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Alterações Legislativas ao Código do Trabalho ENTRADA EM VIGOR: 1 DE OUTUBRO DE 2019 TABELA COMPARATIVA COM AS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES Lei nº 93/2019 de 4 de setembro

Tabela-resumo - Principais alterações ao Código do Trabalho · 1 - O contrato de trabalho a termo certo pode ser renovado até três vezes e a sua duração não pode exceder:

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Page 1: Tabela-resumo - Principais alterações ao Código do Trabalho · 1 - O contrato de trabalho a termo certo pode ser renovado até três vezes e a sua duração não pode exceder:

Alterações Legislativasao Código do Trabalho

ENTRADA EM VIGOR: 1 DE OUTUBRO DE 2019

TABELA COMPARATIVA COM AS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES

Lei nº 93/2019 de 4 de setembro

Page 2: Tabela-resumo - Principais alterações ao Código do Trabalho · 1 - O contrato de trabalho a termo certo pode ser renovado até três vezes e a sua duração não pode exceder:

TABELA COMPARATIVA COM AS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DO TRABALHO

Versão do Código do Trabalho Versão do Decreto 372/XIII

Artigo 112.º (Período experimental)b) 180 dias para os trabalhadores que exerçam cargos de complexidade técnica, elevado grau de responsabilidade ou que pressuponham uma especial qualificação, bem como os que desempenhem funções de confiança;

Artigo 112.º (Período experimental)O período de 180 dias passa a abranger os trabalhadores à procura do primeiro emprego e os desempregados de longa duração.

4 - O período experimental, de acordo com qualquer dos números anteriores, é reduzido ou excluído, consoante a duração de anterior contrato a termo para a mesma atividade, ou de trabalho temporário executado no mesmo posto de trabalho, ou ainda de contrato de prestação de serviços para o mesmo objeto, com o mesmo empregador, tenha sido inferior ou igual ou superior à duração daquele.

A duração do estágio profissional para a mesma atividade e pelo mesmo empregador é tida em conta na contagem do período experimental.

Artigo 127.º (Deveres do empregador)1 - O empregador deve, nomeadamente:a) Respeitar e tratar o trabalhador com urbanidade e probidade;

Artigo 127.º (Deveres do empregador)Imposição de uma postura ativa do empregador no sentido de evitar ou de pôr termo a situações suscetíveis de afetar a dignidade do trabalhador, como sejam, atos discriminatórios, lesivos, intimidatórios, hostis ou humilhantes, nomeadamente assédio.

Artigo 131.º (Formação contínua)2 - O trabalhador tem direito, em cada ano, a um número mínimo de trinta e cinco horas de formação contínua ou, sendo contratado a termo por período igual ou superior a três meses, um número mínimo de horas proporcional à duração do contrato nesse ano.

Artigo 131.º (Formação contínua)O trabalhador passa a ter direito a um mínimo de 40 horas de formação contínua, em cada ano.

Artigo 140.º (Admissibilidade do contrato de trabalho a termo)1 - O contrato de trabalho a termo resolutivo só pode ser celebrado para satisfação de necessidade temporária da empresa e pelo período estritamente necessário à satisfação dessa necessidade.

Artigo 140.º (Admissibilidade do contrato de trabalho a termo)N.º 1: Introdução de uma exigência expressa de objetividade na definição das necessidades temporárias definidas pela entidade empregadora.

4 - Além das situações previstas no n.º 1, pode ser celebrado contrato de trabalho a termo certo para:a) Lançamento de nova atividade de duração incerta, bem como início de laboração de empresa ou de estabelecimento pertencente a empresa com menos de 750 trabalhadores;

b) Contratação de trabalhador à procura de primeiro emprego, em situação de desemprego de longa duração ou noutra prevista em legislação especial de política de emprego.

N.º 4, a): O motivo justificativo de lançamento de nova atividade de duração incerta, ou de início de laboração de empresa ou de estabelecimento diminui o número mínimo de trabalhadores para 250.

N.º 4, alínea b): foi retirada a possibilidade de fundamentar a contratação no facto de o trabalhador se encontrar à procura do primeiro emprego e em situação de desemprego de longa duração. Apenas passa a ser possível fundamentar a contratação de trabalhador no facto de este se encontrar em situação de desemprego de muito longa duração.

Artigo 142.º (Casos especiais de contrato de trabalho de muito curta duração)1 - O contrato de trabalho em atividade sazonal agrícola ou para realização de evento turístico de duração não superior a 15 dias não está sujeito a forma escrita, devendo o empregador comunicar a sua celebração ao serviço competente da segurança social, mediante formulário eletrónico que contém os elementos referidos nas alíneas a), b) e d) do n.º 1 do artigo anterior, bem como o local de trabalho.

Artigo 142.º (Casos especiais de contrato de trabalho de muito curta duração)Alargamento da possibilidade de contratação a outros setores que não apenas o agrícola e o turístico e aumento do período contratual admissível para uma duração máxima de 35 dias. Mantém-se a duração máxima deste tipo de contratos: 70 dias.

