2
Impeachment é golpe! E m 2012, a direita armou o fraudulento julga- mento do “mensalão” e prendeu dirigentes do PT de for- ma arbitrária e ilegal em plena eleição municipal. Já estava em marcha, na épo- ca, a preparação de um golpe de Estado para derrubar o governo do PT. Nem o próprio PT enxergou isso e, na ocasião, se absteve in- clusive de defender os dirigen- tes condenados sem provas. Mas a ofensiva golpista foi se inten- sificando: a direita colocou seus efetivos para atacar os partidos de esquerda nas mobilizações de junho de 2013 e desde então foi se organizando e mobilizando. Em março de 2014 comemo- raram os 50 anos do golpe mi- litar, numa “reedição” da Mar- cha da Família que antecedeu o golpe militar de 1964. No fi- nal do ano chamaram diversas mobilizações contra o governo Dilma e, finalmente, em 2015 convocaram duas grandes ma- nifestações pelo impeachment, pedindo também intervenção militar. A ofensiva combinada da im- prensa burguesa, da Polícia Fe- deral, do STF e agora da Câma- ra, sob a presidência de Eduar- do Cunha, progrediu de tal mo- do que é impossível negar que o governo de Dilma Rousseff está seriamente ameaçado. Se antes a ideia de golpe con- tra o governo era encarada por alguns como um “delírio”, ago- ra a conversa é outra: não se tra- ta de golpe, mas de um proces- so perfeitamente legal e consti- tucional; o impeachment. Ou seja, os mesmos que nega- ram que houvesse uma ofensiva contra o governo, que disseram que o PT e o PSDB eram a mes- ma coisa ou mesmo que chegaram a afirmar que a burguesia e o go- verno petista era o favorito do im- perialismo estrangeiro, não apenas não reconhecem que estavam er- rados como preferem continuar a não ver. Ou a fingir que não veem. A ideia de derrubar o governo Dilma não surgiu da noite para o dia. Há um cartel da impren- sa capitalista contra o governo petista, que reproduz insisten- temente a campanha elaborada pela direita de que o governo é o mais corrupto que já existiu no País, entre outros absurdos. O Supremo Tribunal Fede- ral (STF), a serviço dessa direi- ta (que por sua vez está a servi- ço do imperialismo estrangei- ro), passou por cima de todos os direitos dos réus do mensalão, condenou sem provas etc.; a Po- lícia Federal investiga o gover- no secretamente; o presidente da Câmara encaminhou recen- temente os pedidos de impeach- ment de vários partidos para dar início a um processo formal; um procurador da República passou por cima da responsável oficial e determinou que deve ser aber- to um inquérito contra Lula.... a lista de arbitrariedades e as evi- dências de que se trata de uma operação orquestrada para der- rubar o governo petista é imen- sa. A direita perseguiu, violou direitos, organizou pessoas con- tra o governo, contratou a im- prensa para repercutir sua polí- tica. O impeachment é resultado dessa articulação, sendo impos- sível considera-lo um processo democrático e legal. É preciso dizer claramente: o impeachment é um golpe, sim. Impeachment Golpe ABAiXO o Nao! SuPLEMENTO gRATuiTO DO SEMANáRiO NACiONAL OPERáRiO E SOCiALiSTA CAUSA OPERÁRIA ANO XI • Nº 117 • 2 A 8 De AgOstO De 2015 • DIstrIbuIçãO NAcIONAl • INterNet: www.pcO.Org.br • e-mAIl: [email protected] Contra o golpe, formar comitês populares nos bairros e locais de trabalho Trabalhadores, jovens, está na or- dem-do-dia a necessidade de nos or- ganizarmos para enfrentar a ameaça da direita golpista. A tentativa de derrubar o gover- no de Dilma Rousseff não vai ser impedida com manobras parlamen- tares e discursos. A ameaça golpis- ta só pode ser combatida por um forte movimento vindo “de baixo”, isto é, pelos trabalhadores e a ju- ventude nas periferias das grandes cidades e em todo o País. É preciso levar o repúdio da classe trabalhadora contra a direi- ta às ruas. Para isso, é preciso or- ganizar nos locais de moradia e de trabalho, nos bairros e nas empre- sas, comitês populares contra a di- reita golpista. Trabalhadores, jovens, discutam essa proposta com seus companhei- ros. Formem comitês para discutir a situação política e organizar a luta para, no momento necessário, levar às ruas a única força capaz de resis- tir à investida golpista: a classe ope- rária, os trabalhadores e a população pobre e oprimida que são a maioria no País.

Suplemento do jornal Causa Operária nº 117

Embed Size (px)

DESCRIPTION

 

Citation preview

Impeachment é golpe!

Em 2012, a direita armou o fraudulento julga-mento do “mensalão” e

prendeu dirigentes do PT de for-ma arbitrária e ilegal em plena eleição municipal.

Já estava em marcha, na épo-ca, a preparação de um golpe de Estado para derrubar o governo do PT.

