50
FACULDADE DOIS DE JULHO ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA RELAÇÕES AFETIVAS NO AMBIENTE DE TRABALHO SALVADOR 2009.2

TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

FACULDADE DOIS DE JULHO

ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS

TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA

RELAÇÕES AFETIVAS NO AMBIENTE DE TRABALHO

SALVADOR 2009.2

Page 2: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA

RELAÇÕES AFETIVAS NO AMBIENTE DE TRABALHO

Monografia apresentada ao curso de Administração da Faculdade 2 de Julho como pré requisito para obtenção do grau de bacharel em Administração, sob orientação da Profª. Kelly Sampaio Martins.

SALVADOR 2009.2

Page 3: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA

RELAÇÕES AFETIVAS NO AMBIENTE DE TRABALHO

Monografia apresentada ao Curso de Administração de Empresas da Faculdade 2 de Julho, como pré-requisito para obtenção do grau de (bacharel) pela Banca Examinadora composta pelos membros: ( ) Aprovado Data: / /

Profª: Kelly Sampaio Martins – Faculdade 2 de Julho Mestre em Desenvolvimento Humano e Responsabilidade Social – Fundação

Visconde de Cairú (FVC) ______________________________________________________________

Prof°.: Carlos Amaral – Faculdade 2 de Julho Especialista em Gestão Pública Governamental – Universidade do Estado da Bahia

(UNEB)

OBS.:

Page 4: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

Dedico este trabalho ao Meu avô JOSE CARLOS (im memória), por ter me proporcionado anos de alegria, amor, dedicação e muito aprendizado, e, se não fosse ele, não chegaria até aqui.

Page 5: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

AGRADECIMENTOS

Agradeço, em primeiro lugar, a DEUS que me deu muita saúde e força para chegar até esse ponto de minha jornada. A minha avó, meus pais e irmãos, o meu eterno agradecimento por entenderem tantas renúncias em família, para focalizar a busca pela formação acadêmica. Aos meus professores que dividiram seus conhecimentos, em particular minha orientadora profª. Ms. Kelly Martins. Agradeço, ainda, a minhas companheiras Darcy e Vivi pela parceria de sempre, carinhos e tardes de muita alegria. A meu namorado, Eugênio, pela paciência de me tolerar nas horas mais difíceis e de impaciência minha. A kamila e Antônio, meu irmão, que contribuíram para a realização desse trabalho.

Ao meu amigo Ricardo pelo carinho de sempre e minha amigas (irmãs) do coração, que mesmo algumas estando longe, sempre estiveram torcendo e esperando esse meu sucesso. E por fim, em especial o meu avô JOSÉ CARLOS (im memória), que foi a peça fundamental para essa minha conquista, sempre me encorajando, acreditando em mim e a quem retribuo toda a minha dedicação, admiração e aprendizado recebido até aqui.

Page 6: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

“Independente do modelo ou da filosofia de mudança adotados, sentimentos e emoções estarão permeando as relações de trabalho”. (BOM SUCESSO, 2002).

Page 7: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

7

RESUMO

SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho. Orientadora: Kelly Sampaio Martins. Salvador: Faculdade 2 de Julho, 2009.2. Monografia (Graduação em Administração de Empresa). No final do século XIX, as organizações, eram delineadas para controlar as emoções, porém pela mudança de comportamento organizacional e de cenários dentro das empresas os funcionários não olham mais as organizações como fonte de sobrevivência e sim como parte de sua família, já que boa parte do seu dia é dedicada dentro delas. As empresas capazes de influenciar a vida das pessoas buscam mostrar que as emoções estão na vida cotidiana, os sentimentos dentro do ambiente de trabalho se tornam muito mais prazerosos quando se percebe que o amor e o afeto são sentimentos necessários. Uma relação de afeto entre casais e as amizades pessoais são relevantes e constantes dentro de uma organização. Este trabalho monográfico tem como objetivo principal avaliar as relações afetivas no ambiente organizacional, A pesquisa foi desenvolvida por um método qualitativo com caráter exploratório, realizou-se um estudo de caso, sendo os dados coletados por meio de, aplicação de questionários. Os resultados obtidos com a pesquisa mostram que o assunto sobre relação afetiva no ambiente organizacional está cada vez mais explicito e as empresas estão buscando interligar a vida pessoal da profissional, para que se tenha um melhor desempenho na produtividade. Palavras-Chave: Cultura Organizacional. Comportamento Organizacional. Emoções. Afetividade.

Page 8: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

ABSTRACT

SOUZA, Carlos Leal Taiana de. Affective Relations in the Workplace. Advisor: Kelly Sampaio Martins. Salvador: Faculdade July 2, 2009.2. Monograph (Graduation in Business Administration). In the end of century XIX, the organizations were designated to control the emotions. However, because of changes on organizational behavior and scenarios inside of the companies, the employees do not look at organizations as survival source, but as part of their family, since the most part of the day is dedicated to them. Companies that are capable to influence the people’s life try to show that emotions are present in the daily life. The feelings inside the environmental work become much more pleasant when everyone recognizes that love and affection are necessary. Affective relations between couples and personal friendships are constant and relevant inside an organization. The main objective of this monograph is to evaluate the affective relations in the organizational environment. The research was developed by a qualitative method with an exploratory character. Data were collected for analysis by applying questionnaires. This case study reveled that the affective relation in the organizational environment is a theme that is becoming more explicit and the companies are searching to establish connection between the personal and the professional life, providing better performance in the productivity. Keywords: Organizational Culture. Organizational Behavior. Emotions. Affectivity.

Page 9: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Sexo das pessoas....................................................................................33

Gráfico 2 – Idade das pessoas...................................................................................34

Gráfico 3 – Você já se relacionou com colegas de trabalho......................................35

Gráfico 4 – No momento do seu envolvimento qual seu estado civil.........................36

Gráfico 5 – A empresa soube do seu relacionamento...............................................37

Gráfico 6 – Como os colegas de trabalho reagiram...................................................38

Gráfico 7 – Qual o seu posicionamento atual sobre o assunto..................................40

Gráfico 8 – Você indicaria ter relacionamento afetivo................................................41

Page 10: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................. 10

1.1. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS...........................................................12

2 CULTURA ORGANIZACIONAL........................................................ 14

2.1 CULTURA E CULTURA ORGANIZACIONAL .....................................................14

2.1.2 Conceitos relativos à cultura ........................................................................15

2.1.3 Elementos da cultura .....................................................................................17

3 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL ....................................... 20

3.1 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL, EMOÇÕES E AFETIVIDADE..........20

4 ESTUDO DE CASO: FACULDADE 2 DE JULHO ............................ 31

4.1 HISTÓRICO DA EMPRESA................................................................................31

4.2 ANÁLISE DOS DADOS.......................................................................................33

5 CONCLUSÃO ................................................................................... 44

REFERENCIAS.................................................................................... 46

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO APLICADO Aos Estudantes da faculdade 2 de julho ........................................................................... 48

APÊNDICE B - AUTORIZAÇÃO PARA A BIBLIOTECA..................... 49

Page 11: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

1 INTRODUÇÃO Sabe-se que, cada família, país, grupo social tem sua cultura, ou seja, seus

costumes, hábitos, fazendo assim uma postura diante a sociedade. O mesmo pode

ser dito das organizações, que são capazes de influenciar a vida das pessoas.

Os funcionários não olham mais as organizações como fonte de sobrevivência e sim

como parte de sua família, já que boa parte do seu dia é dedicada dentro delas. A

cultura é de grande importância, tanto da parte dos funcionários, com suas crenças

individuais e grupos influenciando decisões em lidar com desafios que a empresa

enfrenta, quanto das organizações, sua cultura caracteriza sua postura dentro e fora

dela.

Muitas vezes a cultura empresarial se cria duas imagens diante de seus públicos, e

quase sempre a de fora parece ser bem melhor que a realidade da de dentro, com

isso acaba mexendo muito com o comportamento e emoções dos funcionários no

ambiente de trabalho.

No final do século XIX, o objetivo das organizações, especificamente, era ser

delineadas para controlar as emoções, na mesma época surgia o aparecimento da

administração científica. Uma organização administrada seria aquela que

conseguisse eliminar frustrações, medos, raiva, amor, ódio, ressentimentos e outros

sentimentos similares. Tais emoções seria a antítese da racionalidade. É espantoso

que esse assunto não seja muito estudado na literatura brasileira e, principalmente,

dentro do comportamento organizacional, embora, alguns autores recentemente

estejam dando um pouco de atenção ao mesmo. As emoções estão na vida

cotidiana e é a partir dessas emoções que se chega à afetividade dentro das

empresas. O sentimento dentro do ambiente de trabalho se torna muito mais

Page 12: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

11

prazeroso quando se percebe que o amor e o afeto são sentimentos necessários,

uma relação de afeto entre casais e as amizades pessoais são relevantes e

constantes dentro de uma organização.

