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Supermix edição 122

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APRAS - Todos os direitos reservados - Proibida reproduçãoSUPERMIX é marca registrada da APRAS

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PresidentePedro Joanir Zonta (Condor Supermercados)Primeiro Vice-PresidenteLuiz Mauricio K. Hyczy (Supermercados Superpão Ltda.)Vice-Presidente FinanceiroDaniel Kuzma (Kusma & Cia LTDA)Vice-Presidente de PatrimônioJoão Jacir Zonta (Comercial Alimentos Zonta)Vice-Presidente de CapacitaçãoMauricio Bendixen da Silva (A. Angeloni & Cia LTDA.)Vice-Presidente de Relações PúblicasJosé Eduardo Muffato (Irmãos Muffato & CIA LTDA)Vice-Presidente SegurançaLuiz Alberto Leão (Condor Supermercados)Vice-Presidente EventosEverton Muffato (Irmãos Muffato & CIA LTDA.)Vice-Presidente ExpansãoAlceu Breda (Fadaleal Supermercado LTDA)Vice-Presidente de Segurança AlimentarNelvir Rickli Junior (Supermercado Rickli)Vice-Presidente Relações SindicaisAdemar Vedoato (Supermercados Viscardi)Vice-Presidente Adjunto Paulo Beal (Supermercado Beal)Vice-Presidente Adjunto Celso Luiz Stall (Supermercado Stall LTDA)Vice-Presidente Adjunto Silvio Koltun Alves (Mercantiba Supermercado LTDA.)Vice-Presidente Adjunto Alceu José Tissi (Supermercados Tissi LTDA)Vice -Presidente AdjuntoCezar Moro Tozetto (Tozetto & Cia LTDA)Conselho Fiscal EfetivoRodolfo PankratzHaroldo Antunes DeschkDercio Domingos de CostaConselho Fiscal SuplenteJoão Batista Moreira dos SantosEdson ZamprognaClaudia Maria DalmoraPresidente Regional Sul - Ponta GrossaSergio Jasinski (Supermercado Jasinski)Presidente Regional Norte - LondrinaValdeci dos Santos Galhardi (Irmãos Muffato & Cia LTDA)Presidente Regional Oeste - CascavelLuciano Fabian (Supermercado Fabian)Presidente Regional Sudoeste - Panto BrancoVinicius Lachman (Nestor Lachmann & Cia LTDA)Presidente Regional Noroeste - MaringáRoberto Burci (Supermercado Bom Dia Burci)Presidente Regional Norte Pioneiro - JacarezinhoLuiz Yoneo Ueda (Supermercado Ueda Bandeirantes)Presidente Regional - CuritibaIrineu Ferrari (Ferrari & Cia LTDA)Presidente Regional - IratiPaulo César Ivasko (Supermercado Ivasko)Presidente Regional - GuarapuavaDaniel V. Hyczy (Supermercado Superpão)Conselho PermanenteEverton MuffatoPedro Joanir ZontaRuy SenffSidney SchnekembergEduardo Antonio DalmoraRomildo Ernesto ConteRoberto DemetercoSuperintendenteValmor Antônio RovarisDiretor ComercialWalde Renato Prochmann

Vice-Presidente de Relações PúblicasJosé Eduardo Muffato Diretor ComercialWalde Renato ProchmannJornalistaCamila Manssour TremeaRedaçãoFabio Pinheiro Departamento ComercialPatrícia Bernardi e Rosicléia JonasFone: (41) 3362-1212 – Fax: (41) 3362-8513E-mail: [email protected]çãoSamuel RodriguesRevisãoPaulo Roberto Maciel SantosFotosAlex SantosPré-Impressão (CtP) e ImpressãoMaxi Gráfica e Editora Ltda.Tiragem13.000 exemplaresDistribuição NacionalEnviada aos supermercados e atacadistas do Brasil.A revista Supermix pertence ao patrimônio da APRAS –Associação Paranaense de Supermercados – e é o seuórgão oficial de divulgação.Avenida Souza Naves, 535 – CEP 80050-040Fone: (41) 3362-1212 – Fax: (41) 3362-8513 – Curitiba – [email protected] / www.apras.org.brOs artigos assinados são de total responsabilidade de seusautores e não refletem necessariamente a opinião da revista.Todos os direitos reservados.

DIRETORIA EXECUTIVA

TRIÊNIO 2009/2012

05060856

58666870

Palavra do PresidenteEspaço Apras

Jurídico

EditorialEspaço Iespar

Artigos

NewsPlataforma

sumário

20

16

24

64

Calendário Inverno é tempo de

aquecer os negócios

Entrevista “Quero contribuir para um setor mais forte”(Zonta)

Mercosuper 2009 Cobertura exclusiva do evento que reuniu 46 mil visitantes

Artigos O freguês continua tendo (e sendo a)

razão

matéria de capa

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Palavra dopresidente

Pedro Joanir Zonta Presidente da Apras

Caro leitor,

É com imenso orgulho e satisfação que assumo mais um triênio frente à Apras – Associação Paranaense de Supermercados –, após a gestão do colega Everton Muffato, que desenvolveu um brilhante trabalho, com muitos investimentos para nossa entidade. Gostaria de agradecer ao Conselho Diretor e Fiscal da Apras e também aos supermercadistas associados, que depositaram na minha pessoa, por meio de seus votos, a confiança referente ao destino da associação.

Pretendo dar continuidade ao trabalho realizado nos últimos três anos, buscando sempre o crescimento do setor e da sua representatividade, visando atender melhor ao consumidor e à sociedade. Darei sequência às ações nas inúmeras áreas de atuação da Apras – feiras, eventos, comunicação, responsabilidade social, relações institucionais, governamentais e jurídicas – que envolvem também os produtos já consolidados da entidade, como a Revista Supermix, o Associe-se e também o Apras Mulher, para que continuem sendo vanguarda no segmento.

Nesta edição da Revista Supermix, vocês poderão acompanhar cada grande momento de sucesso que foi a 28ª edição da Feira e Convenção Paranaense de Supermercados. Manter a qualidade e representatividade da Mercosuper diante do quadro nacional será o grande desafio de minha gestão. Mas a Mercosuper 2010 já está a caminho e com tantas mensagens de otimismo expostas na edição 2009 – “Negócio Responsável” –, certamente nossos parceiros e fornecedores terão inúmeros motivos para arregaçar as mangas e participar.

Em um novo cenário financeiro, o principal objetivo da minha gestão será ampliar a qualificação dos empresários para que saibam conduzir e gerir suas empresas contornando esses efeitos surpresa que a economia vem trazendo. Por meio do Iespar – Instituto Escola Paranaense de Supermercados –, vamos estender os cursos de qualificação e recolocação profissional ao interior do Estado, com o apoio das regionais. E, para comprovar que a atuação da Apras no Paraná já está consolidada, teremos mais uma edição da Feira e Convenção Regional, a 14ª SuperNorte, que será realizada em Londrina nos dias 12, 13 e 14 de julho, no Centro de Exposições e Eventos.

Outra ótima oportunidade para a realização de bons negócios.Uma excelente leitura!

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Editorial

Nosso ano de oportunidades não termina depois da Mercosuper. Nossos esforços já estão voltados para as próximas feiras organizadas pela Apras – Associação Paranaense de Supermercados. A 14ª SuperNorte já está a todo o vapor e Cascavel também já está na agenda.

Em abril, durante o jantar Top de Categoria, que encerra a Mercosuper com a premiação dos melhores fornecedores auditados pela Nielsen, também tivemos a cerimônia de entrega e posse do novo Conselho Diretor e Fiscal da entidade. A sede da Apras e suas regionais trocaram a gestão que deve se estender até o ano de 2012. Nossos novos diretores têm agora um grande desafio diante de si: dar continuidade ao trabalho desenvolvido nos últimos três anos. Pelo menos, do que depender da dedicação e do esforço da equipe de colaboradores da Apras junto à nova diretoria, os números da entidade continuarão crescendo.

Falando em desafios, o que podemos perceber do mercado é que está cada vez mais intrigante para os supermercadistas entenderem o que desejam os consumidores. Felizmente, inúmeras ferramentas de apoio estão disponíveis para orientar estes empresários. A Revista Supermix é exemplo disso. Nas próximas páginas, além da cobertura exclusiva e completa da Mercosuper 2009 – “Negócio Responsável” –, o leitor poderá encontrar tendências e inovações para o mercado de produtos sazonais. O inverno chega acompanhado de novidades que os fornecedores preparam especialmente para atender ao clima aconchegante que as baixas temperaturas trazem.

Nossos profissionais do varejo descrevem em seus artigos dicas de como entender e agradar seu público-alvo, como preparar e treinar os colaboradores na manipulação de alimentos e como deve funcionar o processo de tomada de decisões em sua empresa. E, para comprovar que a atuação da Apras no Paraná já está consolidada, você poderá acompanhar no Espaço Apras como estão os preparativos para a próxima edição da Feira e Convenção Regional de Londrina, a 14ª SuperNorte que será realizada nos dias 12, 13 e 14 de julho, no Centro de Exposições e Eventos.

Uma ótima leitura!

Camila Manssour TremeaCoordenadora de Comunicação

Caro Leitor

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News

CONDOR INAUGURA HIPER DE R$ 37 MILHÕES EM PONTA GROSSA

“BIG BROTHER” DO VAREJO DECIFRA CLIENTE

Em uma área de 23 mil metros, sendo sete mil em área de vendas, e 32 check-outs ergonômicos, o novo hipermercado contou com investimentos de R$ 37 milhões e é o maior e mais moderno de Ponta Grossa. Sua inauguração gerou mais de 400 empregos diretos e mais de 1,6 mil indire-tos. A loja oferece diferenciais que contemplam economia, conforto e sustentabilidade. “O Hiper Condor Uvaranas vai contar com inovações para satisfazer as expectativas dos clientes que a cada dia estão mais exigentes, em busca de qualidade, variedade e conforto”, afirma Jefferson Fidelis de Oliveira, diretor comercial do Condor.

Com uma ambientação ideal e agradável para proporcionar bem estar desde o momento da en-trada, a nova loja tem novidades em todos os setores, o layout interno é moderno e prático, os corredores são amplos com gôndolas bem dispostas para facilitar a visualização dos mais de 40 mil produtos à disposição e proporcionar conveniência aos clientes. O estacionamento é 100% coberto e com vagas rotativas, podendo atender seis mil veículos por dia. “Por termos muito carinho pela cidade, estamos inauguran-do a terceira loja. Escolhemos o local a partir de uma pesquisa de mercado que apontou Uvara-nas como uma região que necessitava de um hip-ermercado completo. Esta é a nossa retribuição aos cidadãos de Ponta Grossa”, enfatiza Pedro Joanir Zonta, fundador e presidente da rede Con-dor. O Hiper Condor Uvaranas está localizado na Avenida General Carlos Cavalcante, 707 em Ponta Grossa.

Basta dar um número no caixa, na hora de pagar. Com ele, o varejista sabe se o consumi-dor é vegetariano ou fã de churrasco e se tem preocupação com a saúde. Também sabe sua idade, estado civil, a freqüência, em qual bairro faz compras e quanto gasta em média. Além dis-so, os lojistas podem monitorar esse consumidor em pesquisas e filmagens na gôndola. O objetivo é tentar entender o que o leva a tomar deter-minada decisão de compra e a influenciá-lo na escolha, por meio da comunicação.

As filmagens demonstraram que o consumidor gasta entre 4 e 6,5 segundos para decidir o que comprar. “Nós monitoramos esses segundos”, afirma Rui Piranda, vice-presidente da agên-cia responsável pela implantação do maior pro-grama de relacionamento do mercado. Por trás desse quase “Big Brother” do varejo está a busca por vendas maiores. Nas filmagens de consumi-dores, o Pão de Açúcar descobriu que gôndolas na diagonal, em vez das paralelas, aumentam o campo de visão do consumidor. Com isso, ele se lembra de mais produtos que faltam em casa. Já o trabalho de inteligência competitiva fez com que cada cliente aumentasse seus gastos médios em 3%. Há casos em que o valor das compras foi multiplicado por dez. As informações são tão de-talhadas que o Pão de Açúcar segmentou-os em 11 perfis. Entre eles estão os saudáveis, festas, gourmet e modernos. “Fazemos ações coerentes com o perfil de cada um deles, para influenciar o comportamento desse consumidor”, afirma Cris-tina Serra, diretora de marketing do grupo.

Após anos se perguntando para que ele servia, os clientes do Pão de Açúcar viram o programa entrar em nova fase. Depois de dois anos de tes-tes, a rede estendeu o formato a todo o Estado de São Paulo no início do ano. Até julho, pre-tende levá-lo a todo o país. Em troca de suas in-formações, o consumidor ganha pontos conver-síveis em vale-compras, descontos e promoções feitas sob medida para seu perfil. Cada real gasto

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CONSUMO DOS BRASILEIROS VAI SUPERAR A MARCA DE R$ 1,8 TRILHÃO

significa um ponto. Por enquanto, o consumidor tem de resgatar os pontos pelo telefone ou pelo site. “No futuro, os vale-compras aparecerão no caixa, na hora em que o consumidor se identifi-car”, diz Serra.

A perda de espaço pela classe média recoloca a importância da classe C no cenário brasileiro e indica novas mudanças no mix comportamental de consumo do país. De acordo com a pesquisa realizada pela Target Marketing, empresa espe-cializada em pesquisa de mercado, o consumo dos brasileiros atingirá R$1,863 trilhão em 2009. Os cálculos do Índice de Potencial de Consumo do Brasil indicam que as despesas das famílias crescerão mais que o PIB (1,6% ante os 1,2% pre-vistos para o PIB, no período entre 2008/2009).

A pesquisa traduz a importância da classe C que, mesmo segmentada, volta a se evidenciar em potencialidade de consumo, requerendo maior atenção dos setores para as necessidades desses consumidores, observa Marcos Pazzi-ni, responsável pelo estudo. Ele destaca que a classe C absorve R$ 532,8 bilhões do consumo nacional. Mas a classe média que se mantém com maior dimensão em consumo dá sinais de perda de espaço, embora seu segmento tenda a receber uma parcela da classe C elevando o montante da classe média a R$ 723,6 bilhões, o que representa quase 41% do total previsto para 2009. “Esta movimentação de domicílios entre as diversas classes econômicas significa opor-tunidade de mercado para as empresas”, ressalta Pazzini.

Entre as inúmeras variáveis do cenário nacio-nal, o índice aponta redução no consumo das 27 capitais quando comparado com os últimos anos. A participação das capitais será de 32% em 2009, ante os 32,4% registrados em 2008. Em valor, será equivalente a R$ 596,5 bilhões. Per-centualmente, os itens básicos de maior consu-mo na renda dos brasileiros estão na manuten-ção do lar, com 27,5%, enquanto os alimentos e bebidas representam 19,8%.

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News

SEIS PASSOS PARA TORNAR SUA EMPRESA SUSTENTÁVEL

As empresas são o motor da sociedade. De qualquer porte, movimentam a economia, geram empregos, criam tendências, promovem desen-volvimento, têm o seu papel e um espaço único na vida da sociedade. Como conseqüência dessa atuação, da estratégia que adotam, da qualidade dos produtos e serviços que oferecem, tem lu-cros para remunerar o investimento dos seus acionistas, reinvestirem, desenvolver novas tec-nologias, crescer, gerar novos empregos, trazer benefícios para seus negócios e dar uma contri-buição efetiva para a sociedade. Empresas assim são sustentáveis e têm em sua essência algo que provoca admiração do mercado e orgulho de quem pertence aos seus quadros. São duradou-ras, dinâmicas, competitivas, lucrativas, éticas e responsáveis. Têm um valor real porque con-tribuem de fato com a sociedade, encontrando na sustentabilidade o ponto de partida para con-struírem sua perenidade.

Sustentabilidade é a palavra da moda. É o novo cenário, é uma mudança que já está aí. Há con-fusão quanto ao seu significado, mas todos in-tuem que o tema é importante e está ligado à manutenção e continuidade da vida e do trab-alho, em condições saudáveis. Sustentabilidade é uma causa coletiva que interessa, e muito, às empresas. As mais arrojadas e inovadoras já per-ceberam que ela privilegia o sucesso do negócio em longo prazo. Suas metas buscam os melhores resultados integrados aos interesses sociais e am-bientais. Assim, sustentabilidade é um jeito de conduzir o negócio e tomar decisões com base em três dimensões: econômica, ambiental e so-cial. O desempenho econômico das empresas será melhor quanto mais integrado ele estiver às duas outras dimensões.

No final, a “receita” é simples: ética, negó-cios sustentáveis, sucesso e longevidade.

Com a proposta de sustentabilidade incor-porada ao negócio, as empresas fazem um

grande movimento a favor do sucesso: o seu próprio, dos seus funcionários, fornecedores,

clientes, da comunidade onde ela atua e da sociedade como um todo. Tudo isso, porém, é uma questão de decisão, é começar para ver.

Aí vem o primeiro impasse: como começar? Sem a pretensão de estabelecer uma cartilha ou uma sequência de passos, todos estes são

fundamentais:

1) Perguntar: como minha empresa/negócio impacta o ambiente e o social? Da mesma forma

que pergunta como melhorar os resultados e lucros;

2) Desenvolver um “plano de ataque” a estes impactos, de acordo com as características,

história, momento atual, objetivos e desafios futuros da empresa;

3) Definir o caminho a seguir, lembrando que ele é um processo que irá gerar resultados

menores a princípio, mas sempre crescentes;

4) Fugir de ações pulverizadas e pontuais, optando por iniciativas coordenadas e consis-

tentes, mesmo que sejam poucas ou de pequeno porte;

5) Estabelecer indicadores de acompanhamen-to e mensuração de resultados, que demonstrem

com clareza custos, benefícios e impactos das iniciativas no negócio;

6) Buscar consistência e coerência de ações, assim como manutenção ao longo do tempo.

