61
PROG CONT AN GRAMAÇ TROLAD LABORA NTONIO F ÇÃO DA P DORES PA ATÓRIOS J O FRANCIS PORTA PA ARA INST S DIDÁTI JI-PARANÁ OUTUBRO SCO CARD ARALEL TRUMENT ICOS DE F Á,RO 2010 DOZO LA E MICR TAÇÃO D FÍSICA RO- DOS

TCC - Antônio Cardozo

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Page 1: TCC - Antônio Cardozo

PROGRAMAÇÃO DA PORTA PARALELA E MICRO

CONTROLADORES PARA INSTRUMENTAÇÃO DOS

ANTONIO FRANCISCO CARDOZO

PROGRAMAÇÃO DA PORTA PARALELA E MICRO

CONTROLADORES PARA INSTRUMENTAÇÃO DOS

LABORATÓRIOS DIDÁTICOS DE FÍSICA

ANTONIO FRANCISCO CARDOZO

PROGRAMAÇÃO DA PORTA PARALELA E MICRO

CONTROLADORES PARA INSTRUMENTAÇÃO DOS

LABORATÓRIOS DIDÁTICOS DE FÍSICA

JI

OUTUBRO 2010

ANTONIO FRANCISCO CARDOZO

PROGRAMAÇÃO DA PORTA PARALELA E MICRO

CONTROLADORES PARA INSTRUMENTAÇÃO DOS

LABORATÓRIOS DIDÁTICOS DE FÍSICA

JI-PARANÁ,RO

OUTUBRO 2010

ANTONIO FRANCISCO CARDOZO

PROGRAMAÇÃO DA PORTA PARALELA E MICRO

CONTROLADORES PARA INSTRUMENTAÇÃO DOS

LABORATÓRIOS DIDÁTICOS DE FÍSICA

PARANÁ,RO

OUTUBRO 2010

ANTONIO FRANCISCO CARDOZO

PROGRAMAÇÃO DA PORTA PARALELA E MICRO

CONTROLADORES PARA INSTRUMENTAÇÃO DOS

LABORATÓRIOS DIDÁTICOS DE FÍSICA

PROGRAMAÇÃO DA PORTA PARALELA E MICRO-

CONTROLADORES PARA INSTRUMENTAÇÃO DOS

Page 2: TCC - Antônio Cardozo

ANTONIO FRANCISCO CARDOZO

PROGRAMAÇÃO DA PORTA PARALELA E

MICROCONTROLADORESPARA INSTRUMENTAÇÃO DOS

LABORATÓRIOS DIDÁTICOS DE FÍSICA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

ao Departamento de Física de Ji-Paraná,

Universidade Federal de Rondônia, Campus de

Ji-Paraná, como parte dos quesitos para a

obtenção do Título de Especialista em Ensino

de Física, sob orientação do Professor Dr.

Robinson Viana Figueroa Cadillo e co-

orientação do Professor Dr. Edgar Martinez

Marmolejo,

JI-PARANÁ,RO

OUTUBRO DE 2010

Page 3: TCC - Antônio Cardozo

Cardozo, Antonio Francisco

C268p

2010

Programação da porta paralela e micro-controladores para

instrumentação dos laboratórios didáticos de física / Antonio Francisco

Cardozo ; orientador, Robinson Viana Figueroa Cadillo. -- Ji-Paraná, 2010

53 f. : 30cm

Trabalho de conclusão do curso de Pós-graduação em Ensino de Física.

Universidade Federal de Rondônia, 2010

Referências bibliográficas

1. Física

Estudo e ensino. 2. Física e informática. 3. Física

Prática de

ensino. 4. Física

Ensino-aprendizagem. 5. Física

Programação

(Informática). I. Cadillo, Robinson Viana Figueroa. II. Universidade

Federal de Rondônia. III. Titulo

CDU 53 : 004

Bibliotecária: Marlene da Silva Modesto Deguchi CRB 11/ 601

Page 4: TCC - Antônio Cardozo

i

Page 5: TCC - Antônio Cardozo

ii

DEDICATÓRIA

Dedico:

A Deus, a minha família, especialmente a

minha mãe, as minhas filhas, pela compreensão

necessária, aos meus amigos professores de Física

da UNIR-JP pelo apoio.

Page 6: TCC - Antônio Cardozo

iii

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado a saúde e perseverança para concluir o

curso de especialização.

Ao professor Dr. Robinson Viana Figueroa Cadillo que me orientou neste trabalho,

estando sempre à disposição quando solicitado.

A todos os meus amigos e professores do departamento de física de Ji-Paraná, pelo

apoio na realização deste trabalho.

E aos colegas de turma, pela ajuda e pela companhia durante o curso.

Page 7: TCC - Antônio Cardozo

iv

RESUMO

Observa-se que o grande avanço científico e tecnológico alcançado nas ultimas décadas se

deve a capacidade de processar os dados e adquirir com grande rapidez os resultados

esperados. O computador hoje faz parte da vida de todos nós e isso justifica a necessidade de

fazer da tecnologia a nossa aliada como recurso educacional. Desde esse contexto, este

trabalho tem por objetivo: 1- mostrar as possibilidades do uso do computador nos laboratórios

didáticos como instrumento de aquisição e processamento e de dados e também como um

instrumento de medida de grandezas físicas através da porta paralela. 2- Mostrar a utilidade

dos micro-controladores que pedem ser facilmente programados e utilizados tanto de pesquisa

como no controle dos instrumentos do laboratório. Com a finalidade de atingir esses

objetivos, foi usado como instrumento: a) Software desenvolvido em Visual Basic para a

leitura e processamento dos dados recebidos. b) Um circuito eletrônico para transformar o

sinal analógico em digital. Sensores de luz para a coleta de informação externa para análise no

computador. c) Um pêndulo simples para o estudo do Movimento Harmônico simples. Neste

trabalho foi analisado a amplitude e período oscilação de um pêndulo simples. Resultados

obtidos neste trabalho sugerem diferentes aplicações do circuito no estudo de outros temas da

física como movimento circular, queda livre, dinâmica, etc.

Palavras

chaves: Porta Paralela, micro-controladores, programação

Page 8: TCC - Antônio Cardozo

v

ABSTRACT

It is observed that the great scientific and technological progress achieved in recent decades is

due to ability to process data very quickly and get the expected results. The computer is now

part of life for everyone and this justifies the need to make technology our ally as an

educational resource. From that context, this paper aims: 1 - show the possibilities of using

computers in the undergraduate laboratory as an instrument of acquisition and processing and

data and also as an instrument to measure physical quantities through the parallel port. 2 -

Show the usefulness of micro-controllers that require easily be programmed and used in both

research and control of laboratory instruments. In order to achieve these objectives, was used

as a tool: a) Software developed in Visual Basic for reading and processing of data received.

b) An electronic circuit to convert the analog signal to digital. Light sensors to gather external

information for computer analysis. c) A simple pendulum for the study of simple harmonic

motion. This work analyzed the oscillation amplitude and period of a simple pendulum.

Present results suggest different circuit applications in studying other subjects like physics

circular motion, free fall, dynamics, etc.

Key - words: Parallel, microcontrollers, programming

Page 9: TCC - Antônio Cardozo

vi

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BIOS Basic Input/Output System

CI Circuito Integrado

CPU Central Processing Unit

Digito Binário Bit

Binary Digit

DLL Dinamic Linking Library

DMA direct memory access acesso directo à memória

ECP Extended Capabilites Port

EPP Enhanced Parallel Port

I/O Input Output

LDR Light Dependent Resistor

LED Linght Emiting Diode

LTP Line Print Terminal

PCB Printed Circuit Board

PROM (Programmable Read Only Memory

RAM Random Access Memory

SSI Small Scale Integration

SSP Standard Parallel Part

Vcc Common Collector Voltage

TTL Transistor-Transistor Logic - Uma família de circuitos digitais

DTL Diode transistor logic

DB25 Conector de 25 pinos da Porta Paralela

Page 10: TCC - Antônio Cardozo

vii

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Pinos da Porta 888..................................................................................... 25

Tabela 2 Valores dos pontos da reta de carga.......................................................... 33

Tabela 3 Valores da tensão VB e da corrente IC do transistor................................. 34

Tabela 4 Valores dos 10 termos da série .................................................................. 41