Nem o próprio PT enxergou isso e, na ocasião, se absteve in-clusive de defender os dirigen-tes condenados sem provas. Mas a ofensiva golpista foi se inten-

sificando: a direita colocou seus efetivos para atacar os partidos de esquerda nas mobilizações de junho de 2013 e desde então foi se organizando e mobilizando.

Em março de 2014 comemo-raram os 50 anos do golpe mi-litar, numa “reedição” da Mar-cha da Família que antecedeu o golpe militar de 1964. No fi-nal do ano chamaram diversas mobilizações contra o governo Dilma e, finalmente, em 2015 convocaram duas grandes ma-nifestações pelo impeachment,

pedindo também intervenção militar.

A ofensiva combinada da im-prensa burguesa, da Polícia Fe-deral, do STF e agora da Câma-ra, sob a presidência de Eduar-do Cunha, progrediu de tal mo-do que é impossível negar que o governo de Dilma Rousseff está seriamente ameaçado.

Se antes a ideia de golpe con-tra o governo era encarada por alguns como um “delírio”, ago-ra a conversa é outra: não se tra-ta de golpe, mas de um proces-so perfeitamente legal e consti-tucional; o impeachment.

Ou seja, os mesmos que nega-ram que houvesse uma ofensiva contra o governo, que disseram que o PT e o PSDB eram a mes-ma coisa ou mesmo que chegaram a afirmar que a burguesia e o go-verno petista era o favorito do im-perialismo estrangeiro, não apenas não reconhecem que estavam er-rados como preferem continuar a não ver. Ou a fingir que não veem.

A ideia de derrubar o governo Dilma não surgiu da noite para o dia. Há um cartel da impren-sa capitalista contra o governo petista, que reproduz insisten-temente a campanha elaborada pela direita de que o governo é o mais corrupto que já existiu no País, entre outros absurdos.

O Supremo Tribunal Fede-ral (STF), a serviço dessa direi-

ta (que por sua vez está a servi-ço do imperialismo estrangei-ro), passou por cima de todos os direitos dos réus do mensalão, condenou sem provas etc.; a Po-lícia Federal investiga o gover-no secretamente; o presidente da Câmara encaminhou recen-temente os pedidos de impeach-ment de vários partidos para dar início a um processo formal; um procurador da República passou por cima da responsável oficial e determinou que deve ser aber-to um inquérito contra Lula.... a lista de arbitrariedades e as evi-dências de que se trata de uma operação orquestrada para der-rubar o governo petista é imen-sa. A direita perseguiu, violou direitos, organizou pessoas con-tra o governo, contratou a im-prensa para repercutir sua polí-tica. O impeachment é resultado dessa articulação, sendo impos-sível considera-lo um processo democrático e legal.

É preciso dizer claramente: o impeachment é um golpe, sim.

Impeachment

Golpe

ABAiXO o

Nao!

SuPLEMENTO gRATuiTO DO SEMANáRiO NACiONAL OPERáRiO E SOCiALiSTA

CAUSA OPERÁRIAANO XI • Nº 117 • 2 A 8 De AgOstO De 2015 • DIstrIbuIçãO NAcIONAl • INterNet: www.pcO.Org.br • e-mAIl: [email protected]

Contra o golpe, formar

comitês populares nos

bairros e locais de trabalhoTrabalhadores, jovens, está na or-

dem-do-dia a necessidade de nos or-ganizarmos para enfrentar a ameaça da direita golpista.

A tentativa de derrubar o gover-no de Dilma Rousseff não vai ser impedida com manobras parlamen-tares e discursos. A ameaça golpis-ta só pode ser combatida por um forte movimento vindo “de baixo”, isto é, pelos trabalhadores e a ju-ventude nas periferias das grandes cidades e em todo o País.

É preciso levar o repúdio da classe trabalhadora contra a direi-

ta às ruas. Para isso, é preciso or-ganizar nos locais de moradia e de trabalho, nos bairros e nas empre-sas, comitês populares contra a di-reita golpista.

Trabalhadores, jovens, discutam essa proposta com seus companhei-ros. Formem comitês para discutir a situação política e organizar a luta para, no momento necessário, levar às ruas a única força capaz de resis-tir à investida golpista: a classe ope-rária, os trabalhadores e a população pobre e oprimida que são a maioria no País.

gaRanta o SeU eXemplaRaSSIne JÁ!

pelo telefone: 11--94999-6537

ou por e-mail: [email protected]

ou pelo site: http://editora.pco.org.br

leIa

caUSa opeRÁRIa

Semanário nacional, operário

e socialista

SUplemento Semanal Do JoRnal caUSa opeRÁRIa Ano X, edição semanal • nº 117, 2 a 8 de agosto de 2015 • tiragem: 100 mil exemplares • distribuição gratuita • editado pela Secretaria Nacional de Agitação e Propaganda do CCN/PCO • Rua Serranos nº 108, Saúde, São Paulo-SP, CEP 04147-030 • fone (11) 94999-6537 • site: www.pco.org.br

Derrotar nas ruas a direita golpista

e seus planos de “ajustes”

O PCO (Partido da Cau-

sa Operária) chama

os trabalhadores e à juven-

tude a exigir das suas orga-

nizações de luta, do campo e

da cidade, que se convoque

já uma ampla mobilização

para cerrar �ileiras contra um inimigo muito mais forte

e perigoso do que a política

de conciliação de classes do

PT: o imperialismo e seus

representantes no Brasil.