Esta monografia tem como objetivo geral avaliar as relações afetivas no ambiente

organizacional, buscando responder a seguinte pergunta: Como os estudantes da

F2J avaliam as relações afetivas entre casais em seu ambiente de trabalho?

A partir dessa discussão, tem-se uma hipótese de que, alguns estudantes avaliam

os relacionamentos afetivos negativamente, mas a maioria delas percebe o lado

positivo observando melhorias nas condições de trabalho, produtividade e maior

desempenho entre as pessoas.

O trabalho em questão tem como objetivos específicos, Identificar o posicionamento

dos estudantes sobre os relacionamentos amorosos no ambiente de trabalho e

Verificar se as pessoas assumiram o relacionamento perante a empresa.

A motivação para estudar esse tema é pelo simples fato de que o sentimento na

relação afetiva não surge de forma programada, mas é algo inesperado e

espontâneo. Coibir relações afetivas dentro das empresas não é a melhor maneira

de resolver a questão, pois pesquisas de algumas revistas como Veja e VOCÊ S/A,

entre outras esclarecem que esse tipo de relação pode até gerar aumento de

produtividade dentro da organização. É claro que a empresa deve sim impor limites,

regras a ser seguidas. A proibição pode até ser a forma mais fácil de resolver uma

problemática desse tipo, mas não é a mais eficaz.

Nos dias atuais é natural que pessoas acabem se relacionando no seu ambiente de

trabalho, devido a maior parte do seu tempo ser em função da sua vida profissional.

O trabalho em equipe está cada vez mais incentivado, pois, aumentaram o número

de mulheres dentro das empresas. É no trabalho onde se agrupam pessoas com

níveis sociais, econômicos e educacionais parecidos e, muitas vezes, com

pensamentos parecidos e interesses comuns. Esses são alguns motivos essenciais

que fazem com que a afetividade entre casais ocorram com mais freqüência nas

organizações.

Page 13: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

12

Para tanto este estudo monográfico apresenta 4 capítulos, sendo: o primeiro capítulo

no qual se apresenta o tema, a justificativa, a problemática, a hipótese e objetivo

geral e específicos. O segundo traz uma abordagem teórica sobre cultura

organizacional apresentando conceitos e elementos da cultura. O terceiro trata da

questão do comportamento organizacional, emoções e afetividade. E por final o

quarto capítulo encontra-se a análise da pesquisa realizada na Faculdade 2 de Julho

seguida pelas considerações finais.

1.1. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A pesquisa foi desenvolvida por um método qualitativo com caráter exploratório. O

ambiente organizacional é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o

instrumento-chave analisando dados.

O método qualitativo é apropriado quando o fenômeno em estudo é complexo, de

natureza social e não tende à quantificação. Normalmente, são usados quando o

entendimento do contexto social e cultural é um elemento importante para a

pesquisa. Para entender método qualitativo é preciso aprender a observar, registrar

e analisar interações reais entre pessoas, e entre pessoas e sistemas (LIEBSCHER,

1998).

O método qualitativo será pertinente nesta monografia porque ocorre uma relação

entre o mundo real da organização e a relação afetiva entre casais, fazendo uma

correlação entre teorias da literatura e dados coletados.

O local que será realizada a pesquisa é a Faculdade 2 de Julho, que fica na cidade

de Salvador, sendo que, a pesquisa se deu com estudantes selecionadas

aleatoriamente que estão inseridos neste ambiente. As técnicas utilizadas para a

coleta de dados na pesquisa são de caráter qualitativo, o qual utilizou-se de

entrevista semi-estruturada.

Page 14: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

13

A entrevista é um processo de interação social, no qual o entrevistador tem a

finalidade de obter informações do entrevistado, através de um roteiro contendo

tópicos em torno de uma problemática central (HAGUETTE,1995 apud LIMA, 1999).

As questões elaboradas para a entrevista (APENDICE A) levaram em conta o

embasamento teórico da investigação e as informações que o pesquisador recolheu

sobre o fenômeno social (TRIVIÑOS, 1987 apud LIMA, 1999).

Page 15: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

2 CULTURA ORGANIZACIONAL

Este capítulo aborda o tema de cultura organizacional o qual discorre um breve

histórico sobre cultura até chegar à cultura organizacional, fazendo um estudo

também sobre os conceitos relacionados da mesma e por fim mostrando os

elementos que se tem dentro dela.

2.1 CULTURA E CULTURA ORGANIZACIONAL

Segundo Morgan (1943), a palavra cultura, metaforicamente, dá idéia de cultivo, do

processo de lavrar e de desenvolver a terra. Ao discorrer a respeito de cultura,

refere-se tipicamente ao padrão de desenvolvimento refletido nos sistemas sociais

de conhecimento, ideologia, valores, leis e rituais quotidianos. A palavra é também

habitualmente usada para fazer referência ao grau de refinamento evidente em tais

sistemas de crenças e práticas. Ambos os usos derivam das observações do século

XIX, a respeito das sociedades “primitivas” ao transmitir a idéia de que diferentes

sociedades manifestam diferentes níveis e padrões de desenvolvimento social. Nos

dias de hoje, todavia, o conceito de cultura não carrega necessariamente esta antiga

postura de avaliação, sendo usada mais genericamente para significar que

diferentes grupos de pessoas têm diferentes estilos de vida.

Nos últimos anos, vem ocorrendo uma revolução onde o papel de gerentes e líderes

de empresas, modificou o modo de ver e pensar as organizações. Essa revolução

teve um afastamento de percepções “mecanicistas“, estas perspectivas eram

observadas e separadas as partes que não eram totalmente eficientes, reduzindo o

indivíduo ao pequeno e substituível.

Page 16: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

15

Nos anos 70, começaram a enxergar as organizações como culturas ao invés de

máquinas. Ela manifesta através da resistência às mudanças, crenças, mitos, tabus,

e valores que encontram-se na empresa, onde são vistas também através de

comportamento ou estilos assumidos por funcionários.

Para Herskowitz (1948, p.34), a cultura é “uma construção que descreve o corpo

total de crenças, comportamento, conhecimento, regras, valores e metas que

norteiam o modo de vida de um povo”. E para Geertz (1973), cultura é:

(...)um modelo transmitido historicamente de significados integrados em símbolos, um sistema de concepções herdadas expressadas em termos simbólicos pelas maneiras que os homens se comunicam, se perpetuam e desenvolvem seu conhecimento e atitudes em relação à vida (GEERTZ, 1973, p.28).

No entanto, fatos históricos dizem que a cultura organizacional se fortalece pela

continuidade da liderança, concentração geográfica, estabilidade dos membros dos

grupos, e com isso acaba tendo conseqüências poderosas, permitindo assim o

grupo de funcionários agirem com rapidez em benefício ao cliente.

2.1.2 Conceitos relativos à cultura

Cada organização tem uma vida própria, representa um sistema de comportamento,

incluindo formalidade nas regras, normas, valores sociais, formas de comunicação,

referências que entusiasmam a maneira de como as pessoas agem, avaliam os

acontecimentos, estilos gerenciais, formas e tratamento dos funcionários.

Segundo Marras (2004, p.289), é pela sua cultura que uma empresa fixa a marca do

seu perfil e também orienta ou controla o comportamento daqueles que a formam.

Page 17: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

16

Há diversas maneiras de considerar a palavra cultura. Para Ullmann (1991 apud

MARRAS, 2004) originalmente esse termo tem a sua raiz no latim colere, cultus,

porém, em sentido lato, a cultura referindo-se ao ser humano expressa o modo

como este encara as coisas, o mundo, o sentido da vida.

Porém, pode-se afirmar que cultura organizacional é um conjunto de características

transmitidas coletivamente, partilhadas por todos os membros da organização que

permite distinguir as organizações de todas as outras. Para Schein (1997):

Cultura organizacional é o modelo de pressupostos básicos que um grupo assimilou na medida em que resolveu os seus problemas de adaptação externa e integração interna e que, por ter sido suficiente eficaz, foi considerado válido e repassado (ensinado) aos demais (novos) membros como a maneira correta de perceber, pensar e sentir em relação àqueles problemas (grifos do autor), (SCHEIM, 1997 apud MARRAS, 2004, p.290).

Segundo Robbins (2002) existem dez características que agregadas captam a

essência da cultura organizacional, enfatiza grupo, criação de regras, regulamentos,

supervisionisa, entre outros conforme citação.

