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Tarefa 22 09 2009

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Page 1: Tarefa 22 09 2009

Tarefa sobre tema interdisciplinar.

Os textos abaixo deverão ser colados ou copiados em seu caderno. Leia-os atentamente.

Filipenses 2:5 “Tende em vós aquele sentimento que houve também em Cristo Jesus”

O SentimentoComo não poderia ser diferente, o que mantém as relações humanas é o sentimento. O início

de toda a discussão que será feita neste espaço, passa primeiramente pelo sentimento. O que sentimos é muitas vezes o que rege as nossas vidas.

Por exemplo, o medo pode nos impulsionar a sairmos correndo em meio a um grande perigo, ou nos estatizar e nos fazer desmaiar. A paixão pode nos levar a cometer loucuras, ou pode nos causar uma grande frustração, uma grande dor... A tristeza pode nos fazer criar obras belíssimas, ou nos trazer uma grande depressão. Então, em tudo que nos propomos a fazer desde o momento que acordamos até nos deitarmos, sempre haverá um sentimento determinante.

Mas o que é o sentimento? Não há uma única definição. Na verdade, é uma mistura de conceitos que passam desde uma sensação subjetiva de alegria, medo, amor, paz, ódio etc., até um conjunto de qualidades morais. Vai da condição em que o ser humano se encontra até os sintomas que um indivíduo pode encontrar ao se deparar com o estranho, com a ojeriza ou o prazer. É tudo sentimento!

Mas o sentimento também é antagônico e complementar. É antagônico porque uma pessoa pode amar e odiar. Chorar e se alegrar num curtíssimo espaço de tempo. Maltratar e acariciar – como um pai que ao corrigir um filho, age com extremo rigor; às vezes, com violência, mas querendo que o filho seja bem sucedido. Ou, após dar uma tremenda "bronca", acaricia o filho dando-lhe todo o amor.

É complementar, porque uma pessoa pode sentir um prazer, que gera uma alegria, e, posteriormente, uma felicidade. Ou, uma grande paixão que pode se transformar em amor. E, infelizmente, um sentimento de raiva ou desgosto pode se transformar ou complementar-se em ódio e uma intolerância. Esta, por sua vez, manifesta-se em atitudes de preconceito.

O sentimento nos sequestra por completo. E, muitas vezes, nos aprisiona, como em situações de "amores não correspondidos", ou durante uma ofensa - nos impedindo de prosseguir, fomentando nossa ira. Em tudo, ele está presente. Você é sentimental ou racional? Bom, a razão não será discutida aqui, mas uma porcentagem considerável de sentimento, suas decisões trará. Seja o sentimento bom ou não.

O sentimento ainda pode se transformar em algo ruim para a própria saúde. Nesta hora, começam a se instalar as patologias e as neuropatologias. O amor não correspondido pode fazer com que uma pessoa gere uma depressão tão forte, que vai aprisioná-la a um medicamento para o resto de sua vida. Os sentimentos de culpa, de frustração, de fracasso podem gerar os estresses, os transtornos e até a esquizofrenia (alteração química desencadeada por uma série de fatores). O ciúme – sentimento desagregador, gerado de uma paixão, leva consigo a ideia de "posse" de outrem, e não de cuidado, pode destruir a vida do enciumado, como da pessoa "amada". Muitos nessa situação cometem homicídio e/ou suicídio.

O sentimento ainda é manipulador. Muitas religiões utilizaram-se do sentimento da culpa para aprisionar seus seguidores aos seus dogmas e ordenanças. E impediram que movimentos de "rebeldia" se levantassem. Assim, pessoas foram dominadas, iludidas e enganadas. Essas acabaram por desenvolver uma amargura que não pôde ser mais excluída. A dor sofrida pela escravidão, pela inquisição, pelo racismo, pela violência, pela perda fez com que muitos morressem amaldiçoando a humanidade. Demonstrando a importância do sentimento.

[…]Nada pode ser mais importante do que a utilização desses sentimentos. Agimos porque

sentimos. No entanto, as atitudes por si só diferem-se muito dos sentimentos. Mesmo parecendo

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contraditório, quando executamos uma ação não precisamos necessariamente utilizar um sentimento a favor. Como assim? Por exemplo, quando estamos com raiva, magoados, entristecidos, uma atitude comum é falarmos mal, esbravejarmos, demonstrarmos o quanto estamos descontentes com aquela situação. Mas, mesmo possuídos de tal sentimento, podemos relevar, reconsiderar e repensar. É o "pagar o mal com o bem". Ou seja, aquele sentimento que nos impulsionava a protestar e brigar é reconsiderado em atitudes mais nobres. Mas não é como alguns dizem: Não precisa sentir nada para agir! Porque sentir você vai, sempre.

No entanto, as atitudes podem ser controladas; temos o domínio sobre elas. Como o escritor Mário Quintana dizia: "Não posso prometer sentimentos, mas atos". Não somos culpados pelo que sentimos, sim, pelo que fazemos. Ninguém será culpado por sentir ódio. Mas será condenado se o sentimento de ódio gerar violência, agressão física ou moral. Podemos perdoar quando queremos nos vingar. Podemos, em vez de discutir, tentar dialogar com calma. Portanto, as atitudes são diferentes dos sentimentos. Não podemos controlar os sentimentos. Talvez seja por isso que muitos se omitem na prática de boas ações, porque acham que não ter controle sobre sentimentos é não controlar as atitudes. Um engano. […](Josué Souza – IC – Faculdade Oswaldo Cruz)

"Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente".(William Shakespeare)

"Somos donos de nossos atos,mas não donos de nossos sentimentos;Somos culpados pelo que fazemos,mas não somos culpados pelo que sentimos;Podemos prometer atos,mas não podemos prometer sentimentos...Atos são pássaros engaiolados,sentimentos são pássaros em vôo".(Mário Quintana)

Após a leitura, faça um projeto de texto dissertativo, seguido de uma produção de texto que discuta as ideias dos trechos acima. O projeto e sua dissertação deverão ser feitos no caderno, esta com uma extensão de, no mínimo, 30 linhas.