Artigo 148.º (Duração de contrato de trabalho a termo)1 - O contrato de trabalho a termo certo pode ser renovado até três vezes e a sua duração não pode exceder:a) 18 meses, quando se tratar de pessoa à procura de primeiro emprego;b) Dois anos, nos demais casos previstos no n.º 4 do artigo 140.º;c) Três anos, nos restantes casos.

Artigo 148.º (Duração de contrato de trabalho a termo)N.º 1: Diminuição da duração máxima: o limite máximo passa a ser de dois anos.

4 - A duração do contrato de trabalho a termo incerto não pode ser superior a seis anos.

N.º 4: os contratos fundamentados pelo lançamento de nova atividade de duração incerta, ou de início de laboração de empresa ou de estabelecimento (artigo 140.º, n.º 4, alínea a)) passam a ter um limite máximo de dois anos contados do início da nova atividade/laboração.

Até 30.09.2019 Após 01.10.2019

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Page 3: Tabela-resumo - Principais alterações ao Código do Trabalho · 1 - O contrato de trabalho a termo certo pode ser renovado até três vezes e a sua duração não pode exceder:

Artigo 148.º (Duração de contrato de trabalho a termo) Artigo 148.º (Duração de contrato de trabalho a termo)N.º 5: a duração máxima do contrato a termo incerto passa a ser de 4 anos.

5 - É incluída no cômputo do limite referido na alínea c) do n.º 1 a duração de contratos de trabalho a termo ou de trabalho temporário cuja execução se concretiza no mesmo posto de trabalho, bem como de contrato de prestação de serviço para o mesmo objeto, entre o trabalhador e o mesmo empregador ou sociedades que com este se encontrem em relação de domínio ou de grupo ou mantenham estruturas organizativas comuns.

N.º 6: A contagem do limite de duração inclui os contratos a termo certo ou de trabalho temporário que se concretizem no mesmo posto de trabalho ou de contrato de prestação de serviços com o mesmo objeto, entre o trabalhador e o mesmo empregador – a referência “o mesmo empregador” inclui sociedades que se encontrem em relação de domínio ou de grupo ou que mantenham estruturas organizativas comuns.

Artigo 149.º (Renovação de contrato de trabalho a termo certo)4 - Considera-se como único contrato aquele que seja objeto de renovação.

Artigo 149.º (Renovação de contrato de trabalho a termo certo)N.º 4: O contrato de trabalho a termo certo só pode ser renovado até 3 vezes e a duração total das renovações não pode exceder a do período inicial.

Artigo 173.º (Cedência ilícita de trabalhador)5 - No caso de o trabalhador ser cedido a utilizador por empresa de trabalho temporário licenciada sem que tenha celebrado contrato de trabalho temporário ou contrato de trabalho por tempo indeterminado para cedência temporária, considera-se que o trabalho é prestado a esta empresa em regime de contrato de trabalho sem termo.

Artigo 173.º (Cedência ilícita de trabalhador)N.º 5: Se o trabalhador for cedido a um utilizador e o contrato de trabalho temporário não tiver sido celebrado considera-se que o trabalho é prestado à empresa utilizadora em regime de contrato de trabalho sem termo – anteriormente, a cominação era de que o contrato se considerava celebrado sem termo com a empresa de trabalho temporário.

Artigo 177.º (Forma e conteúdo de contrato de utilização de trabalho temporário)5 - O contrato é nulo se não for celebrado por escrito ou omitir a menção exigida pela alínea b) do n.º 1.

Artigo 177.º (Forma e conteúdo de contrato de utilização de trabalho temporário)N.º 5: O contrato será nulo se não for celebrado por escrito ou algum dos elementos legalmente previstos estiver omisso – na versão anterior, apenas a omissão do motivo justificativo dava lugar à nulidade – do que resulta uma maior exigência quanto ao cumprimento dos requisitos de forma.

Artigo 181.º (Forma e conteúdo de contrato de trabalho temporário)1 - O contrato de trabalho temporário está sujeito a forma escrita, é celebrado em dois exemplares e deve conter:b) Motivos que justificam a celebração do contrato, com menção concreta.

Artigo 181.º (Forma e conteúdo de contrato de trabalho temporário)N.º 1, alínea b): Exigência expressa de que o motivo justificativo constante do contrato de trabalho temporário tenha por base o motivo indicado no contrato de utilização de trabalho temporário.

5 - Constitui contraordenação leve, imputável à empresa de trabalho temporário, a violação do disposto na alínea a) ou qualquer das alíneas c) a f) do n.º 1 ou no n.º 4.

N.º 5: as infrações ao artigo 181.º passaram a constituir contraordenação grave.