Identificação: até que ponto cada colaborador se identifica mais com a organização do que com a sua própria profissão; Ênfase no Grupo: traduz em que medida o trabalho na organização está organizado na base de equipes ou na base individual; Focos nas Pessoas: até que ponto as decisões de gestão têm em consideração o impacto nos membros da organização; Integração Departamental: em que medida os diferentes departamentos ou divisões atuam de forma coordenada e inter-dependente; Controle: de que forma as regras, os regulamentos e a supervisão direta são usados para controlar o comportamento individual; Tolerância ao Risco: até que ponto os membros da organização são encorajados a ser agressivos, inovadores e a enfrentar o risco; Critérios de Recompensa: de que forma são atribuídas as recompensas e quais os fatores que as determinam; Tolerância de Conflitos: em que medida os membros da organização são encorajados a encarar os conflitos com espírito de abertura; Orientação para os resultados: até que ponto a gestão está mais orientada para os resultados do que para os meios; Sistema Aberto ou Fechado: em que medida a organização está atenta à sua envolvente externa e atua em resposta às suas alterações, (ROBBINS, 2002), p.170.

Page 18: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

17

A união das características permitem distinguir a organização de todas as outras,

pois mostra a personalidade no indivíduo transmitindo formas de como os

componentes da organização reagem conforme o sistema de valores

organizacionais.

2.1.3 Elementos da cultura

A cultura organizacional é composta por elementos que permitem visualizá-la e

identificá-la, destacando a importância de cada um deles, onde todos os

elementos direcionam para o desempenho das pessoas.

Neles existe a presença de um conteúdo hipnótico, através dos quais as mensagens e comportamentos convenientes são objetos de aplausos e adesão, levando a naturalização de seu conteúdo e transmissão espontânea aos demais membros (FREITAS, 1991, p.75).

Segundo Marras (1943), os valores são crenças e conceitos que moldam o contorno

cultural de um grupo, estabelecendo padrões de comportamento, de avaliação e de

imagem. Em uma organização, o sistema de valores baliza e demonstra claramente

quais as prioridades e os caminhos que a empresa normalmente deseja seguir na

busca dos seus objetivos. Alguns exemplos de valores adotados pela organização e

seus respectivos pesos são apresentados no Quadro 01.

Valores organizacionais Peso Busca de inovação tecnológica 100 Lucratividade 100 Assistência e desenvolvimento das pessoas 90 Seriedade e honestidade 90 O cliente acima de tudo 90 Preocupação com a qualidade 80 Segurança 80 Imagem da empresa 70 Relacionamento interpessoal 60 Prioridade para o planejamento a curto prazo 50

Fonte: Adaptado Marras (1943) Quadro 1: Valores Organizacionais

Page 19: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

18

Segundo Tavares (1996), as crenças podem ser sentidas através do comportamento

das pessoas e estão ligadas à busca de eficiência.

Os conceitos acerca de crenças são absorvidos e inquestionáveis, são utilizados

como sinônimos para demonstrar as verdades adotadas pelas organizações,

estando presente no comportamento dos indivíduos, passando a ser considerada

válida porque implicam em alguma visão de mundo.

Conforme Marras (1943), ritos praticados com a finalidade de perpetuar, no dia-a-

dia, os valores organizacionais e tornar a cultura mais coesa. Exemplo: café da

manhã com o presidente (o presidente da empresa convida duas ou três vezes por

semana um grupo de empregados para tomar o café da manhã no seu gabinete,

trocam idéias, sugestões etc.), trote na universidade e outros.

Existem diversos tipos de ritos, entre eles:

Os ritos de passagem: são celebrações em que se enfatiza a mudança de uma situação para outra (por exemplo, uma formatura, um casamento etc.) Os ritos de iniciação: identificam momentos de entrada em determinadas situações ou grupos, como por exemplo, a apresentação de um recém-nascido à mãe; a apresentação de um novo empregado aos departamentos da empresa, da admissão de um novo ‘irmão’ na maçonaria etc. (MARRAS, 2004, p.291)

Sendo uma maneira de administrar e controlar o comportamento no dia-a-dia dos

funcionários, envolvendo-se ainda mais na cultura de cada organização, tornando

assim a cultura mais visível, perceptível e tangível.

“Todos esses elementos condicionam e direcionam o desempenho dos

funcionários, que, por sua vez irá condicionar e direcionar o desempenho das

organizações” (CARVALHO, TONET, 1994, p.70.). De forma que os elementos

são caminhos a serem seguidos pelos funcionários para que esse alcance um

objetivo, que concomitantemente ajudará a empresa.

Page 20: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

19

De acordo com Marras (1943, 289), mitos são figuras imaginárias, geralmente

oriundas da interpretação de fatos não concretos e que são utilizadas para reforçar

crenças organizacionais com intuito de manter certos valores históricos. Um exemplo

de mito é a afirmativa que “a nossa empresa é uma grande família”. Os mitos são

renovados constantemente através dos ritos, razão pela qual perdem a propriedade

de terem acontecido somente uma vez. Revestem-se, segundo Ullmann (1991), de

cunho eterno e correspondem a um preciso legado cultural.

Nos estudos de Marras (1943), os tabus no processo cultural têm a função de

orientar comportamentos e atitudes, principalmente enfocando questões de

proibição ou de coisas não bem-vistas ou não permitidas. Por exemplo: questões de

raça, presença indesejada de mulheres, questões de religião etc.

Conforme Tavares (1996), as normas são um conjunto de regras escritas ou não

que direcionam a forma como as pessoas devem proceder para que a organização

alcance os seus objetivos. As normas podem ser aceitas ou não pelo grupo,

dependendo de quanto coerentes são em relação às expectativas e aspirações

desse grupo.

De acordo com Tavares (1996), a comunicação formal é a comunicação sistemática

entre a organização e o ambiente externo e interno, feita através de comunicados,

entrevistas, memorandos, ofícios, textos etc.

Nos estudos de Tavares (1996), a comunicação informal é a comunicação

assistemática que não está sujeita as normas ou controles. A comunicação informal

ocorre através das relações de ajuda, simpatias, compadrios, boatos, etc.

Concluindo-se que os elementos da cultura organizacional, melhora a comunicação

interna de uma organização, impõe limites ao seu funcionário, mostrando de uma

forma melhor o desempenho das pessoas, pois estas atingirão os objetivos finais

com maior eficiência.

Page 21: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

3 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

Este capítulo tem como proposta mostrar o conceito de comportamento

organizacional, fazendo uma abordagem em emoções, valores e sentimentos que

são peças chaves fundamentais para o estudo do comportamento, chegando até

afetividade, sendo que a mesma é um fundamento para as relações afetivas.

3.1 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL, EMOÇÕES E AFETIVIDADE

O comportamento organizacional é o estudo que determina perfis e traços

empreendedores no local de trabalho, a interação entre as pessoas e a organização

em si, nas mais diversas situações. As principais intenções do comportamento

organizacional são: explicar, prever e controlar o comportamento.

Segundo Robbins (2002), o comportamento organizacional é um campo de estudo

que investiga o impacto que indivíduos, grupos e a estrutura organizacional têm

sobre o comportamento dentro das organizações. Com propósito de utilizar esse

conhecimento para promover a melhoria da eficácia organizacional, se preocupa

com o estudo do que as pessoas fazem nas organizações e de como esse

comportamento afeta o desempenho dessas empresas. Estará voltado

especificamente para situações relacionadas com o emprego, enfatiza-se o

comportamento relativo a funções, trabalho, produtividade, desempenho humano e

administração. Os valores e emoções são assuntos digno de estudo e uma grande

importância dentro do comportamento organizacional, de tal modo como ele próprio

é um material bem interessante.

Page 22: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

21

Descrevendo melhor esse conceito, pode-se observar que o comportamento

organizacional se preocupa com o estudo voltado as atitudes do que as pessoas

fazem nas organizações e de como esse comportamento atinge o desempenho

dessas empresas. Este estudo estará voltado para situações relacionadas com o

emprego, destacam o comportamento relativo a funções, trabalho, desempenho

humano, produtividade e administração.

Geralmente o comportamento é percebido quando temos a certeza de que a pessoa

tem a percepção de uma situação e qual a sua importância para ela, haverá muitas

diferenças entre essas pessoas. Reagindo assim, cada uma de uma maneira em

diversas situações diferentes. No entanto, existem algumas coerências

fundamentais que mantém o comportamento de todos os indivíduos, que podem ser

notadas e, então, transformadas para refletir as diferenças individuais.

As observações sistemáticas são realizadas sobre um fenômeno de estudo que

revelam importantes acontecimentos e relacionamentos, buscando uma base para

que se mostrem as atitudes do participante onde se consiga previsões de

comportamento mais aprimoradas.

Conforme Robbins (2002), a abordagem sistêmica condiz no comportamento não

aleatório e suas atitudes podem ser atípicas, quando sabem que estão sendo

observadas.