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ESTUDO DA ABRAS APONTA MARCAS MAIS VENDIDAS

SUPERMERCADOS DÃO DESCONTO PARA CLIENTES QUE NÃO UTILIZAREM SACOLAS PLÁSTICAS

Pelo décimo ano consecutivo a Abras – Asso-ciação Brasileira de Supermercados – divulga a pesquisa “Líderes de Vendas”, que aponta quais foram as marcas mais vendidas nos supermer-cados brasileiros. A pesquisa traça um panora-ma completo do comportamento de vendas das principais cestas de produtos comercializadas no autosserviço brasileiro. O estudo englobou sete grandes regiões (Nordeste, Grande São Paulo, Grande Rio de Janeiro, interior de São Paulo, Minas Gerais, interior do Rio de Janeiro e Es-pírito Santos, Sul e Centro-Oeste), em um total de sete mil marcas. “Nossa pesquisa acaba de completar a primeira década de existência. Isso traz ainda mais importância à ‘Líderes de Ven-das’, porque fornece um histórico respeitável do desempenho de vendas dos produtos. Essa in-formação pode contribuir de forma considerável para a inteligência de marketing das empresas”, avalia o presidente da Abras, Sussumu Honda.

Algumas marcas são tão fortes junto ao consumidor que perman-eceram como as mais vendidas nos supermercados nos últimos dez anos. Entre elas: Nescau, da Nestlé (Achocolatado em Pó); 51 Pirassu-nunga, da Cia. Muller (Aguardente); Três Corações, da Santa Clara (Ca-puccino); Skol, da Ambev (Cerveja); Veja, da Reckitt Benckiser (Concen-trado de Limpeza); Melitta, da Melit-ta (Filtro de Papel); Qualy, da Sadia (Margarina); Sadia, também da Sa-dia (Presunto); Tang, da Kraft Foods (Suco em Pó) e Sazon, da Ajinomoto (Tempero Industrializado).

Pioneiro no país, foi lançado no Paraná um dos mais criativos programas de sustentabilidade do setor varejista do país: o “Cliente consciente merece desconto”. É o único programa no Bra-sil que reverte benefício financeiro para clientes que não usarem sacolas plásticas para levar as compras. As lojas BIG e Mercadorama repas-sarão, integralmente e já no caixa, o custo das sacolas plásticas que deixará de usar – R$ 0,03 por sacola. A cada cinco produtos, o consumidor recebe o valor de uma sacola. Se comprar mais produtos, e não usar as sacolas, o abatimento será calculado proporcionalmente. No Paraná, 32 lojas participarão do programa ambiental a partir do mês de maio.

A meta do Wal-Mart Brasil é ousada: reduzir pela metade o uso de sacolas plásticas até 2013. O programa de desconto é um dos passos para atingir essa meta. Outro é o incentivo ao uso da sacola retornável. O Wal-Mart Brasil oferece,

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News

desde setembro de 2008, uma sacola feita de al-godão com o preço mais competitivo do mer-cado (R$ 2,50). Até hoje, 220 mil sacolas já estão sendo utilizadas pelos clientes paranaenses e 1,5 milhão em todo o país.

Em projeto-piloto desde o início de maio no Mercadorama Tiradentes, em Curitiba, a inicia-tiva registrou R$ 67,14 em desconto repassado aos clientes e evitou que 2.238 sacolas agredis-sem o meio ambiente. “A rede Wal-Mart Brasil está profundamente empenhada em criar e apli-car soluções práticas de sustentabilidade”, afirma a gerente de Assuntos Corporativos da região Sul, Maria Isabel Jaekel da Silva. “O programa privilegia diretamente o consumidor que tam-bém está preocupado com o meio ambiente”.

Mas Maria Isabel sabe que não é tarefa fácil. “Como se trata de uma grande mudança de hábi-to, acredito que a maior dificuldade é cultural, mas sei que estamos dando um grande passo para conscientizar o consumidor. É um proces-so que leva algum tempo e, por isso, é muito importante que os consumidores entendam o porquê da necessidade de mudança de atitude”. Estudos mostram que quase a totalidade da pop-ulação reutiliza a sacola como saco de lixo. “Te-mos consciência de que não vamos eliminar por completo o plástico de nossas vidas. Defende-mos uma utilização mais racional do produto”, afirma ela, que cita alternativas já utilizadas por clientes: manter em casa, para este uso, sacolas de algodão ou de qualquer outro produto; ter na bolsa ou no carro uma dúzia de sacolas plásticas comuns de supermercados, sem jogá-las fora; ter no carro caixas de papelão. “O cliente consciente saberá usar a criatividade para participar do pro-grama”, concluiu.

Algumas marcas são tão fortes junto ao con-sumidor que permaneceram como as mais ven-didas nos supermercados nos últimos dez anos. Entre elas: Nescau, da Nestlé (Achocolatado em Pó); 51 Pirassununga, da Cia. Muller (Aguar-dente); Três Corações, da Santa Clara (Capuc-cino); Skol, da Ambev (Cerveja); Veja, da Reckitt

Benckiser (Concentrado de Limpeza); Melitta, da Melitta (Filtro de Papel); Qualy, da Sadia (Marga-rina); Sadia, também da Sadia (Presunto); Tang, da Kraft Foods (Suco em Pó) e Sazon, da Ajino-moto (Tempero Industrializado).

Ganha desconto quem usar apenas poucas sacolas?

Não. O desconto só é concedido a quem não usar nenhuma sacola.

O supermercado tem sugestão de como eu posso fazer para

levar as compras?Sim. Os consumidores têm usado

cada vez mais sacolas retornáveis, à venda em vários lugares a preço de custo. Outros simplesmente usam as sacolas comuns que guardam

em casa ou no carro. Também há os que começam a utilizar carrinhos

ou mesmo caixas de papelão.

Como o funcionário do caixa vai calcular o desconto?

A caixa registradora já vem pro-gramada para fazer o cálculo,

considerando cinco unidades por sacola plástica.

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No Brasil, enquanto as classes mais baixas pro-curam comprar produtos mais baratos, os con-sumidores de maior renda estão confusos diante da crise econômica global. Há uma tentativa de se repensar posições e limites, de definir o que é essencial e o que é supérfluo. Mas velhos hábi-tos e idéias são difíceis de serem abandonados. Consumir preferencialmente o que é tido como “sustentável” volta a aparecer como meta. A boa notícia é que o brasileiro de maior renda afirma que, de fato, vem pondo em prática ações que ajudam a proteger o meio ambiente: reciclam lixo e economizam energia e água, por exemplo.

Esse caldeirão comportamental trazido pela crise deverá ter um impacto importante nos hábitos de consumo e nas atitudes das empresas daqui pra frente. De um modo geral, há uma de-safeição pelo consumo no ar. “Capitalismo, sim; consumo moderado, pode ser; ganância, não”, afirma o sociólogo Dario Caldas, especialista em pesquisa de tendências de consumo e comporta-mento. Segundo Caldas, a crise está afetando a consciência de consumo. “O momento é propício para repensar o estilo de vida consumista como um todo”, afirma. Uma pesquisa realizada pelo Observatório de Sinais, em São Paulo, mostrou que 70% das pessoas fizeram alguma mudança na maneira de consumir, sendo que 30% destas estão optando por um consumo mais consciente, preservador. “Cada um está definindo o que é es-sencial e o que é supérfluo”, diz Caldas.

A questão da sustentabilidade parece tender a se intensificar por conta da crise. “Esses consum-idores querem conciliar coisas inconciliáveis, como a sustentabilidade com a renovação per-manente do consumo”, afirma Dario Caldas. De qualquer forma, segundo o sociólogo, produtos que sejam apenas inovadores estão perdendo o seu apelo, se não apresentarem um valor de uso efetivo dentro do novo contexto sociocultural. “É como se o consumismo tivesse ficado fora de moda”, finaliza Caldas.

O projeto “Aluno Cidadão”, criado e coorde-nado pelo Inmetro, começou a ser executado em Curitiba pelos técnicos do Ipem – Instituto de Pesos e Medidas do Paraná. Conhecer os as-pectos do dia-a-dia relacionados às atividades de metrologia e qualidade, fazendo com que os alu-nos atuem como agentes multiplicadores junto aos pais, familiares e amigos são os objetivos do projeto. A primeira etapa aconteceu quando 35 alunos da 5ª série do Ensino Fundamental da Escola Estadual São Paulo Apóstolo, do bairro Uberaba, em Curitiba, foram levados pelos téc-nicos do Ipem a uma visita ao Supermercados Condor, na Avenida das Torres. De acordo com o gerente de Pré-Medidos, Sergio Camargo, “a experiência que iniciamos no Paraná servirá de modelo a outros Estados brasileiros”.

Durante a visita, os alunos participaram de apresentação sobre todos os procedimentos uti-lizados na verificação periódica de uma balança e aprenderam a identificar quais são os produtos

CONSUMIDOR DE ALTA RENDA ESTÁ CONFUSO DIANTE DA CRISE

TÉCNICOS DO IPEM LEVAM ALUNOS AO SUPERMERCADO

Maio - Junho 2009

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pré-medidos. Além disso, receberam informa-ções de como e onde o consumidor pode apre-sentar suas denúncias sobre produtos em desa-cordo com o peso fixado na embalagem ou sobre instrumentos de medir que não portem o selo do Inmetro. “Muitas crianças não sabiam que existia o Inmetro, o que despertou o interesse em saber se este ou aquele produto tem o selo”, disse a Professora Rosa M. Manfrinatto, que acompan-hou os alunos na visita. “A proposta do trabalho foi muito feliz, visto que despertou o interesse e a curiosidade das crianças. Desejamos que este projeto tenha continuidade e que com isto pos-samos contemplar outras turmas” – complemen-ta a Professora Andréia D. Zanetti, que também participou do evento.

Os técnicos do Ipem falaram também sobre os produtos com certificação compulsória, com en-foque nos aspectos relativos à saúde, segurança e meio-ambiente. A visita foi encerrada com um lanche oferecido pelo supermercado aos alunos.

Já está em fase final a obra da terceira e mais nova loja do Super Muffato na capital paranaense. Será a 27ª loja da rede, que está instalada em 11 cidades do Paraná e no interior de São Paulo. O novo hipermercado localizado numa região privilegiada de Curitiba, no bairro Tarumã, as margens da Linha Verde, tem 26 mil m² de área total, com um estacionamento coberto para mil vagas rotativas. Uma ampla e moderna estrutura que vai gerar 500 empregos diretos e que será entregue aos curitibanos em julho.

Seguindo o plano de expansão da rede para 2009, o grupo anuncia mais um investimento no norte do estado, será a 7ª loja na região metro-politana de Londrina, um hipermercado que será inaugurado ainda este ano.

Entre os dias 18 e 21 de maio, a cidade de São Paulo recebeu o 25º Congresso de Gestão e Feira Internacional de Negócios em Supermer-cados - APAS 2009, considerado o maior evento do setor no mundo. Nesta edição, mais de 70 mil empresários e executivos do Brasil e exterior passaram pelo pavilhão - 13% a mais que no ano de 2008. O tema “Pessoas para pessoas - Novas competências para servir o consumidor” trouxe mais de três mil congressistas que assistiram as 70 palestras nacionais e internacionais. “Nossa intenção foi alertar os supermercadistas sobre a valorização do capital humano, que é o grande diferencial no atendimento e na prestação de serviços ao consumidor”, afirma João Sanzovo Neto, presidente da entidade. No total, foram gerados cerca de R$ 4 bilhões em volume de negócios. Com 30 mil metros quadrados de área para estandes e uma nova estrutura de auditóri-os, a APAS 2009 reuniu 435 empresas fornece-doras de produtos, equipamentos e serviços para supermercados. O interesse dos visitantes pelas novidades transformou o evento em uma opor-tunidade única para lançar produtos e mostrar as tendências do setor.

SUPER MUFFATO INAUGURA LOJA E ANUNCIA NOVOS EMPREENDIMENTOS

APAS 2009 REÚNE 70 MIL EMPRESÁRIOS EM SÃO PAULO

News

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O empresário Pedro Joanir Zonta retorna à presidência da Apras – Associação Pa-

ranaense de Supermercados –, função que já ocupou em duas ocasiões anteriores. À

frente de uma das maiores redes varejis-tas do Estado, os Supermercados Condor,

Zonta carrega uma ampla experiência de quem acompanhou de perto as profundas transformações que marcaram a atividade

nas últimas décadas. Nesta entrevista à Revista Supermix, ele

fala sobre os planos para a nova gestão da associação, relacionamento com autori-

dades, impostos, os esforços e iniciativas do setor na área de meio ambiente.

“Quero contribuir para um setor mais forte, unido, representativo, seguro e capacitado”.

Supermix: Em seu discurso de posse da presidência da Apras o senhor destacou a preocupação do setor com a segurança, uma vez que muitos empresários, sobre-tudo os pequenos, têm sido vítimas de assaltos. O que a associação pretende fazer neste sentido?Pedro Joanir Zonta:

Supermix: Além da segu-rança, quais são as priori-dades de sua gestão?Pedro Joanir Zonta:

A Apras tem um Comitê de Segurança funcionando desde outubro de 2000, em razão do alto índice de criminalidade vivenciado pelo setor na épo-ca, que levou a perda de pat-rimônio e, principalmente, de

P.J.Z.: Nesta minha gestão, pretendo dar continuidade aos

vidas de supermercadistas, e passou a contar com especial-istas na área de segurança para supermercados. O plano de ação desenvolvido pelo grupo foi encaminhado para o Secre-tário de Segurança do Paraná e, em ação conjunta, consegui-mos reduzir de 60 ocorrências em supermercados – na cidade de Curitiba no mês de janeiro de 2000 – para 17 ocorrências no mesmo período em 2001. Uma redução de 72%, con-forme registros da Polícia Mili-tar do Paraná. O crime migra em razão da oportunidade e o setor supermercadista nova-mente está caminhando para

ser a oportunidade da vez, fato constatado pelo aumento da criminalidade no setor. A Apras, por meio do vice-pres-idente de segurança, Luiz Al-berto Leão, com o apoio do Comitê de Segurança pretende definir um novo plano de ação para o triênio 2009-2012 e, de-sta forma, buscar a redução de ocorrências no setor supermer-cadista.

Entrevista

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Supermix: O setor vem mantendo um relaciona-mento bastante positivo com o Governo do Estado, que resultou inclusive na diminuição das alíquotas de ICMS para milhares de itens comercializados nas lojas. Como será o relac-

Supermix: Uma das prin-cipais reclamações dos su-permercadistas – e do setor produtivo em geral – é com relação à tributação. O sen-hor acredita que existe falta de vontade política do Con-gresso em aprovar a Refor-ma Tributária?

trabalhos de investimento e prestação de serviços aos asso-ciados. Queremos trabalhar para ter um setor mais competitivo, gerando oportunidades para o supermercadista, fornecedores e, principalmente, melhores serviços ao consumidor. Entre os meus principais objetivos está a aproximação com os po-deres legislativo e judiciário. Queremos ampliar a atuação do Iespar – Instituto Escola Pa-ranaense de Supermercados –, principalmente no interior do Estado e aumentar o número de associados supermercadis-tas da entidade, que atualmente somam 900, e mais de 1300 so-mando com os fornecedores do setor. Além disso, vamos tra-balhar para o crescimento dos eventos promovidos pela Apras como a Mercosuper, feiras re-gionais e também os jantares. Vamos trabalhar para trazer bons palestrantes e cursos rá-pidos, aproveitando oportuni-dades oferecidas pelos fornece-dores, abordando temas como legislação tributária, perdas, recursos humanos, entre outras que podem ajudar muito aos nossos associados.

P.J.Z.: Sim, penso que não existe vontade política e a so-ciedade também é pouco atu-ante. Desde a década de 90, a carga tributária no Brasil passou de aproximadamente 20% para

P.J.Z.: A Apras vem man-tendo nos últimos anos uma excelente relação com o Pod-er Executivo do Paraná e dar continuidade a ela é a nossa prioridade. São ações que nem sempre são percebidas, pois só seriam percebidas se não tomássemos a iniciativa de nos antecipar e estar mostrando que o empresário supermercadista está preocupado com o con-sumidor, com a sociedade em que vive e com o meio ambi-ente. O projeto da mini-refor-ma do ICMS foi uma iniciativa do Governador do Estado do Paraná, Roberto Requião, e de pronto a Apras entendeu que era um projeto que reduziria o ICMS de produtos benefician-do, principalmente, os consum-idores de menor poder aquisi-tivo, e por isso apoiou todo o processo de aprovação da re-forma, participando de todos os debates. Foi uma grande con-quista para os consumidores e para os supermercados.

O supermercado é uma grande vitrine, tendo em vista a quantidade de consumidores que atendemos diariamente e a diversidade de produtos nas suas prateleiras. Sobrou leite, o preço cai e o supermercado é o responsável. Faltou leite, o preço sobe e novamente foi o supermercado que aumentou

ionamento da nova gestão com o Governo Estadual? Que iniciativas favoráveis ao setor o senhor pretende en-caminhar ao Poder Público?

a margem. Visando melhorar a relação com a sociedade, com as instituições e com o governo, é que a Apras vem trabalhando constantemente. Na mini-refor-ma, o Supermercados Condor disponibilizou para os associad-os da Apras uma lista com as al-terações de ICMS dos produtos. Entendemos que o Estado tem esta obrigação de informar, mas pela complexidade do sistema tributário se abstém. Pretend-emos propor projeto de lei pelo qual, de forma inédita no Brasil, o Estado passaria a informar a alíquota que efetivamente trib-uta um produto. Necessitamos de clareza e simplicidade na definição do imposto incidente sobre um produto em comple-mento a um regulamento de mil páginas. O Banco de Dados do Estado do Paraná tem esta informação, mas não disponibi-liza ao contribuinte, gerando custos com a burocracia tribu-tária de aproximadamente mais 2,5% sobre faturamento.

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os atuais 38,5% do PIB – Produ-to Interno Bruto. Os gastos pú-blicos têm crescido de forma expressiva nos últimos anos. O que está faltando é vontade de ajustar os gastos e adequá-los a uma nova realidade brasileira e mundial. Como ninguém quer reduzir despesas, a reforma não caminha e a sociedade como um todo é que sai perdendo.

P.J.Z.: O atraso na definição da licitação da nova tecnologia para substituir o Caximba gerou soluções mais difíceis e também mais caras para o setor privado, que responde por somente 10% dos resíduos gerados. A Apras acompanhou todo o processo por mais de um ano, contratou uma consultoria para assessorar os supermercados na busca por soluções. Hoje, os resídu-os estão sendo encaminhados para aterros particulares onde os orgânicos – que respondem por mais de 80% – vão gerar no futuro composto orgânico. No caso do Supermercado Condor, estamos destinando os resíduos orgânicos para a alimentação animal. O sistema implantado possibilita que o lixo seja 100% reaproveitado, voltando para a cadeia produtiva. Somos a primeira rede supermercadista do Brasil a utilizar este novo processo idealizado e acompan-hado pelo Diretor-Presidente do IAP – Instituto Ambiental do

P.J.Z.: Penso que o Brasil é maior do que seus gover-nantes e, por isso, decisões im-portantes serão tomadas até a eleição, mas sempre norteadas pelo aspecto eleitoral.

