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LC 465 ( Tribunal Administrativo Tributário de SC - TAT ) O TAT julga (em instância administrativa) litígios fiscais relativos à legislação tributária estadual. O TAT tem 2 instâncias: - 1ª instância (constituída por Julgadores de Processos Fiscais, em julgamento singular); - 2ª instância (constituída por colegiado de composição paritária). Julgador de Processo Fiscal, Conselheiro e Procurador do E junto ao TAT são impedidos de atuar em processos: - de interesse de seus parentes (consanguíneos/afins) até o 4º grau; - de interesse de P.J. de D. Privado de q seja titular/sócio/acionista/membro da Diretoria, Conselho Fiscal ou equivalente; - em que tomou parte/tenha interferido em qq condição (salvo como Conselheiro/representante de SC). Autoridades julgadoras são incompetentes p/ declarar inconstitucionalidade/ilegalidade de lei/decreto/ato normativo de Secretário de Estado. Já TAT pode (em qq câmara) apreciar alegação de inconstitucionalidade/ilegalidade reconhecida por entendimento pacífico do STF/STJ. São nulos os atos/termos/despachos/decisões praticados por pessoa incompetente/com preterição do direito de defesa. A falta de intimação/a intimação nula é suprida pelo comparecimento do interessado, fluindo o prazo p/ prática do ato. A nulidade do ato só prejudicará os posteriores/q dele dependerem diretamente. A nulidade será declarada de ofício pela autoridade julgadora/preparadora - nas suas esferas de competência (ou pela Presidência, q dirá expressamente atos alcançados e determinará providências p/ prosseguimento do feito). Sempre que possível, as irregularidades/incorreções/omissões deverão ser sanadas (de ofício/por requerimento da parte interessada) p/ permitir prosseguimento do feito. Fica assegurado às partes interessadas o acesso aos autos (e pedir cópias/certidões, mas paga custo de sua extração). Opera-se a desistência total/parcial do litígio na esfera administrativa: - expressamente (por pedido do sujeito passivo); - tacitamente: a) pelo pagamento/pedido de parcelamento do crédito tributário discutido (total/parcialmente); b) pela propositura de ação judicial relativa à matéria objeto do processo administrativo. A SEF/PGE (no âmbito de suas competências) ao saber d qq uma das 2 ocorrências q geram desistência tácita do litígio na esfera administrativa, comunicará o fato ao Presidente do TAT (q determinará de ofício o arquivamento do processo). AUTORIDADES PROCESSUAIS Órgão Preparador Cada Gerência Regional da Fazenda Estadual (como órgão preparador) deve organizar o processo na forma de autos. Em até 8 dias, as reclamações serão dadas pela autoridade fiscal q fez o lançamento/por servidor designado p/ tal fim. O órgão preparador saneará o processo (corrigindo irregularidades e determinando diligências q forem necessárias). Julgadores de Processos Fiscais (1ª Instância) Os Julgadores de Processos Fiscais serão designados pelo SEF, sendo que:

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Resumo de TAT para o concurso de Fiscal de SC

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LC   465 ( Tribunal Administrativo Tributário de SC - TAT )

O TAT julga (em instância administrativa) litígios fiscais relativos à legislação tributária estadual.

O TAT tem 2 instâncias: - 1ª instância (constituída por Julgadores de Processos Fiscais, em julgamento singular);- 2ª instância (constituída por colegiado de composição paritária).

Julgador de Processo Fiscal, Conselheiro e Procurador do E junto ao TAT são impedidos de atuar em processos:

- de interesse de seus parentes (consanguíneos/afins) até o 4º grau;- de interesse de P.J. de D. Privado de q seja titular/sócio/acionista/membro da Diretoria, Conselho Fiscal ou equivalente;- em que tomou parte/tenha interferido em qq condição (salvo como Conselheiro/representante de SC).

Autoridades julgadoras são incompetentes p/ declarar inconstitucionalidade/ilegalidade de lei/decreto/ato normativo de Secretário de Estado. Já TAT pode (em qq câmara) apreciar alegação de inconstitucionalidade/ilegalidade reconhecida por entendimento pacífico do STF/STJ.