O estudo sistemático substitui a intuição, aquela “sensação” sobre o “por que faço o que faço” e “o que move as demais pessoas”. Quando falamos em estudo sistemático, estamos nos referindo a observações dos relacionamentos, à tentativa de atribuição de causas e efeitos e em basearmos nossas conclusões em evidências científicas, representa alguma coisa que o indivíduo acredita ser, correta ou incorretamente, de seu maior interesse. (ROBBINS, 2002, p.195).

No estudo do comportamento, os valores são fundamentais porque constitui a base

para a concepção das atitudes e da motivação, influenciando assim nas nossas

percepções. Geralmente as pessoas já chegam para as organizações, com uma

idéia já formada de coisas que “precisam” ou que “são proibidas” para serem feitas.

Page 23: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

22

Essas idéias elas não são desprovidas de valores. Ao contrário disso, elas mantêm

uma interpretação do que está certo e errado. No entanto, traz subentendido de que

alguns comportamentos ou resultados são preferíveis a outros.

Valores são convicções básicas de que um modo específico de conduta ou de

valores finais é individual ou socialmente preferível a um modo oposto. Encobrem

objetividade e a racionalidade, geralmente influenciam as atitudes do

comportamento (ROBBINS, 2002).

É fundamental que as empresas fiquem por dentro dos valores das pessoas

envolvidas, pois são nesses valores que elas acreditam ser o certo, bom ou

desejável, influenciando intensamente nas suas atitudes. O comportamento e a

satisfação com o trabalho de um funcionário tendem a serem muito mais proveitosos

quando seus próprios valores conciliam com os da organização. Necessita-se

procurar conhecer as atitudes de seus funcionários, porque elas identificam alguns

pontos conseqüentes de problemas potenciais, além de ter uma certa influência no

comportamento.

O caso é que quando se convive com seres humanos, deve-se ter em mente um

determinado posicionamento, a relação tem que ser discreta, não entrar em

discordância com a cultura empresarial e que não haja vantagens profissionais a

favor deles consideradas injustas.

Segundo Robbins (2002), o novo material sobre emoções, mostra que qualquer um

que tenha trabalhado em uma organização sabe que as emoções fazem parte do

dia-a-dia envolvendo sentimentos e humores.

Sentimento é um termo genérico que engloba uma grande variedade de sensações que as pessoas experimentam. É um conceito amplo que envolve tanto as emoções quanto os humores. As emoções são sentimentos intensos direcionados a alguém ou alguma coisa. Finalmente, os humores são sentimentos que costumam ser menos intensos que as emoções, e não possuem um estímulo contextual. (ROBBINS, 2002, p.180)

Page 24: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

23

Os funcionários quando colocam o corpo e a mente na concretização de suas

tarefas despendem esforço físico e mental. Mas muitos trabalhos buscam o esforço

emocional. Isto ocorre quando um funcionário manifesta emoções

organizacionalmente desejáveis durante as transações interpessoais.

O esforço emocional é um componente importante para o desempenho eficaz, em sua interação com funcionários e clientes. Para melhor compreensão das emoções, podemos separá-las em sentidas e demonstradas. As emoções sentidas são aquelas genuínas para o indivíduo. Em contraste, as emoções demonstradas são as requeridas pela organização e consideradas apropriadas para uma determinada tarefa. Elas não são inatas; são aprendidas (ROBBINS, 2002, p.183).

Os estados afetivos fundamentais são as emoções, os sentimentos, as inclinações e

as paixões. A palavra emoção vem do latim movere, mover-se para fora,

externalizar-se. É a intensidade máxima do afeto. A emoção é definida assim, pelo

Dicionário Aurélio: “Psicol. Reação intensa e breve do organismo a um lance

inesperado, a qual se acompanha de um estado afetivo de conotação penosa ou

agradável” (KRUEGER, 2002).

Bernard e Brisset (1988 apud VALLE, 2003) “Descrevem o afeto como o termo geral

utilizado para exprimir os fenômenos da afetividade, incluindo as nuances do desejo,

do prazer e da dor, presentes na experiência sob a forma de sentimentos vitais,

humor e emoções”.

Brief e Weiss (2002 apud VALLE, 2005) observam que o afeto,

Compreende a categoria de comportamento organizacional interessada nos sentimentos dos trabalhadores, ou seja, no modo como a organização os afeta e eles à organização. Historicamente, os estudos sobre as variáveis que influenciam a percepção do trabalho tiveram início no século XX. Nesta época, a insatisfação no trabalho era caracterizada como produto de tendências emocionais desajustadas. Mais tarde, tais estudos foram substituídos por uma abordagem conceitual e metodologicamente “estreita”, que baseava o afeto no trabalho quase que exclusivamente em termos de satisfação no trabalho e esta, em construtos geralmente baseados em questionários estruturados, sem considerar métodos mais qualitativos. Atestam que no final do século XX, os pesquisadores “redescobriram” o afeto, expressando interesse em humor e emoções, sendo que, atualmente,

Page 25: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

24

há estudos na literatura interessados em experiências sobre afeto nas organizações. Alguns aspectos do Afeto que foram pontuados por Brief e Weiss incluem humor, emoções, satisfação no trabalho, inveja e ciúme (BRIEF E WEISS, 2002 apud VALLE, 2005).

Na visão de Bom Sucesso (2002), a vida no trabalho ocorre em cenário de atitudes,

emoções e sentimentos de enorme diversidade, reproduzindo a forma particular de

cada indivíduo lidar com a realidade, sendo grande parte dessa forma de reação

determinada pela história de vida, que configura a maneira das pessoas lidarem com

as emoções que estão associadas às relações interpessoais e afetam a qualidade

de vida.

Segundo Krueger, No Dicionário Aurélio (1994), o verbete afetividade está definido

da seguinte forma:

Psicol. Conjunto de fenômenos psíquicos que se manifestam sob a forma de emoções, sentimentos e paixões, acompanhados sempre da impressão de dor ou prazer, de satisfação ou insatisfação, de agrado ou desagrado, de alegria ou tristeza (KRUEGER, 2009, §)

Para Paim (1993 apud VALLE, 2003) “afetividade pode ser caracterizada como a

capacidade de experimentar sentimentos e emoções.” O afeto apresenta várias

dimensões, incluindo os sentimentos subjetivos (amor, raiva, depressão) e aspectos

expressivos (sorrisos, gritos, lágrimas). Ele se desenvolve no mesmo sentido que a

cognição ou inteligência. E é responsável pela ativação da atividade intelectual.

No conceito de afetividade está implícita a existência de um conteúdo relacional, isto

é, somos afetivos em relação a nós mesmos, ao outro ou a algum fato ou contexto

ambiental (VALLE, 2005).

Ainda segundo Bom Sucesso (2002), o trabalho é a forma como o homem interage e

transforma o meio ambiente, assegura sua sobrevivência e estabelece relações

interpessoais. Diz ainda que a qualidade de vida do trabalho não decorre apenas de

salários e benefícios, mas do tratamento humano, da gentileza, de leveza nas

relações, das possibilidades de expressão de pontos de vista divergentes, do

Page 26: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

25

relacionamento sincero, do respeito aos ausentes e do orgulho pelo que se faz.

Atenção, elogio e reconhecimento constituem ingredientes indispensáveis quando se

busca lealdade, qualidade e produtividade.

Segundo a revista VOCÊ S/A, “é praticamente impossível não surgir um clima de

romance quando você passa facilmente dez horas por dia no trabalho e a

organização estimula cada vez mais a mistura entre a vida pessoal e profissional”.

Pois é na empresa que as pessoas que ali estão inseridas tomam café, almoçam,

jantam, ou seja, acabam exercendo a maior parte das suas práticas pessoais dentro

do ambiente organizacional. Na maioria das vezes, esses mesmo grupos

freqüentam lugares em comuns, tais como as atividades sociais, como festas,

exposições e happy hours, giram em torno da empresa. Mostrando então o resultado

pela VOCÊ S/A: cerca de 42% dos funcionários se envolvem com colegas de

trabalho.

Nos estudos de Powers (1999), numa recente entrevista à revista Executiva, Dulce

Carvalho, consultora do Hay Group, considerava que as empresas portuguesas

estão a começar a ter uma maior abertura em relação às ligações amorosas dos

seus empregados. O importante é a motivação dos empregados, que em nada obsta

a manutenção da vida pessoal. Quando a empresa se vira para ela própria, exige

uma disponibilidade total, mas tem de perceber a natureza do ser humano. Ao

promover atividades sociais, poderá facilitar um relacionamento pessoal, que pode

ser de amizade ou mais profundo. É um relacionamento natural. “As restrições são

antinaturais, conclui Dulce Carvalho”.