Tabela 5 Erro cometido no cálculo do período de um pêndulo simples com =15°.. 42

Page 11: TCC - Antônio Cardozo

viii

LISTA DE FIGURAS

Figura

1 Micro controlador SN7400N 15

Figura

2.(a) PORTA NOT 16

Figura

2.(b) Circuito NOT 16

Figura

3 Porta AND 16

Figura

4.(a) Porta OR 17

Figura

4.(b) Circuito OR 17

Figura

5 Circuito TLL 7400. 18

Figura

6 Configuração dos pinos do Conector DB25. 21

Figura

7.(a) Conector DB25 fêmea 21

Figura

7.(b) Cabo da Impressora 21

Figura

8 Período de rotação num movimento circular. 29

Figura

9 Experimento para medir o período de rotação do motor 29

Figura

10.(a) Elaboração da placa, (b) Placa principal 32

Figura

11 Diagrama do circuito 33

Figura

12 Funcionamento do transistor como chave aberta e fechada 34

Figura

13 Reta de Carga do Transistor. Os valores obtidos experimentalmente 36

Figura

14. (a) pinos e (b) diagrama do circuito integrado SN74F244NP 37

Figura

15 Diagrama do projeto 39

Figura

16 Janela principal do Software 40

Figura

17 Pêndulo Simples 41

Figura

18 Gráfico do período de oscilação versus amplitude 43

Figura

19 Gráfico do Período oscilação em função de diferentes número de termos

da Série. 44

Figura

20 Gráfico dos Períodos com três funções de 0 a .

45

Figura

21 Gráfico dos Períodos com três funções de amplitude em rad +

45

Figura

22 Esquema da Montagem experimental para obtenção dos dados. 46

Figura

23 Valores encontrados experimentalmente para o Período 46

Page 12: TCC - Antônio Cardozo

ix

SUMÁRIO

Capitulo 1: Introdução 11

Capitulo 2 Micro-controladores 12

2.1 Portas Lógicas 13

2.2 Portas Lógicas Básicas 15

2.3 Outros Circuitos As versões dos Circuitos TLL 16

Capitulo 3 Sistema de comunicação com a porta paralela 18

3.1 A porta paralela 19

3.2 Configuração dos conectores Conector DB25 20

3.3 Registradores da porta paralela 21

3.4 Comunicação com a Porta 22

3.5 Modo EPP e SPP 24

3.6 Interfaces de entrada e saída 25

3.7Aplicação da porta paralela para a física experimental 26

Capitulo 4: Desenvolvimento da Interface para analise dos dados 27

4.1 Ferramentas utilizadas nesta monografia 29

4.2 Elaboração da placa do circuito, procedimento 30

4.3 Placa Principal 31

4.3.1 Circuito 32

4.3.2 Transistor 32

4.3.3 Sensor LDR 35

4.3.4 Integrado SN74F244NP 36

4.4 aplicações da interfase em atividades experimentais de ensino de física. 38

4.4.1 Montagem do pendulo 39

4.4.2 O Solftware 39

4.4.3 O período do Pendulo Simples 40

4.4.4 Valores encontrados experimentalmente para o Péríodo 45

Capitulo 5: conclusões e recomendações 46

Page 13: TCC - Antônio Cardozo

x

Blibiografia 47

APÊNDICES

48

Apêndice A - Publicação das Variáveis e Declaração da DLL 48

Apêndice B - Software para Captura de Dados 50

Apêndice C - Função para conversão Binário Decimal 51

Apêndice D - Função para Cálculo da Gravidade Terrestre 52

Apêndice E - Função para plotar o Gráfico 53

Apêndice F -Função Principal para Leitura e Captura dos dados 54

Apêndice G -Programa para calcular os termos da série 57

Page 14: TCC - Antônio Cardozo

11

1. INTRODUÇÃO

O principal objetivo deste trabalho e justificar a importância, a necessidade e

exemplificar o uso do computador como instrumento de captura processamento e

análise de dados através da porta paralela que é a forma mais simples para a

implementação de programação e montagem de interfaces as outras portas também

podem ser usadas necessitando para isso instrumentos mais sofisticados necessária a

comunicação serial. A porta paralela é adequada porque transmite dados de forma

bidirecional sem necessidade de um protocolo de envio e recebimento de dados, sendo

necessária apenas a sua configuração para esse fim.

O computador é um importante instrumento de laboratório e pode ser usado

como instrumento de medida em experiências que envolvam medidas de tempo,

temperatura, luminosidade entre outros e também na aquisição e processamento de

dados em grandes quantidades em tempo real. O laboratório sempre foi para a Física um

importante instrumento de demonstração, ensino, pesquisa e sua modernização implica

a adequação dos equipamentos para que possam ser modificados e compreendidos e

assim melhor aproveitados de acordo com o planejamento feito pelos professores.

Parte da tarefa, muitas vezes tediosa, de coleta de dados também em um

laboratório didático, pode e deve ser transferida para as máquinas, como ocorre no

sistema produtivo. Isto possibilita que professores e alunos tenha mais tempo no

processo ensino aprendizagem para discussão dos aspectos físicos relevantes, como

modelos físicos e matemáticos, das grandezas físicas relevantes e suas relações. Pode-

se, ainda, tratar de problemas mais reais e atuais, que de outro modo não seriam tratado.

O computador é útil, e muitas vezes imprescindível, para a previsão de resultados - via

modelagem computacional - e para medir - via aquisição automática de dados.

Modelagem computacional é um dos pilares fundamentais do desenvolvimento

científico atual. A física como ciência experimental deve fazer uso da modelagem

computacional tanto na pesquisa como no ensino inserindo nos laboratórios os recursos

computacionais.

Atualmente, a Física computacional possui atuação muito mais abrangente que a

tradicional. O conhecimento em Ciência e Engenharia da Computação são utilizados

Page 15: TCC - Antônio Cardozo

12

como ferramentas para os avanços tanto em Física teórica como experimental, ao

mesmo tempo em que conceitos da Física são aplicados à Teoria da computação. Neste

trabalho descrevemos as possibilidades do uso da porta paralela do computador com a

finalidade de processar dados externos coletados através de cabos, usando sensores. O

uso de sensores está presente em muitos circuitos como Sistema de alarme para carros,

sistema de segurança residencial, controle remoto para abertura e fechamento de

portões, no laboratório pode ser usado para medir as grandezas físicas como

temperatura voltagem luminosidade tempo e como aquisição de dados. Eles podem ser

utilizados na coleta de informação para uma grande variedade de experiências em tempo

real e enviados para processamento via porta paralela, isso possibilita aos professores ou

pesquisador automatizar a coleta dos dados do mundo físico e processá-los no

computador através de programas desenvolvidos para esse fim, ou através dos Micro-

controladores [1].

2. MICRO-CONTROLADORES

Os micro-controladores são chips inteligentes, constituídos por um processador,

pinos de entradas/saídas e memória. Através da programação dos micro-controladores,

podemos controlar suas saídas, tendo como referencia as entradas através de um

programa interno. O que diferencia os diversos tipos de micro-controladores é a

quantidade de memória interna, velocidade de processamento, quantidade de pinos de

entrada/saída (I/O), alimentação, periféricos, arquitetura e instruções. Um micro

controlador pode efetuar várias funções que necessitariam um grande número de outros

componentes. Assim aprender a programar micro-controladores significa aprender a

resumir circuitos em um único componente . Para suprir exigências de projetos, existe

uma ampla gama controladores disponíveis no mercado, diferenciando pelo número de

linhas de entrada/saída e pelos recursos de periféricos dos dispositivos [2].

Page 16: TCC - Antônio Cardozo

13

MICRO-CONTROLADORES PIC

O pic pode ser visto externamente como um circuito integrado TTL ou CMOS

normal, mas internamente dispõe de todos os dispositivos típicos de um sistema micro-

processado, ou seja: Uma CPU (Unidade de Processamento Central) e sua finalidade é

interpretar as instruções de programa; Uma memória PROM (Programmable Read Only

Memory ou Memória Programável Somente para Leitura) na qual ira memorizar de

maneira permanente as instruções do programa; Uma memória RAM (Random Access

Memory ou Memória de Acesso Aleatório) utilizada para memorizar as variáveis

utilizadas pelo programa; Uma serie de LINHAS de I/O (entrada e saída) para controlar

dispositivos externos ou receber pulsos de sensores, chaves, etc.[3], uma serie de

dispositivos auxiliares ao funcionamento como gerador de clock, etc. A presença de

todos estes dispositivos em um espaço extremamente pequeno, da ao projetista ampla

gama de trabalho e enorme vantagem em usar um sistema micro-processado, onde em

pouco tempo e com poucos componentes externos podemos fazer o que seria oneroso

fazer com circuitos tradicionais [4].

2.1 PORTAS LÓGICAS

Em 1854, o matemático inglês George Boole (1815

1864) representou um

sistema matemático de análise lógica conhecido como álgebra de Boole. Em 1938 o

engenheiro americano Claude Elwood Shannon utilizou as teorias da álgebra de Boole

para a solução de problemas de circuitos de telefonia em reles, praticamente

introduzindo na área tecnológica a eletrônica digital. Esse ramo da eletrônica emprega

em seus sistemas um pequeno grupo de circuitos básicos padronizados conhecidos

como portas lógicas. Todo circuito lógico executa uma expressão booleana, e por mais

complexo que seja, é formado pela interligação das portas lógicas básicas.

O computador, é formado por circuitos eletrônicos que armazenam sinais

binários. Circuitos digitais são formados por pequenos elementos capazes de manipular

Page 17: TCC - Antônio Cardozo

14

grandezas binárias, portas lógicas, são elementos de hardware que recebe um ou mais

sinais de entrada e produz um sinal de saída, cujo valor é dependente do tipo de regra

lógica estabelecida para a construção do referido circuito. A CPU contém Memória

Principal, Dispositivos E/S e outros dispositivos são fabricados através da adequada

combinação de milhões de portas lógicas.

A importância dessas portas lógicas está no fato de representarem os elementos

básicos de construção da maioria dos circuitos digitais práticos. Quando se deseja

construir um circuito lógico (ou digital) relativamente simples, usa-se uma placa de

circuito impresso com soquetes sobre os quais se insere um circuito integrado (CI)

digital. A maioria dos CI's já é padronizada, e os mais comuns pertencem à série

denominada 7400. Os mais simples utilizam a tecnologia de Integração em Pequena

Escala (SSI - Small Scale Integration).

