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Rua Igarapava, 14 Leblon Rio de Janeiro RJ cep 22450-200 tel: 55 21 3594-8900 | www.nadiadearaujo.com 1 COMPETÊNCIA INTERNACIONAL ANTIGO CPC NOVO CPC REGIMENTO INTERNO STJ COMENTÁRIOS COMPETÊNCIA CONCORRENTE Art. 88. É competente a autoridade judiciária brasileira quando: I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação; III - a ação se originar de fato ocorrido ou de ato praticado no Brasil. Parágrafo único. Para o fim do disposto no n o I, reputa-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que aqui tiver agência, filial ou sucursal. Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que: I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação; III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil. Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal. Art. 22. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações: I - de alimentos, quando: a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil; b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos; II - decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver Novidade CPC: inclusão competência para casos envolvendo alimentos e consumidor e reconhecimento expresso da autonomia das partes para escolha do foro.

Tabela Comparativa de Direito Internacional No Novo CPC

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Tabela Comparativa de Direito Internacional no Novo CPC

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    COMPETNCIA INTERNACIONAL

    ANTIGO CPC NOVO CPC REGIMENTO INTERNO STJ COMENTRIOS

    COMPETNCIA CONCORRENTE Art. 88. competente a autoridade judiciria brasileira quando: I - o ru, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigao; III - a ao se originar de fato ocorrido ou de ato praticado no Brasil. Pargrafo nico. Para o fim do disposto no no I, reputa-se domiciliada no Brasil a pessoa jurdica estrangeira que aqui tiver agncia, filial ou sucursal.

    Art. 21. Compete autoridade judiciria brasileira processar e julgar as aes em que: I - o ru, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigao; III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil. Pargrafo nico. Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurdica estrangeira que nele tiver agncia, filial ou sucursal.

    Art. 22. Compete, ainda, autoridade judiciria brasileira processar e julgar as aes: I - de alimentos, quando: a) o credor tiver domiclio ou residncia no Brasil; b) o ru mantiver vnculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou obteno de benefcios econmicos; II - decorrentes de relaes de consumo, quando o consumidor tiver

    Novidade CPC: incluso competncia para casos envolvendo alimentos e consumidor e reconhecimento expresso da autonomia das partes para escolha do foro.

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    domiclio ou residncia no Brasil; III - em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem jurisdio nacional.

    COMPETNCIA EXCLUSIVA Art. 89. Compete autoridade judiciria brasileira, com excluso de qualquer outra: I - conhecer de aes relativas a imveis situados no Brasil; II - proceder a inventrio e partilha de bens, situados no Brasil, ainda que o autor da herana seja estrangeiro e tenha residido fora do territrio nacional.

    Art. 23. Compete autoridade judiciria brasileira, com excluso de qualquer outra: I - conhecer de aes relativas a imveis situados no Brasil; II - em matria de sucesso hereditria, proceder confirmao de testamento particular e ao inventrio e partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herana seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domiclio fora do territrio nacional; III - em divrcio, separao judicial ou dissoluo de unio estvel, proceder partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domiclio fora do territrio nacional.

    LITISPENDNCIA Art. 90. A ao intentada perante tribunal estrangeiro no induz litispendncia, nem obsta a que a autoridade judiciria brasileira conhea da mesma causa e das que lhe so conexas.

    Art. 24. A ao proposta perante tribunal estrangeiro no induz litispendncia e no obsta a que a autoridade judiciria brasileira conhea da mesma causa e das que lhe so conexas, ressalvadas as disposies em contrrio de tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil.

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    Pargrafo nico. A pendncia de causa perante a jurisdio brasileira no impede a homologao de sentena judicial estrangeira quando exigida para produzir efeitos no Brasil.

    ELEIO DE FORO Art. 25. No compete autoridade

    judiciria brasileira o processamento e o julgamento da ao quando houver clusula de eleio de foro exclusivo estrangeiro em contrato internacional, arguida pelo ru na contestao. 1 No se aplica o disposto no caput s hipteses de competncia internacional exclusiva previstas neste Captulo. 2 Aplica-se hiptese do caput o art. 63, 1 a 4.

