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Dezembro 2015
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ANO III - N0 58 - RIO DE JANEIRO, 15 DE DEZEMBRO DE 2015
OS DONOS DAS TAÇAS FOTOS DE FÁBIO COSTA
EspecialEDIÇÃO
FUTEBOL
Corinthians ganha o Campeonato de Rio das Pedras, Galácticos é bi da Copa Só Lazere ambos se firmam como as maiores forças dacomunidade em 2015. Mais emoções em janeiro,com a Copa Nordeste. Sucesso da edição desteano, a competição atrai times de outros lugares,como Bangu, Vila do João, Muzema, Anil,Gardênia Azul e Favela do Mandela.
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DELÍRIO E GLAMOUR À MARGEM DAS 4 LINHAS
Osol do meio-dia esquen-tava o campo como cha-mas de um maçarico.Uma brisa fresca, porém,amenizava o calor namanhã-tarde de domingo,29 de novembro, quando
quatro times disputaram, noCampo Principal, as finais doscampeonatos de futebol que du-rante os últimos meses prenderama atenção da comunidade. À mar-gem das quatro linhas, todo o am-biente frenético de um verdadeiroespetáculo de futebol. Luciano ven-dia churrasquinho a três reais.
— Trouxe cem, e se tivesse maisvenderia tudo — disse, feliz davida.
Circulando em torno do gra-mado sintético, vendedores de pi-colés a um real, pipoca a um real,cervejas, refrigerantes e água mi-neral atendiam o público.
À beira do campo, guarnecidopor um esfarrapado guarda-sol,nosso fotógrafo Fábio Costa ajei-tava a teleobjetiva par a registrar osflagrantes de duas partidas memo-ráveis, que nosso repórter Ricardode Souza descreve com detalhesnas páginas desta edição especial.Com sua parafernália a tiracolo, ocinegrafista Luciano Soares deLima filmava todos os momentosde um dia especial para os aman-tes do esporte em Rio das Pedras.Na mesa à beira do gramado sinté-tico, os “cartolas” Roberto, Marqui-nhos e Jorge botavam ordem nacasa, enquanto o trabalho decampo era organizado por Fer-nando e Índio. Isso, dentro dasquatro linhas. Ao meu lado, o jor-nalista José Antônio Gerheim, pre-sidente do Juventude, comentava odomínio do Corinthians sobre oSport, que, àquela altura, venciapor 1 a 0, observando que o goleiro
do Sport lembrava a velha leiteriade Castilho, o legendário goleiro doFluminense das décadas de 50 e 60,famoso por sua sorte, protegidopelas bolas que batiam na trave oupassavam rente à baliza, desviadaspelos montinhos artilheiros.
— Era um leiteiro (sortudo) —comparou Gerheim, com longa ex-periência no jornalismo esportivo.
O árbitro Leandro Oliveira San-tos, para aguentar o tranco de co-mandar duas partidas decisivas,bebeu quatro garrafas de água mi-neral nos intervalos e ainda recor-reu ao kit de energéticos.
— É cafeína, para dar uma ace-lerada no metabolismo — explicouLeandro.
Um sotaque nordestino fazia ashonras da casa, na voz do parai-bano João Batista, de 35 anos, mo-rador do Pinheiro, locutor oficialdo evento.
Junto às grandes, belas garotasmoradoras do Pinheiro lembra-vam, pelas manifestações de delí-rio, as Neymarzetes, toda vez que oCorinthians atacava com perigo.Quando Samuel fez o gol de em-pate, faltando oito minutos paraterminar o jogo, elas explodiram dealegria.
Pelas contas de Marquinhos,havia mais de duas mil pessoas naplateia.
— Tem duas mil pessoas aces-sando o wi-fi na internet grátis queinstalei aqui — disse o “cartola”,que comandava a mesa onde esta-vam o cronômetro e a súmula dojogo.
Nisso, chegou um jogador parasubstituir outro do Sport e o téc-nico fez uma recomendação radi-cal:
— Vai lá e dá o sangue.Era esse o clima da partida.
Todo mundo dando o sangue, aosom de vuvuzelas e dos gritos rui-dosos da galera feminina, que deuum toque de glamour a mais a umespetáculo esportivo que a comu-nidade jamais vai esquecer.
