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automação residencial

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  • I

    ANDR OSTI SAKAGUCHI

    SISTEMA DE MONITORAMENTO E CONTROLE PARA RESIDNCIAS COM USO

    DE SOFTWARE LIVRE

    CURITIBA

    2014

  • II

    ANDR OSTI SAKAGUCHI

    SISTEMA DE MONITORAMENTO E CONTROLE PARA RESIDNCIAS COM USO

    SOFTWARE LIVRE

    CURITIBA

    2014

    Trabalho de Concluso de Curso de Graduao, apresentado disciplina TE105 - Projeto de Graduao, do Curso Superior de Engenharia Eltrica, do Departamento Acadmico de Engenharia Eltrica, da Universidade Federal do Paran UFPR, como requisito para obteno do ttulo de Engenheiro Eletricista. Orientador: Prof. Dr. James Alexandre Baraniuk

  • III

    TERMO DE APROVAO

    ANDR OSTI SAKAGUCHI

    SISTEMA DE MONITORAMENTO E CONTROLE PARA RESIDNCIAS COM USO

    DE SOFTWARE LIVRE

    Trabalho de concluso de Curso de Graduao aprovado como requisito

    parcial para obteno do grau de Engenheiros Eletricistas no Curso de Engenharia

    Eltrica, Setor de Tecnologia da Universidade Federal do Paran, pela seguinte banca

    examinadora:

    Prof. Dr.James Alexandre Baraniuk Orientador - Departamento Acadmico de Engenharia Eltrica

    da Universidade Federal do Paran, UFPR.

    Prof. Dr. Eduardo Parente Ribeiro Departamento Acadmico de Engenharia Eltrica

    da Universidade Federal do Paran, UFPR.

    Prof. Dr. Joo Amrico Vilela Junior Departamento Acadmico de Engenharia Eltrica

    da Universidade Federal do Paran, UFPR.

    Curitiba, 10 de Junho de 2014.

  • IV

    DEDICATRIA

    Eu, Andr, dedico esse trabalho de concluso de

    curso queles que so indispensveis na minha

    vida: meu pai Sergio, minha me Waldizia e minha

    namorada Talita.

  • V

    AGRADECIMENTOS

    Agradeo a todas as pessoas que me acompanharam para realizao deste

    trabalho durante o curso de Engenharia Eltrica.

    Meu especial agradecimento a meu orientador Prof. Dr. James Alexandre

    Baraniuk, por se esforar em passar todo seu conhecimento e se empenhar em me

    ajudar para realizao deste trabalho de concluso de curso.

    Agradeo Deus, por me dar foras e fazer com que eu realize mais um sonho

    em minha vida: me tornar engenheiro.

    Aos meus pais, Sergio Taidi Sakaguchi e Waldizia Marques Osti Sakaguchi,

    por todo o apoio, carinho e amor que recebi fazendo me tornar uma pessoa melhor.

    minha irm, Patrcia Osti Sakaguchi, pela pacincia e apoio nesses anos de

    graduao.

    minha namorada Talita Aguiar Coelho pelo carinho, apoio, incentivo e amor

    dado nas horas mais difceis e que sem ela no conseguiria seguir em frente.

  • VI

    No meio da dificuldade encontra-se a oportunidade."

    Albert Einstein

  • VII

    RESUMO

    Automao residencial uma das tecnologias promissoras que cresceram

    consideravelmente no mundo. Qualidade de vida, conforto, segurana so alguns dos

    benefcios que as pessoas podem ter aps se mudarem para uma casa inteligente.

    Com um sistema inteligente e programvel, os equipamentos de um domiclio passam

    a ser controlados e supervisionados local e/ou remotamente de forma automtica.

    Este trabalho foca no desenvolvimento e construo de um sistema de controle e

    monitoramento de residncias com uso de hardware livre e de diferentes tipos de

    comunicao entre os componentes deste sistema, tais como: RS485, rdio

    frequncia de 433MHz e 2,4GHz, bluetooth, infravermelho e ethernet. Atravs de um

    supervisrio o usurio poder supervisionar e comandar o sistema por completo.

    Palavras Chave: Automao residencial, Sistema, Comunicao, Supervisrio.

  • VIII

    ABSTRACT

    Home automation is one of the promising technologies that have been growing

    considerably in the world. Quality of life, comfort, security are some of the benefits that

    people can have after moving to a smart home. With an intelligent and programmable

    system, the equipment of a home shall be controlled and monitored locally or remotely

    in an automatically way.

    This work focuses on the development and construction of a system of control and

    monitoring of houses using open hardware and different types of communication

    between the system components, such as: RS485, radio frequency of 433MHz and

    2.4GHz, Bluetooth, infrared and ethernet. Through a supervisory the user can make

    the total supervision and control of the system.

    Keywords: Home Automation, System, Communication, Supervision.

  • 1

    LISTA DE ILUSTRAES

    FIGURA 1 ILUSTRAO DAS VARIVEIS A SEREM CONTROLADAS .............. 13

    FIGURA 2 - ESQUEMTICO DO SISTEMA ............................................................... 1

    FIGURA 3 - ESQUEMTICO USO DE REL ........................................................... 16

    FIGURA 4 - REL ..................................................................................................... 17

    FIGURA 5 - ESQUEMTICO MDULO REL ......................................................... 18

    FIGURA 6 - SENSOR DE PRESENA PIR .............................................................. 19

    FIGURA 7 - SENSOR DE UMIDADE ........................................................................ 21

    FIGURA 8 - ESTRUTURA DE UM MICROCONTROLADOR .................................... 22

    FIGURA 9 - KIT DE DESENVOLVIMENTO ARDUINO UNO .................................... 23

    FIGURA 10 - ATMEGA328-PU ................................................................................. 23

    FIGURA 11 - PINAGEM ATMEGA328-PU ................................................................ 24

    FIGURA 12 - PINAGEM ATTINY85 .......................................................................... 24

    FIGURA 13 - MAX485 ............................................................................................... 27

    FIGURA 14 - RECEPTOR E TRANSMISSOR RF433MHZ ....................................... 30

    FIGURA 15 - NRF24L01 ........................................................................................... 31

    FIGURA 16 - MDULO ETHERNET ......................................................................... 34

    FIGURA 17 - SENSOR IR ......................................................................................... 35

    FIGURA 18 - CONTROLE DE ACESSO ................................................................... 37

    FIGURA 19 - PGINA DA CASA INTELIGENTE ...................................................... 38

    FIGURA 20 - PGINA REFERENTE AO AMBIENTE 1 ............................................ 39

    FIGURA 21 ESQUEMTICO 1 .............................................................................. 40

    FIGURA 22 ESQUEMTICO 2 .............................................................................. 41

    FIGURA 23 ESQUEMTICO 3 .............................................................................. 41

    FIGURA 24 ESQUEMTICO 4 .............................................................................. 42

    FIGURA 25 CENTRAL ........................................................................................... 48

    FIGURA 26 MDULO ............................................................................................ 48

    FIGURA 27 PCB MDULO ATMEGA328 .............................................................. 50

    FIGURA 28 PLACA MDULO ATMEGA328 ......................................................... 50

    FIGURA 29 ESQUEMTICO MDULO ATTINY85 ............................................... 51

    FIGURA 30 PCB MDULO ATTINY85 .................................................................. 52

    FIGURA 31 PLACA MDULO ATTINY85 .............................................................. 52

    FIGURA 32 ESQUEMTICO MDULO ATMEGA328 ........................................... 85

    FIGURA 33 AMBIENTE DE TRABALHO PARA O APLICATIVO ........................... 87

    FIGURA 34 PROGRAMAO PARA O APLICATIVO ........................................... 88

    FIGURA 35 PROGRAMAO CONEXO BLUETOOTH...................................... 88

    FIGURA 36 PROGRAMAO ACIONAMENTO POR BOTES ........................... 89

  • 2

  • 3

    LISTA DE TABELAS

    TABELA 1 CDIGOS ENVIADOS PELO CONTROLE ................................. 36

    TABELA 2 CDIGO DO CONTROLE E SUA FUNO NO SISTEMA ........ 36

    TABELA 3 BIBLIOTECAS ............................................................................. 42

    TABELA 4 CDIGO ENVIADO PARA OS MDULOS ................................. 46

    TABELA 5 SIMBOLOGIA CENTRAL ............................................................ 48

    TABELA 6 SIMBOLOGIA MDULO ............................................................. 49

    TABELA 7 LISTA DE ITENS UTILIZADOS ................................................... 54

  • 4

    LISTA DAS SIGLAS

    ABNT - Associao Brasileira de Normas Tcnicas

    AM - Modulao em Amplitude

    ASK - Amplitude Shift Keying

    AURISIDE - Associao Brasileira de Automao Residencial

    Byte - Unidade de armazenamento

    CPU - Unidade Central de Processamento

    Datasheet - Folha de dados

    DHT22 - Sensor de umidade

    EEPROM - Electrically-Erasable Programmable Read-Only Memory

    EIA - Electronic Industries Association

    IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica

    ICSP - In Circuit Serial Programming

    IDE - Integrated Development Environment

    IP - Internet Protocol

    KB - Kilo Byte

    LM35 - Sensor de temperatura

    MDF - Medium Density Fiberboard

    MCU - Micro Controller Unit

    nRF24L01 - Mdulo de rdio frequencia de 2,4GHz

    PCB - Printed Circuit Board

    PHP - Personal Home Page

    PWM - Pulse width modulation

    RS - Recommended Standard

    SRAM - Static Radom Access Memory

    TCP - Transmission Control Protocol

    TV - televiso

    UDP - User Datagram Protocol

    Vcc - Tenso contnua

    Vca - Tenso alternada

    Web - World Wide Web

  • 5

    SUMRIO

    RESUMO.......................................................................................................... VII

    ABSTRACT ..................................................................................................... VIII

    LISTA DE ILUSTRAES ................................................................................. 1

    LISTA DE TABELAS .......................................................................................... 3

    LISTA DAS SIGLAS ........................................................................................... 4

    SUMRIO........................................................................................................... 5

    1.1 CONTEXTUALIZAO ................................................................................ 7

    1.2 OBJETIVOS ................................................................................................. 8

    1.3 JUSTIFICATIVA ........................................................................................... 8

    1.4 DIFERENCIAL EM RELAO A OUTROS PROJETOS ............................. 9

    1.5 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA .............................................................. 10