Em uma entrevista a revista Veja, a americana Shere Hite (2000), a renomada

autora feminista, seu livro, o Relatório Hite sobre a Sexualidade Feminina, diz o por

que é inteligente liberar o namoro no ambiente de trabalho. Primeiro, porque não há

nada mais natural. Segundo, porque quando um casal se forma dentro da empresa

se evita que os dois tenham de se deslocar, cada um de um canto da cidade, para

se encontrar na hora do almoço. Isso até aumenta a produtividade.

Para confirmar o que Hite aborda a respeito da liberação do namoro no ambiente de

trabalho que acontece no Brasil em uma pesquisa exclusiva para VOCÊ S/A, a qual

Page 27: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

26

foi realizada pelo instituto H2R com 100 executivos, “79% responderam que não há

nenhuma regra sobre relacionamento amoroso nas empresas em que atuam e 3%

disseram que até existem normas sobre isso, mas não é de conhecimento de todos

na organização”. Devido as empresas terem políticas formais a respeito do tema e

as que possuem não sabem informar ao certo a cerca do tema, portanto muitos

casais optam em manter segredo sobre seu envolvimento. “Esse tema começa a ser

levado aos comitês de ética das empresas”, diz Mario Sergio, 2006. Ainda afirma

que “Antes, a regra era proibir ou liberar tudo. Hoje, é mais fácil encontrar

organizações que permitem os relacionamentos amorosos, com algumas restrições”

(MÁRIO SÉRGIO, 2006). É importante que a empresa evite que o casal trabalhe na

mesma área, possua um regimento a cerca desse ocorrido para que o mesmos se

sintam confortáveis em seu ambiente de trabalho, sendo que algumas empresas

possuem boas práticas de condutas para lhe dar com os relacionamentos no

ambiente de trabalho, tais como a VOCÊ S/A mostra as 10 melhores empresas que

trabalham a respeito do relacionamento amoroso no escritório, conforme o quadro 2

ilustra:

COM DIREITO A ROMANCE Conheça a política das 10 melhores empresas para trabalhar sobre relacionamentos amorosos no escritório: MASA Permite o relacionamento amoroso entre funcionários desde que não interfira no desempenho das atividades.

Número de casais 35 BV FINANCEIRA Permite o relacionamento entre funcionários com restrições (não pode haver relação de subordinação e é evitado que o casal trabalhe em áreas em que haja interdependência entre as tarefas executadas).

Número de casais 8 SERASA Permite o envolvimento entre funcionários desde que não haja relação de subordinação entre eles.

Número de casais 30 PROMON Permite o relacionamento sem restrições.

Numero de casais A empresa já formou 80 LANDIS+GYR Permite o relacionamento sem restrições.

Numero de casais A empresa já formou 20 ARCELOR Permite o relacionamento com algumas restrições (nos casos em que ocorra subordinação entre os dois e qualquer comportamento que possa refletir em favorecimento de uma das partes).

Numero de casais A empresa já formou 20 EUROFARMA Permite o relacionamento desde que

Page 28: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

27

não haja relação de subordinação entre as partes. Numero de casais Não sabe informar

FRAS-LE Procura seguir as normas que tratam da contratação de parentes, as quais proíbem relação de subordinação entre os funcionários e atuação na mesma área.

Numero de casais Não sabe informar ACCOR Permite o relacionamento sem restrições.

Numero de casais Não sabe informar ALBRAS Permite o relacionamento sem restrições.

Numero de casais Aproximadamente 20 Fonte: VOCÊ S/A – 2006

Quadro 2: COM DIREITO A ROMANCE Hite (1996,apud PINHEIRO, 2002) autora de "Sexo e Negócios", realizou um estudo

em dez empresas dos Estados Unidos e concluiu que 62% das mulheres já se

relacionaram com alguém do trabalho. Entre os homens, o número chega a 71%.

Segundo Hite, muitas empresas ainda têm uma política oficial ou extra-oficial contra

esse tipo de relacionamento. No período da pesquisa, 42% dos entrevistados

estavam vivendo um romance com algum colega de profissão, mas 35% escondiam

essa relação, Hite. Ela defende que teremos de aprender a administrar "dilemas

inevitáveis" e que as mudanças de comportamento de homens e mulheres, incluindo

questões de poder e emoção, passarão inevitavelmente pelo ambiente profissional.

Ailton Amélio, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo,

autor de “O Mapa do Amor”, que realizou uma pesquisa em quatro cidades

brasileiras, São Paulo, Rio de Janeiro, São Luís e Mococa, interior paulista mostrava

que a maioria dos relacionamentos (37%) começava através de contatos extra-

amorosos, o que inclui o trabalho. Em segundo lugar, vem a apresentação por um

amigo comum (32%), paquera desconhecida (20%) e contatos acidentais, como fila

de banco e viagens (5%). Apenas 1% dos entrevistados conheceu seu par através

de serviços da internet e agências de casamento (PINHEIRO, 2002).

O vice-presidente de Relações Trabalhistas e Sindicais da ABRH-Nacional, Carlos

Pessoa, diz que não há amparo legal algum a essa prática, que se caracterizaria por

uma ingerência das empresas na vida das pessoas.

Page 29: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

28

Algumas empresas proíbem o namoro e até mesmo a permanência de parentes ou cônjuges no trabalho, mas isso é ilegal. O que as empresas podem fazer é proibir condutas inadequadas no ambiente de trabalho, tanto entre namorados como entre colegas (REIS, 2009, §).

Conforme Reis (2009), para as empresas as proibições ao namoro entre

empregados aplicam-se de modo ainda mais intenso quando os empregados têm

relação profissional direta, ou seja, são chefe e subordinado.

"Uma questão muito delicada é o assédio moral ou sexual. Mas isto se dá quando um chefe tenta forçar uma relação com um subordinado usando a seu favor a relação de subordinação. Não entendo que exista qualquer tipo de assédio quando o subordinado tem interesse na relação, o que torna o relacionamento um namoro como outro qualquer. As empresas precisam compreender ainda, que os solteiros, nos dias de hoje, têm dificuldades em encontrar relacionamentos duradouros e a maior chance disso se concretizar é justamente no trabalho, onde passam a maior parte do dia” (PESSOA, 2009).

Para Pessoa (2009,apud REIS,2009) há dois tipos de romances no trabalho que

podem ter um efeito desagregador sobre as equipes: o primeiro é quando um ou

uma chefe namora um ou uma subordinada. Neste caso, o chefe precisará se

esforçar muito para mostrar que segue sendo imparcial, a despeito da relação.

"O segundo caso é mais complexo. Ele se dá quando a equipe percebe que um determinado empregado mantém uma relação com um ou uma chefe exclusivamente por interesse de carreira, o que se torna um fator de desagregação. Em todos esses casos acredito que a intervenção direta da empresa, por meio de uma proibição formal, apenas joga a relação para a clandestinidade, o que a torna ainda mais perigosa. A melhor opção é não proibir e promover debates e workshops para tratar do tema, evidenciando seus aspectos positivos e negativos. A conversa, o debate e a transparência são sempre a melhor política" (PESSOA, 2009, §).

Para que um relacionamento amoroso não venha trazer transtornos no trabalho, os

profissionais devem avaliar corretamente o ambiente da organização, considerando

as regras existentes, percebendo se são formais e informais. Embora algumas

empresas não proíbam os relacionamentos amorosos entre os funcionários, pode

limitar as relações entre um superior e um subordinado, ou de indivíduo de

diferentes departamentos, que possam violar as normas de confidencialidade

existentes (POWERS ,1999).

Page 30: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

29

As pessoas envolvidas nesse relacionamento deve também ter a preocupação de

avisar o fim do relacionamento e mostrar que isso de maneira alguma irá prejudicar

os colegas e a empresa. Controlando essa situação de maneira mais clara possível,

o casal decidirá de que maneira eles irão manter uma boa conduta profissional, sem

trazer maiores transtornos para o ambiente de trabalho. Essa seria uma das

melhores soluções a utilizar (POWERS ,1999).

As estruturas das salas nas empresas também influenciam em relação as atitudes

dos empregados. Espaços fechados, sem sentimentos, onde a distância física e

emocional são símbolos marcantes, faz com que a melhor forma de melhorar o

ambiente são empresas que não têm divisórias, construindo assim maior

proximidade física e informal entre os trabalhadores. Contrariar a paixão não é a

melhor solução, pois é uma lei natural da vida (POWERS ,1999).

As empresas que se preocupam com seus funcionários, buscando melhor

desempenho e satisfação, pois estas têm de lidar com os relacionamentos amorosos

que aparecem no seu interior, começando a adotar uma atitude não punitiva.

Chegando a uma realidade de que a vida pessoal dos seus empregados não lhes

diz respeito, e assim percebendo a existência uma ligação positiva entre a satisfação

dos empregados e os lucros das empresas (POWERS ,1999).

Algumas organizações já começaram a usar alguns procedimentos que conciliam o

romance dos seus profissionais com a realização dos seus objetivos empresariais.