É preciso sair às ruas e dei-xar evidente para a direita golpista, pelos meios que fo-rem necessários, que as ma-nobras golpistas, seja no co-vil de bandidos do Congresso Nacional (impeachment), se-

ja onde for, serão enfrentadas nas ruas por uma combativa mobilização da classe operá-ria e demais explorados.

Organizar já nos sindica-tos, nas fábricas, nos bair-ros, universidades, ocupa-ções de terra etc. comitês de

luta contra o golpe para or-ganizar a mobilização e a de-fesa contra a direita golpista.• Não à privatização! Pe-

trobras 100% estatal e sob controle dos trabalhadores

• Não ao “ajuste”! Ocupar as fábricas contra as demis-sões. Escala móvel de salá-rios e horas de trabalho

• Não à terceirização!

• Dissolução da PM! Revo-

gação de toda legislação re-pressiva

• Fim do monopólio dos

meios de comunicação

• Reforma agrária com ex-propriação do latifúndio

• Reforma urbana, expro-priação dos especuladores, plano nacional de constru-ção de casas populares sob controle das organizações populares

• Por uma Assembleia Cons-

tituinte controlada pelo po-vo com liberdade de organi-zação partidária

• Abaixo a direita golpista!

• Por um governo dos tra-

balhadores da cidade e do

campotoDo SÁBaDo, às 11h30

anÁlISe polÍtIca Semanal

com Rui costa pimenta

www.pco.org.br/blog/tv

WWW.PCO.ORG.BR

nÃo leIa o QUe eleS QUeRem QUe VocÊ leIa

ao VIVo

Participe da plenária do PCO da Grande São Paulo

Sábado, dia 15 de agosto, às 10h Venha discutir a situação política e organizar a luta contra a direita golpis-

tab na sede estadual do pcO, rua serranos, nº 108, próximo ao metrô saúde

Filie-se ao PCO, o partido da luta contra o golpe, pela Revolução e pelo Socialismo

A crise do regime político mostra que os trabalhadores, a juventude e os demais explorados devem defender seus

interesses de maneira independente da burguesia, dos parti-dos dos banqueiros e patrões.

Para isso, é preciso constuir um verdadeiro parti-do operário, sem patrões, sem exploradores, um par-

tido que lute por um programa de atendimento inte-gral das reivindicações da população trabalhadora e oprimida. um partido que lute pela revolução, pelo governo dos trabalhadores e pelo socialismo.

Trabalhador, jovem, venha construir conosco um verdadeiro partido operário de massas, capaz

de dirigir a luta de todos os explorados contra a burguesia e o seu regime de opressão e ex-ploração que é o capitalismo.

entre em contato: por e-mail, [email protected] • por telefone (11) 97028-0071 ou (61) 9556-4183 • nas redes sociais, facebook.com/pco29 • pessoalmente, em sã o paulo: rua serranos nº 108, saú de

atividades da campanha

contra o golpe 7 de agosto

Debate em Brasília

“Como organizar a luta

contra o golpe” com o companheiro Antônio

Carlos Silva, da direção nacional do PCO

(local a confi rmar; contatos pelo telefone: 61-9641-5357)

8 de agosto

Plenária Sindical

do PCO da Campanha

contra o Golpe

(Correios, Metalúrgicos, Servidores, Frios etc.) - a partir das 14h na Rua Serranos, 90 –

Saúde, São Paulo

Plenária de Vargem

Grande e Região, da

campanha contra o golpe

na Rua Beija Flor, 1 (Escola Municipal, no Ponto Final do

ônibus)- são paulo;

Plenária da AJR

Juventude do PCO - da

Campanha contra o Golpe, a partir das 14 horas, na Rua

Serranos, 90, Saúde, São Paulo

9 de agosto

Plenária de Educadores

em Luta e Bancários da

Campanha contra o Golpe – a partir das 15h, na Rua Serranos, 90 – Saúde –

São Paulo;

12 e 13 de agosto

Marcha das Margaridas

no estádio Mané garrincha, Brasília

15 de agosto

Plenária Geral da

Campanha Contra o Golpe com analise política do companheiro Rui Costa

Pimenta; a partir das 11h, na Rua Serranos, 90 – Saúde –

São Paulo

Debate em Recife -

“Como organizar a luta

contra o golpe” com o companheiro Antônio

Carlos Silva, da direção nacional do PCO

(local a confi rmar; contatos pelo telefone: 81-98473-2749

e 99611-3325)

20 de agosto

Ato Nacional da

Campanha Contra o Golpe

em São Paulo e diversas capitais