27
S3 S5 S9 S7 S8 S4 S2 S5 S4 foco transporte e logística focus transport and logistics jurídico O desestímulo à inovação no setor farmacêutico. legal Disincentive towards innovation in the pharmaceutical sector. notícias da SWISSCAM CIOSP 2009 - Pavilhão Suíço na feira pela quarta vez consecutiva. chamber news 2009 CIOSP - Fair has Swiss stand for the fourth time in a row. 2009 R$ 10,00 swisscam O Magazine da Câmara de Comércio Suíço-Brasileira The Magazine of the Swiss-Brazilian Chamber of Commerce BRASIL 56

SWISSCAM Magazine 56 -  · de Comércio Suíço-Brasileira The Magazine of the Swiss- Brazilian Chamber of Commerce Diretor do Magazine e de Comunicação Magazine and Communication

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: SWISSCAM Magazine 56 -  · de Comércio Suíço-Brasileira The Magazine of the Swiss- Brazilian Chamber of Commerce Diretor do Magazine e de Comunicação Magazine and Communication

S3

S5

S9

S7

S8

S4

S2

20

07

R$ 1

0,00

S5

S4

20

07

R$ 1

0,00

f o c o

transporte e logística

f o c u s

transport andlogistics

j u r í d i c oO desestímulo à inovação

no setor farmacêutico.

l e g a l

Disincentive towardsinnovation in the

pharmaceutical sector.

n o t í c i a s d a S W I S S C A M

CIOSP 2009 - PavilhãoSuíço na feira pela quarta

vez consecutiva.

c h a m b e r n e w s2009 CIOSP - Fair has

Swiss stand for the fourth time in a row.

20

09

R$ 1

0,00

swisscamO Magazine da Câmara

de Comércio Suíço-BrasileiraThe Magazine of the

Swiss-Brazilian Chamberof Commerce

B R A S I L56

Page 2: SWISSCAM Magazine 56 -  · de Comércio Suíço-Brasileira The Magazine of the Swiss- Brazilian Chamber of Commerce Diretor do Magazine e de Comunicação Magazine and Communication

1s w i s s c a m m a g a z i n e 5 6 0 3 / 2 0 0 9

e d i t o r i a l

We are living in an era of history in which humanity is caught in a type of crossroad: we must either choose transformation,

which means taking a conscientious position toward social, environmental and economic problems facing the world, or resign ourselves to handing the next generation a degraded environment in a nearly failed socioeconomic scenario. The current environmental impact levels caused by economic activity as social inequalities generated by the vastly disparate differ-ences in income and education among nations place continued human development itself at risk.

The SWISSCAM Magazine has contributed toward providing deeper input for reflection on these im-portant issues and they have been featured on its pages since publication began. The last few issues have been devoted to vital subjects such as food, recycling, sustainability, energy, water, etc. In this issue, in your hands, we have covered another pri-ority and far-reaching subject intelligently and with sensitivity - logistics.

Logistics are defined as “a process involving plan-ning, implementation and efficient controls as well as correct costs, flows, storage of raw materials, inventories of process materials, finished products and information related to these activities, from the point of origin to the point of consumption for the purpose of providing customer services.” However, in reality it is more than this. Logistics can also contribute toward sustainable development. It is an important link to build a better world in which we all strive. This is due to the fact that efficient logistics systems demand less energy and fewer raw materials and therefore contribute toward expanding economic activities and minimizing en-vironmental impacts.

You can see that the sustainable development concept is based on a tripod: economic progress, reduction of environmental impacts and human development. Any upset of one of these three ele-ments would jeopardize the stability of it. This issue features important articles related to this matter. Good reading and good thoughts.

Sergio Luiz Pereira é

professor dos programas

de MBAs abertos e

in-company da BSP -

Business School São Paulo,

da Escola Politécnica da

Universidade de São Paulo

e consultor em Automação,

Gestão e Sustentabilidade.

Sergio Luiz Pereira

is professor in the

open and in company

MBA programs at the

BSP - Business School

São Paulo, and at the

Escola Politécnica da

Universidade de São Paulo

(São Paulo University

Polytechnic School).

He is also consultant in

Automation, Management

and Sustainability.

Tran

sla

tion

: G

lob

al T

ran

sla

tion

s.B

RTransport andLogistics

Vivemos um período da história em que a humanidade se encontra em uma espécie de encruzilhada: ou opta pela transformação - e isso significa ter atitudes cons-cientes frente aos problemas sociais, ambientais e econômicos

que o mundo enfrenta - ou se conforma de que vai entregar às próximas gerações um meio am-biente degradado e um cenário socioeconômico praticamente falido. Os atuais níveis de impactos ambientais causados pela atividade econômica e também os abismos sociais gerados pelas acentuadas desigualdades de renda e de escola-ridade entre as nações põem em risco a própria continuidade do desenvolvimento humano.

A revista SWISSCAM tem contribuído para aprofundar essas reflexões tão importantes, que figuram em suas páginas desde o início da publicação. As últimas edições foram dedicadas a temas vitais como alimentação, reciclagem, sustentabilidade, energia, água, etc. Nesta revista que você tem em mãos, outro assunto prioritário é esmiuçado com inteligência e sen-sibilidade: a logística.

A logística é definida como “o processo de pla-nejar, implementar e controlar eficientemente, ao custo correto, o fluxo e a armazenagem de maté-rias-primas, estoques de materiais em processo, produtos acabados e as informações relativas a estas atividades, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender os clientes”. Mas, na verdade, ela é muito mais do que isso. A logística também pode contribuir para o desenvolvimento sustentável. Ela é um elo importante na formação desse mundo melhor que todos nós buscamos. Isto porque sistemas logísticos eficientes demandam menos energia e matérias-primas e, consequentemente, contri-buem para a ampliação da atividade econômica e minimizam os impactos ambientais.

Observa-se que o conceito de desenvolvimento sustentável está fundamentado em um tripé: o progresso econômico, a redução de impactos ambientais e o desenvolvimento humano. Qual-quer abalo em um dos elementos deste tripé estará comprometendo a estabilidade do mes-mo. Esta edição traz importantes artigos sobre o tema. Boa leitura e boas reflexões.

Transporte e Logística

Page 3: SWISSCAM Magazine 56 -  · de Comércio Suíço-Brasileira The Magazine of the Swiss- Brazilian Chamber of Commerce Diretor do Magazine e de Comunicação Magazine and Communication

3s w i s s c a m m a g a z i n e 5 6 0 3 / 2 0 0 9

e x p a t r i a d o s e x p a t r i a t e s

10 O que deve ser feito para um documento estrangeiro ter validade no Brasil? How to make a foreign document valid in Brazil.

j u r í d i c o l e g a l

14 As vantagens das invenções de “segundo uso médico”. The advantages of “second medical use” inventions.

c o n v i d a d o g u e s t

20 Criança Futuro Esperança é o projeto da ABB que completa dez anos, investindo na única coisa que pode trazer dignidade e esperança às pessoas: Educação! Ten years ago, ABB started the ‘Criança Futuro Esperança’ project focusing on the only thing that can bring dignity and hope to people: Education!

m e i o a m b i e n t e e n v i r o n m e n t

27 Se descartado corretamente, o óleo de cozinha pode ter várias utilidades. When properly disposed of, cooking oil can be reused in different ways.

f o c o : t r a n s p o r t e e l o g í s t i c af o c u s : t r a n s p o r t a n d l o g i s t i c s

4 Berna mostra o eficiente sistema ferroviário urbano.Bern shows its efficient urban railway system.

13 Selos ambientais. Critérios duvidosos de rotulagem de produtos.Environmental labels. Questionable criteria for labeling products.

22 Transporte e logística de produtos químicos e farmacêuticos.Transport and logistics for chemical and pharmaceutical products.

a t u a l i d a d e b u s i n e s s u p d a t e

7 O papel da inovação em tempos de crise. The role of innovationin times of crisis.

c o n e x ã o s u í ç a s w i s s c o n n e c t i o n

9 Imigrantes de toda parte contribuíram na construção da Suíça de hoje. Immigrants from all over the world make Switzerland what it is today.

O Magazine da Câmarade Comércio Suíço-Brasileira

The Magazine of theSwiss- Brazilian Chamber

of Commerce

Diretor do Magazine e de ComunicaçãoMagazine and Communication Director

Christian Hanssen

Coordenação EditorialEditorial Coordination

Stephan Buser

Anúncios - Advertisements Denise Ortega

Projeto Gráfico, Direção de ArteEditorial Design, Art Direction

Markus Steiger

Revisão e TraduçãoProofreading and Translation

C.I.I. Idiomas, Global Translations.BRDenise Ortega, Hanna Weisskopf

Maria Augusta Chaves, Stephan Buser

Jornalista responsávelJournalist in charge

Maria Alice Amoroso Nunes, MTB 11.239

Produção Gráfica - PrintingPaula Medeiros

A reprodução das notícias é permitida, contanto que seja mencionada a fonte. As

opiniões contidas nos artigos não refletem necessariamente a posição da SWISSCAM.

The reproduction of items is permitted as long as the source is mentioned. The opinions

contained in the articles do not necessarily reflect the position of SWISSCAM.

Câmara de Comércio Suíço-BrasileiraSwiss-Brazilian Chamber of Commerce

Schweizerisch-Brasilianische HandelskammerChambre de Commerce Suisse-Brésilienne

Avenida das Nações Unidas, 18.00104795-900 São Paulo (SP) Brasil

Tel +55 (11) 5683 7447Fax +55 (11) 5641 3306

[email protected]

Presidente - PresidentChr is t ian Hanssen

Vice-presidentes - Vice-PresidentsCar los Roberto Hohl

Antonio Car los Guimarães

A Câmara de Comércio Suíço-Brasileira, constituída em 1945, é filiada à União das

Câmaras de Comércio Suíças no Exteriore à Câmara de Comércio Internacional.

The Swiss Brazilian Chamber of Commerce, founded in 1945, is affiliated to the Swiss

Foreign Trade Chambers and the International Chamber of Commerce.

www.swisscam.com.br

n o t í c i a s d a S W I S S C A M c h a m b e r n e w s

16 Pavilhão Suíço no CIOSP Swiss Pavillion at CIOSP 25 Coquetel de confraternização End-of-Year Cocktail - Publicação do guia Doing Business in Brazil Release of Doing Business in Brazil Handbook - Novos associados New members 26 Novo estagiário New intern

d i r e t ó r i o d i r e c t o r y

28 Comunidade suíça no Brasil e comunidade brasileira na Suíça.Swiss community in Brazil and brazilian community in Switzerland.

Pavilhão Suíço no CIOSP

Swiss Pavillion at CIOSP

Page 4: SWISSCAM Magazine 56 -  · de Comércio Suíço-Brasileira The Magazine of the Swiss- Brazilian Chamber of Commerce Diretor do Magazine e de Comunicação Magazine and Communication

4 s w i s s c a m m a g a z i n e 5 6 0 3 / 2 0 0 9

A região de Berna foi uma das pioneiras na implementação de S-Bahnen na Suíça; em 1974, o transporte regional ferroviário Bern-Solothurn já havia introduzido uma rede eficiente com

novos trajetos e novos trens nas regiões norte e oeste da cidade. Em 1990, o cantão de Zuri-que inaugurou o primeiro S-Bahn integral, que imediatamente se tornou um grande sucesso. Ainda demoraria até 12 de dezembro de 2004 até que Berna conseguisse introduzir o segundo S-Bahn abrangente da Suíça.

Uma rede de linhas com uma rápida sucessão de trens e horários sincronizados é pré-requisito para um S-Bahn. Em Berna hoje existem nove linhas que cobrem uma distância de 374 qui-lômetros, que também atendem mais quatro cantões. Por dia, até 120.000 pessoas chegam a utilizar os aproximadamente 1.000 trens. Por uma questão de contenção de custos não foi

O S-Bahn de BernaNos cantões de língua alemã, o sistema regional de transporte público é chamado S-Bahn (sistema ferroviário de trânsito rápido).

por Felix Buser

f o c o : t r a n s p o r t e e l o g í s t i c a

possível construir novos trilhos; foi necessário utilizar a rede ferroviária já existente. Por isto, trens de carga, intermunicipais (Intercity) e ex-pressos regionais (Regioexpress) transitam al-ternadamente nos mesmos trilhos. Mesmo assim foi preciso ampliar a infraestrutura com novas estações e cruzamentos. Seis linhas transitam em vias normais e três, em vias estreitas. No momento, somente há quatro linhas diametrais; as outras começam ou terminam no Centro.

Um S-Bahn exige trens construídos para uma grande capacidade de transporte, rápida entrada e saída de passageiros e uma grande aceleração. Por esta razão foi adquirido um grande núme-ro de trens urbanos “NINA” de piso rebaixado de três e quatro partes. Isto permite montar trens de até 220 metros de comprimento, que acomodam 1.100 pessoas. Alguns trens mais antigos receberam vagões intermediários com piso rebaixado.