    2 AUTOMAO RESIDENCIAL ...................................................................... 11

    3 IMPLEMENTAO DO PROJETO ............................................................... 14

    3.1 EQUIPAMENTOS ...................................................................................... 15

    3.1.1 Atuadores ................................................................................................ 16

    3.1.2 Sensores ................................................................................................. 18

    3.2 MICROCONTROLADOR ............................................................................ 21

    3.2.1 ATmega328 ............................................................................................. 23

    3.2.2 ATtiny85 .................................................................................................. 24

    3.3 FONTE DE ALIMENTAO ....................................................................... 25

    3.4 CENTRAL ................................................................................................... 25

    3.5 MDULO .................................................................................................... 26

    3.6 COMUNICAO ........................................................................................ 27

    3.6.1 RS485 ..................................................................................................... 27

    3.6.2 RDIO FREQUENCIA ............................................................................. 29

    3.6.3 Bluetooth ................................................................................................. 32

    3.6.4 Ethernet ................................................................................................... 33

    3.6.5 INFRAVERMELHO ................................................................................. 35

    3.6.6 SUPERVISRIO ..................................................................................... 37

    3.7.1 Introduo ............................................................................................... 39

    3.7.2 Programao do supervisrio web .......................................................... 43

  • 6

    3.7.3 Programao da central .......................................................................... 43

    3.7.4 Programao dos mdulos ...................................................................... 46

    4 PROTTIPO ................................................................................................. 47

    4.1 PRIMEIRA ETAPA ..................................................................................... 47

    4.2 SEGUNDA ETAPA ..................................................................................... 49

    4.3 TERCEIRA ETAPA .................................................................................... 53

    5 CONCLUSO ................................................................................................ 55

    5.1 CONSIDERAES FINAIS ....................................................................... 55

    5.2 TRABALHOS FUTUROS ........................................................................... 55

    REFERNCIAS ................................................................................................ 57

    APNDICE A PGINA HOME ...................................................................... 61

    APNDICE B PGINA AMBIENTE 1 ............................................................ 64

    APNDICE C PROGRAMAO CENTRAL ................................................. 68

    APNDICE D PROGRAMAO MDULO 1 ............................................... 78

    APNDICE E PROGRAMAO MDULO 2 ............................................... 82

    APNDICE F ESQUEMTICO MDULO 1 .................................................. 85

    APNDICE G PCB MDULOS ..................................................................... 86

    APNDICE H APLICATIVO ANDROID ......................................................... 87

    ANEXO A DHT22 .......................................................................................... 90

    ANEXO B MAX485 ........................................................................................ 91

    ANEXO C nrf24l01 ........................................................................................ 92

  • 7

    1 INTRODUO

    1.1 CONTEXTUALIZAO

    A evoluo da tecnologia sempre esteve pautada no atendimento das novas

    necessidades do homem que este est sempre em busca do desenvolvimento de

    novos mecanismos que possam lhe trazer benefcios como conforto, qualidade de

    vida, segurana com custos decrescentes. A revoluo da maneira como as pessoas

    se conectam e se comunicam hoje em dia somado a popularizao dos equipamentos

    eletrnicos proporciona uma vasta gama de praticidade na realizao de tarefas do

    cotidiano jamais antes pensadas.

    A automao residencial surgiu justamente para melhorar a qualidade de vida,

    segurana, praticidade, conforto e se executa de maneira eficiente resultando em

    economia de energia dentro de uma residncia.

    Segundo Bolzani (2004), a automao residencial vem com o objetivo de

    integrar equipamentos e servios de maneira em que eles fiquem centralizados em

    um sistema inteligente e programvel, atravs do qual sejam possveis o controle e

    superviso de diversas tarefas de modo automtico. A preocupao crescente com

    a sustentabilidade resultando na busca por processos cada vez mais eficientes para

    reduo de consumo de energia est cada vez mais presente na realidade diria de

    empresas, de organizaes no governamentais e da sociedade. Um dos estudos em

    relao a esse assunto a implementao das redes inteligentes de energia Smart

    Grid. O uso deste conceito aliado com uma casa inteligente resulta em uma das

    vantagens que esta proporciona aos moradores.

    Segundo dados de mercado levantados pela Associao Brasileira de

    Automao Residencial (AURESIDE, 2014), ocorreu entre os anos de 2008 e 2011 o

    crescimento de 120% de aumento de empresas com interesse em oferecer solues

    de automao residencial no Brasil. Este aumento configurou uma queda de 50% nos

    valores finais dos produtos e servios ofertados nos ltimos cinco anos. Este

    panorama favorvel aliado a solues de fcil instalao faz com que o volume de

    projetos com automao no Brasil cresa de 30 a 40% ao ano e ainda deve continuar

    crescendo neste ritmo por um longo perodo, pois o mercado ainda pouco explorado.

  • 8

    1.2 OBJETIVOS

    O principal objetivo deste trabalho criar e tornar operacional um sistema para

    automatizar uma residncia utilizando diferentes tipos de comunicao. Para a

    comunicao entre o usurio e a central de controle sero utilizados os seguintes

    mtodos: ethernet, bluetooth e infravermelho. J a comunicao entre o controlador e

    os mdulos de automao utilizados em cada ambiente da residncia ser feita

    atravs de RS485, Radio Frequncia de 433Mhz e 2,4Ghz.

    Para o alcance do objetivo principal foram determinados objetivos secundrios

    que so: contextualizao da automao residencial no cenrio brasileiro; composio

    de um sistema de automao residencial; estudo de diferentes tipos de comunicao;

    implementao de um prottipo.

    1.3 JUSTIFICATIVA

    Segundo a CISCO (2013), empresa lder mundial na transformao em como

    as pessoas se conectam, se comunicam e colaboram, a "internet das coisas

    apontada como a prxima onda da tecnologia. A ideia de disponibilizar conexo em

    todos os lugares e fazer com que os objetos "conversem" a grande aposta da Cisco,

    segundo a qual este ser um mercado de US$ 19 trilhes na prxima dcada.

    A popularizao dos dispositivos de automao que podem ser conectados

    em rede permitindo o controle de diversas variveis de interesse remotamente, vem

    ao mesmo tempo tornando este tipo de tecnologia mais acessvel ao pblico e abrindo

    novos caminhos de possibilidades para esta nova era.

    Uma das aplicaes deste conceito que tem mostrado uma rpida evoluo e

    aceitao com certeza a automao residencial. Casas inteligentes controladas por

    aplicativos de celular, ou via internet, com capacidade de trocar informaes entre

    equipamentos eletrnicos e que permitem a interao do usurio remotamente esto

    cada vez mais presentes na vida das pessoas, garantindo muito mais conforto,

    segurana e economia a este tipo de ambiente.

  • 9

    Segundo dados retirados do censo demogrfico de 2010 do IBGE, no Brasil

    existem 57.324.167 domiclios particulares permanentes onde 56.595.495 possuem

    energia eltrica. De acordo com a Associao Brasileira de Automao Residencial

    (AURESIDE) cerca de 300.000 casas so automatizadas no Brasil e a quantidade de

    interessados por esta tecnologia vem crescendo consideravelmente.

    Tendo em vista o status da evoluo desta tecnologia aliado s vantagens

    acima apresentadas e ao cenrio brasileiro, que est se tornando favorvel, decidiu-

    se abordar mais a fundo caractersticas tcnicas sobre a automao de residncias

    neste trabalho de concluso de curso.

    1.4 DIFERENCIAL EM RELAO A OUTROS PROJETOS

    Verificou-se os trabalhos relacionados ao tema que foram realizados no curso

    de Engenharia Eltrica da Universidade Federal do Paran, sendo apresentado na

    sequncia os que se relacionam diretamente ao tema.

    Domtica voltada para plataformas mveis com sistema operacional Android.

    Neste trabalho o objetivo foi de desenvolver um aplicativo para plataformas mveis

    para realizar o gerenciamento e utilizar o microcontrolador LPC1768 para realizar a

    automao dos dispositivos (MARUAN B. MENDES e THIAGO M. MARCENGO,

    2011).

    Sistema embarcado com acesso sem fio. Neste projeto foi utilizado um

    hardware genrico de roteamento sem fio, um equipamento multifuncional que atende

    algumas necessidades de um escritrio, como por exemplo: Servios de

    compartilhamento de arquivos e impressoras, rede sem fio, monitoramento com

    cmera, roteamento e armazenamento de arquivos (EDUARDO M. NICKEL e

    WILLIAM K. S. M. BESSA, 2010).

    Automao residencial utilizando protocolo CAN. O protocolo CAN teve o

    principal enfoque do trabalho, porm foi feito um resumo dos demais protocolos

    existentes em automao residencial. Foi criado um sistema com o protocolo CAN

    utilizando um computador pessoal como integrador da rede de dados CAN, os

    componentes usados e um software para integrar todos os equipamentos (EDUARDO

    H. C. FERREIRA, 2009).

  • 10

    Domtica automao residencial. Trabalho realizado com nfase em explicar

    o que a automao residencial e os padres utilizados pelos fabricantes (SUHELEN

    R. HERNASKI, 2010).

    O trabalho que ser realizado a seguir se diferencia dos demais citados acima

    com especial enfoque em como o sistema se integrar com os equipamentos.

    Portanto o foco ser nas comunicaes que iro ocorrer entre todos os equipamentos

    do sistema. Existiro diferentes tipos de comunicao tais como: ethernet, bluetooth,

    infra-vermelho, rdio frequncia e RS485. Estes variados tipos de comunicao daro

    flexibilidade ao sistema de automao residencial.

    1.5 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA

    Este trabalho de concluso de curso est dividido em cinco captulos. O

    primeiro captulo apresenta a contextualizao do tema abordado, os objetivos

    principais e secundrios, a justificativa da importncia do tema assim como o

    diferencial em relao a outros trabalhos de concluso de curso. O captulo 2 revisa

    os conceitos sobre automao residencial. No terceiro captulo feita uma reviso

    bibliogrfica a respeito do sistema a ser criado, apontando os componentes do

    sistema e suas funcionalidades. Ainda neste captulo abordado os tipos de

    comunicaes utilizados para interligao dos dispositivos do sistema. O quarto

    captulo exibe o esquemtico e placas de circuito impresso do sistema que foi utilizado

    para criao do prottipo. E por fim, o ltimo captulo abrange as principais concluses

    obtidas a respeito do trabalho desenvolvido.

  • 11

    2 AUTOMAO RESIDENCIAL

    Segundo CEDOM (2013): A automao residencial tambm chamada

    domtica, cuja palavra consiste da juno entre casa em latim domus com a palavra

    robtica. o conjunto de tcnicas de controle e monitoramento que proporciona o

    gerenciamento de todos os recursos habitacionais.