Criando assim regulamento interno que reconheça a existência de relações

amorosas entre os funcionários determinando que eles tenham sempre atitudes

discretas, evitando as manifestações públicas de afeto e que não envolvam os

problemas pessoais com os da empresa (POWERS ,1999).

Nesse regulamento interno irá decidir que os problemas decorridos das relações

amorosas são confidenciais, e as manifestações de assédio sexual devem ser

separadas, da forma mais clara possível, dos funcionários restantes. Estas são

atitudes que as organizações podem está utilizando, para a criação de um ambiente

Page 31: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

30

de trabalho aberto e informal, incentivando a comunicação, seria a melhor maneira,

de substituir as tradicionais regras de caráter punitivo (POWERS, 1999).

Page 32: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

4 ESTUDO DE CASO: FACULDADE 2 DE JULHO

Este capítulo apresenta a pesquisa realizada na instituição acadêmica de ensino

superior, a Faculdade 2 de julho, com um grupo de estudantes do curso de

Administração de Empresas.

4.1 HISTÓRICO DA EMPRESA

A história da Faculdade começou quando o casal Peter Garret Baker e Irene Hight

Backer, ele pastor da Igreja presbiteriana dos Estados Unidos e ela professora,

desembarcaram em Salvador no dia 18 de outubro de 1924, o casal Peter Garret

Baker e Irene Hight Backer. Ambos estavam iniciando uma bela missão em terras

brasileiras através da educação. O sonho teve segmento em 1926, quando o casal

criou uma “escolinha” nas imediações do Dique do Tororó, para dar atendimento,

gratuito, às crianças pobres da região (COLÉGIO DOIS DE JULHO,2009).

Nesses 80 anos de existência, o Colégio 2 de Julho desempenhou marcou de modo

significativo a história da Bahia. Devido ao grande sucesso na área educacional,

precisamente no ano 2000, criou-se a Faculdade 2 de Julho.

Sua visão é ser um marco na história da educação da cidade, do estado e do país, assumindo o compromisso institucional de promover o desenvolvimento educacional, através da oferta de ensino superior nas diferentes áreas do conhecimento, integrado à pesquisa e à extensão, primando pela formação profissional e, sobretudo, humana dos educando (FACULDADE 2 DE JULHO,2009,§).

Page 33: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

32

A Faculdade procura sempre desenvolver uma educação com uma grandeza

universal, ressaltando sempre os princípios éticos e humanistas, buscando uma

visão reflexiva frente ao mundo e a vida.

É mantida pela Fundação 2 de Julho, instituição sem fins econômicos, onde

inexistem sócios e divisão de lucros, onde a receita e, em sua totalidade, reinvestida

em equipamentos, laboratórios, melhoria da infra-estrutura, biblioteca, corpo docente

experiente e de elevada titulação acadêmica, na avaliação institucional e no projeto

político pedagógico diferenciado, sempre comprometido com a conquista da

qualidade e da excelência (FACULDADE 2 DE JULHO,2009).

Sua missão é formar cidadãos éticos e profissionais competentes, capazes de investigar a realidade e de interagir com os demais setores da sociedade, conscientes da responsabilidade social de sua prática profissional; estimular a produção do conhecimento e o crescimento do espírito científico voltados para o desenvolvimento social, para a manutenção da integridade individual, do meio ambiente e do respeito aos Direitos Humanos; sintetizando, a Faculdade 2 de Julho está comprometida em constituir-se como uma instituição livre e democrática, produtora do saber, capaz de, por intermédio de seu corpo docente e discente, disseminar princípios cristãos, éticos e sociais, preservando a cultura e a história do Homem(FACULDADE 2 DE JULHO,2009,§).

A administração da faculdade é composta pela Diretoria Geral que inclui a Diretoria

Acadêmica, a Diretoria de Administração e Finanças, a Coordenação Pedagógica, a

Coordenação de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão, a Secretaria Acadêmica, a

Biblioteca e o Centro de Informática, que são os órgãos execultivos. Entre os órgãos

Normativos destacam-se o Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão -

CONSEPE e os Colegiados de Curso.

Por fim a Faculdade tem como objetivos (FACULDADE 2 JULHO, 2009, s/p):

• Colocar a formação integral do ser, na construção plena da cidadania, de acordo

com os princípios cristãos de liberdade e responsabilidade;

• Formar cidadãos éticos, líderes, empreendedores nas mais diferentes áreas do

conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação

no desenvolvimento da sociedade brasileira;

Page 34: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

33

• Apoiar, por meio de suas atividades de ensino, pesquisa e extensão, o

desenvolvimento harmônico e integrado da comunidade com vistas ao bem-estar

social, econômico, político e espiritual;

• Ofertar o ensino superior em todas as áreas do conhecimento, comprometido com

os princípios éticos, a qualidade e a excelência, e focado no aprendizado dos seus

alunos;

• Promover a pesquisa científica visando ao fortalecimento das atividades de ensino,

ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia, à criação e difusão da cultura;

• Participar do esforço de desenvolvimento do país, articulando-se com os poderes

públicos e com a sociedade para o estudo de problemas internacionais, regionais e

locais;

• Constituir-se em uma instituição aberta à comunidade, livre e democrática, como

centro de preservação do saber, da cultura e da história humana.

4.2 ANÁLISE DOS DADOS

Pela falta de compreenssão das empresas sobre relações afetivas dentro do

ambiente de trabalho, no qual muitas delas ainda tem uma resistência sobre o

assunto, pois acaba mexendo na cultura ou até mesmo no poder hierárquico que

nela pertence com o objetivo de complementar o referêncial teórico segue-se o

estudo de caso que contou com a aplicação do questionário semi-estruturado junto

os estudantes da Faculdade 2 de Julho.

Foi observado através da pesquisa realizada no ambiente de estudo de caso, os

relatos de alguns estudantes que já tiveram relações afetivas no ambiente de

trabalho, expondo aqui as suas opiniões e dando seu posicionamento sobre o

assunto. Sendo que foi revelado que na maioria das pessoas entrevistadas

correspondeu ao publico feminino conforme o gráfico 1.

Page 35: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

34

Fonte: Estudo de Caso, 2009. Gráfico 1: Sexo das pessoas

Como podemos notar o gráfico 1, o público com o maior número de entrevista foi o

feminino, que teve 63%, Quanto a abordagem sobre a idade, foi possível observar

que a maioria dos entrevistados são pessoa ativas no mercado de trabalho, que já

contam com a idade entre 26 a 35 anos, como mostra o gráfico 2.

Page 36: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

35

Fonte: Estudo de Caso, 2009 Gráfico 2: Idade das pessoas

Verificando o gráfico 2, percebe-se que a pesquisa trabalho com o grupo de idade

bastante diverso onde para surpreender mostrou que o pessoa mais velho não tem

mais muita resistência quanto ao assunto e se dispôs a responder o questionário de

maneira cordial . Referente ao questionamento a respeito de estudante já tinha se

relacionado com algum colega de trabalho, pode-se observar no gráfico 3 as

seguintes conclusões.

Page 37: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

36

Fonte: Estudo de Caso, 2009.

Gráfico 3: Você já se relacionou com algum colega de trabalho.

Compreende-se que 63% das pessoas entrevistadas já tiveram um relacionamento

no ambiente de trabalho e 37% não tiveram nenhum relacionamento, é notório que a

maioria mostrou-se que diante deste assunto as pessoas não tem mais repreensão

de expor os seus sentimentos com o colega de trabalho, isso vai a favor das idéias

de Ailton Amélio (2002) onde ele mostra “que a maioria dos relacionamentos (37%)

começava através de contatos extra-amorosos, o que inclui o trabalho” como está

retratado no referencial teórico. Quanto aos questionamentos sobre o momento do

envolvimento com o(a) colega de trabalho, qual era o estado civil da pessoa, pode-

se observar no gráfico 4.

Page 38: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

37

Fonte: Estudo de Caso, 2009.

Gráfico 4: No momento de seu envolvimento com o(a) colega de trabalho, qual era o seu estado civil.

Na entrevista vimos que 63% das pessoas que se envolveram eram solteiros que vai

de acordo com as opiniões de Pessoa (2009), onde lá no referencial ele diz que “As

empresas precisam compreender, ainda, que os solteiros, nos dias de hoje, têm

dificuldades em encontrar relacionamentos duradouros e a maior chance disso se

concretizar é justamente no trabalho, onde passam a maior parte do dia". Exibindo

uma realidade conforme mostrou a pesquisa. Ao serem perguntados se a empresa

soube do seu relacionamento amoroso, podemos perceber conforme gráfico 5 os

seguintes resultados:

Page 39: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

38

Fonte: Estudo de Caso, 2009

Gráfico 5: A empresa soube ou sabe do seu relacionamento amoroso. Podemos analisar que 57% dos entrevistados responderam que não, 30%

responderam que sim, 10% não responderam por que não tiveram nenhum

relacionamento e por fim 3% não responderam, mas já tiveram um relacionamento.