Foto

s: D

ivu

lgaç

ão

Tran

sla

tion

: G

lob

al T

ran

sla

tion

s.B

R

Page 5: SWISSCAM Magazine 56 -  · de Comércio Suíço-Brasileira The Magazine of the Swiss- Brazilian Chamber of Commerce Diretor do Magazine e de Comunicação Magazine and Communication

5s w i s s c a m m a g a z i n e 5 6 0 3 / 2 0 0 9

Os trens circulam a cada 60, 30 ou 15 minutos, dependendo do trajeto, horário e da demanda. Para que as pessoas possam memorizar os ho-rários de partida, os trens tentam sempre sair em horários com os mesmos minutos. Além disto, os passageiros recebem gratuitamente horários dos itinerários e dos trens regionais. Os primeiros trens saem às 6h00 da manhã e os últimos pouco depois da meia-noite. Se for

Fel ix Buser é

presidente da Associação

dos Transportes Públicos de

Berna. [email protected]

Fel ix Buser is president

of the Associaton of Public

Transport in Bern.

[email protected]

necessário, usam-se trens expressos, que não param em todas as estações, o que reduz a du-ração de viagens mais longas. Os passageiros recebem informações constantes nas estações e nos trens, o que é muito importante em caso de falhas operacionais. A região de Berna adota o sistema unificado de tarifas “Libero” que fun-ciona por zonas, e, nas cidades vizinhas, existe

O símbolo do S-Bahn de Berna que se vê em toda parte é um “S” amarelo sobre fundo azul. Grande parte da infraestrutura de vias normais é propriedade das Schweizerische Bundesbah-nen (Linhas Ferroviárias Suíças), e a BLS AG fornece o material rolante e a operação. As vias estreitas, em contrapartida, são propriedade do transporte regional Bern-Solothurn, que também opera estes itinerários.

No sistema viário público, o S-Bahn de Berna representa a macroestrutura do fluxo de tráfego da região. A distribuição é realizada por bondes,

um sistema semelhante. Os bilhetes únicos, múltiplos, diários e as assinaturas mensais e anuais são válidos em todos os lugares. As pas-sagens podem ser adquiridas nas máquinas, em qualquer estação.

Muitas estações de S-Bahn foram

concebidas como pontos de baldeação.

Assim, os passageiros podem tirar proveito

de uma “cadeia de transporte” integrada.

Many S-Bahn stops were designed to

be transfer points. This way, passengers

can take advantage of an integrated

“transportation chain”.

Em Berna hoje existem nove linhas que

cobrem uma distância de 374 quilômetros,

que também atendem mais quatro cantões.

Today, Bern has nine lines that cover 374 km

and that also serve four other cantons.

trólebus e ônibus. Muitas estações de S-Bahn foram concebidas como pontos de baldeação. Assim, os passageiros podem tirar proveito de uma “cadeia de transporte” integrada. Além disto, há instalações de park&ride e bike&ride para que as pessoas que utilizam as ruas pos-sam tomar trens e ônibus. Nas madrugadas de quinta, sexta e sábado, o ônibus “Moonliner” complementa a rede ferroviária.

Na região de Berna, hoje quase a metade das pessoas escolhe o transporte público para ir ao trabalho, que é atraente e econômico. Como a procura é crescente, a rede de transporte será ampliada nos próximos anos. Estão previstas extensões de plataformas, linhas ferroviárias de via dupla, vagões de dois andares, trens urbanos adicionais e uma nova estação subterrânea em Berna, além de reduções nos tempos de viagem. Isto tudo somente será possível por meio de um financiamento seguro. Contribuem para tanto a Confederação Suíça, o cantão de Berna, as comunidades, os passageiros e até mesmo os motoristas de carro.

Na região de Berna, hoje quase a metade das pessoas escolhe o transporte públicopara ir ao trabalho, que é atraente e econômico.

Diesen Artikel finden Sie auf unserer Websitewww.swisscam.org in der Rubrik “Artikel aus dem SWISSCAM Magazine” auf deutsch.

Page 6: SWISSCAM Magazine 56 -  · de Comércio Suíço-Brasileira The Magazine of the Swiss- Brazilian Chamber of Commerce Diretor do Magazine e de Comunicação Magazine and Communication

6 s w i s s c a m m a g a z i n e 5 6 0 3 / 2 0 0 9

In the Bern region, almost half of the commuters already use the attractive and cost-efficient public transportation.

f o c u s : t r a n s p o r t a n d l o g i s t i c s

Bern’s S-Bahn In the German-speaking cantons, the regional public transportation system is called S-Bahn (rapid-transit railway system).

b y Felix Buser

The Bern region was a pioneer in the imple-mentation of S-Bahnen in Switzerland; in 1974, the regional rail transport Bern-So-lothurn already had introduced an efficient

network with partially new lines and trains in the city’s Northern and Western regions. In 1990, the canton of Zurich started the first integral S-Bahn, which immediately became a great success. It wasn’t until December 12, 2004 that Bern was able to introduce the second comprehensive S-Bahn in Switzerland.

A line network with a close succession of trains and synchronized timetable is a pre-requisite for anS-Bahn. Today, Bern has nine lines that cover 374 km and that also serve four other cantons. Every day, up to 120,000 people use the approximately 1,000 trains. For cost reasons, new tracks could not be built, and the existing railway network had to be used. That is why cargo, intermunicipal (Intercity) and regional express (Regioexpress) trains operate on the same tracks. Nevertheless, it was necessary to expand the infrastructure with stops and sidings. Six lines operate on normal-gauge tracks and three on narrow-gauge tracks. At the moment, there are only four diametral lines; the others leave from or arrive in Downtown.

An S-Bahn requires trains built for large transporta-tion capacity, fast entry and exit of passengers and fast acceleration. For this reason, a great number of 3- and 4-partite “NINA” low-floor commuter trains were purchased. This allows assembling trains up to 220 meters long, seating 1,100 people. Some older trains received intermediary low-floor cars.

Trains leave every 60, 30 or 15 minutes, depend-ing on the distance, time of the day and demand. To make it easier for people to remember departure times, trains always attempt to leave at times with the same minutes. In addition, passengers have ac-cess to free route and regional timetables. The first trains depart at 6 a.m. and the last shortly after mid-night. If necessary, express trains are used that do not stop at all stations, thus reducing travel time of longer routes. Passengers are constantly informed, both on the stations and on board the trains; this is very important in case of an operational failure. The Bern region adopts the unified “Libero” system, which works with a zone plan; the neighboring towns have a similar system. Single, multiple, one-day tickets and monthly and yearly cards are valid everywhere. Tickets can be purchased at vending machines located on all stops.

The symbol of Bern’s S-Bahn can be seen every-where: a yellow “S” on a blue background. The in-frastructure of the normal-gauge railway is largely owned by Schweizerische Bundesbahnen (Swiss Railways), and BLS AG supplies the rolling stock and

operation. On the other hand, narrow-gauge railways are the property of the regional rail transport Bern-Solothurn, which operates these routes as well.

In the public transportation system, Bern’s S-Bahn represents the macrostructure of the region’s traffic flows. Dispersion is done through streetcars, trolley cars and buses. Many S-Bahn stops were designed to be transfer points. This way, passengers can take advantage of an integrated “transportation chain”. There are also park&ride and bike&ride facilities, so people using the streets can take a train or bus. On Thursday, Friday and Saturday nights, Moonliner night buses complement the railway network.

In the Bern region, almost half of the commut-ers already use the attractive and cost-efficient public transportation. Since demand is constantly increasing, the transport network will be further expanded over the coming years. Platform exten-sions, two-way railway lines, double-decker cars, additional commuter trains, a new underground train station in Bern and reduced travel times are planned. This is only possible through financing backing. The Swiss Confederation, the canton Bern, communities, passengers and even car drivers all contribute to that.

Um S-Bahn exige trens

construídos para uma grande

capacidade de transporte, rápida

entrada e saída de passageiros e

uma grande aceleração.

An S-Bahn requires trains built

for large transportation capacity,

fast entry and exit of passengers

and fast acceleration.

Foto

s: D

ivu

lgaç

ãoTr

ansl

ati

on:

Glo

bal

Tra

nsl

ati

ons.

BR

Page 7: SWISSCAM Magazine 56 -  · de Comércio Suíço-Brasileira The Magazine of the Swiss- Brazilian Chamber of Commerce Diretor do Magazine e de Comunicação Magazine and Communication

7s w i s s c a m m a g a z i n e 5 6 0 3 / 2 0 0 9

A disciplina econômica foi o que deu impulso às discussões acerca de ino-vação. Os estudos de Joseph Schum-peter, no início do século XX tiveram um papel importante no debate sobre

o assunto. Segundo ele, os investimentos nas novas combinações de produtos e processos produtivos de uma empresa repercutem direta-mente em seu desempenho financeiro, de modo que o empresário deve ocupar-se ao mesmo tempo de um papel de liderança econômica e tecnológica. A introdução e a ampliação de

a t u a l i d a d e

A palavra inovação é uma daquelas que são carentes de defi nição precisa e, assim mesmo, são defendidas e utilizadas por diversos grupos sociais. Assim como outros conceitos como globalização e desenvolvimento sustentável, é um termo praticamente consensual, tido por muitos como a tábua de salvação para todos os problemas que envolvem tecnologia e crescimento econômico.

inovações tecnológicas e organizacionais nas empresas constituem um fator essencial para o desenvolvimento das organizações.

O economista Christopher Freeman foi o respon-sável pelo estabelecimento do conceito em sua versão atual. Desde os anos 60, a discussão se desenvolve em função de um perfil corporativo, sendo vista como condição para que empresas tenham um bom desempenho em face às mu-

por Mario Fernandes

de redes passaram a ser um tema central das pesquisas sobre inovação. Nesse contexto, em que a estrutura organizacional baseada nos processos passa a ser mais importante que os próprios produtos desenvolvidos a partir das atividades tecnológicas, surge o conceito de inovação em processos.

Nos mais diversos setores, o discurso sobre inovação tem dominado a agenda das empre-sas, grandes ou pequenas. Num momento de incertezas e forte retração da economia, todos buscam maior capacidade de desenvolvimento e até mesmo de sobrevivência em ambientes cada vez mais competitivos. Engana-se, porém, quem imagina que inovação é só uma idéia nova. É na verdade um processo que inclui criação, expe-rimentação e aprendizado, avaliação de riscos, viabilização, implementação e melhoria contínua, sempre em busca de vantagem competitiva. Basicamente as empresas buscam inovar por pressões externas, seja por exigência de clientes, restrições regulatórias ou devido a oportunida-des identificadas. Neste cenário, o sucesso de uma organização depende fundamentalmente de sua capacidade de resposta a essas pressões e demandas, ou seja, o sucesso da organização de-penderá do grau em que ela conseguirá sustentar seus processos de mudança e transformação,

Leitura recomendada Recommended reading

DAFT, R. L. Organizações: teoria eprojetos. 2002.

KOTTER, P. J. Liderando mudança. 1997. SENGE, P.M. A dança das mudanças:os desafios de manter o crescimentoe o sucesso em organizações queaprendem. 2000.

ABERNATHY, W. J., CLARK, K. B.Innovation: Mapping the Winds ofCreative Destruction. 1985.

BEYER, J. M., & TRICE, H. M.Implementing change. 1978.

Um dos grandes mitos da inovação é aquele que afi rma que idéias inovadoras são produzidas por indivíduos intuitivos ou por pequenos grupos de criação, que trabalham em completo isolamento.

danças constantes de mercado e ameaças da concorrência. A partir dos anos 80, os econo-mistas passaram a mudar o enfoque de análise. Os produtos específicos a serem desenvolvidos deixaram de representar o centro das atenções da prática inovativa. Com a globalização da economia e a flexibilização dos formatos orga-nizacionais, a formação e o desenvolvimento

Inovação em Tempos de Crise

Page 8: SWISSCAM Magazine 56 -  · de Comércio Suíço-Brasileira The Magazine of the Swiss- Brazilian Chamber of Commerce Diretor do Magazine e de Comunicação Magazine and Communication

8 s w i s s c a m m a g a z i n e 5 6 0 3 / 2 0 0 9

seja nos seus produtos e serviços, nos processos e na tecnologia empregada ou na estratégia e na estrutura organizacional.

Um dos grandes mitos da inovação é aquele que afirma que idéias inovadoras são produzidas por indivíduos intuitivos ou por pequenos grupos de criação, que trabalham em completo isola-mento. A verdade é que, independentemente de grandes nomes como Thomas Edison ou Steve Jobs, a maior parte dos criadores de inovações desenvolveu suas idéias através de uma rica e diversa interação com comunidades de pesso-as. A cultura do “mãos à obra”, das pequenas, fornece um fértil campo para a inovação. Já as grandes corporações precisam determinar o ambiente apropriado para o processo inovador se manifestar e investir o tempo e recursos necessários para tal.

O sucesso da implementação de processos de inovação está intimamente ligado à estratégia empresarial e às diretrizes estabelecidas pela organização. É necessário que todos estejam comprometidos com as atividades, com o de-sempenho e com o resultado esperado e assim para atingir os objetivos almejados pela orga-nização. É de responsabilidade dos gestores da empresa estabelecer a direção geral da trans-formação que se pretende alcançar, minimizando com isso resistências naturais e perda de foco durante o processo.

b u s i n e s s u p d a t e

Innovation in Times of CrisisThe word innovation depends on a precise definition and, even then, is defended and used by various social groups. Similar to other concepts like globalization and sustainable development, it is practically a consensual term, considered by many as the plank of salvation of all problems involving technology and economic growth.

b y Mario Fernandes

Mario Fernandes é CFO da DHL Global Forwarding Brasil. Formado em

Administração de Empresas, tem MBA em Marketing e é Mestrando em Gestão

Estratégica. É presidente da ABRETI (Associação Brasileira das Empresas de Transporte

Internacional).

