77
JULIANA TELLES FARIA SUZUKI MARLIZETE CRISTINA BONAFINI STEINLE OKÇANA BATTINI MIGUEL HEITOR BRAGA VIEIRA JOÃO VICENTE HADICH FERREIRA Redaci.onal u..ta •••.••

TCC Elaboaração e Redação LIVRO

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

JULIANA TELLES FARIA SUZUKI

MARLIZETE CRISTINA BONAFINI STEINLEOKÇANA BATTINI

MIGUEL HEITOR BRAGA VIEIRA

JOÃO VICENTE HADICH FERREIRA

Redaci.onalu..ta •••.••

Page 2: TCC Elaboaração e Redação LIVRO
Page 3: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCCElaboração e Redação

Page 4: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCCElaboração e Redação

Juliana Telles Faria Suzuki (org)Marlizete Cristina Bonafini Steinle (org)

Okçana Battini (org)Miguel Heitor Braga Vieira

João Vicente Hadich Ferreira

Q Redacional Editora

Page 5: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

ISBN: 978-85-99191-08-8

TCC: elaboração & redação

© SUZUKI, Juliana Teles Faria (Org.)

STEINLE, Marlizete Cristina Bonafini (Org.)

BATIINI, Okçana (Org.)

VIEIRA, Miguel Heitor Braga

FERREIRA, João Vicente Hadich

Capa: Studio EurekaJoão Telles Faria Neto

Diagramação: Marcelo Gino Pereira

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Elaboração: Aglaé de Lima Fierli, CRB-9j412)

001.89xxx Suzuki, Juliana Teles Faria (Org.)S972t TCC: elaboração & redação / Organização de Juliana Teles Faria

Suzuki, Marlizete Cristina Bonafini Steinle, Okçana Battini;colaboração de Miguel Heitor Braga Vieira, João Vicente HadichFerreira. Londrina: Redacional Livraria, 2009. 144p.: li. 17X23cm.

I. Trabalho de conclusão de curso. 2. Redação científica. 3. Ética napesquisa. 4. Pesquisa científica. I. Título. 11.Steinle, Marlizete CristinaBonafini (org.). 1lI. Battini, Okçana (org.). IV. Vieira, Miguel HeitorBraga (colab.). V. Ferreira, João Vicente Hadich (colab.).

COO - 001.42CDU - 001.89

ÍNDICE PARA CATÁLOGO SISTEMÁTICO

Trabalho de conclusão de curso: ensino superior: redação científicaIniciação Cientifica: Redação Científica: TCCMetodologia Científica: Trabalho Acadêmico: TCCÉtica: Pesquisa: TCC

001.89 (COU)808.066378 (CDD)001.42 (CDD)001.89: 17 (COU)

Page 6: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

SumárioPrefácio 11

Introdução 15

Ética na Pesquisa: Uma Discussão Necessária 211 Etica, ciência e a pesquisa 21

2 Sobre a dimensão ética no desenvolvimento da pesquisa 23

3 A última questão 26

Referências 29

Qpestões Metodológicas da Pesquisa 331 Introduzindo o assunto 33

2 Classificação das pesquisas 35

Referências: 49

Redação Científica 531 O desafio da escrita 53

2 A importância de saber para quem se escreve 54

3 A prática de fichamento, resumo e resenha 57

4 A escrita do texto 57

5 A revisão textual 62

Referências: 64

Considerações Iniciais sobre o TCC 671 O que é um Trabalho de Conclusão de Curso 67

2 Como definir um tema 69

3 Título 71

4 Estrutura do trabalho de conclusão de curso 73

Referências: 74

Elementos Pré- Textuais 791 Capa 79

2 Lombada 79

3 Folha de rosto 80

4 Errata 80

5 Folha de aprovação 81

Page 7: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

6 Dedicatória 81

7 Agradecimentos 81

8 Epígrafe 82

9 Resumo na língua vernácula 83

10 Resumo em língua estrangeira 84

11 Lista de ilustrações 84

12 Lista de tabelas 84

13 Lista de abreviaturas e siglas 84

14 Lista de símbolos 85

15 Sumário 85

Referências: 99

Elementos Textuais 1021 Introdução 102

1.1 Apresentação do tema 103

1.2 Problema de pesquisa e hipóteses 103

1.3 Justificativa 107

1.4 Objetivos 108

1.5 Apresentação da metodologia 109

1.6 Apresentação dos tópicos principais 110

2 Desenvolvimento 111

2.1 Revisão de literatura 111

2.2 Citações 112

2.2.1 Citação Direta 112

2.2.2 Citação Indireta 115

2.2.3 Citação de citação 116

2.3 Notas 117

2.4 Metodologia 117

2.5 Análise e discussão dos resultados 118

2.6 Conclusão 119

Referências: 119

Elementos Pós-Textuais e os Aspectos Normativos e Tipográficos 1231 Referências 123