    Novidade CPC: reconhecimento expresso da autonomia das partes para escolha do foro.

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    COOPERAO JURDICA INTERNACIONAL

    ANTIGO CPC NOVO CPC REGIMENTO INTERNO STJ COMENTRIOS

    DISPOSIES GERAIS Art. 26. A cooperao jurdica

    internacional ser regida por tratado de que o Brasil faz parte e observar: I - o respeito s garantias do devido processo legal no Estado requerente; II - a igualdade de tratamento entre nacionais e estrangeiros, residentes ou no no Brasil, em relao ao acesso justia e tramitao dos processos, assegurando-se assistncia judiciria aos necessitados; III - a publicidade processual, exceto nas hipteses de sigilo previstas na legislao brasileira ou na do Estado requerente; IV - a existncia de autoridade central para recepo e transmisso dos pedidos de cooperao; V - a espontaneidade na transmisso de informaes a autoridades estrangeiras. 1 Na ausncia de tratado, a cooperao jurdica internacional poder realizar-se com base em reciprocidade, manifestada por via diplomtica. 2 No se exigir a reciprocidade

    Ttulo VII-A includo pela Emenda Regimental n. 18/2014: Dos processos oriundos de estados estrangeiros

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    referida no 1 para homologao de sentena estrangeira. 3 Na cooperao jurdica internacional no ser admitida a prtica de atos que contrariem ou que produzam resultados incompatveis com as normas fundamentais que regem o Estado brasileiro. 4 O Ministrio da Justia exercer as funes de autoridade central na ausncia de designao especfica.

    Art. 27. A cooperao jurdica internacional ter por objeto: I - citao, intimao e notificao judicial e extrajudicial; II - colheita de provas e obteno de informaes; III - homologao e cumprimento de deciso; IV - concesso de medida judicial de urgncia; V - assistncia jurdica internacional; VI - qualquer outra medida judicial ou extrajudicial no proibida pela lei brasileira.

    Art. 37. O pedido de cooperao jurdica internacional oriundo de autoridade brasileira competente ser encaminhado autoridade central para posterior envio ao Estado requerido para lhe dar andamento.

    Art. 38. O pedido de cooperao oriundo de autoridade brasileira competente e os documentos anexos que o instruem sero encaminhados

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    autoridade central, acompanhados de traduo para a lngua oficial do Estado requerido.

    Art. 39. O pedido passivo de cooperao jurdica internacional ser recusado se configurar manifesta ofensa ordem pblica.

    Art. 40. A cooperao jurdica internacional para execuo de deciso estrangeira dar-se- por meio de carta rogatria ou de ao de homologao de sentena estrangeira, de acordo com o art. 960.

    Art. 41. Considera-se autntico o documento que instruir pedido de cooperao jurdica internacional, inclusive traduo para a lngua portuguesa, quando encaminhado ao Estado brasileiro por meio de autoridade central ou por via diplomtica, dispensando-se ajuramentao, autenticao ou qualquer procedimento de legalizao. Pargrafo nico. O disposto no caput no impede, quando necessria, a aplicao pelo Estado brasileiro do princpio da reciprocidade de tratamento.

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    CARTAS ROGATRIAS Art. 35. (VETADO)

    Art. 216-O. atribuio do Presidente conceder exequatur a cartas rogatrias, ressalvado o disposto no art. 216-T. 1 Ser concedido exequatur carta rogatria que tiver por objeto atos decisrios ou no decisrios. 2 Os pedidos de cooperao jurdica internacional que tiverem por objeto atos que no ensejem juzo deliberatrio do Superior Tribunal de Justia, ainda que denominados de carta rogatria, sero encaminhados ou devolvidos ao Ministrio da Justia para as providncias necessrias ao cumprimento por auxlio direto.

    Art. 201. Expedir-se- carta de ordem se o juiz for subordinado ao tribunal de que ela emanar; carta rogatria, quando dirigida autoridade judiciria estrangeira; e carta precatria nos demais casos.