CARACTERÍSTICAS DAS PORTAS LÓGICAS

1. As estradas não estão limitadas a 2. Podem ter quantas entradas forem necessárias.

2. A saída é sempre única.

3. Os circuitos podem ser construídos pela combinação das portas lógicas.

4. Qualquer expressão booleana pode ser representada pela combinação de portas

lógicas.

5. Um mesmo circuito pode ser construído a partir de combinações de portas diferentes.

Figura 1. Micro-controladores SN7400N e sua respectiva configuração de pinagens.

Page 18: TCC - Antônio Cardozo

15

2.2 PORTAS LÓGICAS BÁSICAS

PORTA NOT (NÃO)

A porta NOT inverte o sinal de entrada (executa a NEGAÇÃO do sinal de

entrada), ou seja, se o sinal de entrada for 0 ela produz uma saída 1, se a entrada for 1

ela produz uma saída 0.

Figura 2. (a) PORTA NOT, (b) Circuito NOT

PORTA AND (E)

A porta AND combina dois ou mais sinais de entrada de forma equivalente a um

circuito em série, para produzir um único sinal de saída, ela produz uma saída um (1), se

todos os sinais de entrada forem iguais a um (1); caso qualquer um dos sinais de entrada

forem iguais a zero (0), a porta AND produzirá um sinal de saída igual a zero.

Figura 3. Porta AND

(a)

(b)

Circuito NOT

Chave A aberta (0) S = 1

Chave A fechada (1) S = 0

Page 19: TCC - Antônio Cardozo

16

PORTA OR (OU)

A porta OR combina dois ou mais sinais de entrada de forma equivalente a um

circuito em paralelo, para produzir um único sinal de saída, ou seja, ela produz uma

saída 1, se qualquer um dos sinais de entrada for igual a 1; a porta OR produzirá um

sinal de saída igual a zero apenas se todos os sinais de entrada forem 0.

Figura 4. (a) Porta OR, (b) Circuito OR.

2.3 OUTROS CIRCUITOS AS VERSÕES DOS CIRCUITOS TLL

A família TTL é derivada da família DTL, sendo o resultado de uma série de

inovações tecnológicas. Uma delas é a utilização nos seus circuitos internos de

transistores bipolares de vários emissores também conhecidos como multiemissores.

Trata-se de uma família pioneira, tradicional e muito utilizada ao longo dos anos,

devido principalmente ao seu fácil manuseio e à colocação no mercado de uma série de

circuitos integrados padronizados.

Além dos blocos comuns (Standard), a família TLL possui outras versões de

circuitos com a finalidade de atender a solicitações de ordem prática nos parâmetros

relativos à velocidade, consumo e potência. A família TTL colocou no mercado uma

série de circuitos integrados padronizados com configurações e pinagens disponíveis

nos manuais dos fabricantes. São circuitos integrados de 14 pinos ou mais conforme a

complexidade do circuito agregado, com encapsulamento denominados DIP (Dual-In-

LinePackage), cuja identificação da disposição dos terminais se faz através da vista

(a)

(b)

Circuito ORCH A aberta (0) CH B aberta (0), S =0CH A aberta (0) CH B fechada (1), S =1CH A fechada (1), CH B aberta(0), S =1CH A fechada (1), CH B fechada (1), S =1

Page 20: TCC - Antônio Cardozo

17

superior, em sentido ant-horário a partir do ponto de referencia colocado no pino 1

próximo do chafro existente no bloco, para exemplificar figura 5 apresenta a pinagem

do circuito integrado 7400 com 2 entradas sendo esta válida também para o 5400 de uso

militar e ainda para as versões 74L00, 74H00, 74S00, 74A00, 74LS00,74ALS00 de uso

comercial.

Figura 5. Circuito TLL 7400.

Page 21: TCC - Antônio Cardozo

18

3. SISTEMA DE COMUNICAÇÃO COM A PORTA PARALELA

Uma das grandes vantagens do computador é poder interagir com o meio externo,

seja enviando um comando, ou coletando dados. Em pesquisas de física experimental o

computador pode ser uma ferramenta de aquisição e tratamento de dados. Essa

aquisição pode ser feita de várias maneiras, pois o computador oferece uma grande

quantidade de dispositivos para a entrada e saída de informações. Nos laboratórios

modernos são usadas interfaces específicas para cada tipo de trabalho, estas interfaces

são ligadas de maneira a coletar ou enviar dados de equipamentos com grande precisão

e velocidade.

Os sistemas operacionais da Microsoft nas versões XP, NT e 2000, implementam

uma política de segurança que impede o usuário de trabalhar diretamente com a porta

paralela, sendo necessário liberar o acesso para que projetos eletrônicos funcionem

devidamente. A configuração da porta pode ser feita mais facilmente usando programas

para fazer este trabalho neste trabalho foi usado o Userport, desenvolvido por Tomas

Franzon, que pode ser baixado no endereço www.eletronica.org/arquivos/userport.zip.

Passos para configuração da porta paralela:

1. Baixar o arquivo UserPort.zip ;

2. Descompacte o arquivo em um diretório (pasta);

3. Copie o arquivo UserPort.sys para o diretório:

c:/windows/system32/drivers ou c:/winnt/system32/drivers para o Windows NT;

4. Execute o programa UserPort.exe;

5. Mude os endereços para 0x378-0x37A, clicando em "ADD".

6. Remova os outros endereços com o botão "Remove".

7. Clique em "Start".

Page 22: TCC - Antônio Cardozo

19

3.1 A PORTA PARALELA

A porta paralela é uma interface de comunicação entre o computador e um

periférico, o qual permite enviar e receber dados. Esta transmissão de dados e sinais de

controle é feita através de impulsos elétricos transportados por condutores ( fios )

elétricos. Os dados são transferidos codificados em bytes, através de oito condutores

paralelos, cada um transportando um bit. Usando oito condutores para transportar cada

byte. Através da porta paralela permite-se enviar dados no modo unidirecional e no

modo bidirecional, ou seja, envia e recebe dados pelos mesmos condutores. As

interfaces capazes de executar este tipo de tarefa são conhecidas como interfaces de

entradas e saídas (E/S), ou Input/Output (I/O) a qual se descreve qualquer troca de

dados entre dois dispositivos. Um "dispositivo de E/S" é um periférico qualquer que

permite esta troca de dados. A vantagem das conexões paralelas é que com oito vias

para transportar dados simultaneamente, os bytes são transportados inteiros e não há

necessidade de circuitos complexos para reconstituí-los quando são recebidos. As

informações podem fluir rapidamente do computador para a impressora ou qualquer

outro dispositivo. Embora na maioria das vezes a porta paralela seja usada para

conexão com a impressora, ela também pode ser usada para receber dados de

dispositivos externos, viabilizando sua utilização para diferentes tipos de aplicações,

como, por exemplo, controle de motor de passo, interligação entre computadores,

aquisição de dados, etc. A comunicação entre o software e a placa do circuito é feita

pelo cabo DB25

O interessante de uma conexão via cabo paralelo é a facilidade de execução isso

porque ela é padrão em qualquer PC. Em ambientes industriais ela utilizada também

para a comunicação dos mais diversos tipos de equipamentos micro processado devido

exatamente ao seu baixo custo de implantação. Por padrão, o endereço em hexadecimal

378h é o utilizado para a LPT1, isso não significa que esse endereço seja estático. Ele

pode ser mudado a qualquer momento, desde que se tenha noção do que se esteja

fazendo, pois, qualquer procedimento errado poderá gerar conflitos e o periférico ficar

inoperante.

Page 23: TCC - Antônio Cardozo

20

3.2 CONFIGURAÇÕES DOS CONECTORES

Figura 6. Configuração dos pinos do Conector DB25.

Figura 7. (a) Conector DB25 fêmea, (b) Cabo da Impressora.

A conexão de qualquer equipamento à porta paralela é feita através do Conector

DB25. Esse conector é universal e contém 25 pinos. É através desse conector que se

estabelece a comunicação da porta paralela com interfaces conectadas a ela. No

Conector DB25, cada pino recebe um nome, que está relacionado ao Registrador que o

controla.

1- Os pinos 2 a 9, denominados, da esquerda para a direita, de D0, D1, D2, D3,

D4, D5, D6 e D7 são controlados pelo Registrador de Dados (saída de dados), e a letra

D indica isso. O número que vem após a letra corresponde à posição do pino dentro do

Byte.

2- Os pinos 10, 11, 12, 13 e 15, denominados S6

Ack, S7

Busy, S5

Paper

End, S4

Select Out, S3

Error, são controlados pelo Registrador de Status (entrada de

(a)

(b)

Page 24: TCC - Antônio Cardozo

21

dados), e a letra S indica isso. O número que vem após a letra corresponde à posição do

pino dentro do Byte.

3- Os pinos 1, 14, 16 e 17, denominados C0

Strob, C1

Auto Feed, C2

Init e

C3

Select In, são controlados pelo Registrador de Controle da Porta Paralela (controla

a impressora, pode ser usado como outras 4 saídas), e a letra C indica isso. O número

que vem após a letra corresponde à posição do pino dentro do Byte.

4- Os pinos (18 a 25) são terra (Ground). Existem pinos na Porta Paralela que

trabalham com lógica invertida, isso quer dizer que quando queremos ativar esses pinos

temos que enviar um sinal lógico 0 e quando desejamos desativar, devemos mandar

um sinal lógico 1 .

3.3 REGISTRADORES DA PORTA PARALELA

A Porta Paralela possui três Registradores:

1- Registrador de Dados (Data Lines)

usado para enviar dados através da Porta

Paralela, parta 888.