1.1 Elementos essenciais numa referência 123

Page 8: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

2 Glossário 127

3 Apêndices 127

4 Anexos 127

5 Índice 128

6 Aspectos normativos e tipográficos 128

7 Formato 128

8 Tipos e Corpos 128

9 Paginação 128

10 Margens 128

11 Espacejamento 129

12 Títulos sem indicativo numérico 129

13 Parágrafos 129

14 Numeração progressiva 129

15 Abreviatura e Siglas 129

16 Ilustrações 130

17 Tabelas 130

Referências: 130

Apresentação e Defesa do TCC 1331 Introdução 133

2 Para combater o medo de falar em público 133

3 Verificações iniciais 134

4 Organizando o conteúdo 135

5 Preparando o recurso audiovisual 135

6 Entendendo alguns elementos da comunicação 138

7 Um dia antes 140

8 O dia! 140

Referências 142

c

Page 9: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

Ir f 10

Inicio 'si' pr 'r~l.io saudando um livro que, .mbora trate de um assunto já bas-1.1111 • conhc ido c referenciado por pcsquisadore ,profe sores e estudantes, tem uma1'.111 i .ularidadc: o olhar dos autores voltad para a acolhida das demandas dos estu-rl.uu 'S de graduação que formulam e defendem o seu TCC e, iniciantes na pesquisa,V.11l superando medos e mitos que espreitam tal processo investigativo. Com posturamotivadora enquanto trabalhadores do ensino superior, provam com esta produçãoqut' não se curvam às exigências ligeiras da sociedade mercadológica, investindo na.r-sunçâo de atitude investigativa de seus alunos.

São autores da "terra das araucárias", ativos militantes da decência no território"p~vermelho" e comprometidos com a formação de profissionais qualificados para, demodo crítico, desenvolverem sua práxis intervindo e pensando a sociedade por meioda prática da pesquisa que, como afirma Mercedes Villanueva (PUC-SP, 1998), é umIllOUO de descobrir a história, construindo verdades, fazendo gritar o silêncio.

O livro que ora vem a público trata da elaboração e da redação do TCC, in-\ luindo importantes chamamentos aos alunos para o dia da defesa do seu trabalhojlnante uma banca examinadora.

Os autores confirmam que o trabalho de conclusão de curso - TCC - é uma:igência acadêmica contida nas diretrizes curriculares do MEC e nos cursos de gra-

duação, sendo concebido como o veículo através do qual o aluno concretiza umaII'Í1cxãosobre interesses inscritos na formação e no exercício profissional, para alémda conquista de título acadêmico.

Vale destacar que o trabalho de conclusão de curso constitui-se num instru-l\l .nto de síntese da sua formação, através do qual o estudante trabalha intelectual-m .nte um determinado objeto emergente do seu processo de ensino-aprendizagem.I)\'0 move condições para o aluno verificar seus avanços e limites quanto: à sistemati-zuçâo de suas práticas de aprendizagem, às referências teórico-metodológicas inter-unlizadas e assumidas durante o curso e à realização de projetos de pesquisa (tantop:lra instrumentalizar práticas quanto para produzir conhecimentos novos na áreaprofissional) produzidos nos padrões acadêmico-científicos com orientação de umprofessor e legitimados por uma banca examinadora. Atestam os autores que a defe-a do TCC é o momento da sanção do futuro profissional pelos seus pares, quando

submete seus conhecimentos e suas atitudes ao reconhecimento público da sua capa-

11

Page 10: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCC:Elaboração e Redação

'idade intelectual. Todos esses elementos sobre o TCC são abordados nos capítulos

<lu' compõem este livro,Em sua feliz organização, os autores desenham o conteúdo movendo-se por

tr 'S eixos de condução dos processos investigativos que, embora aqui didaticamente

.illgularizados, subsumern-se conformando as exigências para a construção de um

I'rio trabalho científico,O primeiro eixo, composto pelos capítulos intitulados "Ética na pesquisa: uma

dj~('lIssão necessária"; "Questões metodológicas da pesquisa", "Redação científica" e

"( 'onsidcrações iniciais sobre o TCC", é de natureza ética e teórico-metodológica e

III( ita o aluno a pautar-se em valores humanista-históricos e conceitos filosófico-

1'11111icos como seminais guias que movem sua práxis, para que não se perca de vista o

11111i/()!1t' humano que contamina os processos de pesquisa, Esse eixo orienta a con-

di I ta do .studante para mediar as relações sociais materializadas na consciência social

di. P('sq\l isador no respeito à exteriorização do outro, quando da busca do dado e na