P.J.Z.: A Sema – Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – reco-menda o uso da sacola oxibio-degradável e a Apras vem apoi-ando o seu uso. Mais de 50%

Supermix: O senhor acredi-ta que de agora até outubro de 2010, o Governo Federal já está totalmente mobiliza-do em função da candidata apoiada pelo presidente Lula? Ou seja, nos próximos meses, não haverá nenhuma decisão de impacto sobre a vida dos brasileiros que não passe pela ótica eleitoral?

Supermix: Qual a posição da associação em rela-ção à questão das sacolas plásticas nos supermerca-dos? A tendência é apoiar a adoção das sacolas oxibio-degradáveis ou retornáveis?

Supermix: A saturação do aterro do Caximba e a des-tinação do lixo produzido por grandes geradores é um tema que ainda gera grandes discussões, sobretudo junto aos supermercados. Qual a posição da associação sobre o assunto?

Supermix: Em sua opinião, quais os maiores desafios que o setor deverá enfrentar nos próximos anos?

Supermix: Ao final de sua gestão à frente da Apras, como o senhor gostaria de ser lembrado?

das sacolas usadas pelos su-permercados no Paraná já são oxibiodegradáveis, mostrado a preocupação dos supermerca-dos paranaenses com o meio ambiente.

P.J.Z.: - Em conjunto com o Conselho Diretor, quero contri-buir para um setor mais forte, unido, representativo, seguro e capacitado. É assim que gostar-ia de ser lembrando ao final de minha gestão.

Paraná – Vitor Hugo Burko, e a Abdalla Ambiental. É o nosso setor na vanguarda da preserva-ção do meio ambiente.

P.J.Z.: Entre os grandes de-safios que envolvem o setor está atender com rapidez, agili-dade, praticidade e conveniên-cia um consumidor cada vez mais exigente, respaldado por inúmeras regulamentações. A prestação de serviços é fator decisivo na hora da compra. Enfrentar uma concorrência ai-nda maior das multinacionais, em que os produtos e meios de distribuição terão alto grau tecnológico, impulsionando a indústria e o varejo a aprimora-rem os relacionamentos. Ter-emos um crescimento das cen-trais de compras em resposta às multinacionais. Surgirão am-bientes virtuais de compra que dispensarão as pessoas de visi-tarem as lojas.

Entrevista

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Calendário

Inverno é tempo de aquecer os negóciosPara aproveitar a estação neste ano de cenário econômico delicado, é preciso estar atento às características do clima e do mercado, controlando os estoques

O tempo frio exerce, natural-mente, influência nos hábitos de consumo das pessoas. O que vai à mesa, bem como o que oferece conforto à casa e ao corpo, passa a ter caracter-ísticas diferentes às da estação anterior: agora, precisam pro-porcionar energia e aquecimen-to. “O clima tem impacto na ati-tude de compra da população e a análise das características da estação na região de atuação da empresa é importante. É pre-ciso o produto certo, no lugar certo, na época certa”, afirma a economista Patrícia Vence, da Fundação Instituto de Admin-istração. Patrícia ressalta que as oportunidades do inverno de 2009 precisam ser avaliadas à luz do cenário econômico.

“O setor supermercadista não sofreu tanto quanto outros, mas é preciso ficar atento aos índi-ces e administrar muito bem os estoques. O setor vem de anos seguidos de crescimento e agora pode enfrentar uma de-

saceleração deste bom desem-penho”, analisa. Pesquisa do IBGE sinaliza um crescimento de apenas 0,3% das vendas no varejo, nas categorias super e hipermercados, em março de 2009, comparando com o mes-mo mês, em 2008. Foi a primei-ra variação mensal com queda mais brusca em 2009: nos me-ses de janeiro e fevereiro, o crescimento foi de 6.7% e 5.4%, respectivamente, em relação a 2008.

“O setor supermercadista não sofreu tanto quanto outros, mas é preciso ficar atento aos índices e administrar muito bem os estoques. O setor vem de anos seguidos de crescimento e agora pode enfrentar uma desaceleração deste bom desempenho” Patrícia Vence, economista

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Entre as apostas da Frimesa está o achocolatado para con-sumo “família”, em embalagem de um litro. Recentemente, esta embalagem sofreu algu-mas alterações, passando para uma apresentação mais mod-erna, com tampa e de fácil manuseio. “O achocolatado quente é bem vindo e aceito no período de inverno, gerando em nós grandes expectativas de sucesso”, afirma o gerente comercial da Frimesa, Mauro Strey Kramer. A Frimesa tam-bém lançou um achocolatado de consumo individual (200ml) para o público jovem (12 a 16 anos) em embalagem moderna e prática. De acordo com o ge-rente, outros produtos que pos-suem boa aceitação e merecem destaque são o creme de leite e o leite condensado. “Presentes em diversas receitas, a empresa fica atenta a eles, já que no in-verno as pessoas comem relati-vamente mais”, afirma.

Vedetes da estaçãoOutro produto que está sen-

do lançado é a feijoada, “que também é um prato bastante consumido no inverno, e nesta linha a Frimesa oferece vários ingredientes”, acrescenta Kram-er. Em relação a lançamentos, há um mês a empresa lançou o leite em pó integral na versão tradicional, em embalagens de 400g e 200g. A Frimesa lançará também a versão instantânea desse leite, que possui melhor diluição em água. “Esperamos que ambos os produtos tenham boa aceitação na estação, já que o consumo de bebidas quentes é maior”, conclui Kramer.

A Café Damasco tem boas ex-pectativas em relação ao consu-mo de cappuccino – café, leite e chocolate. Neste inverno, serão destaque da marca os ‘Cappuc-cino Damasco Tradicional’ e ‘Cappuccino Damasco Light’. “A seleção dos melhores grãos provenientes das diferentes regiões produtoras mais qualifi-cadas do Brasil em todas as ép-ocas do ano, garantem desde a

origem a qualidade dos nossos produtos, a criação de um blend balanceado e padronizado, nos processos de torra, moagem e empacotamento”, afirma Gui-van Bueno, diretor de Opera-ções da empresa. De acordo com Bueno, a Café Damasco investe muito na formação de sua equipe, fazendo com que especialistas agreguem conhec-imento e profissionalismo con-tínuo ao processo de produção dos produtos. “O Café torrado e moído já faz parte da mesa brasileira. Seu consumo duran-te o ano é constante, porém no inverno ele aumenta”, comen-ta. Segundo Bueno, “a combi-nação do café, leite e chocolate resulta em uma bebida cremosa e bastante saborosa. A linha de solúvel traz a rapidez e prati-cidade de se apreciar um bom café”.

A Ninfa também tem lança-mentos neste inverno: os biscoi-tos Saldutti, a linha de cartados, macarrão e massa instantânea. Os biscoitos da marca, tanto

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salgados quanto doces (com glacê e leite de coco), são uma boa alternativa para acompan-hamento de cafés, chás e bebi-das quentes com chocolate, as-sim como as massas para sopas e macarronadas.

No ramo de bebidas alcoóli-cas, o gerente Regional-Sul e Canais Especiais da Pernod Ricard, Felipe Assis, visuali-za grandes oportunidades de venda durante a estação para o setor. “No inverno, o con-sumo de vinhos e de destilados aumenta, principalmente o de vinhos. Sempre focamos em

Calendário

Entrevista

visibilidade e ações promocio-nais pontos de venda”, afirma. As marcas de maior giro para a empresa nesta época do ano são Almadén, no vinho, e Natu Nobilis, no whisky. A Pernod Ricard oferecerá algumas em-balagens especiais para Bal-lantine’s e Chivas. Serão três embalagens diferentes de Bal-lantine’s Finest (com dois copos long drink; com balde de gelo; e com garrafa de bolso em aço) e uma embalagem de Chivas 12 anos, com uma carteira de couro.

Marcelo Brauer Zaicovski - Meteorologista do Instituto Tecnológico Simepar

O inverno pa-ranaense Com base em obser-vação preliminar, o Simepar avalia que os “veranicos” têm sido mais freqüentes nos invernos dos últimos cinco anos

Supermix: Quais as car-acterísticas do inverno no Paraná?

Marcelo Brauer Zaicovski (MBZ): O inverno no Paraná é uma estação seca. As chu-vas apresentam distribuição espacial seguindo a trajetória

típica das passagens de siste-mas frontais (frente frias), com a orientação sudoeste-nordeste. Normalmente, as chuvas são acompanhadas de trovoadas e ventos moderados. Os meses de julho e agosto são os mais secos do ano. As temperaturas apresentam forte variação es-pacial – no Norte e Oeste do estado são observadas as mais altas da estação e no centro-sul, as mais baixas.

A estação do inverno é sujeita à formação de geadas em boa parte do estado (com menor incidência no Norte). Os maio-res riscos climáticos de geadas são detectados nas regiões mais altas (municípios de Palmas, Guarapuava e Inácio Martins). Os nevoeiros são típicos, com intensidade e duração direta-mente associadas ao padrão de

tempo predominante na região.Analisando os últimos cinco

anos, nota-se que em grande parte do estado a chuva variou entre abaixo da normal clima-tológica e próxima da normal. As temperaturas acompan-haram esse cenário de tempo mais seco, com os episódios de dias frios sendo mais ocasionais e os veranicos (seqüências de dias com temperaturas mais el-evadas) sendo mais observados durante a estação.

Apesar da data oficial de iní-cio do inverno ser no dia 21 de junho, às 02h43min, as carac-terísticas efetivas da estação já podem ser observadas, de forma ocasional, desde maio. Contudo, a observação de tempo mais seco e temperatu-ras freqüentemente mais baixas acontecem somente a partir da

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segunda quinzena de junho. Então, junho seria o mês de início “real” da estação, pois já mostra, na maior parte das vezes, as condições típicas do inverno.

Supermix: Qual a previsão de clima para os próximos três meses?

MBZ: Para o inverno de 2009, as últimas informações disponíveis indicam que neste ano observaremos uma estação mais próxima das característi-cas normais já conhecidas. Ou seja, os valores médios para o Paraná e mostrados na tabela são os esperados. Um dos fa-tores que pode influenciar o cli-ma numa estação do ano seria a observação dos fenômenos El

Niño ou La Niña. Desde a pri-mavera do ano passado, havia a observação de uma La Niña, com intensidade fraca. Por isso, a distribuição das chuvas du-rante este ano de 2009 está sen-do bastante irregular, inclusive provocando problemas no setor agrícola e desabastecimento em alguns municípios.

O próprio comportamento do outono deste ano mostra que o enfraquecimento da La Niña favorece o retorno lento e grad-ual das condições de normali-dade. A tendência para o res-tante do ano é de manutenção das condições típicas de clima no Paraná. A primavera é uma estação muito mais chuvosa em comparação ao inverno e, de acordo com as últimas informa-ções disponíveis, esta estação

deverá seguir o seu comporta-mento típico.

A estação do inverno é sujeita à formação de geadas em boa parte do estado (com menor incidência no Norte). Os maio-res riscos climáticos de geadas são detectados nas regiões mais altas (municípios de Palmas, Guarapuava e Inácio Martins). Os nevoeiros são típicos, com intensidade e duração direta-mente associadas ao padrão de

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Cobertura da Mercosuper 2009

Negócio responsável marca clima otimista da Mercosuper

O slogan escolhido para a Mercosu-per 2009 – “Negó-

cio Responsável” – traduziu muito bem o espírito do even-to. Primeiramente, reforçou o compromisso do setor su-permercadista e seus fornece-dores com o desenvolvimento sustentável e a adoção de práti-cas ambientalmente corretas. Segundo, o evento foi respon-sável, sim, por números que traduzem a grandeza desta que já se consagrou como a segun-da maior feira supermercadista do Brasil.

Em três dias, o Expotrade recebeu 46 mil visitantes, en-tre supermercadistas, colabora-dores de lojas, representantes da indústria paranaense, e de vários estados brasileiros e do exterior. As negociações real-izadas entre varejo e indústria superaram os números do ano passado e chegaram próximo dos R$ 600 milhões. Foram 260 expositores de alimentos, bebidas, bazar, higiene, limpe-

za, cosméticos, equipamentos e serviços para o varejo.

Os fornecedores capricharam em seus estandes. Trouxeram condições especiais de preço e prazo para negócios realiza-dos durante o evento. Valia de tudo para atrair a atenção dos visitantes: personagens de filmes, apresentações musicais, pequenos shows e, sobretudo um atendimento impecável. O Grupo Zadville chegou a sortear um carro 0 km entre os visitantes que fizeram negócios em seu estande. A presença internacional também esteve mostrando a força do mercado paranaense para o MERCO-SUL. A feira atraiu a presença de cerca de 30 indústrias argen-tinas, que trouxeram suas novi-dades em alimentos e bebidas.

A Mercosuper 2009 gerou 4,5 mil empregos diretos e indiretos em atividades como montagem e assistência aos estandes, limpeza, conservação, vigilância e transporte. A feira só atinge números tão expressivos

e cresce a cada ano graças ao empenho da Apras – Associação Paranaense de Supermercados –, que organiza o evento, e também da colaboração decisiva dos patrocinadores e

apoiadores como: Copacol, Café Damasco, Kraft Foods, Ninfa, Perdigão, Stival Alimentos, SaraLee, AmBev, Buriti, Tetra Pak, RP Informática, SigaCred, Nova Schin, Unilever, Nestlé, Sadia, Melitta, Bombril, Freeart, Frimesa, Chocolates Garoto, Isabela, Invicta, Spaipa, Café Lontrinha, Gomes da Costa, Pernod Ricard, Purity, Qboa, Zaeli, Sindicato do Comércio Atacadista, Gazeta do Povo

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O compromisso com o social ficou claro na atuação, pelo terceiro ano consecutivo, do Apras Mulher, braço social da entidade, que arrecadou junto aos expositores, toneladas de alimentos e milhares de unidades de artigos de higiene e limpeza. As doações foram repassadas ao Hospi-tal Pequeno Príncipe e ao Asilo São Vicente de Paulo.

A responsabilidade ambiental do evento se tra-duziu ainda com a presença da segunda edição da Feira do Complexo Agroindustrial Orgânico e Biotecnologias – Orgânica. O evento reuniu uma mostra de toda cadeia envolvida na filosofia de vida chamada orgânica, com produtos alimentí-cios in natura, produtos processados dentro do conceito orgânico, além de cosméticos, ves-tuário e acessórios feitos com material orgânico. O desfile de moda com grifes sustentáveis e a Orgânica Gourmet foram alguns dos destaques dos três dias da Orgânica 2009. Paralelamente à exposição, os produtores também ficaram fr-ente a frente com supermercadistas no intuito de aumentar a participação nas gôndolas dos supermercados. Foram organizados cem En-contros de Oportunidades unindo produtores de orgânicos e supermercadistas. A Orgânica abrigou ainda o Fórum Internacional da Agro-indústria Orgânica, com palestras que discutiram as vantagens dos orgânicos, o acesso aos mer-cados, as diferenças de aceitação dos produtos naturais e das áreas livres de transgênicos, entre outros aspectos.

O jantar de encerramento da Mercosuper 2009 marcou a posse do Novo Conselho Diretor e Fis-cal da Apras, gestão 2009-2012, presidido por Pedro Joanir Zonta, do Condor Supermercados. A cerimônia realizada no Estação Convention Center apresentou os vencedores do prêmio Top de Categoria 2009, o já conhecido “Oscar” do setor supermercadista paranaense. Durante o ano anterior, os empresários escolhem por vo-tação direta, auditada pela Nielsen, as melhores empresas fornecedoras de produtos e serviços em diversas categorias. Após o jantar, o público acompanhou o show da dupla Fernando & So-rocaba.

Novo Conselho Diretor e Fiscal, gestão 2009-2012

PresidentePedro Joanir Zonta

Membros do Conselho Diretor Luiz Maurício Hyczy Daniel Kuzma João Jacir ZontaMaurício Bendixen da SilvaJosé Eduardo MuffatoEverton MuffatoLuiz Alberto LeãoAlceu BredaAdemar VedoatoNelvir Rickly JuniorPaulo BealCelso Luiz StallSilvio Koltun AlvesCesar Moro TozettoAlceu José Tissi

Conselheiros FiscaisRodolfo Pankratz Haroldo Antunes Deschk Dercio Domingos de Costa João Batista Moreira dos Santos Edson ZamprognaClaudia Maria Dalmora

Presidentes das RegionaisLondrina – Valdecir dos Santos GalhardiPonta Grossa – Sergio JasinskiCascavel – Luciano FabianPato Branco – Vinicius LachmanMaringá – Roberto BurciJacarezinho – Luiz Yoneo UedaCuritiba – Irineu FerrariIrati – Paulo Cesar IvaskoGuarapuava – Daniel Hyczy

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Bazar - Invicta

Café em pó – Damasco Cerveja – AmBev

Equipamentos FastFrio

Frutas, Legumes e Verduras – Cantú

Higiene, Saúde e Beleza – Unilever

Bebidas AlcoólicasPernod-Ricard

Bebidas Não- alcoólicas Kraft

Vencedores Top de Categoria 2009

Carnes – Bertin

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Cobertura da Mercosuper 2009

Leite Asséptico Batavo

Margarinas – Sadia

Papéis – MiliPerecíveis Congelados – Perdigão

Perecíveis Lácteos Batavo

Mercearia Doce - NestléMercearia SalgadaUnilever

Limpeza – UnileverMassa AlimentíciaSelmi

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Perecíveis ResfriadoSadia

Pratos Prontos Congelados – Sadia

Serviço Nota 10SenffNet

Fornecedor Nota 10 Ambev

Refrigerante – Spaipa Serviços – Siga Cred Suprimentos - RR Etiquetas

Pet Shop – Nestlé

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Cobertura da Mercosuper 2009

Lideranças destacam força do varejo paranaense

A cerimônia de abertura da Mercosuper 2009 reuniu lider-anças empresariais, políticas, fornecedores e supermercadis-tas do Brasil e também do ex-terior no auditório principal do Expotrade, em Pinhais. “Negó-cio Responsável”, o tema da 28ª Feira e Convenção Paranaense de Supermercados, demon-strou a consciência do setor su-permercadista paranaense, que é considerado referência nacio-nal em ações de cunho social e ambiental.