    Domtica, notao largamente empregada na Europa, pode tambm ser

    explicada segundo publicao feita pela Associao Espanhola de Domtica (Cedom,

    2012): a automatizao e o controle aplicados residncia. Esta automatizao e

    controle se realizam mediante o uso de equipamentos que dispem de capacidade

    para se comunicar interativamente entre eles e com capacidade de seguir as

    instrues de um programa previamente estabelecido pelo usurio da residncia e

    com possibilidades de alteraes conforme seus interesses. Em consequncia, a

    domtica permite maior qualidade de vida, reduz o trabalho domstico, aumenta o

    bem-estar e a segurana, racionaliza o consumo de energia e, alm disso, sua

    evoluo permite oferecer continuamente novas aplicaes.

    Esta tecnologia comeou a ser definida nos anos 70 por um grupo de

    pesquisadores britnicos a partir da criao de um protocolo com o objetivo de

    comunicar dispositivos entre si. Este protocolo se chama X10 e ainda utilizado nos

    dias de hoje.

    As indstrias dominam esta rea da modernizao devido aos benefcios

    proporcionados. As tarefas passaram a ser realizadas automaticamente atravs de

    controladores programados reduzindo acidentes e falhas de equipamentos, trazendo

    maior segurana aos usurios, gerenciando o consumo de energia, aumentando a

    produtividade e eficincia. Este resultado positivo altamente difundido para o ramo

    industrial tornou-se base para implementao de uma casa inteligente, onde as

    principais vantagens so conforto, qualidade de vida, segurana, economia de

    energia, praticidade e valorizao do imvel.

    A implementao da domtica traz o aumento da qualidade de vida, uma vez

    que proporciona facilidade na execuo de tarefas dirias a medida em que estas

    podem ser programadas para serem executadas de maneira corriqueira sem mesmo

    precisar de interveno do usurio, gerando assim maior sensao de conforto.

  • 12

    Uma das principais necessidades do ser humano a de se sentir seguro, tanto

    quanto ao seu patrimnio quanto sua sade fsica. A presena de um sistema que

    possibilite o controle de variveis monitoradas como por exemplo presena,

    iluminao, alarmes de invaso e de incndio, vazo de gs e gua, imagens de

    segurana, controle de acesso, entre outras, resultam em um domiclio mais seguro.

    Existe tambm a necessidade de implementao de um sistema seguro para a

    preveno de acidentes com pessoas que precisam de cuidados especiais, como

    idosos e deficientes fsicos.

    Outro fator benfico deste tipo de sistema a possibilidade do gerenciamento

    de energia, onde possvel se realizar o controle de dispositivos que consomem maior

    energia, tais como aquecimento, ar condicionado, iluminao, fazendo com que seu

    funcionamento seja feito somente quando necessrio, evitando assim desperdcios.

    Em termos prticos pode-se dizer que a automao residencial proporciona a

    praticidade de substituir as aes humanas por aes pr-programadas

    implementadas automaticamente pelo sistema. Dentre elas destacam-se:

    acionamento automtico de luzes atravs de sensores de presena; controle de

    intensidade de luminosidade; controle de sistemas de irrigao, motores e cortinas

    eltricas; climatizao; monitoramento de ambientes com o uso de cmeras,

    acionamento de alarmes de invaso ou de controle ao incndio; controle de acesso,

    entre outros itens.

    Alm de todos os benefcios j citados, no mercado atual onde crescente a

    busca por tecnologia e modernizao, a indstria da automao residencial traz

    perspectiva de valorizao de imveis como casas inteligentes.

    A Figura 1 resume os elementos que podem ser controlados e monitorados

    em uma casa.

  • 13

    FIGURA 1 ILUSTRAO DAS VARIVEIS A SEREM CONTROLADAS FONTE: TECMUNDO (2011).

    Segundo informaes retiradas do artigo sobre automao residencial feito

    por Accordi e Dodonov (2012) foram desenvolvidos diferentes tipos de protocolos, ou

    seja, padres de comunicaes para a automao residencial, alguns destes foram

    criados especificamente para automao residencial e outros foram adaptados de

    outros setores, como por exemplo do setor automobilstico. Os protocolos encontrados

    so: X-10, CEBus, ZigBee, DALI, entre outros.

    O X-10 um protocolo de somente envio, utilizando a rede eltrica como meio

    de comunicao, a informao enviada de forma binria transmitida sempre que o

    sinal senoidal de tenso eltrica passa pelo zero.

    O CEBus trata-se de um protocolo que segue o modelo OSI, porm das 7

    camadas que este modelo divide, so usadas apenas as camadas fsica, rede,

    aplicao e enlace. Os meios fsicos que podem ser utilizados com este protocolo so:

  • 14

    rede eltrica, par tranado, cabo coaxial, infravermelhos, rdio frequncia e fibra

    ptica.

    O ZigBee um protocolo que diferente do X-10, envia e recebe os dados sem

    o uso de fios a frequncias de 868 MHz, 915 MHz e tambm de 2,4 GHz. Os

    equipamentos so flexveis, de fcil instalao e econmicos no ponto de vista de

    consumo de energia.

    DALI (Digital Addressable Lighting Interface) um protocolo de comunicao

    utilizado para o controle unicamente de iluminao. constitudo de um cabo de dois

    fios com fluxo de informao bidirecional (Teixeira, 2011). A norma IEC 60929

    especifica o padro internacional onde independente dos fabricantes dos produtos, o

    protocolo assegura a intercambialidade e a interoperabilidade dos dispositivos. O

    protocolo DALI no pode ser usado para controle de outros sistemas que no sejam

    de iluminao porm, eficaz para a seleo de informaes como por exemplo a

    ocorrncia de um defeito em uma luminria, fazendo-se til o seu interfaceamento

    com sistemas automticos em edifcios quando so necessrios relatrios de

    superviso remota e emisso de ordens de servio. Cada unidade que se deseja

    controlar com o uso deste protocolo recebe um endereo, assim possvel se

    comunicar com cada componente.

    3 IMPLEMENTAO DO PROJETO

    Um sistema de automao residencial composto por uma rede de

    comunicao que integra diferentes dispositivos eletrnicos que tm por funo o

    monitoramento e controle dos ambientes, propiciando todas as aplicaes descritas

    no item anterior. Os elementos constituintes deste sistema sero: Equipamentos,

    comunicao, supervisrio e programao. O diagrama esquemtico do projeto pode

    ser visto na Figura 2.

  • 14

    FIGURA 2 - ESQUEMTICO DO SISTEMA FONTE: O AUTOR (2014).

  • 15

    O sistema que este trabalho prope ter por finalidade a integrao de todos

    os dispositivos necessrios para se realizar o gerenciamento e controle de um

    domiclio.

    Cada ambiente de uma casa possuir um mdulo controlado por ATmega328

    ou Attiny85 a fim de fazer o controle de lmpadas, televises, cortinas, entre outros.

    Alm dos mdulos acoplados em cada ambiente, tambm necessrio acoplar uma

    central que ser capaz de armazenar todos os dados do sistema.

    Para realizar a integrao entre todos os dispositivos optou-se por estudar

    diferentes tipos de comunicao tais como: padro serial RS485, ondas de rdio

    frequncia, bluetooth ,protocolo ethernet e raios infra-vermelho. Com esta diversidade

    de comunicaes o sistema preparado para as diferentes situaes nos domiclios.

    Por exemplo o controle de porto, luminrias, aquecimento de piscina, ou seja,

    equipamentos que esto em um ambiente externo, sem conexo com o interior da

    residncia.

    Cada mdulo ter a possibilidade de se comunicar com outro mdulo e

    tambm com a central.

    A central estar conectada internet atravs da comunicao ethernet com a

    finalidade de, atravs de um supervisrio, ter a possibilidade de controlar e monitorar

    toda a residncia, podendo o usurio interferir nos equipamentos de sua residncia

    mesmo no estando prximo a ela. Para realizao desta operao, a central tambm

    se comunicar com os mdulos de forma ativa, ou seja, enviando comandos.

    Alm do uso do supervisrio o usurio poder fazer o controle de sua

    residncia atravs de um controle remoto que emita raios infra-vermelho e tambm

    atravs de um celular, tablet com o uso do bluetooth.

    3.1 EQUIPAMENTOS

    Para o desenvolvimento do controle e monitoramento de uma residncia,

    necessrio escolher adequadamente os equipamentos que compe o sistema. O

    microcontrolador ter o papel de comandar os sensores e atuadores por meio de

    lgicas pr-definidas. O usurio dar as ordens ao microcontrolador que por sua vez

  • 16

    far o processamento das medies feitas pelos sensores e tambm realizar aes

    por meio dos atuadores.

    3.1.1 Atuadores

    Os atuadores sero os elementos fsicos mais prximos do equipamento a ser

    operado, necessrios para que as funes ordenadas pelo morador sejam traduzidas

    em aes. Como exemplo de atuadores temos: rel, solenoides, contatores, entre

    outros.

    Estes dispositivos so basicamente interruptores eletromecnicos. O

    microcontrolador enviar um sinal para mudana de estado destes interruptores,

    acionando ou desligando os equipamentos ligados a ele.

    Os itens que podem ser controlados so cortinas, portes eltricos,

    eletrodomsticos, ar-condicionado, avisos sonoros de alarme, avisos visuais,

    lmpadas.

    3.1.1.1 Rel

    O exemplo mais comum a ser citado o acionamento de uma lmpada com

    uso de rel, conforme Figura 3.

    FIGURA 3 - ESQUEMTICO USO DE REL FONTE: O AUTOR (2014).

  • 17

    Ao conectar um rel a uma lmpada, este funcionar como um interruptor,

    quando o residente desejar acender a luz, o microcontrolador receber o comando e

    mandar, atravs de sinal eltrico, o rel fechar os contatos acendendo assim a

    lmpada. Como o rel opera com um sinal de tenso de 5Vcc, o microcontrolador

    capaz de fornecer a tenso adequada para mudana de estado dos contatos do rel.

    De acordo com a ABNT, o rel de proteo um dispositivo por meio do qual

    um equipamento eltrico operado quando se produzem variaes nas condies

    deste equipamento ou do circuito em que ele est ligado, ou em outro equipamento

    ou circuito associado.

    Para o projeto ser usado um rel com bobina e contato interno. Ao passar

    corrente pela bobina, esta induz um campo magntico atraindo um pino interno

    fechando o contato conforme ilustrado na Figura 4.

    FIGURA 4 - REL FONTE: ELECTRONICA-PT (2014).

    Para fornecer uma corrente adequada ao rel preciso conectar um transistor

    a fim de aumentar a corrente fornecida pelo microcontrolador. Tambm necessrio

    utilizar um diodo para no ocorrer inverso do sentido de corrente podendo danificar

    o microcontrolador. Pode-se ver na figura 5, o esquemtico composto por transistor,

    diodo, resistncia e o rel.

  • 18

    FIGURA 5 - ESQUEMTICO MDULO REL FONTE: O AUTOR (2014).