2- Registradores de Entrada (Status Lines)

através desse registrador podemos

receber dados do mundo externo, porta 889.

3- Registrador de Controle (Control Lines)

a princípio tem a função de controlar

a impressora, mas pode ser usado para enviar dados para o mundo externo,porta 890.

Cada Registrador tem um endereço único, que não interfere nos demais. São eles:

Registrador de Dados: 888 ou 378h (em Hexadecimal), Registrador de Status: 889 ou 379h (em

Hexadecimal) e Registrador de Controle: 890 ou 37Ah (em Hexadecimal)

Page 25: TCC - Antônio Cardozo

22

3.4 COMUNICAÇÃO COM A PORTA

Na comunicação em paralelo, grupos de bits são transferidos simultaneamente

(em geral, byte a byte) através de diversas linhas condutoras dos sinais. Desta forma,

como vários bits são transmitidos simultaneamente a cada ciclo, a taxa de transferência

de dados é alta. Aporta paralela tem 8 pinos para envio de dados (D0 a D7), 4 pinos para

controle (C0 a C3) e 5 pinos para entradas (S3 a S7), os restantes (18 a 25) são GND.

Alguns dos pinos têm um traço por cima do nome. Isto significa que esses pinos são

invertidos, ou seja, num pino normal como por exemplo o C2 se enviarmos o sinal 1

para esse pino, o seu valor é alterado para 1 o que quer dizer que está ativado, se

enviarmos o sinal 0, o pino é desativado. No caso do pino 3 como é invertido acontece o

contrário, se enviar o sinal 1, ele é desativado e se enviarmos o sinal 0 o pino é ativado.

Apesar de se dar o nome de Pinos de Dados aos pinos D0 a D7 e Pinos e Controlo aos

C0 a C3, ambos servem para enviar dados.

O computador dá o nome de LPT1, LPT2, etc., porta paralela. A LPT1 tem um

endereço para que possamos comunicar com ela. O endereço da LPT1 para envio de

dados através dos pinos D0 a D7 em hexadecimal é &H378 e em decimal é 888. Para

receber dados são &H379 em hexadecimal e 889 em decimal. A porta paralela possui 8

pinos de envio de dados e 5 de entradas, cada pino desses equivale a 1-bit o que quer

dizer que podemos enviar 8 bits e receber 5 bits ao mesmo tempo. Em binário um

número começa-se a ler da direita para a esquerda, por isso se tivermos o número

00000001 em binário e o enviarmos para a porta paralela para ativar os pinos de dados,

será o pino D0 a ser ativado. Se enviarmos 00000000, teremos todos os pinos

desativados, se enviarmos 11111111 teremos todos os pinos ativados. A comunicação é

feita através de uma DLL para podermos comunicar com a porta paralela.

c:\windows\system32 .

Page 26: TCC - Antônio Cardozo

23

DECLARAÇÃO DA DLL

Private Declare Function Inp Lib inpout32.dll _

Alias Inp32 (ByVal PortAddress

As Integer) As Integer

Private Declare Sub Out Lib inpout32.dll _

Alias Out32 (ByVal PortAddress As Integer

ByVal Value As Integer)

Depois de termos declarado a DLL temos 2 comandos, Inp e Out. Inp serve para

receber dados da porta paralela, Out serve para enviar dados para a porta paralela.

Exemplo do comando para recebermos dados: dim varInput as integer; varInput =

Inp(889), o valor das entradas fica armazenado na variável varInput. Inp é o comando e

889 é o endereço da LPT1 para as entradas. Para saber quais as saídas, pinos de dados

(D0 a D7) que temos ativadas e desativadas devemos trocar o endereço para o endereço

das saídas: dim varOutput as integer varOutput = Inp(888) Instrução Out envio de

dados.

Para enviar dados através da porta paralela utiliza-se o comando Out seguido do

endereço da porta Out 888 onde 888 é o endereço dos pinos de dados da LPT1. Por

exemplo se quiser ativar todos os pinos de dados da porta paralela: Out 888, 255, Para

desativar todos: Out 888, 0 os valores enviados a porta devem estar em decimais para

ativar e desativar os pinos da porta paralela. Isto acontece porque esta DLL trabalha

com números decimais. Portanto se quisermos ativar o pino D0, teremos de dar á DLL o

valor 1 e não 00000001 e se for o pino D1 enviamos o valor 2 e não 00000010

e se for o pino D2 enviamos o valor 4 e não 00000100 .

Pino Valor Binário Valor Decimal

D0 00000001 1

D1 00000010 2

Page 27: TCC - Antônio Cardozo

24

D2 00000100 4

D3 00001000 8

D4 00010000 16

D5 00100000 32

D6 01000000 64

D7 10000000 128

Tabela 1. Pinos da Porta 888

Com o método Out Endereço, Valor conseguimos enviar dados através da porta

paralela, por exemplo: Out 888, 1 , o pino D0 é ativado Out 888, 2 , o pino D1 é

ativado e o pino D0 é desativado. Se for preciso que o pino D0 continue, devemos

buscar o valor que já esta na porta paralela, ou seja, os pinos que já estão ativados, neste

caso é o pino D0 que nos retornaria o valor 1 e em seguida somarmos o valor do pino

ou dos pinos que queremos ligar, neste caso o valor 2 e seria enviado o valor 3 que

ativaria o pino D0 e o pino D1.

As entradas da porta paralela são ativadas através de sinal negativo, ou seja,

quando são ligadas ao GND são ativadas. Como as entradas são sensíveis é melhor

utilizar-se uma proteção para que não queimemos a motherboard.

3.5 MODOS SPP, EPP E ECP

O modo que tem um a melhor taxa d e transferência é o ECP. Esse modo de

operação é um avanço sobre o modo EPP, aumentando significativamente a taxa de

transferência da porta paralela. O modo utilizado para implementação do projeto foi o

ECP. O modo EPP, tem velocidade semelhante ao ECP, porém com menos recursos.

Geralmente, configuramos a porta paralela com ECP, pois este traz várias vantagens

Page 28: TCC - Antônio Cardozo

25

sobre os outros modos, como o uso de um canal de DMA, que diminui a taxa de

ocupação do processador durante as transferências de dados.

EPP (Enhanced Parallel Port), é um modo bidirecional que utiliza 8 vias para

enviar e receber os dados. São enviados ou recebidos 8 bits (1 byte) de cada vez. Para

controlar a direção dos dados, é necessário manipularmos o Bit 5 (C5) do byte do

REGISTRADOR DE CONTROLE. De imediato, ao ativarmos o modo EPP para

leitura, alterando o bit5 do Registrador de Controle para 1 (um), todos os bits do

Registrador de Dados estarão no nível lógico alto 1 (um), portanto, para enviarmos

dados através desse registrador devemos mandar sinais aos pinos (D0...D7) no nível

lógico baixo 0 (zero). Nesse caso, a porta trabalhará com lógica invertida.

ECP (Extended Capabilites Port) esse modo de operação é um avanço sobre o

modo . EPP, aumentando significativamente a taxa de transmissão da porta, tem dois

endereços distintos, um par a escrever e outro par a ler dados. Podemos observar o

endereço do dispositivo de entrada e saída configurado através da BIOS (Basic

Input/Output System) do PC ou no gerenciador de dispositivos do Windows [5]. A partir

do PENTIUM 100mhz, o hardware de controle da Porta Paralela está onbord (já incluso

na própria placa mãe).

As portas paralelas, encontradas nas placas mãe modernas, podem trabalhar em

diferentes modos de operação. É possível configurar qual será usado no setup, onde

geralmente estão disponíveis as opções: Normal, Bidirecional, ECP e EPP. Os modos

Normais e Bidirecionais são bem mais lentos. A diferença entre eles é que o modo

Bidirecional permite comunicação bidirecional. O modo ECP é mais rápido, sendo

usado por impressoras um pouco mais modernas, além de ser compatível com a maioria

dos Scanners, Zip Drives e outros dispositivos que utilizam a porta paralela.

3.6 INTERFACES DE ENTRADA E SAÍDA

Interface de entrada consiste de uma placa de circuito eletrônico que recebe o

sinal dos sensores um fotodiodo ou LDR, que possui resistência variável com incidência

Page 29: TCC - Antônio Cardozo

26

da luz e uma fonte de luz que pode ser uma lâmpada ou um laser. Quando o feixe de luz

incide sobre o fotodiodo o circuito envia um sinal de +5V para uma das entradas da

porta paralela. Se o feixe é interrompido o circuito envia um sinal de 0V. Estes sinais

formam um pulso lógico interpretado pelo programa como 0 e 1. Podemos com essa

lógica montar várias experiências para receber dados como medidas de tempo,

velocidade, ângulos, etc.

3.7 APLICAÇÕES DA PORTA PARALELA PARA A FÍSICA EXPERIMENTAL.

A possibilidade de aquisição automática de dados usando o computador em

experiências de laboratórios é uma proposta importante para a aprendizagem e pode ser

praticado em diversas áreas da Física principalmente em Mecânica, Termologia,

Eletromagnetismo e Ondulatória. A implementação de tais sistemas em escolas de

ensino médio e mesmo em muitas universidades, entretanto, não tem ocorrido. Em parte

isto se deve inexistência de laboratórios equipados e pela falta de pessoal capacitado

para implementação dessa tecnologia. A utilização do computador e da porta paralela

em interfases eletrônicas necessita de três elementos básicos:

1) Sensores, como microfone, LDR, termistores, foto-transmissor, entre outros.