A Apras – Associação Pa-ranaense de Supermercados – pratica o discurso de respon-sabilidade social ao estimular, criar e divulgar iniciativas que buscam a qualificação profis-sional, por meio dos cursos de capacitação do Iespar – Insti-tuto Escola Paranaense de Su-permercados. O Apras Mulher, braço social da entidade, pelo terceiro ano arrecadou dezenas de toneladas de alimentos, ma-terial de higiene e de limpeza que foram entregues mais uma vez ao Hospital Pequeno Prín-cipe e ao Asilo São Vicente de Paulo.

A sustentabilidade é outra preocupação da entidade, que vem participando de debates e discussões sobre a legislação vigente em torno da adoção de sacolas oxibiodegradáveis e retornáveis nas lojas. Pelo segundo ano consecutivo, a Mercosuper abrigou a Orgânica – Feira do Complexo Agroin-dustrial Orgânico e Biotecno-logias e Fórum Internacional da Agroindústria Orgânica. “Os orgânicos representam uma postura cidadã para que o Brasil seja um país mais rico e menos desigual, pois 90% dos produ-tores são de micro e pequeno porte”, declarou Lutero Couto, presidente da Orgânica.

O ex-presidente da Apras, Everton Muffato, fez questão de lembrar as parcerias firma-das com o Governo do Estado, que contribuíram para o cresci-mento do setor no estado nos últimos anos. “Levamos ao governador a nossa preocupa-ção com a alta nos preços dos alimentos na metade do ano passado. Pouco tempo depois, o governo lançou uma mini-re-forma tributária, que hoje per-

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Sustentabilidade

Produto Copacol: um ingrediente da responsabilidade empresarial

Consciente de seu papel na construção de um presente e de um futuro melhor para todos, a Copacol (Cooperativa Agroindustrial Consolata), que possui sede em Cafelândia, região Oeste do Paraná, realiza esforços permanentes para preservar o meio ambiente, levar mais qualidade de vida às pessoas por meio da geração de emprego, renda e contribuir com o crescimento pessoal e profissional de toda a comunidade por meio de diferentes projetos sociais ligados à área da educação, meio ambiente, cooperativismo e segurança.São mais de 4,4 mil associados e mais de 6,4 mil colaboradores envolvidos ativamente em seus projetos de sus-tentabilidade, além dos trabalhos voltados para as comunidades pertencentes aos sete municípios onde atua no interior do Estado. E foi com esse propósito que a Copacol foi a primeira empresa do setor agroindustrial do País a assumir o compro-misso com a ONU – Organização das Nações Unidas no ano de 2004, para contribuir com os Objetivos de Desenvolvi-mento do Milênio, que no Brasil foram caracterizados de oito Jeitos de Mudar o Mundo. A Cooperativa incorporou os princípios do Pacto Global ao seu Planejamento Estratégico e reforçou a sua prática de responsabilidade empre-sarial com a criação do Projeto DNA Copacol 1/40/5, que contribuiu para nortear o aumento do seu faturamento, a recuperação de 40 rios e o desenvolvimento de projetos sociais envolvendo mais de 5 mil crianças até o final de ano de 2008, quando completou 45 anos.A busca pelo desenvolvimento sustentável também serviu como base para que, no ano passado, a Copacol se fortalecesse em seus negócios e evidenciasse mais uma vez o seu pioneirismo com a inauguração do Abatedouro de Peixes, que tanto oportunizou outra geração de renda e diversificação das propriedades das famílias no campo, como também uma opção a mais de produtos derivados de tilápia para os consumidores de todo o país. Com o abate de 10 toneladas de tilápia ao dia, a carne de peixe Copacol hoje é comercializada de diferentes maneiras: filé in natura, costelinha temperada e empanada, filé temperado defumado, filé eviscerado e isca temperada e empanada. Aliado a esta proposta de crescimento, a Copacol também investiu na ampliação e modernização do Abatedouro de Aves, que permitiu o aumento do abate para 300 mil aves ao dia e deu uma nova roupagem aos produtos em-butidos, como salsichas, mortadelas, lingüiças, salsichões, além de lançar novos produtos nessa linha e de outras como a “Especialidades Do Chef”.Portanto, todas as ações na Copacol de melhoria do desempenho econômico estão diretamente relacionadas a conduta ética nos negócios, ao fortalecimento dos associados no campo, à geração de emprego e renda na cidade, ao desenvolvimento dos municípios de sua área de atuação e principalmente, à elaboração e à comercialização de produtos com reconhecido sabor e da mais alta qualidade, em que o principal ingrediente é a responsabilidade empresarial.

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Cobertura da Mercosuper 2009

mite a redução média de até 7% no preço final de 95 mil itens nas gôndolas dos supermerca-dos, por meio da redução das alíquotas de ICMS. São R$ 380 milhões a mais que estão aque-cendo a economia paranaense neste momento”, lembrou.

O presidente da Abras – Asso-ciação Brasileira de Supermer-cados –, Sussumo Honda, apre-sentou um cenário bastante otimista do setor supermer-cadista nacional – melhor que a média nacional. De acordo com ele, em 2008 o faturamento real do setor foi 9% superior ao ano anterior. A projeção de cresci-mento para 2009 é de 4% a 5%. Ao todo, o setor emprega 900 mil funcionários em 75 mil lo-jas. “O salário mínimo teve uma recomposição de 12%, o que aumenta a massa salarial. E, no Paraná, os preços foram re-duzidos graças à mini-reforma tributária, uma iniciativa que serve de exemplo para todos os estados”, destacou. De acordo com Honda, o otimismo não deve impedir uma visão realista do momento. “Vamos manter um olho no caixa – para não dependermos do setor finan-ceiro – e outro nas despesas. O momento é de cortar custos”, alertou. Segundo Honda, ne-nhum setor da economia pode tomar decisões hoje em dia sem levar em conta as neces-sidades de seus consumidores. Citou como exemplo a portabi-lidade na telefonia móvel e nos planos de saúde. Disse ainda

que pesquisas recentes junto a clientes de supermercados respaldam a abertura das lojas aos domingos. “A posição da Abras é pela possibilidade da abertura aos domingos. Somos parte de um conjunto de forças onde qualquer decisão precisa ser mais ampliada para garantir a nossa competitividade”.

O governador Roberto Requião fez uma ampla análise histórica das raízes da crise fi-

nanceira. Lembrou da prosperi-dade americana no pós-Guerra, que levou aquela nação a se apropriar das inovações tec-nológicas e científicas da hu-manidade, tendo como resul-tado uma grande lucratividade em cima de países produtores de commodities, como o Brasil. “Como o dinheiro acumulado não correspondia ao salário dos trabalhadores americanos, o setor financeiro teve que es-

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timular o consumo por meio de empréstimos. Vieram as dívidas e o resultado foi o que estamos assistindo”, analisou. Requião lembrou que o Paraná já vinha tomando medidas preventi-vas, como a eliminação dos impostos para microempresas, redução para as pequenas e o estabelecimento de tarifas soci-ais de energia e água. “Estamos eliminando a pressão fiscal para aumentar o poder aquisitivo dos assalariados”, garante. So-bre a diminuição das alíquotas de ICMS, o governador alertou que as empresas não devem tentar obter lucros maiores em cima das vantagens fiscais. “O mercado só cresce se o poder

aquisitivo de todos crescerem. Os supermercados que efetiva-mente reduziram seus preços estão ganhando. Quem não di-minuiu ficará com a imagem de empresa cara”. De acordo com Requião, o governo continua enfrentando os transgênicos, “pois não podemos correr o ris-co de ter as sementes e a água dominadas por duas ou três multinacionais”, conclui.

“O mercado só cresce se o poder aquisitivo de todos

crescerem. Os supermercados que efetivamente

reduziram seus preços estão ganhando. Quem não

diminuiu ficará com a imagem de empresa cara”

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Cobertura da Mercosuper 2009

Os argentinos e nós

Pelo segundo ano consecutivo, a Argentina esteve representada na Mercosuper, por meio de um grupo de empresas trazidas pelo

Consulado da Argentina no Paraná. Em 2009, participaram da feira 19

empreendimentos, de diferentes áreas de negócio, entre elas panificação,

frutas secas, azeites de oliva, vinhos, guloseimas, alfajores e cosmética.

“Trouxemos empresas sólidas para fazer negócios consistentes no Brasil.

Precisamos trabalhar para eliminar, cada vez mais, as fronteiras entre nossos

países”, disse o Cônsul da República da Argentina, Hector Gustavo Vivacqua.

De acordo com o Consulado da Argentina em Curitiba, o Brasil é o

primeiro destino das exportações argentinas, sendo que em 2008 a

quantia foi de mais de 13 bilhões de dólares. Se o Paraná fosse um país,

ele estaria em 11º lugar no destino das exportações, contabilizando mais de 1,3 bilhão de dólares, e estaria na 7ª posição

entre os países fornecedores, com 1,5 bilhão de importações à Argentina em

2008. “Já temos vínculos fortes, mas temos campo para expansão”, afirma Vivacqua. Adrian Badino, das marcas

argentinas Cheritier (guloseimas) e Bessone (cevada solúvel), acredita

neste campo para maior integração comercial. A Bessone já exporta para

Uruguai, Bolívia, Chile, Peru, México, entre outros países das Américas, África

do Sul e Comunidade Européia. “Os contatos que estamos fazendo na feira

são ótimos”, afirma Badino.

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Declarações sobre a Mercosuper 2009

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“Estivemos na Mercosuper pela primeira vez em 2008 e repetimos a participação em 2009, pois percebemos o diferencial em estar presente na feira”. (Carlos Roberto Manoel)

“O evento foi surpreendente. Destes cinco anos que participamos da Mercosuper, esta foi a melhor edição.

Fizemos bons contatos e ótimos negócios. A feira se traduziu em vendas de produtos”.

(Luiz Claudio dos Santos)

“O objetivo é fortalecer ainda mais a nossa atuação no mercado paranaense. Estamos crescendo junto com a feira e ajudamos a promovê-la, convidando nossos clientes”. (Antonio Aurélio de Araújo)

“Achamos muito interessante a experiência do ano passado, principalmente no pós-feira, e resolvemos voltar, ampliando

o estande, que deve ser ainda maior ano que vem”. (Marcio Gonçalves)

“A feira é uma ótima oportunidade para divulgar os produtos aos clientes e formadores de opinião do setor, além de manter a visibilidade da marca e estreitar o relacionamento com o cliente”. (Iverson Schraiber)

“Esta é a nossa primeira vez na Mercosuper e achamos a feira muito interessante. Fechamos contratos e fizemos

ótimos contatos com os supermercadistas do Paraná e Santa Catarina”.

(Rossella S. da Silva)

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“A Mercosuper é uma ótima oportunidade para fazer contato com os clientes e rever os amigos. Tivemos ótima visitação, principalmente dos estados do Paraná e de Santa Catarina”. (Alberto Gura)

“É uma boa oportunidade para divulgar a marca e estreitar relacionamentos. Os negócios costumam acontecer depois da feira”. (Everson Lugarezi)

“O evento está ótimo, a visitação e as vendas cresceram bastante em relação ao ano passado. O segundo dia, por exemplo, foi muito bom para negócios”. (Norberto dos Santos)

“A Mercosuper é uma ótima oportunidade para atingir mais parceiros. “Mesmo em meio à crise e em véspera de feriado, a feira está muito boa, superou as expectativas, recebemos visitas de vários lojistas grandes”. (Darlene Stanski)

“Este é um incentivo para o cliente vir ao evento e fazer bons negócios. Além disso, a feira é uma ótima

oportunidade de nos aproximarmos do cliente e fortificarmos a parceria e a amizade”.

(Gilmar José Borscheid)

“Nosso objetivo na feira é mostrar a evolução constante da empresa e da nossa linha de produtos. Além de estreitar

relacionamento, principalmente com os clientes do Paraná, mas também de Santa Catarina, que vieram maciçamente ao

evento”. (Jair Meyer)

“Estamos muito felizes com o resultado e satisfeitos com o investimento. Desde a primeira vez que participamos da feira, as

vendas do grupo praticamente dobraram no estado do Paraná, e isso tem muita contribuição da Mercosuper. É o lugar ideal para estreitar

o relacionamento com os clientes, apresentar produtos e fechar negócios”. (Argemiro Gilberto Silveira Santos)

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Cobertura da Mercosuper 2009

Garra e disciplina: as lições de sucesso de Oscar Schmidt

O que tornou o jogador o grande nome do bas-quete nacional, que levou o Brasil a bater os Es-tados Unidos no Pan Americano de 87? Sorte, talento nato? “Tem gente que dizia que era sorte eu acertar alguns lances. Sorte? Eu treinava como louco”. Obstinado pelo desejo de se tor-nar o maior jogador do mundo – “era isto que eu queria” –, Oscar hoje trabalha sintetizando em uma palestra de quase duas horas o que é indispensável para atingir o êxito: os valores es-senciais. Despojado, dinâmico, bem-humorado e “combativo”, um verdadeiro jogador em ação. No palco, o grande talento do basquete brasileiro abriu a programação de palestras da Mercosuper 2009, para um auditório completamente lotado.

Lembrando de como começou, das opções que fez, do apoio que teve, da infinita persistência e daquilo que sempre esteve dentro dele – a paixão pelo basquete –, Oscar aponta cinco valores que julga indispensáveis para um vencedor: visão, decisão, time, obstinação e paixão. “Nem todos irão se tornar campeões de Pan Americano ou de grandes campeonatos, mas há muitas vitórias a serem ganhas”. Mostrando um vídeo de meni-nos de Ponta Porã (MS), que começaram a trein-ar em uma quadra de cimento improvisada pelo técnico, com tabelas feitas com duas metades de uma porta velha, ele sentencia: “você pode fazer o que quiser se quiser de verdade”.

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Visão: Decisão:

Time:

Paixão:

Obstinação: “Tem gente que confunde

sonho com visão. Não adianta ficar sonhando. Visão é sonho com trabalho”. Oscar lem-brou de quando, ainda mui-to novo, jogou por três anos em uma quadra de cimento e tabelas de madeira. Mesmo em condições inapropriadas para o esporte, não havia o que o desestimulasse. Um co-lega de treino em Brasília, de onde vem o craque, disse a Oscar que para ele se tornar um grande jogador, precisava dormir com a bola... Conta Oscar que, além de treinar in-cansavelmente, literalmente dormiu com uma bola por três meses.

“Joguei em grandes times e juntos, em ação, tivemos grandes vitórias... O melhor time da minha vida foi o que formei com minha esposa, que me deu todo o apoio para a maratona de treinos”.

“Para mim, é o que há de mais importante para se ter sucesso”.

“Tem alguém que vai dizer a você se realmente está fazendo tudo o que precisa para atingir seu objetivo. Não é o técnico, nem seu pai. É a sua consciên-cia”. Quanto mais Oscar trein-ava, mais disse ganhar ousadia para fazer as coisas. “Eu pen-sava o tempo todo em como ia agir em cada situação de blo-queio que um jogador pudesse me fazer. Quanto mais eu me preparava, mais me sentia pron-to e seguro para fazer lances ousados”.

“Um dia eu decidi jogar bas-quete. Eu decidi ir de Brasília para São Paulo porque achei que era melhor, e em dois anos estava na seleção brasileira. É preciso tomar decisões”. Ao perceber que era o que queria, Oscar decidiu jogar basquete. “Tomei esta decisão e fui em frente. Não adianta fingir que gosta e que quer algo. É preciso querer de verdade, decidir e ir em frente”.

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Cobertura da Mercosuper 2009

Perspectivas para a economia brasileira

Para o economista Maílson da Nóbrega, a crise mundial apresenta três aspectos. O primeiro deles é que o colapso do

sistema financeiro mundial foi afastado. Nenhum governo responsável permite que o sistema fi-nanceiro quebre, pois o sistema de pagamentos dos bancos é a seiva de todo o sistema financeiro. Até o final do século XVII, os bancos financiavam reis e suas guerras expansionistas. Daí em diante eles passaram a financiar empresas. Esse sistema fez nascer a revolução industrial, que antes foi construída em cima da revolução do crédito.

Outro risco afastado é o de depressão, situa-ção na qual o PIB – Produto Interno Bruto – cai muito em função da deflação, quando os preços caem continuamente, fazendo com que os con-sumidores esperem para comprar, uma vez que mais adiante os preços poderão cair ainda mais. A deflação é perigosa, leva tempo para sair deste estágio e os empresários evitam investir.

O terceiro ponto da crise é que ela fez surgir países emergentes como Brasil, China, Índia, Rússia, Colômbia, Chile, África do Sul e Coréia. Até o século XV o mundo era asiático, domina-do, sobretudo por China e Índia. No século XX, os Estados Unidos substituíram a Inglaterra como potência mundial e garantiram sua hegemonia com o fim do comunismo. O momento atual é dos países emergentes e democráticos, que con-duzem gestões macroeconômicas responsáveis. Em 2007, essas nações foram responsáveis por dois terços do crescimento mundial.

Mas a crise atravessou o Atlântico e chegou até o Brasil. Não é uma “marolinha” como definiu o presidente Lula. É uma onda, visível na desacel-eração da economia. O governo reagiu bem ao utilizar as reservas internacionais para restabel-

ecer as linhas de crédito. O Banco Central tem sido impecável ao diminuir as taxas de juros e reduzir os compulsórios. Já o Ministério da Fa-zenda anda meio confuso, reage de formas ques-tionáveis, como no caso da substituição do presi-dente do Banco do Brasil.

O governo diminuiu o superávit primário para poder gastar mais. É um gasto público que com-pensa os gastos primários com a contenção do consumo. O ideal é gastar agora em despesas temporárias e investir em infraestrutura. O gov-erno errou ao liberar dinheiro para os municípios via Fundo de Participação dos Municípios. Quan-do a receita voltar a subir com o crescimento, os políticos vão promover uma farra de gastos.

O desafio do Brasil neste momento é se pre-parar para um novo papel no mundo. O G-20 passa a ser a nova configuração de poder, no lugar do G-7. Brasil, China e Índia são agora atores globais, e não mais coadjuvantes. Por que o Brasil conquistou este status? Porque se tornou mais resistente com o seu sistema financeiro só-

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lido – graças ao programa de ajuda aos bancos dos anos 90 – e a estabilidade econômica.

