mo contra invasores. Segundo a especia-lista, as bactérias lácticas liberam o áci-do lático que diminui o pH do meio,além de produzirem bacteriocina, umfator que impede o desenvolvimento debactérias nocivas. Esses microrganismostambém interagem permanentemente

saúdecom as células imunes da mucosa intes-tinal, inativam as toxinas das bactériaspatogênicas e contribuem efetivamen-te para a prevenção do câncer.

Comprovações – Por meio de suas pa-redes celulares, os probióticos Lactobaci-llus casei Shirota estimulam os macró-fagos e, com isso, deixam essas célulasdo sistema imune mais alertas a qualqueranormalidade, tornando mais rápida eeficiente a produção de respostas às in-vasões de bactérias patogênicas. “Os Lac-tobacillus casei Shirota têm a capacidadede ajudar a diminuir a concentração desubstâncias potencialmente cancerígenasno intestino e de estimular nossa capaci-dade de defesa contra as doenças”, refor-ça Yasumi Kimura. Essas e outras funçõesda cepa da Yakult – descoberta em 1930pelo médico sanitarista Minoru Shirota,que desenvolveu o leite fermentadoYakult em 1935 – têm sido profundamen-te investigadas e comprovadas por meiode estudos clínicos desenvolvidos nas maisrenomadas instituições médicas mun-diais e nos laboratórios do Centro de Pes-quisas da empresa em Tóquio, no Japão.

reça segurança no consumo, pertença àmicrobiota natural humana, seja resisten-te aos sucos digestivos e chegue vivo eem grande quantidade ao intestino.

Yasumi Kimura explica que as bactériasintestinais contêm uma ampla variedadede enzimas e, como conseqüência, produ-zem substâncias tanto benéficas quantoprejudiciais ao organismo. Algumas espé-cies de microrganismos intestinais pos-

suem ação protetora sobre o trato gastroin-testinal por meio do controle no desenvol-vimento de bactérias nocivas e da açãocontra infecções. Por outro lado, existembactérias que, normalmente, não são pre-judiciais quando o hospedeiro está bem desaúde, manifestando sua patogenicidadequando a resistência imunológica do hos-pedeiro diminui. Entre os microrganismospromotores da saúde estão lactobacilos e

bifidobactérias. Os neutros são represen-tados por E. coli e bacteróides, e os noci-vos pelos estafilococos e clostrídios. “Pa-drões anormais de microbiota intestinal po-dem ser vistos nas anomalias de peristal-tismos intestinais, câncer ou pós-cirurgias,bem como em distúrbios gastrointestinais,gastrohepáticos, anemia perniciosa, es-tresse, imunodeficiências ou processos deenvelhecimento”, enumera.

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A

PROBIÓTICOS

LB ajuda na recuperação de

Adenilde Bringel

As estimativas indicam que perto de1 milhão de indivíduos sofrem algumtipo de queimadura no Brasil anualmen-te. As principais vítimas são as criançase os acidentes, em sua grande maioria,ocorrem dentro de casa. Quando a quei-madura atinge grandes proporções –mais de 20% do corpo – exige longosmeses de internação e tratamento e, emgeral, provoca quadros de infecção, in-clusive má perfusão intestinal com dimi-

noscopia estivesse sem alteração damucosa intestinal e os exames para veri-ficação de quadro de colite pseudomem-branosa, que frequentemente é encon-trada nos pacientes graves e causa diar-réia, estivessem negativos”, explica Sa-brina Segatto Valadares Goastico, clíni-ca médica residente do primeiro ano deNutrologia do HC-FMUSP. O paciente fezuso de procinéticos, passou por lavagemintestinal e teve a dieta alterada na ten-tativa de solucionar a distensão, mas osresultados não foram suficientes. A nu-tricionista da EMTN-HC, Lidiane Apa-recida Catalani, lembra que houve ten-tativa de retorno da dieta enteral emmenor volume e velocidade de infusão,sem sucesso e com piora do quadro. Umasemana depois, a equipe optou pela die-ta parenteral total e, mesmo assim, de-pois de 14 dias o quadro continuava críti-co, com momentos de constipação, diar-réia, vômitos e náuseas. “Nessa fase, de-pois de uma longa discussão do caso, sus-pensão de alguns medicamentos e descar-te de outras patologias gastrointestinais,sugerimos o uso de um probiótico”, diz.

Rápido – O paciente passou a ingerir umenvelope (um grama) de regulador intes-tinal Yakult LB a cada oito horas, com adieta suspensa nos dois primeiros dias e,nove dias depois, já havia controle totaldo problema. O medicamento foi utiliza-do durante 15 dias, com retorno progres-sivo da dieta enteral e retirada total daparenteral. “Consideramos o resultadomuito bom. Não esperávamos que fosse

Regulador intestinal foiutilizado pela equipede Terapia Nutricionaldo HC-FMUSP paratratar paciente comdistensão abdominal

grande quei

Sabrina Segatto Valadares Goastico

nuição dos processos de defesa da bar-reira mucosa. Os grandes queimadosapresentam, com freqüência, problemasabdominais provocados pelo uso de an-tibióticos por tempo prolongado, longosperíodos de internação, imobilização noleito e número elevado de procedimen-tos cirúrgicos. Esses problemas podemse manifestar na forma de diarréias, dis-tensão abdominal ou constipação.

Para auxiliar na recuperação de umpaciente grande queimado internado noHospital das Clínicas da Faculdade deMedicina da Universidade de São Paulo(HC-FMUSP) que apresentava quadrode distensão fisiológica abdominal im-portante, a Equipe Multidisciplinar deTerapia Nutricional do HC (EMTN) –composta por médicos, nutricionistas,farmacêuticos, enfermeiros, psicólogo,fonoaudiólogo e assistente social – uti-lizou o regulador intestinal Yakult LB,com resultados significativos. O pacien-te era um homem de 42 anos que haviasofrido queimadura por combustão deálcool com 58% da superfície corporalatingida, em fevereiro deste ano. Apóstrês meses de tratamento com dieta en-teral, o paciente passou a apresentar qua-dro de distensão abdominal, intolerân-cia à dieta enteral e episódios de vômi-tos e diarréias intercalados com consti-pação. Os médicos deram início a umasérie de intervenções na tentativa de so-lucionar o problema.

“A radiografia do abdome mostravagrande distensão de alças intestinais,principalmente do cólon, embora a colo-

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mado

Lidiane Aparecida Catalani

tão eficaz em um período tão curto e comum paciente tão crítico”, afirmam. As es-pecialistas acreditam que a solução dadistensão ajudou, inclusive, na recupe-ração mais rápida do paciente, que já tevealta da unidade hospitalar.

Além dos grandes queimados, a equi-pe prescreve o LB para pacientes de am-bulatório com casos de síndrome do in-testino curto, doença que freqüentemen-te provoca diarréia, atrofia da vilosidadeintestinal, má absorção de nutrientes e,conseqüentemente, desnutrição. “O pro-biótico ajuda na melhora da qualidadede vida desses pacientes”, afirma a mé-dica Sabrina Valadares. Nesse caso, aprescrição costuma ser de um a dois en-velopes diários, por 5 a 10 dias. A equi-pe do HC-FMUSP pretende desenvolverum protocolo com o uso de probióticosem pacientes grande queimado futura-mente. O estudo de caso foi publicadona Revista Brasileira de Medicina e apre-sentado no Ganepão 2007.

O Yakult LB é um medicamento de ampla atuação que possibilita melhora dotrânsito intestinal, normalização da consistência fecal, diminuição da quantidadede evacuações em casos de diarréia e regularização dos transtornos gastrintestinais.O produto é composto de Lactobacillus casei Shirota e Bifidobacterium breve emigual quantidade e atua como coadjuvante no tratamento das disfunções intesti-nais. O Bifidobacterium breve é o primeiro microrganismo benéfico que se coloni-za durante o aleitamento materno e tem ação principalmente no intestino grosso.Os ácidos lático e acético produzidos pelo Lactobacillus casei e pelo Bifidobacteriumbreve, respectivamente, proporcionam ambiente levemente ácido no intestino e,conseqüentemente, inibem a proliferação de bactérias patogênicas, melhorandoo ambiente intestinal.