Estes sensores têm como característica comum o fato de que varia sua resistência como

conseqüência da variação de alguma grandeza física (intensidade sonora, intensidade

luminosa, temperatura).

2) Interface que transforma o sinal analógico em digital. Nos sistemas comerciais

costuma ser uma caixa-preta. Mais recentemente a própria placa de som do

microcomputador tem sido utilizada como interface analógico/digital. Outras

possibilidades incluem a porta paralela e o mouse.

3) Software que lê e registra os dados. Estes softwares podem gerar, como

preferimos, simplesmente um arquivo de dados, com os valores da resistência em

função do tempo, cabendo ao estudante interpretar os dados em uma planilha eletrônica.

Nos sistemas comerciais os softwares usualmente apresentam várias alternativas para

Page 30: TCC - Antônio Cardozo

27

apresentação dos dados, como tabelas, gráficos e inclusive a possibilidade de cálculos

estatísticos.

Também entendemos que o computador deve ser utilizado como instrumento de

medida quando se investiga fenômenos que requeiram tamanha freqüência de medidas

que a coleta manual é impossível, para se obter maior precisão nas medidas. Em

qualquer destes casos uma das vantagens da aquisição automática, é que os dados já

ficam organizados na forma digitalizada, agilizando o processo de tratamento estatístico

e confecção de gráficos.

4. DESENVOLVIMENTO DA INTERFACE PARA ANALISE DOS DADOS

Neste trabalho a proposta e construir um circuito capaz de capturar e processar os

dados produzidos por sensores pela porta paralela. Um programa de computador

desenvolvido na linguagem Visual Basic será responsável pelo processamento dos

pulsos recebidos dos sensores e efetuar os cálculos, plotar gráficos e armazenar os dados

para futuras análises. O software também é o responsável pela comunicação com a porta

através das instruções Inp(PortAddress) e Out(PortAddress). Todo o processo de

interação entre o software com o dispositivo exterior ocorre em tempo real via porta

paralela. A leitura dos dados é feita através do endereço 0x379h; pinos: 10, 11, 12, 13 e

15 do DB25.

O acesso é feito pelo programa no endereço decimal Inp(889). O endereço

0x379h contém 01111000, o bit mais significativo desse byte é 0 (zero). Para fazer um

software que reconheça o estado de cada bit, é necessário sabermos como ele se

encontram atualmente. Para verificar se o bit 3 ou bit 7, receberam um sinal da porta,

estes deverão alternar seus estados de 1 (um) para 0 (zero).

O objetivo é montar um circuito fotoelétrico muito simples com poucos

componentes eletrônicos, contendo como elementos principais: um software, um

circuito eletrônico e sensores. O propósito é enviar sinais elétricos de 0V ou +5V ao

computador, o qual será convertido pela interface em sinal lógico 0 e 1. Neste projeto

foi um LDR como receptor o LDR é um dispositivo eletrônico que tem a propriedade de

Page 31: TCC - Antônio Cardozo

28

aumentar sua resistência quando com a interrupção da luz incidente sobre ele. A placa

de circuito desenvolvida no projeto tem a função de transformar essa variação de

resistência em sinal digital e enviar a porta paralela que será lida pelo software. A

freqüência de leitura da porta 889 pelo software é de 10-3 (0,0016) s responsável em

capturar e processar os dados recebidos.

A aplicação da interface descrita neste trabalho é de propósito geral e tem

inúmeras possibilidades de utilização nos laboratórios didáticos. A figura 8 e 9, mostra a

coleta de dados de um motor de corrente contínua CC pela interface desenvolvida neste

trabalho. Os dados foram coletados fazendo circular um disco com uma fenda colocada

no caminho da luz entre o laser e o LDR. Foi usado um potenciômetro com a finalidade

de variar a velocidade do motor, através da variação da tensão fornecida a ele, o pico no

gráfico corresponde à diminuição da velocidade de rotação do motor.

Figura 8. Período de rotação num movimento circular.

Figura 9. Experimento para medir o período de rotação do motor.

Page 32: TCC - Antônio Cardozo

29

4.1 FERRAMENTAS UTILIZADAS NESTA MONOGRAFIA

1 Placa de circuito fenolite (8 x10) cm;

1 Conector tipo RJ11 4 X 4 fêmea;

1 Folha de papel fotográfico tamanho A4;

1 frasco de álcool 500 ml;

Palha de aço;

Percloreto de ferro;

1 circuito integrado modelo 74HC244;

3 resistores de 0,38 KW;

2 resistores de 9,8 KW;

1 transistor BC 548;

1 Fonte de alimentação 6,3V CC;

2 Conector tipo RJ11 4x4 macho;

1 Estrutura com suporte universal para o pêndulo;

1 led vermelho 4,5 V;

2 led amarelo 4,5 V;

1 Sensor LDR;

1 Capacitor Eletrolítico;

Page 33: TCC - Antônio Cardozo

30

4.2 ELABORAÇÃO DA PLACA DO CIRCUITO, PROCEDIMENTO.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

uma impressora laser;

folhas de papel a4 tipo "photopaper

ferro passar roupa.

o percloreto de ferro.

O primeiro passo é ter o desenho do circuito impresso, isso pode ser feito através

de um software de desenho de placas. O segundo passo é obtenção da placa de fenolite

de 15cm x 10cm.A foto abaixo mostra um pedaço desta placa em cima de uma folha de

glossy paper.

Imprimir o desenho do circuito impresso no glossy paper, usando uma

impressora laser. Levando em conta a inversão necessária no desenho.Observar também

para a resolução do desenho, quanto maior a resolução, melhor. Após a impressão o

papel pode ser cortado. Fazer a impressão no centro da folha, a placa cobreada deve ser

bem limpa com Álcool para remover todo o óxido cúprico e gordura.

Impressão do circuito na placa, a face impressa deve estar voltada para a placa, e

fixada com fita isolante. Aplicar o ferro com o termostato na posição 5 sobre o papel, a

placa absorve boa parte do calor. O toner da impressão mais o glossy do papel são

transferidos para a placa. O tempo necessário para o contato com o ferro e de

aproximadamente 3 minutos. Após ser esfriada a placa, o papel que encobre a placa

pode ser removido. A placa, agora, está praticamente pronta para ser corroída. Para

fazer a correção, usar uma caneta para retroprojetor

O próximo passo é colocá-la num recipiente de plástico ou vidro e fazer a

corrosão com o percloreto de ferro em água corrente, o produto não é um ácido, mas

pode manchar profundamente a pele. Encha o recipiente de forma a cobrir

completamente a placa. A corrosão demorará de 15 a 30 minutos, dependendo da

temperatura do ambiente, temperatura do percloreto, se há agitação no recipiente, etc.

Page 34: TCC - Antônio Cardozo

31

Este método é quase tão bom quando mandar fazer a placa em escala industrial,

onde é utilizada geralmente uma tinta fotossensível para formar o desenho antes da

corrosão. Um rocesso bastante caro [6].

Neste trabalho,foi usado o procedimento padrão para confecção da placa e o

programa utilizado no desenho foi o Express PCB Versão 7.0.2

4.3 PLACA PRINCIPAL

Figura 10. (a) Elaboração da placa, (b) Placa principal

Page 35: TCC - Antônio Cardozo

32

4.3.1 diagrama do circuito eletrônico

Figura 11. Diagrama do circuito

O circuito foi desenvolvido para usar uma fonte de tensão de 6,3 volts e 0,5mA. Ele tem

a função de Converter o sinal analógico do sensor em digital para ser captado pela porta

paralela.

Cálculo da corrente máxima e mínima na base do transistor

63mA 100

360680

98000

36 ,IBmA,

,

RB

VBBIB maxmin

4.3.2 transistor

As situações de corte e saturação de um transistor são impostas pela polarização,

ou seja, são obtidas em função do correto dimensionamento de Rc e Rb, e pela variação

do ponto de trabalho em função da tensão aplicada entre base e emissor do transistor.

O transistor comportar-se-á como chave aberta quando aplicamos um potencial 0

ou negativo na entrada E. Neste caso, operará na situação de corte, pois estaremos

aplicando corrente 0 á sua base, sendo a tensão na saída do circuito igual ao potencial da

fonte (+Vcc).

Page 36: TCC - Antônio Cardozo

33

Analogamente, o transistor comportar-se-á como chave fechada quando

aplicamos um potencial positivo nesta mesma entrada. Nesse caso, operará na saturação

e a tensão entre coletor e emissor cairá para 0,3V no máximo, resultando assim em uma

baixa tensão (VS = 0,3V), sendo considerada como nível 0.

A figura 12 ilustra as situações de corte (a) e de saturação (b) do transistor NPN.

Figura 12. Funcionamento do transistor como chave aberta e fechada

O transistor usado no circuito foi o BC328, a figura15 mostra a operação do

transistor, os dados foram obtidos experimentalmente, mostrando que o transistor

funciona com uma tensão de joelho de 0,7V IB. A tensão de core do transistor é de 1,5V.

Observa-se que uma para uma voltagem na base menor que 0,7V o transistor não

conduz corrente IC 0 portanto está em corte. O valor da tensão da base IB com a luz

ambiente é de

0,12V. A determinação da reta de carga é feita com o auxílio de dois

pontos, o ponto de saturação e o ponto de corte. Quando a corrente na base é grande

intensa a tensão VCE reduz-se aproximadamente a zero, este ponto indica a máxima

corrente do coletor possível no circuito. O ponto de corte diz respeito ao máximo valor

possível de tensão VCE, nestes casos pode conceber-se o transistor como um circuito

aberto entre coletor e emissor..