TRATAMENTO DE IMAGENS Eduardo [email protected]
ANALISTA DE MÍDIA E WEBMASTERClaudia [email protected]
www.avozderiodaspedras.com.br
Tiragem: 20 mil exemplares
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
EDITOR-CHEFE Aziz Ahmed(Reg. 10.863 - MTPS)[email protected]
EDITOR EXECUTIVOLaerte [email protected]
EDIÇÃO E REPORTAGEMRicardo de [email protected]
FOTOGRAFIAFábio [email protected]
REVISÃOHaroldo [email protected]
FOTOS DE FÁBIO COSTA
QUINTETO DOS SONHOS- As musas do Timãoforam decisivas noentusiasmo com quetorceram para ocampeão, fazendo muitobarulho durante toda apartida, sempre commuito charme esimpatia, conferindoqualidade à torcida doCorinthians, a maisnumerosa das finais
PIONEIRO - Fernando (decostas), 73 anos e 60 de Riodas Pedras, começou aorganizar os campeonatoshá 39 anos. Hoje, orgulha-seem dizer que teve jogadordo Corinthians que começouna escolinha, virou gandulae agora é campeão. Na foto,ele entrega medalha aalunos do projeto
DUPLA ENTROSADA – Àesquerda, João Batista, quenarrou os jogos para atorcida, entrevistou osjogadores, anunciou ospresentes e citou ospatrocinadores e apoiadores.Ao lado, com sua inseparávelcâmera, o cinegrafistaLuciano, que não perdeu umsó lance das finais
O fotógrafo do nosso jornal em açãoPara Luciano, cem espetinhos foi pouco
EspecialEDIÇÃO
FUTEBOL
Belas garotas moradoras do Pinheiro lembravam,pelas manifestações de delírio, asNeymarzetes, toda vez que o Corinthians atacava com perigo. Quando Samuel fez o golde empate, faltando oito minutos para terminar o jogo, elas explodiram de alegria.
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PASSEIO DAS GALÁXIAS GARANTE O BI!
ETERNO FAVORITO,SEM SOBERBAApontado por todos os envolvidos com o futebolda comunidade como uma das maiores forças,Nonô, técnico do Galácticos, bicampeão da CopaSó Lazer e semifinalista do Campeonato de Riodas Pedras, fala com sobriedade sobre osmotivos que fizeram sua equipe não conquistar otítulo do Campeonato de Rio das Pedras. Masexalta o bicampeonato da Copa Só Lazer.
Fale sobre esse título.NONÔ — Feliz pelo bicampeonato da Só Lazer,mostrando que sempre entramos nascompetições para buscar os títulos. Nãoconquistamos o título do Campeonato de Rio dasPedras, mas ganhamos novamente o da Copa SóLazer.
O que faltou para ganhar o Campeonato de Riodas Pedras?— Temos um elenco e acabamos sentindo falta de
Quem esperava que a final daCopa Só Lazer seria disputadacom todos os contornos quedesenham as finais dos cam-peonatos mundo afora, ficouboquiaberto. Brilhou a conste-lação do Areal. As estrelas do
Galácticos massacraram o Primos por 5a 0 com verdadeira aula de futebol, con-quistando o bicampeonato da Copa SóLazer, não deixando dúvidas de que éuma das maiores forças do futebol danossa comunidade.
Com um toque de bola refinado, emque as inversões de jogo feitas pelo ca-misa 10 do Galácticos, Rodolfo, faziamo time do Primos correr de um ladopara o outro, além da melhor organiza-ção tática, técnica e a vontade de vencerque ficou evidente desde o início, nãodemorou muito para o timaço do Arealabrir o placar: o lateral-esquerdo Dou-glas, mostrando que a canhota estavacalibrada, fez 1 a 0 logo no início.
Poucos minutos depois, o mesmoDouglas acertou um petardo, fazendo2 a 0 para o Galácticos, mostrandoque, além de a canhota dele estar emdia, o time todo queria jogo. Na se-
Emanuelcomemorou oseu gol, oquinto dapartida e umdos maisbonitos, apóspassar por doisadversários
LINHA DE PASSE COM NONÔ, TÉCNICO DO GALÁCTICOS
quência, Rodolfo deixou o dele, comum golaço de voleio: 3 a 0 Galácticosno primeiro tempo, para uma plateia
espantada com a diferença abissalapresentada entre as duas equipes.