Mario Fernandes is CFO of DHL Global Forwarding Brazil. He graduated in

Business administration, has an MBA in Marketing and a Masters degree in Strategic

Management. He is president of ABRETI (Associação Brasileira das Empresas de

Transporte Internacional - International Transport Companies Association of Brazil).

Economic discipline has boosted discussions about innovation. Studies by Joseph Schum-peter, at the beginning of the twentieth century

had an important role in the debate on the issue. According to Schumpeter, investments in new com-binations of products and productive processes of a company have direct repercussions on its financial performance, leading business people to take on a

role of joint economic and technological leadership. The introduction and enhancement of technological and organizational innovation in companies con-stitute an essential factor in the development of organizations.

The economist Christopher Freeman was respon-sible for establishing the concept in its current ver-sion. Since the 1960s, the discussion has developed

Page 9: SWISSCAM Magazine 56 -  · de Comércio Suíço-Brasileira The Magazine of the Swiss- Brazilian Chamber of Commerce Diretor do Magazine e de Comunicação Magazine and Communication

9s w i s s c a m m a g a z i n e 5 6 0 3 / 2 0 0 9

due to a corporate profile, and is seen as a condition for the good performance of companies in the face of constant changes in the market and competi-tors’ threats. Since the 1980s, economists started changing the focus of their analysis. The specific products to be developed no longer represented the center of attention of the innovative practice. With the globalization of the economy and flexibility of the organizational formats, the formation and de-velopment of networks became the central theme of surveys on innovation. In this context, where the organizational structure based on processes be-comes more important than the products developed by technological activities, the concept of innovation of processes arises.

One of the great myths of innovation is the one that affirms that innovative ideas are produced by intuitive individuals or by small creative groups, who work in complete isolation.

In the most diverse sectors, discourse on innovation has dominated the agenda of large and small com-panies. At a time of uncertainty and contraction of the economy, everyone is seeking greater capacity of development and even survival in environments that are becoming more and more competitive. Whoever thinks that innovation is just a new idea is mistaken. It is in fact a process that includes creation, experimentation and learning, assessing risks, feasibility, implementation and continuous improvement, always looking after competitive advantage. Basically, companies seek innovation because of external pressures, demands from clients, regulatory restrictions or even identified opportunities. In this scenario, the success of an organization depends essentially on its capacity to respond to these pressures and demands i.e. the success of an organization depends on the level at which it can sustain its products and services, in the processes and technology employed, or in the strategy and organizational structure.

One of the great myths of innovation is the one that affirms that innovative ideas are produced by intuitive individuals or by small creative groups, who work in complete isolation. The truth is that, independently of great names like Thomas Edison or Steve Jobs, a great number of the creators of innovation have developed their ideas through rich and diverse interaction with communities. The com-panies’ culture of “let’s do it” provides fertile ground for innovation. Large corporations, however, need to determine the appropriate environment for the inno-vative process to be manifested and need to invest the necessary time and resources for such.

The success of implementing innovative processes is closely associated with the corporate strategy and with guidelines established by the organization. Be-ing committed to the activities, the performance and projected results is necessary for all those involved, to achieve the goals defined by the organization. The managers of the organization are responsible for establishing the general change management they intend to achieve, thus minimizing natural resistance and loss of focus during the process.

c o n e x ã o s u í ç a

No livro Xenophobe’s Guide to the Swiss, Paul Bilton escreveu: “Sem litoral, com um mercado nacional menor do que o de Londres, falan-do quatro línguas diferentes e sem

recursos naturais - a não ser pela energia hidro-elétrica, um pouco de sal e uma quantidade ainda menor de peixes - sem mercado garantido para seus produtos, quer em colônias ou como mem-bro de um bloco comercial, a Suíça já deveria ter enfrentado esta realidade há muito tempo. Em vez disso, a Suíça é o único país que faz com que os alemães pareçam ineficientes; os franceses, pouco diplomáticos e os texanos, pobres.” Qual será, então, o segredo do sucesso?

Minha resposta é surpreendentemente simples: a Suíça é um país formado, em grande parte, por imigrantes. Vamos pegar o exemplo de algo que todos concordam ser típico da Suíça: a indústria de relógios. Os primeiros relógios suíços foram fabricados em Genebra, na segunda metade do século XVI. Os relojoeiros suíços eram protestan-tes franceses, chamados huguenotes. Fugindo do rei francês, que os perseguia e os matava por motivos religiosos, eles se refugiavam na cidade-república configurada pelo reformista João Calvino. Os huguenotes também levaram outros negócios para a Suíça, inclusive os bancos (Genebra, Basiléia) e a indústria têxtil.

Os estrangeiros desempenharam um papel fun-damental no sucesso da indústria e da pesquisa da Suíça. Charles E. Brown, filho de um imigrante inglês, e Walter Boveri, um alemão fabricante de máquinas, são os fundadores da Brown Boveri

Suíça - Como a diversidade se torna a fonte de inovação,

negócios e riqueza

& Company, a indústria gigante que fez parte da fusão com a Asea, empresa sueca, há cerca de 15 anos. Alexander Clavel, que imigrara de Lyon, France, como mergulhador, é o fundador da CIBA, a famosa indústria química e farma-cêutica. Heinrich Nestel, descendente de uma renomada família de Frankfurt, estabeleceu-se em Vevey em 1833. Ele mudou seu nome para Henri Nestlé e tornou-se fundador da Nestlé, a empresa suíça. Da mesma forma, Nicolas Hayek, o magnata da indústria relojoeira suíça, inventor do Swatch, nascera no Líbano, filho de pai americano e mãe libanesa.

Nem todos os estrangeiros que se estabeleceram na Suíça são tão famosos. Juntos, formamos uma sociedade dinâmica e multicultural de pessoas (20% das quais são estrangeiras) que, segundo o preâmbulo da Constituição da Suíça, estão “determinadas a viver juntas, com consideração mútua e respeito pela sua diversidade.”

Martin von

Walterskirchen

é Diretor Regional das

Américas, Switzerland

Trade and Investment

Promotion.

Martin von

Walterskirchen ,

is Regional Director

Americas, Switzerland

Trade and Investment

Promotion.

por Martin von Walterskirchen

Foto

:Fo

to:

Foto

:Fo

to:

Foto

:Fo

toFo

tFo

t s

wis

sw

is s

wisis

swi

s-im

a-i

ma

s-im

ag

eg

ee

Tran

sla

tion

: G

lob

al T

ran

sla

tion

s.B

R

Page 10: SWISSCAM Magazine 56 -  · de Comércio Suíço-Brasileira The Magazine of the Swiss- Brazilian Chamber of Commerce Diretor do Magazine e de Comunicação Magazine and Communication

10 s w i s s c a m m a g a z i n e 5 6 0 3 / 2 0 0 9

“Nenhum livro, documento ou papel de qualquer natureza, que for exarado em idioma estrangeiro, produzirá efeito em repartições

da União, dos Estados ou dos Municípios, em qualquer instância, Juízo ou Tribunal ou enti-dades mantidas, fiscaliza-das ou orientadas pelos poderes públicos, sem ser acompanhado da respectiva tradução feita na conformidade desse regulamento.” (Artigo 18 do Decreto n° 13.609, de 21 de outubro de 1943).

Os documentos vindos do exterior devem ter suas assinaturas reconhecidas de acordo com as leis locais. Em muitos países esse reconhe-cimento é feito por notário público. Nos países onde não existe notário público, o reconheci-mento é feito por outras entidades, de acordo com suas leis internas.

A assinatura do notário público ou outra entidade autorizada, nos casos dos países onde não existe a figura do notário, deve ser reconhecida pela representação consular brasileira mais próxima, para produzir efeitos legais no Brasil.

Esse procedimento é conhecido como notariza-ção e consularização, ou legalização do docu-mento produzido no exterior, com a finalidade de fazer com que o mesmo tenha validade no Brasil.

O documento oriundo do exterior, redigido em idioma estrangeiro, deve ser traduzido para o vernáculo, de acordo com o Código Civil em seu artigo 224. Conforme o artigo 157 do Código de Processo Civil, a tradução para o português de-verá ser realizada por tradutor juramentado.

e x p a t r i a d o s

Validade, no Brasil,de documentos procedentes do

exteriorUm documento produzido no exterior, para

ter validade no Brasil contra terceiros e perante as repartições da União, dos Estados,

do Distrito Federal, dos Territórios, dos Municípios, bem como em qualquer instância, juízo ou tribunal, precisa estar de acordo com

uma série de exigências legais.

Recomenda-se que qualquer documento oriundo do exterior, acompanhado de tradução juramentada, tenha a fi rma do tradutor reconhecida.

De acordo com a Lei n° 6.015 (Lei de Registros Públicos) artigos 129 parágrafo 6 e 148, os do-cumentos escritos em língua estrangeira deverão ser sempre traduzidos e, acompanhados das respectivas traduções, registrados no Registro de Títulos e Documentos para surtir efeitos em relação a terceiros e para produzirem efeitos em repartições da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios ou em qualquer instância, juízo ou tribunal.

Após o reconhecimento das assinaturas, terá mencionado no próprio termo de reconhecimento ou junto a ele, que o documento, para produzir efeito no Brasil e para valer contra terceiro, deverá ser vertido em vernáculo e registrada a tradução.

por Virginia Randmer

s w i s s c o n n e c t i o n

Switzerland - How Diversity Becomes the Source for Innovation, Business and Wealthb y Martin von Walterskirchen

In his Xenophobe’s Guide to the Swiss, Paul Bilton writes: “Land-locked, a home market smaller

than London, speaking four different languages, no natural resources - other than hydroelectric power, a little salt and even less fish - no secured markets for its products through either colonies or being part of a trading block, Switzerland should have come to earth with a bump long ago. Instead of which, the Swiss are the only nation to make the Germans appear inefficient, the French undiplomatic and Texans poor.” So what, one may ask, is the secret to such success?

My answer is surprisingly simple: Switzerland is a country formed, to a large extent, by immigrants.

Let us take the example of something everybody would agree is typically Swiss: the watch industry. The first Swiss watches were made in Geneva in the second half of the 16th century. The Geneva watch-makers were French Protestants, called Huguenots. Having fled from the French king, who suppressed and even killed them for religious purposes, they took asylum in the city republic shaped by reformer John Calvin. The Huguenots also brought other busi-nesses to Switzerland, including banking (Geneva, Basel) and the textile industry.

Foreigners played a key role in the success of Swiss industry and research. Charles E. Brown, the son of an English immigrant, and Walter Boveri, a German machine builder, are the founders of Brown Boveri & Company, an industry giant that merged with Asea, a Swedish company, some 15 years ago. Alexander Clavel, who immigrated from Lyon, France, as a dip-per, is the founder of CIBA, a famous chemical and pharmaceutical company. Heinrich Nestel, scion of a well-known Frankfurt family, settled in Vevey in 1833. He changed his name to Henri Nestlé and became the founder of Switzerland’s Nestlé com-pany. Along the same lines, Swiss watch industry mogul Nicolas Hayek, inventor of the Swatch, was born in Lebanon, the son of an American father and a Lebanese mother.

Not all foreigners who settled in Switzerland are that famous. Together, we form a dynamic, multicultural society of people (20% of whom are foreigners) who are, according to the preamble of the Swiss Con-stitution, “determined to live together with mutual consideration and respect for their diversity.”

No caso de documento produzido no exterior, mas redigido em português, será necessária a notarização e a consularização das assinaturas lançadas no mesmo, bem como seu registro, acompanhado da tradução juramentada da lega-lização, em Cartó-rio de Títulos e Documentos.

Conforme o Código de Processo Civil, em seu artigo 157, Súmula 259 do Supremo Tribunal

Page 11: SWISSCAM Magazine 56 -  · de Comércio Suíço-Brasileira The Magazine of the Swiss- Brazilian Chamber of Commerce Diretor do Magazine e de Comunicação Magazine and Communication

11s w i s s c a m m a g a z i n e 5 6 0 3 / 2 0 0 9

Federal, “Para produzir efeito em juízo não é necessária a inscrição, no registro público, de documentos de procedência estrangeira, auten-ticados por via con-sular”.

No entanto, recomenda-se que qualquer do-cumento oriundo do exterior, acompanhado de tradução juramentada, tenha a firma do tradutor reconhecida, e seja registrado em Cartório de Títulos e Documentos.

Resumindo, para que um documento produzido no exterior, em língua estrangeira, tenha validade no Brasil, deve estar legalizado em seu país de origem, ou seja, notarizado, consularizado; tra-duzido para o português, por Tradutor Público, com sua firma reconhecida; e registrado em Cartório de Títulos e Documentos.

Cabe ressaltar que o documento de proce-dência estrangeira, mesmo não atendendo às exigências citadas, é válido no Brasil perante as partes que o celebraram. No entanto, para produzir efeitos contra terceiros e perante os entes públicos é imprescindível o atendimento às exigências acima elencadas.

Virginia Randmer é Sócia

Executiva da Global Translations.BR

www.globaltranslations.com.br

Virginia Randmer is Executive

Partner of Global Translations.BR

www.globaltranslations.com.br

e x p a t r i a t e s

Effectiveness, in Brazil, of documents produced abroadA document produced abroad, to be effective in Brazil against third parties and before the departments of the Federal Union, Brazilian States, the Federal District, Territories and Municipalities, as well as in any stage of jurisdiction, before any court or tribunal, must meet several legal requirements.

b y Virginia Randmer

“Any book, document or paper of any nature, issued in a foreign language, to produce effect before the depart-ments of the Brazilian Federal Union,

States or Municipalities, in any stage of jurisdiction, before any Court or Tribunal or entities maintained, inspected or directed by the respective governments, must be accompanied by the respective translation, in accordance with this regulation.” (Article 18 of Decree No. 13,609, of October 21, 1943).