    3.1.2 Sensores

    Segundo o livro Sensores Industriais (THOMAZINI e ALBUQUERQUE, 2005),

    sensor termo empregado para designar dispositivos sensveis a alguma forma de

    energia do ambiente que pode ser luminosa, trmica, cintica, relacionando

    informaes sobre uma grandeza que precisa ser medida, como: temperatura,

    presso, velocidade, corrente, acelerao, posio, etc.

    Os sensores so responsveis pelo monitoramento de grandezas fsicas em

    uma automao residencial, as quais podem ser temperatura, umidade, presena,

    entre outras, podendo estas serem detectadas pontualmente e transformadas em

    sinais eltricos que sero tratados pelo controlador.

    Existem diversos tipos de sensores e eles podem ser divididos em sensores

    analgicos e sensores digitais. Os sensores analgicos so baseados em sinais

    analgicos, ou seja, sinais que variam entre dois valores de tenses. Est variao

    pode ou no ser linear dependendo do sensor utilizado. Os sensores digitais utilizam

    valores de tenses definidos, por exemplo o nvel de tenso alto (1) ou nvel de tenso

    baixo (0), no existindo valor intermedirio entre estes.

  • 19

    3.1.2.1 Sensor de presena

    O sensor de movimento muito utilizado na domtica, pois este capaz de

    detectar movimentos ocorridos em uma determinada rea de alcance. Atualmente, em

    vrios edifcios este tipo de dispositivo utilizado para acendimento automtico de

    luminrias em reas comuns, outro uso bastante empregado no quesito de

    segurana, onde o sensor aciona um alarme caso ocorra o movimento de um objeto

    ou de uma pessoa.

    O mtodo de medio de intruso feito por sensores que utilizam

    infravermelho, como o PIR, que um dispositivo eletrnico capaz de detectar a

    presena de pessoas ou animais atravs da diferena do calor emitido pelo corpo em

    questo e o espao ao redor. Para obter uma melhor cobertura da regio em que est

    inserido o PIR tem uma lente de Fresnel que distribui os raios infravermelhos em

    diferentes zonas horizontais ou inclinadas aumentando assim sua rea de atuao.

    Na Figura 6 encontra-se o sensor PIR.

    FIGURA 6 - SENSOR DE PRESENA PIR FONTE: FUTURLEC (2014).

    Outro dispositivo utilizado para deteco de presena feito com o uso do

    sensor PIR associado ao sensor ultrassnico, com o uso de dois sensores diferentes

    feita dupla deteco para evitar alarmes falsos. O funcionamento do sensor

    ultrassnico ocorre com a ativao do cristal de quartzo, que emite ondas

    ultrassnicas em frequncias entre 25 e 40kHz para realizar a deteco de presena.

    Essas ondas emitidas so comparadas com a frequncia do sinal refletido (efeito

    Doppler) e a diferena entre elas interpretada como presena no espao de

    cobertura do sensor (Silva, 2009).

  • 20

    3.1.2.2 Sensor de temperatura

    Existem diversos tipos de sensores de temperatura empregados em

    automao residencial, cada um com sua caracterstica especfica para se empregado

    em diferentes casos, como por exemplo: medies de temperatura em ambientes

    abertos onde existe a necessidade de um encapsulamento no sensor, medies de

    temperatura com maior exatido, medies de temperatura em faixas diferentes das

    temperaturas ambientes, entre outras.

    Um sensor utilizado em projetos eletrnicos o sensor de temperatura LM35.

    Este sensor empregado na medio de temperaturas ambientes devido a sua faixa

    de medio, entre -55C a 150C, e tambm por sua preciso.

    O sensor faz uma medio da temperatura ambiente e fornece uma tenso

    analgica conforme a temperatura medida. Ao conectar um microcontrolador a este

    sensor, o microcontrolador poder fazer a anlise dessa tenso analgica fornecida

    pelo sensor, transformando assim em um valor em graus Celsius compreensvel pelos

    moradores.

    Outro sensor que tambm faz medio de temperatura o sensor DHT22 que

    tem a capacidade de realizar a medio de temperatura e tambm de umidade.

    3.1.2.3 Sensor de umidade

    Um exemplo de sensor de umidade o sensor DHT22, tambm chamado de

    AM2302. Sua sada de sinal calibrada digital, dependendo de um microcontrolador

    para a anlise do sinal.

    Pode-se ver na Figura 7 o sensor de umidade.

  • 21

    FIGURA 7 - SENSOR DE UMIDADE FONTE: O AUTOR (2014).

    A alimentao deve ser entre 3.3 e 6 Vcc e a corrente, durante a transmisso

    do sensor com o microcontrolador, de 2,5mA. Suas especificaes podem ser

    encontradas no datasheet no anexo A.

    O uso de um sensor de umidade em conjunto com o sensor de temperatura

    pode futuramente auxiliar na criao de um sistema automtico de climatizao de ar.

    Para este projeto foi usado a biblioteca chamada DHT.h criada pela empresa

    Adafruit a fim de se obter os valores de temperatura e umidade do sensor. Ao realizar

    a programao necessrio digitar para se obter os valores de umidade e temperatura

    os seguintes comandos criados pela empresa (ADAFRUIT, 2011):

    float u = dht.readHumidity();

    float t = dht.readTemperature();

    No caso apresentado as variveis u e t receberam a atribuio dos valores de

    umidade e temperatura. A partir deste momento pode-se usar essas variveis para

    enviar para a central os valores medidos.

    3.2 MICROCONTROLADOR

    Na domtica, o microcontrolador um dos principais dispositivos, ele que

    ir formar o sistema adquirindo dados dos sensores e controlando os atuadores

    atravs de um supervisrio que ser explicado no captulo 3.6.6.

  • 22

    O microcontrolador ou MCU (micro controller unit) um dispositivo que possui

    todas as funcionalidades de um computador, porm esto encapsulados em um nico

    chip. Os componentes essenciais formadores so:

    Unidade central de processamento (CPU);

    Memrias de dados e de programa;

    Barramentos de dados, instrues e de controle;

    Portas de entrada e de sada (E/S);

    Perifricos tais como conversores analgicos digitais, osciladores internos.

    FIGURA 8 - ESTRUTURA DE UM MICROCONTROLADOR FONTE: PASTRO (2012).

    Os microcontroladores utilizados exigem uma frequncia de clock inferior aos

    microprocessadores modernos, mas sua utilizao satisfatria para este projeto. O

    seu consumo de energia pequeno assim como seu custo por possuir memria e

    capacidade de processamento inferiores as de um computador do tipo desktop. Os

    microcontroladores no possuem conectores de entrada e sada, acessrios como

    botes, leds, displays e por isso necessrio montar um kit de desenvolvimento. O kit

    de desenvolvimento que vem sendo cada vez mais utilizado o Arduino, mostrado na

    Figura 9. (ARDUINO, 2013)

  • 23

    FIGURA 9 - KIT DE DESENVOLVIMENTO ARDUINO UNO FONTE: ARDUINO (2013).

    Os diversificados tipos de MCU se diferem em suas propriedades fsicas, tais

    como: quantidade de memria, tenso de alimentao, velocidade de processamento,

    arquitetura fsica e instrues. Para o projeto ser utilizado o chip do prximo item.

    3.2.1 ATmega328

    Ser utilizado para o prottipo o microcontrolador ATmega328, conforme

    Figura 10.

    FIGURA 10 - ATMEGA328-PU FONTE: O AUTOR (2014).

    O ATmega328 um microcontrolador 8 bit da famlia AVR e sua pinagem

    pode ser vista na figura 11.

  • 24

    FIGURA 11 - PINAGEM ATMEGA328-PU FONTE: ATMEL (2014).

    O ATmega328 um microcontrolador de alta performance, porm com baixo

    consumo de energia. A execuo das funes so feitas em um nico ciclo de clock.

    Dos 28 pinos, possui 14 pinos digitais de entrada e sada, onde 6 destes pinos podem

    ser usados como sada PWM. Existem tambm 6 pinos de entradas analgicas. A

    tenso de operao de 5 Volts. Sua memria flash de 32KB onde 0.5KB so

    usados pelo bootloader. Tambm possui 2KB de SRAM, 1KB de EEPROM e um clock

    de 16MHZ ao acoplar um cristal, (ATMEL, 2014).

    Para o prottipo do sistema de domtica o uso deste microcontrolador

    possibilitar a leitura da medio de sensores e o acoplamento de atuadores.

    3.2.2 ATtiny85

    O tambm microcontrolador ATtiny85 (Figura12) ser empregado no sistema

    a fim de se observar como se comporta este tipo de chip visto que sua capacidade de

    pinos reduzida se comparado ao ATmega328.

    FIGURA 12 - PINAGEM ATTINY85 FONTE: ATMEL (2014).

  • 25

    Este chip possui um encapsulamento com 8 pinos e um oscilador interno de

    20Mhz. Sua memria flash de 8 Kbytes para armazenar o cdigo, 512 bytes de

    SRAM interna para processar as informaes e 521 bytes de EEPROM para

    armazenar os dados. Dos oito pinos, seis so pinos de entrada e sada, sendo o

    restante pino de alimentao 2,7 a 5,5 Vcc e terra, (ATMEL,2014).

    3.3 FONTE DE ALIMENTAO

    Todos os componentes do sistema precisam ser alimentados com um valor

    de tenso adequado. Os dispositivos que sero acoplados nos ATmega328 do

    sistema operam com uma tenso entre 3,3 Vcc e 5 Vcc. Para o microcontrolador

    fornecer estas tenses necessrio o uso de uma fonte de alimentao externa entre

    os limites de 7 Vcc a 12 Vcc.

    3.4 CENTRAL

    A central consiste de um microcontrolador ATmega328 capaz de se conectar

    internet a fim de se fazer o controle e monitoramento via web e tambm ela que

    ir receber informaes vindas dos mdulos tais como informaes dos estados dos

    equipamentos e dos sensores. Ao receber um comando via supervisrio do usurio,

    a central dever enviar dados para os mdulos atravs de comunicao serial RS485

    e rdio frequncia de 433Mhz e 2,4Ghz.

    A central composta pelos seguintes componentes:

    Kit de desenvolvimento Arduino UNO

    Mdulo Ethernet W5100

    Fonte de alimentao

    MAX485 (RS485)

    Transmissor e receptor RF 433Mhz

    nRF24L01 2,4Ghz

    No quarto captulo ser abordado a montagem e esquemtico deste

    equipamento.

  • 26

    3.5 MDULO

    Para montagem dos mdulos ocorrer duas situaes distintas. A primeira

    situao com o uso do ATmega328 e a segunda com o uso do ATtiny85.