Com isso mostra-se que as pessoas ainda têm medo de está demonstrando suas

relações no ambiente de trabalho por conta da proibição formal que algumas

empresas apresentam, e isso vai de encontro com as idéias de Pessoa quando

afirma que:

“[...] em todos esses casos acredito que a intervenção direta da empresa, por meio de uma proibição formal, apenas joga a relação para a clandestinidade, o que a torna ainda mais perigosa. A melhor opção é não proibir e promover debates e workshops para tratar do tema, evidenciando seus aspectos positivos e negativos. A conversa, o debate e a transparência são sempre a melhor política" (PESSOA, 2009).

Foi possível observar que a maioria dos entrevistados ainda tem um pudor em

relatar para a sua empresa sobre a relação afetiva que está acontecendo pois os

mesmo tem receio que a empresa adote uma ação punitiva a eles. A questão como

a organização ficou sabendo as pessoas falaram E1 [...]Foi relatado para eles, agora

durante os horários de trabalho não havia envolvimento, só muita descrição e

comportamento estreitamente profissional, E2 [...]o ambiente organizacional não

Page 40: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

39

avalia muito esse assunto, E3 [..] Através de colegas. E verificando sobre a questão

se a empresa não soube eles relataram que, E4 [...]Porque era perigoso se alguém

soubesse, poderia perder o emprego, E5 [...] Porque não era de interesse de ambos

e não era nada sério, E6 [...] Não achava ético, E7 [...] Foi escondido.

O que ficou explicito que essas pessoas procuraram não falar sobre o que

aconteceu por medo de perder o emprego, não acreditar que seria uma coisa séria,

no entanto não daria continuidade ao relacionamento. O que vai a concordância com

os estudos de Powers (1999), cujo revelam “A importância da motivação dos

empregados, que em nada obsta a manutenção da vida pessoal. Quando a empresa

se vira para ela própria, exige uma disponibilidade total, mas tem de perceber a

natureza do ser humano”.

Tendo assim uma visão de que as empresas elas estão cada vez mais se

preocupando não só com o lado empresarial, mas mostrando interesse também com

o lado pessoal do seu funcionário, fazendo uma ligação com a satisfação pessoal e

a profissional. Em relação a pergunta de como os colegas de trabalho reagiram ao

saber da relação afetiva, tem-se resposta no gráfico 6:

Fonte: Estudo de Caso, 2009

Gráfico 6: Como os colegas de trabalho reagiram ao saber da relação afetiva de vocês.

Page 41: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

40

Verificando o gráfico 6 podemos perceber que 43% não respondeu nada, 40%

responderam e 17% ninguém ficou sabendo sobre a relação afetiva, assim como

eles mesmos ressaltaram, E1 [...] gostaram, E2 [...] normal, afinal não afetava o

ambiente organizacional, E3 [...] com naturalidade, E4 [...] muitos comentários nos

grupos informais, especulações, fazendo brincadeiras, E5 [...] eram comuns alguns

relacionamentos, isto em todas as classes profissionais. Não reagiram com nenhum

espanto e sim com naturalidade, E6 [...] não teve nenhuma surpresa, os donos da

empresa são casados e trabalham juntos, já é uma cultura da organização contratar

casais. Neste contexto é possível perceber que as pessoas envolvidas preferem não

está mostrando na empresa a sua vida pessoal mesmo que seja com algum colega

da mesma. Convergindo com as idéias de Hite, quando expõe que “muitas

empresas ainda têm uma política oficial ou extra-oficial contra esse tipo de

relacionamento. No período da pesquisa, 42% dos entrevistados estavam vivendo

um romance com algum colega de profissão, mas 35% escondiam essa relação,

Hite, ela defende que teremos de aprender a administrar [...]”.

Mas quando se observa a posição das pessoas que responderam, elas mostram

como as atitudes das pessoas estão cada vez mais naturais na percepção da

relação afetiva no ambiente organizacional por causa da mudança algumas

empresas que já estão fazendo o mesmo ou pelo menos tentando conciliar esse

assunto com o lado profissional, assim como a VOCÊ S/A mostra em uma pesquisa

as 10 melhores empresas que trabalham a respeito do relacionamento amoroso no

escritório, conforme o quadro 2 ilustra no referencial teórico.

Em relação ao posicionamento sobre o assunto, 87% dos entrevistados

responderam positivamente, muitos acharam de grande relevância, pois muitas

vezes não estamos livres disso, basta respeitar o ambiente que se trabalha e não

atrapalhar o lado profissional.

Page 42: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

41

Fonte: Estudo de Caso, 2009.

Gráfico 7: Qual o seu posicionamento atual sobre esse assunto. No entanto muitos acreditam que é algo normal, E1 [...] normal até quando não afeta

o lado profissional, E2 [...] complicado, pois não é correto ir de encontro com a

política da empresa, mas por outro lado é quase impossível não se relacionar com

alguém que estamos vivendo quase 24 horas por dia, E3 [...] as pessoas fazem

aquilo que lhe faz feliz, desde que não prejudique elas mesmas e os colegas, E4 [...]

não tenho nada contra, as pessoas devem ter consciência dos princípios

organizacionais da empresa para não sofrer, E5 [...] onde há respeito no seu

trabalho, nunca irá haver convergências sobre o assunto e sim muitas prazer no

trabalho feito, E6 [...] sou contra “Onde ganha pão, não se come a carne!”, E7 [...]

acredito ser aceitável na medida em que respeite alguns parâmetros para que não

afetem negativamente as atividades da empresa, E8 [...] acredito que se o

relacionamento não atrapalhar o desenvolvimento do casal dentro da empresa não

há problema algum, caso aconteça, o casal deverá ter preocupação para separar

vida pessoal da vida profissional, E9 [...] apesar de nunca ter me relacionado com

colega de trabalho, acredito que se houver discrição, sensatez do casal não existe

problema de relacionamento dentro de uma empresa. Tudo só depende da forma de

agir do casal, E10 [...] acredito saber estabelecer critérios respeitar o ambiente que é

Page 43: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

42

importante, E11 [...] indiferente, pois não tenho conhecimento nem experiência por

tal, E12 [...] trabalho é local de envolvimento profissional, estamos no local para

desenvolver assuntos relacionados a empresa, E13 [...] Natural, Porque o

relacionamento entre casais é um caráter próprio do ser humano e a organização

deve assimilar esse fato e não reprimir.

Esses relatos positivos convergem com as idéias de Hite (2000), “é inteligente liberar

o namoro no ambiente de trabalho. Primeiro, porque não há nada mais natural.

Segundo, porque quando um casal se forma dentro da empresa se evita que os dois

tenham de se deslocar, cada um de um canto da cidade, para se encontrar na hora

do almoço. Isso até aumenta a produtividade”. Dando relevância e suporte aqueles

que apostam no relacionamento no ambiente de trabalho e tenham uma opinião

positiva a respeito. No que tange a indicação de um relacionamento afetivo no

ambiente de trabalho a maioria dos estudantes apoiaria as pessoas, levando

também para um contexto mais humano do que só profissional.

Fonte: Estudo de Caso, 2009 Gráfico 8: Você indicaria/recomendaria ter um relacionamento afetivo no ambiente de trabalho. A respeito de indicar ou não indicar 43% revelaram que sim, 17% foram indiferentes

e 40% não indicaria, como mostra as respostas, E1 [...] depende de como ambos se

comportam, se tiverem naturidade. Sim, porque não. Afinal de contas, ninguém

Page 44: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

43

escolhe o local de onde vai sair seu amor, E2 [...] se as pessoas envolvidas

soubessem respeitar o ambiente de trabalho, não seria contra, se os mesmo se

envolvessem E3 [...] não. Acredito que o casal se disperse do foco do trabalho, é

muito difícil separar a vida pessoal da profissional, E4 [...] é muito pessoal, no

coração ninguém manda. Quando se gosta não precisa mandar, pois quem esta

namorando pouco ouve, E5 [...] se agir de forma natural porque não aproveitar a

oportunidade, mas como foi dito acima, descrição e preocupação para evitar

problemas futuros, E6 [...] acho que só depende de como o casal se comporta e se

tem maturidade para que não haja misturar entre profissional e pessoal.

Essas opiniões vão de acordo com os estudos de Bom Sucesso(2002),

“a vida no trabalho ocorre em cenário de atitudes, emoções e sentimentos de enorme diversidade, reproduzindo a forma particular de cada indivíduo lidar com a realidade, sendo grande parte dessa forma de reação determinada pela história de vida, que configura a maneira das pessoas lidarem com as emoções que estão associadas às relações interpessoais e afetam a qualidade de vida.”