\I I'llllS:tI ilidade pela apropriação de elementos singulares do interlocutor. Também

11,11IIIIIIildade da escuta, na valorização da pluralidade de ideias, dos costumes, tudo

.0 para -onttibuir na construção de conhecimentos na perspectiva da superação da

\ 1111'.(I('Il('i:t .spontânea da sociedade,N HH ixo, os autores trabalham ainda a questão metodológica e do instru-

III! 111\1111:1r:t a efetivação da pesquisa, Têm o cuidado de advertir o aluno que toda

I li II( 1:1I' histórica, implicando assim na ~scolha da metodologia e dos instrumentais

.111,11IiI das fi nalidades da pesquisa, com base nas experiências que o pesquisador deve

11'1illlltO no segmento que se coloca como sujeito do estudo, Exortam o aluno para o

1'lIll'lHlil1l .nt de que o TCC, sob o ponto de vista metodológico e como síntese da

11111I1:1,':10 ' espaço privilegiado da pesquisa, põe exigências, escolhas e organização

11)',nIOHasque asseguram cientificidade no trato do objeto e que não se destinam so-

111('1I1(' :l P '\1 ar e a descobrir nexos, mas, sobretudo, traduzir a reconstituição do real,

.lillll:!\':1 r .alidade a se constituir.( H 'gundo eixo, que reúne os capítulos denominados "Elementos pré-tex-

"I!li .", "1':1.mcntos textuais" e "Elementos pós-textuais e os aspectos normativos e

IIjlogr:í !i('()S" ,é de natureza normativa-instrumental, centrando-se no uso das normas

li:\( jOI1:lis 'no in trurncntal técnico-científico orientadores da formulação do projeto,

d\l I'XI'rll,':IO da pe quisa da sua apresentação em texto formal, ou seja, o relatório

filial. () ('OI\'l'IO u Odas norm.uivas 'do instrumental potcncin a :l~'aoelo pe quisador

('111.\l:III)II'IH'1 n 'i:1 I\' 'lIÍl'a (' HllhHidi:l:\ .missão c a 1'\'('\'1",:111d" IIH'llsag'rn,

\1

Redacional Editora

O terceiro eixo traz referido o último capítulo denominado ''Apresentação e

defesa do TCC", É de natureza sancionadora da formação e do reconhecimento da

capacidade intelectual do aluno para seu acesso ao exercício profissional. Orienta o

estudante, como sujeito que conhece e que produz, quanto às formas, os meios e os

modos de se exteriorizar balizado por um novo patamar específico de desenvolvi-

mento intelectual, demonstrando os conhecimentos adquiridos, tanto da realidade

pesquisada quanto de sua própria individualidade, Este é um dos principais momen-

tos da formação, não simplesmente para apresentar respostas, mas, principalmente,

deparando-se com novas perguntas: o que é a grande razão da pesquisa para a qual

esta produção oferece os seus fundamentos,

Para além de um livro de ricas orientações, ele traz na sua esteira um desejo dos

autores em potenciar participações e lutas no terreno das ideias, em um momento em

que há o esgotamento e o desaparecimento das grandes narrativas de legitimação dos

acontecimentos, Vemos que não é mais o outro a nos orientar - nossos mestres das

artes: Van Gogh, Chopin, Mozart; das ciências e da filosofia: Marx, Weber, Rousse-

au, Durkheim, Marcuse - mas a coisa - leia-se a necessidade do consumo material(DUFOUR. 2005; LIMA. 2009),

Assim, entendo que este livro é um convite para que os estudantes sejam es-

timulados a permanentemente reconstruírem símbolos e referências humanitárias,

resgatando as diferenças culturais, superando o descartável e o imediato, construindo

!10VOS alicerces sobre os quais possam apoiar uma nova socialidade pautada pelo tra-

halho emancipado e não mais pela reprodução alienada de sujeitos,

Nesse diapasão, faz-se mister cultivar a necessidade do silêncio, da meditação,

do importantes vazios que impulsionam um novo devir participativo, construído e

cxtcriorizado por sujeitos individuais e coletivos que dão sentido à vida, Esse pres-

su posto leva o pesquisador a caminhar por dentro dos acontecimentos, munido da

I' -Ilcxão, da atitude investigativa na captura da história em sua essencialidade e em

,('\lS impactos sempre inovadores, Para esse caminho, certamente este livro traz pro-

ficua contribuições,

Odária Battini

I\MIi,\('1111'IH iul, 1I1l'Hln't' doutora I ,Ia PU - P,professora aposentada da UEL.1\111:111111'1111'1'"lI'tlll;ldlll,1do ('NPq, pl'('Hhlt-llI'do • '11\1'0111\.rdis iplinar de Pesquisa\' ( ',,, 11'1111111111, liI I'," 11I 11 1'1111111.1( 'I P1':(, \' pl'Hq\1iSlIdol'iIronvicladn d" PU - PR