    Os mdulos que sero microcontrolados por um ATmega328 e sero

    responsveis por cada ambiente em que estiverem instalados podero ser

    controlados via Bluetooth e raios infravermelho. Este mdulo composto pelos

    seguintes componentes:

    ATmega328

    Fonte de alimentao

    MAX485 (RS485)

    Transmissor e receptor RF 433Mhz

    nRF24L01 2,4Ghz

    Bluetooth

    Infravermelho

    Sensores

    Atuadores

    Com o uso do ATtiny85 o usurio ter um menor nmero de facilidades devido

    a capacidade deste microcontrolador, por este motivo o morador ter somente a

    possibilidade de controlar seu cmodo atravs de Bluetooth, ou pelo supervisrio da

    internet. A composio deste mdulo ser:

    ATtiny85

    Fonte de alimentao

    Bluetooth ou rdio frequncia ou RS485

    Atuadores ou sensores

    No quarto captulo ser abordado a montagem e esquemtico deste

    equipamento.

  • 27

    3.6 COMUNICAO

    O sistema de domtica a ser implementado ser constitudo de uma central

    microcontrolada que se comunica enviando comandos e recebendo dados com vrios

    mdulos tambm microcontrolados, distribudos por diferentes ambientes de uma

    mesma habitao.

    Sero estudados diferentes tipos de comunicao entre central e mdulo: por

    fio, por rdio frequncia de 433Mhz e 2,4Ghz.

    Os tipos de comunicao utilizados pelos usurios para acionar os

    equipamentos sero: bluetooth, ethernet e infravermelho.

    3.6.1 RS485

    O mtodo mais usualmente utilizado para comunicao entre dispositivos

    feito com o uso de cabos. Os cabos fazem a conexo atravs de um barramento,

    assim todos os dispositivos que forem capazes de realizar esta comunicao podem

    ser conectados ao barramento.

    O microcontrolador no capaz de fornecer uma corrente adequada para

    envio de dados a uma longa distncia, para isso necessrio utilizar um dispositivo

    para aumentar a potncia do sinal a ser enviado.

    O dispositivo escolhido para realizar esta comunicao o MAX485, conforme

    figura 13.

    FIGURA 13 - MAX485 FONTE: O AUTOR (2014).

    O mdulo MAX485 utiliza o padro de comunicao RS-485, tambm

    conhecido como EIA-485, o RS advindo da abreviao de Recommended Standard.

  • 28

    Este nome uma padronizao criada pelo comit Electronic Industries Association

    onde o objetivo era de padronizar uma interface comum de comunicao de dados

    entre vrios componentes. Mais informaes sobre o MAX485 podem ser vistas no

    anexo B.

    A comunicao RS485 feita pela diferena entre as tenses que as linhas

    transmitem, resultando em 1 ou 0. Pode ser feita a comunicao half-duplex e full-

    duplex. A comunicao half-duplex um mtodo de envio de dados onde eles

    trafegam somente em um sentido por vez, assim, a capacidade total da linha pode ser

    usada. Por outro lado, a comunicao full-duplex um mtodo de envio de dados

    simultneo, ou seja, os dados podem ser enviados e recebidos ao mesmo tempo. Para

    o projeto ser utilizado a comunicao half-duple.

    Existem 4 terminais (DE, RE, GND e VCC) no mdulo MAX485 e um borne

    de sada (A, B). Os terminais VCC e GND so a alimentao de 5Vcc e o terra

    respectivamente, para transmisso necessrio alimentar com 5Vcc os terminais DE

    e RE e com o GND nos terminais RE e DE do receptor.

    Para realizao da comunicao entre os diversos mdulos e a central foi

    usada a biblioteca VirtualWire.h. Esta biblioteca tem por finalidade o envio de

    pequenas mensagens, sem endereamento utilizando modulao ASK, ou seja, o

    sinal digital a ser transmitido variado em funo da alterao da amplitude da onda

    portadora. Esta onda portadora comutada entre dois valores, usualmente ligado e

    desligado, 1 ou 0 . O uso da modulao ASK serve como sincronizao entre o

    transmissor e o receptor.

    O comando utilizado para envio dos dados aps definida a mensagem a ser

    entregue :

    vw_send((uint8_t *)msg, strlen(msg));

    A leitura da mensagem que foi entregue feita atravs de armazenamento

    dos dados (&buflen) em um vetor de tamanho varivel conforme a mensagem. Para

    programao necessrio que o vetor de armazenamento dos dados esteja em uma

    funo condicionante SE, est funo ir analisar se existe alguma mensagem

    recebida. Caso exista esta mensagem o microcontrolador ser capaz de informar cada

    dado desta mensagem que foi armazenada em um vetor:

    if (vw_get_message(buf, &buflen))

    {

    mensagem = &buflen;

  • 29

    }

    3.6.2 RDIO FREQUENCIA

    A comunicao feita por rdio frequncia no utiliza cabos entre os

    equipamentos. So utilizados rdios para fazer a transmisso e o recebimento dos

    dados por meio de campos ou ondas eletromagnticas ponto a ponto.

    Rdio frequncia so sinais que se propagam por um condutor cabeado,

    normalmente cobre, e so irradiados no ar atravs de uma antena. Uma antena

    converte um sinal do meio cabeado em um sinal wireless (sem fio) e vice-versa. Os

    sinais irradiados no ar livre, em forma de ondas eletromagnticas, propagam-se em

    linha reta e em todas as direes (SENAI,2014).

    Para o projeto sero utilizadas duas faixas de frequncia distintas: 433Mhz e

    2,4Ghz.

    3.6.2.1 Rdio frequncia 433Mhz

    Para a comunicao entre a central e os mdulos, o uso de rdio frequncia

    ser um dos mtodos utilizados. Com este mtodo os mdulos podero ser instalados

    com mais facilidade em locais mais afastados e em locais onde os eletrodutos no se

    interligam com o cmodo onde a central estar localizada, por exemplo em portes

    que esto localizados fora da casa onde o acesso por fio difcil e dispendioso de ser

    realizado.

    O mdulo a ser adotado para o uso da faixa de frequncia de 433MHz pode

    ser visto na Figura 14:

  • 30

    FIGURA 14 - RECEPTOR E TRANSMISSOR RF433MHZ FONTE: O AUTOR (2014).

    A modulao em amplitude (AM), que na acepo de Haykin e Moher (2011),

    a forma com que o mdulo realiza a transmisso de dados, ou seja, a portadora tem

    sua amplitude variada conforme a informao que se deseja transmitir.

    Segundo dados retirados do fabricante (ON SHINE ENTERPRISE, 2010) o

    alcance de transmisso de at 200 metros. A taxa de transferncia de 4KB/s com

    uma potncia de transmisso de 10mW. O mdulo de recepo opera com uma

    sensibilidade de -105dB.

    Na figura 14 pode ser visto a direita o mdulo de transmisso, e na esquerda

    o mdulo de recepo. Para utilizao destes mdulos basta aliment-los com 3,3Vcc,

    acopl-los ao terra e por fim enviar o sinal digital ao mdulo. Este sinal digital ser

    amplificado pelo mdulo e enviado via ondas eletromagnticas ao mdulo receptor.

    O envio e recebimento de dados com o uso destes mdulos tambm feito

    via biblioteca VirtualWire.h.

    Para se obter o alcance mximo necessrio a implementao de antenas.

    O comprimento da antena calculado em funo da sada do amplificador e o meio

    fsico que ser transmitido o sinal, no caso o ar. Utilizando uma haste vertical, o

    comprimento da antena 1/4 do comprimento de onda da frequncia envolvida. O

    valor de 1/4 uma constante que representa uma onda senoidal quando passa de um

    meio para outro.

    O comprimento de onda :

    =

    (3.1)

    onde

    : lmbida, ou seja, comprimento de onda, em metros;

  • 31

    c: a velocidade da onda eletromagntica no meio 300x10 elevado a 8 m/s;

    f: a freqncia.

    Para freqncia igual a 433Mhz obtemos:

    =300108

    433108 (3.2)

    = 0,69284 (3.3)

    Com isso, o comprimento da antena igual ao comprimento de onda dividido

    por 4:

    =

    4 (3.4)

    =0,69284

    4 (3.5)

    = 17,3 (3.6)

    3.6.2.2 Rdio frequncia 2,4Ghz

    Outra possibilidade de implementao de comunicao por rdio frequncia

    a utilizao de mdulos NRF24L01, esse nico mdulo possui a capacidade de

    transmisso e recepo de ondas eletromagnticas na faixa de frequncia de 2,4GHz.

    As caractersticas do mdulo NRF24L01 podem ser vistas no Anexo C.

    FIGURA 15 - NRF24L01 FONTE: O AUTOR (2014).

  • 32

    Este dispositivo de transmisso e recepo de sinais utilizado em aplicaes

    industriais permitindo comunicao de vrios pontos de modo a formar uma rede

    completa.

    A capacidade de alcance de recepo e envio de sinal de 100 metros, com

    um consumo pequeno de energia. No h necessidade de acoplar uma antena. Este

    mdulo possui protocolo de comunicao ShockBurst para transmisso de dados.

    3.6.3 Bluetooth

    Para o usurio comandar a residncia inteligente, um dos mtodos utilizados

    para comunicao entre os dispositivos mveis e o mdulo o uso de bluetooth. Para

    isso so utilizados receptores que usam a tecnologia bluetooth. No sistema escolhido

    os dispositivos mveis (celulares ou tablets) sero os responsveis pela transmisso

    de dados.

    A tecnologia Bluetooth um dispositivo de curto alcance, cujo

    objetivo eliminar os cabos nas conexes entre dispositivos eletrnicos, tanto

    portteis como fixo. As principais caractersticas desta tecnologia so suas

    confiabilidades, baixo consumo e mnimo custo. Vrias das funes das

    especificaes opcional, o que permite a diversificao dos produtos.

