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TÃO LONGE, TÃO PERTO PÉ NO CHÃO. Pablo Bucciarelli num dos mom finais do percurso na Mantiqueir Minas: “Você tem que se entreg essa terra. É assim que ela lhe dá que tem de melhor”, acredita el POR ANA LUCIA AZEVEDO [email protected] FOTOS ANDRÉ DIB

TÃO LONGE, TÃO PERTO - andredib.com.br · longo curso mais difícil do Brasil. Pablo é formado em Física pela USP e en- ... do o gestor ambiental e mestre em ge-ografia Rodrigo

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TÃO LONGE, TÃO PERTO

PÉ NO CHÃO.Pablo Bucciarelli num dos momentosfinais do percurso na Mantiqueira, emMinas: “Você tem que se entregar a essa terra. É assim que ela lhe dá o que tem de melhor”, acredita ele

POR ANA LUCIA [email protected] ANDRÉ DIB

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REVISTA O GLOBO 8 DE MARÇO DE 2015

TÃO LONGE, TÃO PERTOREPORTAGEM DE CAPA

ENTRE ESCALADAS E CORRIDAS, ATLETA ATRAVESSA EM TEMPO RECORDEALGUNS DOS TRECHOS MAIS ACIDENTADOS (E LINDOS) DE RJ, MG E SP

Sexta-feira de carnaval, 13 de fe-vereiro, Sapucaí. Nenhum batu-que no ar. O som é o da floresta,que se intensifica à medida queo montanhista de velocidadepaulista Pablo Bucciarelli avan-

ça pelas trilhas que o levarão por uma dasmaiores aventuras já realizadas no Brasil.Pablo enfrentou e concluiu a travessia emsolitário da Transmantiqueira. Percorreu397 quilômetros em alguns dos maciçosmontanhosos mais belos, altos e selvagensdo país. E completou com o tempo recordede seis dias, cinco horas e 20 minutos.

A Mantiqueira, a Serra que Chora, comoa chamavam os tupis-guaranis em alusão àchuva copiosa em seus picos e encostas ín-gremes em boa parte do ano, tinha aceito eacolhido o montanhista corredor solitário.O Capitão Pablo, apelido e uma reverênciados amigos, estava em paz com a serra econsigo mesmo. Na mochila, a travessia delongo curso mais difícil do Brasil.

Pablo é formado em Física pela USP e en-genheiro de riscos. Mas se notabilizou comocampeão de corrida de aventura e monta-nhista. Acaba de completar 40 anos, mastem o esporte no sangue desde os seis. Já jo-gou polo aquático e futebol de salão. Com-petiu em natação, judô e tênis de mesa. Masas montanhas sempre foram as senhoras doseu coração. E a Mantiqueira, lembra ele, otomou para si de forma avassaladora. Essefoi o desafio da sua vida — ao menos atéagora, pois ele sonha literalmente alto.

Pablo percorreu alguns dos territóriosmais acidentados e deslumbrantes dos esta-dos de Rio, Minas Gerais e São Paulo. Esca-lou solo algumas das montanhas mais altasdo Brasil, como a Pedra da Mina e a Pedrado Baú, e a arriscada travessia Marins-Ita-guaré, lendária entre montanhistas, consi-derada a com maior dificuldade técnica dopaís. Ele desceu o Itaguaré à impensável ve-locidade de 15km/h.

No carnaval, não houve o tamborilar dosamba, mas o da chuva onipresente. Breve

trégua apenas na passagem pelas trilhaspróximas a Campos do Jordão, em SãoPaulo. A Serra que Chora estava em pran-tos. Tinha começado a choramingar em Sa-pucaí, não a Passarela do Samba, mas a Mi-rim, em São Paulo, um dos pontos iniciaisda jornada que partiu de Monte Verde, emMinas. E se tornou copiosa até o fim daTransmantiqueira, na Serra do Papagaio,em Aiuruoca, também Minas, lugar que osíndios consideravam mágico por suas mui-tas cachoeiras em florestas fechadas porvirtuosa biodiversidade.