São nulos os atos/termos/despachos/decisões praticados por pessoa incompetente/com preterição do direito de defesa.

A falta de intimação/a intimação nula é suprida pelo comparecimento do interessado, fluindo o prazo p/ prática do ato.

A nulidade do ato só prejudicará os posteriores/q dele dependerem diretamente. A nulidade será declarada de ofício pela autoridade julgadora/preparadora - nas suas esferas de competência (ou pela Presidência, q dirá expressamente atos alcançados e determinará providências p/ prosseguimento do feito).

Sempre que possível, as irregularidades/incorreções/omissões deverão ser sanadas (de ofício/por requerimento da parte interessada) p/ permitir prosseguimento do feito.

Fica assegurado às partes interessadas o acesso aos autos (e pedir cópias/certidões, mas paga custo de sua extração).

Opera-se a desistência total/parcial do litígio na esfera administrativa:

- expressamente (por pedido do sujeito passivo);- tacitamente:

a) pelo pagamento/pedido de parcelamento do crédito tributário discutido (total/parcialmente);b) pela propositura de ação judicial relativa à matéria objeto do processo administrativo.

A SEF/PGE (no âmbito de suas competências) ao saber d qq uma das 2 ocorrências q geram desistência tácita do litígio na esfera administrativa, comunicará o fato ao Presidente do TAT (q determinará de ofício o arquivamento do processo).

AUTORIDADES PROCESSUAIS

Órgão PreparadorCada Gerência Regional da Fazenda Estadual (como órgão preparador) deve organizar o processo na forma de autos. Em até 8 dias, as reclamações serão dadas pela autoridade fiscal q fez o lançamento/por servidor designado p/ tal fim.O órgão preparador saneará o processo (corrigindo irregularidades e determinando diligências q forem necessárias).

Julgadores de Processos Fiscais (1ª Instância)Os Julgadores de Processos Fiscais serão designados pelo SEF, sendo que:

- serão escolhidos entre servidores da carreira de AFRE, nível 4, de ilibada reputação e reconhecido saber jurídico tributário (e c/ formação superior em Direito/Contabilidade/Economia/Administração);

- serão no máximo 12 (podendo ser nomeados julgadores ad hoc sempre q volume de processos justificar - a critério conjunto do SEF e do Presidente do TAT);

- ficam subordinados à presidência do TAT.

Acarretará perda da função de Julgador (e impedimento por 3 anos p/ nova designação, mesmo que ad hoc) o descumprimento das metas de produtividade previstas no Regimento Interno (RI).

2ª InstânciaO colegiado tem 3 Câmaras de Julgamento (c/ 6 Conselheiros cada + seus Presidentes). Em cada Câmara há paridade entre membros indicados pela SEF e pelas entidades de classe dos contribuintes; Cada Câmara realiza suas sessões de acordo c/ programação de pauta (e só funcionam c/ presença de todos membros); em caso de necessidade, poderão ser convocadas sessões extraordinárias. No caso de impedimento/ausência de qq membro da Câmara de Julgamento, deverá ser convocado seu suplente. As sessões serão públicas em todas suas fases E as decisões serão tomadas por voto nominal E aberto (sendo nula de pleno direito a decisão q não observar um desses requisitos).

A Câmara Especial de Recursos será composta por 12 Conselheiros (escolhidos entre os membros das Câmaras de Julgamento, mantida a paridade, na forma do Regimento Interno, p/ mandato de 1 ano). As sessões da Câmara Especial de Recursos exigem a presença (no mínimo) de 10 Conselheiros + Presidente (mantida paridade). Presidente e Vice-Presidente do TAT serão pessoas equidistantes da Fazenda Pública e dos contribuintes, bacharéis em Direito (de reconhecido saber jurídico tributário) e livremente escolhidas E nomeadas pelo Chefe do Executivo, cabendo:

- ao Presidente do TAT => atividades administrativas necessárias ao funcionamento do órgão e representação perante qq pessoa/órgão (além de presidir a 1ª Câmara de Julgamento e a Câmara Especial de Recursos);

- ao Vice-Presidente do TAT => coordenar a distribuição dos processos nas 2 instâncias e auxiliar a supervisão e fiscalização da tramitação processual (além de presidir a 2ª e 3ª Câmaras de Julgamento).

