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SUPLEMENTO GRATUITO DO SEMANÁRIO NACIONAL OPERÁRIO E SOCIALISTA CAUSA OPERÁRIA ANO XI, Nº 102, DE 25 A 31 DE OUTUBRO DE 2014 - DISTRIBUIÇÃO NACIONAL - INTERNET: WWW.PCO.ORG.BR - ENDEREÇO ELETRÔNICO: [email protected] O que os bancos e especuladores prepararam para depois das eleições O imperialismo, isto é, os go- vernos dos países capitalis- tas mais ricos do planeta, seus bancos e grandes empresas, querem, neste momento, acabar com os go- vernos burgueses nacionalistas dos países atrasados, como na Venezuela, Bolívia, Argentina e o próprio Brasil. A política da burugesia naciona- lista é considerada, na alta roda das finanças internacionais, como uma gastança de dinheiro em favor dos empresários destes países menos de- senvolvidos e da própria população pobre e trabalhadora. Tais medidas, que incluem os programas sociais do PT no Brasil, por exemplo, foram uma necessidade do próprio impe- rialismo para tentar conter a rebelião popular detonada pela política de ter- ra arrasada dos governos neoliberais anteriores (no nosso caso, do gover- no FHC/PSDB, de 1995 a 2002). A POLÍTICA DO IMPERIALISMO DIANTE DA CRISE CAPITALISTA O agravamento da crise mundial desde 2008 requer uma nova ofensi- va em regra contra as massas, ou se- ja, um aprofundamento da política de ataque às condições de vida da maio- ria da população, uma suspensão do período de “trégua” com as massas que estes governos, como os de Lula e Dilma, representaram. É por esse motivo que os gran- des banqueiros e empresários im- perialistas se unificaram em torno à candidatura tucana de Aécio Neves, com a esperança de que um novo go- verno do PSDB coloque em prática um ataque em regra contra as condi- cões de vida da população. Para so- breviverem, os grandes monopólios capitalistas precisam ter acesso di- reto, em intermediários, às riquezas do nosso país. O imperialismo exige uma no- va onda de privatizações (Petrobras, Correios etc.), o corte nos gastos pú- blicos sociais (como educação, saú- de, assistência, moradia, transporte etc.), e o rebaixamento salarial com a liquidação dos direitos trabalhistas (fundo de garantia, férias, 13º salá- rio etc.). Querem um “tarifaço”, de modo a promover uma transferência de re- cursos diretamente das mãos da po- pulação para as empresas estrangei- ras que controlam os serviços priva- tizados de água, energia elétrica etc. e, por meio dessas medidas, visam levar a economia brasileira para uma situação de recessão, para fazer com que os trabalhadores paguem pela crise capitalista mundial com seus empregos e com o rebaixamento da suas condições de vida. LUTAR EM DEFESA DAS CONDIÇÕES DE VIDA DAS MASSAS TRABALHADORAS É preciso uma mobilização contra o golpe que começou agora, com a fraude eleitoral que impôs Alckmin ao governo de S. Paulo no 1º turno, um resultado impossí- vel diante da crise política no Esta- do e que fez Aé- cio Neves cres- cer 25 pontos percentuais em 24 horas nas urnas em todo o país. A clas- se operária e a população pobre e trabalhadora de- vem se mobilizar por seus próprios meios, com ma- nifestações, mo- bilizações, gre- ves e enfrentar o imperialismo e seus aliados nacionais. VEJA AQUI AS PRINCIPAIS MEDIDAS EXIGIDAS PELO CAPITAL ESTRANGEIRO Neste momento, os banqueiros e grandes empresários estrangeiros têm uma palavra-de-ordem clara: “ajuste econômico”! Isso significa: CORTES DE GASTOS PÚBLICOS SOCIAIS (EDUCAÇÃO, SAÚDE, ASSISTÊNCIA, MORADIA, TRANSPORTE etc.) Contra o corte de gastos, o PCO defende que todos os recursos pú- blicos destinados às necessidades do povo sejam controlados pela própria população. REBAIXAMENTO SALARIAL, LIQUIDAÇÃO DOS DIREITOS TRABALHISTAS Nenhum rebaixamento! Nenhum direito a menos! Por um salário míni- mo vital, necessário para satisfazer as necessidades de um trabalhador e sua família, de, no mínimo, R$3.500,00. “TARIFAÇO” (ÁGUA, ENERGIA ELÉTRICA, GASOLINA etc.) Nenhum aumento de tarifas! Que as empresas privadadas que tomaram de assalto os serviços públicos como água e energia elétrica devolvam o que tomaram do povo brasileiro com o cancelamento das privatizações e a reestatização destas empresas. UMA NOVA ONDA DE PRIVATIZAÇÕES (PETROBRÁS, CORREIOS etc.) Nenhuma privatização. Reversão de toda a entrega do patrimônio pú- blico brasileiro. Que as empresas estatais sejam controladas por seus próprios trabalhadores em nome dos trabalhadores e de todo o povo brasileiro. RECESSÃO Que os capitalistas paguem pela crise que eles mesmos criaram! Se são incapazes de administrarem suas próprias empresas e as estão levan- do à falência, então que dêem o seu lugar para que os trabalhadores pos- sam fazê-las funcionar em benefício de toda a população. meçou agora, com al que impôs verno de S. rno, um possí- rise a- - o a re de- lizar ios a- - s