O medicamento tem sido utilizado há alguns anos – anteriormente tinha onome de Yakult RI – em vários hospitais brasileiros, inclusive em protocolosclínicos direcionados a avaliar sua eficácia nos casos de diarréia e obstipaçãoem pacientes crônicos. Um dos exemplos é o uso do medicamento pelo Núcleode Nutrição e Dietética do Centro de Referência da Saúde da Mulher – HospitalPérola Byington –, em São Paulo, que desenvolveu protocolo com 35 pacientessubmetidas a tratamento contra câncer ginecológico. O estudo, realizado demarço de 2003 a dezembro de 2004, constatou que 82,8% das pacientes apre-sentaram melhora da diarréia após a administração do medicamento.

Outro protocolo com resultados importantes foi realizado pela equipe doCentro de Terapia Intensiva de Irati (CeTII), que atua na Santa Casa do municí-pio localizado no Estado do Paraná. O médico José Maria Davaus, chefe da UTIneonatal do CeTII, passou a ministrar o medicamento em recém-nascidos e ob-teve expressiva redução na incidência de enterocolite necrotizante, doença queatinge entre 2,5% e 28% da população de recém-nascidos prematuros em todoo mundo e tem alta morbidade e mortalidade. Durante seis meses, a equipeavaliou 99 recém-nascidos divididos em dois grupos. Segundo o médico, o usodo probiótico determinou redução na incidência da doença, assim como gravi-dade e mortalidade, de forma muito significativa. O trabalho foi apresentadono Congresso Internacional de Neonatologia de Curitiba, em março de 2006.

Medicamento eficaz

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ENTREVISTA DO MÊS/CHAO LUNG WEN

Adenilde Bringel

A era digital traz aos profissionaisde saúde a possibilidade de trocar in-formações e aperfeiçoar conhecimen-tos por meio da Telemedicina. Segun-do o médico Chao Lung Wen, profes-sor associado, chefe da disciplina de Te-lemedicina da Faculdade de Medicinada Universidade de São Paulo (FMUSP)e presidente do Conselho Brasileiro deTelemedicina e Telessaúde, a transmis-são de conhecimentos por meio eletrô-nico deve ser vista como uma estraté-gia de ação para formar agentes cola-borativos que visem, em primeiro lu-gar, melhorar a qualidade de vida dapopulação brasileira.

Em que consiste a Telemedicina?

A definição norte-americana é de quea Telemedicina seja o uso de recursos deinformática e comunicação para fins demedicina aplicada. Eu, pessoalmente, nãogosto dessa idéia. Para mim, Telemedi-cina é o uso da tecnologia para formarum agente colaborativo, seja para edu-cação, assistência ou pesquisa, potencia-lizando as ações em núcleos distantes.Ultrapassamos a fronteira da teleassis-tência e, agora, trabalhamos em umaárea muito mais ampla, que envolve pes-quisa, formação e desenvolvimento socialmulticêntrico da área científica, acadêmi-ca e de pesquisa. Defino a Telemedicina ea Telessaúde como uma forma de desen-volver a cadeia produtiva da saúde.

Que profissionais estão envolvidos

com esse trabalho?

A cadeia produtiva da saúde envolve14 profissões na área, além de Engenha-ria, Administração, Comunicação, Peda-gogia e outras. Nas 14 profissões de saú-de estão a área médica, Odontologia, Fo-noaudiologia, Psicologia, Fisioterapia, Te-rapia Ocupacional e até Educação Físi-ca. A Telemedicina permite integrar to-dos esses profissionais no desenvolvimen-to conjunto. Como todos trabalham deforma convencional, fica mais difícil in-tegrar e, no dia-a-dia, não se consegue fa-zer o compartilhamento de informações.A Telemedicina é o recurso que permiteagregar profissionais de diferentes funçõese em pontos geograficamente diferentes.

a favor da MedicinaInformática

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19Super Saudável

”“

Esses profissionais são o principal

público da Telemedicina?

Na verdade, a Telemedicina e a Teles-saúde trabalham, hoje, para integrarprofissionais da área de saúde, mas oimpacto final é a população. Uma dasprincipais características no Brasil é adeficiência na política de saúde. Issoporque cada vez mais se coloca novosantibióticos, novos métodos diagnósti-cos. Se compararmos como se fazia diag-nóstico há 20 anos, atualmente o valorse elevou em 10 vezes. Muitos médicospedem exames demais, sem avaliar oimpacto que isso representa; usam an-tibióticos de última geração quando ou-tros poderiam curar a doença. Isso des-morona qualquer sistema de saúde. Oque propomos é fazer desenvolvimentosocial por meio da educação, saúde e in-clusão digital em saúde.

O objetivo é prevenir doenças?

Não, eu pessoalmente acredito queprevenção de doença é o efeito de algomaior, que é o desenvolvimento social.Quando se promove mudança de hábi-to, mudança de comportamento, a pre-venção é automática. Quando ensina-mos a população que o poço de água nãopode ficar perto da fossa, por exemplo,já estamos fazendo prevenção de doen-ças automaticamente. Em várias outrasregiões, uma prevenção deve ser diferen-te da outra, porque as pessoas têm hábi-tos diferentes.

De que forma a universidade pre-

tende fazer isso?

Por meio do Projeto Jovem Doutor(www.jovemdoutor.org.br). Quando pro-curamos o significado da palavra dou-tor no dicionário Houaiss vemos quedoutor é ‘qualquer pessoa que aprendeuconhecimento com qualidade e estejadisposta a ensinar outras pessoas’. Por-tanto, o segredo do Jovem Doutor vemdaí. No Brasil, temos o péssimo hábitode achar que o estudante não está pron-

to, não tem competência. Para nós, issonão é verdade. O Jovem Doutor vai de-senvolver Telemedicina e Telessaúde co-mo um processo de fomento de saúde.Vamos desenvolver uma nova atitude noestudante de Medicina e de outras áreas,bem como nos estudantes do ensino mé-dio, que vão desenvolver a sociedadeonde vivem.

Isso vai melhorar a formação do es-

tudante de Medicina, que vai sair

mais voltado para o social?

Eu resumo esse projeto em uma fra-se: mudança de atitude. Toda a nossaestratégia educacional é baseada noconceito de que o estudante é como umaesponjinha que é colocada em cima deuma cadeira e o professor vai jogandoágua. Ele é passivo. Dessa forma, comesse conceito, não vamos formar gera-ções de vencedores. Nos países desenvol-vidos, eles conseguem avançar porquetrabalham a mente das crianças paraopinar e para serem práticas. Devemosparar de sonhar com o que queremospara daqui a 10 anos, se o que está aoalcance do nosso braço não fazemos.Outro segredo é trabalhar em equipe eprocurar orientação. No Jovem Doutor,os estudantes vão construir seus rotei-ros, com ajuda dos professores, que da-rão o treinamento e a conceituação do

processo. Essa mudança de atitude paramim é fundamental, porque os estudan-tes vão sair à procura de ajuda e vão res-peitar o professor. Tudo isso gera umnovo modelo de profissional. Além dis-so, os estudantes vão ajudar a promo-ver o desenvolvimento social, vão apren-der o que é voluntariado, o valor socialque isso representa e, ainda, começama aprender o poder da comunicação eintegração de uma rede colaborativa, eé aí que entra a Telemedicina e a Teles-saúde. É nisso que estamos apostandofirmemente.

Quem são os jovens doutores?