Durante todo o primeiro tempo
um fato chamou a atenção no bancodo Primos. Dois jogadores ficaramdeitados no gramado, conversando eolhando seus respectivos celularescom um desinteresse que não eracondizente com quem estava dispu-tando uma final de campeonato. Talatitude (ou falta de) retratou o espíritode uma equipe que, àquela altura, nãose sentia capaz de qualquer poder dereação.
E assim terminou o primeirotempo, que ficou barato para o bomtime do Primos. Com seu técnico Gillonge da beira do campo, sem poderexercer sua liderança expressiva quecontagia quem está dentro e fora dasquatro linhas, o time do Primos ten-tou um gás extra nos incentivos do in-tervalo, mas não surtiu efeito.
Ao contrário, o Galácticos voltou su-perior para a segunda etapa, confirmouseu domínio, anulou as tentativas dereação do Primos e fez um gol com Ri-cardo, outro com Emanoel, que foi umaverdadeira pintura: ele passou por doisadversários e, como na música de JorgeBenjor, "só não entrou com bola e tudoporque teve humildade...".
E assim terminou a saga de um dosmelhores times da nossa comuni-dade, que promete voltar ainda maisforte em 2016.
EspecialEDIÇÃO
FUTEBOL
Com toque de bola refinado, além da melhor organização tática, técnica e a vontade devencer que ficou evidente desde o início, não demorou muito para o timaço do Areal abrir oplacar. O lateral Douglas, mostrando que a canhota estava calibrada, fez 1 a 0 logo no início.
GALÁCTICOS MASSACRA O PRIMOSPOR 5 A 0 COM VERDADEIRA AULADE FUTEBOL, GARANTE OBICAMPEONATO DA COPA SÓ LAZER E SE CONFIRMA COMO UMA DASMAIORES FORÇAS DA COMUNIDADE
Douglas, lateral-esquerdo do Galácticos eautor de dois golaços, corre para festejar como técnico Nonô
Weltinho, capitão do Galácticos, ergue ataça do bicampeonato do time do Areal
Ricardo batecom estilo paramarcar o seu naimpiedosagoleada de 5 a 0sobre o Primos
O craque Rodolfo desnorteou o time doPrimos com suas inversões de jogo, e tambémdeixou o seu. Por sinal, um golaço
Se sem óculos o cara arrebentou, imaginemcom! E foi com eles que Douglas comemorouum de seus gols
O gramadomolhado nãoatrapalhou overdadeirobaile que otime doGalácticosdeu noPrimos
FOTOS DE FÁBIO COSTA
alguns jogadores, mas perdemos para um timebom, o Sport. Não só ganhou da gente comotambém ganhou do Lixão. E, como todos falam,se ganhou dos dois melhores times dacomunidade é porque o time é bom.
Deixe um recado.— Não adianta dizer por que perdemos nospênaltis, falar que o time é ruim, tanto quechegou à final. Tem de saber perder, tem de saberganhar.
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LEANDRO, O JUIZ DA PAZO principal problema que Leandro Oliveirados Santos, de 32 anos, carioca de OsvaldoCruz, enfrenta todos os domingos paraexercer o ofício que adora é doméstico:driblar a mulher, que entra de sola nacompulsiva paixão do marido em apitarjogos de futebol. Militar da Marinha, há oitoanos ele joga as reclamações da rádio-patroa para escanteio para juntar o útil(faturar um extra) ao agradável.Confederado, pela segunda vez apitou noCampo Principal (a primeira fora nassemifinais). E deixou o campo realizado.— Correu tudo bem. Vim na paz, mas omérito não é meu, é dos jogadores. Eles secomportaram com espírito esportivo, foramdisciplinados e facilitaram meu trabalho. Oambiente aqui na comunidade é tranquilo.Quando tiver outra, podem me chamar —disse Leandro, que, além de realizar odesejo de conduzir numa boa duas partidasde final de campeonato, ainda faturou ocachê, porque ninguém é de ferro.