    Art. 237. Ser expedida carta: (...) II - rogatria, para que rgo jurisdicional estrangeiro pratique ato de cooperao jurdica internacional, relativo a processo em curso perante rgo jurisdicional brasileiro; (...)

    Art. 202. So requisitos essenciais da carta de ordem, da carta precatria e da carta rogatria: I - a indicao dos juzes de origem e de cumprimento do ato; II - o inteiro teor da petio, do despacho judicial e do instrumento do mandato conferido ao advogado; III - a meno do ato processual, que lhe constitui o objeto;

    Art. 260. So requisitos das cartas de ordem, precatria e rogatria: I - a indicao dos juzes de origem e de cumprimento do ato; II - o inteiro teor da petio, do despacho judicial e do instrumento do mandato conferido ao advogado; III - a meno do ato processual que lhe constitui o objeto; IV - o encerramento com a assinatura

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    IV - o encerramento com a assinatura do juiz. 1 O juiz mandar trasladar, na carta, quaisquer outras peas, bem como instru-la com mapa, desenho ou grfico, sempre que estes documentos devam ser examinados, na diligncia, pelas partes, peritos ou testemunhas. 2 Quando o objeto da carta for exame pericial sobre documento, este ser remetido em original, ficando nos autos reproduo fotogrfica. 3 A carta de ordem, carta precatria ou carta rogatria pode ser expedida por meio eletrnico, situao em que a assinatura do juiz dever ser eletrnica, na forma da lei.

    do juiz. 1 O juiz mandar trasladar para a carta quaisquer outras peas, bem como instru-la com mapa, desenho ou grfico, sempre que esses documentos devam ser examinados, na diligncia, pelas partes, pelos peritos ou pelas testemunhas. 2 Quando o objeto da carta for exame pericial sobre documento, este ser remetido em original, ficando nos autos reproduo fotogrfica. 3 A carta arbitral atender, no que couber, aos requisitos a que se refere o caput e ser instruda com a conveno de arbitragem e com as provas da nomeao do rbitro e de sua aceitao da funo.

    Art. 210. A carta rogatria obedecer, quanto sua admissibilidade e modo de seu cumprimento, ao disposto na conveno internacional; falta desta, ser remetida autoridade judiciria estrangeira, por via diplomtica, depois de traduzida para a lngua do pas em que h de praticar-se o ato.

    Vide Arts. 37 a 41 listados nas disposies gerais.

    Art. 211. A concesso de exequibilidade s cartas rogatrias das justias estrangeiras obedecer ao disposto no Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

    Art. 36. O procedimento da carta rogatria perante o Superior Tribunal de Justia de jurisdio contenciosa e deve assegurar s partes as garantias do devido processo legal. 1 A defesa restringir-se- discusso quanto ao atendimento dos

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    requisitos para que o pronunciamento judicial estrangeiro produza efeitos no Brasil. 2 Em qualquer hiptese, vedada a reviso do mrito do pronunciamento judicial estrangeiro pela autoridade judiciria brasileira.

    Art. 231. Far-se- a citao por edital: (...) 1o Considera-se inacessvel, para efeito de citao por edital, o pas que recusar o cumprimento de carta rogatria.

    Art. 256. A citao por edital ser feita: (...) 1 Considera-se inacessvel, para efeito de citao por edital, o pas que recusar o cumprimento de carta rogatria. (...)

    Art. 338. A carta precatria e a carta rogatria suspendero o processo, no caso previsto na alnea b do inciso IV do art. 265 desta Lei, quando, tendo sido requeridas antes da deciso de saneamento, a prova nelas solicitada apresentar-se imprescindvel. Pargrafo nico. A carta precatria e a carta rogatria, no devolvidas dentro do prazo ou concedidas sem efeito suspensivo, podero ser juntas aos autos at o julgamento final.

    Art. 377. A carta precatria, a carta rogatria e o auxlio direto suspendero o julgamento da causa no caso previsto no art. 313, inciso V, alnea b, quando, tendo sido requeridos antes da deciso de saneamento, a prova neles solicitada for imprescindvel. Pargrafo nico. A carta precatria e a carta rogatria no devolvidas no prazo ou concedidas sem efeito suspensivo podero ser juntadas aos autos a qualquer momento.