Cambio flutuante, Banco Central autônomo, inflação baixa e sob controle formam um ambi-ente favorável para a diminuição dos juros. Até o final do ano, o Brasil estará mais estável que agora. Nossas reservas internacionais são maio-res que a dívida externa. A União é credora em termos de mercado internacional. Temos um dé-ficit sustentável em conta corrente. O presidente Lula convenceu a população de que isso é méri-to exclusivo dele. É, na verdade, um conjunto de contribuições de vários governos, inclusive dos militares. O presidente sabe que estabilidade é sinônimo de popularidade.

O ano de 2009 ainda será de ajustes e incerte-zas. Vai levar mais uns dois ou três anos para que os Estados Unidos voltem ao mesmo nível de crescimento apresentado em 2007. Ao longo do ano, a taxa de câmbio vai se valorizar, devendo ficar entre R$ 2,00 e R$ 2,10. Quando esta crise passar, ficará claro para o mundo que o Brasil tinha um risco menor que se esperava. Haverá um grande fluxo de recur-sos para o país, pois a imagem será de uma nação mais resistente que as outras.

O pior da crise já começou a passar. Haverá mais recursos para países emergentes. As commodities vão deixar de se desvalorizarem. A inflação deverá fechar o ano abaixo da meta. Há espaço para a queda de juros. O crédito deve se normalizar no segundo semestre. Não há risco de um terceiro mandato para o presidente Lula. Independente de Serra ou Dilma ganharem as eleições, ninguém muda a política econômica. Em 2010, vamos ter a quarta eleição presidencial consecutiva com as mesmas regras do jogo, uma estabilidade política que é uma grande novidade. As taxas de juros reais deverão ser de 4.5%, equivalentes as de outros países emergentes, o que será muito posi-

tivo para o mercado. Mas o que pode dar errado? Se a crise nos Estados Unidos piorar, a recessão pode se prolongar, o que levaria aquele país a adotar medidas protecionistas e contribuir para a depressão mundial. O agravamento da crise no Brasil poderia aumentar as pressões políticas por medidas inconseqüentes, sobretudo em relação ao crédito.

Há razões de sobra para manter o otimismo. O mundo ocidental começou a ficar rico no final do século XIX. Até aí, a América Latina era mais rica que os Estados Unidos. Tanto a Inglaterra quanto os EUA fizeram transformações radicais para se transformarem em potências mundiais. A principal delas foi o direito à propriedade, uma segurança jurídica para que os governos não destruam os negócios e os contratos sejam respeitados. Esta situação evoluiu para o mod-elo que combina democracia com economia de mercado. No Brasil existe uma ideia muito pre-

sente de que o governo perdeu o poder para fazer o que bem en-tende. Apesar de falhas e problemas de corrup-ção, a democracia está consolidada como um valor. Há um ambiente que permite o debate de ideias. O Judiciário, apesar de lento e com-plexo, é independente.

As instituições econômicas são fortes. A Lei de Responsabili-dade Fiscal criou regras para gastos públicos, ob-rigando União, estados e municípios a prestarem contas. O Banco Central tem independência para tomar decisões sobre taxas de juros. A sociedade brasileira não tolera mais inflação. A imprensa é livre, investigativa e não depende do governo para cumprir sua função de informar. O governo hoje não pode fazer o que quer. Precisa de au-torização do Congresso e está sob controle de duas forças sociais: o voto e o mercado. O Bra-sil se descolou do populismo latino-americano e caminha para consolidar, ainda que lentamente, seu sistema capitalista.

“O ano de 2009 ainda será de ajustes e incertezas, mas o pior da crise já começou a passar. Há razões de sobra para se manter o otimismo”.

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Cobertura da Mercosuper 2009

Um novo tempo de vendas e atendimento

Mais de dois milhões de pessoas já assisti-ram palestras de Alfredo Rocha, especialista na área de motivação empresarial com ampla atu-ação em todo país e responsável pela palestra de encerramento da Mercosuper 2009, falando para um auditório atento e lotado. Há 14 anos, se lançou neste nicho de mercado, falando de temas comuns à dinâmica corporativa para platé-ias heterogêneas, compostas desde o presidente da empresa ao técnico operacional.

“Eu não sou o dono das ideias que irei apresen-tar. Sou apenas organizador e intérprete”, inicia sua palestra. Rocha desenvolve sua explanação alertando sobre a necessidade de ação que os momentos de crise exigem e a permanente im-portância de se reinventar, aceitando e sugerindo o novo. “A vida é assim, um sobe e desce. Já vivemos crises anteriormente e esta não será a última”.

É preciso dar valor à criatividade que nasce dos momentos difíceis. Jamais deixar de lado os funcionários, clientes e concorrentes. “Não podemos nunca esquecer destas pessoas, pois o negócio depende delas”. “A imprensa noticia o que há de ruim; o que está em seu curso certo e normal não é notícia. Então, não podemos nos influenciar por notícias ruins. É preciso ir por outro caminho.”

Sobre a reação às mudanças propostas no am-biente de trabalho, é necessário ser flexível a elas. Muitos dizem, “vai mudar, vai sobrar para o meu lado” ou “vai ficar pior ainda”. Rocha alerta: é preciso mudar “numa boa”. E cita Dom Elder Câmara: “feliz de quem consegue entender que é preciso mudar sempre, para continuar sendo sempre o mesmo”.

Para vender mais, é preciso vivenciar a inova-ção. A fórmula para perder mercado e receita:

“fazer as mesmas coisas, sempre do mesmo jei-to”. É preciso saber avaliar a melhor forma de agir. Às vezes, é melhor reduzir do que ampliar o

“É preciso dar valor à criativi-dade que nasce dos momen-tos difíceis e jamais deixar de lado os funcionários, clientes e concorrentes, pois o negócio depende deles. Não podemos nos influenciar por notícias ruins. É preciso ir por outro caminho”.

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Formação de preços: é preciso conhecer bem o cenário tributário

negócio. E sim, em alguns casos é preciso fechar e começar um novo ciclo. Cuidado com as men-tiras de mercado do tipo “não tem cliente” ou “ninguém tem dinheiro” e atenção a um fato: a necessidade de compra é racional, mas a decisão é emocional. “E quem manda na compra é quem tem a informação, não necessariamente quem tem o dinheiro”. Crianças e jovens, mulheres e pessoas da melhor idade são mercados em ex-pansão.

Hoje, há 22 milhões de brasileiros a caminho dos cem anos e 30 mil com mais de cem anos. E fica sempre o alerta: atenção às mulheres. “Su-permercado que não agrada às mulheres fecha”. “Agora, e cada vez mais, temos a poderosa classe C, que somam 100 milhões de pessoas. É pre-ciso estar ligado aos diversos nichos de mercado. Por exemplo: o público homossexual”.

O complexo e extenso modelo tributário brasileiro oferece apenas uma alternativa aos su-permercadistas para estabelecer a estratégia de preços de seus produtos: conhecê-lo bem. Uma platéia lotada e atenta ouviu as orientações do economista José Carlos Souza Filho, na pales-tra “Análise de custos e formação de preços dos compradores”, no segundo dia da Mercosuper 2009.

Souza abordou temas essenciais na área de trib-utos, falando sobre a realidade tributária brasilei-ra, a formação do preço financeiro, substituição tributária e guerra fiscal. Hoje, existem no Brasil 76 tributos, dos quais 15 são impostos, 33 con-tribuições e 28 taxas. “Não acredito que haverá uma reforma tributária tão cedo no Brasil, mas as

últimas mudanças no Simples Nacional apontam um caminho que beneficia a economia”, afirma.

Para não ser surpreendido com más negocia-ções e tomada de decisão, Souza alerta para a necessidade de entender os tributos, que podem ter natureza acumulativa, progressiva, por exem-plo, com alta participação dos tributos indiretos no montante da arrecadação. “As diferenças de tributação entre os Estados têm impacto direto nos preços. Cada um tem uma política própria e é preciso analisar bem quando se compra em lugar e se vende em outro”.

Novos eventos sobre a substituição tributária• Alguns produtos estão sendo excluídos das listas de alguns estados;• Novos produtos estão sendo incluídos sem que tenha havido consenso no CONFAZ; • Situação de produtos em ST tende a se tor-nar mais complexa; • Nos medicamentos e perfumaria já existe a ST para PIS e COFINS com alíquotas diferen-ciadas (2,2% de PIS e 10,3% de COFINS).

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Cobertura da Mercosuper 2009

“Eficiência em logística é indispensável no setor supermercadista”

“O grande papel dos supermercados é a distri-buição. Ele retira os produtos da indústria e os dissemina, de forma eficaz e rentável, para os clientes. Para isto, precisa definir sua estratégia de sortimento”. No segundo dia da Mercosuper, em “Gestão de operação e logística”, o professor Lemílson Almeida ressaltou o essencial papel da logística no varejo. “A maior dificuldade é racio-nalizar o equilíbrio entre o que se compra e o se vende”, diz.

“Nunca conheci, mesmo entre os grandes, uma empresa 100% satisfeita com sua logística”. De acordo com Almeida, mesmo aqueles que têm um processo bem delineado, sempre buscam melhorar. O planejamento de compra e a vazão que se dá a isto têm influência direta no sucesso do negócio. “Todos os custos precisam ser con-tabilizados, dos menores aos maiores. Quanto custa para fazer a nota fiscal? É preciso contabili-zar absolutamente tudo”.

Recomendações para o pequeno varejo supermercadista

Nota Fiscal Eletrônica

A partir do dia 1º de setembro de 2009, precisarão estar adequados ao sistema eletrônico da Receita Federal:

• Ter um diferencial competitivo;• Implantar uma ERP para gestão dos processos;• Treinamento de pessoal;• Estratégia de sortimento e gerenciamento de fornecedores;• Cooperar com a indústria.

A nota fiscal eletrônica (NF-e) entrou em operação em 2005 com o objetivo de fazer uma alteração na sistemática atual de emissão da nota fiscal em papel por nota fiscal de ex-istência apenas eletrônica. O projeto da Re-ceita Federal, que em 2009 se estende para novos setores da economia, afetando o setor supermercadista, foi o tema da palestra de Hayrne Salvanha, assessor de Soluções de Negócios da GS1 Brasil.

XL - fabricantes de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal;

XLI - fabricantes de produtos de limpeza e de polimento;

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XLII - fabricantes de sabões e detergentes sin-téticos;

XLIII - fabricantes de alimentos para animais;XLIV - fabricantes de papel;XLV - fabricantes de produtos de papel, carto-

lina, papel-cartão e papelão ondulado para uso comercial e de escritório;

XLVI - fabricantes e importadores de compo-nentes eletrônicos;

XLVII - fabricantes e importadores de equipa-mentos de informática e de periféricos para eq-uipamentos de informática;

XLVIII - fabricantes e importadores de equipa-mentos transmissores de comunicação, peças e acessórios;

XLIX - fabricantes e importadores de aparelhos de recepção, reprodução, gravação e amplifica-ção de áudio e vídeo;

L - estabelecimentos que realizem reprodução de vídeo em qualquer suporte;

LI - estabelecimentos que realizem reprodução de som em qualquer suporte;

LII - fabricantes e importadores de mídias vir-gens, magnéticas e ópticas;

LIII - fabricantes e importadores de aparelhos telefônicos e de outros equipamentos de comu-nicação, peças e acessórios;

LIV - fabricantes de aparelhos eletromédicos e eletroterapêuticos e equipamentos de irradiação;

LV - fabricantes e importadores de pilhas, bate-rias e acumuladores elétricos, exceto para veícu-los automotores;

LVI - fabricantes e importadores de material elétrico para instalações em circuito de consu-mo;

LVII - fabricantes e importadores de fios, cabos e condutores elétricos isolados;

LVIII - fabricantes e importadores de material elétrico e eletrônico para veículos automotores, exceto baterias;

LIX - fabricantes e importadores de fogões, re-frigeradores e maquinas de lavar e secar para uso domestico, peças e acessórios;

LX - estabelecimentos que realizem moagem de trigo e fabricação de derivados de trigo;

LXI - atacadistas de café em grão;LXII - atacadistas de café torrado, moído e

solúvel;

LXIII - produtores de café torrado e moído, aromatizado;

LXIV - fabricantes de óleos vegetais refinados, exceto óleo de milho;

LXV - fabricantes de defensivos agrícolas;LXVI - fabricantes de adubos e fertilizantes;LXVII - fabricantes de medicamentos ho-

meopáticos para uso humano;LXVIII - fabricantes de medicamentos fitoterá-

picos para uso humano;LXIX - fabricantes de medicamentos para uso

veterinário;LXX - fabricantes de produtos farmoquímicos;LXXI - atacadistas e importadores de malte

para fabricação de bebidas alcoólicas;LXXII - fabricantes e atacadistas de laticínios;LXXIII - fabricantes de artefatos de material

plástico para usos industriais;LXXIV - fabricantes de tubos de aço sem cos-

tura;LXXV - fabricantes de tubos de aço com cos-

tura;LXXVI - fabricantes e atacadistas de tubos e

conexões em PVC e cobre;LXXVII - fabricantes de artefatos estampados

de metal;LXXVIII - fabricantes de produtos de trefilados

de metal, exceto padronizados;LXXIX - fabricantes de cronômetros e relógios;LXXX - fabricantes de equipamentos e instru-

mentos ópticos, peças e acessórios;LXXXI - fabricantes de equipamentos de trans-

missão ou de rolamentos, para fins industriais;LXXXII - fabricantes de máquinas, equipamen-

tos e aparelhos para transporte e elevação de car-gas, peças e acessórios;

LXXXIII - fabricantes de aparelhos e equipa-mentos de ar condicionado para uso não-indus-trial;

LXXXIV - serrarias com desdobramento de madeira;

LXXXV - fabricantes de artefatos de joalheria e ourivesaria;

LXXXVI - fabricantes de tratores, peças e acessórios, exceto agrícolas;

LXXXVII -fabricantes e atacadistas de pães, biscoitos e bolacha;

LXXXVIII - fabricantes e atacadistas de vidros

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Cobertura da Mercosuper 2009

planos e de segurança;LXXXIX - atacadistas de mercadoria em geral,

com predominância de produtos alimentícios;XC - concessionários de veículos novos;XCI - fabricantes e importadores de pisos e

revestimentos cerâmicos;XCII - tecelagem de fios de fibras têxteis;XCIII - preparação e fiação de fibras têxteis;

Provocando uma mudança radical no processo de emissão de nota fiscal, o novo modelo reduz o número de etapas para menos da metade. O fluxo da nota em papel compreende diversos passos (impressão de vias, arquivo, digitação, captura, etc.) até chegar a seu destino final. Por meio do meio eletrônico, há apenas três passos (ERP ou faturamento para nota fiscal eletrônica destinatário e fisco, destino, etc.). A NF-e sub-stitui a Nota Fiscal Modelo 1 e 1-A em todas as hipóteses previstas na legislação em que estes documentos possam ser utilizados. Inclui Nota Fiscal: Entrada; Saída; Operações de importação; Operações de exportação; Operações interestad-uais; Operações de simples remessa; Nota Fiscal Serviços Telecomunicações e Conta de Energia Elétrica (em SP); Transferência, por exemplo.

Alguns benefícios da NF-e

• Redução de custos de impressão, aquisição de papel/formulário contínuo, envio de docu-mento fiscal;• Simplificação de obrigações acessórias (dis-pensa de AIDF);• Eliminação de digitação de notas fiscais na recepção de mercadorias;• Diminuição da sonegação e aumento da ar-recadação sem aumento de carga tributária; • Redução do Custo Brasil e aperfeiçoamento do combate à sonegação.

Prevenção de perdas: lucratividade e responsabilidade social

Uma palestra em dois tempos: primeiro, o que significam as perdas no setor supermercadista e, segundo, como pequenas ações do dia-a-dia in-fluenciam o mundo onde vivemos. George Stein, professor do Provar – Programa de Administra-ção do Varejo – discorreu sobre perdas, lucro e responsabilidade social na Mercosuper 2009. Surpreendeu a todos com o olhar ampliado que colocou sobre o simples fato da queda de uma caixa de ovos.

Perda é tudo aquilo que gera algum impacto negativo no negócio. Para eliminá-la ou amenizá-la é preciso controle e, principalmente, proteção total sobre qualquer tipo de dano. Gerenciar este preceito tem a ver com vários aspectos do uni-verso supermercadista: faturamento, caixa, mer-cadorias, suprimentos, equipamentos, informa-ção, reputação... Mas somente este foco ainda é pouco. É preciso uma visão mais crítica do as-sunto. Antes de qualquer coisa, é necessário que a empresa se posicione claramente sobre o que é certo e o que é errado em relação ao manuseio e às práticas.

abemos que há ambientes nos quais o que é certo e o que é errado está muito claro na men-te das pessoas. No entanto, há lugares onde, se fizermos um traço em uma folha de papel di-vidindo estas duas “condutas”, existem ações que colocadas no lado do “certo” irão ficar muito próximas da linha divisória. Tão próximas que tornam esta linha até um pouco “abaulada” para o lado “ruim”, apesar de não estarem, declarada-mente, nesta categoria.

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Quando há a queda de uma dúzia de ovos:

• Do ponto de vista do meio ambiente, são 135 litros de água (necessários para a produção deles) que se perderam;

• Do ponto de vista social, uma família sem um componente nutritivo de re-feição básica;

• Do ponto de vista econômico, é uma dúzia que não será vendida e que não vai gerar receita.

Para não ficar neste ambiente de exceções e subjetividade, é muito importante a empresa ter definidos e amplamente divulgados seus valores, visão, missão e códigos de conduta. O cenário hoje é muito diferente daquele existente até a década de 1990. Atualmente, com a economia aberta, a concorrência externa é muito maior. É preciso ter ganhado na operação para eliminar as perdas. O índice de perdas no setor supermer-cadista subiu de 1,97%, em 2006, para 2,5% em 2007. É bem maior que o ramo de materiais de construção – 1,46% em 2007 –, e vestuário – 0,69%. Entre os principais problemas identifica-dos estão a falta de gerenciamento de perdas e incentivo dos funcionários.

Ao mesmo tempo, o mundo consome 30% a mais dos recursos naturais que a natureza pode prover. 66% das pessoas não têm saneamento básico, 51% não têm água potável, 34% são sub-nutridos. O desenvolvimento sustentável, que ganhou peso nos últimos anos, propõe a ideia de que precisamos atender nossas necessidades sem comprometer o ambiente para as novas ge-rações. É preciso reduzir, reutilizar, reciclar. Pen-sar no meio ambiente, na sociedade, e na eco-nomia.