Deu Corinthians no Brasileirão, deuCorinthians em Rio das Pedras.Ainda que não tenha tido o desem-penho predominante do irmãoinspirador paulista, nosso Timãode Rio das Pedras mostrou a garrae o poder de superação do cam-
peão brasileiro de 2015, além de uma torcidaformada por um bando de loucos (e loucas)apaixonados pelo time comandado por JoãoNílson, fundador, presidente e técnico doCorinthians, e conquistou o título do pri-meiro campeonato unificado da comuni-dade.
No campo, o Corinthians sofreu o gol doSport quando estava melhor em campo.Após cobrança de um escanteio, pela es-querda, o zagueiro Manteiga (ex-Corint-hians) subiu com estilo e abriu o placar. Ogoleiro Cléber, eleito o melhor do campeo-nato, nada pôde fazer.
O jogo teve todos os ingredientes de umafinal de alto nível, menos um que não fez amenor falta: a violência. A partida foi dispu-tada de maneira solta, lá e cá, com os doistimes criando oportunidades e fazendo pormerecer estarem na final. Leandro OliveiraSantos conduziu a partida com a serenidadee a firmeza que cabem aos bons árbitros.
Curiosamente, alguns lances que decidi-ram o jogo aconteceram no intervalo. O bomtime do Sport, que eliminou nada menos doque os favoritos Lixão e Galácticos, saiu ca-bisbaixo e teve um descanso tenso, com dis-cussão entre jogadores, comissão técnica etorcida. Já o Corinthians, em desvantagem,sabiamente buscou refúgio na sombra dasárvores e teve um intervalo tranquilo, emque os jogadores apontaram a postura parabaixo dos jogadores do Sport.
Na volta para o segundo o tempo, o timedo Corinthians se energizou com uma cor-rente e oração de arrepiar e partiu em buscado gol que aconteceu quase no fim do jogo,marcado por Samuel. O gol lembrou o deRonaldinho Gaúcho na Copa de 2002 contraa Inglaterra: num chute que tinha a intençãode cruzar a bola para a área, pegou efeito eencobriu o goleiro.
Jogadores, comissão técnica e torcida doTimão de RP explodiram de alegria e daí atéo fim do jogo o moral do time só crescia, en-quanto os jogadores do Sport sentiram eforam para a decisão por pênaltis visivel-mente abalados, o que se confirmou quandoRomenique e Manteiga, dois craques dotime, perderam as duas primeiras cobran-ças, deixando o caminho livre para o Corint-hians confirmar suas quatro cobranças eencerrar a final por 4 a 2.
Salve o Corinthians, o campeão doscampeões!
NO INTERVALO do primeiro para o segundotempo, o Sport saiu com a vantagem mínima,mas o clima entre os jogadores e comissãotécnica era tenso. Já no Corinthians, a corrente ea oração energizaram os jogadores e foramdeterminantes para a reação do time, queconseguiu o empate com Samuel, lateral-direitode muitos altos e baixos na temporada, mas querecebeu todo apoio dos jogadores e de seupresidente. — No intervalo, ele foi para o meio daroda, disse que estava muito confiante, que nadatinha acabado e que era para mantermos acalma porque empataríamos o jogo e seriamoscampeões — revelou o presidente e técnico doCorinthians, João Nílson.
PROMESSA DE UM TIMÃOAINDA MAIS FORTECom apenas 26 anos, João Nilson, nascido em BoaViagem, Ceará, chegou à comunidade em 2008, e em2010 fundou o Corinthians, inspirado no seu clube docoração. Morador do Areal, João ganha a vida comoencarregado de obras, mas os tijolos que assenta comsabedoria e muito amor são os do time campeão doCampeonato de Rio das Pedras de 2015, que elepromete vir ainda mais forte em 2016.
Fale um pouco da campanha.JOÃO NILSON —Não tivemos um bom começo de
campanha, mas chegou uma hora em que nosso timecresceu e a dedicação de cada atleta foi fundamentalpara chegarmos ao título.