O Presidente e o Vice do TAT se substituirão mutuamente (nas ausências/impedimentos).

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As petições e requerimentos formulados (e por qq razão não admitidos no processo eletrônico) serão encaminhados e despachados pelo Presidente do TAT (aceitando/não o alegado, inclusive quanto à preclusão).

Conselheiros serão nomeados (junto c/ seus suplentes) pelo Chefe do Executivo - e escolhidos entre pessoas de ilibada reputação e reconhecido saber jurídico tributário, c/ formação superior em Direito/Contabilidade/Economia/Administração (p/ mandato de 2 anos, admitida a recondução), sendo:

- 9 Conselheiros (indicados em lista tríplice p/ cada vaga e suplência - sendo 4 p/ cada Câmara de Julgamento);- 9 Conselheiros e seus suplentes (indicados pelo SEF entre servidores públicos da carreira de AFRE, nível 4).

Os Conselheiros indicados em lista tríplice não poderão ser servidores públicos ativos/inativos de qq Poder/de empresas q Adm. Pública faça parte/fundação/autarquia (salvo como professor/se servidor público inativo há + de 10 anos).

O suplente tem mandato que acompanha o do titular (e o substitui em suas ausências/impedimentos).

Acarretará perda do mandato (e impedimento por 3 anos p/ nova nomeação):

- falta de qq Conselheiro a 3 sessões consecutivas/6 alternadas durante mandato (salvo faltas justificadas conforme RI);- descumprimento de metas de produtividade do RI por 2 meses consecutivos/4 alternados durante mandato.

No caso de perda do mandato de algum Conselheiro, o Presidente do TAT comunicará imediatamente o fato ao SEF E solicitará ao respectivo Presidente da Federação p/ q (em 10 dias) encaminhe ao SEF lista tríplice p/ nomeação do substituto e seu suplente pelo Chefe do Executivo (p/ completar o mandato).

A composição das Câmaras (obedecido os mandatos existentes) será fixada no Regimento Interno.

TAT tem recesso em JAN (e servidores tem férias regulamentares) - mas recesso não suspenderá os prazos da LC 465.

O TAT (p/ suporte de suas atividades) conta c/ os seguintes serviços: assistência técnica (Assistente da Presidência do Tribunal) e apoio (Supervisão de Tramitação de Processos, Supervisão de Expediente e Pessoal, Supervisão de Controle Processual e Supervisão de Apoio Operacional).

Procuradoria Geral do Estado (PGE)PGE representa SC junto ao TAT no julgamento de cada processo (por meio de Procurador do E designado pelo PGE).

Ao Procurador do E compete (além de outras atribuições):

- defesa do interesse público, da legalidade e da preservação da ordem jurídica;- estar presente nas sessões de julgamento (ordinárias/extraordinárias) - podendo usar da palavra;- propor Pedido de Cancelamento de Notificação Fiscal e Procedimento Administrativo de Revisão;- recorrer das decisões das Câmaras de Julgamento/da Câmara Especial de Recursos; - representar ao PGE e ao SEF sobre qq irregularidade nos processos (em detrimento de SC/dos contribuintes) e apresentar sugestões de medidas legislativas e providências administrativas q julgar úteis p/ serviços de exação fiscal.

É indispensável presença do Procurador do E em qq sessão de julgamento (sob pena de nulidade desta - e implica em sua ciência e intimação de tudo ali decidido); nos demais casos, ele será intimado por meio eletrônico em portal próprio.

TRAMITAÇÃO DO PROCESSOA tramitação do processo no TAT segue as normas do seu Regimento Interno, sendo que:

- processos p/ julgamento em 1ª instância serão distribuídos entre os julgadores por sorteio;- processos p/ julgamento em 2ª instância serão distribuídos entre as Câmaras de Julgamento por sorteio (e em cada Câmara ao relator);- pautas de julgamento dos processos em 2ª instância serão publicadas na página eletrônica do TAT (c/ antecedência mínima de 10 dias).

Reclamação e recursos só podem ser feitos pelo sujeito passivo/representante legal/advogado devidamente constituído.Sem prejuízo do sorteio, os processos poderão ser distribuídos conforme a matéria/o sujeito passivo/o quantitativo de processos em carga p/ cada julgador singular/relator (ou por outro critério previsto no Regimento Interno).