Gerenciamento de Categorias: mudanças afetam base da atividade econômica

Precisamos ver os consumidores com novos olhos. Eles querem ser reconhecidos como pes-soas, como indivíduos. Eles se agrupam em esti-los de vida, nos quais a distância física foi aboli-da. Eles querem ser únicos, mesmo que este seja o grupo ao qual pertencem. As novas tecnolo-gias contribuíram para o excesso de informação: temos acesso a tudo que acontece, mas de forma superficial.

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Mudanças profundas afetaram a base da ativi-dade econômica. O Brasil está se transformando de uma economia baseada no agronegócio para uma baseada em serviços, em um cenário onde tudo se torna mais abstrato e menos tangível. Hoje, se comercializam conceitos e benefícios, não apenas produtos. As taxas de fecundidade diminuíram, afetando a estrutura familiar. A população vive mais, abrindo espaço para ali-mentos mais saudáveis. Com a Internet, não é raro consumidores irem à loja mais bem infor-mados que os vendedores. Para cada categoria de produto, há cerca de 460 itens nas gôndolas, que não são elásticas. Há mais opções de escol-ha do que realmente precisamos. Ninguém usa todos os recursos do celular ou do computador. No varejo, todos competem com todos: droga-rias, supermercados, lojas de conveniência. O consumidor quer apenas que seu problema seja resolvido, não importa onde.

O maior desafio é criar uma estratégia nesse cenário mutável e competitivo. O consumidor é rei porque tem nas mãos o poder de escolha. Ele exige o que, a hora, o tamanho, onde e o preço que está disposto a pagar. Mas nós sabemos o que ele espera do concorrente? E como os con-sumidores percebem o meu negócio? Aumentar o ticket médio e a freqüência implica em mudar toda a operação e o layout da loja. Mas como se destacar e simplificar a vida dos consumidores que tem cada vez menos tempo? Organizando as opções de escolha e as tornando acessíveis, guiando os clientes em seu processo de decisão.

O caminho passa pelo gerenciamento de cat-egorias (GC). Não é um software, não tem um único formato, não é conjunto de relatórios, como se costuma imaginar. É um processo de cooperação entre varejo e indústria, é a gestão da categoria de produtos ou serviços como uma unidade estratégica de negócios. O GC integra funções e faz com que todos os departamentos da empresa olhem para o cliente, ao invés de cada um continuar olhando para seu umbigo.

Quatro etapas são seguidas para a implementa

“Para implementar um geren-ciamento de categorias são

necessárias quatro etapas. A primeira é a definição da catego-

ria, em que se estuda a lógica do consumidor na tomada da

decisão no ponto-de-venda. Em seguida verificam-se os hábitos

e atitudes deste consumidor, estabelece-se o papel da cat-

egoria e finalmente o processo é implantado e avaliado”.

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Cobertura da Mercosuper 2009

ção do GC. A primeira é a definição da catego-ria, em que se estuda a lógica do consumidor na tomada da decisão no ponto-de-venda. Em seguida verificam-se os hábitos e atitudes deste consumidor, estabelece-se o papel da categoria e finalmente o processo é implantado e avaliado.

O varejista é quem deve dar o tom geral, as metas financeiras e os objetivos do GC. O for-necedor, que conhece muito bem a categoria, deve se esforçar para compreender a estratégia do varejista e apoiar o planejamento. É impor-tante refletir sobre alguns pontos essenciais ao sucesso do GC: que razões o consumidor tem para vir à minha loja? O que me difere da concor-rência? O que o consumidor percebe no PDV?

O que é necessário levar em conta para o processo? Primeiro, estudar as tendências do con-sumidor, analisar que produtos vêm apresentando crescimento. Em seguida, verificar a tendência da categoria – se está crescendo ou declinando. É importante criar um planejamento junto aos for-necedores e definir o que ele está fazendo pela categoria, inclusive avaliando as ações da indústria na loja e a exposição de sua marca na mídia. Por fim, comparar o des-empenho de toda a categoria.

Marcas Próprias: desafios e oportunidades

As marcas próprias (MP) são um fenômeno mundial. Dos US$ 316 bilhões do faturamento do Wal-Mart no ano passado, 40% foram em cima das marcas próprias – o que representa um número superior ao faturamento de grandes multinacionais como Nestlé, Unilever, Procter & Gamble. No mundo todo, as MPs movimentam um trilhão de dólares: representam 20% das ven-das em supermercados em 80 categorias de 36 países.

Na Inglaterra, Alemanha, Espanha e Portugal, um em cada três produtos são de marcas própri-as. Nos Estados Unidos, elas respondem por 16% das vendas. No Brasil, são 7% das vendas, o equivalente a R$ 10 bilhões por ano. Em 2007, o faturamento das MPs cresceu 27,5%. Só o Wal-Mart comercializa quase 13 mil itens, seguido do Pão de Açúcar e Carrefour, cada um com cerca de sete mil itens. Nos supermercados, as cate-gorias com maior presença de marcas próprias são alimentos, bebidas, higiene e beleza, bazar e têxtil.

No setor supermercadista, 31% das empresas oferecem algum item de MP. No total, são 42 mil itens oferecidos aos consumidores no Bra-sil. No setor de vestuário, por exemplo, 70% dos itens são MP. Para o varejista interessado em de-senvolver uma marca própria, o primeiro passo é definir a categoria, seu líder, analisar sua fór-mula, convocar um fornecedor para criar a MP da empresa e solicitar que ele crie a marca com a mesma fórmula do líder.

Atualmente, alguns varejistas estão lançando as chamadas MPs Premium, que são mais caras que as marcas do fabricante, o que já demonstra uma estratégia de gestão da marca. Esta gestão pode ser feita pelo portfólio de marcas (definição

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sobre nome com a bandeira do varejo ou marca fantasia), nomes provocativos e inspiradores, de-sign sofisticado e cores diferentes para diferentes estilos vida.

“Para o varejista interessado em

desenvolver uma marca própria, o

primeiro passo é definir a categoria,

seu líder, analisar sua fórmula,

convocar um fornecedor para criar a

marca própria da empresa e solicitar

que ele crie a marca com a mesma

fórmula do líder”.

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Cobertura da Mercosuper 2009

Nos Estados Unidos, sete entre dez compra-dores de marcas próprias consideram os produ-tos bons ou melhores que as marcas nacionais. No Brasil, elas chegam a 18 milhões de lares. Os compradores são pessoas de maior poder aquisi-tivo, mais experimentadores, sobretudo nas classes A e B. Na Europa, os compradores mais freqüentes estão na faixa dos 16 aos 34 anos.

As marcas próprias crescem em períodos de crise e caem em momentos de expansão econômica. A queda geralmente é tão grande quanto o crescimento. Há categorias em que o consumidor é fiel à marca do fabricante, como em higiene e beleza. Sem contar o fato de que é difícil brigar com quem tem 80% de participa-ção nas vendas. As MPs surgiram no final do sé-culo XIX no mercado americano, com a venda de pó para cozimento. No Brasil, no começo do século passado, os comerciantes vendiam ar-roz, feijão e outros alimentos sem marca. Nos anos 70, Carrefour e Pão de Açúcar começaram a vender itens de baixo preço e baixa qualidade. Nos anos 80 estas redes perceberam que as mar-cas próprias poderiam ajudar na construção da marca do varejista. Os anos 90 trouxeram o foco para a qualidade. A partir do ano 2000, as MPs foram reposicionadas, com a gestão de marcas mais profissional.

A concentração do varejo favorece a criação das marcas próprias; dá volume e massa crítica para estas marcas; favorece o poder de barganha dos varejistas e transfere a verba da propaganda para o ponto de venda. Os varejistas se benefi-ciam ainda do investimento em inovação feito pelos fabricantes ao copiar produtos. A estabili-dade econômica pós-Real ajudou as MPs, pois facilitou o acesso aos itens importados. O Có-digo de Defesa do Consumidor contribuiu es-tabelecendo padrões mínimos de qualidade. As marcas próprias são ferramentas úteis para os varejistas fidelizarem clientes, reforçarem a ima-gem corporativa e reduzirem a dependência dos grandes fabricantes.

Na Administração de Empresas, a Gestão de Pessoas (GP) é uma das áreas mais complexas de se trabalhar. Enquanto Logística e Marketing, por exemplo, são mais lineares e cartesianas, a GP não é tão linear e nela o modelo que funciona a uma empresa não se aplica a outra. No varejo, as estratégias são muito similares, mas o maior

Na Europa, onde as marcas próprias estão mais desenvolvidas, o sucesso é creditado a:

• Coerência entre a promessa e entrega de benefícios;

• Relacionamento forte e transparente entre consumidor, fornecedor e comuni-dade;

• Consistência no posicionamento da marca em seus pontos de contato com o mercado.

Gestão de Pessoas no Varejo

“Clientes fiéis estão atrelados à loja pelo serviço, raramente

pelo preço. Clientes satisfeitos comentam sua

experiência para três ou quatro pessoas, enquanto

os insatisfeitos contam para mais de dez”.

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desafio é justamente a execução, o processo de atingir determinado resultado e as dificuldades envolvidas na GP.

O que diferencia uma empresa de outra na prestação de serviços é a experiência propor-cionada pela organização e seus colaboradores. Os clientes mudam de fornecedor não só por causa de preços e produtos, mas, sobretudo, por questões relacionadas à indiferença: demora em ser atendido, ausência de atendimento personal-izado, falta de informações, falta de interesse e de estrutura de atendimento.

Clientes fiéis estão atrelados à loja pelo ser-viço, raramente pelo preço. Clientes satisfeitos comentam sua experiência para três ou quatro pessoas, enquanto os insatisfeitos contam para mais de dez. Com as novas mídias, as reclama-ções são ampliadas para milhares de outros con-sumidores, o que torna o marketing uma batalha por percepções, não por produtos. O maior de-safio hoje é rever modelos de gestão passados e repensar a execução de estratégias. As empresas vêm sofrendo com falta de um autêntico trabalho em equipe, falta de envolvimento dos setores e existem falhas na comunicação.

O aspecto mercadológico de qualquer cam-panha é fácil de ser trabalhado. Difícil é gerenci-ar o comportamento das pessoas. Atitudes como atenção, naturalidade, simpatia e carisma não são treináveis. Só se pode treinar um conteúdo: ninguém pode ser treinado para ser criativo ou espontâneo. O comportamento humano só pode ser mudado quando as pessoas querem mudar. Modelos de liderança como Betinho, Lula, Nel-son Mandela, Sílvio Santos e Abílio Diniz são evitadas pelas empresas modernas porque são centrados em apenas uma pessoa e apresentam dificuldades para formar um sucessor. O novo modelo se baseia em pessoas que dão sentido ao grupo inteiro, como Felipão, Bernardinho, Al Gore, Jack Welch e Luíza Helena (Magazine Luíza).

Mas, afinal, o que motiva as pessoas? Como as empresas podem agir para reter os seus talen-tos? Funcionários buscam um ambiente de trab-

“O aspecto mercadológico de qualquer campanha é fácil de

ser trabalhado. Difícil é gerenciar o comportamento das pessoas.

Atitudes como atenção, naturalidade, simpatia e carisma não são treináveis.

Só se pode treinar um conteúdo”.

alho com liberdade, com bons relacionamentos e onde são valorizados. Também procuram es-trutura no trabalho – a existência de um suporte, de alguém que possa ajudar. Outro aspecto é a possibilidade de crescimento e desenvolvimento pessoal: O que ele aprende na empresa? Ele real-mente cresce no trabalho?

Por último, contrariando o que diz o senso co-mum, vem a remuneração e os benefícios.

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O Convênio Abras-Bradesco para acesso dos recursos humanos do BNDES conta com diversas linhas de financiamentos

para o setor supermercadista

Cobertura da Mercosuper 2009

Meios de Financiamento para Supermercados via BNDES

O BNDES oferece várias linhas de financia-mentos para o setor supermercadista, que estão disponíveis em vários bancos, mas o Bradesco foi a instituição que se propôs a facilitar o acesso às linhas, uma vez que tem agências em quase todos os municípios. As operações de financia-mento podem ser feitas de forma direta ou in-direta. Na primeira modalidade, o empresário solicita os recursos diretamente ao BNDES. Na indireta, o varejista procura o agente financeiro credenciado, no caso um banco comercial. Cer-ca de 99% dos empréstimos são indiretos.

As empresas são classificadas em três faixas de acordo com sua receita operacional bruta anu-al: micro (até R$ 1,2 milhões); pequena (até R$ 10,5 milhões); média (até R$ 60 milhões); grande (acima de R$ 60 milhões). O convênio Abras-Bradesco para acesso aos recursos do BNDES conta com as diversas linhas. A composição do custo do financiamento das linhas tem os seguintes itens: Custo Financeiro, Remuneração do BNDES, Taxa de Intermediação Financeira e Remuneração da Instituição Financeira Creden-ciada.

O FINAME, por exemplo, é usado para máqui-nas e equipamentos nacionais ou nacionalizados, novos e sem limite de valor. Financia a aquisição de equipamentos móveis como ônibus, microôni-bus, caminhões, caminhões-tratores, cavalos-mecânicos, reboques, semi-reboques, chassis e carrocerias para caminhões. O prazo máximo é

de 60 meses, com carência de 12 meses. Já o BNDES AUTO financia projetos de implantação, ampliação, recuperação e modernização. Pode ser usado para obras civis, móveis, utensílios, despesas operacionais, máquinas e equipamen-tos nacionais e capital de giro associado. O val-or é de até R$ 10 milhões por empresa, a cada 12 meses. São 60 meses para pagamento, com carência de seis meses. O PEC (Programa Espe-cial de Crédito) é uma linha temporária que pode ser solicitada por qualquer empresa, menos as de construção civil. Tem 36 meses para pagamento, com carência de 12 meses e custos a partir de 14,25% ao ano.

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Outra forma de financiamento é o cartão BNDES, voltado às pessoas jurídicas com fatura-mento até R$ 60 milhões. Ele dá um limite de crédito de até R$ 500 mil, com prestações fixas em até 48 meses e juros de apenas 1% ao mês. Para se preparar um cadastro de financiamento, a empresa deve buscar a aprovação de um limite de crédito no agente financeiro; documentos ju-rídicos e técnicos; cronograma e orçamento de-talhado; descrição do projeto; Estudo de viabili-dade econômica e fluxo de caixa e o Projeto de investimento.

O processo para se obter o financia-mento segue algumas etapas:

• A agência formaliza o crédito pré-autorizado e solicita ao supermercado o preenchimento da proposta de Financia-mento ao BNDES.

• O cliente preenche a proposta e a en-caminha à agência, que por sua vez a encaminha à matriz do banco.

• Este, por sua vez, analisa a proposta e se ela for superior a R$ 100 mil a remete ao BNDES. Aprovada a proposta, o banco libera o valor.

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Apras reúne órgãos de Defesa do Consumidor para debater tema polêmico

Fórum discute a comercialização de produtos impróprios para consumo e qual a

responsabilidade dos supermercados

Da extração da matéria-prima até a casa do con-

sumidor, todo alimento passa por um longo ciclo que envolve diversos intermediários. Tome-se o iogurte como exemplo. Os produtores extraem das va-cas o leite, que é repassado às cooperativas, que por sua vez processam o produto ou o en-viam para as indústrias. Neste caso, elas acrescentam outros ingredientes, aplicam proces-sos modernos para conservar o produto, embalam e despa-cham para a comercialização, via atacado ou direto para as lojas de super e hipermercados.

Na complexa cadeia de abas-tecimento que governa as rela-ções modernas de consumo, o comprador de alimentos, bebidas e outros produtos perecíveis só tem contato efe-tivo com a mercadoria na gôn-dola das lojas. O que equivale a dizer que é o varejo quem, liter-almente, dá a cara para bater ao assumir responsabilidade plena pela qualidade dos produtos que comercializa ao usuário fi-nal. Aí, a questão ganha contor-

na mais complexa. Uma loja de pequeno porte terá, por baixo, 4, 5 mil itens em exposição. Já um hipermercado pode vender acima de 30 mil itens. Não há dúvida que os dois estabeleci-mentos estarão preocupados em oferecer apenas produtos adequados ao consumo. Res-peito ao consumidor, afinal, há tempos já se tornou consenso no setor – e em toda a cadeia.

O que vai diferenciar uma loja da outra é a estrutura de reposição. No pequeno comér-cio, menos funcionários – mui-tas vezes apenas os familiares e proprietários – se encarre-gam de repor os produtos nas gôndolas e também de veri-ficar seus prazos de validade. Já as grandes redes dispõem de equipes especializadas pa-ras cumprir esta função. A re-sponsabilidade sobre os produ-tos próprios para o consumo comercializados no setor vem sendo objeto de debates que envolvem a Apras – Associação Paranaense de Supermercados e autoridades da Saúde e de Defesa do Consumidor.

O Código de Defesa do Con-sumidor - CDC (Lei 8.078/1990) define como “impróprios ao consumo produtos dete-riorados, alterados, adultera-dos, avariados, corrompidos, fraudados, nocivos à saúde, perigosos ou ainda aqueles em desacordo com as normas regu-lamentares de fabricação, distri-buição ou apresentação”. Já a Lei 8.137/1190, referente aos Crimes das Relações de Consu-mo ”tipifica como crime: vend-er, ter em depósito para vender ou expor à venda mercadorias (produtos e matérias-primas) em condições impróprias para consumo”. O entendimento do Ministério Público do Paraná (MP) é que a responsabilidade criminal recairia sobre a pessoa responsável pelo setor no qual foi encontrado o produto com problema, ou seja, sobre quem tinha o dever de fiscalizar. No caso das grandes redes, o im-plicado seria o gerente de área ou encarregado de setor. Em pequenos comércios, o próprio dono do estabelecimento.

A polêmica se torna ainda

Jurídico

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mais complexa se for levado em conta outro entendimento do MP no que se refere à ativi-dade de reposição e promoção de produtos nas gôndolas real-izadas por terceiros. Recomen-da o Ministério Público, com base no CDC, que sob o ângulo da responsabilidade criminal, a gerência do estabelecimento, na falta de um responsável es-pecífico por determinado setor, importa, necessariamente, no controle da regularidade formal e material dos produtos comer-cializados. “Assim, não é lícito que se transfira tal responsabili-dade a terceiros, principalmente quando estes não integram o quadro de funcionários do for-necedor”.