Como está se sentindo sendo o primeiro campeãodo campeonato unificado?— Muito bom, irmão. Não é fácil. São 28 times e ficarentre os quatro e ainda ser campeão... Fico sempalavras para explicar, mas coloco Deus em primeirolugar na minha vida e é o que eu falo: foi a união, aunião faz a força. Estou querendo ir ao jornal contarnossa trajetória de 2010 até hoje.Quando começou com o time imaginava que fossechegar ao título?
— Na verdade, sim, porque sou um cara sonhador esabia que um dia ia chegar. Quando comecei ninguémbotava fé e hoje estou aí, e muitos times ficaram paratrás.
Como mantém o time? — Eu tenho um amigo, o Paulo, que é como irmão, queme dá uma moral, além de cinco jogadores no grupoque eu conto com eles para o que der e vier.
Além do uniforme, tem alguma novidade para oano que vem?— O timão vai fortalecer mais o grupo. Vou repor umaspeças que virão de fora e já temos confirmados quatro .
O PAI CAMISA 10 - Seu Eliel, pai de Samuel,lateral-direito do Corinthians, autor do "gol divino"que levou o jogo para os pênaltis contra o Sport,levou a viola e viu a equipe do filho jogar pormúsica. Sua camisa foi feita especialmente pelopresidente do Timão, que o considera um pai,
LINHA DE PASSE COM JOÃO NILSON, FUNDADOR, PRESIDENTE E TÉCNICO DO CORINTHIANS SAMUEL, O PREDESTINADO ENVIADO POR DEUS
Na volta para o segundo o tempo, o time do Corinthians se energizou com uma corrente, seguidade uma oração de arrepiar, e partiu em busca do gol que aconteceu quase no fim do jogo, marcadopor Samuel e que lembrou o de Ronaldinho Gaúcho na Copa de 2002, contra a Inglaterra.
EspecialEDIÇÃO
FUTEBOLEspecialEDIÇÃO
FUTEBOL
O jogo teve todos os ingredientes de uma final de alto nível, menos um, que não fez a menor falta:a violência. Foi disputado de maneira solta, com os dois times criando oportunidades e fazendo pormerecer estarem na final. E o árbitro contribuiu, conduzindo com firmeza e discrição.
TIMÃO DO BRASIL E DE RIO DAS PEDRAS!CORINTHIANS MOSTRA GARRA TÍPICA DO IRMÃO INSPIRADOR, BUSCA O EMPATE CONTRA O SPORT, LEVA O JOGO PARA OS PÊNALTIS E GARANTE O PRIMEIRO TÍTULO DA ERA UNIFICADA DO FUTEBOL EM RP
[email protected] Ex-Corinthians,Manteiga, autor do golno temporegulamentar eum dos destaquesdo excelente timedo Sport,desperdiçou suacobrança. Jonasex-parceiro deManteiga na zagado Corinthians, fezo dele e garantiu otítulo
Aldevan, centroavante doSport, recebeu o troféu deartilheiro da competição
O craque Romenique foieleito o melhor jogador dapartida
E Gaguinho, também doSport, foi eleito o melhortécnico
Jonas e Samuel, dois heróis emmomentos cruciais da partida
Leandro (14), zagueiro do Sport,chega com força na marcação aOzeias
Bruno, camisa 5, jogou a Copa Nordeste peloSport e teve o passe comprado pelo Corinthianslogo após o término da competição. Na foto, eledisputa a bola com Gavião
Jogadores do Corinthiansvibraram com as cobrançasdesperdiçadas porRomenique e Manteiga, doSport, e com as suasconvertidas pelos quatrocobradores
FOTOS DE FÁBIO COSTA
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FUTEBOL
Foi um campeonato surpreendente, ao mostrar que a nossa comunidade tem muito mais do quedois ou três favoritos. E o título do Corinthians, na final com o Primos, que também não era favorito,confirma a tese. Além de talento, é preciso organização. E também vontade de vencer.
