12
Supertubos

Supertubos: 10 poemas

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Os 10 primeiros poemas de Supertubos: Poemas 2005-2015, de Hugo Milhanas Machado

Citation preview

Supertubos

15supertubos

Mostrados os desenhos todos do barcocanto modo longe no embalo da vagasaber onde fica onde inventar a praiaesse tal pau na quadra levantado

Uma quadra

16 hugo milhanas machado

Vinha curvar o corpo na bicicletae a caixa do poema que traziase borracha boa muito caratinha dito de letra marinheira

A minha amizade bate na estradasuper nesses empinados cumes ondeem alegre mudança de passeiosomamos mais nomes do nosso

É nome nosso por nome dos outrosuma caixa de castigo para o poemae eu vejo o sol tão transporte no marempresto gramática por viagem

A marcha

17supertubos

Manda teu aquele sossego vidro laçoe corpo demora a voltar tudo eu penso chão penso no ombroombro em ti chega quando chegava

Em passo a árvore é mesmo corpo e no resto o acontecer firme da genteé um peito é céu de boca e branco céu de boca no acorde da noite

Se mexe tem estrela tem pretas o anjo vai começar a dançare o mexer da planta já mexequando o amigo vem sentar

18 hugo milhanas machado

Agora e no entusiasmosão já as tuas coisas sozinhasnós estamos e metemos forçae é hoje são roupas um pé

Que o almocinho é quentenobre ainda o café à mesae o rigor do propósito tão valentecomo certa alegria no cansaço

São os corredores são as estradassaber a gente na passagem e então enchemos uns nos outrose são já só as tuas coisas sozinhas

19supertubos

O passo é o bater do bom dialuz toda na amizade dessa caraque passando é veloz mais velozo desfazer de volta no caminho

Eu tenho o gosto nas madeirasrepousadas ver palavras incharpasso de longe nos bons diase o castigo faz coisas de guitarra

Eu meto o gosto das madeirasduro para sempre nessas praiasde brutas batalhas e desforras e chego a gostar nos bons dias

20 hugo milhanas machado

Mora som da língua comandante e se falamos lá por alto fora de nós e nas curvas mais esquinas de chegar encostamos loucos no falar

Sabe doce esse brinquedo vibrarque acama a dor num hospital é pujante esse ir para a frenteem que comidos acampamos

Mordia a madeira mordia marinha luz a vontade da nossa tem famíliae um desporto ligeiro e grossode sermos nós nesta maneira

21supertubos

Há aquele braço nas pedrasde colo parado da paisagemquando é voz percebemos quase corpo e agasalha se torna a escutar

Faz um espelho do mais longe esse cavalo em tentar de passagem que faz belo e faz do meio modo pequenino de explicação

Mas é um espelho tão torto já agiganta doido aquele cavaloa voz parando no topo do braçoé um touro que então lá vem

22 hugo milhanas machado

É um remador e ajuda a ficarse pedra vai bebendo na naveo sulco grande e altão das águase nós só nós pequenos ficando

Empurra no travo de um pãoele baixa escuro e sal por nóso calo que remando é o crescere em flor somente não vai chegando

Lá do alto já não é azule a fábrica do gosto enche na pazque o maduro canto vai povoandoele junta mundo nas velocidades

23supertubos

Sobe frouxo o brinquedo vibrare mais tu danças mais ele sobepeça nação é aconchego de regressoesse estar em casa lá de casa

Um pau erguido no passo da quadraque batendo em balanço do fole nos ensina a respirar sozinhos sem pau erguido no passo da quadra

Hoje vi de longe onde vamos ficare como só já dormisse na espera ergue lavado um novo e branco dia e escangalhados sempre repousamos

24 hugo milhanas machado

Vem no toque espraiado da luzesse rigor do lugar imaginadoque no gesto é clara devolução e só segura quando se dá falar

O bailado que se faz na salaresponde contente uns nos outros e a luz que é pátio de folas carbura assobio na emoção

Mas uma vez disse sou só campistae figurado meu modo de ficarpoupo na sílaba que recortando nos ensina no uso das figuras