Estamos fazendo um trabalho comestudantes de ensino médio na cidade deTatuí, no interior de São Paulo, em Pa-rintins, no Amazonas, e no Paraná. Que-remos que os jovens do ensino médio te-nham contato com os estudantes de Me-dicina, porque quando eles estiverem nauniversidade também vão querer fazera mesma coisa. Portanto, vamos cons-truir valores para promover a saúde.Nossa intenção é levar os nossos estu-dantes para treinar os universitáriosdessas regiões a atuar no Jovem Doutor.Minha proposta é envolver 2 milhões deestudantes, oito vezes mais do que todoo programa de Saúde da Família do go-verno federal.

Desde que começou o trabalho da

Telemedicina na Universidade de

São Paulo, em 1998, quanto o tra-

balho evoluiu?

Muito, embora ainda precisemos de-finir o valor agregado a esse trabalho. Ogoverno está convencido da importânciada Telemedicina nas universidades, masa rede privada ainda não aprendeu mui-to sobre isso e não fez a adequação dasustentabilidade. Provavelmente, a Te-lemedicina e a Telessaúde no País devemsurgir a partir de convênios com univer-sidades. No Conselho Brasileiro de Tele-medicina e Telessaúde, um dos focos

Telemedicina é ouso racional datecnologia para

formar um agentecolaborativo, para

educação, pesquisaou assistência.

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20Super Saudável

”““para 2008 é o fomento da Telemedicina

privada. Devemos avançar muito naárea de tele-homecare, que é o cuidadoe apoio domiciliar. Neste ano, o Brasilvai lançar a TV digital e a principal ca-racterística desse novo formato é ainteratividade. Portanto, poderemos fa-zer apoio e prevenção de saúde pela te-levisão, via internet. Há um grande po-tencial de receber apoio de enfermeirose médicos pela internet, por exemplo, eisso é um grande potencial de saúde.

Não é perigoso ensinar Medicina à

distância?

Depende. É preciso ver qual o focono qual você vai atuar e que competên-cia vai gerar. Toda vez que você passauma informação para o público certo egera a competência correta, dá certo. Omédico deve ensinar até que nível a po-pulação pode se defender com seus co-nhecimentos e em que momento vaiprecisar procurar ajuda. Com acesso ainformações, a população vai procuraro médico na hora certa e na fase preco-ce. Além disso, as visitas desnecessáriasaos médicos vão diminuir e, com isso,eles terão mais tempo de atender as pes-soas que realmente precisam. Isso gerauma reciprocidade. Para mim, a gran-de bandeira de atuação da Telemedici-na e Telessaúde não é a cobertura, massim promover uma estratégia que cons-trua novos valores sociais para promo-ver a saúde. A tecnologia também for-ma uma rede eficiente para fazer a co-bertura de interrupção da doença deuma forma mais ágil, novamente parapromover a saúde. Hoje, a Medicinatrata a doença, o médico trata a doença,o hospital está voltado para cuidar dedoentes. Mas a saúde é algo muito maisamplo e é isso que estamos propondocom esse trabalho.

A Telemedicina/Telessaúde, no futu-

ro, tende a ser realmente interativa?

Acredito nisso. Imagine uma mãe

sair da maternidade com seu bebê, rece-ber uma senha e poder acessar o hospi-tal e conversar com a enfermeira sobresuas dúvidas nos dois primeiros meses devida da criança, sem sair de casa! ATelessaúde não visa a doença, mas darorientação sobre saúde.

Isso não é uma visão de um futuro

muito distante?

Não. Basta ter uma webcam e aces-so à internet e, claro, hospitais disponi-bilizando o serviço.

Mas a maioria da população não

tem acesso à internet no Brasil...

Por isso estamos trabalhando com ogoverno federal para treinar os profis-sionais do Programa de Saúde da Famí-lia. O projeto de Estação Digital Médicaque estamos desenvolvendo vai fornecerum conjunto computacional para cadatrês equipes do programa de Saúde daFamília. Cada equipe é formada por doismédicos, um ou dois enfermeiros e oitoagentes comunitários; são 12 profissio-nais. Vamos implantar o sistema em 900pontos por meio das universidades fede-rais e/ou estaduais em São Paulo, Ama-zonas, Ceará, Pernambuco, Goiás, Mi-nas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Ca-tarina e Rio Grande do Sul. Esses esta-dos foram escolhidos por contemplar as

cinco regiões do País e por já teremexpertises em Telessaúde. Por meio deuma parceria entre o Ministério da Ciên-cia e Tecnologia, os 27 estados brasilei-ros poderão, mesmo nesta fase piloto,instalar dois pontos da estação digital eum deles poderá funcionar, no futuro,como um Núcleo de Telessaúde. Vamostrabalhar para que a população maiscarente, que não tem acesso a computa-dor em sua residência, seja formada pormeio de projetos como o Jovem Doutor.Assim, essas pessoas poderão, através dainclusão digital, gerar a melhoria daqualidade de vida em suas comunidades.

Como será desenvolvido o projeto?

As ações de capacitação, que vão co-meçar em novembro deste ano, serão de-senvolvidas por meio de uma centraleducacional que usará teleducação in-terativa, com materiais preparados pe-los mais importantes centros universitá-rios brasileiros. Além disso, os profissio-nais do Programa de Saúde da Famíliapoderão acessar uma biblioteca virtualque vai ajudar na atualização de infor-mações científicas.

Podemos afirmar que o Brasil entra

no primeiro mundo em matéria de

formação e capacitação de saúde

com esse projeto?

Sim, e todo o País será envolvido, pormeio do trabalho em todas as regiões. Asbases estão relacionadas com densidadepopulacional, mas todas as regiões rece-berão atenção em saúde. Acredito que até2010 o Brasil deverá ter evoluído muitonesse trabalho de disseminação da for-mação por meio da Telemedicina.

Como o profissional de saúde de um

local distante no Brasil pode ter

acesso a essa informação virtual?

Como rotina, fazemos discussão clí-nica baseada em autópsia, que paramédicos é um treinamento de um pro-cesso investigativo para avaliar erros e

A tecnologiatambém forma umarede eficiente parafazer a coberturade interrupçãoda doença de

forma mais ágil.

ENTREVISTA DO MÊS/CHAO LUNG WEN

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21Super Saudável

”“acertos para tomada de decisões. Faze-mos isso com 25 universidades conec-tadas on-line, em tempo real, por meiode teleconferência, e também podemosfazer no processo off-line. Também épossível acessar o projeto de Telessaúdepelo site www.telessaude.org.br. No por-tal, os profissionais podem encontrarinúmeras informações.

Quantos profissionais são envolvidos

em cada uma dessas conferências?

Hoje, temos cerca de 350 conferên-cias anuais e todo o complexo HC estáinterligado por uma rede especial deinteração on-line, inclusive os campi dointerior do Estado. Dependendo do even-to, podemos ter até mil participantes nasvideoconferências. Cada evento abordaum assunto ou uma capacitação diferen-te. As videoconferências funcionam co-mo um evento multicêntrico colaborati-vo e podemos ter professores em rede deSão Paulo, de Manaus, do Rio Grande

do Sul e de outros estados, cada um con-tando suas experiências e gerando umefeito colaborativo. Essa é a maior qua-lidade da Telemedicina, que é somar ex-periências no sentido de melhorar a Me-dicina e, conseqüentemente, a vida dapopulação.

Dessa forma, a informação não tem

fronteiras...

Em geral, quando começo a desen-volver trabalhos em Telemedicina façotrês perguntas: primeiro, qual o objeti-vo; segundo, para atingir esse objetivo,qual a competência que as pessoas en-volvidas precisam ter e, terceiro, uma vezatingido o objetivo e a competência, qualo valor agregado a mais que vamos for-necer. Sempre temos de responder a es-sas três perguntas. Estamos implemen-tando na Telemedicina uma filosofia detomar cuidado para desenvolver traba-lhos. Podemos ter um evento cujo obje-tivo é fornecer para o público-alvo omaior conjunto de informação possível.Para isso, a competência que temos deter é saber identificar corretamente asinformações e selecionar quanto à qua-lidade. E o valor agregado é munir os

participantes de novas bases para quepossam produzir coisas novas.