The signatures apposed on documents from abroad must be certified in accordance with the local laws. In many countries, such certification is made by a public notary. In the countries where there is not a public notary, the certification is made by other enti-ties, in accordance with their domestic laws.

The signature of the public notary, or of another au-thorized entity in the countries that do not rely on the institution of the notary, must be acknowledged by

the closest Brazilian Consular representative office, in order to produce legal effect in Brazil.

Such procedure is known as notary and consul-ate certifications, or legalization of the document produced abroad, and is intended to render it ef-fective in Brazil.

Any document from abroad written in a foreign language must be translated into the vernacular, pursuant to article 224 of the Código Civil (Civil Code). Pursuant to article 157 of the Código de Processo Civil (Code of Civil Procedure), the trans-lation into Portuguese must be made by an official translator.

Pursuant to articles 129, paragraph 6, and 148 of Law No. 6,015 (Public Registry Law), the documents written in a foreign language, in order to produce effect before third parties and before the depart-ments of the Federal Union, the States, the Federal District, the Territories and Municipalities or in any stage of jurisdiction, before any court or tribunal, shall be always translated and registered, together with their respective translations, with the Deeds and Documents Registry.

After certification of the signatures, it shall be men-tioned in the very instrument of certification or in a document attached thereto, that the document, for producing effect in Brazil and to be effective against third parties, shall be translated into the vernacular and such translation shall be registered.

As regards documents produced abroad but written in Portuguese, the certification of the signatures apposed thereon by a notary and the pertinent consulate shall be necessary, as well as the registration of the document, accompanied by the of-ficial translation of the legalization, with the Deeds and Documents Registry.

Pursuant to article 157 of the Code of Civil Pro-cedure and Abstract 259 of the Federal Supreme Court, “In order to produce effect before a court, any documents from abroad, certified by the per-tinent consulate, do not need to be registered with the public registry”.

However, it is recommended that any document from abroad be accompanied by its official translation, registered with the Deeds and Documents Registry, and that the translator’s signature be certified.

Summarizing, for a document produced abroad in a foreign language to be effective in Brazil, it must be legalized in its original country, that is, to be certified by notary and consulate, translated into Portuguese by an Official Translator, whose signature shall be certified, and registered with the Deeds and Docu-ments Registry.

It should be pointed out that the document produced abroad, even if failing to meet the requirements referred to above, shall be effective in Brazil before the parties who executed it. However, to produce effect against third parties and public entities, the compliance with the requirements listed above is indispensable.

Ilu

stIl

ust

raçã

ora

ção:

01

2:

01

24

1.c

ooo1

.coo

41

.c1

4mmmmmm

Page 12: SWISSCAM Magazine 56 -  · de Comércio Suíço-Brasileira The Magazine of the Swiss- Brazilian Chamber of Commerce Diretor do Magazine e de Comunicação Magazine and Communication

12 s w i s s c a m m a g a z i n e 5 6 0 3 / 2 0 0 9

Arthur E. Appleton é sócio do escritório de advocacia Appleton Luff - Advogados

Internacionais (Genebra). Atua com Direito do Comércio Internacional e assuntos

envolvendo o Acordo da OMC e acordos regionais de comércio. Ele agradece à Márcia

Aribela de Lima Gomes Pereira por ter lhe assistido com pesquisa.

[email protected].

Arthur E. Appleton , J.D., Ph.D. is a Partner at Appleton Luff - International

Lawyers (Geneva). He works on international trade issues involving the WTO Agreement

and regional trade agreements. He acknowledges the research assistance of Marcia

Aribela de Lima Gomes Pereira. [email protected].

1 “Bio Suisse Standards for the Production, Processing and Marketing of Produce from Organic Farming”, de 1 de Janeiro de 2007, parágrafo 5.10.1, página 36, www.biosuisse.ch/media/en pdf2007/import/rl_2007_e.pdf. Bio Suisse favorece produtos agrícolas orgânicos locais e produtos agrícolas de países vizinhos e do Mediterrâneo. Bio Suisse Standards for the Production, Processing and Marketing of Produce from Organic Farming, 1 January 2007, p. 36, 5.10.1, www.biosuisse.ch/media/en/pdf2007/import/rl_2007_e.pdf. Bio Suisse favours local organic farm products, and farm products from neighbouring and Mediterranean countries. See www.biosuisse.ch/en/biosuisseimportpolicy.php.2 Regras de segurança alimentar encontram-se em acordo com o Acordo da OMC de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias. Food safety rules usually fall under the WTO Agreement on Sanitary and Phytosanitary Measures.3 O Acordo de Barreiras Técnicas Comerciais é aplicado a regras técnicas mandatórias, critérios voluntários e procedimentos de avaliação (testes). Este Acordo provavelmente não se aplica em relação à forma como um produto é manufaturado ou transportado, a menos que estes fatores afetem o produto final. The TBT Agreement applies to mandatory technical regulations, voluntary standards and conformity assessment (testing) procedures. It probably does not apply to how a product is manufactured or transported unless these factors discernibly affect the final product.

Some European supermarkets now label products that are shipped by air (“air miles”) on the grounds that air transport releases carbon and is a cause of global warming. Other European supermarkets

are using labelling schemes to encourage the pur-chase of local products to reduce carbon emissions from air and sea transport (carbon or climate change labelling). Such private labels are often shrewd marketing schemes, but they also serve to protect local farmers from foreign competition, including competition from Brazilian products. For example, in Switzerland there is a demand for organic products. A Swiss organisation called “Bio Suisse” has devel-oped an organic label which is in wide use. However, Bio Suisse severely limits the award of its “organic” certification if a product is imported by air (even though air transport has nothing to do with organic farming practices). Furthermore, when Bio Suisse grants its label it explicitly favours Swiss farmers and farmers in neighbouring countries, to the detri-ment of distant countries such as Brazil, even when the carbon footprint of such foreign products may be less than that of local products. 1

Private labels are often shrewd marketing schemes, but they also serve to protect local farmers from foreign competition.

While air and sea transport contribute to global warming, a product’s environmental impact can only be correctly ascertained by examining its entire life-cycle.

ments may ultimately incur some responsibility for actions of private companies within their territory that restrict international trade, it is difficult for governments to discipline the marketing activities of the private sector, particularly when free speech and consumer preference issues are at stake.

Historically, the international trade regime has shied away from examining how a product is manufac-tured or transported to market, and focused more on the product itself. Although this may slowly be changing, a gap exists in trade rules with respect to the treatment of private labelling schemes. It is probable that most private labelling schemes fall outside the TBT Agreement. This means that Brazil-ian food exporters may face discrimination, based on alleged environmental grounds, when they try to get their products on the shelves of certain European supermarkets. International trade rules may not be sufficient to prevent this discrimination. Brazilian firms will therefore need to be more creative in their marketing and find new ways to emphasise the positive environmental and developmental qualities of their products.

by their very nature, discriminate against products transported from developing countries. In addition, such labelling schemes do not reflect the positive environmental consequences that can emerge in a developing country from trade’s contribution to poverty alleviation and economic development.

Labelling schemes that reflect how a product is transported to market, or the carbon emitted dur-ing transport may discriminate against exports from Brazil. They raise two questions: (1) Do such schemes protect the environment or are they just protecting European producers? (2) Are these schemes consistent with international trade rules established by the Members of the World Trade Organisation (WTO)?

Turning to the first question, while air and sea trans-port contribute to global warming, a product’s envi-ronmental impact can only be correctly ascertained by examining its entire life-cycle - from production, through transport, use and disposal. When this cal-culation is performed, certain agricultural products from developing countries like Brazil fare better than the ones products produced in the developed world - particularly agricultural products in northern hot-houses. Developed world labelling schemes that only examine greenhouse gases emitted during transport,

f o c u s : t r a n s p o r t a n d l o g i s t i c s

Transport Labelling: Protectionor Protectionism?Brazilian exports depend largely on transport by air and sea. Both meansof transport emit carbon which has implications for climate change.b y Arthur E. Appleton

The second question, the legality of such scheme under international trade rules, raises difficult legal issues. WTO rules apply to Member governments. Government-sponsored environmental labelling rules 2, may fall under the WTO Agreement on Tech-nical Barriers to Trade (TBT Agreement). 3 Private sector labelling schemes, such as supermarket la-belling schemes, usually escape these international disciplines, although the question is now receiving some attention at the WTO. While member govern-

Page 13: SWISSCAM Magazine 56 -  · de Comércio Suíço-Brasileira The Magazine of the Swiss- Brazilian Chamber of Commerce Diretor do Magazine e de Comunicação Magazine and Communication

13s w i s s c a m m a g a z i n e 5 6 0 3 / 2 0 0 9

Alguns supermercados europeus estão incluindo selos em pro-dutos transportados via aérea (estes selos são denominados em inglês “air miles”), com a fi-nalidade de informar aos consu-midores que o transporte aéreo

emite carbono que é a causa do aquecimento global. Outros supermercados europeus estão utilizando selos para incentivar consumidores a adquirirem produtos locais a fim de reduzir a emissão de carbono promovida por transportes aéreos e marítimos (estes selos são denomina-dos em inglês “carbon labelling” ou “climate change labelling”). Selos privados são, com freqüência, inteligentes esquemas de marketing, mas servem, também, para proteger fazendei-ros locais contra competidores estrangeiros, inclusive contra competidores brasileiros. Por exemplo, na Suíça há uma demanda por produtos orgânicos. Uma organização Suíça chamada “Bio Suisse” desenvolveu um selo orgânico que tem sido amplamente utilizado. No entanto, a “Bio Suisse” restringe severamente a concessão de seu selo “orgânico” para produtos importados transportados via aérea (muito embora o trans-porte aéreo de produtos não guarde relação com as práticas de agricultura orgânica). Quando a “Bio Suisse” concede seu selo “orgânico” favorece, explicitamente, fazendeiros suíços e fazendeiros de países vizinhos, em detrimento de fazendeiros de países distantes, mesmo quando a emissão de carbono por produtos es-trangeiros possa ser menor do que a emissão por produtos locais.1

Os selos que demonstram como o produto é transportado para o mercado, ou que refletem o carbono emitido durante o transporte do pro-duto, podem ter efeito discriminatório contra produtos brasileiros. Estes selos dão margem a duas questões: (1) Estes selos destinam-se a proteger o meio ambiente, ou são eles somente adotados para proteger os produtores europeus? (2) São estes selos consistentes com as regras de comércio internacional estabelecidas pelos membros da Organização Mundial do Comércio (OMC)?

f o c o : t r a n s p o r t e e l o g í s t i c a

Certifi cando Meios de Transporte: Proteção ou Protecionismo?

A exportação brasileira depende, primordialmente, de transporte aéreo e marítimo. Ambos meios de transporte emitem carbono que traz implicações para a mudança climática.

Selos privados são, com freqüência, inteligentes esquemas de marketing, mas servem, também, para proteger fazendeiros locais contra competidores estrangeiros.

por Arthur E. Appleton

No que diz respeito à primeira questão, pode-se dizer que, muito embora os transportes aéreo ou marítimo possam contribuir para o aque-cimento global, o impacto de um produto no meio ambiente somente pode ser corretamente apurado caso seja examinado todo o ciclo de vida útil do produto, ou seja, a sua produção, transporte, uso e descarte final. Quando este cálculo é efetuado, pode ser constatado que o sistema de produção de alguns produtos agríco-las provenientes de países em desenvolvimento como o Brasil pode ser mais benéfico ao meio ambiente que os sistemas de produção utiliza-dos por países desenvolvidos, especialmente com relação aos produtos agrícolas produzidos em estufa. Os esquemas de selos adotados em países desenvolvidos, que examinam somente

conformidade com o Acordo de Barreiras Técni-cas Comerciais da OMC (denominado em inglês “Agreement on Technical Barriers to Trade - TBT Agreement).3 Os selos promovidos pelo setor privado, no entanto, tal como os selos utilizados por supermercados fogem, normalmente, às re-gras do comércio internacional, muito embora este assunto esteja recebendo atenção da OMC. Apesar dos governos membros da OMC poderem ser responsabilizados, de certa forma, por atos praticados por empresas privadas estabelecidas em seus territórios que restrinjam o comércio internacional, estes governos podem encontrar dificuldades para disciplinar atividades de mar-keting ao setor privado, especialmente quando a liberdade de discurso e assuntos relacionados à preferência do consumidor encontrarem-se em pauta.

Historicamente, o regime de comércio interna-cional tem sido reticente a examinar como um produto é manufaturado ou transportado para o mercado, à medida que ele destina mais atenção ao produto em si. Apesar de esta conduta estar mudando aos poucos, uma lacuna existe nas regras de comércio no que diz respeito ao trata-mento concedido aos esquemas de selo privado. É provável que a maioria dos selos privados não se enquadre nas disposições contidas no Acordo de Barreiras Técnicas Comerciais. Isto significa que ações praticadas por empresas privadas ful-cradas na proteção do meio ambiente podem ter efeito discriminatório em relação a exportadores brasileiros, quando estes tentarem colocar seus produtos nas prateleiras de certos supermerca-dos europeus. Tomando em consideração estes fatos, tem-se que, empresas brasileiras que pretendam atingir o mercado europeu precisa-rão ser mais criativas em suas estratégias de marketing e encontrar novos caminhos que lhes permitam enfatizar as qualidades positivas de seus produtos com relação ao meio ambiente e ao desenvolvimento.

o efeito estufa causado durante o transporte de produtos, têm por sua natureza efeito discrimi-natório contra produtos provenientes de países em desenvolvimento. Estes esquemas de selos demonstram somente os danos causados ao meio ambiente em decorrência do transporte de produtos via aérea e marítima. Eles não demonstram, contudo, os efeitos positivos que o comércio internacional e o desenvolvimento econômico podem trazer ao meio ambiente de países em desenvolvimento.