    Art. 515. So ttulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se- de acordo com os artigos previstos neste Ttulo: (...) IX - a deciso interlocutria

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    estrangeira, aps a concesso do exequatur carta rogatria pelo Superior Tribunal de Justia;

    Art. 960. A homologao de deciso estrangeira ser requerida por ao de homologao de deciso estrangeira, salvo disposio especial em sentido contrrio prevista em tratado. 1 A deciso interlocutria estrangeira poder ser executada no Brasil por meio de carta rogatria. (...)

    Art. 961. A deciso estrangeira somente ter eficcia no Brasil aps a homologao de sentena estrangeira ou a concesso do exequatur s cartas rogatrias, salvo disposio em sentido contrrio de lei ou tratado. (...)

    Art. 962. passvel de execuo a deciso estrangeira concessiva de medida de urgncia. 1 A execuo no Brasil de deciso interlocutria estrangeira concessiva de medida de urgncia dar-se- por carta rogatria. 2 A medida de urgncia concedida sem audincia do ru poder ser executada, desde que garantido o contraditrio em momento posterior. 3 O juzo sobre a urgncia da medida compete exclusivamente autoridade jurisdicional prolatora da

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    deciso estrangeira. 4 Quando dispensada a homologao para que a sentena estrangeira produza efeitos no Brasil, a deciso concessiva de medida de urgncia depender, para produzir efeitos, de ter sua validade expressamente reconhecida pelo juiz competente para dar-lhe cumprimento, dispensada a homologao pelo Superior Tribunal de Justia.

    Art. 963. Constituem requisitos indispensveis homologao da deciso: I - ser proferida por autoridade competente; II - ser precedida de citao regular, ainda que verificada a revelia; III - ser eficaz no pas em que foi proferida; IV - no ofender a coisa julgada brasileira; V - estar acompanhada de traduo oficial, salvo disposio que a dispense prevista em tratado; VI - no conter manifesta ofensa ordem pblica. Pargrafo nico. Para a concesso do exequatur s cartas rogatrias, observar-se-o os pressupostos previstos no caput deste artigo e no art. 962, 2.

    Art. 216-P. No ser concedido exequatur carta rogatria que ofender a soberania nacional, a dignidade da pessoa humana e/ou a ordem pblica.

    Novidade: incluso da dignidade da pessoa humana. A Resoluo 9/05 dispunha apenas que No ser homologada sentena estrangeira ou concedido exequatur a carta rogatria que ofendam a soberania ou a ordem pblica. (Art. 6)

    Art. 964. No ser homologada a

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    deciso estrangeira na hiptese de competncia exclusiva da autoridade judiciria brasileira. Pargrafo nico. O dispositivo tambm se aplica concesso do exequatur carta rogatria.

    Art. 216-O. atribuio do Presidente conceder exequatur a cartas rogatrias, ressalvado o disposto no art. 216-T. (...)

    Art. 216-Q. A parte requerida ser intimada para, no prazo de quinze dias, impugnar o pedido de concesso do exequatur. 1 A medida solicitada por carta rogatria poder ser realizada sem ouvir a parte requerida, quando sua intimao prvia puder resultar na ineficincia da cooperao internacional. 2 No processo de concesso do exequatur, a defesa somente poder versar sobre a autenticidade dos documentos, a inteligncia da deciso e a observncia dos requisitos previstos neste Regimento.

    Art. 216-Q acima. Art. 216-R. Revel ou incapaz a parte requerida, dar-se-lhe- curador especial.

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    Art. 216-T. Havendo impugnao ao pedido de concesso de exequatur a carta rogatria de ato decisrio, o Presidente poder determinar a distribuio dos autos do processo para julgamento pela Corte Especial.

    Art. 216-S. O Ministrio Pblico Federal ter vista dos autos nas cartas rogatrias pelo prazo de dez dias, podendo impugnar o pedido de concesso do exequatur.