JULGAMENTO EM 1ª INSTÂNCIAA fase contenciosa tem início c/ apresentação de reclamação (do sujeito passivo) contra notificação fiscal (vedado reclamante reunir (numa única petição) reclamações contra + de 1 notificação fiscal). A reclamação (q terá efeito suspensivo) deverá ser apresentada em até 30 dias após ciente (ao sujeito passivo) do ato fiscal impugnado. S/ prejuízo da inscrição em dívida ativa do crédito tributário contestado, perempção da reclamação não impede apreciação dela por Julgador d Processos Fiscais. Sujeito passivo alegará (d 1 só vez, articuladamente) toda matéria q entender útil - juntando na mesma oportunidade as provas q possua (sob pena de preclusão) - mas poderá apresentar provas até encaminhamento do processo (pelo relator) p/ inclusão em pauta de julgamento, se (conjuntamente):

- ficar demonstrada a impossibilidade de sua apresentação oportuna;- se referir à matéria de fato/direito superveniente; E- se destinar a contrapor fatos/razões posteriormente trazidos aos autos.

Processo recebido do órgão preparador irá p/ Julgador de Processos Fiscais – que proferirá decisão contendo:

- relatório (que será síntese de todo o processo);- análise de todas as questões levantadas na reclamação;- decisão (abordando em 1º lugar as preliminares arguidas e depois as questões de mérito);- provimento/desprovimento da reclamação;- fundamentação da decisão (expondo as razões de decidir);- efeitos da decisão e prazo p/ seu cumprimento/interposição de recurso.

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JULGAMENTO EM 2ª INSTÂNCIA

Ações OrigináriasPedido de Cancelamento de Notificação Fiscal O Diretor de Administração Tributária/o Procurador-Chefe da Procuradoria Fiscal da PGE (ouvida autoridade lançadora) poderá interpor pedido de cancelamento (ainda que parcial) de notificação fiscal quando:

- exigência fiscal for manifestamente indevida;- crédito tributário exigido for maior que o devido;- matéria tributável merecer novo entendimento do STF/STJ.

Considera-se manifestamente indevida a exigência fiscal:

- emitida por servidor incompetente/com preterimento de formalidade essencial;- quando o respectivo fato gerador não tiver ocorrido;- relativa a crédito tributário já extinto.

O pedido de cancelamento poderá ser interposto enquanto não transitar em julgado ação judicial de cobrança do crédito tributário. O pedido de cancelamento de notificação fiscal deverá ser instruído c/ parecer que contenha (no mínimo):

- resumo circunstanciado do ato fiscal;- razões do cancelamento proposto.

O pedido de cancelamento de notificação fiscal será julgado em instância única pela Câmara Especial de Recursos (aplicando-se, no que couber, as regras previstas p/ o Recurso Especial).

Procedimento Administrativo de RevisãoA partir da LC 465, fica extinto Procedimento Administrativo de Revisão. Admitido procedimento administrativo de revisão protocolado até entrada em vigor da LC 465, o pedido será julgado pela Câmara Especial de Recursos.

Uniformização da Jurisprudência AdministrativaCompete à Câmara Especial de Recursos a edição de Súmulas p/ uniformizar a jurisprudência administrativa e dirimir conflitos de entendimento, nos casos de:

- decisões reiteradas da Câmara Especial de Recursos/das Câmaras de Julgamento;- jurisprudência consolidada do STF/STJ.

Edição de Súmula poderá ser proposta por qq membro do TAT/Procurador do E/Diretor de Administração Tributária (e deverá ser aprovada por unanimidade de votos). As Súmulas poderão ser revistas de ofício (conforme RI do TAT):

- por iniciativa da maioria dos membros do TAT;- por provocação do sujeito passivo;- por proposta da Representação da Fazenda; - por proposta da Diretoria de Administração Tributária.

Fica automaticamente suspensa a aplicação da Súmula no caso de alteração/revogação da legislação a que se refira. As Súmulas serão publicadas na página eletrônica do TAT.