Percorrer em velocidade a Transmanti-queira foi uma demonstração de perfor-mance física sobre-humana. Corridas ver-tiginosas montanha acima, passagens emmata fechada, pouquíssimas horas de so-no. Força, senso de orientação privilegia-do e alta capacidade aeróbica são pré-re-quisitos para este tipo de aventura. Mas,para Pablo, a Transmantiqueira em solitá-rio foi sobretudo uma jornada espiritual etour de force mental. A serra é a únicacompanheira na maior parte do tempo.

O montanhismo de velocidade é parapoucos. E deslumbra muitos. Quando Pabloentrava em algum vilarejo para se reabaste-cer ou dar a volta em trechos intransponí-veis de rocha e mata, pessoas logo o cerca-vam com curiosidade.

— Não tem medo de onça, não? — per-gunta um morador da Maromba, em Vis-conde de Mauá.

— Entrou na serra à noite com essachuva assim mesmo? — surpreende-seum senhor em Aiuruoca.

A lógica e o foco da ciência aprendidos nafísica e na engenharia, ele usa no planeja-mento. Como nas palestras que frequentouno Instituto do Sono, para aprender comodescansar o mínimo com o máximo de re-cuperação. Mas Pablo é, sobretudo, umapessoa espiritualizada. Não é religioso nosentido restrito. Sua fé está na Terra:

— Amo esta serra e me sinto acolhido porela. Meu coração pertence à Mantiqueira.

FOME DE QUÊ?Pablo Bucciarelli percorre solitárioo caminho para o Parquede Nacional de Itatiaia

SEDE DE QUÊ?O montanhistabebe água nasAgulhas Negras,em Itatiaia

A praia do mineiro de Uberaba AndréDib é a alta montanha. Mais precisa-mente, a escalada em gelo, modali-dade na qual pouquíssimos brasilei-ros se aventuram e, menos ainda, do-minam. Até pela absoluta falta de lo-cais para prática no país. Mas Dib nãosó é um especialista em gelo: é umdos maiores fotógrafos de aventura,esportes e natureza do Brasil. Autorde livros de fotografia e colaboradorde algumas das principais revistas dogênero, como “National Geographic”,ele não hesitou em aceitar o convitede Pablo Bucciarelli e fazer as fotosque narram a aventura e esta reporta-gem. Partiu em companhia da mu-lher, Cassandra Cury, também esca-ladora e cinegrafista premiada. Aos39 anos, Dib já fotografou todos os bi-omas brasileiros, da Amazônia aoscampos do Sul. Mas sua paixão são asmontanhas. Escalou todas as 11 mai-ores do Brasil e várias gigantes andi-nas com mais de seis mil metros, doAconcágua (6.962 metros, a maiormontanha do mundo fora dos Hima-laias) aos gigantes Ojos del Salado,Cotopaxi, entre outras. l

LENTE DE AUMENTO

CÂMERA, AÇÃO. O fotógrafo André Dib

PEDRASOBRE PEDRA.As Prateleiras, um dos símbolos do Parque Nacionalde Itatiaia

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REVISTA O GLOBO 8 DE MARÇO DE 2015

TÃO LONGE, TÃO PERTOREPORTAGEM DE CAPA

Um amor antigo que se tornou mais fortedepois que se separou, em 2009. Um perí-odo difícil por não estar mais tanto tempocom os filhos e que o fez repensar a vida:

— Parei uns dez meses. Mas em 2010voltei a competir em aventura. Saí do zeropara primeiro do ranking nacional em2011. No ano seguinte, porém, abandoneiuma prova no meio e vi que precisava deum desafio maior.

E assim começou sua história nas tra-vessias de longo curso. E em 2015 buscavao desafio na serra que mais adora. E, poramá-la, pretendia também chamar aatenção para a necessidade de preservar aMantiqueira, berço de muitas águas, tãonecessárias nestes tempos de seca recor-de no Sudeste.

Na Serra Fina, em Minas, Pablo correupor cristas estreitas com mais de dois milmetros de altura e alguns poucos de lar-gura — daí o nome do lugar. No Vale doRuah, perto dali e longe do restante domundo, encarou o frio, a neblina e a deso-rientação, num terreno que parece umcampo minado com todo tipo, formato etamanho de pedra.