    Dispositivos Bluetooth operam na faixa ISM (Industrial, Scientific, Medical)

    centrada em 2,45 GHz em sua camada fsica de Rdio (RF) que era

    formalmente reservada para alguns grupos de usurios profissionais. Nos

    Estados Unidos, a faixa ISM varia de 2400 a 2483,5 MHz. Na maioria da

    Europa a mesma banda tambm est disponvel. No Japo a faixa varia de

    2400 a 2500 MHz. Os dispositivos so classificados de acordo com a potncia

    e alcance, em trs nveis: classe 1 (100 mW, com alcance de at 100 m),

    classe 2 (2,5 mW e alcance at 10 m) e classe 3, (1 mW e alcance de 1 m,

    uma variante muito rara). Cada dispositivo dotado de um nmero nico de

    48 bits que serve de identificao. Os dispositivos Bluetooth se comunicam

    entre si e formam uma rede denominada piconet, na qual podem existir at

    oito dispositivos interligados, sendo um deles o mestre (master) e os outros

    dispositivos escravos (slave); uma rede formada por diversos "masters" (com

    um numero mximo de 10) pode ser obtida para maximizar o nmero de

    conexes. A banda dividida em 79 portadoras espaadas de 1 Megahertz,

    portanto cada dispositivo pode transmitir em 79 diferentes frequncias; para

  • 33

    minimizar as interferncias, o dispositivo "master", depois de sincronizado,

    pode mudar as frequncias de transmisso dos seus slaves" por at 1600

    vezes por segundo. Em relao sua velocidade pode chegar a 3 Mbps em

    modo de transferncia de dados melhorada (EDR) e possui trs canais de

    voz. Toda transferncia de dados se d no canal fsico que se subdivide em

    unidades de tempo, denominadas ranhuras. E os dados intercambiados entre

    os dispositivos transitam em forma de pacotes, estes por sua vez devero

    chegar a estas ranhuras para que a transmisso de dados ocorra com

    sucesso. Uma das caractersticas da tecnologia Bluetooth a capacidade de

    transmisso de dados bidirecional, e isso se deve a tcnica por ela utilizada

    de mltiplo acesso ou Duplex por diviso de tempo (TDD). Sobre o canal

    fsico podemos dizer que composto por uma camada de enlace fsico e

    canais com seus devidos protocolos de controle. A hierarquia abaixo e acima

    dos nveis de enlaces a seguinte: Canal fsico, enlace fsico, comunicao

    lgica, enlace lgico e canal L2CAP. (BONATTO e OLIVEIRA, 2013)

    Neste sistema ser criado uma aplicao para dispositivos mveis com

    sistema operacional Android. Este aplicativo ser o responsvel por utilizar a

    tecnologia de transmisso bluetooth para enviar dados, por exemplo do celular para o

    mdulo acoplado ao microcontrolador. O microcontrolador ir fazer o tratamento dos

    comandos recebidos pelo celular. O dispositivo bluetooth receptor recebe os dados e

    envia via serial ao microcontrolador. O Apndice H mostra como foi feito o aplicativo.

    3.6.4 Ethernet

    O acesso ao supervisrio, que ser explicado no prximo captulo, se dar por

    uma pgina na web conectada internet. Esta pgina se conectar ao

    microcontrolador central para coletar comandos feitos pelo usurio e mostrar como o

    sistema est se comportando, ou seja, quais equipamentos esto operando, como

    esto comportando os sensores.

    Para isso, o Arduino Uno deve ter a capacidade de se comunicar via protocolo

    ethernet com o roteador. Inserindo um mdulo ethernet no atmega328, este se

    conectar a internet.

    O mdulo escolhido possui um chip Wiznet W5100 com uma biblioteca de

    network (IP) com suporte aos protocolos TCP e UDP, (WIZNET, 2011).

  • 34

    A conexo entre o ATmega328 e o mdulo ethernet feita por ICSP, mtodo

    de gravao de dispositivos programveis. Este mtodo faz com que aps a

    montagem do circuito seja possvel fazer a gravao de um programa no chip atravs

    da porta serial.

    O mdulo ethernet se conecta a central e para ter conexo com a internet

    necessrio utilizar um cabo de rede com conector RJ45, fazendo assim a ligao do

    Wiznet W5100 com o roteador da residncia. Na figura 16 pode-se visualizar o mdulo

    ethernet a ser utilizado no sistema.

    FIGURA 16 - MDULO ETHERNET FONTE: O AUTOR (2014).

    Com o uso deste mdulo dever ser programado na central as configuraes

    de rede utilizando a biblioteca Ethernet.h.

    byte mac[] = { 0xDE, 0xAD, 0xBE, 0xEF, 0xFE, 0xED };

    byte ip[] = { 192,168,0,99};

    byte gateway[] = { 192,168,0,1};

    byte subnet[] = { 255,255,255,0};

    Server server(8080);

    A varivel declarada como byte mac o endereamento fsico do mdulo

    ethernet a ser utilizado. Byte IP representa o endereo de IP que o microcontrolador

    assumir e byte gateway o endereo de IP do roteador. Byte subnet representa a

    mscara de rede. Por fim, a porta do servidor a ser utilizado escolhida e setada, no

    caso acima a escolhida foi 8080.

  • 35

    3.6.5 INFRAVERMELHO

    O uso de sensores infravermelho muito empregado nas residncias. O

    controle remoto, por exemplo, funciona atravs do envio de sinais infravermelho para

    televises, ar-condicionado, equipamentos de som a fim de regular a intensidade de

    volume, regular o brilho, ligar e desligar, acionar portes de garagem.

    Para o sistema, o meio de comunicao por infravermelho possibilitar o uso

    de um controle remoto para acionamento dos equipamentos de cada ambiente.

    Dever ser acoplado aos mdulos de cada ambiente um sensor de

    infravermelho, usualmente chamados de sensores IR e o modelo a ser utilizado no

    projeto ser o TSOP4838.

    FIGURA 17 - SENSOR IR FONTE: O AUTOR (2014).

    Primeiro necessrio escolher um controle remoto para envio dos sinais, a

    partir deste dever ser analisado e colocado em uma tabela os cdigos que so

    enviados ao apertar de um boto. Com esta tabela de cdigos possvel programar

    qual ao ser feita ao ser pressionado os diferentes botes do controle remoto.

    Para o uso deste sensor utilizou-se a biblioteca IRremote.h (SHIRRIFF, 2009).

    Utilizando a biblioteca ao executar o comando a seguir foi possvel obter os

    valores de forma decimal recebidos pelo sensor.

    if (irrecv.decode(&results))

    {

    Serial.println(results.value, DEC);

    }

  • 36

    Nos mdulos de cada ambiente ser programado no ATmega328 o que cada

    cdigo executar de funo. Pode-se ver a seguir o que cada cdigo de cada boto

    apertado do controle executa no ambiente.

    TABELA 1 CDIGOS ENVIADOS PELO CONTROLE

    Boto do

    controle

    Cdigo

    recebido

    1 1

    2 2

    3 3

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    0

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    0

    FONTE: O AUTOR, 2014.

    Os cdigos que o controle remoto enviou so exatamente o nmero do teclado

    alfanumrico do controle. Com esta tabela pode-se definir o que cada boto ir

    executar no ambiente em que estivar instalado o sensor infravermelho.

    TABELA 2 CDIGO DO CONTROLE E SUA FUNO NO SISTEMA

    Boto do

    controle

    Cdigo

    Recebido

    Ligar/

    Desligar

    Equip. 1

    Ligar/

    Desligar

    Equip. 2

    Ligar/

    Desligar

    Equip. 3

    1 1 X

    2 2 X

    3 3 X

    FONTE: O AUTOR, 2014.

  • 37

    3.6.6 SUPERVISRIO

    Todo o sistema ser monitorado e controlado por um supervisrio, ou seja,

    ser implementada uma interface grfica no qual o usurio poder visualizar como

    est se comportando sua residncia assim como control-la.

    Para realizao do supervisrio, optou-se por desenvolver uma pgina na web

    (World Wide Web), que est conectada internet e pode ser acessada por

    computadores, ou por quaisquer outros dispositivos com acesso internet, em

    qualquer lugar do mundo.

    A base de linguagem de programao PHP ser usada para comunicao

    entre a pgina da web e o microcontrolador. Esta linguagem possui cdigo fonte livre.

    O cdigo para criao da pgina pode ser visto no apndice A.

    Ao realizar a programao da mensagem foi utilizado no computador o

    servidor apache XAMPP. Esse servidor possibilita a comunicao atravs de portas

    entre o roteador que o computador est conectado e o microcontrolador que possui a

    placa ethernet.

    Para ter acesso a pgina onde poder monitorar e controlar sua residncia, o

    usurio dever entrar dados como login (autenticao) e senha, forma pela qual o

    usurio poder restringir o acesso somente s pessoas autorizadas que desejam

    utilizar o controle de sua moradia, conforme prxima figura.

    FIGURA 18 - CONTROLE DE ACESSO FONTE: O AUTOR (2014).

  • 38

    Para realizao desta autenticao foi utilizado uma biblioteca pronta em php

    chamada Page Password Protect 2.13.

    Aps feito este processo, uma pgina ser aberta conforme Figura 19.

    FIGURA 19 - PGINA DA CASA INTELIGENTE FONTE: O AUTOR (2014).

    Nesta pgina o usurio poder visualizar a planta da sua residncia e partir

    dela escolher qual o ambiente que deseja fazer o controle e monitoramento.

    Quando o usurio acessa algum ambiente uma nova pgina se abre, esta

    nova pgina (figura 20) mostrar informaes como:

    Equipamentos que esto sendo monitorados que podem ser controlados;

    Sensores de temperatura, umidade;

    Lmpadas.

    Para a pgina web se conectar com o mdulo ethernet acoplado no

    microcontrolador foi necessrio definir o mesmo ip e mesma porta na pgina web.

  • 39

    FIGURA 20 - PGINA REFERENTE AO AMBIENTE 1 FONTE: O AUTOR (2014).

    3.7 PROGRAMAO

    3.7.1 Introduo

    A comunicao serial usada para programao dos chips ATmega328, j

    que estes j possuem bootloader de fbrica, ou seja, o sistema operacional j vem

    carregado e pronto para uso.

    A programao foi feita utilizando o software(programa) Arduino IDE, de

    cdigo aberto. O ambiente Arduino escrito em java e baseado no programa

    Processing, onde uma das possveis linguagens de programao utilizadas o C, esta

    foi escolhida para o projeto.

    A programao realizada se divide em trs tipos:

    a) Programao do supervisrio web;

    b) Programao para a central;

    c) Programao para os mdulos.

  • 40

    Para o uso dos dispositivos de comunicao foram utilizados diversos tipos

    de bibliotecas prontas a fim de garantir o correto envio e recebimento das mensagens,

    porm as mensagens que sero enviadas de um mdulo para outro ou de um mdulo

    para a central e vice-versa foi criada pelo autor deste trabalho seguindo regras que

    sero melhor explicadas a seguir.

    O principal componente da programao a declarao de variveis de cada

    ambiente:

    char Luz1[7] = "0001L#";

    Esta varivel uma string, ou seja, uma cadeia de caracteres que definir o

    estado de cada equipamento: ligado (1) ou desligado (0). Os trs primeiros dgitos

    representam trs equipamentos e seus estados: 1 ou 0. O quarto dgito representa o

    ambiente que est sendo controlado, no caso mostrado seria o primeiro ambiente. O

    quinto dgito representa que se deseja controlar os equipamentos ou que se deseja

    saber o estado desses equipamentos, que ser melhor explicado nos prximos

    tpicos. E o ltimo dgito a interpretao que um comando foi recebido e sempre e

    ter o smbolo #.