A segunda questão, que se refere à legalidade destes selos frente às regras de comércio inter-nacional, traz à baila assuntos legais complexos. As regras da OMC aplicam-se aos seus governos membros. Regras para a concessão de selos am-bientais apoiadas por governos 2 podem estar em

Page 14: SWISSCAM Magazine 56 -  · de Comércio Suíço-Brasileira The Magazine of the Swiss- Brazilian Chamber of Commerce Diretor do Magazine e de Comunicação Magazine and Communication

14 s w i s s c a m m a g a z i n e 5 6 0 3 / 2 0 0 9

por Gabriel Di Blasi

Recentemente, o Grupo Interministerial de Propriedade Intelectual - GIPI, vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC, apresentou manifestação contrária à proteção, pelo sistema de patentes, de invenções de “segundo uso médico” e de formas polimorfas. Em especial, o MDIC é contra as diretrizes de exame do Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI para concessão de patentes para esse tipo de invenção.

Segundo o governo brasileiro, essa manifestação tornou-se necessária para priorizar a saúde da popula-ção e o acesso a medicamentos essenciais em detrimento aos interesses econômicos abusivos

de empresas farmacêuticas. Ainda, o reconheci-mento de patentes para essas invenções poderia comprometer o crescimento da indústria dos genéricos e encarecer, ainda mais, o custo de remédios, pois aumentaria o prazo de proteção das patentes de medicamentos além dos 20 anos previstos na Lei.

Considerando que o tema é polêmico e comple-xo, pois envolve assuntos relacionados à saúde, torna-se necessário esclarecer alguns aspectos considerados essenciais para uma melhor com-preensão do tema.

As invenções de “segundo uso médico” são basicamente aquelas em que um medicamento já conhecido apresenta um novo uso.

O desestímulo à inovação no setor farmacêutico

As invenções de “segundo uso médico” são basicamente aquelas em que um medicamento já conhecido apresenta um novo uso. Como exemplo, o “ácido acetilsalicílico” que, em concentrações diferentes, apresenta usos tera-pêuticos distintos (aintiinflamatório, antitrom-bótico, etc). Já as invenções relacionadas ao polimorfismo são aquelas substâncias capazes de se cristalizar em formas distintas, que podem apresentar alterações significativas em suas propriedades físico-químicas e farmacológicas. Estas se tornam de extrema importância para as empresas do setor farmacêutico, uma vez que podem possibilitar insumos com característi-cas diferenciadas, modificações no processo produtivo e, principalmente, medicamentos de melhor qualidade.

O Brasil é um país com enorme potencial cien-tífico, vide a capacidade de produção de artigos e material científico das nossas universidades.

Contudo, isso não se reflete em capacitação tecnológica para o desenvolvimento de novas moléculas medicamentosas. As universidades poderiam servir como centros de P&D em par-cerias com as empresas, uma vez que esse tipo de invenção é considerada essencial para a indústria nacional se desenvolver, em especial aquelas que produzem medicamentos genéricos.

Nesse sentido, destaca-se que o investimento é consideravelmente menor para realizar pesquisa com base em moléculas já existentes, do que investir em moléculas novas, principalmente

j u r í d i c o

Page 15: SWISSCAM Magazine 56 -  · de Comércio Suíço-Brasileira The Magazine of the Swiss- Brazilian Chamber of Commerce Diretor do Magazine e de Comunicação Magazine and Communication

15s w i s s c a m m a g a z i n e 5 6 0 3 / 2 0 0 9

l e g a l

Disincentive towards innovation in the pharmaceutical sectorRecently, “The Grupo Interministerial de Propriedade Intelectual” - GIPI (Interministerial Group of Intellectual Property), associated with the “Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior” - MDIC (Ministry of Development, Industry and Foreign Trade), made a protest against the protection, by a patent, of inventions of “second medical use” and of polymorphic forms. Specifically, the MDIC is against the inspection guidelines of the “Instituto Nacional da Propriedade Industrial” - INPI for the concession of patents for this type of invention.

b y Gabriel Di Blasi

According to the Brazilian government, this protest is necessary to prioritize health services to the population and their ac-cess to essential medication in detriment

of the abusive economic interests of pharmaceutical companies. In addition, the recognition of patents for these inventions could compromise the generic medicines industry growth and increase even further

quando se trata de um mercado com cerca de 15 mil novos compostos estudados, em que apenas um chega às prateleiras após 12 anos de pesquisa e a um custo de U$ 800,00 milhões de dólares aproximadamente.

Como se pode observar, o custo de fabricação de medicamentos desenvolvidos por meio do “segundo uso médico” ou das formas poliformas é baixo e deve ser levado em consideração, no sentido de promover a capacitação e o desen-volvimento do Brasil nesse setor.

Uma vez demonstrada a importância da proteção dessas invenções, é importante observar que a Lei 9.279/96, que regula os direitos de proprie-dade industrial, não prevê qualquer restrição em relação à proteção de tais invenções, desde que atendidos os seus requisitos de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial.

Diante do acima exposto, fica claro que os argu-mentos apresentados pelo governo não fazem o menor sentido, de acordo com a legislação vigente. Além disso, esse será o caminho para que o Brasil possa chegar a um nível capaz de produzir medicamentos de primeira linha com baixo custo.

ies, in which only one of them reaches the shelves after 12 years of research and at a cost of around US$ 800 million.

As you can see, the production of medications cost developed by means of “second medical use” or in polymorphic forms is low and should be taken into consideration, in order to promote the Brazil’s qualification and development in this sector..

Once the importance of protection of these inven-tions has been demonstrated, it is important to observe that Law No. 9,279/96, which regulates the rights of industrial property, does not foresee any restriction related to the protection of such inven-tions, as long as they meet the innovation requisites, inventive activity and industrial application.

Due to the theme approached above, it is clear that the arguments presented by the government do not make much sense, according to the legislation in force. In addition, this will be the path Brazil has to follow in order to reach a level capable of producing at low cost first line medications.

the costs of medication, since it would increase the term of protection of medication patents beyond the 20 years established by Law.

Considering that the theme is polemic and complex, because it involves health-related issues, it is nec-essary to clarify some aspects considered essential for a better understanding of the subject.

The inventions of “second medical use” are, basi-cally, those in which fora a known medication is given another use. For example, the “acetylsalicylic acid” which, in different concentrations, presents distinct therapeutic usage (anti-inflammatory, anti-thrombotic, etc). Now, the inventions related to polymorphism are those substances capable of crystallizing in distinct forms, which may present significant alterations in their physiochemical and pharmacological properties. These become of great importance for companies in the pharmaceutical sector, as they enable consumables with differ-entiated features, modifications in the productive process and, mainly, better quality medications.

Brazil is a country with enormous scientific potential, due to the production capacity of articles and scien-tific material from our universities. However, this is not reflected in the technological capacity of devel-oping new medication molecules. The universities could be used as R&D centers in partnership with companies, for this type of invention is considered essential towards the development of the national industry, especially those producing generic medi-cations. In this sense, it is important to highlight that the investment is considerably smaller when the research is based on existing molecules, rather than on new molecules, mainly when dealing with a market with almost 15,000 new combined stud-

O investimento é consideravelmente menor para realizar pesquisa com base em moléculas já existentes, do que investir em moléculas novas.

Gabriel Di Blasi é

engenheiro, advogado

e sócio do escritório Di

Blasi, Parente, Vaz e Dias

Associados.

Gabriel Di Blasi is

engineer, lawyer and

partner of the law firm

Di Blasi, Parente, Vaz e

Dias Associados.

Tran

sla

tion

: G

lob

al T

ran

sla

tion

s.B

R

Page 16: SWISSCAM Magazine 56 -  · de Comércio Suíço-Brasileira The Magazine of the Swiss- Brazilian Chamber of Commerce Diretor do Magazine e de Comunicação Magazine and Communication

16 s w i s s c a m m a g a z i n e 5 6 0 3 / 2 0 0 9

n o t í c i a s d a s w i s s c a m

A SWISSCAM organizou pela quarta vez consecutiva um Pavilhão Suíço na feira FIOSP - CIOSP que já está em sua 27ª edição. Neste ano, o pavilhão ocupou uma ilha inteira de 200m²

que chamou a atenção de numerosos visitantes. 9 empresas do ramo odontológico, sendo que destas, três nunca estiveram no Brasil e estão fazendo seus primeiros movimentos para entrar no mercado sul-americano, vieram apresentar a tecnologia suíça aos profissionais odontológicos. Ficamos muito contentes em contar igualmente com a Victorinox e a Sigg como expositores do Pavilhão Suíço.

Junto com um grupo de 30 dentistas suíços, que participaram do congresso, abrimos a feira num coquetel delicioso de comida árabe onde os expositores puderam convidar seus contatos importantes para reforçar o networking. Um segundo evento importante foi o café da ma-nhã “Start-up Brazil”, patrocinado pela Zürcher Kantonalbank, onde os novatos do mercado brasileiro receberam as primeiras informações sobre o regulamento legislativo e comercial du-rante uma palestra ministrada pela Stüssi-Neves Advogados e Tiefneutec.

O Pavilhão Suíço teve uma ótima divulgação na mídia e foi filmado para os telejornais da Record e TV Cultura.

CIOSP 2009 - Pavilhão Suíço na feira pela quarta vez consecutiva

No coquetel de abertura recebemos a visita de 30 dentistas suíços,

que participaram do congresso. To the opening cocktail came a group

of 30 Swiss dentists who participated in the congress.

Page 17: SWISSCAM Magazine 56 -  · de Comércio Suíço-Brasileira The Magazine of the Swiss- Brazilian Chamber of Commerce Diretor do Magazine e de Comunicação Magazine and Communication

17s w i s s c a m m a g a z i n e 5 6 0 3 / 2 0 0 9

As empresas participantes: Coltène/Whaledent - Instrumentos giratórios, pivôs endodônticos, pinos pulpares auto-rosque-antes, produtos de higiene e de preparação para modelos em laboratórios, assim como ceras e resinas para fabricação de próteses dentárias.

Curaden - Escovas interdentais próprias para o espaço interdental pequeno e ou fechado de gengivas sadias, escovas com 5460 cerdas para limpeza correta e macia dos dentes e instru-mentos para os bebês e crianças que ajudam no desenvolvimento dos dentes.

Jota - A empresa produz instrumentos de aço, tungstênio e abrasivos para a comunidade odontológica desde 1909. Atualmente é líder na fabricação de instrumentos rotativos e instru-mentos diamantados.

FKG - Ganchos, pinos intra-radiculares, pinos rosqueáveis para restauração, matrizes, extirpa-nervos e sondas são alguns dos produtos fabri-cados pela empresa. A FKG especializou-se em Endodontia, área que engloba o tratamento dos canais radiculares.

Bien-Air - A Bien-Air desenvolve e fabrica todos os seus produtos - de A a Z! É o maior fabri-cante mundial de micromotores de qualidade incomparável para a área odontológica. Seus instrumentos e dispositivos possibilitam o maior número possível de operações.

Sic-Invent - A empresa está em contínuo pro-cesso de pesquisa e desenvolvimento de im-plantes modernos para o cuidado com a estética que atendem as exigências médicas, que sejam seguros e que tenham alta qualidade.

Saniswiss - A empresa foi fundada por pro-fissionais de saúde e apoiada por cientistas renomados. Na feira apresentou dois produtos que são a seringa saniijectTM que permite a anestesia sem dor e o biosantizerTM, um este-rilizador à base de água.

Geistlich Biomaterials - Altamente especializa-da em biomedicina, seus produtos são matrizes biológicas para regeneração de ossos, tecidos moles e cartilagens: o novo tecido se desen-volve efetivamente sobre a lesão e regenera as estruturas do corpo.

Edel+White - Segue a filosofia de saúde bu-cal da Suíça e elaborou materiais suaves e não abrasivos para limpeza dental. A empresa oferece escovas, escovas interdentais e fios dentais encerados para a limpeza diária de dentes saudáveis.

Victorinox - Uma das empresas suíças mais antigas, fundada em 1860, fabrica os famo-sos canivetes suíços que não podem faltar no bolso de um suíço. A Victorinox do Brasil hoje representa também outras marcas como Caran D’Ache e Swiss Army.

SIGG - Conhecida pelas garrafas de alumínio em cores e estampas diferentes, representa a Suíça como país que tem seus valores na saúde, proteção ambiental e no esporte.

c h a m b e r n e w s

2009 CIOSP - Fair has Swiss stand for the fourth time in a row

For the fourth year in a row, SWISSCAM or-ganized a Swiss stand in the FIOSP - CIOSP fair, now in its 27th edition. This year, the pavilion was an island of 200m² which drew

the attention of numerous visitors. 9 companies of the dental sector showed Swiss technology to the dental public, three of them exhibiting their products in Brazil for the first time (as part of their strategy to reach the South American market). Victorinox and Sigg completed the group of Swiss exhibitors.