E na parte de cirurgias via web, o

Brasil também está adiantado?

Uma cirurgia via web deve ser feitacom um robô que custa muito caro. Mi-nha pergunta é se vale a pena investirmilhões de dólares em equipamentos tãocaros ou se é melhor capacitar os cirur-giões de maneira que possam expandirsuas ações em benefício da população.Antes de fazer um investimento tão alto,penso que devemos investir mais em Te-lemedicina para buscar caminhos de aper-feiçoamento dos profissionais de saúde epara atender o maior número possível depessoas. Acho que o Brasil está no cami-nho certo. Temos de desenvolver gruposde pesquisadores que entendam, estejamenvolvidos e amem o assunto, e que pos-sam conduzir corretamente as suas ações.

Onde entra o homem virtual?

O homem virtual foi criado pela Fa-culdade de Medicina da USP com objeti-vo de ensinar os estudantes de Medici-na. No entanto também podemos utili-zar o homem virtual para orientar apopulação nas consultas, explicando so-bre detalhes de um determinado proble-ma, por exemplo. O homem virtual, atual-mente, possui 95 temas, mas nos permi-te possibilidades infinitas no estudo docorpo humano. Acredito que estejamosem uma fase de transição entre a Medi-cina tradicional e a Telemedicina, e osprofissionais terão de se adaptar a essanova realidade e perceber que o uso darealidade virtual gera novos valores so-ciais e éticos.

“ ”O uso da realidade virtual geranovos valores sociais e éticos.

Acredito queaté 2010 oBrasil terá

evoluído muitonesse trabalho.

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D

PESQUISA

Karina Candido

Do ponto de vista biológico e das ciênciascognitivas, os sentidos são meios pelos quaisos seres vivos percebem e reconhecem outrosorganismos e as características do meio am-biente em que estão inseridos. Altamenteespecializados e capazes de captar estímulosdiversos, receptores sensoriais do corpo hu-mano, formados por células nervosas, tradu-zem e convertem esses estímulos em impul-sos elétricos ou nervosos que serão processa-dos e analisados no sistema nervoso central,onde é produzida uma resposta voluntária ouinvoluntária. Um estudo de mestrado reali-zado pelo Instituto de Psicologia da Univer-sidade de São Paulo (IP-USP) avaliou os es-

tímulos sensoriais que a audição e a gustaçãoproporcionam em crianças e constatou que amúsica pode influenciar no julgamento do pa-ladar e no estado de ânimo.

Desenvolvido pela psicóloga Viviane FreireBueno, com orientação da professora NielsyBergamasco, do Departamento de PsicologiaExperimental da USP, o estudo envolveu 109crianças, de 5 a 10 anos de idade, de duas cre-ches que mantinham parceria com a prefeitu-ra de São Paulo – 26 direcionadas a um estudopiloto e 83 para o projeto final. No trabalho, apesquisadora realizou provas de degustaçãocom soluções de sabores doces e amargos, come sem a presença de música. Para observar se a

melodia podia alterar o estado de ânimoda criança, bem como seu jul-

gamento de sabor, a psicó-loga ofereceu uma soluçãoà base de sacarose e outrade cafeína, em situações

Estudo doInstituto de

Psicologia daUSP mostra

que a músicapode alterar apercepção de

amargo e doceem crianças

Sons interferem no pala Yv

onne

Cha

mbe

rlain

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sem qualquer música e com canções feli-zes e tristes, respectivamente.

Após provar a solução na ausência demúsica, as crianças tinham de dizer se eraamarga, doce, gostosa ou não, de acor-do com as faces esquemáticas represen-tativas – que também ajudam a indicar oque é triste e alegre. Depois, foram colo-cadas duas canções pré-qualificadas co-mo alegres, seguidas de duas tristes, demodo aleatório. As crianças identifica-vam se a música era alegre ou triste e seo sabor era gostoso ou não. “Para as crian-ças tomarem o suco, que denominei co-mo solução, contei uma historinha sobreum mago que havia feito aquelas bebi-das para elas provarem”, destaca a psi-cóloga, ao acrescentar que ofereceu pri-meiro o sabor doce. Após essa etapa, apesquisadora oferecia água filtrada, fa-zia uma pausa de cerca de 30 minutos erecomeçava todo o processo com o saboramargo. As soluções foram desenvolvi-das por uma farmácia de manipulação,

utilizando substâncias comumente usa-das na literatura científica.

Associação – A avaliação foi realiza-da individualmente e com o uso de mú-sicas populares instrumentais para nãointerferir nos resultados. “De maneirageral, a sensação gustativa das criançasalterou de alegre para triste quando amúsica era triste, mesmo que o saborfosse doce, ou seja, as melodias tristesapresentadas foram capazes de modifi-car mais o estado de ânimo”, explica Vi-viane Bueno. Além disso, muitas crian-ças associam tanto o sabor quanto a mú-sica a experiências de vida, o que tam-bém contribui para alterar a percepçãode emoção. A pesquisa demonstrou, ain-da, que a música exerce efeitos sobre o

Desde criança o ser humano é condicionado a dizer o queé bom e o que é ruim, inclusive por meio de suas expressões

faciais. Um dos primeiros aprendizados ad-quiridos quando se chega ao mundo –

representado pelo choro do recém-nascido – é a diferença entre ale-

gria e tristeza. Com o tempo,nenhuma fase da vida sim-plesmente se apaga, mas seaprimora, e tudo soma co-mo experiência. Por isso, apsicóloga alerta sobre a im-

Reflexos na educação

estado de ânimo, principalmente em si-tuações contrastantes (de suco amargocom melodia alegre ou suco doce comcanção triste). Ao oferecer o sabor amar-go e músicas mais alegres, o estado deânimo da maioria alterou para alegre.

Outra avaliação foi em relação aomotivo do julgamento. A psicóloga co-menta que, ao serem questionadas so-bre qual aspecto influencia mais no es-tado de ânimo – entre sabor doce oumúsica triste –, a maioria das criançasrespondeu que é a música. Entre saboramargo ou música alegre, enquanto ascrianças com menos de 7 anos disseramque o sabor influencia mais, as mais ve-lhas acharam que a música foi a granderesponsável pela alegria. Já em situa-ções congruentes, como suco amargo emúsica triste, as mais velhas concluíramque ambos influenciam e as mais novas,que se prendem a apenas um estímulo,responderam que o sabor amargo des-pertou mais o estado de ânimo.

dar

portância de os pais ficarem mais atentos ao próprio compor-tamento e às expressões faciais, porque isso é o que vai com-por a base de formação dos filhos.

No geral, crianças costumam prestar atenção em tudo o queestá ao seu redor e, ao atingirem certa idade, comparam o queacontece dentro e fora de casa. “Independentemente da ma-neira como os pais preferem se sentar à mesa – que almocemtodos juntos ou em horários determinados, por exemplo –, oimportante é não gerar conflitos na hora das refeições, mostrarpara a criança por que deve se alimentar e ver se ela está real-mente satisfeita com a alimentação, para que tenha tanto pra-zer em comer quanto em ouvir uma música”, orienta.

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Viviane Freire Bueno

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C

TECNOLOGIA

Karina Candido

Caracterizado por um afundamento doesterno, osso responsável por unir as costelasna parte anterior do tórax, o peito escavado éresultado de malformação da parede dessaregião que, além do osso esterno, envolve ar-ticulações e arcos costais (cartilagens costais).A depressão pode ser simétrica ou assimétrica(quando há rotação do esterno) e é mais co-mum em meninos do que em meninas, comproporção de três para um. O problema afetaum paciente de cada 300 a 400 nascidos vi-vos, e em 90% dos casos pode ser notado noprimeiro ano de vida da criança. Desenvolvi-da em 1998 pelo cirurgião Donald Nuss, emNorfolk, no Estado da Virgínia, Estados Uni-dos, a Correção Minimamente Invasiva do

Peito Escavado ou Mirpe – na nomen-clatura original Minimally Invasive

Repair of Pectus Excavatum –, é onovo método utilizado para corri-

gir a deformidade apresentada nocentro do peito dos pacientesque possuem o problema.