RecursosSão cabíveis 3 recursos perante o TAT: Recurso Ordinário, Recurso Especial e Pedido de Esclarecimento.

Recurso Ordinário

Das decisões do Julgador de Processos Fiscais caberá recurso ao TAT (c/ efeito suspensivo) interposto pelo:

- sujeito passivo (no prazo de 15 dias da data tida como feita intimação da decisão);- Julgador de Processos Fiscais (d ofício) no corpo da decisão (sempre q cancelar do ato fiscal acima d R$ 10 mil reais).

É vedado ao recorrente reunir em 1 só petição recursos d + d 1 decisão de 1ª instância (ainda q versem sobre assuntos conexos/da mesma natureza).

É facultado ao Julgador de Processos Fiscais, a seu juízo, interpor recurso (ainda q valor cancelado seja inferior a R$ 10 mil reais) quando entender q matéria é de relevante interesse p/ Fazenda Pública. Se Julgador de Processos Fiscais não tiver interposto o recurso, TAT o considerará (se presentes seus pressupostos).

Sujeito passivo/seu representante poderá apresentar razões complementares à matéria já aduzida até encaminhamento do processo (pelo relator) p/ inclusão em pauta de julgamento.

Será dada vista do processo ao Procurador do E por 15 dias (p/ se manifestar em parecer fundamentado sobre as razões de recurso, documentos e razões complementares).

O relator/o Procurador do E poderão solicitar ao Presidente do TAT as diligências e perícias que julgarem necessárias.

Durante a sessão de julgamento, após o relatório será dada a palavra ao sujeito passivo/seu representante E ao Procurador do E por 15 minutos (p/ sustentação oral).

Cada Conselheiro poderá (durante a sessão) pedir vistas do processo (por até 8 dias) e propor diligências e perícias.

As decisões serão por maioria de votos (cabendo ao Presidente da Câmara, se necessário, o voto de desempate).

A redação do acórdão caberá ao relator (ou, se seu voto for vencido, ao Conselheiro designado pelo Presidente da Câmara). O acórdão deverá conter: intimação p/ cumprimento da decisão e o prazo p/ seu cumprimento.

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Recurso Especial

Da decisão de Câmara de Julgamento caberá Recurso Especial (c/ efeito suspensivo) à Câmara Especial de Recursos (no prazo de 15 dias da ciência do acórdão) quando a decisão recorrida:

- divergir de decisão transitada em julgado (de 1 das outras Câmaras de Julgamento/da Câmara Especial de Recursos) quanto à interpretação da leg. tributária (só será analisada matéria divergente - q deverá ser expressamente indicada);

- resultar de voto de desempate do Presidente da Câmara (caso em que só poderá ser alegada a matéria que serviu de fundamento aos votos favoráveis ao recorrente).

A Câmara Especial de Recursos será composta por 12 Conselheiros (escolhidos entre os membros das Câmaras de Julgamento, mantida a paridade, na forma do Regimento Interno, p/ mandato de 1 ano).

A admissão/não do recurso será dada em despacho fundamentado do Presidente do TAT (observada tb a preclusão). Aplicam-se ao Recurso Especial (no q couber) as regras previstas p/ o Recurso Ordinário. Se o recurso for de iniciativa do Procurador do E, a parte recorrida será intimada p/ (se quiser) apresentar contrarrazões no prazo de 15 dias.

Pedido de Esclarecimento

Cabe Pedido de Esclarecimento ao redator do acórdão (d qq Câmara p/ julgamento em 2ª instância, c/ efeito suspensivo e no prazo de 5 dias do respectivo ciente) quando a decisão recorrida: for omissa/contraditória/obscura OU deixar de apreciar matéria de fato/de direito alegada na petição.

O relator levará o Pedido de Esclarecimento a julgamento na reunião seguinte a do seu recebimento (dispensada prévia publicação da pauta). Não será conhecido pedido manifestamente protelatório/q vise indiretamente o reexame da matéria objeto do recurso. O Pedido de Esclarecimento interrompe o prazo p/ interposição de Recurso Especial.