No workshop “Start-up Brazil” os expositores

receberam primeiras informações sobre o

mercado brasileiro. In the workshop “Start-up

Brazil” the exhibitors received first information

about the Brazilian market.

Page 18: SWISSCAM Magazine 56 -  · de Comércio Suíço-Brasileira The Magazine of the Swiss- Brazilian Chamber of Commerce Diretor do Magazine e de Comunicação Magazine and Communication

19s w i s s c a m m a g a z i n e 5 6 0 3 / 2 0 0 9

Together with a group of 30 Swiss dentists that participated in the congress, we opened the fair with a delicious cocktail of Arabian food, to which the exhibitors could invite important contacts to strengthen their network. A second important event was the business brunch “Start-up Brazil”, spon-sored by Zürcher Kantonalbank; the newcomers in the Brazilian market received first insights in the law and commerce regulations during a workshop held by Stüssi-Neves Advogados (lawyers, members of SWISSCAM) and Tiefneutec.

The Swiss Stand was largely advertised in the media and was filmed during the fair for two national news broadcast: Record and TV Cultura.

The Swiss exhibitors were: Coltène/Whaledent - rotary instruments, endo-dontic posts, self-threading para-pulpal pins, hy-giene products and products for preparing models in dental labs, as well as waxes and resins for the manufacture of dentures.

Curaden - interdental brushes properly designed to access narrow or closed interdental spaces of healthy gums, tooth brushes with 5460 bristles for the right and smooth cleaning and instruments for babies and children which stimulate the tooth development.

Jota - the company manufactures steel and tung-sten carbide instruments and abrasives for the dental industry since 1909. Today Jota is leading manufacturer of rotary and diamond instruments.

FKG - hooks, root pins, filling screws, matrixes, nerve extractors and probes are among the lines of products manufactured on the company’s plants. FKG has specialized in Endodontics, which is the treatment of (dental)roots.

Bien-Air - Bien-Air develops and manufactures all its products - from A to Z - in-house! It is the world leading manufacturer of micromotors of incompa-rable quality for the dental sector. Its instruments and devices make it possible to have a maximum of operations.

Sic-Invent - The company is continuously in re-search process and development of modern implants for esthetical care, meeting medical demands with safety and high quality.

Saniswiss - The company was established by a team of health professionals and supported by renown scientists. At the fair, they showed two products which are the syringe saniijectTM that al-lows a pain-free anaesthesia and the biosantizerTM, a sterilizer on water basis.

Geistlich Biomaterials - Highly specialized in bio-medicine, their products are biological matrices for the regeneration of bone, soft tissue and cartilage: the new tissue grows effectively into the defect and regenerates body structures.

Edel+White - Following the Swiss oral care philoso-phy, it developed mild and non-abrasive materials for tooth cleaning. The company offers brushes, interdental brushes and waxed dental tape for the daily cleaning of healthy teeth.

Victorinox - One of the oldest Swiss companies, founded in 1860, manufactures the famous pen-knives that should not be missing in a Swiss’ pocket. Today Victorinox do Brasil also represents other brands like Caran D’Ache and Swiss Army.

SIGG - Known by the aluminium bottles in different colours and patterns, represents Switzerland as a country attaching value to health and environmental protection.

Durante a feira, novos contatos foram feitos,

aumentando os negócios. During the fair,

new contacts were made and business was

strengthened.

Page 19: SWISSCAM Magazine 56 -  · de Comércio Suíço-Brasileira The Magazine of the Swiss- Brazilian Chamber of Commerce Diretor do Magazine e de Comunicação Magazine and Communication

20 s w i s s c a m m a g a z i n e 5 6 0 3 / 2 0 0 9

Como quebrar este ciclo vicioso? Como restituir a dignidade e dar esperança a estas pessoas?

Educação! Esta parece ser a pedra de toque que pode mudar a história destas crianças.

Pensando nisto, em 1998, nascia na ABB o pro-grama Criança Futuro Esperança. Uma idéia de aproveitar as instalações ociosas dos clubes de funcionários de nossos sites de Osasco e Guarulhos, na região da Grande São Paulo, para oferecer a crianças de comunidades carentes a seu redor uma oportunidade de se afastarem das ruas e de suas possíveis más influências. Trazê-las para conviver num ambiente capaz de oferecer-lhes um referencial positivo e mostrar-lhes um mundo ao qual também podem ascen-der, se lhes for dada a oportunidade.

O programa teve início com 30 crianças e hoje conta com 200 crianças e adolescentes, que durante meio dia frequentam a escola pública de suas comunidades e a outra metade do dia passam nas instalações da ABB, onde almoçam junto com os funcionários da empresa, recebem assistência médica e odontológica, além de par-ticiparem de aulas de esportes, reforço escolar, artes, teatro, informática, etc..

g u e s t : a b b

Dez anos depois…Brasil, um país de contrastes, onde a miséria convive sem o menor pudor com a prosperidade e a riqueza. Onde favelas parecem escorrer como um rio caudaloso pelas vertentes dos morros em direção ao asfalto das cidades, apressadas demais para ouvir o grito de socorro de adultos e crianças, cujas perspectivas de um futuro melhor

O que nos move a investir mais de um milhão de reais por ano nesta iniciativa e dedicar parte de nosso tempo pessoal para ajudar em sua administração é a fi rme convicção de que, no longo prazo, é impossível ter-se ilhas de prosperidade em meio a um mar de pobreza.

Sonham com um diploma universitário, sonham em constituir família e dar a seus descendentes uma vida melhor, sonham em passar pela vida deixando um legado melhor do que aquele que receberam.

Emerson Alves, um jovem adolescente que recém completou o ciclo de participação no programa e hoje trabalha como funcionário da área de equipamentos de baixa tensão da ABB, quando perguntado,resumiu seu sonho em poucas pa-lavras: “vencer na vida!”

Ao longo dos anos o Criança Futuro Esperança nos ensinou que a única diferença entre os pequeninos que entram no projeto e qualquer outra criança é a oportunidade de acessar um sistema educacional de mais qualidade, que lhes permita sonhar com uma vida melhor. É isto que o programa se propõe oferecer para dar a estas crianças melhores condições de construírem seu futuro. Quem sabe, transformando-os também em agentes positivos de mudanças em suas comunidades de origem.

O que nos move a investir mais de um milhão de reais por ano nesta iniciativa e dedicar parte de nosso tempo pessoal para ajudar em sua admi-nistração é a firme convicção de que, no longo

As crianças selecionadas iniciam suas atividades no projeto aos 7 anos de idade e concluem a primeira parte aos 15 anos, quando, em parceria do Instituto ABB, mantenedor exclusivo do pro-grama, com o SESC, recebem um ano de ensino profissionalizante, para que, com a idade legal mínima de 16 anos, possam, melhor qualificadas, disputar uma vaga no mercado de trabalho.

Passados 10 anos de sua criação, o programa contabiliza algumas dezenas de jovens que conquistaram seu primeiro emprego e que continuam a sonhar com um futuro melhor.

por Carlos Roberto Hohl

acabam sucumbindo entre violência, falta de saneamento e sistemas de saúde e de ensino na eminência de um colapso. Um país que, ao mesmo tempo em que se insere na economia globalizada e se consolida no contexto das nações como uma economia viável e em ascensão, sucumbe ao grito dos famintos, dos sem teto e dos sem esperança num futuro melhor.

Page 20: SWISSCAM Magazine 56 -  · de Comércio Suíço-Brasileira The Magazine of the Swiss- Brazilian Chamber of Commerce Diretor do Magazine e de Comunicação Magazine and Communication

21s w i s s c a m m a g a z i n e 5 6 0 3 / 2 0 0 9

prazo, é impossível ter-se ilhas de prosperidade em meio a um mar de pobreza. Não podemos deixar exclusivamente nas mãos do governo a solução dos problemas que nos cercam. Cabe a cada cidadão e a cada empresa, encontrar for-mas de dar sua contribuição pessoal ou material, sobretudo, nas comunidades onde vivemos e trabalhamos, para reverter o trágico quadro de desigualdade social que nos cerca.

Escolhemos o caminho da educação, por acredi-tarmos que numa economia globalizada e cada vez mais competitiva, somente cidadãos que, além de bem preparados acadêmica e profissio-nalmente, tenham também capacidade analítica e senso crítico desenvolvido, poderão escolher melhores governantes e participar ativamente do bolo da economia mundial, rompendo o ciclo vicioso da miséria e da pobreza para construir um mundo mais justo e igualitário.

Criança Futuro Esperança. Dez anos depois, sentimos que tudo valeu a pena!

Carlos Roberto Hohl

é diretor de relações

institucionais da ABB Ltda.

Carlos Roberto Hohl

is director of institutional

relations at ABB Ltd.

g u e s t : a b b

Ten years later...Brazil, a country of contrasts, where poverty, prosperity, and wealth live unashamed side by side. Where slums seem to flow like a torrential river down the hills towards the city streets, streetsthat are too busy to hear the clamor of adults and children whose perspectives for a better future fall through when colliding with the wall of violence, lack of sanitation and deteriorating health and educational systems, all on the brink of a breakdown. A country that is becoming part of the global economy and the group of economically-viable and ascending nations while sinking under the screams of the hungry, the homeless, and the hopeless, who are unable to see a better future.

b y Carlos Roberto Hohl

How can we break this circle? How can we give dignity back to people and give them hope?

Through education! This seems to be the start point to change these children’s lives.

Having this in mind, ABB set up in 1998 the Criança Futuro Esperança (A Future with Hope for Children) program. The idea was to use the premises formerly occupied by the Employee Clubs in our Osasco and Guarulhos sites in the Great Sao Paulo to implement programs targeting local underprivileged children and offer them the chance to get out of the streets and away from bad companies. We wanted to offer these children a healthy environment, where they could receive a positive input and be introduced to a world they could really access if given the chance.

The program, which started with 30 children, now helps 200 children and teenagers, who go to a regular public school and spend the rest of the day at ABB, where they have lunch with the company’s employees, get medical and dental services, practice sports, and receive help to improve their school per-formance, besides having art, drama and computer classes, among other activities.

The selected children join the project at age 7 and complete the first module at 15, when, through a partnership between ABB Institute, the program’s exclusive sponsor, and SESC, they take up profes-sional classes, aimed at preparing them to apply for a job when they turn 16, the minimum legal age in Brazil.

Ten years after its creation, the program has suc-cessfully prepared tens of young people who have already gotten their first jobs and still dream of a better future. They dream of getting a university degree, start a family and give their children a bet-ter life; they dream of leaving their children a better legacy than the one they inherited.

Emerson Alves, a young man that has completed the program and now holds a job at ABB Low Voltage Equipment division, used few words to describe his dream: “Succeed in life”

Along the years, the Criança Futuro Esperança pro-gram has taught us that the difference between the little children who join the project and other children is the chance to have access to a higher-quality educational system that allows them to dream of a better life. And this is what the program aims at offering children: better tools to build a better future. And maybe it can also help them take the lead and promote the necessary changes in their communities.

Our decision to invest over a million reais per year in this initiative and dedicate part of our private time to manage it is based on our firm belief that we can no longer have these few wealth islands surrounded by a sea of poverty. We refuse to sit back and wait for the government to provide all the solutions. Each one of us, citizens and businesses alike, have the responsibility to find ways to contribute our time or money, particularly to the community we live and work in, thus helping eliminate the huge gap that separates us.

We believe education is key in an increasingly glo-balized and competitive economic scenario, where individuals with not only the right academic and professional credentials, but also with analytical skills and critical sense, can better choose their government leaders and actively reap the benefits of a global economy, breaking the circle of pov-erty to build a world where fairness and equality predominate.

Criança Futuro Esperança - Ten years later, we believe it has been worth it!

Foto

s: D

ivu

lgaç

ão

Tran

sla

tion

: C

.I.I

. Id

iom

as

Page 21: SWISSCAM Magazine 56 -  · de Comércio Suíço-Brasileira The Magazine of the Swiss- Brazilian Chamber of Commerce Diretor do Magazine e de Comunicação Magazine and Communication

22 s w i s s c a m m a g a z i n e 5 6 0 3 / 2 0 0 9

A globalização econômica provocou profundas alterações no segmento portuário mundial e exigiu amplo e acelerado processo de modernização, visando ao aumento da efi ciência e à redução drástica dos custos na prestação dos serviços portuários.

por Dominik Keller

f o c o : t r a n s p o r t e e l o g í s t i c a

Logística, desembaraço aduaneiro e custo Brasil - Os exemplos das indústrias química e farmacêutica

Hoje se pode reduzir tempo e economizar, utilizando-se de meios eletrônicos que a moder-nidade nos permite, o que nos leva a considerar absurda, por exemplo, a média de prazo do Porto de Santos para embarque

e desembarque que atualmente ultrapassa os vinte dias.

Assim, se a participação brasileira no comércio internacional fosse maior que os 1,14% atuais, nosso sistema portuário entraria em provável colapso. A ineficiência de nossa logística torna-nos, então, muito menos competitivos e, nesse aspecto, o país precisa ainda evoluir bastante.

O Brasil demora, em média, 18 dias para exportar produtos em contêineres. Desse total, 14 dias são gastos com medidas burocráticas, como preparação de documentos, despacho aduaneiro e controle técnico. Os outros quatro dias são gastos com transporte interno e manuseio do porto e terminal. Isso põe o País no 57º lugar do ranking de tempo para exportar. Se conse-guíssemos reduzir para níveis semelhantes aos dos Estados Unidos teríamos um ganho de cerca de US$ 506 milhões por ano. De acordo com referências do Banco Mundial, o custo para ex-portar um contêiner no Brasil é de US$ 895, anteUS$ 864 na Índia e US$ 425 em Hong Kong.