Suplemento do jornal Causa Operária nº 102

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SUPLEMENTO GRATUITO DO SEMANÁRIO NACIONAL OPERÁRIO E SOCIALISTA

CAUSA OPERÁRIAANO XI, Nº 102, DE 25 A 31 DE OUTUBRO DE 2014 - DISTRIBUIÇÃO NACIONAL - INTERNET: WWW.PCO.ORG.BR - ENDEREÇO ELETRÔNICO: [email protected]

O que os bancos e especuladores prepararam para depois das eleiçõesO imperialismo, isto é, os go-

vernos dos países capitalis-tas mais ricos do planeta, seus

bancos e grandes empresas, querem, neste momento, acabar com os go-vernos burgueses nacionalistas dos países atrasados, como na Venezuela, Bolívia, Argentina e o próprio Brasil.

A política da burugesia naciona-lista é considerada, na alta roda das fi nanças internacionais, como uma gastança de dinheiro em favor dos empresários destes países menos de-senvolvidos e da própria população pobre e trabalhadora. Tais medidas, que incluem os programas sociais do PT no Brasil, por exemplo, foram uma necessidade do próprio impe-rialismo para tentar conter a rebelião popular detonada pela política de ter-ra arrasada dos governos neoliberais anteriores (no nosso caso, do gover-no FHC/PSDB, de 1995 a 2002).A POLÍTICA DO IMPERIALISMO DIANTE DA CRISE CAPITALISTA

O agravamento da crise mundial desde 2008 requer uma nova ofensi-va em regra contra as massas, ou se-ja, um aprofundamento da política de ataque às condições de vida da maio-ria da população, uma suspensão do período de “trégua” com as massas que estes governos, como os de Lula e Dilma, representaram.

É por esse motivo que os gran-des banqueiros e empresários im-perialistas se unifi caram em torno à candidatura tucana de Aécio Neves, com a esperança de que um novo go-verno do PSDB coloque em prática um ataque em regra contra as condi-cões de vida da população. Para so-breviverem, os grandes monopólios capitalistas precisam ter acesso di-reto, em intermediários, às riquezas do nosso país.

O imperialismo exige uma no-

va onda de privatizações (Petrobras, Correios etc.), o corte nos gastos pú-blicos sociais (como educação, saú-de, assistência, moradia, transporte etc.), e o rebaixamento salarial com a liquidação dos direitos trabalhistas (fundo de garantia, férias, 13º salá-rio etc.).