DILIGÊNCIAS E PERÍCIASAutoridade julgadora ordenará (de ofício/a requerimento do Procurador do E/sujeito passivo) diligências/perícias (quando entender necessárias). Procurador do E/sujeito passivo (ao requerer diligência/perícia) indicará motivos q a justifiquem; no caso de perícia, adicionalmente deverá indicar: quesitos referentes aos exames desejados (e, querendo indicar perito, sujeito passivo (no mesmo ato) tb deverá declinar nome, endereço e qualificação profissional dele). Será considerado não formulado o pedido de diligência/perícia que não atender a tais requisitos. O custo da diligência/perícia (se houver) correrá por conta de quem a solicitar. Deferido o pedido, autoridade designará perito p/ fazer exame requerido (junto c/ perito do sujeito passivo, se indicado).

Os relatórios/laudos serão apresentados em prazo fixado pela autoridade julgadora (em até 60 dias - mas podendo ser prorrogado, a juízo da mesma autoridade, por solicitação fundamentada).

Será indeferida realização de diligência/perícia quando:

- julgador considerar elementos nos autos suficientes p/ formação de sua convicção;- for p/ apurar fato ligado à escrituração comercial/fiscal (ou a documento q esteja c/ requerente E q possa ser juntado);- prova do fato não depender de conhecimento técnico especializado;- verificação for prescindível/impraticável.

Despacho q indeferir diligência/perícia será fundamentado (e será apreciado como preliminar pela instância de recurso).

EFICÁCIA DAS DECISÕESSão definitivas as decisões:

- de 1ª instância (quando irrecorrida/quando Recurso Ordinário for intempestivo/na parte que não for objeto de Recurso Ordinário ou que não estiver sujeita a recurso de ofício);

- de 2ª instância (quando não caiba mais recurso ou, quando cabível, seja intempestivo).

O prazo p/ cumprir as decisões de 1ª/2ª instâncias será de 15 dias (da data tida como feita intimação do sujeito passivo).

Na falta de disposição expressa na legislação tributária/de fixação pela autoridade competente, prazo p/ cumprimento de despacho será de 5 dias (da data em que se considerar cientificado aquele q o deva cumprir).

INTIMAÇÕESSujeito passivo será intimado das pautas de julgamento e decisões administrativas (dadas em 1ª/2ª instância) via publicação oficial na página eletrônica do TAT. Enquanto não sair tal publicação na internet, intimação será feita:

- pessoalmente:

a) mediante assinatura do sujeito passivo/de seu representante legal;b) por cientificação eletrônica (mediante acesso à decisão administrativa constante no processo eletrônico);

- por carta registrada c/ AR; - por Edital de Notificação publicado no DOE (se não for possível intimação pessoal/por carta registrada c/ AR) o qual deverá conter, conforme o caso:

a) nome do sujeito passivo E nº, data, valor e histórico da notificação fiscal;b) nº do protocolo E ementa da decisão proferida.

Considera-se feita a intimação:

- se pessoal => na data da assinatura/da certificação eletrônica da intimação;- se por carta => na data indicada pelo correio no Aviso de Recebimento - AR;- se por edital => 15 dias após data de sua publicação no DOE.

O TAT disponibilizará p/ consulta pública (em sua página eletrônica) todas decisões e acórdãos.

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PROCESSO ELETRÔNICOA prática de atos processuais em geral é admitida por meio eletrônico c/ uso de assinatura eletrônica (obrigatória habilitação prévia do usuário junto ao TAT). Se (por motivo técnico) o uso do meio eletrônico for inviável, tais atos poderão ser praticados segundo regras ordinárias (digitalizando-se o documento físico e o destruindo depois). O acesso por meio eletrônico à íntegra do processo valerá como vista pessoal do interessado (p/ todos efeitos legais).

As reclamações, recursos e demais peças processuais (em formato digital, nos autos do processo eletrônico) poderão ser feitas diretamente pelo interessado/seu representante - sem intervenção da Supervisão de Tramitação de Processos (caso em que a autuação se dará de forma automática, fornecido recibo eletrônico de protocolo).

Se o ato processual tiver q ser praticado por petição eletrônica em certo prazo, serão tempestivos os efetivados até as 24 horas do último dia. Se o sistema do TAT ficar indisponível por motivo técnico, o prazo será automaticamente prorrogado p/ o 1º dia útil seguinte da resolução do problema.