As curvas características de saída do transistor relacionam as variáveis IC e VCE

pela Equação VCE=VCC-ICRC (1).

Se a tensão da base for menos 0,3V, o transistor se comporta como uma chave

aberta portanto está em corte, tensão máxima e corrente = 0. O segundo ponto da reta de

carga é: (VCE=VCC-0, IC=0).

Page 37: TCC - Antônio Cardozo

34

Se a tensão da base for maior que 0,7V o transistor está funcionando como uma

chave fechada, se a corrente IC aumentar muito ele estará saturado, e a tensão VCE cai

para

0, neste caso temos IC máxima,vce =0. Este valor determina o primeiro ponto da reta

de carga. Pela equação (1) temos: 0=VCC-RCIC. O primeiro ponto será definido por

C

CC)C R

VI . Assim a reta de carga tem os seguintes valores [7]

:

IB VCE )CI

CORTE V I B 70,

CCCE VV

0

ATIVO 1,5V I 0,7V B

CCCCCE IRVV

SATURADO

V I B 51,

0 CCCC IRV0

C

CCC R

VI

Tabela 2 Valores dos pontos da reta de carga.

O ponto de corte diz respeito ao máximo valor possível de tensão VCE, nestes

casos pode conceber-se o transistor como um circuito aberto entre coletor e emissor.

CC)CORTE(CEC VVI 0

Vb (V)

Ic (mA)

0,2 0,000

0,3 0,065

0,4 0,130

0,5 0,500

Page 38: TCC - Antônio Cardozo

35

0,6 0,800

0,7 1,500

0,8 4,000

0,9 10,000

1,0 17,000

Tabela 3 Valores da tensão VB e da corrente IC do transistor.

0,2 0,4 0,6 0,8 1,0

0

5

10

15

V

CC

/ RC

(mA

)

VCC

= VCE

(V)

IC

Figura 13 Reta de Carga do Transistor. Os valores obtidos experimentalmente

4.3.3 Sensor LDR

LDR, é um resistor que muda a resistência com a variação da intensidade da luz

incidente. A variação de resistência do escuro para o claro é tipicamente de alguns mega

ohms para algumas centenas de ohms, essa variação não é linear. A grande vantagem do

Page 39: TCC - Antônio Cardozo

36

(a) (b)

LDR em relação aos outros componentes fotossensíveis reside no fato de não ser

polarizado, podendo ser usado em corrente alternada. A desvantagem é o tempo de

resposta muito grande, dependendo da intensidade média de luz sobre o LDR, o que

limita sua faixa de funcionamento a algumas centenas de Hertz.

A variação da resistência do LDR medido experimentalmente foi de k 13 do

escuro para o claro. Como o LDR está ligado em paralelo com o resistor da base de

9,8k

isto significa que a base tem uma resistência máxima dada pelo resistor da base

R1 e uma resistência mínima dada pelo LDR. Na presença da luz, o valor da tensão da

base é máxima e seu valor é V,264 dependendo da intensidade da luz, o sinal de saída

é 0V.

V,V,,,,

V,V

V,V

V,V

:são

V,,,,

V,V

V,V

V,V

são

VVV

cd

bc

ab

cd

bc

ab

cdbc

3863261358072

13

580

72

326165580580

165

580

580

0

valoresos LDR no luz da insidencia a Com

: aisexperiment valoresos LDR no luz de ausencia Na

-E entrada da Malha ab

Na primeira situação, o transistor está em corte V58,0Vab

e na segunda situação esta

na região ativa V7,2Vab . Isso mostra que o transistor está em corte na ausência da luz

e ativo, com a incidência da luz no LDR.

Com a interrupção da luz o LDR, a tensão da base baixa para valores próximos a

0V, isso faz o transistor ficar em corte e um sinal de 5,0V do CI e enviado a porta que

interpreta o valor como 0V. Quando a luz incide no LDR, a tensão na base do transistor

de

2,7V neste caso há queda na tensão de saída para valores próximos de 0V e o valor

recebido do CI pela porta é 1.

4.3.4 integrado SN74F244NP

Figura 14. (a) pinos e (b) diagrama do circuito integrado SN74F244NP.

Page 40: TCC - Antônio Cardozo

37

Descrição: CI BUFFER não inversora, DIP-20 Tampão Tipo: não inverte Faixa

da Tensão de: 4.75V para 5.25V Case Logic Estilo: DIP N º de Pinos: 20 Temperatura

de operação: 0 ° C a +70 ° C Processo Leaded compatível: O 'F244 é organizado como

dois buffers de 4 bits / linha condutores com saída separada permitir (OE) entradas.

Quando OE é baixo, o dispositivo transmite dados a partir da entrada A para a saída Y.

Quando OE é alto, as saídas estão em estado de alta impedância. O SN54F244

caracteriza-se por operação na faixa de temperatura militar de -55 ° C a 125 ° C. O

SN74F244 se caracteriza por operação

Neste círculo a função do integrado e manter o valor da saída fixo 0V ou 5V isto

porque o valor da entrada varia de acordo com a luminosidade da luz incidente no LDR.

Ocasionando uma variação na tensão do transistor para valores de entrada maiores de 2

V o integrado mantém uma saída de 5V para valores menores de 2V, o integrado

mantém uma saída de 0V funcionando como porta lógica e o sinal analógico e

convertido para sinal digital.

Page 41: TCC - Antônio Cardozo

38

4.4 APLICAÇÕES DA INTERFASE EM ATIVIDADES EXPERIMENTAIS NO

ENSINO DE FÍSICA: PÊNDULO SIMPLES

Figura 15. Diagrama do projeto

Existem várias aplicações dos sensores para a obtenção de dados pelo

computador tais como: contador de objetos ou pessoas, utilizando uma interface com

foto-transistor, Leitura de ângulos com a utilização de potenciômetros, medidas de

temperatura, medida de tensão elétrica ou corrente elétrica, através de conversor

analógico digital, medidas de velocidade e tempo com sensores de luz ou foto-

transmissor e acionamento automático de dispositivo através de reles, empregados como

elemento de disparo em acionamento de experimentos em física experimental.

O objetivo da aplicação é determinar o período de um Pêndulo simples usando a

interface desenvolvida. Neste trabalho foi desenvolvido um programa em Visual Basic

cujo objetivo é processar os dados recebidos em tempo real. O sensor usado foi um

LDR à luz ao ser interrompida por um pela passagem do pêndulo faz com que ele envie

um sinal para a placa principal este sinal muda a tensão na base do transistor que tem a

função de chaveamento, o transistor se encontra em corte ao receber uma tensão maior

pela passagem da corrente no LDR, entra a região ativa enviando um valor entre 2,0 a

5,0 volts para o integrado que uma porta lógica o integrado terá a função de converter o

sinal analógico do transistor em digital 0 ou 1 sendo (0 a 2) V = 0 (2 a 5) V =1. A

função do software desenvolvido é fazer a leitura da porta paralela, processar os dados

recebidos das oscilações do Pêndulo, calcular o período e fazer o gráfico de (P x T)

pulsos x período. A leitura da porta 889 pelo programa é feita com uma freqüência de

Page 42: TCC - Antônio Cardozo

39

103 Hz ou suja o tempo entre as leituras é de 0,0016s, isto significa que a margem de

erro é menor que 10-3s

4.4.1 Montagem do Pêndulo

O Pêndulo foi montado usando um suporte universal de metal de 0,5m de altura.

Em sua parte foi acoplado o sensor de luz. O pulso produzido pelo LDR enviado para a

placa a é amplificar e transformado em num sinal digital, este sinal é captado pela porta

paralela 889 (S3 a S7) e GND através do conector DB25. O Software faz então a leitura

continua da porta 889 com uma freqüência de 1k Hz ou seja 1000 leituras /s, o tempo de

cada leitura é de aproximadamente 0,0016s.

4.4.2 o software

Figura 16. Janela principal do Software

O software foi desenvolvido exclusivamente para este trabalho ele usa uma

função de conversão binário /decimal, a DLL para o acesso a porta, três variáveis

atribuídas ao tempo (t2,t1,dt) e o objeto timer para a contagem do tempo. Para cada

leitura feita pela instrução Inp(port 889) o valor dt=(t2-t1) é calculado. A velocidade de

atualização desses dados e de 103 s

Page 43: TCC - Antônio Cardozo

40

4.4.3 O período do pêndulo simples

O pêndulo simples é um corpo ideal que consiste de uma massa puntiforme

suspensa por um leve fio inextensível. Quando afastado de sua posição de equilíbrio e

largado, o pêndulo oscila em um plano vertical, sob a ação da gravidade. O movimento

é periódico e oscilatório.

Desde que as forças amortecedoras não reduzem a amplitude de oscilação, o

período permanece muito aproximadamente inalterado. Em um relógio de pêndulo a

energia é fornecida automaticamente por um mecanismo de escapamento que compensa

perdas devido ao atrito. O Pêndulo simples proporciona também o método conveniente

para medir o valor da aceleração da gravidade g.

Figura 17. Pêndulo Simples

As forças que atuam em um pêndulo são: a força peso mg, e a tração do fio T. O

sistema de referência no Pêndulo é tal que um dos eixos é tangente a trajetória1 circular

percorrida pela massa m e o outro tem a direção do fio, e do raio do circulo.