O calor sufocante esteve presente emalgumas das matas, durante o dia. Noscampos de altitude do Parque Nacionalde Itatiaia, a neblina e a chuva bloquea-ram a visibilidade num solo igualmentecheio de pedras e varrido pelo vento. OVale do Campo Belo, descobriu-se hápouco, é o lugar mais frio do Brasil. Isto ànoite. De dia, o sol da montanha penetra equeima a pele. Nada que tenha impedidoPablo de chegar ao alto da Pedra do Altar,bem em frente às Agulhas Negras. E de láganhar velocidade por trilhas ora de mon-tanha exposta ora de floresta até a Ma-romba, em Visconde de Mauá, um deseus lugares favoritos.

Na Maromba, suportou extremos defrio e calor. E superou as incertezas de al-gumas das florestas mais exuberantes daMata Atlântica, onde a escuridão da noiteé entremeada por sons de animais, comoas onças-pardas. Não são histórias de ma-tutos. Na mesma noite em que Pablo en-trou na floresta, um caminhoneiro da re-gião contava como havia parado para dar

passagem na estradinha de terra a umaonça e seus dois “oncinhos”, que de tãopequenos pareciam recém-nascidos.

Na travessia, Pablo tentou superar — econseguiu — a que havia feito em dupla,em 2013, com o amigo Pedro Alex, quehoje faz doutorado em Antropologia noPeru. Escolheu a mesma época chuvosa,a menos propícia do ano para realizaruma empreitada na Mantiqueira. Escolhaque surpreendeu seus amigos e muitosapreciadores de aventura que acompa-nharam a jornada ao vivo pela web noportal Extremos, do também aventureiroe membro da Caravana Transmantiquei-ra, como gosta de chamar, Elias Luis.

— Queria repetir o mesmo desafio.Superar dificuldades. Encontrar res-postas — diz ele.

Desta vez, Pablo contou com uma equi-pe de apoio, presente em lugares restritos.Eram seus anjos da guarda. Chegavamantes dele em pontos de transição, cuida-vam da comida, do equipamento, dasroupas, de onde poderia descansar. Du-rante toda a travessia, dormiu apenas 18horas. Seu principal “anjo”, Vinícius Moy-sés, responsável pela logística do atleta,dormiu menos ainda. Ele antecipava cadanecessidade de Pablo e sequer permitiaque dormisse mais do que o combinado.

— Você tem que trocar esse tênis e le-var mais comida — dizia Vinícius.

Na única vez que ignorou os conselhosde Vinícius, também treinador de corridade aventura, Pablo passou um sufoco naSerra Fina, que é tão bela quanto hostil.Mas ele já a atravessara tantas vezes quese sentia em casa. Queria correr o mais le-ve possível. E dispensou um lanche extrae a lanterna de cabeça — quem faz trilhasabe que ela é irmã. Veio a neblina e comela, o frio e a desorientação. Chegou a noi-te e ele teria ficado perdido no escuro.

— Foi um massacre. Sofri demais, víti-ma da autoconfiança. Fiz em muito maistempo do que pretendia e só saí de lá por-que encontrei uns meninos de São Pauloacampados que me emprestaram umalanterna. Foi um aprendizado. Subestimeia serra. Precisamos dessas lições de hu-mildade — conta.

Enquanto metrópoles como Rio e SãoPaulo sofrem com falta d’água, a Man-tiqueira verte em pranto mesmo aolongo do verão mais seco da históriado Sudeste. Nas montanhas, a chuva éconstante. Ela é fundamental paraque ainda exista água nos principaisestados do Brasil. Abriga algumas dasflorestas mais preservadas da MataAtlântica, com espécies que existemapenas lá. Apesar disso, é pouco lem-brada quando se fala em conservação,inclusive a da água. Também por issoPablo Bucciarelli quis usar sua aven-tura para chamar a atenção para a ne-cessidade de preservar a serra, um dosmaiores complexos montanhosos doBrasil, coração montanhoso do Su-deste. Só no maciço de Itatiaia, segun-do o gestor ambiental e mestre em ge-ografia Rodrigo Giovanetti, há 54 cór-regos, ribeirões e rios. Alguns deles,como o Campo Belo, de águas cristali-nas, deságua no Paraíba do Sul. Degrande importância são ainda os riosAiuruoca, das Pedras e Palmital, estesdois últimos da região de Penedo.— A variedade de rios é impressio-nante. E todos são limpíssimos naserra — afirma Giovanetti.O tempo na Mantiqueira tem humorinstável. Muda de uma hora para ou-tra, o que levou à formação de umavegetação única e diversa. l