Contudo podemos esclarecer que a maioria das pessoas tenta sempre separar o

lado profissional do lado pessoal para assim poder está satisfeito não só no seu

trabalho, mas também realizado sentimentalmente.

Page 45: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

5 CONCLUSÃO

A pesquisa abordou teorias e práticas sobre Relações Afetivas no ambiente de

trabalho que teve como objetivo geral avaliar as relações afetivas no ambiente

organizacional. No referencial teórico, além de analisar os conceitos relativos a

cultura organizacional, discorreu sobre comportamento organizacional, assim

chegando as emoções e por fim a afetividade que é a palavra chave quando se fala

em relação afetiva.

No estudo de caso, no ambiente da Faculdade dois de Julho, foi verificado com as

pessoas da mesma que o assunto sobre relação afetiva no ambiente organizacional

está cada vez mais explicito e as empresas estão buscando interligar a vida pessoal

da profissional, pra que se tenha um melhor desempenho na produtividade.

Ao retratar sobre se as pessoas já tiveram relações afetivas é claro que a maioria

não tem mais recriminação de publicar os seus sentimentos com o colega de

trabalho, pois é nesse ambiente que a maioria delas passam muito tempo e acabam

tendo interesse incomuns.

A partir da hipótese apresentada constatou-se também diante do estudo com as

pessoas na Faculdade Dois de Julho, que mesmo aqueles que avaliam os

relacionamentos afetivos negativamente, já tiveram algum envolvimento para ter

esse posicionamento, ou não misturam mesmo esse tipo de situação buscando

sempre separar as duas coisas, trabalho/afetividade, entretanto, a maioria delas

percebem o lado positivo observando melhorias nas condições de trabalho, melhor

desempenho entre as pessoas envolvidas, satisfação em relação ao trabalho

chegando até maior produtividade e com mais contentamento ao seu objetivo final.

Page 46: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

45

Levando em consideração os resultados, percebe-se que as relações afetivas

buscam cada vez mais a compreensão dos empresários, para que estas não

venham de forma punitiva para seus funcionários. Aos poucos as relações têm seu

espaço conquistado dentro da organização, pois, as emoções é algo muito

importante no comportamento organizacional e devido à maior parte do tempo ser

em função da sua vida profissional as pessoas acabam se relacionando

afetivamente. Embora sabe-se que o afeto é sentido e demonstrado, este não surge

de forma esperada e possibilitará condução às melhores oportunidades para o seu

sucesso no trabalho e a sua felicidade.

Embora este trabalho divulgue que os objetivos apresentados na pesquisa foram

alcançados e a hipótese confirmada, há ainda um medo entre as pessoas

relacionadas em falar sobre esse assunto que é um pouco particular para cada um e

em relações a atitudes das empresas também sobre o assunto, observou-se

também que há algumas limitações em relação a teoria de certo que muitos autores

ainda não escreveram sobre a mesma.

Page 47: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

46

REFERENCIAS ALMEIDA, Ana Rita Silva. O Que é Afetividade? Reflexões para um conceito. Disponível em <http://www.anped.org.br/24/tp1.htm>. Acesso em: 05 out. 2008. BOM SUCESSO, Edina de Paula. Relações Interpessoais e Qualidade de Vida noTrabalho. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002. CARVALHO, M. S. M. V. & TONET, H.C. Qualidade Na Administração Pública. RAP. Rio de Janeiro – abr./jun. 1994. CHANLAT, JEAN- FRANÇOIS (1996): “Indivíduo na organização”.v.3. Ed. Atlas S.A- São Paulo. Colégio 2 de Julho. Disponível em: < http://www.colegio2dejulho.com.br/ colegio/?secao=detalhar New&new=200911060936>. Acesso: 18 nov. 2009. DINIZ, Daniela. Amor & Sexo no Trabalho. VOCÊ S/A, São Paulo, Ed. 99, p. 27, setembro, 2006. Faculdade 2 de julho. Disponível em:< http://www.f2j.edu.br/institucional/ faculdade.asp>. Acesso em: 18 nov. 2009 FREITAS, M. E de. (1991). Cultura organizacional: formação tipologias e impacto. São Paulo, Makron Books. GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4ª ed., São Paulo: Atlas, 2002. KRUEGER, Magrit Froehlich. A Relevância da Afetividade na Educação Infantil. Disponível em:< http://www.icpg.com.br/artigos/rev03-04.pdf>. Acesso em: 22 de novembro de 2009. LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A.: Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo. Ed. Atlas, 1985. LIMA, Maria Alice Dias da Silva; ALMEIDA, Maria Cecília Puntel de et all. Revista Gaúcha de Enfermagem: A utilização da observação participante e da

Page 48: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

47

Entrevista semi-estruturada. Disponível em:<http://www.seer.ufrgs.br /index.php/RevistaGauchadeEnfermagem/article/viewFile/4288/2250>. Acesso em: 08 out. 2008. MARRAS, JEAN PIERRE (2004): Administração de Recursos Humanos. Edição 9. Ed. São Paulo, Futura,2000. MORGAN, GARETH: Imagens da organização. Ed. Atlas S.A São Paulo 1996. PINHEIRO, Augusto. Contrato de Risco-Namoro no Trabalho. Disponível em: <http://revistamarieclaire.globo.com/Marieclaire/0,6993,EML347551-1740,00.html>. Acesso em: 28 de outubro de 2009. Powers, Dennis. Brincando com Fogo Sem se Queimar. Disponível em: <

http://www.tiadro.com/News/artigos/romances.html>. Acesso em 10 de junho de 2008. MANSUR, Alexandre. Sexo no Trabalho. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/290300/entrevista.html> . Acesso em 28 de outubro de 2009. REIS, Marcelo. Empresas não Podem Proibir Namoro no Trabalho. Disponível em:<http://www.sidneyrezende.com/noticia/42282+empresas+nao+podem+proibir+namoro+no+trabalho> . Acesso em 28 de outubro de 2009. ROBBINS, Stephen Paul,1943. Comportamento Organizacional. Tradução técnica: Reynaldo Marcondes.- 9. Ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002. ROESH, Sylvia Maria Azevedo. Projeto de Estágio e de Pesquisa em Administração: guia para estágios, trabalhos de conclusão, dissertações e estudos de caso. 2ªed., São Paulo: Atlas, 1999. TAVARES, Fernanda Pereira. A cultura organizacional como um instrument de poder. Disponível em:< http://pessoal.facensa.com.br/bergamin/files/Aula_07/07_-_a_cultura_organizacional_como_instrumento_de_poder.pdf.> Acesso 10 de outubro. VALLE, Ângela da Rocha. Afeto no trabalho: o que se discute na literatura nacional. 2003. Disponível em: http://pepsic.bvspsi.org.br/scielo.php?script=sciarttext &pid=S1870-350X2005000100004&lng=pt&nrm=is. Acesso em: 29 set. 2008.

Page 49: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

48

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO APLICADO AOS ESTUDANTES DA FACULDADE 2 DE JULHO

Objetivo Principal: Analisar as relações afetivas entre casais no ambiente organizacional. Agradecemos antecipadamente à atenção e colaboração a nossa pesquisa.

1. Sexo:

( )Masculino ( )Feminino

2. Idade:

( )18 a 25 anos ( )26 a 35 anos

( )36 a 45 anos ( )46 a 59 anos

( )60 anos ou mais

3. Você já se relacionou com algum colega de trabalho? ( ) sim ( ) não 4. No momento de seu envolvimento com o(a) colega de trabalho, qual era o seu estado civil? ( ) solteiro ( ) casado ( ) namorando ( ) divorciado 5. A empresa soube ou sabe de seu relacionamento amoroso? ( ) sim ( ) não 6. Se sim. Como a organização ficou sabendo? 7.Se não. Por quê? 8. Como os colegas de trabalho reagiram ao saber da relação afetiva de vocês? 9. Qual o seu posicionamento atual sobre esse assunto? 10. Você indicaria/recomendaria ter um relacionamento afetivo no ambiente de trabalho?

Page 50: TAIANA LEAL CARLOS DE SOUZA - portal.f2j.edu.brportal.f2j.edu.br/.../taianalealcarlosdesouza_2009.pdf · SOUZA, Taiana Leal Carlos de. Relações Afetivas no Ambiente de Trabalho

APÊNDICE B - AUTORIZAÇÃO PARA A BIBLIOTECA

AUTORIZAÇÃO

Eu, Taiana Leal Carlos de Souza, CI nº 1204999678, autorizo a Faculdade

2 de Julho a utilizar minha monografia de Conclusão de Curso no seu

Site e na sua Biblioteca – disponibilizando fotocópia para seus usuários.

Salvador, 04 de Dezembro de 2009

_____________________________________________