De acordo com informações divulgadas pela Associação Brasileira da Indústria Química - Abiquim, em 2008 o Brasil importou US$ 35,1 bilhões em produtos químicos, um crescimento

O custo da logística no produto fi nal das empresas ainda é muito alto no Brasil, em torno de 15% a 16% - podendo chegar a 30% em alguns segmentos. Em países desenvolvidos este índice varia entre 9% e 10%.

de 46,6% em relação a 2007. Na mesma com-paração, as exportações tiveram um aumento de 11,3%, somando US$ 11,9 bilhões. O resultado recorde nas importações contribuiu para um déficit de US$ 23,2 bilhões na balança comer-cial do setor.

Os principais fornecedores de produtos químicos para o Brasil foram os países da América do Norte e da União Européia, cada grupo de países responsável por 27% do total das importações brasileiras. O Brasil comprou US$ 9,6 bilhões de produtos químicos da América do Norte e US$ 9,3 bilhões da União Européia. As nações árabes são também fornecedoras importantes dessas mercadorias.

em alguns casos, do rodoviário. Nas importações, ainda predomina, em valores, a utilização do transporte aéreo. Prevalece, no entanto, o modal marítimo quando se analisa o volume importado. São quase insignificantes, nesse sentido, o valor e o volume de medicamentos importados pelo modal rodoviário.

Entre os procedimentos considerados mais crí-ticos nas operações de importação de produtos que necessitam de anuência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA destacam-se: a petição de autorização de embarque no exterior cujo procedimento é redundante, haja vista que as empresas já realizam procedimentos bastante rigorosos no registro dos produtos no País. O setor produtivo também não sabe muitas vezes a quem se reportar dentro da ANVISA, sendo notado um conflito interno no manuseio de in-formações pela Agência.

A primeira etapa da logística é a retirada dos produtos acabados nos laboratórios. O passo seguinte é trazer os medicamentos para seu centro de distribuição, onde o produto é con-ferido e etiquetado com os códigos de barra. A gestão dos estoques permite que o produto que chegou primeiro tenha preferência de expedição - um sistema que auxilia na administração dos prazos de validade.

Já as condições de armazenagem obedecem a padrões determinados pelos órgãos públicos de fiscalização e controle. Os medicamentos de venda controlada, os de tarja preta, por exemplo, são isolados em área reservada com acesso totalmente restrito a profissionais autorizados.

Considerando que o transporte internacional se caracteriza pelo agenciamento de carga nos modais marítimo, aéreo, rodoviário e serviço porta a porta, a exportação de medicamentos é realizada predominantemente por meio do trans-porte aéreo. Quando se analisa o volume desses produtos comercializados, passa também a ser grande a importância do transporte marítimo e,

Page 22: SWISSCAM Magazine 56 -  · de Comércio Suíço-Brasileira The Magazine of the Swiss- Brazilian Chamber of Commerce Diretor do Magazine e de Comunicação Magazine and Communication

23s w i s s c a m m a g a z i n e 5 6 0 3 / 2 0 0 9

Já medicamentos que exigem temperatura re-frigerada são colocados em locais apropriados. Os produtos sujeitos à chamada “quarentena”, prescrita em sua formulação, recebem esse tratamento diferenciado por meio de controles informatizados.

O segmento sofre com a regulação de preços e a alta tributação, acima de 35%. Nos últimos 12 meses, os laboratórios foram obrigados a absor-ver aumentos dos insumos em dólar, impostos pelos produtores, especialmente indianos e chineses. Os custos só foram suportados graças à valorização do real que ocorreu no período, minimizando o impacto no custo de produção dos medicamentos fabricados no Brasil.

Esse “Custo Brasil” inclui tanto o processo de logística para distribuição das mercadorias den-tro do País quanto a chegada aos portos para exportação, representando 12,8% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto nos Estados Uni-dos, país de semelhança continental, é 8,19% do PIB. Transporte e logística são apontados pelos especialistas como os principais gargalos da infraestrutura brasileira, nos quais os investi-mentos se fazem urgentes.

Associado a este cenário de baixa infraestrutu-ra, temos ainda a questão fiscal aduaneira que deveria agir como facilitadora do processo e não como barreira. Simplificar e acelerar o processo de desembaraço aduaneiro apenas para expor-tação pode também não ser a solução, uma vez que boa parte dos manufaturados exportados dependem de componentes importados.

Ficam evidentes os desafios e oportunidades no setor logístico para os próximos anos. A tendência mundial é de crescimento nestes custos, e o Brasil, dada a tradicional ineficiên-cia logística, deve tomar ações imediatas para corrigir o problema. Isto depende também de boa vontade política, o que não tem sido o forte das autoridades do setor nos últimos tempos. A hora é de questionar nosso modelo logístico e apoiar investimentos que se alinhem com as demandas de mercado e as urgências erguidas pela atual crise mundial.

Dominik Kel ler é

Diretor da O. Lisboa

Despachos Internacionais.

Dominik Kel ler is

Director of O. Lisboa

Despachos Internacionais.

Se a participação brasileira no comércio internacional fosse maior que os 1,14% atuais, nosso sistema portuário entraria em provável colapso.

f o c u s : t r a n s p o r t a n d l o g i s t i c s

Logistics, customs clearance and high costs in Brazil - Examples of chemical and pharmaceutical industries The economic globalization has triggered major changes in the world’s Port segment and has required a greater and faster process of modernization, envisaging an increase in efficiency and the drastic reduction of costs in the provision of port services.

b y Dominik Keller

Today, time could be reduced and money could be saved, using the modern elec-tronic means we have today, which makes, for example, the average timethat the Port of Santos takes to load and unload, which

is currently over twenty days, quite absurd.

Thus, if the Brazilian participation in international trade were higher than the current 1.14%, our port system would probably collapse. The inefficiency of our logistics makes us, therefore, much less competitive and, in this aspect, the country needs to develop considerably.

Uma forma de ajudar a indústria farmacêutica tanto nacional como multinacional e a socie-dade - no sentido de facilitar o acesso de me-dicamentos - é trabalhar na redução da carga tributária de 35,07%, de acordo com estudos da Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica (Febrafarma). Se tomarmos, no entanto, toda a cadeia de produção, a tributação ultrapassa os 50%, o que gera no setor farmoquímico um déficit de US$ 2,5 bilhões.

Para garantirmos a competitividade dos produtos brasileiros, devemos estruturar uma logística capaz de assegurar que os produtos expedidos pelas indústrias sejam transportados com gran-de facilidade pelos modais de exportação para entrega nos menores prazos.

O custo da logística no produto final das em-presas ainda é muito alto no Brasil, em torno de 15% a 16% - podendo chegar a 30% em alguns segmentos. Em países desenvolvidos este índice varia entre 9% e 10%. As empresas brasileiras gastam 56,3% a mais do que as norte-ameri-canas para fazer com que a produção chegue até o destino final.

Page 23: SWISSCAM Magazine 56 -  · de Comércio Suíço-Brasileira The Magazine of the Swiss- Brazilian Chamber of Commerce Diretor do Magazine e de Comunicação Magazine and Communication

24 s w i s s c a m m a g a z i n e 5 6 0 3 / 2 0 0 9

If the Brazilian participation in international trade were higher than the current 1.14%, our port system would probably collapse.

Brazil takes, on average, 18 days to export products in containers. Of this total, 14 days are spent on bureaucratic regulations, such as the preparation of documents, customs clearance and technical control. The other four days are spent on internal transport and on the use of the port and terminal. This places Brazil 57th in the ranking of time to ex-port. If we manage to reduce it to levels similar to the United States, we would have a profit of around US$ 506 million a year. According to statistics from the World Bank, it costs US$895 to export a container in Brazil, US$ 864 in India and US$ 425 in Hong Kong.

According to information disclosed by the Associa-ção Brasileira da Indústria Química - Abiquim (the Brazilian Chemical Industry Association), in 2008, Brazil imported US$ 35.1 billion in chemical prod-ucts, a growth of 46.6% in comparison to 2007. In

The cost of logistics in the final product of the companies is still too high in Brazil, around 15% to 16% - and could even reach 30% in some sectors. In developed countries, this index varies between 9% and 10%.

real, which occurred during that period, minimizing the impact on the cost of production of medicines manufactured in Brazil.

A form of helping the pharmaceutical industry, national, multinational and society - in the sense of facilitating the access of medicines - is working to reduce the tax burden of 35.07%, according to studies from the Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica - Febrafarma(the Brazilian Pharma-ceutical Industry Federation). However, if we take the whole production chain, the taxation exceeds 50%, which generates a deficit in the pharmaceutical and chemical sector of US$ 2.5 billion.

To guarantee the competitiveness of Brazilian products, we should structure the logistics to en-sure that the products expedited by industries are

barcode. The management of stocks gives the prod-uct that arrives first priority of shipping - a system that assists in administering expiry dates.

The conditions of storage follow the standards determined by the public agencies of inspection and control. The controlled medicines, with a black label, for example, are isolated in a reserved area with total restricted access to authorized personnel. The medicines that require refrigerated temperature are placed in appropriate locations. The products subject to so called “quarantine”, prescribed in their formulation, receive this differentiated treatment by means of computerized controls.

The sector suffers with the regulation of prices and high taxation, above 35%. In the last 12 months, the laboratories have had to absorb the increases of consumables in dollars, and producer taxes, especially Indian and Chinese. The costs were only endured thanks to the valuation of the Brazilian

transported with great facility using the means of export to deliver them in shorter times.

The cost of logistics in the final product of the companies is still too high in Brazil, around 15% to 16% - and could even reach 30% in some sectors. In developed countries, this index varies between 9% and 10%. Brazilian companies spend 56.3% more than North American companies, so that the product can reach the final destination.

This “Custo Brasil” includes the process of logistics and the distribution of goods inside the country to their arrival at the ports of export, representing 12.8% of the Gross Domestic Product (GDP), while in the United States, a country of similar continental size, it is 8.19% of the GDP. Transport and logistics are considered by specialists as the main bottleneck of the Brazilian infrastructure, in which investments are urgently required.

Associated to this scenario of inferior infrastructure, there is also the issue of customs taxation that should act as a facilitator of the process and not as a hindrance. Simplifying and accepting the process of customs clearance only for export may not be the solution, since a great part of exported manufactured products depend on imported components.

The challenges and opportunities have become evi-dent in the logistics sector for the next few years. The global trend is to increase these costs, and Bra-zil, given the traditional logistic inefficiency, should take immediate action to correct the problem. This also depends on good political will, which has not been one of the authorities’ strengths in the sec-tor recently. It is now time to question our logistics model and support investments that are aligned with market demands and the urgency raised by the current world crisis.

the same comparison, the exports had an increase of 11.3%, reaching US$ 11.9 billion. The record result of imports has contributed towards a deficit of US$ 23.2 billion in the sector’s trade balance.

Brazil’s main suppliers of chemical products were countries from North America and from the European Union, each group of countries being responsible for 27% of the total of Brazilian imports. Brazil pur-chased US$ 9.6 billion in chemical products from North America and US$ 9.3 billion from the European Union. The Arab nations are also important suppliers of these goods.

Considering that international transport is char-acterized by freight forwarding by sea, air, road, and door-to-door, the export of medicines is done predominantly by air transport. When we analyze the volume of traded products, sea transport is also relatively important, and, in some cases, road haulage. For imports, in values, air transport is pre-dominantly used. However, if we analyze the volume imported, sea transport prevails. In this sense, the value and volume of imported medicines by road haulage are almost insignificant.

Among the procedures considered most critical in the import operation of products that require the inspection of the Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA (The National Health Surveil-lance Agency), is the petition authorizing the cargo to be loaded abroad, whose procedure is redundant, because the companies are already strict in the procedures used in registering the products in the country. The producers sector does not know, many times, whom they should report to inside ANVISA, and thereby we have noticed an internal conflict in the use of information by the Agency.

The first stage of logistics is the withdrawal of the finished products in the laboratories. The next stage is to bring the medicine to the distribution center, where the product is checked and then receives a

Tran

sla

tion

: C

.I.I

. Id

iom

as

Page 24: SWISSCAM Magazine 56 -  · de Comércio Suíço-Brasileira The Magazine of the Swiss- Brazilian Chamber of Commerce Diretor do Magazine e de Comunicação Magazine and Communication

25s w i s s c a m m a g a z i n e 5 6 0 3 / 2 0 0 9

n o t í c i a s d a s w i s s c a m

Guia Doing Businessin Brazil

Uma versão atualizada do guia Doing Business in Brazil, disponível em por-tuguês e inglês, acaba de ser publicada no website da SWISSCAM.

A publicação, que foi elaborada pelos partici-pantes do Comitê Jurídico, reúne as principais informações para estrangeiros que querem fazer negócios no Brasil.

Agradecemos a todos os autores que colabora-ram com este trabalho.

Coquetel de Confraternização

Depois de um ano de muitos desafios, a SWISSCAM recebeu em sua sede seus associados e parceiros para um coquetel de fim de ano, onde todos puderam

confraternizar, celebrar e brindar o fim de um ano também de muitas realizações.

n o t í c i a s d a s w i s s c a m

c h a m b e r n e w s

End-of-the year cocktail

A t the end of one more year full of challeng-es, SWISSCAM welcomed its members and partners for a cocktail at its premises,

where they got together to celebrate and toast to the end of a year that was also marked by significant achievements.