A técnica Mirpe (tambémconhecida como Procedimen-

to de Nuss) foi tra-

zida ao Brasil em 2003 pelos cirurgiões pe-diátricos Gilson Nagel Sawaya, da PontifíciaUniversidade Católica (PUC) de Campinas, ePaschoal Napolitano Neto, chefe de CirurgiaPediátrica do Hospital Prof. Edmundo Vascon-celos e vice-presidente da Associação Brasilei-ra de Cirurgia Pediátrica. Desde então, a utili-zação do procedimento tem aumentado e, emmarço deste ano, também começou a ser apli-cada pela disciplina de Cirurgia Pediátrica doDepartamento de Cirurgia e Anatomia da Fa-culdade de Medicina de Ribeirão Preto da Uni-versidade de São Paulo (FMRP-USP).

A professora Yvone Avaloni Vicente, res-ponsável pelo serviço de cirurgia pediátricado Hospital das Clínicas da faculdade (HC-FMRP), ressalta que a grande vantagem datécnica é o fato de ser menos agressiva, já quenão necessita da realização de osteotomia doosso esterno nem da retirada das cartilagenscostais defeituosas, como era feito há poucotempo na cirurgia clássica, que chegava a du-rar até quatro horas. “O novo procedimento,que demora cerca de uma hora, é realizadopor meio de duas pequenas incisões lateraisno tórax e, com o auxílio de uma microcâme-ra, uma barra de aço niquelado é colocadaabaixo do osso esterno, para elevação e sus-

Nova técnica corrigeProcedimento

cirúrgico émenos invasivoque o método

tradicional eproporciona

menor tempode recuperação

peit

Fotos: Gilberto Soares Junior

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tentação desse osso e correção imedia-ta do defeito”, explica. Assim como otempo de cirurgia, a recuperação do pa-ciente também é mais rápida se compa-rada a outros métodos de correção depeito escavado.

Segundo Gustavo da Silveira Orsi,médico assistente de cirurgia pediátricado HC-FMRP, antes as cirurgias erammais invasivas, tinham pós-operatóriodoloroso, possibilidade de recidiva e dei-xavam uma cicatriz mediana ou trans-versa na parte anterior do tórax. “Ago-ra, além de o resultado estético ser me-lhor, o tempo de internação é de três acinco dias, o repouso e afastamento dasatividades escolares e do trabalho é de20 dias e o esforço físico pode ser inicia-do, aos poucos, após três meses da cirur-gia”, orienta. A aplicação do procedi-mento tem a colaboração dos cirurgiõespediátricos Flávio de Oliveira Pileggi,Roberto Cardoso dos Santos e Maria deFátima Tazima.

Puberdade – A barra é confeccionadaem aço inoxidável niquelado, materialque causa pouca reação alérgica. Mesmo

assim, a professora Yvone Vicente desta-ca que, antes de fazer o procedimento, opaciente passa por teste alérgico que con-siste em manter a prótese em contatocom a pele durante 30 minutos. A médi-ca explica que se o paciente apresentaralergia à barra de aço niquelado, outromaterial utilizado é o titânio. A correçãopode ser realizada em adultos, mas trazmelhores resultados quando feita em jo-vens, principalmente durante o estirãoda puberdade, entre 12 e 13 anos de ida-de. “Isso porque a caixa torácica dos adul-tos já se apresenta mais rígida, o que tor-na necessária a colocação de duas bar-ras, e não uma apenas, para correção to-tal do defeito”, explica a cirurgiã.

Os especialistas alertam que pacien-tes operados antes dos 10 anos de ida-de podem apresentar recidiva da de-pressão do esterno após a retirada dabarra, já que o crescimento durante apuberdade costuma aumentar a depres-são dessa região. A barra deve ficar nopaciente, em média, por três anos, tem-po suficiente para que o crescimento seestabilize. O médico Gustavo Orsi enfa-tiza que os pacientes com peito escava-

do devem procurar um profissional es-pecializado, como cirurgião pediátricoou cirurgião torácico, para avaliação eorientação. “Indivíduos que possuemum índice de Haller maior que 3,5cmsão candidatos à cirurgia de correção dodefeito”, ressalta. Esse índice é obtidopela tomografia de tórax na fase expi-rada e consiste na relação do diâmetrolatero-lateral sobre o diâmetro antero-posterior da caixa torácica.

o escavado

A professora Yvone Vicente ressaltaque uma das teorias para a deformidadeé um distúrbio no desenvolvimento do di-afragma, que resulta em tração posteriordo osso esterno. A associação dessamalformação com outras anomalias mus-culoesqueléticas sugere um problema notecido conjuntivo. Alguns estudos mostra-ram, inclusive, alteração da composição

CAUSAS E COMPLICAÇÕESdas cartilagens costais, como diminuiçãodo nível de zinco e aumento dos níveis decálcio e magnésio. “Além disso, a histó-ria familiar tem influência em 37% doscasos, o que indica uma predisposição ge-nética”, explica a médica.

Gustavo Orsi destaca que, caso nãoseja tratada, a deformidade pode ocasio-nar intolerância ao esforço físico, devido à

restrição da caixa torácica à respiração.Porém, o maior distúrbio é o psicológico,porque esses pacientes se sentem depres-sivos e introspectivos. “É nítida a satisfa-ção e a melhora da auto-estima e da au-toconfiança dos pacientes após a cirurgia”,conta. A nova técnica também propiciamelhora da capacidade pulmonar e da to-lerância ao esforço físico.

Yvone Avaloni Vicente e Gustavo da Silveira Orsi

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A

VIDA SAUDÁVEL

Karina Candido

A população de idosos no mundo vem crescen-do significativamente ao longo dos anos. Somenteno Brasil, o número de indivíduos com 60 anos deidade ou mais chegou a superar 14,5 milhões (8,6%da população brasileira) em 2000, segundo dadosdo último Censo Demográfico do Instituto Brasilei-ro de Geografia e Estatística (IBGE), com crescimen-to em torno de 40% em uma década. O IBGE estimaque, nos próximos 20 anos, o número de idosos noBrasil ultrapasse 30 milhões, o que deverá repre-sentar quase 13% da população. O aumento pro-gressivo do percentual de idosos torna necessária abusca de meios mais saudáveis de vida, que incluempreservação da capacidade funcional, autonomia eindependência. E a prática regular de atividade fí-sica tem desempenhado papel de grande relevân-cia para promover o envelhecimento saudável.

saúde de idososCorrida melhora

Milton Hideaki Arai

Ideal para quem deseja prevenir e manter o con-trole de doenças crônicas como hipertensão, osteo-porose, diabetes, obesidade e problemas cardio-vasculares, a corrida ajuda a emagrecer, liberaendorfina (que causa sensação de bem-estar,melhora o humor e os sintomas da depres-são) e pode ser uma ótima opção para osidosos. Segundo o médico assistente doHospital das Clínicas da Faculdade de Me-dicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), Milton Hideaki Arai, a prática dacorrida durante vários anos também tem opotencial de desacelerar a diminuição dasatividades do sistema imunológico decor-rente do envelhecimento. Essa imunossenes-cência, como é chamado o processo do declí-nio progressivo que ocorre no sistema imune dosidosos, contribui para aumentar a incidência de in-fecções, tumores e desordens auto-imunes.