    A seguir ser exemplificado uma situao do que ocorre no sistema no envio

    das mensagens. Para o exemplo ser enviado via internet o comando para acender

    duas lmpadas do primeiro ambiente e uma lmpada do segundo ambiente.

    Primeiramente os mdulos enviam o estado de cada ambiente para a central

    de forma automtica em intervalos constantes de tempo.

    FIGURA 21 ESQUEMTICO 1 FONTE: O AUTOR (2014).

  • 41

    Aps a central receber o estado de cada ambiente e armazenar em sua

    memria o computador ou dispositivo mvel que est conectado internet solicita

    esses estados dos ambientes para a central e ela retorna estes.

    FIGURA 22 ESQUEMTICO 2 FONTE: O AUTOR (2014).

    Quando o usurio deseja acender as lmpadas de diferentes ambientes, ele

    envia atravs de seu dispositivo, via internet, o comando de acendimento para a

    central.

    FIGURA 23 ESQUEMTICO 3 FONTE: O AUTOR (2014).

  • 42

    A central analisa a mensagem que foi recebida e envia para o mdulo, este

    tambm analisa a mensagem e acende as lmpadas. Aps o acendimento o mdulo

    retorna a central o novo estado do sistema, assim a central sempre saber o estado

    de cada mdulo que representa cada ambiente.

    FIGURA 24 ESQUEMTICO 4 FONTE: O AUTOR (2014).

    Este processo ir acontecer enquanto o sistema estiver ligado. Caso o usurio

    realiza um comando via bluetooth ou infravermelho o comando ser sempre enviado

    a central para ela estar sempre atualizada em relao ao sistema todo.

    Com a definio do endereamento de cada mensagem, para a comunicao

    ocorrer corretamente foram utilizadas bibliotecas prontas, ou seja, foi usado um

    conjunto de fun es pr-escritas por outros programadores. A Tabela 3 exemplifica

    as bibliotecas utilizadas.

    TABELA 3 BIBLIOTECAS

    Dispositivo HARDWARE BIBLIOTECA

    RF433 RF 433MHz VirtualWire

    RS485 MAX485 VirtualWire

    RF2,4Ghz nRF24L01 NRF24

    SUPERVISRIO/Ethernet

    BLUETOOTH

    INFRAVERMELHO

    W5100

    BLUETOOTH

    TSOP4838

    SPI, servidor

    XAMPP(apache)

    O autor

    IRremote

    FONTE: O AUTOR, 2014.

  • 43

    3.7.2 Programao do supervisrio web

    As pginas dos ambientes variam suas caractersticas conforme os

    equipamentos nelas instalados. Cada projeto de casa inteligente possuir pginas que

    variam conforme os equipamentos de cada usurio.

    Para a pgina de cada ambiente do supervisrio foi definido caracteres

    diferentes para declarao da varivel Luz anteriormente citada. Pode-se notar a

    seguir que a varivel Luz agora tratada como msg, pois representa uma mensagem

    que est sendo enviada para o arduino central.

    $msg = "0001L#";

    O quarto dgito representa o ambiente em que se deseja controlar, podendo

    ser de 1 a 7 respectivamente. A pgina da web necessita saber o estado em que cada

    equipamento se encontra e para isso ela solicita o estado de cada equipamento para

    a central atravs da mudana do quinto dgito (A,B,C,D,E,F,G):

    $msg = "0001A#"; //receber estado dos equipamentos do ambiente 1

    Quando o usurio deseja controlar sua residncia pelo supervisrio, ao

    acionar algum equipamento atravs dos botes encontrados no site o quinto dgito

    muda para L, enviando assim o novo estado dos equipamentos escolhidos:

    $msg = "0101L#";

    No exemplo("0101L#") nota-se que est sendo enviado para o

    microcontrolador("0101L#") o acionamento do segundo equipamento("0101L#") do

    primeiro ambiente("0101L#").

    Finalmente, para requisitar os valores dos sensores de temperatura e

    umidade a pgina da web modifica o quinto caractere para U ou T, representando a

    umidade e temperatura respectivamente.

    $msg = "U#"; // requisio de temperatura

    $msg = "T#"; //requisio de umidade

    3.7.3 Programao da central

    A seguir, ser mostrada as principais linhas de programao para a central.

    Para acesso a programao completa visualizar o apndice.

  • 44

    O primeiro passo para programao do microcontrolador a definio de

    variveis e tambm de bibliotecas para os mdulos de comunicao:

    #include //biblioteca spi

    #include //biblioteca para mdulo ethernet

    #include //biblioteca virtualwire

    byte mac[] = { 0xDE, 0xAD, 0xBE, 0xEF, 0xFE, 0xED }; //ethernet shield

    byte ip[] = { 192,168,0, 99 }; //ip escolhido para o microcontrolador

    byte gateway[] = { 192,168,0, 1 }; //ip do roteador

    byte subnet[] = { 255, 255, 255, 0 }; //mscara de rede

    EthernetServer server(8081); //porta escolhida para o servidor

    char Luz1[7] = "0001L#"; //string do estado do primeiro ambiente

    char Luz2[7] = "0002L#"; //string do estado do segundo ambiente

    char Luz3[7] = "0003L#"; //string do estado do terceiro ambiente

    char Luz4[7] = "0004L#"; //string do estado do quarto ambiente

    char Luz5[7] = "0005L#"; //string do estado do quinto ambiente

    char Luz6[7] = "0006L#"; //string do estado do sexto ambiente

    char Luz7[7] = "0007L#"; //string do estado do stimo ambiente

    char msg[7] = "0000L#"; // String onde guardada as msgs recebidas da web

    O microcontrolador ficar em constante processo de recebimento de

    comandos vindos do supervisrio e tambm dos mdulos. Primeiramente o programa

    analisar o estado de cada ambiente vindo dos mdulos e em seguida a conexo com

    a internet.

    Caso haja conexo com a internet o microcontrolador far a leitura do que

    est recebendo do supervisrio atravs do comando:

    msg[1]=msg[2];msg[2]=msg[3];msg[3]=msg[4];msg[4]=msg[5];

    msg[5]=msg[6];

    msg[6] = client.read();

    A funo cliente.read() faz a leitura pelo mdulo ethernet do que for enviado

    pelo supervisrio e assim armazenado em uma string chamada msg.

    Aps o armazenamento o microcontrolador passa a analisar cada caracteree

    desta mensagem em sequncia.

  • 45

    Por exemplo:

    if (msg[6]=='#') // analisa se o ltimo caractere o #

    {

    if (msg[5]=='A') client.write(Luz1);

    if (msg[5]=='L')

    {

    if (msg[4]=='1')

    {

    // Caso L#, ele copia os bytes anteriores p/ a

    // string 'Luz' e cada byte representa um

    // dispositivo, onde '1'=ON e '0'=OFF

    Luz1[0]=msg[1];

    Luz1[1]=msg[2];

    Luz1[2]=msg[3];

    if (Luz1[0]=='1') comando1(); else comando2();

    if (Luz1[1]=='1') comando3(); else comando4();

    if (Luz1[2]=='1') comando5(); else comando6();

    }

    }

    Sempre ser analisado os dois ltimos caracteres da mensagem. Caso o

    ltimo for # quer dizer que foi recebido um comando. Ao analisar o penltimo

    caractere ocorrer duas opes, ou ser um caractere requisitando o estado dos

    equipamentos em relao a um determinado ambiente (A,B,C,D,E,F,G), ou ser um

    caractere(L) que manda executar o acionamento dos equipamentos.

    Quando receber uma mensagem de acionamento (liga, desliga) o ATmega328

    executa a funo comando(). Esta funo representa o que deve ser enviado via rdio

    frequncia ou RS485 para os demais mdulos conforme tabela3.

  • 46

    TABELA 4 CDIGO ENVIADO PARA OS MDULOS

    Ambiente Liga

    Equip. 1

    Desliga

    Equip. 1

    Liga

    Equip. 2

    Desliga

    Equip. 2

    Liga

    Equip. 3

    Desliga

    Equip. 3

    1 010 011 012 013 014 015

    2 020 021 022 023 024 025

    3 030 031 032 033 034 035

    4

    5

    6

    7

    040

    050

    060

    070

    041

    051

    061

    071

    042

    052

    062

    072

    043

    053

    063

    073

    044

    054

    064

    074

    045

    055

    065

    075

    FONTE: O AUTOR, 2014.

    O primeiro dgito (0) representa a central, o segundo representa o ambiente

    de 1 a 7 e o terceiro representa o que deve ser feito com o equipamento, ligar ou

    desligar.

    O envio desses cdigos feito pela sequinte programao:

    void comando1()

    {

    char *msg = "010";

    vw_send((uint8_t *)msg, strlen(msg));

    }

    3.7.4 Programao dos mdulos

    Os mdulos possuem o papel de leitura dos sensores e acionamento dos

    equipamentos nos ambientes que esto acoplados.

    Para realizar o acionamento dos equipamentos os mdulos analisam se esto

    recebendo alguma mensagem atravs do cdigo:

    uint8_t buf[VW_MAX_MESSAGE_LEN];

    uint8_t buflen = VW_MAX_MESSAGE_LEN;

    Aps recebida uma mensagem, esta mensagem analisada seguindo a

    tabela 1 anteriormente mostrada.

    if((buf[0] == '0') && (buf[1] == '1')&&(buf[2] == '0'))

  • 47

    {

    digitalWrite(saida1,1);

    }

    Se a leitura da mensagem for igual a um valor existente na tabela, ento o

    microcontrolador mudar o estado de um pino de sada digital pr-configurada. Este

    pino de sada digital acionar o rel que for configurado.

    O mdulo tambm receber comandos feitos por bluetooth e infravermelho.

    Esses comandos sero interpretados e conforme os cdigos recebidos ser

    executada uma ao nos equipamentos do ambiente.

    No final da execuo desses comandos o controlador envia central o novo

    estado do ambiente. Com esse envio de estado, caso a central perca a sua fonte de

    energia, ela receber novamente o comportamento de cada ambiente, no perdendo

    assim o controle do sistema.

    .

    4 PROTTIPO

    4.1 PRIMEIRA ETAPA

    A partir do esquemtico mostrado na figura 2 foi desenvolvido um prottipo

    inicial a fim de observar o comportamento do sistema utilizando os microcontroladores

    e os dispositivos que realizam as comunicaes.

    Primeiramente a central composta pelo Arduino, ethernet shield, rdio

    transmissor e receptor 433Mhz, mdulo MAX485 e rdio nRF24L01 foi conectada da

    maneira apresentada na figura 25.

  • 48

    FIGURA 25 CENTRAL FONTE: O AUTOR (2014).