Decompondo mg segundo esses eixos, o módulo da componente radial será

)cos( mg e da componente tangencial será )sen( mg . A resultante das forças radiais

origina as força centrípeta necessária para manter massa na trajetória circular. A

componente tangencial de mg constitui a força restauradora que atua em m e faz o corpo

tender a voltar à posição de equilíbrio. A força necessária será portanto

Page 44: TCC - Antônio Cardozo

41

(1) )(senmgF . Esta força não é proporcional ao deslocamento angular

e sim a

)(sen . O movimento resultante, portanto, não será harmônico simples. No entanto

se o ângulo

for pequeno, 1

0

senlim , )(sen será aproximadamente

(medido

em radianos). rSSrS

L xx,S se C

2

2

2

O deslocamento ao longo do arco é *lx

e para pequenos ângulos, o

movimento será praticamente retilíneo. Portanto, supondo )(sen pode se escrever:

(2) xl

mglx

mgmgF . Se os deslocamentos forem pequenos, a força

restauradora será proporcional ao deslocamento e terá o sentido oposto, o que constitui a

característica fundamental do movimento harmônico simples. A constante lmg /

desempenha o função da constante k na equação (3) kxF .

O período de um pêndulo simples, quando a amplitude for pequena, é:

(4) 2 ou 22g

l

l/mg

m

k

mT .

Observa-se que o período é independente da massa da partícula suspensa. Quando

a amplitude de oscilação não é pequena, pode ser demonstrado que a equação geral do

período é dada por: (5) 24

3

2

1

22

112 4

2

2

22

2...sen*sen

g

lT mm

O ângulo m

é o deslocamento angular máximo e os termos seguintes tornam-se

cada vez menores o período pode então ser calculado com o grau de precisão

necessário, tomando-se um número suficiente de termos da série. Quando m =15°,

correspondente ao deslocamento angular total de 30°, o período verdadeiro difere do

que é previsto pela equação (4) em menos de 0,5%. Lembrando que 1°= 0,01745 Rad e

360°= 6,282 Rad [8].

Page 45: TCC - Antônio Cardozo

42

0 5 10 15 20 25 30 351,250

1,255

1,260

1,265

1,270

1,275

1,280

1,285

1,290

P

erío

do T

(s)

Amplitude A (em graus)

T0 = 2 * PI * Sqr(L / G) T5=T0 * (T1 + T2 + T3 + T4 + T5)

Figura 18. Gráfico do período de oscilação versus amplitude.

A equação (5) pode ser deduzia para a forma:

(6)

Onde k=2

Asen e T0 é o período das pequenas oscilações dado por (4). A fórmula (6)

mostra que o período do pêndulo depende da amplitude A. O primeiro termo da série

representa a aproximação de pequenas amplitudes obtida anteriormente. Os demais

termos são correções a esta aproximação [9].

Considerando m =15°, k=0,32514392, L=0,4m e s. 1,2560000010

402

,T Os

valores dos dez termos da série (6) são:

T0 1,256 s

T1 0,170909 s

T2 0,065722 s

T3 0,031201 s

T4 0,016331 s

Page 46: TCC - Antônio Cardozo

43

T5 0,009043 s

T6 0,005195 s

T7 0,003062 s

T8 0,00184 s

T9 0,001122 s

T10 0,000692 s

Tabela 4 Valores dos 10 termos da série

1,639227s1098765432110 )tttttttttt(TT

2 4 6 8 101,2

1,3

1,4

1,5

1,6

1,7

P

erío

do T

(s)

Termos da série

Figura 19. Gráfico do Período de oscilação em função de diferentes números de termos da Série.

Page 47: TCC - Antônio Cardozo

44

0,00 1,57 3,14

1,25

1,50

1,75

2,00

P

erío

do d

o pê

ndul

o (s

)

rad

T0 = 2 * PI * Sqr(L / G) T1 = 3 termos T2 = 5 termos

Figura 20. Gráfico dos Períodos com três funções de 0 a .

0,00 6,28 12,56 18,84 25,12 31,40

1,5

2,0

T

(s)

Amplitude em rad

Período T0

T3

T5

Figura 21. Gráfico dos Períodos com três funções de amplitude em rad +

Através dos cálculos observa-se que o erro cometido no cálculo do período de um

pêndulo simples, quando se usa um ângulo = 15° graus e menor que 5 milésimos de

segundo como mostra a Tabela 5.

Rad Grau Amplitude (cm) Erro (T3-T0)

0,27 15,4781019679452

8,00194341086913 0,00574

Tabela 5 Erro cometido no cálculo do período de um pêndulo simples com =15°.

Page 48: TCC - Antônio Cardozo

45

4.4.4 Valores encontrados experimentalmente para o período

Figura 22. Esquema da Montagem experimental para obtenção dos dados.

20 40 60 80 1000

1

2

P

erío

do T

em

(s)

Sequência dos pulsos em (ms)

Figura 23. Valores encontrados experimentalmente para o Período

O pêndulo usado no calculo experimental tinha comprimento m,L 40

portanto

usando a Equação (4) para o calculo do período temos: s,,

,,*

k

mT 26871

89

3014322

conferindo com o resultado experimental mostrado no gráfico.

Page 49: TCC - Antônio Cardozo

46

5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Ao longo dos anos os laboratórios didáticos das escolas brasileiras sofreram um

retrocesso. Enquanto as tecnologias que permeiam a nossa sociedade evoluem em ritmo

galopante, muito laboratório didático não dispõe de microcomputadores e, quando

existem, pouco uso é feito em modelagem e aquisição de dados. A primeira avaliação

das condições de oferta dos cursos de graduação de Física (MEC, 2000) mostrou que

apenas 3% dos cursos de Licenciatura em Física tinham laboratórios e equipamentos em

boas condições.e pouco tem sido feito para equipar os laboratórios existentes. Isso é

preocupante porque indica que o professor de Física que tem ingressado no mercado de

trabalho não está sendo bem preparado para explorar os laboratórios de Física [10].

O trabalho apresentado teve por finalidade contribuir para uma maior valorização

dos laboratórios didáticos como instrumento de aprendizagem e como incentivo tanto ao

uso dessa tecnologia como no desenvolvimento dessa inovação no meio acadêmico.

Com vista a esse desenvolvimento é necessário: Introdução do curso de eletrônica

básica nos projeto pedagógicos de licenciatura para dar suporte em termos de

conhecimento básico e tecnológico aos futuros professores de física. E importante

também alem do uso do computador como instrumento didático, a criação de oficinas

para montagem e reparos de instrumentação para os laboratórios didáticos

experimentais de física, essas oficinas alem de servir para a manutenção dos

laboratórios servem principalmente como ambiente de aprendizagem e inovação.

Page 50: TCC - Antônio Cardozo

47

BIBLIOGRAFIA

[1] CAVALCANTE, M. A.; TAVOLARO, C.R.C.

Projete você mesmo -

experimentos assistidos por computador: Revista Brasileira de Ensino de Física, São

Paulo, v. 22, n. 3, p. 421-425, 2000.

[2] Anais do XXXIV COBENGE. Passo Fundo: Ed. Universidade de Passo Fundo,

Setembro de 2006.

[3] Revista Brasileira de Ensino de Física

São Paulo, v. 24, n. 2, p. 77-86, 2002.

[4] Anais do XXXIV COBENGE. Passo Fundo: Ed. Universidade de Passo Fundo,

Setembro de 2006.

[5] A Porta Paralela ROGERCOM - Antonio Rogério Messias - Arquivo capturado em

12 de maio de 2010.em: http://www.rogercom.com/pparalela/introducao.htm

[6] Fazendo suas placas de circuito impresso Arquivo capturado em em 20 de junho

de 2010 no endereço http://www.geocities.com/jf_moreira/pcb.html

[7] Porta Paralela (TORRES, 2001) . R. FARN, Natal, v.2, n.l, p. 103 - 114, jul./dez .

2002

[8] BOYLESTAD, Robert L. & NASHELSKY, Louis. Dispositivos Eletrônicos e

Teoria de Circuitos.

LTC Livros Técnicos e Científicos Editora. ISBN 85-7054-076-0. Sexta Edição.

Capítulos: 1, 2, 3, 4, 5,6, 7, 8, 9, 12, 19 e 20.

[9] R. Resnick e D. Halliday, Física 2, 3ª edição, Livros Técnicos e Científicos Editora

S.A, São Paulo1983.

[10] CAPUANO, Francisco Gabriel, Elementos de Eletrônica Digital, 40ª edição. Ed.

Érica Ltda . São Paulo 2008.

Page 51: TCC - Antônio Cardozo

48

APÊNDICES

APÊNDICE A

PUBLICAÇÃO DAS VARIÁVEIS E DECLARAÇÃO DA DLL

Variáveis e constantes são os elementos básicos que um programa manipula.

Uma variável é um espaço reservado na memória do computador para armazenar um

tipo de dado determinado. Elas devem receber nomes para poderem ser referenciadas e

modificadas quando necessário. Muitas linguagens de programação exigem que os

programas contenham declarações que especifiquem de que tipo são as variáveis que ele

utilizará e as vezes um valor inicial. Tipos podem ser por exemplo: inteiros, reais,

caracteres, etc. As expressões combinam variáveis e constantes para calcular novos

valores.