“A proliferação de linfócitos T, principais célulasdo sistema imunológico, e a produção de interleu-cina 2, que diminui conforme o envelhecimento, fo-ram significativamente maiores e funcionaram me-lhor nos idosos corredores. Essas células ajudam nocombate à infecção e podem evitar o aparecimento deum câncer, por exemplo”, revela o médico. O resulta-do foi obtido a partir de um estudo, iniciado em 2000e concluído em 2004, que envolveu 50 homens e com-parou corredores – com idades entre 60 e 80 anos –com indivíduos sedentários (idosos e jovens). Os re-sultados demonstraram que os esportistas tinham ca-pacidade cardiorrespiratória 52% maior que os de-mais, atingindo valores similares aos dos jovens. Alémdisso, a modalidade também traz benefícios sociais.

Capaz de prevenir e controlar doenças crônicas, a atividade pode retardaro envelhecimento do sistema imunológico e manter a qualidade de vida

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ATENÇÃO ANTES,DURANTE E DEPOIS

Henrique Luiz Monteiro

Ainda que não haja limite de idade para a práti-ca da corrida, é preciso avaliar se o idoso tem condi-ções de iniciar um treinamento que irá trabalharvelocidade, equilíbrio e respiração durante o movi-mento. Carlos Freitas alerta que é fundamental queo idoso procure um clínico geral, geriatra ou cardio-logista para avaliar, por meio de exames clínicos elaboratoriais, quais as limitações físicas e funcio-nais que possui e como estão os níveis de pressãoarterial, peso e altura, entre outros. “O especialistadeve solicitar exames de sangue para avaliar, porexemplo, as taxas de glicemia, colesterol e funçãorenal para afastar doenças hepáticas, metabólicase renais, e também um teste ergométrico para lo-calizar qualquer problema cardíaco”, explica.

Antes dos exercícios é importante escolher umcardápio com alimentos mais leves e à base de car-boidrato, que é de fácil digestão, como sucos, fru-tas e meio pão com queijo branco, e nunca correrde estômago vazio. Também é preciso se lembrarde não exagerar na quantidade de alimento, paraevitar desconforto na hora de correr. Durante a ati-vidade, o indivíduo deve escolher um calçado idealpara evitar lesões e manter a hidratação com água,água de coco ou isotônicos em pequenos goles.“Assim fica mais fácil para o organismo digerir, jáque não precisa enviar tanto volume do sangue queestá circulando durante o exercício para a regiãodo abdome”, informa Henrique Monteiro.Carlos André Freitas dos Santos

“Embora seja uma atividade individual, a corrida esti-mula a integração, tira o idoso do isolamento e contri-bui para elevar a auto-estima”, enumera Henrique LuizMonteiro, diretor da Faculdade de Ciências da Univer-sidade Estadual Paulista (Unesp), campus Bauru.

O exercício pode aumentar o tônus muscular, amassa magra, a amplitude articular e o HDL-colesterol,diminui o tecido adiposo e o LDL-colesterol, controla operfil lipídico e glicêmico, melhora a flexibilidade e aestabilidade postural, que reduzem o risco de quedase, conseqüentemente, de incapacidade e dependênciafutura. O geriatra Carlos André Freitas dos Santos, res-ponsável pelo Ambulatório de Promoção de Saúde nadisciplina de Geriatria e Gerontologia da Universida-

de Federal de São Paulo (Unifesp), explica que acorrida ajuda, ainda, a melhorar as funções

cognitivas. “A atividade física aeróbia aumen-ta o fluxo e diminui a viscosidade do sangue

no cérebro, o que propicia um impacto po-sitivo na capacidade de raciocinar, pen-

sar e manter-se atento”, diz.

Começo – Quem tem a corrida comometa deve começar com a caminha-da. Nessa etapa, o treinador fará umaanálise da capacidade funcional doidoso, que inclui avaliações muscu-loesqueléticas e de aptidão. O perío-

do de adaptação implica fortalecimen-to e alongamento da musculatura, sem-

pre com acompanhamento de um educa-dor físico. O idoso pode alternar para a corri-

da de forma gradual, quando atingir o condi-cionamento físico adequado.

Mor

etti

Jr

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E

BELEZABELEZA

de cada parte do corpo possui peculiaridadese, nas mãos, está a camada córnea mais espes-sa. Quando sofre um trauma constante, a su-perfície palmar tende a se adaptar à agressãoe a formar calos – mecanismo de defesa do or-ganismo – provocados por hiperqueratose, queé o aumento das camadas da pele e das célulasque revestem a palma da mão. “A pele é comoum plástico mole e pode ser esticado ou do-brado sem problemas. Mas, em caso de algu-ma anormalidade, gerada por diversos fatores,se torna um plástico duro, que pode ‘rachar’ou ‘quebrar’ e trazer desconforto ao indivíduo”,destaca o dermatologista Mauro Enokihara,professor do Departamento de Dermatologiada Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

O médico informa que, caso não tivessemessa defesa, as mãos apresentariam ulcera-

ções e poderiam até sangrar. Para reduziros calos, já são encontrados no mercadocremes emolientes queratoplásticos quefuncionam como cicatrizantes, e querato-líticos que servem para abastar a camada

córnea espessada, além de melhorar o as-pecto da pele. Os traumatismos se esten-dem, também, ao contato freqüente com

solventes, detergentes, água sanitária eoutras substâncias químicas prejudiciaisà saúde das mãos. Produtos altamentealcalinos – com pH acima de 7 – também

contribuem para o desequilíbrio do pH dapele das mãos, que gira em torno de 5,5, e

podem causar afecções. Quando exposta a es-sas substâncias, a mão perde a camada lipo-protéica, que leva média de 20 dias para seregenerar.

“Se a agressão persistir, esse processo éprejudicado e facilita o surgimento de outrosproblemas, como fissuras e eczemas”, expli-ca Jayme de Oliveira Filho, dermatologista epresidente do Congresso Brasileiro de Der-matologia da Sociedade Brasileira de Derma-

Mãos merecemRosângela Rosendo

Estudo divulgado na última edição do jor-nal oficial da Sociedade Americana de Cirur-giões Plásticos confirma que as mãos podemdenunciar a idade de uma pessoa. Isso ocorreporque, em geral, os cuidados constantes coma pele do rosto e do corpo não atingem as mãos,que muitas vezes ficam desprovidas de cuida-dos e proteção e são acometidas por váriasagressões diárias. Devido à negligência na pro-teção solar, por exemplo, podem surgir me-lanoses diversas e efélides (sardas), que cau-sam incômodo estético, além de queratosesactínicas, espécie de lesões pré-cancerosas, eaté mesmo câncer de pele. Os especialistasalertam, entretanto, que outros traumas, pro-vocados diária e continuamente, podemcausar uma série de danos às mãos.

Apesar de parecer um revesti-mento único, com a principalfunção de proteger oorganismo, a pele

Agressõescontínuas

comprometema beleza e o

bem-estarda pele e

favorecemuma série de

problemas

cuidad

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tologia (SBD). As fissuras se transformam emporta de entrada para diversos microrganis-mos, como também de moléculas químicas.Dependendo da sensibilidade, as mãos podemsofrer, ainda, com inflamações, cortes, trans-piração excessiva e eczema disidrótico (dis-função da umectação). Nesse caso, tem iní-cio a formação abrupta ou aguda de peque-nas bolhas na face lateral dos dedos ou fis-suras que liberam secreção. “Também podemsurgir placas de eczema crônico na área aco-metida, que se caracteriza por vermelhidão ecoceira”, alerta o especialista.