A TRAJETÓRIA DE CORINTHIANS, SPORT, GALÁCTICOS E PRIMOS ATÉ AS FINAIS DOCAMPEONATO DE RIO DAS PEDRAS E DA COPA SÓ LAZER, RESPECTIVAMENTE
CORINTHIANS
Depois de início irregular, em que terminou a fase de classificação em terceiro lugar do Grupo A, atrás do Primos (1º) eJuventude (2º), com três vitórias, três empates e uma derrota, 11 gols pró, cinco contra e saldo de seis, o time dopresidente-técnico João Nílson se classificou para as oitavas de final e bateu de frente com o Criciúma: venceu por 1 a 0,gol de Raimundo. Nas quartas de final, o Corinthians venceu o Nova Esperança também pelo placar mínimo (gol dePirata) e avançou para as semifinais, para encarar o bom time do Primos, em jogo que terminou 0 a 0 no tempo
regulamentar. Na disputa de pênaltis, vitória por 5 a 4 do Corinthians, depois de oito cobranças para cada lado.Na final, o Corinthians pegou o Sport e saiu em desvantagem no primeiro tempo. Mas conseguiu o empate no segundo, após
reação que começou no intervalo, quando os jogadores se energizaram em torno de Samuel, que acabou fazendo o golmilagroso que levou a decisão para os pênaltis, e venceram o rival por 4 a 2.
SPORT
Assim como o Corinthians, o Sport não teve uma fase inicial muito boa. Pelo Grupo C, o rubro-negro de Rio das Pedras, inspirado noSport Clube Recife, o Leão do Norte, terminou a fase de grupos na beirada do quarto lugar, empatado com o Guimarães em quasetodos os quesitos, levando vantagem apenas no número de vitórias (3 a 2), garantindo assim a passagem para as oitavas. Na primeira fase do mata-mata, o Sport encontrou um dos favoritos ao título, o supertime do Galácticos. Após empate em 1 a 1no tempo regulamentar, venceu nas penalidades por 4 a 2 e seguiu para as quartas de final e despachou o consistente time do
Grêmio por 2 a 1. Nas semifinais, o Sport pegou outro favorito, o Lixão, e fez o melhor jogo da fase eliminatória, com oplacar de 3 a 2 para o Sport, que na final pegou o Corinthians. Vencia por 1 a 0 em jogo equilibrado, mas cedeu o empate no
fim do segundo tempo, deixando a decisão para os pênaltis, e teve sua sorte selada após desperdiçar as duas primeirascobranças, perdendo a final por 4 a 2.
GALÁCTICOS
O bicampeão da Copa Só Lazer começou sua campanha pelo Campeonato de Rio das Pedras de forma avassaladora,vencendo todos os seus jogos pelo Grupo B. Com 19 gols a favor e apenas cinco contra (saldo de 14), o eterno favorito dequalquer competição garantiu a vaga na semifinal da Copa Só Lazer, que classifica os quatro primeiros colocados de cadagrupo do Campeonato de Rio das Pedras. Fez o grande clássico da comunidade contra o Lixão, no confronto maisesperado por todos. Apontada como uma final antecipada, o Galácticos venceu o Lixão com um golaço de Douglas nos
acréscimos, em jogo emocionante e polêmico. Na final, a constelação do Areal massacrou o Primos por 5 a 0, sagrando-sebicampeão da Copa Só Lazer.
Pelas oitavas de final do Campeonato de Rio das Pedras, o Galácticos parou no Sport, perdendo nos pênaltis por 4 a 2, depoisde empatar em 1 a 1 no tempo normal.
PRIMOS
O time comandado pelo técnico Gil terminou a primeira fase em primeiro lugar do Grupo A, com campanha que ocredenciava como um dos favoritos para chegar às duas finais. E a boa equipe vermelha e preta quase chegou lá. PelaCopa Só Lazer, o Primos se impôs desde o início ao Morro do Banco e garantiu a vaga na final contra o Galácticos,após vencer por 2 a 0. Já na final, tomou um sacode de 5 a 0 dos estrelas azuis para apagar da memória.Pelo Campeonato de Rio das Pedras, o Primos despachou o Bola de Fogo na oitavas, ganhou do Juventude por 1 a 0
(gol de Ximbinha) em outro grande jogo da fase eliminatória e, nas semifinais, parou diante do Corinthians aoempatar em 0 a 0 no tempo regulamentar, perdendo nas penalidades por 5 a 4, numa longa disputa de pênaltis de oito
cobranças para cada lado.
FOTOS DE FÁBIO COSTA
A CAMPANHA DOS FINALISTAS