    Art. 216-U. Das decises do Presidente ou do relator na concesso de exequatur a carta rogatria caber agravo.

    Art. 216-V. Aps a concesso do exequatur, a carta rogatria ser remetida ao Juzo Federal competente para cumprimento. 1 Das decises proferidas pelo Juiz Federal competente no cumprimento da carta rogatria cabero embargos, que podero ser opostos pela parte interessada ou pelo Ministrio Pblico Federal no prazo de dez dias, julgando-os o Presidente deste Tribunal. 2 Os embargos de que trata o pargrafo anterior podero versar sobre qualquer ato referente ao cumprimento da carta rogatria, exceto sobre a prpria concesso da medida ou o seu mrito.

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    Art. 216-W. Da deciso que julgar os embargos cabe agravo. Pargrafo nico. O Presidente ou o relator do agravo, quando possvel, poder ordenar diretamente o atendimento medida solicitada.

    Art. 216-X. Cumprida a carta rogatria ou verificada a impossibilidade de seu cumprimento, ser devolvida ao Presidente deste Tribunal no prazo de dez dias, e ele a remeter, em igual prazo, por meio do Ministrio da Justia ou do Ministrio das Relaes Exteriores, autoridade estrangeira de origem.

    SENTENA ESTRANGEIRA Art. 475-N. So ttulos executivos judiciais: (...) VI a sentena estrangeira, homologada pelo Superior Tribunal de Justia;

    Art. 515. So ttulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se- de acordo com os artigos previstos neste Ttulo: (...) VIII - a sentena estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justia;

    Art. 960. A homologao de deciso estrangeira ser requerida por ao de homologao de deciso estrangeira, salvo disposio especial em sentido contrrio prevista em tratado. (...) 2 A homologao obedecer ao que dispuserem os tratados em vigor no

    Art. 216-C. A homologao da sentena estrangeira ser proposta pela parte requerente, devendo a petio inicial conter os requisitos indicados na lei processual, bem como os previstos no art. 216-D, e ser instruda com o original ou cpia autenticada da deciso homologanda e de outros documentos indispensveis,

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    Brasil e o Regimento Interno do Superior Tribunal de Justia. 3 A homologao de deciso arbitral estrangeira obedecer ao disposto em tratado e em lei, aplicando-se, subsidiariamente, as disposies deste Captulo.

    devidamente traduzidos por tradutor oficial ou juramentado no Brasil e chancelados pela autoridade consular brasileira competente, quando for o caso.

    Art. 483. A sentena proferida por tribunal estrangeiro no ter eficcia no Brasil seno depois de homologada pelo Supremo Tribunal Federal. Pargrafo nico. A homologao obedecer ao que dispuser o Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

    Art. 961. A deciso estrangeira somente ter eficcia no Brasil aps a homologao de sentena estrangeira ou a concesso do exequatur s cartas rogatrias, salvo disposio em sentido contrrio de lei ou tratado. 1 passvel de homologao a deciso judicial definitiva, bem como a deciso no judicial que, pela lei brasileira, teria natureza jurisdicional. 2 A deciso estrangeira poder ser homologada parcialmente. 3 A autoridade judiciria brasileira poder deferir pedidos de urgncia e realizar atos de execuo provisria no processo de homologao de deciso estrangeira. 4 Haver homologao de deciso estrangeira para fins de execuo fiscal quando prevista em tratado ou em promessa de reciprocidade apresentada autoridade brasileira. 5 A sentena estrangeira de divrcio consensual produz efeitos no Brasil, independentemente de homologao pelo Superior Tribunal de Justia.

    Art. 216-B. A sentena estrangeira no ter eficcia no Brasil sem a prvia homologao do Superior Tribunal de Justia. Art 216-A. atribuio do Presidente do Tribunal homologar sentena estrangeira, ressalvado o disposto no art. 216-K. 1. Sero homologados os provimentos no judiciais que, pela lei brasileira, tiverem natureza de sentena. 2 As sentenas estrangeiras podero ser homologadas parcialmente.