    TABELA 5 SIMBOLOGIA CENTRAL

    Nmero Componente

    1 Cabo ethernet com conexo RJ45

    2 Ethernet shild acoplado a um Arduino

    3 Mdulo RF433Mhz

    4

    5

    nRF24L01

    MAX485 para comunicao RS485

    FONTE: O AUTOR, 2014.

    Aps feita a montagem da central, montou-se os mdulos conforme a figura 26.

    FIGURA 26 MDULO FONTE: O AUTOR (2014).

  • 49

    TABELA 6 SIMBOLOGIA MDULO

    Nmero Componente

    1 ATmega328

    2 nRF24L01

    3 Mdulo RF433Mhz

    4 MAX485 para comunicao RS485

    FONTE: O AUTOR, 2014.

    Esta montagem serviu de base para teste de comportamento das mensagens

    enviadas entre cada microcontrolador no sistema assim como as conexes

    necessrias para o correto funcionamento de cada dispositivo.

    4.2 SEGUNDA ETAPA

    A segunda etapa a ser realizada foi de criao de esquemtico com todas as

    ligaes necessrias da central e dos mdulos. Estes foram divididos em dois tipos:

    com o microcontrolador atmega328 e o outro com o microcontrolador attiny85.

    Para realizao do esquemtico foi utilizado o programa Eagle. Este programa

    tem a funo de conectar os componentes utilizados e apartir do esquemtico criar

    uma placa de circuito impresso.

    Para o mdulo microcontrolador por atmega328 foi criado o esquemtico

    conforme Apndice F.

    Com o esquemtico pronto, foi possvel criar uma placa de circuito impresso

    conforme Figura 27.

  • 50

    FIGURA 27 PCB MDULO ATMEGA328 FONTE: O AUTOR (2014).

    FIGURA 28 PLACA MDULO ATMEGA328 FONTE: O AUTOR (2014).

  • 51

    O mdulo da figura 28 possui trs sadas a rel com contato normalmente

    aberto para acionamento de lmpadas, ventiladores, entre outros, podendo operar em

    uma faixa de at 15A e 125Vac ou 24Vcc. Este mdulo encontra-se pronto para ser

    controlado por infra-vermelho via controle remoto, bluetooth via dispositivo mvel,

    assim como pelo supervisrio conectado internet Este supervisrio envia sinais para

    acionamento via rdio frequncia e RS485. Pode-se conectar uma fonte de 5Vcc at

    30Vcc para alimentao do mdulo. Tambm foi projetado pinos para conexo de

    sensor de presena. Estes se encontram ao lado direito do Crystal de 16Mhz.

    J o mdulo com o microcontrolador attiny85 possui o esquemtico e placa

    de circuito impresso conforme as ilustraes seguintes.

    FIGURA 29 ESQUEMTICO MDULO ATTINY85 FONTE: O AUTOR (2014).

  • 52

    FIGURA 30 PCB MDULO ATTINY85 FONTE: O AUTOR (2014).

    FIGURA 31 PLACA MDULO ATTINY85 FONTE: O AUTOR (2014).

  • 53

    Este mdulo capaz de se comunicar via bluetooth com um dispositivo mvel

    com sistema operacional Android. Foram acoplados pinos ao lado do microcontrolador

    para expanses futuras de uso das portas digitais, podendo assim ser programadas e

    usadas com sensores. A placa criada possui uma sada a rel conforme

    especificaes dadas no mdulo anterior.

    Caso o usurio no possua o aplicativo que foi criado para demonstrao no

    laboratrio de Engenharia Eltrica, este poder controlar utilizando um aplicativo que

    envie dados para o mdulo bluetooth. Para conexo com o mdulo bluetooth basta o

    usurio parear seu dispositivo mvel com o dispositivo linvor, nome dado ao mdulo

    bluetooth. Ao fazer o pareamento ser solicitado uma senha para conexo, cuja senha

    a ser digitada : 1234.

    Para o mdulo com ATmega328 as sadas fecharo o contato ao receberem

    caracteres D, E, F e abriro os contatos ao receberem os caracteres a, b, c. No

    caso do mdulo com ATtiny85 a sada fechar o contato ao receber o caractere A e

    abrir o contato ao receber o caractere a.

    4.3 TERCEIRA ETAPA

    A terceira etapa compreende a montagem do sistema de forma completa, ou

    seja, com a central, os mdulos e equipamentos a serem acionados.

    Para esta etapa os mdulos e a central foram colocados em caixas de madeira

    MDF.

    O prottipo final foi montado em uma base de madeira para, de forma didtica,

    testar todos os equipamentos e comunicaes disponveis no acionamento de

    lmpadas.

    A seguir ser mostrado na Tabela 7 todos os itens utilizados no projeto para

    implementao da central, mdulos e do supervisrio para em trabalhos futuros ser

    feito o desenvolvimento a partir destes itens. Para realizao da programao dos

    supervisrios e o uso do bluetooth, o autor deste projeto foi responsvel por criar as

    lgicas e portanto podem ser vistas na Tabela 7 onde se encontram essas lgicas no

    trabalho.

  • 54

    TABELA 7 LISTA DE ITENS UTILIZADOS

    ITEM HARDWARE SOFTWARE ONDE OBTER

    1 ATmega328 - http://www.labdegaragem.org/loja/garagi

    no-4/garagino-rev1.html

    2 Shield ethernet - http://www.labdegaragem.org/loja/ethern

    et-shield.html

    3 RF433 - http://imall.iteadstudio.com/im12062801

    4.html

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    10

    11

    12

    13

    MAX485

    nRF24L01

    -

    -

    -

    -

    -

    -

    Attiny85

    Rel, resistores,

    diodos,

    transistores

    -

    -

    Supervisrio/

    Programao

    Pgina web

    Arduino IDE

    VirtualWire

    IRremote

    RF24

    -

    -

    http://imall.iteadstudio.com/max485-

    module.html

    http://imall.iteadstudio.com/im12060600

    2.html

    Captulo 3.7

    Apndice A e B

    www.arduino.cc

    http://www.airspayce.com/mikem/arduin

    o/VirtualWire/

    http://arcfn.com

    http://maniacbug.github.io/RF24/

    http://imall.iteadstudio.com/im13061500

    3.html

    Loja de matrias eletrnicos

    14

    15

    Bluetooth

    -

    -

    Bluetooth

    http://imall.iteadstudio.com/im12072300

    9.html

    Apndice D

    FONTE: O AUTOR, 2014.

  • 55

    5 CONCLUSO

    5.1 CONSIDERAES FINAIS

    Desenvolver um sistema que possa alm de ser funcional, mas tambm

    economicamente acessvel, pode trazer a sociedade a maior difuso da automao

    residencial no Brasil. Os brasileiros j possuem em suas residncias equipamentos

    que podem ser automatizados e esto apenas a um pequeno passo de aumentar

    ainda mais o conforto, segurana e qualidade de vida.

    A automao residencial j est deixando de fazer parte somente do cotidiano

    de pessoas de maior poder aquisitivo no Brasil. Com o avano da tecnologia e com a

    implementao de sistemas cada vez mais baratos mostra que populaes de classe

    mdia e tambm de baixa renda tm a oportunidade de automatizar seus domiclios.

    Com esse trabalho pde-se mostrar detalhadamente como pode ser projetado

    e implementado um sistema de monitoramento e controle de uma residncia com

    diversos tipos de comunicao. O prottipo desenvolvido mostrou sua performance

    de forma robusta e satisfatria nos ensaios realizados no laboratrio do departamento

    de Engenharia Eltrica da Universidade Federal do Paran.

    5.2 TRABALHOS FUTUROS

    Como melhoria futura para criar um sistema com melhores caractersticas de

    processamento, mais funcionalidade, pode-se estudar:

    O uso de uma central mais elaborada (raspberry pi, mini pc)

    Inserir uma central com LCD sensvel ao toque

    Inserir sistema de circuito fechado de tv (CFTV)

    Rede mais inteligente com Zigbee

    Inserir criptografia entre as comunicaes.

    Adequao do sistema em protocolos j existentes atravs de um circuito

    adaptador.

  • 56

    Extenso para edificaes como shoppings e condomnios.

    Interoperabilidade independente de fabricantes

    Flexibilidade e expanso (com adicionamento de pontos de

    entradas/sadas-I/O.

  • 57

    REFERNCIAS

    ABNT (s.d.). Associao Brasileira de Normas Tcnicas. Disponvel em: . Acesso em 10 de agosto de 2013. ACCARDI, A.; DODONOV, E. (2012). Tecnologias, Infraestrutura e Software, Automao residencial: Elementos bsicos, arquiteturas, setores, aplicaes e protocolos, So Carlos, v. 1, n. 2, p.156-166, nov. 2012. ADAFRUIT (2011). Biblioteca DHT22. Disponvel em: . Acesso em 25 de maio de 2014. ARDUINO. Kit de desenvolvimento Arduino. Disponvel em: . Acesso em 8 de agosto de 2013. ATMEL (2013). Especificaes Tcnicas ATtiny85. Disponvel em:. Acesso em 05 de novembro de 2014. ATMEL (s.d.). Especificaes Tcnicas ATmega328. Disponvel em:. Acesso em 05 de novembro de 2014. AURESIDE (s.d.). Associao Brasileira de Automao residencial. Disponvel em: . Acesso em: 20 de Novembro de 2013. AURESIDE (2014). Mercado brasileiro de Automao destaque em publicao alem. Disponvel em: . Acesso em: 17 de maro de 2014. BOLZANI, C. A. M. (2011). Smart Homes And Support to those with Alzheimer`s. Disponvel em: . Acesso em: 15 de Novembro de 2013. BOLZANI, C. A. M. (2004). Residncias Inteligentes, Ed. Livraria da Fsica, So Paulo, Brasil.

  • 58

    BOLZANI, C. A. M. (2011). Residncias inteligentes e o novo contexto do sculo XXI. Disponvel em: . Acesso em: 15 de novembro de 2013. BONATTO, A.; Canto, D. O. (2007). BLUETOOTH TECHNOLOGY (IEEE 802.15). Artigo Faculdade de Administrao, Contbeis e Economia, PUCRS. CEDOM (2013). Associao Espanhola de Domtica. Disponvel em: . Acesso em: 20 de novembro de 2013. CISCO (2013). Internert das coisas. Disponvel em: . Acesso em: 20 de novembro de 2013. DIAS, C. L. A; PIZZOLATO (2004). DOMTICA, Aplicabilidade e Sistemas de Automao Residencial (2004). Ed. Essentia Editora, v.6, n.3 (2004) Rio de Janeiro, Brasil. FERREIRA, E. H. C (2009). Automao Residencial Utilizando Protocolo Can. Trabalho de Concluso de Curso de Engenharia Eltrica da Universidade Federal do Paran. Disponvel em:. Acesso