Casos recentes indicam a postura voltada para a identifi-cação do responsável. A partir de denúncias de consumidores sobre produtos com data de val-idade vencida, funcionários da Delegacia do Consumidor ou da Vigilância Sanitária vão até o estabelecimento e o gerente é detido. Com a necessidade de identificação, o Ministério Público vem solicitando que os órgãos de fiscalização apontem o responsável efetivo da área onde teria sido encontrado o produto vencido. Alguns su-permercadistas vêm demonst-rando preocupação quanto à possibilidade que esta postura abre de processos movidos por funcionários – repositores e chefes de área – que venham a se desligar da empresa. Outros consideram que a atitude é pos-itiva, uma vez que isenta o pro-prietário de responsabilidade.

Neste caso, outra questão en-

tra em cena. Pequenos com-erciantes muitas vezes são au-tuados e assinam termos sem a presença de um advogado, correndo o risco de serem con-denados a uma pena que varia de dois a cinco anos. No caso das grandes redes, o gerente quando encaminhado à Del-egacia do Consumidor conta com a presença e a instrução de um advogado, o que facilita sua defesa. Pensando em todas as vertentes e interpretações possíveis para a comercializa-ção de produtos impróprios ao consumo, a Apras organizou o “Fórum Di-reito do Con-sumidor e Segurança Ali-mentar”, que foi realizado durante a Mer-cosuper 2009.

E s t i v e r a m p r e s e n t e s Maximi l iano Ribeiro De-liberador e Cristina Corso Ruaro, da Pro-motoria de Justiça e De-fesa do Con-sumidor de Curitiba; Ed-mundo Silva, da Delegacia do Consumi-dor; Sezifredo Paz, do Cen-tro de Saúde A m b i e n t a l da Secretaria Municipal de Saúde de Cu-ritiba; Suely

Vidigal, do Departamento de Vigilância Sanitária da Secretar-ia de Saúde do Paraná e Marta Favreto, do Procon-PR. Os di-versos especialistas presentes e envolvidos diretamente com o assunto discutiram sobre a identificação do responsável que comercializa produtos im-próprios. Ainda que a questão esteja longe de ser concluída, dada a sua complexidade, os participantes puderam expor seus pontos de vista, cada um à sua maneira e dentro de suas atribuições, na Defesa do Con-sumidor.

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Artigos

A MANIPULAÇÃO RESPONSÁVEL DOS ALIMENTOS

* Por Hamilton Rosa de Castro e Andréa Luy

Andréa Luy

Existem hoje, no mercado, dezenas de em-presas de consultoria interessadas em promover palestras, treinamentos e capacitação de colab-oradores, a maioria delas prometendo aquilo que todo empresário gosta de ouvir: que irá con-seguir ajudá-lo a aumentar sua lucratividade, as-sociada ao incremento do valor agregado aos produtos, ou estratégias agressivas de venda, que a princípio prometem um acréscimo ime-diato das vendas.

Antes de contratar essas empresas, o em-presário tem procurado saber qual a formação intelectual dos professores e palestrantes? De onde tiraram as informações que são repassadas aos seus colaboradores? Essas informações têm embasamento legal e obedecem às boas práti-cas de fabricação? Muitas são essas informações, e todas repassadas aos seus colaboradores de-verão seguir as normas e resoluções da vigilância sanitária. São documentos que ditam as regras a serem seguidas por todas as empresas que ma-nipulam alimentos. Com isso, a vigilância sani-tária objetiva a prevenção e eliminação de riscos à saúde da população.

Quando se manipula alimentos, os riscos estão em todos os cantos, seja na prancha de altileno usada na cozinha para fracionar um frango e de-pois usada para fracionar legumes e hortaliças sem uma prévia higienização, seja nos enfeites de alface e outras hortaliças usados nos bal-cões de açougue para deixá-lo com uma melhor aparência, entre outros.

Enfeites de hortaliças no balcão de açougue? Mas isso não é errado?

O que é que encanta o cliente?

Sim, completamente errado e em desacordo com as normas da vigilância sanitária (RDC 216, de 15 de setembro de 2004, §4.8.3). Esteja atento! Alguns treinamentos têm sido ministra-dos por empresas de consultoria, orientando erroneamente os supermercadistas.

O que vende é uma exposição em ambiente limpo, organizado, bem iluminado, com colab-oradores bem treinados, produtos de boa quali-dade e com preço competitivo. Maquiar um ambiente ou um produto para tentar melhorar as vendas é, no mínimo, um desrespeito aos seus clientes!

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Antes de contratar uma empresa para treinar seus colaboradores, certifique-se de que o material que será utilizado seja elab-

orado por um profissional competente, e que esteja dentro das normas da vigilância

sanitária.

Informações erradas são uma constante nesses treinamentos. Por isso, antes de contratar uma empresa para treinar seus colaboradores, certi-fique-se de que o material que será utilizado seja elaborado por um profissional competente, e que esteja dentro das normas da vigilância sanitária. Assim, você terá a garantia de que os recursos empregados em treinamentos sejam revertidos em colaboradores bem treinados, que produz-irão alimentos saudáveis e que não oferecerão qualquer risco à saúde dos seus clientes!

A Apras – Associação Paranaense de Su-permercados – por meio do Iespar – Instituto Escola Paranaense de Supermercados – tem pro-porcionado aos supermercadistas cursos como o de “Manipulação de Alimentos” a fim de orientar e preparar os colaboradores de loja e, em espe-cial, os do setor de perecíveis, para um trabalho responsável e com o objetivo de profissional-ização do setor. O empresário também poderá contar com mais um treinamento de dois meses

para formar gestores com o novo curso “Gestão Técnica de Loja – Foco em Perecíveis”. Assim como não gostaríamos que nossos filhos ingeris-sem um alimento contaminado, nossos clientes merecem o respeito e a consideração de nossa parte, confiando-nos a produção de alimentos saudáveis e seguros. Por isso, vamos treinar nos-sos colaboradores e prepará-los para um atendi-mento responsável!

*Hamilton Rosa de Castro é nutricionista e professor e Andréa Luy é psicóloga e coordena-dora do Iespar – Instituto Escola Paranaense de Supermercados.

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Artigos

Você sabe tomar decisão?*Por Claudio Shimoyama

A tomada de decisões nas organiza-ções é um importante processo pelo qual são escolhidas algumas, ou ap-

enas uma entre muitas alternativas para as ações a serem realizadas. Dessa maneira, a tomada de decisões envolve a conversão das informações em ação, ou seja, decisão é a ação tomada com base na apreciação de informações. Segundo Chiavenato (1997, p.710), decidir é recomendar entre vários caminhos alternativos que levam a determinados resultados.

Atualmente, o conceito de tomada de decisão possibilita um entendimento claro de que a seleção da melhor alternativa é realizada dentro das alternativas satisfatórias, ou seja, na prática, o que se busca é a alternativa que mesmo não sendo a melhor, leve para o objetivo da decisão. Com isso, a tomada de decisão parte do pressu-posto da análise de seus elementos para a obten-ção de seus objetivos:

1. Tomador de decisão: pessoa que faz a

seleção entre várias alternativas de atuação;

2. Objetivos: propósito ou finalidade que o

tomador de decisão almeja alcançar com sua

ação;

3. Preferências: critérios com juízo de valor do

tomador de decisão que vai distinguir a escolha;

4. Estratégia: direção ou caminho que o toma-

dor de decisão sugere para melhor atingir os

objetivos e que depende dos recursos que se

dispõe;

5. Situação: aspectos ambientais dos quais vela-

se o tomador de decisão, muitos dos quais fora

de controle, conhecimento e compreensão e

que afetam a opção;

6. Resultado: é a decorrência ou resultado de

uma dada estratégia definida pelo gestor.

O processo para tomada de decisão apresen-ta-se como simples, objetivo e eficiente. No en-tanto, nas organizações esse processo torna-se complexo devido às falhas que acontecem nesse contexto. Uma pesquisa realizada por Paul Nutt, da Universidade de Ohio, apresentou um resul-tado surpreendente que mostra que as melhores táticas para a tomada de decisão não são utiliza-das pelos executivos. Ou seja, os administrador-es costumam pular para as conclusões e tentam implementá-las. Isso limita a pesquisa de dados, considera poucas alternativas (na maioria das vezes, uma só) e presta pouca atenção às pes-soas afetadas por suas decisões.

A pesquisa apresentou outro conceito im-portante: a decisão por fuga, que é utilizada na maioria dos casos em que o responsável demora tanto para agir que o problema se resolve soz-inho – para o bem ou para o mal. Esse método se opõe à decisão por resolução (a típica, nas

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teorias clássicas) e à decisão por previsão (quan-do se engatilha a solução como precaução para um possível problema). Outro ponto importante citado foi a intuição como base para a tomada de decisão, pois a maioria dos executivos ignora as informações baseadas na pesquisa de mercado, nos relatórios gerenciais, com os indicadores quantitativos e qualitativos, e adota a experiên-cia dos funcionários, sistemas de informação da empresa, concorrentes e, por último, consumi-dores ou clientes. Esse aspecto determina tam-bém as possíveis falhas que acontecem durante o processo de tomada de decisões, pois os ge-rentes reagem na maioria das vezes às pressões do cotidiano. Dessa maneira, a utilização da in-tuição pura no processo de tomada de decisão contrapõe-se à racionalidade, que leva em conta a comparação com critérios previamente estab-elecidos e a escolha daí decorrente, ou seja, a mais pura das intuições deve basear-se em in-

formações racionais. O fato de haver limitações no mundo real – e muitas – não inviabiliza o pro-cesso de decisão da maneira mais racional diante das alternativas apresentadas.

O processo de tomada de decisões, ao con-trário, requer clareza, foco e confiança. Não é à toa que os ignorantes costumam ser bem mais decididos que os sábios. Dessa maneira, o ponto ótimo entre o conhecimento e ação é uma es-pécie de gestão do próprio processo de decisão. Com isso, o bom senso na tomada de decisão permite a aproximação da realidade da melhor maneira possível, mas não a ponto de paralisar o processo pois, no ambiente corporativo, o tem-po é crucial para o sucesso das organizações.

*Cláudio Shimoyama é professor e economis-ta. Atualmente, é diretor executivo do Instituto Datacenso.

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Artigos

Como se relacionar com pessoas difíceis e obter resultados incríveis...

*Por professor MenegattiSabemos que o quadro de profissionais de uma

empresa é bastante diversificado no que tange ao comportamento e personalidade das pessoas. Sabemos também que essas diferenças acabam dando um colorido todo especial e o tom do sucesso desta ou daquela equipe. O que deter-mina se o relacionamento será bom ou ruim não será o tratamento recebido, mas a forma que você reage a ele. Há vários tipos de pessoas complicadas e é muito útil saber identificar os traços em comum e aprender a lidar de maneira eficaz. A seguir, selecionei alguns tipos de pes-soas complicadas e apresento, após cada uma, uma dica pessoal de como lidar com elas e obter resultados incríveis.

1. Tanque de guerraGente desse tipo tem tendência a intimidar os outros por causa da sua atitude: usam a força e o poder. Seu comportamento é agressivo, às vezes até hostil e não dá margem a diálogos.Como lidar com elas? Quando surgirem problemas seja objetivo, pois elas não entendem muito o que é diplomacia. Infelizmente, causam mais estragos emocionais do que outros tipos de gente complicada, pois não sofrem muito. Além disso, essas pessoas que usam poder para intimidar podem contar com muitos aliados.2. Mundo da Lua

Vivem em seu universo próprio, não se entro-sam. Essas pessoas não costumam reagir às téc-nicas normais de motivação.Como lidar nesse caso? Não avalie sua liderança pela reação delas. Não as coloque numa posição de liderança. Elas não serão capazes de determinar o ritmo dos demais. Mas não considere a pessoa que vive no mundo da lua um caso perdido. Tente descobrir seu tra-ço mais singular e procure desenvolvê-lo. Muitas pessoas com essa característica são brilhantes e criativas diante de uma oportunidade apropriada. Produzem mais quando estão sozinhas. Sendo assim, descubra qual a área de interesse e ofer-eça-lhes espaço para sonhar e criar.3. VulcãoUm tipo explosivo e imprevisível de pessoa que costuma ser muito arredia, que provoca muita tensão e é difícil se sentir à vontade próximo des-sas pessoas, pois nunca se sabe quando estão para explodir.Como lidar com elas?

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Chegando de mansinho, na base dos rodeios ou testando como está o humor dessas pessoas. Quando o vulcão está em erupção o segredo é manter a calma e puxar a pessoa de lado. Depois disso, deixe que ela desabafe. Não tente inter-romper, pois a pessoa não ouvirá o que você tem a dizer. Por fim, leve a pessoa a compreender a responsabilidade que tem sobre as coisas que diz e as pessoas que magoa.4. MelindrosoPessoas com esse tipo de personalidade tendem a se ofender sem mais nem menos. São cheios de autopiedade e tentam comover os outros para que se compadeçam deles. Essa atitude é um mecanismo de manipulação. Se as coisas não funcionam como eles querem, criam um ambi-ente pesado e opressivo. Na verdade, eles são muito habilidosos nisso e costumam usar o silên-cio para conseguirem o que desejam.Como lidar com elas? 1º) É fundamental alertar o melindroso de que a melancolia é uma questão de escolha. Muitas pessoas usam a melancolia para manipular os outros e assumir o controle. Raramente são mel-ancólicas quando estão sozinhas;2º) Não dedique muita atenção, principalmente se outras pessoas estiverem presentes, pois farão de tudo para chamar a atenção. Às vezes é útil mostrar aos melindrosos outras pessoas que en-frentam problemas de verdade. Talvez isso os ajude a ver a si mesmos de uma maneira dife-rente e, com isso, assumam uma atitude positiva.5. Estraga-prazeresSão negativos o tempo todo. Acham tudo impos-sível e sempre encontram um problema em toda solução. Adoram contar e reprisar as ofensas que sofreram nas mãos dos outros. Elas afagam as próprias feridas e não fazem questão de se cu-rar. O fato de haver coisas negativas na vida já é ruim, mas colecionar desgraça e andar por aí se lamuriando para que todos vejam, é doentio.Como lidar neste caso? Com muito amor, mas com muita firmeza. Demonstre confiança nessa pessoa e explique

que aquela atitude complica tudo. Ela precisa escolher entre ser mais positiva ou não. Se op-tar pela mudança de comportamento, será mais alegre. Se resolver ficar como está, a melhor coi-sa a fazer é afastar-se dela.6. AproveitadorPessoas que manipulam as outras e evitam re-sponsabilidades. Costumam usar a culpa para conseguirem o que desejam. Muitas vezes ado-tam uma fachada de “coitadinhos” para que as pessoas se sintam em falta com elas e as ajudem.Como lidar com elas?Comece determinando os seus limites para ajudá-las, para que elas não acionem o mecanis-mo da culpa dentro de você para enfraquecê-lo. Lembre-se: esse tipo de pessoa não se satisfaz quando você oferece a mão para ajudar. Se per-mitir, querem o corpo inteiro. Exija responsabili-dades. Caso contrário, você é que acaba levando o peso todo nas costas, enquanto ele segue seu caminho sem dificuldades. Não se sinta em dívi-da com os aproveitadores. Na maioria das vezes, um simples e firme “não” é o melhor remédio.

Talvez você tenha reconhecido alguém que se pareça com cada um desses tipos, ou então está lidando com uma pessoa tão complicada que se encaixa em mais de um tipo. Há algumas regras gerais que você pode colocar em prática e que o ajudarão a trabalhar de maneira eficaz com pes-soas problemáticas, que são:

• Amar essas pessoas incondicionalmente;• Pedir a Deus sabedoria para trabalhar com elas;• Manter-se emocionalmente saudável;• Não colocar essas pessoas em posições de liderança com o objetivo de ajudá-las;• Ser honesto com Deus, consigo e com elas.• Sucesso!

*Professor Menegatti é conferencista em vendas, motivação, liderança e mudança. Conheça o novo site: www.menegatti.srv.br - (41) 3342.9562//9942.5150

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Artigos

O FREGUÊS CONTINUA TENDO (E SENDO A) RAZÃO

*Por Olegário Araújo

A história da humanidade revela que vários obstáculos foram vencidos quando as nações e pessoas superaram suas diferenças e identificar-am um mesmo propósito. Por outro lado, esta ciência que estuda eventos passados também nos ensina que a mobilização em torno de um objetivo comum só ocorre quando enfrentamos situações-limites, quando a sobrevivência fala mais alto e não visualizamos outras alternativas.

No mundo varejista, não chegamos a esse ex-tremo de uma maneira generalizada, mas a com-petição fica cada vez mais acirrada. Observa-se a redução da área de influência da(s) loja(s) e trava-se uma guerra concorrencial focada prin-cipalmente em preços, cuja conseqüência é uma batalha diária para manter a rentabilidade. O consumidor, cada vez mais exigente e com mais opções de produtos e locais de compra, lança o desafio diário de como manter a rentabilidade do negócio. Diante deste panorama, executivos varejistas reduzem custos, reforçam negociações e buscam reposicionar seus negócios para honrar o velho adágio: o freguês tem sempre razão!

Sabemos que, por vezes, varejo e indústria têm interesses conflitantes. Não me cabe analisar quem está com a razão, mas, posso afirmar com segurança que é necessário encontrar-se um meio-termo. Este equilíbrio, que podemos de-nominar de Linguagem Comum, é o “shopper”. Ele é o objetivo comum de supermercadistas e fornecedores. É com base nele que as empresas precisam estabelecer uma relação de confiança e adotar atitudes, a ponto de romper com práticas do passado que não correspondem a um novo contexto e pensar em novos modelos. Será a construção conjunta de uma nova visão de rela-cionamento a responsável pelo estabelecimento

de objetivos comuns. Romântico? Não! Uma questão de sobrevivência. Fácil? Também não! Exige esforço, dedicação e algumas concessões das partes envolvidas. Porém, não há alternativas no médio prazo e quem se antecipar terá uma boa vantagem frente aos concorrentes.

Conhecer e adequar o sortimento ao perfil da rede varejista/bandeira reduzindo rupturas e tempo de retenção das carretas no trânsito das grandes cidades ou nos centros de distribuição no final do mês, por exemplo, são fatores que criam condições de oferecer um preço justo e uma experiência de compra que respeite as ne-cessidades e, também, o escasso tempo dos consumidores. Experiências globais da Nielsen (http://br.nielsen.com) mostram que, quando varejistas e fornecedores decidem desenvolver

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um trabalho comum, o primeiro obstáculo en-frentado é o fato das informações não estarem na mesma base. De todo o tempo dedicado para trabalhos em conjunto, mais da metade é desti-nado à organização e inserção das informações em uma base de comparação comum para as partes envolvidas.