Public ab3 As Double

Public bb3 As Double

Public vi As Double

Public valorporta As Integer

Public npulso As Integer

Public ii As Integer

Public inter As Integer

Public VCP As Integer

Public fdt As Single

Public iii As Single

Public exi As Single

Public exf As Single

Public eyi As Single

Public eyf As Single

Page 52: TCC - Antônio Cardozo

49

Public ppg As Single

Public Dx As Single

Public periodo As Double

Dim ic As Double

Dim pi As Double

Dim x0, y0, xg, a, dw, ym

Dim bkcolor

Dim fcolor

Dim mover As Boolean

Public Declare Function Inp Lib "inpout32.dll" Alias "Inp32" (ByVal PortAddress As

Integer) As Integer

Public Declare Sub Out Lib "inpout32.dll" Alias "Out32" (ByVal PortAddress As

Integer, ByVal Value As Integer)

Public Declare Function InValue Lib "inpout32.dll" _

Alias "Inp32" (ByVal PortAddress As Integer) As Integer

Public Declare Sub GetSystemTime Lib "kernel32" (lpSystemTime As SYSTEMTIME)

Public Declare Function SetSystemTime Lib "kernel32" (lpSystemTime As

SYSTEMTIME) As Long

Public Type SYSTEMTIME

wYear As Integer

wMonth As Integer

wDayOfWeek As Integer

wDay As Integer

wHour As Integer

Page 53: TCC - Antônio Cardozo

50

wMinute As Integer

wSecond As Integer

wMilliseconds As Integer

End Type

APÊNDICE B - SOFTWARE PARA CAPTURA DE DADOS

Page 54: TCC - Antônio Cardozo

51

APÊNDICE C - FUNÇÃO PARA CONVERSÃO BINÁRIO DECIMAL

Private Function Status3(PortAddress As Integer) As String

Dim i As Integer

Dim NumDeBits As Integer

Dim inVal As Integer

Dim OutVal As String

If PortAddress = 888 Then

NumDeBits = 8

ElseIf PortAddress = 889 Then

NumDeBits = 5

Else

NumDeBits = 8

End If

ReDim PortBits(NumDeBits) As Integer

inVal = Inp(PortAddress)

valorporta = inVal

Form3.BES(0) = inVal

For i = 1 To NumDeBits

PortBits(i) = inVal Mod 2

inVal = Fix(inVal / 2)

Form3.BES(i) = PortBits(i)

Next i

For i = NumDeBits To 1 Step -1

Page 55: TCC - Antônio Cardozo

52

OutVal = Trim(OutVal) & PortBits(i)

Next i

Status = OutVal

End Function

APÊNDICE D - FUNÇÃO PARA CÁLCULO DA GRAVIDADE TERRESTRE

Sub CG_Change(Index As Integer)

Dim v1 As Single

Dim v2 As Single

Dim v3 As Single

Dim v4 As Single

Dim v5 As Single

Dim v6 As Single

Dim v7 As Single

Dim v8 As Single

Dim v9 As Single

Dim v10 As Single

Dim gt As Single

v1 = Form3.CG(1)

v2 = Form3.CG(2)

v3 = Form3.CG(3)

v4 = Form3.CG(4)

Page 56: TCC - Antônio Cardozo

53

v5 = Form3.CG(5)

v6 = Form3.CG(6)

v7 = Form3.CG(7)

v8 = Form3.CG(8)

v9 = Form3.CG(9)

v10 = Form3.CG(10)

periodo = (v1 + v2 + v3 + v4 + v5 + v6 + v7 + v8 + v9 + v10) / 10

gt = (4 * (3.14) ^ 2 * 0.31) / (periodo ^ 2)

Form3.Gravidade = gt

End Sub

APÊNDICE E - FUNÇÃO PARA PLOTAR O GRÁFICO

Sub Command8_Click()

For p = 0 To exf Step 1

' Picture1.Line (p, 0.5)-(p, -eyf), RGB(200, 100, 2)

Next p

'horizontal

For p = 0 To exf Step 0.5

Picture1.Line (-1, -p)-(exf, -p), RGB(200, 100, 2)

Next p

For p = 0 To exf Step 0.1

Page 57: TCC - Antônio Cardozo

54

Picture1.Line (-0.25, -p)-(0.5, -p), RGB(200, 100, 2)

Next p

Picture1.Line (-exi, 0)-(exf, 0)

Picture1.Line (0, eyi)-(0, -eyf)

End Sub

APÊNDICE F - FUNÇÃO PRINCIPAL PARA LEITURA E CAPTURA DOS

DADOS

Sub Timer1_Timer()

Dim VP As Integer:

Dim vt As Single

Dim speed As Double

Dim vi As Single

Dim fre As Double

Dim VD As Integer

Dim vm As Single

Dim mv0 As Single

Dim mv1 As Single

Dim mv2 As Single

Dim mv3 As Single

Dim mv4 As Single

Dim mv5 As Single

Page 58: TCC - Antônio Cardozo

55

Dim mv6 As Single

Dim mv7 As Single

Dim mv8 As Single

Dim mvm As Single

Dim ino As Integer

Dim GMTime As SYSTEMTIME

Dim TheTime As String

Dim a As Double, b As Double

Dim mt As Date

Dim X As Integer

Dim alternar As Integer

VP = Form3.Text3

Static k1 As Integer

Static iii As Single

GetSystemTime GMTime

bb3 = GMTime.wSecond + 0.001 * GMTime.wMilliseconds

Text1.Text = bb3

Static y1 As Integer

Static vs As Integer

Dim p As String

p = Form3.Combo2

Status3 (p)

mv0 = Form3.BES(0)

mvm = mv0

Page 59: TCC - Antônio Cardozo

56

vi = mvm

vt = valorporta

' mv = (bb3 - ab3)

If vt <> VCP Then 'COMPARAÇÃO DA PORTA

mv = (bb3 - ab3)

If alternar <> vt And mv > 0.04 Then

'If Abs(mv) > 0 And mv < bb3 Then

k1 = k1 + 1

vs = vs + 1

ii = ii + 1

If vs > 10 Then vs = 1

iii = iii + 0.1 'Abs(mv)

Form3.ProgressBar1.Value = iii

Form3.F1Book1.TextRC(ii, 1) = k1 'seq

Form3.F1Book1.TextRC(ii, 2) = ii 'pulso

Form3.F1Book1.TextRC(ii, 3) = Format(2 * mv, "#0.00000")

Form3.F1Book1.TextRC(ii, 4) = vi 'valor

Form3.F1Book1.TextRC(ii, 5) = Format(periodo, "#0.00000")

Form3.CG(vs) = Format(mv, "#0.00000")

Picture1.PSet (iii, -periodo)

Form3.tempo = mv

For w = 1 To 10

Form3.CG(w).BackColor = &HFF00&

Next w

Page 60: TCC - Antônio Cardozo

57

Form3.CG(vs).BackColor = &HFF&

End If

ab3 = bb3

vt = 0

Form3.Text2 = bb3

If iii > exf Then

iii = 0.1

ii = 1

Form3.Picture1.Cls

Form3.Form_Activate

End If

End If

If k1 >= exf Then k1 = 0

npulso = k1

'End If

ppg = iii

'Form3.CMD3_Click

alternar = vt

End Sub

APÊNDICE G - PROGRAMA PARA CALCULAR OS TERMOS DA SÉRIE

PI = 3.14: L = 0.4: G = 10:

For X = 0 To 3.14 Step 0.01

Page 61: TCC - Antônio Cardozo

58

i = i + 1: A = X: K = Sin(A / 2)

P0 = 2 * PI * Sqr(L / G)

T1 = 1 + (1 / 2) ^ 2 * K ^ 2

T2 = ((1 * 3) / (2 * 4)) ^ 2 * K ^ 4

T3 = ((1 * 3 * 5) / (2 * 4 * 6)) ^ 2 * K ^ 6

T4 = ((1 * 3 * 5 * 7) / (2 * 4 * 6 * 8)) ^ 2 * K ^ 8

T5 = ((1 * 3 * 5 * 7 * 9) / (2 * 4 * 6 * 8 * 10)) ^ 2 * K ^ 10

T6 = ((1 * 3 * 5 * 7 * 9 * 11) / (2 * 4 * 6 * 8 * 10 * 12)) ^ 2 * K ^ 12

T7 = ((1 * 3 * 5 * 7 * 9 * 11 * 13) / (2 * 4 * 6 * 8 * 10 * 12 * 14)) ^ 2 * K ^ 14

T8 = ((1 * 3 * 5 * 7 * 9 * 11 * 13 * 15) / (2 * 4 * 6 * 8 * 10 * 12 * 14 * 16)) ^ 2 * K ^ 16

T9 = ((1 * 3 * 5 * 7 * 9 * 11 * 13 * 15 * 17) / (2 * 4 * 6 * 8 * 10 * 12 * 14 * 16 * 18)) ^ 2 * K ^

18

T10 = ((1 * 3 * 5 * 7 * 9 * 11 * 13 * 15 * 17 * 19) / (2 * 4 * 6 * 8 * 10 * 12 * 14 * 16 * 18 *

20)) ^ 2 * K ^ 20

P1 =P0 * (1+TR1 + TR2 + TR3)

P2 = P0 * (1+TR1 + TR2 + TR3 + TR4 + TR5)

If T1 < 100 Then

Form6.Picture1.PSet (X, -P0)

Form6.Picture1.PSet (X, -P1)

Form6.Picture1.PSet (X, -P2)

End if