Tratamentos – Para auxiliar na cura dessase de outras afecções, os especialistas lembramque a Medicina tem trabalhado constantemen-te em pesquisas e na introdução de novas téc-nicas tópicas com cremes e fotoprotetores, in-clusive substâncias químicas, esfoliantes e des-pigmentantes, que ajudam a proporcionar cui-dados adequados às mãos. “Mas a aplicaçãode cada produto ou técnica vai depender dodiagnóstico de um especialista”, enfatiza MauroEnokihara, ao acrescentar que a alimentação,bem como a ingestão de líquidos, são fatoresdeterminantes para a saúde de todo o corpo.

os e proteção

Mauro Enokihara

Compostas por camadas de pro-teína rígida de queratina e com fun-ção protetora, as unhas tambémpodem sofrer com o descaso comas mãos e apresentar vários proble-mas. As micoses, por exemplo, secaracterizam por descamações su-bungueais, que tornam a unha maisalta e podem acometer indivíduosimunossuprimidos, como pacientescom diabetes ou insuficiência renalcrônica. Fungos também podemprejudicar a saúde das unhas, comoé o caso da Candida albicans, mi-crorganismo causador da candidía-se na parte proximal da unha. Nes-se caso, devido a fatores externosque tiraram a proteção natural dasmãos, a parte lateral da unha ficavermelha e é desencadeada uma in-flamação. “Se o problema ficar semsolução vai se agravando e o indi-víduo tem grande chance de perdera unha ou sofrer distrofia, que é aalteração no seu formato”, explicaJayme Filho.

O dermatologista Mauro Eno-kihara reforça que, da mesma for-ma que a unha serve como um es-cudo, a cutícula também tem papelimportante. “A cutícula é uma pro-teção para a transição da pele em

Unhascomprometidas

Jayme de Oliveira Filho

relação às unhas e não deveria seraparada nem empurrada. Só que,do ponto de vista estético, as mani-cures não concebem unhas bonitascom cutículas e, por isso, as mulhe-res são as principais vítimas”, co-menta. Indivíduos que lidam commuita água também têm proble-mas. Quando a cutícula é retiradaou a pele está muito desgastadanessa região, a parte proximal daunha fica vulnerável a bactérias efungos que provocam inflamação.Além disso, pode ocorrer o desco-lamento da borda livre da unha,que fica fragilizada e com tendên-cia a apresentar manchas, defor-midades e dor.

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BELEZA

A Divisão Yakult Cosmetics possui uma li-nha completa de produtos que ajudam a pro-teger e restabelecer o bem-estar da pele, in-clusive das mãos. De fácil absorção, o cremede mãos e unhas da Linha Corpus promove oequilíbrio do pH de todos os tipos de pele,

além de prevenir erestaurar rachadu-ras e ressecamen-tos. Graças à que-ratina presente nacomposição, o pro-duto também asse-gura maior resistên-cia às unhas. O cremeé o único no mercadoque contém o exclusi-vo Complexo SE®, quepossui alto poder dehidratação e de ação

Produto e tratamento específicosOs especialistas

explicam que, paraprevenir e tratar esses

problemas, o ideal é evitara exposição das mãos àsagressões contínuas para

não provocar a perda dacamada protetora da pele,o que inclui evitar banhos

muito quentes e sabonetesalcalinos. A aplicação de

óleos hidratantes pós-banho, como aqueles à

base de uva, amêndoa ouabacate, também pode

ajudar a repor a camadade revestimento da pele.

Os médicos reforçam,ainda, a necessidadede aplicar filtro solar

diariamente nas mãosantes de sair de casa. No

caso de alergias, o melhoré usar luvas e evitar o

contato com substânciassensibilizantes.

SAÍDA É APREVENÇÃO

contra os radicais livres, substâncias respon-sáveis pelo envelhecimento precoce da pele.

Para contribuir com a saúde e beleza dasmãos, o Centro Estético da Divisão, em SãoPaulo, desenvolve um Protocolo de Hidra-tação das Mãos. O tratamento tem duraçãode 40 minutos e inclui higienização e massa-gem com sabonete esfoliante da linha Peda-ços da Natureza, tonificação com loção tôni-ca hidratante da linha SPA, ionização comEssence SPA no dorso da mão – na polarida-de negativa, por 5 minutos –, massagem comcreme da linha Corpus, máscara tensora (PeelOff) da linha SPA e aplicação de loção tônicahidratante e creme. “O objetivo do protocolo étratar as mãos, que estão sempre expostas àsmais diversas condições, para deixá-las maciase ajudar a retardar os efeitos do tempo crono-lógico e ambiental da pele”, explica MizueSakaguchi Kishi, gerente da Divisão.

TRANSPIRAÇÃO As mãos também podem ser vítimas da hiperidrose,

distúrbio da glândula sudorípara que tem íntima relaçãocom questões de fundo emocional. O problema promove a

sudorese excessiva na palma das mãos, fator que compro-mete a qualidade de vida dos pacientes que, em geral, recla-

mam de situações de muito constrangimento na hora de cumprimen-tar pessoas. Dependendo da gravidade do problema, o tratamento pode

ser realizado com psicoterapia, prática de esportes para alívio de ten-são, procedimento cirúrgico para retirada do gânglio nervoso que produz

a transpiração excessiva e aplicação de estímulos elétricos nas mãos. “Aúltima novidade é a aplicação de toxina botulínica na palma das mãos,

técnica eficaz, mas ainda muito cara para a maioria da população e quetem duração de seis a oito meses”, informa Jayme Filho.

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PPara criar uma nova geração deconsumidores conscientes sobre aimportância da ingestão freqüen-te de alimentos saudáveis, a Dire-toria Comercial da Yakult desen-volve, desde 2005, um trabalho deapresentação dos produtos da em-presa em hospitais e escolas da ci-dade de São Paulo. O principal ob-jetivo do projeto é informar as nu-tricionistas desses estabelecimen-tos sobre a ação benéfica dos ali-mentos para a saúde dos pacien-tes e das crianças, apresentar oportfólio da empresa, composto desuco de maçã, alimento à base desoja Tonyu, bebida láctea Yodel esuplementos vitamínicos Hiline eTaffman-E, além dos produtos fer-mentados – leite fermentado tra-dicional, Yakult 40 e sobremesaláctea Sofyl, produzidos com o ex-clusivo Lactobacillus casei Shirota.

A nutricionista Silvia Stela Fi-gueiredo, responsável pelo projetona Yakult, afirma que o foco do tra-balho não é a venda, mas a disse-minação do conceito de alimentosque colaborem com a saúde do or-ganismo. “Desde o início do traba-lho já abrimos 16 pontos, que pas-saram a utilizar nossos produtospara melhorar a qualidade de vidados pacientes nos hospitais e a me-

Profissional da Yakult visita hospitais e escolaspara informar sobre a qualidade dos produtos

ação de alimentosNutricionista divulga

renda das crianças nas escolas”,afirma Silvia Figueiredo.

Receptividade – “Percebemos quehá grande preocupação, por partedas equipes de Nutrição dos hospi-tais e das escolas, de oferecer ali-mentos mais saudáveis para seuspacientes e estudantes”, informa.Silvia Figueiredo explica que as uni-dades educacionais têm como metaa reeducação alimentar das crian-ças e adolescentes ao oferecer ali-mentos mais saudáveis na meren-da e nas cantinas. Nos hospitais, oobjetivo é melhorar a qualidade devida dos pacientes, especialmenteaqueles submetidos a longos trata-mentos com antibióticos, que pre-judicam a microbiota intestinal.

A nutricionista conta que, noshospitais, os produtos com maioraceitação são o Yakult 40 e o sucode maçã. “O Yakult 40 também émuito usado para restabelecer obom funcionamento do intestinonas áreas de maternidade, uma vezque as mulheres costumam ficarobstipadas logo após o parto”, expli-ca. Já o suco de maçã é bem aceitoporque, por ser 100% natural e nãoconter sacarose, permite inúmeraspossibilidades de uso pelas equipesde Nutrição.

DESTAQUE

Silvia Stela Figueiredo

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N

TURISMOTURISMO

Um país demuitas faces

Juliana Fernandes

Especial para Super Saudável

No Canadá, descendentes de ingleses e defranceses, colonizadores que deixaram de he-rança os dois idiomas oficiais, convivem paci-ficamente com mais de 100 nacionalidades quefazem do país um imenso mosaico cultural. Se,antes, o maior contingente era de europeusfugindo das guerras, atualmente o Canadá re-cebe 250 mil imigrantes por ano atraídos porindicadores como alta expectativa de vida (83anos para a mulher e 76 para os homens), bai-xa criminalidade e investimentos expressivosem educação, que mantêm o país, há mais deuma década, entre os 10 melhores do mundopara se viver segundo a Organização das Na-ções Unidas (ONU).