Os documentos produzidos eletronicamente e juntados aos processos eletrônicos c/ garantia da origem e de seu signatário serão considerados originais p/ todos efeitos legais.

Documentos cuja digitalização seja tecnicamente inviável pelo grande volume/ilegibilidade deverão ser apresentados à Supervisão de Tramitação de Processos no prazo de 10 dias (do envio de petição eletrônica comunicando o fato).

Advogados devidamente constituídos terão direito a vistas e carga de documentos físicos não digitalizados (por 10 dias).

Os documentos digitalizados juntados em processo eletrônico só estarão disponíveis p/ acesso (por meio da rede externa) p/ suas respectivas partes processuais (respeitado o disposto em lei p/ situações de sigilo).

Os originais dos documentos digitalizados deverão ser preservados pela Supervisão de Tramitação de Processos (observadas regras fixadas pela legislação estadual).

Os autos do processo serão conservados em meio eletrônico (devendo, se for o caso, ser digitalizadas as peças ainda em meio físico).

A reclamação e os recursos serão interpostos em meio eletrônico (na forma prevista em regulamento).

O uso d petição eletrônica não afasta cumprimento dos prazos; documentos fisicamente originais deverão ser entregues em qq órgão regional da Fazenda após encaminhamento virtual (sob pena de serem tidos por inexistentes) no prazo de:

- 15 dias (p/ instrumento de mandato);- 10 dias (p/ demais documentos).

Discrepância entre o documento da petição eletrônica e o entregue em meio físico desqualifica-o como prova.

A petição assinada por procurador perderá sua validade e será considerada deserta se o respectivo instrumento de mandato não for apresentado perante a repartição fiscal no prazo de 15 dias.

O uso de petição eletrônica não impede a apresentação de petição escrita (que deverá ser entregue no órgão regional da Fazenda do domicílio tributário do reclamante, dando-se dela recibo).

O acesso a processo eletrônico depende d prévia habilitação da parte interessada/representante legal (feita em qq órgão regional da Fazenda). Enquanto não for disponibilizada assinatura digital por certificação eletrônica, interessado deverá entregar petição tb fisicamente (em qq órgão regional da Fazenda, em até 10 dias) - sob pena de ser tida por inexistente.

As intimações serão feitas por meio eletrônico em portal próprio (dispensando-se sua publicação na página do TAT).

Será considerada feita intimação no dia em q intimando efetivar consulta eletrônica do teor da intimação, certificando-se nos autos sua realização. Se a consulta for feita em dia não útil, a intimação será considerada como feita no 1º dia útil seguinte. Tal consulta eletrônica deverá ser feita em até 10 dias corridos da data do envio da intimação (sob pena da intimação ser considerada automaticamente realizada na data do término desse prazo).

Em caráter informativo, poderá ser feita remessa de correspondência eletrônica (comunicando o envio da intimação e a abertura automática do prazo processual dos 10 dias corridos) aos que manifestarem interesse por esse serviço.

As intimações feitas por meio eletrônico serão consideradas pessoais p/ todos efeitos legais.

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIASAs decisões em processos administrativos contenciosos deverão ser proferidas (em cada etapa) nos seguintes prazos (contados da interposição da reclamação/recurso):

- 24 meses (no julgamento de Recurso Ordinário);- 18 meses (nos demais casos).

Havendo Pedido de Esclarecimento, os prazos serão acrescidos de 90 dias.

A extrapolação dos prazos suspende a fluência de juros de mora e de atualização monetária (pelo período que exceder). Tais prazos não correm durante a realização de diligências/perícias solicitadas pelo sujeito passivo.

Os processos contenciosos relativos a comportamentos (por parte de sujeito passivo de obrigação tributária) q possam ser classificados como crimes contra a ordem tributária/de sonegação fiscal serão (após seu trânsito em julgado) encaminhados p/ MP. Os documentos originais que demonstrem o comportamento criminoso serão retidos pelo Fisco e postos à disposição do MP (sendo fornecidas, ao sujeito passivo, cópias autenticadas pela autoridade fazendária).

Nos processos regulados pela LC 465 não incidirão honorários advocatícios.

O TAT é vinculado à SEF.