A adoção de um processo que contemple a per-cepção do “shopper” e a execução da estratégia no ponto-de-venda permitirá a criação de ações diferenciadas e assertivas. Há conhecimentos únicos nos dois lados e a atuação conjunta cri-ará condições necessárias para a construção de um futuro mais próspero para todos os elos da cadeia.

Sabemos que as mudanças de cultura cos-tumam ser motivadas por fatores externos (e, geralmente, periclitantes), mas, ainda que a situ-ação atual não seja extrema, o futuro se mostra cada vez menos promissor para os que não com-partilham conhecimento e boas práticas. Pense nisso!

*Olegário Araújo é gerente de Atendimento ao Varejo da Nielsen – empresa global de informa-ções e mídia com posições de liderança na indús-tria de informações de mercado e consumidor.

A contribuição da Nielsen para a compreen-são da dinâmica de mercado (“shopper” e va-rejo) e o estabelecimento de uma Linguagem Comum

Quem é o seu público alvo?

Qual a dinâmica do varejo?

Compreender é uma parte importante, mas é a execução que define que tipo de resultado se terá.

Neste contexto, cuja base é a organização da informação, contar com a participação de uma empresa especializada neste tipo de serviço permite a redução drástica do tempo demandado em tarefas burocráticas.

Além dos indicadores do “shopper” e do varejo, torna-se fundamental a utilização de ferramentas para a gestão da categoria no ponto-de-venda, o que inclui a construção da árvore de decisão, identificação de mar-cas e itens que incrementem vendas nas categorias. Além disto, é fundamental ter um processo, como um layout de gôndola, por exemplo, que garanta a integridade do planograma a ser adotado. Também é fun-damental contar com ferramentas que per-mitam a análise financeira da categoria na prateleira, considerando as variáveis como custos, quantidade e giro de estoque, evi-tando a super ou subestocagem que, além de gerarem comprometimento do capital de giro e ruptura, respectivamente, ocas-ionam perdas nas vendas e insatisfação do “shopper”.

Quem é o “shopper” de determinada rede varejista ou bandeira? Onde ele faz as compras, qual é a loja de sua preferência e quais poderiam ser classificadas como parte de um repertório? Como e quando o “shopper” compra? Quais atributos são mais valorizados por ele em cada marca varejista? Essas indagações são exemplos de perguntas-chave para entender e atingir o público-alvo e se posicionar no mercado.

Compreender o cenário implica no conhe-cimento da dinâmica varejista, ou seja, ter na ponta do lápis – ou do teclado – dados fiéis sobre o desempenho dos canais, das categorias, dos fornecedores, das marcas, dos itens dos preços, etc. Por si só, estas informações trazem uma boa fotografia sobre o negócio, permitem a elaboração de estratégias e tomadas de decisões mais certeiras.

Maio - Junho 2009

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Espaço Apras

Londrina vai receber a 14ª edição da Super Norte

Responsabilidade Social

Datacenso avalia satisfação de expositores e visitantes na Mercosuper

O Centro de Exposições e Eventos de Lond-rina vai receber, nos dias 12, 13 e 14 de julho de 2009, a 14ª edição da SuperNorte. A feira, realizada anualmente pela Apras – Associação Paranaense de Supermercados – por meio da Regional Londrina, visa aproximar fornecedores e, principalmente, os pequenos e médios su-permercadistas que, por falta de tempo, não po-dem participar de uma feira estadual.

No ano passado, a feira reuniu 90 expositores, 10% a mais que em 2007. O número de visitantes superou as expectativas e atingiu a marca de 6,8 mil pessoas nos três dias do evento. A previsão, que era de fechar R$ 51 milhões em negócios, superou a marca dos R$ 55 milhões. Para o novo presidente da Apras, Pedro Joanir Zonta, o ob-jetivo este ano é ampliar a atuação da entidade no interior do Estado. “Vamos trabalhar para que nossas feiras regionais cresçam cada vez mais”. Em 2009, as projeções apontam um crescimento de 5% em relação ao número de expositores e visitantes.

O evento também vai contar com uma pro-gramação de palestras aos empresários do setor. No dia 13 de julho (segunda-feira), às 14h00, o professor Eduardo Terra vai apresentar as “Téc-nicas de negociação para o Varejo Supermer-cadista”, e no dia 14 (terça-feira) também às 14h00, Alfredo Rocha vai abordar a importância de um trabalho inovador e líder para atingir me-tas e melhorar resultados com a palestra “Lider-ança e Gestão da Inovação”.

E, para consolidar a preocupação do setor com a comunidade, o Apras Mulher – braço de re-sponsabilidade social da Apras – em parceria com os expositores vai promover por mais um ano a doação das vitrines de feira para entidades beneficentes da região. Em 2008, o projeto ar-

Com o objetivo de verificar o grau de satisfa-ção e avaliar as expectativas dos participantes em relação à 28ª edição da Mercosuper, o Datacenso – Instituto de Pesquisas realizou no período de 19 a 21 de abril uma pesquisa e ouviu, no total, 191 pessoas sendo 86 visitantes e 95 expositores.

Segundo os dados apresentados, o grau de ex-pectativa com relação à feira continua sendo alto. O ano de 2009 apresentou o maior índice de sat-isfação dos últimos três anos. Oitenta e cinco por cento dos expositores entrevistados considera que a evolução da Mercosuper contribui para melhorar os negócios e a grande maioria afirmou que participaria da próxima edição porque a feira tem gerado inúmeras oportunidades de abranger mais negócios.

Entre os visitantes, este ano teve o maior ín-dice comparado com anos anteriores. O grau de satisfação alcançou 96,5%. Outro aspecto muito positivo apresentado pelos visitantes foi o de satisfação com as palestras. Em relação a 2008, houve um aumento de 35% na participação das palestras, com excelente índice de satisfação. A grande maioria, 94,2% dos entrevistados, afir-mou que participaria da próxima edição da feira. O atendimento nos estandes, as explicações e a paciência dos expositores juntamente com a var-iedade dos produtos expostos foram os fatores que mais agradaram aos visitantes.

recadou inúmeras unidades de alimentos, mate-rial de higiene e limpeza

14ª SuperNorte – Convenção Regional de SupermercadosLocal: Centro de Exposições e Eventos de Londrina (Rod. Mábio Gonçalves Palhano, 3333)

Data: 12, 13 e 14 de julho de 2009

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A Regional Pato Branco promoveu no dia 28 de abril o ‘Jantar do Fornecedor’. O evento foi patrocinado pela Distribuidora de Alimentos Diva – distribuidora Sadia para o Sudoeste. Na opor-tunidade, houve a degustação dos produtos da Sadia e sorteio de inúmeros brindes. O diretor, Jair Rotta, enfatizou em seu discurso que pretende dar oportunidades às pessoas. “Pretendemos obter maior sucesso na distribuição e comercialização dos nossos produ-tos e serviços. Vamos efetuar um trabalho constante de merchan-dising. Queremos formar um conjunto de técnicas responsáveis pela informação e apresentação destacada dos produtos no ponto de venda, de tal maneira que acelere sua rotatividade”, conclui.

Jantar do Fornecedor na Regional Pato Branco

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Espaço Iespar

Nos dias 13 e 14 de abril, em Londrina, e nos dias 11 e 12 de maio, em Telêmaco Borba, o professor do Iespar – Instituto Escola Paranaense de Supermercados – e também consultor na Área Varejista, Nelson Guimarães, ministrou o curso de “Atendimento ao Cliente”.

Já passou o tempo em que bastava fazer um produto ou serviço e colocá-lo no mercado para que os clientes aparecessem. De uma concepção baseada no produto, passou-se a uma orienta-ção com foco nos clientes. Saber o que eles que-rem a qualquer hora, quais as suas preferências e os seus gostos são questões fundamentais para qualquer administrador. Atender bem ao cliente não é mais simplesmente recepcioná-lo dentro do estabelecimento, não é mais ser cordial ao telefone, ou responder de imediato o seu e-mail. Atender bem ao cliente é poder antecipar-se às suas necessidades e, com o objetivo de atender cada vez melhor, os empresários supermercadis-tas têm investido em treinar seus colaboradores por meio do Iespar. Nesses cursos, foram trei-nados 100 colaboradores de supermercados as-sociados à Apras – Associação Paranaense de Supermercados.

No dia 17 de abril de 2009, na Regional Guar-apuava, foi realizado o curso “Atualização ICMS – Paraná”. A aula foi ministrada na cidade de Laranjeiras do Sul pelo senhor Alberi Dauber-mann, contador na Área de Varejo e professor do Iespar – Instituto Escola Paranaense de Su-permercados. A Regional Apras – Cascavel tam-bém contou com o auxílio do professor Alberi na cidade de Medianeira, onde ministrou a pales-tra para empresários e suas equipes de trabalho com o tema: “Impactos do momento econômico e a busca de alternativas para o setor supermer-cadista”.

Este tem sido um tema de grande interesse dos empresários supermercadistas e, com o auxílio do professor Carlos Fin, os associados da Apras – Regional Guarapuava puderam tirar suas dúvidas no fórum do dia 28 de abril de 2009.

Nas últimas duas semanas de maio, empresári-os e profissionais do setor de Recursos Huma-nos dos supermercados de Curitiba e do litoral paranaense puderam participar do curso “In-trodução a RH”, que tem como objetivo auxiliar os empresários na constituição do setor de RH em suas empresas. Visto o interesse do assunto pelo setor supermercadista, foi requisitado um segundo módulo, que já está sendo elaborado.

No dia 12 de maio, na sede da Apras em Curi-tiba, a 19º turma concluiu o curso de “Formação Gerencial no Varejo do Paraná”. Participaram do curso 20 colaboradores de vários supermercados de Curitiba e região, num período equivalente a oito meses de aula.

Curso de Atendimento ao Cliente Lond-rina e Telêmaco Borba

Cursos e Palestras de Atualização ICMS - PR (Regional Guarapuava e Cascavel)

Como se constitui uma Central de Compras

Recursos Humanos

Conclusão de mais uma turma do Curso de Formação Gerencial no Varejo

Acompanhe a programação completa dos cursos no site:

www.apras.org.br/iesparInformações pelo (41) 3362-1212

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A Mercosuper 2009, dentro do tema proposto “Negó-cio Responsável”, arrecadou cerca de duas tonela-das de alimentos e mais de cinco mil itens de produ-tos de higiene e limpeza, além de dois vales-compra, com produtos da Mili, no valor de 500 reais cada, que foram doados ao Hospital Pequeno Príncipe e Asi-lo São Vicente de Paulo. O Asilo Socorro aos Neces-sitados recebeu ainda no dia 21 de abril 30 quilos de risoto. Em nome de todos os colaboradores que, de alguma forma, contribuem com o Apras Mulher, agra-decemos aos expositores que se engajaram nesta luta. Convidamos à todas as mulheres para participarem ativamente do projeto, que no ano de 2009 irá desen-volver várias ações voltadas a qualificação profissional, palestras educativas e parcerias com outras instituições.

Serviços:Os interessados em fazer doações podem procurar as

instituições pelos contatos:

Hospital Pequeno Príncipe(41) 3310-1215

Asilo São Vicente de Paulo(41) 3313-5353

Apras Mulher arrecada inúmeras doações na Mercosuper

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Plataforma

Nova embalagem de 1kg de maionese Hellmann’s

Unilever lança produto inédito para tanquinho

Nestlé apresenta novos produtos na Apas 2009

Praticidade e inovação marcam a novidade da Unilever que chega ao mercado. A nova em-balagem de um quilo da Hellmann’s foi lançada para atender àqueles que utilizam pouca quan-tidade de maionese. Por ser rígida, facilitando seu manuseio, a nova embalagem oferece dife-rentes aplicações na cozinha profissional. Pos-sui três opções de corte para abertura que per-mitem dosar a quantidade e também possibilita a permanência de até três dias fora da geladeira, sem interferir na segurança do produto. “A Hell-mann’s – 1kg permite ao operador adquirir o produto com menor desembolso, evita desperdí-cio e simplifica a armazenagem, já que a embala-gem fica em pé”, explica a diretora de marketing da Unilever Foodsolutions, Ana Paula Guelli. A novidade pode ser encontrada em distribuidores e atacadistas.

A Unilever lança no mercado brasileiro o Omo Multiação Tanquinho, produto inédito que che-

O Suflair, único chocolate aerado do mercado brasileiro, e reconhecido pelo consumidor pela sensação única de leveza que provoca no pala-dar, ganha duas novas versões: Suflair Duo e Su-flair Sense. O Suflair Duo é um tablete para con-sumo familiar, com 130 gramas, que combina o chocolate ao leite aerado com uma cobertura de chocolate branco. Já o Suflair Sense chega em embalagem para consumo individual, de 38 gramas, e oferece o chocolate ao leite aerado com um recheio cremoso com o mesmo sabor de Suflair.

ga para atender aos anseios da dona de casa. A partir de agora, as consumidoras que utilizam tanquinho (57%) terão um produto específico para as suas necessidades. O principal diferen-cial do produto é permitir três lavagens perfeitas utilizando a mesma água. De acordo com Prya Patel, diretora de marketing da área de Higiene e Limpeza da Unilever, este é um dos principais lançamentos do ano da marca. Ao todo, foram investidos R$14 milhões neste lançamento. Omo Multiação Tanquinho também será comer-cializado em embalagens de 1kg e 500g, além de ter o mesmo perfume e preço de Omo Multiação Active Clean.

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Rexona une tecnologia e proteção em novo antitranspirante

Biscoitos Recheados Renata Descola-dos

Selmi lança Superiore Azeite Extra Virgem

A marca líder no mercado brasileiro de anti-transpirantes traz para as prateleiras Rexona Nat-urals, desenvolvido para mulheres que buscam produtos com ingredientes naturais. A marca une tecnologia exclusiva, elementos extraídos da natureza e toda a proteção característica de Rex-ona. A fórmula trabalha em sincronia com a res-posta natural do organismo quando ele transpira, proporcionando proteção contra sudorese e odor. A linha oferece duas variantes, Organics e Balance, será comercializada em todo Brasil e está disponível nas versões aerossol, 175ml, e roll-on, 50ml.

A Selmi lança produtos superpoderosos para aplacar a fome de crianças de todas as idades: os biscoitos recheados Renata descolados. Ben 10 e as Meninas Superpoderosas formam uma liga para lá de radical para levar sabor, vitaminas e di-versão aos novos biscoitos do Grupo Selmi. Nos sabores chocolate e morango, os biscoitos são fonte de vitaminas, cálcio e são livres de gordu-ra trans. A novidade chega com uma qualidade a mais: a embalagem flow pack garante que o produto fique crocante por muito mais tempo, evitando a oxidação e o envelhecimento, ge-rando maior segurança e higiene alimentar. Os biscoitos recheados serão comercializados em pacotes individuais com embalagens de 145g.

Toda a qualidade e tradição da Selmi podem ser encontradas em sua grande novidade: o Re-nata Superiore Azeite Extra Virgem. Elaborado com azeitonas selecionadas da região da Tos-cana, na Itália, esse azeite de oliva extravirgem é extraído a partir de um processo de prensa-gem a frio e apresenta acidez máxima de 0,5%. É mais um produto da Selmi que confere sabor e requinte à mesa. Apresenta duas versões de em-balagem 500ml: em vidro ou alumínio, de design inovador, importadas da Itália.

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Plataforma

Empalux amplia seu mix de produtos

H2O Cosméticos lança linha masculina

Para ampliar seu mix de produtos, a Empalux lança no mercado a Lâmpada Fluorescente Su-per Compacta. Com seu tamanho reduzido, pro-porciona 80% de economia e dura até seis vezes mais em relação as incandescentes comuns, sem perder sua eficiência. Disponíveis nas potências 5, 7, 9 e 11W nas cores amarela ou branca e nas tensões 127 e 220 V. Ideal para encaixar em luminárias pequenas, sendo muito utilizadas em arandelas, spots, etc.

A H2O Cosméticos lança na Apas 2009 a sua nova linha de produtos para homens. O lan-çamento teve a presença marcante da ex-bbb Priscila Pires, eleita pela equipe com 100% de beleza, simpatia e carisma. OS produtos foram desenvolvidos exclusivamente para atender às necessidades do homem brasileiro. A nova linha contém shampoo refrescante (sem sal) de uso diário, gel para cabelos, gel pós barba e desodor-ante rollon. A H2O Evolution prioriza a fabrica-ção de produtos naturais, sem testá-los em ani-mais. Suas formulações contêm ativos naturais e sem adição de sal.

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Marca ‘Neutrox’ lança linha de hidrata-ção espetacular

Sonho de Valsa inova no mercado de bombons

Vitral Estúdio de Design desenvolve embalagens para o grupo Zadville

A nova linha da marca Neutrox – Hidratação Espetacular – chega ao mercado para dar vida nova aos cabelos e restaurar os fios danificados e quimicamente tratados. Em todo o Brasil, já estão disponíveis o Shampoo, Condicionador Concentrado, Creme para Pentear e Creme de Tratamento, todos com 0% de sal – que propor-ciona mais hidratação com menos química, evi-tando o ressecamento e conferindo ainda mais brilho aos cabelos. A linha Hidratação Espetacu-lar traz em sua composição a mesma qualidade e tradição da marca Neutrox, mas com novas fragrâncias ainda mais sofisticadas e concentra-das.

Chega aos pontos de venda o primeiro bom-bom com dois recheios do mercado: Sonho de Valsa Avelã com Creme Branco. O chocolate chega para fortalecer ainda mais a liderança da marca que já completa 71 anos de história. “Nos-sa expectativa é que o sabor e a combinação in-édita de dois recheios desse bombom atraiam ainda mais consumidores para a marca Sonho de Valsa”, afirma o diretor de marketing de choco-lates da Kraft Foods Brasil, Eduardo Nigro. Son-ho de Valsa Avelã com Creme Branco vai custar R$0,60 a unidade e será vendido em todo o país.

O personagem Scooby-Doo é o tema princi-pal das embalagens do cereal matinal lançado recentemente pelo Grupo Zadville. Sua imagem foi explorada nas faces frontais da embalagem e cada sabor conta a história de um caso extraído dos episódios da série na televisão. O comple-mento que faz o diferencial da embalagem é a interatividade com o consumidor: a parte de dentro da caixa tem duas máscaras que a criança pode recortar e ainda colorir.

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