O CHORODA MANTIQUEIRA

ANA LUCIA AZEVEDO

GAVIÃO. Água, florestas e espécies

NA NATUREZASELVAGEM.Vista aérea da SerraFina, que compõe a Mantiqueira eonde o aventureiropassou sufoco, sem lanche extra e lanterna

TÃO BELA QUANTO HOSTIL.Outra visão da Serra Fina: “Foi umaprendizado.Subestimei a serra.Precisamos dessaslições de humildade”,reconhece Pablo

Trecho 9

Trecho 10

Trecho 8

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Trecho 4Trecho 3

Trecho 2Trecho 1

TRECHO: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1079

13h08

DISTÂNCIA (KM)

DURAÇÃO

DESCANSO

57,2

16h17

3h

38,1

11h05

1h30

15,5

14h28

4h30

24,5

10h12

1h

34,2

26h32

4h

13,5

8h37

1h30

23,5

7h08

39

18h20

2h

72,5

26h27

30min

BússolaMochila dehidratação

Bota deTrilha

Bastão

Tênisde trilha

GPS

TAUBATÉ

MONTEVERDE

GUARATINGUETÁ

CRUZEIRO

ITATIAIA

PASSAQUATRO

AIURUOCA

ITAJUBÁ

CAMPOSDO JORDÃO

SÃO BENTODO SAPUCAÍ

Pedrada Mina

Pico das Agulhas Negras

Pedra do Baú

MINAS GERAIS

INÍCIO

FIM

SÃO PAULO

RIO DE JANEIRO

397Km 18h6 dias, 5 horas e 20 minutos

500

1000

1500

2000

2500

NO CORAÇÃO DA MANTIQUEIRA

Altitudes percorridas

Celular

CIDADES DO ENTORNO PONTOS TURÍSTICOS

TRILHA PERCORRIDA 20kmN

A JORNADAFOI DE

COM DESCANSODE APENAS

E DUROU

Fonte: Portal Extremos Editoria de Arte

Itens essenciais

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REVISTA O GLOBO 8 DE MARÇO DE 2015

TÃO LONGE, TÃO PERTOREPORTAGEM DE CAPA

O cansaço era mais mental do que físi-co. Sentiu que precisava descansar umpouco. Até porque tinha tempo. Mes-mo com os percalços, esteve sempre àfrente do horário programado. E termi-nou o desafio quase um dia e meio an-tes dos oito planejados.

Ali mesmo, num canto protegido dachuva, perto da Cachoeira do Escorrega,parou para dormir um pouco. Vinhadescansando dentro do planejado. E is-so, segundo ele, o ajudou a ter melhordesempenho. Outro fator fundamentalfoi a equipe de apoio. Diferentementeda aventura de 2013, quando ele e o par-ceiro não tinham nenhuma ajuda, destavez não precisava se preocupar comágua, comida e local para transição,nem onde trocar roupa, tênis e mochila.

Porém, mesmo com a equipe afiadae dedicada, que passou por literaisapertos, como dormir no carro em ato-leiros e pernoitar sob um toldinho naGarganta do Registro, foi essencial adeterminação entre os lados racional eespiritual de Pablo:

— Você tem que se entregar a essaterra. É assim que ela lhe dá o que temde melhor.

E Pablo se entrega.— Ele corre muito melhor na monta-

nha, no isolamento, do que quando es-tá perto de vilarejos ou em estradas ru-rais — avalia Lucas Abdalla Lima, res-ponsável pela alimentação de toda aequipe e dono da empresa de aventuraVale Radical, que patrocinou Pablo.