Querem um “tarifaço”, de modo a promover uma transferência de re-cursos diretamente das mãos da po-pulação para as empresas estrangei-ras que controlam os serviços priva-tizados de água, energia elétrica etc. e, por meio dessas medidas, visam levar a economia brasileira para uma situação de recessão, para fazer com que os trabalhadores paguem pela crise capitalista mundial com seus empregos e com o rebaixamento da suas condições de vida.LUTAR EM DEFESA DAS CONDIÇÕES DE VIDA DAS MASSAS TRABALHADORAS

É preciso uma mobilização contra

o golpe que começou agora, com a fraude eleitoral que impôs Alckmin ao governo de S. Paulo no 1º turno, um resultado impossí-vel diante da crise política no Esta-do e que fez Aé-cio Neves cres-cer 25 pontos percentuais em 24 horas nas urnas em todo o país. A clas-se operária e a população pobre e trabalhadora de-vem se mobilizar por seus próprios meios, com ma-nifestações, mo-bilizações, gre-ves e enfrentar o imperialismo e seus aliados nacionais.

VEJA AQUI AS PRINCIPAIS MEDIDAS EXIGIDAS PELO CAPITAL ESTRANGEIRO

Neste momento, os banqueiros e grandes empresários estrangeiros têm uma palavra-de-ordem clara: “ajuste econômico”! Isso signifi ca:• CORTES DE GASTOS PÚBLICOS SOCIAIS (EDUCAÇÃO, SAÚDE, ASSISTÊNCIA, MORADIA, TRANSPORTE etc.)

Contra o corte de gastos, o PCO defende que todos os recursos pú-blicos destinados às necessidades do povo sejam controlados pela própria população.• REBAIXAMENTO SALARIAL, LIQUIDAÇÃO DOS DIREITOS TRABALHISTAS

Nenhum rebaixamento! Nenhum direito a menos! Por um salário míni-mo vital, necessário para satisfazer as necessidades de um trabalhador e sua família, de, no mínimo, R$3.500,00.• “TARIFAÇO” (ÁGUA, ENERGIA ELÉTRICA, GASOLINA etc.)

Nenhum aumento de tarifas! Que as empresas privadadas que tomaram de assalto os serviços públicos como água e energia elétrica devolvam o que tomaram do povo brasileiro com o cancelamento das privatizações e a reestatização destas empresas.

• UMA NOVA ONDA DE

PRIVATIZAÇÕES (PETROBRÁS, CORREIOS etc.)

Nenhuma privatização. Reversão de toda a entrega do patrimônio pú-blico brasileiro. Que as empresas estatais sejam controladas por seus próprios trabalhadores em nome dos trabalhadores e de todo o povo brasileiro.

• RECESSÃO

Que os capitalistas paguem pela crise que eles mesmos criaram! Se são incapazes de administrarem suas próprias empresas e as estão levan-do à falência, então que dêem o seu lugar para que os trabalhadores pos-sam fazê-las funcionar em benefício de toda a população.

o golpe que começou agora, com a fraude eleitoral que impôs Alckmin ao governo de S. Paulo no 1º turno, um resultado impossí-vel diante da crise política no Esta-do e que fez Aé-

urnas em todo

se operária e a população pobre e trabalhadora de-vem se mobilizar por seus próprios meios, com ma-nifestações, mo-

e seus aliados

ESTÁ NAS RUAS O JORNAL

CAUSA OPERÁRIA Nº 818

ASSINE JÁpelo telefone: 11--94999-6537

ou por e-mail: [email protected]

ou pelo site: editora.pco.org.br

É preciso sair às ruas conta a

seca criada por Geraldo Alckmin

As torneiras de um número

cada vez maior de pessoas

estão sem água.

Na capital paulista, a região

Sul está sofrendo um raciona-

mento velado.

A Sabesp não admite o racio-

namento. “Eu garanto que não

existe racionamento. Nenhum

bairro de São Paulo fi ca sem água por mais de 12 horas. A periferia

sofre mais por não ter armazena-

mento, mas controlamos isso 24

horas por dia”, diz a presidenta

da Sabesp, Dilma Pena. Ou seja,

racionamento só é considerado

se houver falta d’água por mais

de 12 horas, e nos bairros ricos,

não na periferia. Mas o fato é que

bairros inteiros estão fi cando sem água alguma parte do dia.