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    6 Na hiptese do 5, competir a qualquer juiz examinar a validade da deciso, em carter principal ou incidental, quando essa questo for suscitada em processo de sua competncia.

    Art. 962. passvel de execuo a deciso estrangeira concessiva de medida de urgncia. 1 A execuo no Brasil de deciso interlocutria estrangeira concessiva de medida de urgncia dar-se- por carta rogatria. 2 A medida de urgncia concedida sem audincia do ru poder ser executada, desde que garantido o contraditrio em momento posterior. 3 O juzo sobre a urgncia da medida compete exclusivamente autoridade jurisdicional prolatora da deciso estrangeira. 4 Quando dispensada a homologao para que a sentena estrangeira produza efeitos no Brasil, a deciso concessiva de medida de urgncia depender, para produzir efeitos, de ter sua validade expressamente reconhecida pelo juiz competente para dar-lhe cumprimento, dispensada a homologao pelo Superior Tribunal de Justia.

    Art. 216-G. Admitir-se- a tutela de urgncia nos procedimentos de homologao de sentena estrangeira.

    Art. 963. Constituem requisitos indispensveis homologao da

    Art. 216-D. A sentena estrangeira dever:

    Novidade Regimento Interno: incluso da dignidade da pessoa

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    deciso: I - ser proferida por autoridade competente; II - ser precedida de citao regular, ainda que verificada a revelia; III - ser eficaz no pas em que foi proferida; IV - no ofender a coisa julgada brasileira; V - estar acompanhada de traduo oficial, salvo disposio que a dispense prevista em tratado; VI - no conter manifesta ofensa ordem pblica. (...)

    I - ter sido proferida por autoridade competente; II - conter elementos que comprovem terem sido as partes regularmente citadas ou ter sido legalmente verificada a revelia; III - ter transitado em julgado. Art. 216-E. Se a petio inicial no preencher os requisitos exigidos nos artigos anteriores ou apresentar defeitos ou irregularidades que dificultem o julgamento do mrito, o Presidente assinar prazo razovel para que o requerente a emende ou complete. Pargrafo nico. Aps a intimao, se o requerente ou o seu procurador no promover, no prazo assinalado, ato ou diligncia que lhe for determinada no curso do processo, ser este arquivado pelo Presidente. Art. 216-F. No ser homologada a sentena estrangeira que ofender a soberania nacional, a dignidade da pessoa humana e/ou a ordem pblica.

    humana.

    Art. 964. No ser homologada a deciso estrangeira na hiptese de competncia exclusiva da autoridade judiciria brasileira. (...)

    Art. 216-A. atribuio do Presidente do Tribunal homologar sentena

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    estrangeira, ressalvado o disposto no art. 216-K. (...)

    Art. 216-H. A parte interessada ser citada para, no prazo de quinze dias, contestar o pedido. Pargrafo nico. A defesa somente poder versar sobre a inteligncia da deciso aliengena e a observncia dos requisitos indicados nos arts. 216-C, 216-D e 216-F.

    Art. 216-H acima. Art. 216-I. Revel ou incapaz o requerido, dar-se-lhe- curador especial, que ser pessoalmente notificado. Art. 216-J. Apresentada contestao, sero admitidas rplica e trplica em cinco dias. Art. 216-K. Contestado o pedido, o processo ser distribudo para julgamento pela Corte Especial, cabendo ao relator os demais atos relativos ao andamento e instruo do processo. Pargrafo nico. O relator poder decidir monocraticamente nas hipteses em que j houver jurisprudncia consolidada da Corte Especial a respeito do tema.

    Novidade Regimento Interno: possibilidade de o relator decidir monocraticamente nas hipteses em que houver jurisprudncia consolidada.

    Art. 216-L. O Ministrio Pblico

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    Federal ter vista dos autos pelo prazo de dez dias, podendo impugnar o pedido.

    Art. 216-M. Das decises do Presidente ou do relator caber agravo.

    Art. 484. A execuo far-se- por carta de sentena extrada dos autos da homologao e obedecer s regras estabelecidas para a execuo da sentena nacional da mesma natureza.