A mesma opinião tem Vinícius:— Nem se compara, ele rende mais

na trilha. Sua ligação é com a natureza.Esta ligação se fez sentir com mais

intensidade ao sair de Fragária, um vi-larejo perdido entre Itamonte e Aiu-ruoca, ambos em Minas:

— Estava muito cansado. Parei paradescansar um tempo. Acho que não maisdo que cinco minutos. Foi o suficiente.Abri os olhos e o sol começava a nascer.Senti a magia do amanhecer na Manti-queira. Fui acordando com a floresta. Fi-quei tão conectado... Fazia parte daquilo.Amanhecia com a montanha. Foi um

momento de paz. Me senti abraçado pelaMantiqueira.

A aventura terminou na Serra do Papa-gaio, último trecho selvagem antes dachegada a Aiuruoca. Pablo não conheciaessa serra e enfrentou perigos que nãoesperava, como ter que andar com águana altura da cintura na parte baixa da ser-ra, afogada de tanta chuva. A vegetaçãofechada e encharcada era quase intrans-ponível. O joelho machucado por algu-ma pedra perdida no caminho à noitecomeçava a incomodar. Mas era umaparte muito aguardada, uma serra vene-rada pelos índios que um dia a habita-ram e que até hoje é cercada por lendas.

— Estava com muito sono. Decidi subirpara a parte mais alta. Fui até a sede doparque, tomei um banho, comi algumacoisa e conversei com um grupo de geólo-gos que estava por lá — conta. — Eles mederam algumas instruções e voltei para omato na madrugada. Foi uma descidalenta, sofrida, pelo desconhecido.

A jornada pela serra alagada e escorre-gadia demorou mais do que o esperado edeixou a equipe que já o aguardava emAiuruoca preocupada. Mas por volta dasnove da manhã ele despontou no alto daserra e começou a descida para a cidade:

— O desafio extremo me motiva. Nasserras Fina e do Papagaio, encontrei asmaiores dificuldades. E a maior magia.Foi um desafio de vida. Encontrei res-postas para muitas perguntas.

Ao chegar à igreja de Aiuruoca, jogou-se nos degraus e chorou agradecido:

— O corpo está castigado. Mas o es-pírito flutua. Esta é a magia.

No fim da jornada, sentia-se agrade-cido à Mantiqueira e aos amigos:

— Não gosto de sofrer. Mas preciso co-nhecer meus limites. Precisamos apren-der a nos superar. O caminho nunca éfácil. Sou grato a Deus. Meu desafio éencontrar a paz do corpo e do espírito. l

Para percorrer a Transmantiqueira,Pablo Bucciarelli contou com umaforte e unida equipe de apoio. A lo-gística ficou a cargo de Vinícius Moy-sés. Ele cuidou de cada detalhe dedescanso, troca de roupa, cuidadosmédicos, percurso, cronometragemdo tempo. Dono da Treine Certo As-sessoria Esportiva e Eventos, no Es-pírito Santo, ele foi o principal anjoda guarda de Pablo. Lucas AbdallaLima, da Vale Radical, que patroci-nou a expedição, cuidou da alimen-tação. A logística de transporte daequipe coube a Bruno Zanini Netto,proprietário da Rota da Aventura.Pablo foi fotografado por André Dibe os vídeos são de autoria de Cassan-dra Cury e de Samuel Oscar, do Dro-ne da Montanha. Os três tinhamsempre que se antecipar a Pablo, pa-ra captar suas imagens em lugaresparticularmente importantes. O trei-namento de Pablo foi realizado porDaniel Franquin, também corredorde aventura e diretor da Aksa Outdo-or Sports. O escalador e highlinerLuiz Milan foi responsável pela se-gurança da parte vertical da traves-sia. A transmissão online ficou a car-go de Elias Luiz, editor-chefe do por-tal Extremos, especializado em es-portes radicais e aventura. l

DE OLHO NOS PASSOSDO AVENTUREIRO

BIG BROTHER. Integrantes da equipe

SAMUEL OSCAR

NA WEBVÍDEOoglobo.com/paisImagens de tirar o fôlego

mostram como foi a aventura.