No interior essa situação já

provocou a revolta da população,

que protestou no início do mês

em Campinas e em Itu.

A falta de água é só uma par-

te do problema criado pelas ges-

tões tucanas no estado. A educa-

ção nunca esteve tão mal, o que

não é privilégio dos paulistas.

Em Minas Gerais, onde Aécio

encerra seu mandato, a situação

é a mesma. Os professores acu-

mulam greves históricas por sua

duração e radicalização. Docen-

tes e servidores lutam por me-

lhores salários e condições de

trabalho. As escolas se tornaram

depósito de crianças. A falta de

vagas em creches geram protes-

tos da população. A lista de es-

pera ultrapassa centenas de mi-

lhares etc.

O resultado das eleições, em-

possando Alckmin no 1º turno

com 60% dos votos, contraria

abertamente o sentimento de re-

volta que vem tomando contra da

população.

Com um resultado como esse,

os responsáveis pela privatiza-

ção dos serviços públicos e pela

completa destruição da infraes-

trutura do estado esperam calar a

população pobre, trabalhadora e

oprimida apresentando uma fal-

sifi cação: a “maioria” da popula-ção paulista gosta de passar sede

e necessidade, por isso votaram

no Alckmin.

É preciso desafi ar a farsa elei-toral nas ruas. É preciso mobili-

zar os trabalhdores, a população

em geral, contra a seca criada

por Geraldo Alckmin e levar pa-

ra as ruas a denúncia contra um

dos mais graves ataques contra as

condições de vida da população

paulista.

PCO promove palestra-debate sobre a

1ª INTERNACIONAL NO SEU 150º ANIVERSÁRIO

dia 8 de novembro, sábado,

a partir das 10h, em São Paulo

com Rui Costa Pimenta

SUPLEMENTO DO JORNAL CAUSA OPERÁRIA

Ano X, edição semanal - nº 102,

de 25 a 31 de outubro de 2014

tiragem: 50 mil exemplares

Editor: Rui Costa Pimenta

Rua Serranos nº 108, Saúde - São Paulo/SP - fone (11)

94999-6537 - Acesse: www.facebook.com/pco29

Em 1864 foi fundada a

Associação Internacional dos

Trabalhadores, conhecida pos-

teriormente como a I Interna-

cional.

Marx e Engels participarão

da criação da nova organização,

onde procurarão levar adiante

um trabalho de estruturação do

movimento operário interna-

cional o qual, após a derrota da

vaga revolucionária na Euro-

pa após 1848 adquire um novo

impulso através da guerra da

secessão norte-americana e das

lutas econômicas em alguns pa-

íses como a Inglaterra.

A I Internacional represen-

ta, na concepção de Marx e

Engels, um esforço para unir

todas as tendências do movi-

mento operário em um perío-

do de reação política Esta reto-

mada do movimento operário

culminará em 1879 com a ex-

traordinária experiência revo-

lucionária da Comuna de Paris

a qual será, ao mesmo tempo,

uma culminação e o princípio

do fi m da Internacional. Ao mesmo tempo, Marx e

Engels dedicaram boa parte

das suas energias ao combate

às variantes socialistas peque-

no-burgueses que buscam ad-

quirir infl uência determinante sobre a Internacional como

as tendências anarquistas de

Proudhon e Bakunin.

Este trabalho, que consu-

miu boa parte das energias de

ambos e contou com o empe-

nho pessoal direto de Marx

na condução dos assuntos da

internacional, foi de decisiva

importância para afi rmar a pre-dominância posterior do mar-

xismo na Europa através da

II Internacional superando as

teorias parciais e insufi cientes dos lassalianos, bakuninistas e

anarquistas como teoria da luta

de classes do proletariado mais

avançado do mundo.

Venha discutir! Participe da

palestra-debate com o compa-

nheiro Rui Costa Pimenta!

[email protected]

Sede Estadual: Rua Serranos, 108,

Saúde, São Paulo/SP

Sede Nacional: SCS, Qd. 2 - Edifício São Paulo,

Sala 310, Brasília/DF

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