Artigo 182.º (Duração de contrato de trabalho temporário)1 - O contrato de trabalho temporário está sujeito a forma escrita, é celebrado em dois exemplares e deve conter:b) Motivos que justificam a celebração do contrato, com menção concreta.

Artigo 182.º (Duração de contrato de trabalho temporário)N.º 2 e 3: Foi estabelecido um limite de 6 renovações do contrato de trabalho temporário, exceto nos contratos de trabalho temporário a termo certo cujo motivo justificativo se fundamente na substituição de trabalhador ausente.

Artigo 185.º (Condições de trabalho de trabalhador temporário)10 - Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, após 60 dias de prestação de trabalho, é aplicável ao trabalhador temporário o instrumento de regulamentação coletiva de trabalho aplicável a trabalhadores do utilizador que exerçam as mesmas funções.

Artigo 185.º (Condições de trabalho de trabalhador temporário)N.º 10: O IRCT vigente no utilizador passa a ser imediatamente aplicável ao trabalhador temporário, desde a admissão.

Artigo 208.º- A (Banco de horas individual) Artigo 208.º- A (Banco de horas individual)Revogação do regime do Banco de Horas Individual. No entanto, nos casos em que o Banco de Horas individual esteja em aplicação na data de entrada em vigor da lei, cessa no prazo de um ano a contar da entrada em vigor.

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Versão do Código do Trabalho Versão do Decreto 372/XIIIAté 30.09.2019 Após 01.10.2019

Page 4: Tabela-resumo - Principais alterações ao Código do Trabalho · 1 - O contrato de trabalho a termo certo pode ser renovado até três vezes e a sua duração não pode exceder:

Artigo 208.º- B (Banco de horas grupal)2 - Caso a proposta a que se refere o n.º 2 do artigo anterior seja aceite por, pelo menos, 75% dos trabalhadores da equipa, secção ou unidade económica a quem for dirigida, o empregador pode aplicar o mesmo regime de banco de horas ao conjunto dos trabalhadores dessa estrutura, sendo aplicável o disposto no n.º 3 do artigo 206.º

3 - Excetua-se a aplicação do regime de banco de horas instituído nos termos dos números anteriores nas seguintes situações:a) Trabalhador abrangido por convenção coletiva que disponha de modo contrário a esse regime ou, relativamente ao regime referido no n.º 1, a trabalhador representado por associação sindical que tenha deduzido oposição a portaria de extensão da convenção coletiva em causa; oub) Trabalhador com filho menor de 3 anos de idade que não manifeste, por escrito, a sua concordância.

4 - Constitui contraordenação grave a prática de horário de trabalho em violação do disposto neste artigo.

Artigo 208.º- B (Banco de horas grupal)N.º 2: Além de poder ser instituído por IRCT, o regime do Banco de Horas Grupal poderá ser instituído e aplicado a um conjunto de trabalhadores de uma equipa, secção ou unidade económica, desde que tal seja aprovado em referendo de trabalhadores.

N.º 3: Os limites ao Banco de Horas Grupal aprovado por referendo , o limite do PNT diário e semanal apenas pode atingir, respetivamente, 2 horas diárias, 50 horas semanais e 150 horas por ano (sublinhe-se que o regime de Banco de Horal Grupal instituído por IRCT, prevê que os limites de acréscimo ao PNT são de 4 horas/dia e de sessenta horas/semana, com o máximo de 200 horas anuais);

N.º 4: A aprovação em referendo deve ir acompanhada de projeto de regime de banco de horas elaborado pela entidade empregadora.

N.º 5: O projeto de regime de banco de horas deverá ser publicitado pelo empregador junto dos locais de afixação dos mapas de horário de trabalho.

N.º 6: Se o projeto de regime de banco de horas for aprovado por 65% dos trabalhadores abrangidos, o empregador pode aplicá-lo a todo o conjunto de trabalhadores (da equipa, secção ou unidade económica).

N.º 7: Se houver alterações na composição da equipa, o regime pode ser aplicado a todo o conjunto de trabalhadores, desde que os que tenham permanecido perfaçam 65% do total de trabalhadores (da equipa, secção ou unidade económica);

N.º 8: Remissão para o Regulamento do Código do Trabalho no que se refere à regulação da realização do referendo.

N.º 9: Se o número de trabalhadores abrangido pelo Regime de Banco de Horas for inferior a 10, o referendo é supervisionado pela ACT;

N.º 10: Cessação da aplicação do regime de banco de horas se após decorrer metade do período de aplicação, 1/3 dos trabalhadores abrangidos solicitar novo referendo e o mesmo não for aprovado ou realizado em 60 dias;

N.º 11: os casos do número 10, a aplicação do regime do banco de horas cessa 60 dias após a realização do referendo;

N.º 12: Nos casos em que o Banco de Horas não seja aprovado em referendo, o empregador apenas pode realizar outro após um ano.

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Versão do Código do Trabalho Versão do Decreto 372/XIIIAté 30.09.2019 Após 01.10.2019