Toronto, localizada na província de Ontá-rio, é a maior cidade canadense, com aproxi-madamente 2,5 milhões de habitantes – 20%de origem estrangeira –, e reproduz bem essamultinacionalidade nos restaurantes especiali-zados em culinárias do mundo todo e nos bair-

ros temáticos chineses, portugueses, italianose coreanos. Na área central de Toronto, bemao estilo dos castelos europeus, está a CasaLoma, uma mansão erguida em 1913, com 98cômodos, que serviu de cenário da escola demutantes nos dois filmes da série X-Men. Nasruas da cidade, o que impressiona é o númerode arranha-céus – cerca de 1,6 mil – que po-dem ser observados pelas paredes de vidro doúltimo andar da CN Tower, maior estruturavertical do mundo, com 553 metros de altura.

Invernos rigorosos, com temperaturas deaté 30oC negativos, fazem parte da rotina ca-nadense. No entanto, no oeste do país, às mar-gens do Oceano Pacífico, o clima é mais ame-no. Em Vancouver, no inverno, raramente ostermômetros registram temperaturas negati-vas, enquanto no verão a média fica em tor-no de 25o. Assim como Toronto, a população

Diversidadeétnica e cultural

da população,cidades bemorganizadas

e preservadas,paisagens

bucólicas eesportes de

inverno estãoentre os

atrativos doCanadá

Casa Loma, em TorontoCasa Loma, em Toronto

Cataratas do Niágara

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Casino deMontreal

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de Vancouver é formada por imigrantes de di-versas nacionalidades, principalmente asiáti-cos, motivo pelo qual a Yakult escolheu 33 su-permercados da cidade para iniciar a comer-cialização do leite fermentado, em julho des-te ano. Entre a imensidão do oceano e as Mon-tanhas Rochosas, a província de British Co-lumbia é a mais verde do país, com pelo me-nos 120 mil árvores e o Stanley Park, o maiorparque do mundo em área urbana. O passa-do também é preservado nas mansões em es-tilo vitoriano (características da colonizaçãoinglesa) de Gastown, bairro mais antigo deVancouver, e nos totens, esculturas de madei-

ra e símbolos sagrados dos indígenas que de-coram ruas e pontos turísticos.

De leste a oeste, confortáveis trens cruzambosques, campos e montanhas nos 6.315km daFerrovia Transcanadense. A leste, Quebec, amais francesa das províncias, é parada obriga-tória. Além da charmosa cidade homônima,que chega aos 400 anos em 2008, Quebec temMontreal, a segunda cidade do mundo em nú-mero de habitantes que utilizam o idioma fran-cês. Com vida cultural agitada, o municípiopossui museus, galerias de arte e a bela Basílicade Notre-Dame, além de sediar o famoso Cirquedu Soleil. No outono, o que chama a atençãoem Montreal é o tom avermelhado das folhas– os bordos (maples), símbolo da bandeira ca-nadense –, dos quais é extraída a seiva paraprodução de açúcar e xarope usados para fa-zer panquecas, sorvetes e waffles.

PAIXÃONACIONAL

Palco das Olimpíadas deInverno de 2010, que serãorealizadas nas cidades deVancouver e Whistler, osesportes típicos do frio fazemsucesso no país, especialmenteo hóquei no gelo, homenageadono Hockey Hall of Fame, museude Toronto. Os canadensessão fãs, também, de esquie snowboard e, em Quebec,os 914 metros do MonteTremblant oferecem 92descidas para iniciantes eprofissionais. Em Whistler, aduas horas de Vancouver, nalonga temporada de novembroa maio são abertas maisde 200 pistas. A patinaçãotambém é bastante popularno inverno, quando lotam aspistas próximas à prefeiturade Toronto e na capitalOttawa, onde o canal Rideaucongela durante a estação etransforma-se na maior pistanatural de patinação do mundo.

Natureza preservadaCaminhadas por campos de neve, animais

exóticos e lagos de águas extremamente azuissão algumas das atrações dos parques nacio-nais canadenses. O segundo país do mundo emextensão territorial – mais de 9 milhões de km2

e seis fusos horários – também é um dos maisverdes: o Canadá tem mais de 400 mil km2 pro-tegidos em 43 parques nacionais. Situado en-tre as províncias de Alberta e British Colum-bia, o parque de Banff, criado em 1885, é o maisantigo do país e abriga o Lago Louise – rodeadode picos nevados –, onde animais como alces,renas, lobos e ursos convivem livremente.

Ao norte de Banff, no parque Jasper, gelei-ras se espalham pelo campo de neve Colum-bia Icefield. No Wood Buffalo vive o maior re-banho de bisões do mundo, com aproximada-mente 2 mil animais. O Parque Nacional deAuyuittuq, no território de Nunavut, é a terrados inuit (esquimós) e habitat de espécies comourso polar e raposa do Ártico. Na divisa com osEstados Unidos, na região dos Grandes Lagos,estão as Cataratas do Niágara, com 792 metrosno lado canadense. O passeio pode ser de navioou de elevador, que desce 45 metros até túneiscom vistas para a parte de trás das quedas.

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Área de esqui no ParqueNacional Banff, em Alberta

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Em virtude do espaço, não é possível publicar todas as cartas ee-mails recebidos. Mas a coordenação da revista Super Saudável

agradece a atenção de todos os leitores que escreveram para a redação.

CARTAS PARA A REDAÇÃO

CARTAS

� A resolução nº 1.701/2003 doConselho Federal de Medicinaestabelece que as publicaçõeseditoriais não devem conter os

telefones e endereços dosprofissionais entrevistados.Os interessados em obter

esses telefones e endereçosdevem entrar em contato

pelo telefone 0800 13 12 60.

“Venho parabenizar a revistaSuper Saudável, que pretendodisponibilizar aos pacientesdo meu consultório médico,possibilitando maiorinformação e conhecimentosobre saúde e bem-estar,além da diversidade enovidades da Yakult.”Dr. Fernando GortzPato Branco – PR.

“Quero parabenizá-los pelarevista, que é maravilhosa!!Gostaria de recebê-la emmeu consultório, poisacredito que será muitoútil para meus pacientes.”Dra. Suzana BrunharaSorocaba – SP.

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“Estou no 6º período docurso de Nutrição e achoque as reportagens darevista vão acrescentarmuito na minha vida!”Nayara Amaral MartinsItumbiara – GO.

“Trabalho em posto desaúde da minha cidadee tenho grande interessepelas matérias abordadasna revista, como tambémpretendo investirfuturamente em um produtosaudável pelo qualbusco mais informaçõesnas referidas edições.”Miriam RochaRecife – PE.

“Sou estudante de Nutrição,cursando o 6º semestre,e me interesso muito emreceber a revista SuperSaudável, até mesmo paracrescimento profissionale pela possibilidadede elaborar meu TCC(Trabalho de Conclusãode Curso) sobrealimentos probióticos.”Fabíola de Paula VelosoSão Paulo – SP.

“Sou estudante de Nutriçãoe, em uma palestra nafaculdade, fiquei conhecendoessa excelente revista, commatérias importantíssimas.Você e sua equipe estão de

parabéns com louvor!Sou fã da Super Saudável.”Cláudia S. C. PiresCubatão – SP.

“As publicações sãoexcelentes, com conteúdocientífico muito bom.”Luciene Maria SilvaGuarulhos – SP.

“Gostaria de parabenizarpela revista Super Saudável,que é ótima! Sou estudante do5º semestre de Musicoterapiae estagiária. Conheci arevista em uma clínica deDermatologia e amei.”Lilian Ribeiro de MouraSorocaba – SP.