    Art. 516. O cumprimento da sentena efetuar-se- perante: (...) III - o juzo cvel competente, quando se tratar de sentena penal condenatria, de sentena arbitral, de sentena estrangeira ou de acrdo proferido pelo Tribunal Martimo. Pargrafo nico. Nas hipteses dos incisos II e III, o exequente poder optar pelo juzo do atual domiclio do executado, pelo juzo do local onde se encontrem os bens sujeitos execuo ou pelo juzo do local onde deva ser executada a obrigao de fazer ou de no fazer, casos em que a remessa dos autos do processo ser solicitada ao juzo de origem.

    Art. 965. O cumprimento de deciso estrangeira far-se- perante o juzo federal competente, a requerimento da parte, conforme as normas estabelecidas para o cumprimento de deciso nacional. Pargrafo nico. O pedido de execuo dever ser instrudo com cpia autenticada da deciso

    Art. 216-N. A sentena estrangeira homologada ser executada por carta de sentena no Juzo Federal competente.

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    homologatria ou do exequatur, conforme o caso.

    AUXLIO DIRETO Art. 28. Cabe auxlio direto quando a

    medida no decorrer diretamente de deciso de autoridade jurisdicional estrangeira a ser submetida a juzo de delibao no Brasil.

    Art. 216-O. (...) 2 Os pedidos de cooperao jurdica internacional que tiverem por objeto atos que no ensejem juzo deliberatrio do Superior Tribunal de Justia, ainda que denominados de carta rogatria, sero encaminhados ou devolvidos ao Ministrio da Justia para as providncias necessrias ao cumprimento por auxlio direto.

    Novidade CPC: incluso expressa do auxlio direto como modalidade de cooperao jurdica internacional.

    Art. 29. A solicitao de auxlio direto ser encaminhada pelo rgo estrangeiro interessado autoridade central, cabendo ao Estado requerente assegurar a autenticidade e a clareza do pedido.

    Art. 30. Alm dos casos previstos em tratados de que o Brasil faz parte, o auxlio direto ter os seguintes objetos: I - obteno e prestao de informaes sobre o ordenamento jurdico e sobre processos administrativos ou jurisdicionais findos ou em curso; II - colheita de provas, salvo se a medida for adotada em processo, em curso no estrangeiro, de competncia exclusiva de autoridade judiciria brasileira; III - qualquer outra medida judicial ou

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    extrajudicial no proibida pela lei brasileira.

    Art. 31. A autoridade central brasileira comunicar-se- diretamente com suas congneres e, se necessrio, com outros rgos estrangeiros responsveis pela tramitao e pela execuo de pedidos de cooperao enviados e recebidos pelo Estado brasileiro, respeitadas disposies especficas constantes de tratado.

    Art. 32. No caso de auxlio direto para a prtica de atos que, segundo a lei brasileira, no necessitem de prestao jurisdicional, a autoridade central adotar as providncias necessrias para seu cumprimento.

    Art. 33. Recebido o pedido de auxlio direto passivo, a autoridade central o encaminhar Advocacia-Geral da Unio, que requerer em juzo a medida solicitada. Pargrafo nico. O Ministrio Pblico requerer em juzo a medida solicitada quando for autoridade central.

    Art. 34. Compete ao juzo federal do lugar em que deva ser executada a medida apreciar pedido de auxlio direto passivo que demande prestao de atividade jurisdicional.

    Art. 69. O pedido de cooperao jurisdicional deve ser prontamente atendido, prescinde de forma especfica e pode ser executado como:

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    I - auxlio direto; (...)

    Art. 377. A carta precatria, a carta rogatria e o auxlio direto suspendero o julgamento da causa no caso previsto no art. 313, inciso V, alnea b, quando, tendo sido requeridos antes da deciso de saneamento, a prova neles solicitada for imprescindvel. Pargrafo nico. A carta precatria e a carta rogatria no devolvidas no prazo ou concedidas sem efeito suspensivo podero ser juntadas aos autos a qualquer momento.