An updated version of the Doing Business in Brazil guide has just been published on the SWISSCAM website.

The publication, written by the Legal Committee members, gathers the main information for foreign-ers who want to do business in Brazil.

We thank the authors who are involved in this project.

Kindi, Elias Representante comercial Business representative - Bronze Sênior

Nägeli, Peter Robert Proprietário rural Farm owner - Bronze Sênior

O. Lisboa Despachos Internacionais Ltda. Transportes internacionais (carga geral e projetos / heavy lift / break bulk) e desembaraço aduaneiro - International trans- port (general freight and projects /heavy lift / break bull) and customs clearance Institucional IV

Sgier und Partner GmbH Imigração e relocação - Immigration and relocation Associado na Suíça

Silcon Ambiental Ltda. Co-processamento de resíduos industriais (líquidos, sólidos e pastosos), incineração, esterilização e tratamento fitossanitário de resíduos e produção de biomassa - Co-processing, incineration, sterilization and fitosanitary treatment and biomass production Institucional V

Solenthaler, Daniel Nestor Diretor de vendas internacional - International sales director Associado na Suíça

Tedeschi, Patrícia Pereira Advogada - Lawyer Bronze Júnior

Teixeira, Martins & Advogados Advocacia e consultoria jurídica na área consultiva e contenciosa - Law firm - Institucional I

n o t í c i a s d a s w i s s c a m

3D Impact Media - Advertisement & Networking Networking, produção de conteúdos de marketing e anúncios em três dimensões - Networking, development of marketing contents and advertisements in three dimensions - Institucional I

Advocacia Attila de Souza Leão Andrade Junior Escritório especializado em direito empresarial com enfoque em direito internacional, tributário, societário, investimentos estrangeiros - Law office specialized in business law with focus on international law, tax law, corporate, and foreign investments Institucional I

Appleton Luff - International Lawyers Serviços legais - comércio internacional e arbitragem internacional - Legal Services - international trade and international arbitration - Associado na Suíça

Global Translations.BR Tradução, interpretação, transcrição e revisão de textos Translations, interpretations, transcriptions and revision of texts - Institucional I

Going Places Consultoria Intercultural Ltda. Treinamentos, coaching, medição inter- cultural - Training, coaching, intercultural mediation - Institucional I

novos associadosnew membersTemos o prazer de apresentar os nossos novos associados. We’re glad to introduce our new members.

Page 25: SWISSCAM Magazine 56 -  · de Comércio Suíço-Brasileira The Magazine of the Swiss- Brazilian Chamber of Commerce Diretor do Magazine e de Comunicação Magazine and Communication

26 s w i s s c a m m a g a z i n e 5 6 0 3 / 2 0 0 9

n o t í c i a s d a s w i s s c a m

Danyel, novoestagiário daSWISSCAM

Saí de uma empresa onde eu era engessado a um único serviço repetitivo, mas sendo agora o assistente do pessoal, posso descobrir novas ha-bilidades que pensava nunca possuir, bem como desenvolver habilidades que eu julgava nunca poder desenvolver. É uma experiência totalmente nova, na qual faço o meu possível para fazer da SWISSCAM um lugar ainda melhor.

c h a m b e r n e w s

Meet Daniel, SWISSCAM’snew intern

I joined the Swiss-Brazilian Chamber of Commerce - SWISSCAM four months ago. These four months have been full of new experiences. I feel like I have been part of the Chamber for ages. My team is strong, hardworking and really fun to work with.

As a non-Swiss working in a Swiss organization, I thought I was going to have a hard time trying to adapt to the job. But now I see it was not hard at all and I feel like the Swiss culture has been part of me all along.

I currently support all functions at the Chamber, and so I have the opportunity to learn how each department works. As a soon-to-be International Relations graduate, I believe it is essential to learn how a chamber of commerce operates.

My previous job consisted of a series of repetitive tasks, but now, working as an administrative assis-tant, I am having the chance to use various newly-found skills while developing new competences. It is a new experience; one I will take advantage of to make SWISSCAM an even better place.

Although I have never lived abroad, I had the op-portunity to learn a number of foreign languages. My German is still pretty basic, but I am working hard to achieve excellence. I believe this will help me better meet our members’ needs.

Mesmo sem ter vivência em outros países, tive a oportunidade de aprender várias línguas es-trangeiras. Apesar do alemão, por enquanto, ser básico, luto para que eu chegue à excelência. E que, com mais essa língua, eu possa atender e auxiliar ainda melhor nossos associados.

Já faz quatro meses que estou na Câmara de Comércio Suíço-Brasileira, a SWISSCAM. E nesses quatro meses tenho visto novos

horizontes que se desenrolam à minha frente. Parece que faz muito tempo que estou nessa turma de amigos que trabalham juntos. É uma equipe animada, forte e trabalhadora.

No começo tive dificuldades de imaginar como uma pessoa que não tem raízes suíças pode se integrar com a Câmara. Mas agora vejo que me integrei facilmente, como se eu já estivesse com a cultura suíça em mim.

Atualmente auxilio todos os setores da SWISS-CAM, e isto me dá a oportunidade de conhecer como cada setor trabalha. Para alguém que está no último semestre de Relações Internacionais, é crucial entender como uma câmara de comércio funciona em sua totalidade.

Tran

sla

tion

: C

.I.I

. Id

iom

as

Page 26: SWISSCAM Magazine 56 -  · de Comércio Suíço-Brasileira The Magazine of the Swiss- Brazilian Chamber of Commerce Diretor do Magazine e de Comunicação Magazine and Communication

27s w i s s c a m m a g a z i n e 5 6 0 3 / 2 0 0 9

O óleo de cozinha é um resíduo que provoca grande impacto ambien-tal. Além de ser o responsável pelo entupimento de encana-mentos e outros problemas de higiene e mau cheiro, o óleo, por

ser mais leve que a água, cria uma barreira na superfície da água que dificulta a entrada de luz e a oxigenação, comprometendo assim a base da cadeia alimentar aquática. Descartar o óleo na natureza tem uma relação direta no aumento de enchentes em áreas urbanas, pois causa a impermeabilização do solo.

Descartar o óleo na natureza tem uma relação direta no aumento de enchentes em áreas urbanas.

Fernanda Correia é jornalista do Instituto

Triângulo. Fernanda Correia is journalist of

Instituto Triângulo.

e n v i r o n m e n t

The problem with cooking oilInstituto Triângulo, in its socio-environmental actions, recycles and transforms kitchen oil into an eco-efficient product.

b y Fernanda Correia

Cooking oil is a residue that has a huge environmental impact. Besides being re-sponsible for clogging up drains, causing other hygiene-related problems and bad

odor, oil, because it is lighter than water, creates a layer on the water surface, which inhibits the entrance of light and oxygenation, thus compromis-ing the base of the aquatic food chain. Discarding oil into nature is directly related to the increase of floods in urban areas, because it causes imperme-ability of the soil.

O problema do óleode cozinha

m e i o a m b i e n t e

O Instituto Triângulo, em suas ações socioambientais, reciclae transforma o óleo de cozinha em um produto ecoefi ciente.

vens a primeira oportunidade de emprego, além de noções de cidadania e educação ambiental. Nesta usina de reciclagem de óleo é produzido o sabão ecoeficiente.

O óleo vegetal, se descartado de forma errada, é tão nocivo ao meio ambiente quanto um in-cêndio. Muitas pessoas não sabem, mas o óleo de cozinha usado é um resíduo riquíssimo que pode ser utilizado para produzir pasta de dente, produtos de beleza, ração animal, sabão e até mesmo o biodiesel.

O sabão feito com óleo de cozinha usado é um sabão ecológico, pois deixamos de jogar esse óleo no esgoto, no ralo da pia ou em outro local qualquer. Além disso, ao se decompor no am-biente, ele perde as suas propriedades químicas nocivas, diminuindo, portanto, os impactos nega-tivos do homem sobre o meio ambiente.

Existe um levantamento que indica que quanto maior a classe social, maior é o consumo e, con-seqüentemente, maior a quantidade de resíduos que aquela família gera.

Todo o óleo arrecadado em garrafas “PET” ou similar é reciclado em uma usina própria do Instituto Triângulo. Esta usina proporciona a jo-

A survey has shown that the higher the social class, the higher the consumption and, consequently, the higher the number of residues generated by the family.

All of the oil collected in plastic bottles, or similar receptacles, is recycled at Instituto Triângulo’s own plant. This plant offers young people their first opportunity of employment, besides giving them the notion of citizenship and environmental education. At this oil recycling plant, eco-efficient soap is produced.

Vegetable oil, if discarded incorrectly, is as harm-ful to the environment as fire. Many people are unaware, but cooking oil is a very rich residue that can be used to produce toothpaste, beauty products, animal food, soap, and even biodiesel.

Soap made from used cooking oil is an ecologi-cal soap, because it is not thrown down the drain, down the sink or in any other place. Besides, when decomposing in the environment, it loses its chemi-cally harmful properties, therefore, decreasing the negative impacts on the environment caused by man.

por Fernanda CorreiaTodo o óleo arrecadado em garrafas “PET” ou

similar é reciclado em uma usina própria do

Instituto Triângulo.

All of the oil collected in plastic bottles, or

similar receptacles, is recycled at Instituto

Triângulo’s own plant.

Foto

s: D

ivu

lgaç

ão

Tran

sla

tion

: G

lob

al T

ran

sla

tion

s.B

R

Page 27: SWISSCAM Magazine 56 -  · de Comércio Suíço-Brasileira The Magazine of the Swiss- Brazilian Chamber of Commerce Diretor do Magazine e de Comunicação Magazine and Communication

28 s w i s s c a m m a g a z i n e 5 6 0 3 / 2 0 0 9

d i r e t ó r i o d i r e c t o r yConfira os endereços da comunida-de suíça no Brasil e da comunidade brasileira na Suíça em nosso site.

Acesse www.swisscam.com.br e clique em “Informações úteis”.

See the addresses of theSwiss community in Braziland the Brazilian community inSwitzerland in our website. Go towww.swisscam.com.br and clickon “Useful information”.

CIGA-Brasil - Center for Integration and Support aims to help Brazilian people adapt to and integrate into life in Switzer-land, offering advice, information on contacts and services, and social-cultural activities.

We are members of the Brazilian Council in Switzerland, which gathers various groups of Brazilian expatriates to develop common projects. As part of our activities, we maintain close contact with Swiss authorities and international associa-

tions, helping break the stereotype usually linked to Brazilian people in Europe.

We are strong at information. Our bi-monthly booklet CIGA-Informando brings information about the work developed by Brazilians and articles covering day-to-day subjects.

Please visit www.cigabrasil.ch to find further information about the association, life in Switzerland, addresses and links to profes-sionals and services, as well as all editions of CIGA-Informando.

Seja nosso parceiro na construção de um futuro melhor! Working together as partners we can build a better future!www.brascri.org.br +55 (11) 5548 [email protected]

CIGA-BrasilO CIGA-Brasil - Centro de Integração e Apoio visa dar apoio aos brasileiros na sua adap-tação e integração à Suíça, com aconselha-mento, divulgação de contatos e serviços e atividades sócio-culturais.

Participamos do Conselho Brasileiro na Suíça, que reúne vários grupos brasileiros para rea-lizar projetos comuns. Nesse trabalho man-temos o contato com as autoridades suíças e associações de outros países, desfazendo o estereótipo do brasileiro na Europa.

Nosso ponto forte é a informação. A brochura CIGA-Informando divulga a cada dois meses o trabalho dos brasileiros e temas da vida cotidiana.

Na página: www.cigabrasil.ch há infor-mações sobre a associação e a vida na Suíça, endereços e links para profissionais e servi-ços e as edições do CIGA-Informando.

BrascriA Brascri Associação Suíço-Brasileira de Ajuda à Criança, fundada em 1993, construiu sua história marcada pela credibilidade, con-fiança e respeito junto à comunidade e seus doadores.

Promovemos a educação infantil para crianças deficientes auditivas (DA), trabalhamos em parceria com ascolas públicas da periferia para melhorar a educação dos jovens (EDUC), damos apoio a mães adolescentes e contribuí-mos com o desenvolvimento profissionalizante de jovens carentes.

Contamos com o apoio de diversas pessoas que colaboram prestigiando nossos eventos, através de doações e trabalhos voluntários.

Convidamos você a conhecer a realidade destes jovens e a fazer parte desta grande transformação!

Transformamos sonhos em realidade.

Founded in 1993, Brascri - Associação Suíço-Brasileira de Ajuda à Criança (Brazilian Children Support Association), has a history marked by credibility, trust and respect from the local com-munity and donors alike.

As part of our activities, we offer educational programs to hearing-impaired children, we work in cooperation with public schools in the outskirts of the city to improve young people’s educational levels (EDUC program), we offer support to teen-age mothers, and we help underprivileged young adults achieve professional development.

We rely on the support of different people, who make donations and work as volunteers in our events.

We would like to invite you to visit us and learn more about these young people becoming part of this transformation process!

We make dreams come true. Fo

tos:

Div

ulg

ação

Foto

s: D

ivu

lgaç

ãoTr

ansl

ati

on:

C.I

.I.

Idio

mas

Tran

sla

tion

: C

.I.I

. Id

iom

as