1,111111111111,IIIV\'111Ild\' ,()O\),

11

Page 11: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

15

Redacional Editora

IntroduçãoEste livro concretiza o nosso comprometimento como educadores preocupa-

dos em construir junto aos acadêmicos e profissionais os fundamentos éticos, teórico-metodológicos e normativo-instrumentais que favoreçam a valorização da pesquisacomo uma ferramenta indispensável para a sua prática cotidiana. Na qualidade decomponentes do grupo de pesquisa denominado "Saberes e Fazeres da Docência",vinculado à Universidade Estadual do Norte do Paraná - UENP - Campus de Cor-nélio Procópio, procuramos subsidiar passo a passo, com este livro, a construção dapesquisa científica realizada pelos acadêmicos de graduação.

Enquanto responsáveis pela disciplina de Metodologia Científica e orientado-res de trabalhos de conclusão de curso, percebemos, ao longo de nossa prática docen-te, uma fragilidade teórico-metodológica que reforça os mitos e os medos presentesnos acadêmicos durante o processo de organização e realização de uma pesquisa.

Através desta nossa iniciativa, tentamos formular três conjuntos de conhe-cimentos fundamentais, necessariamente interligados nos processos investigativos.Inicialmente, buscamos esclarecer a respeito da ética na pesquisa e sobre os conheci-mentos teóricos necessários ao primeiro ensaio de iniciação científica ao qual o aca-dêmico de graduação é submetido para concluir o seu curso de formação profissional.No segundo, tratamos de desmistificar as crenças construídas sobre as apresentaçõesorais em bancas, discutindo a sua validade e relevância para a pesquisa exposta. Emterceiro lugar, intentamos orientar a construção da linguagem textual científica, pau-tada em princípios éticos que direcionam tanto a parte teórica quanto a parte práticada pesquisa, ressaltando sempre o respeito ao ser humano.

A relevância destes conhecimentos para a construção de uma pesquisa reali-zada em trabalhos de conclusão de curso justifica-se pelas inúmeras falas temerosasproferidas pelos acadêmicos durante as aulas da disciplina de Metodologia Científica,como também durante os encontros de orientações.

Após a introdução aos principais fatores que encadearam a elaboração destelivro - escrito por várias mãos - o que denota a interdisciplinaridade de áreas deconhecimento e de pensamentos, seu produto final estrutura-se em oito capítulos.

O primeiro capítulo, intitulado "Ética na pesquisa: uma discussão necessária",leva o leitor a refletir sobre o paradigma do discurso ético e adentrar a ação, pois de

Page 12: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCC:Elaboração e Redação

nada adianta o pesquisador ter a consciência ética no encaminhamento de sua pes-

quisa sem a necessária materialização em sua práxis. Assim, a ética, como a democra-

cia, não se constrói por meio do discurso, mas pelo exercício prático diário exemplo

vivo e vivido, que perpassa as relações que, neste caso, são representadas pela figura

(10 pesquisador e do pesquisado.

No segundo capítulo, denominado "Questôes metodológicas da pesquisa", o

k-itor é convidado a conhecer os caminhos existentes para a condução de uma pesqui-

:1,h im como a sua classificação em natureza, objetivos, abordagem, procedimentos

I' instrumentos. Deste modo, é imprescindível conhecer determinados meios cons-

Il\líd )$ pelo homem que dão credibilidade à pesquisa e ao conhecimento produzidos,

l" iucipalmente no que diz respeito à construção do trabalho de conclusão de curso.

O terceiro capítulo, que tem como título "Redação Científica", propõe ao leitor

1l'IIl'xO 'S e indicações sobre a construção do texto acadêmico, habilidade que o dis-

, ('1111'ti 'v' adquirir durante a sua permanência no ensino superior.

No quarto capítulo, intitulado "Considerações iniciais sobre o TCC", o lei-

l!ll I' I -vudo a compreender as similaridades existentes entre artigo científico, TCC,

1IIIIIIogr:t(ia, di scrtação e tese, bem como definir o tema de pesquisa, o seu título e a

" 1IIIIura do trabalho de conclusão de curso (TCC, artigo científico).

No quinto capítulo, que trata dos "Elementos pré-textuais", são apresentados

(IS l'OIIICl1dos necessários para a elaboração do trabalho de conclusão de curso, espe-

I iulm '111' aqueles que antecedem o texto, com informações que ajudam na identifi-( ,I~:IO v utilização do trabalho e que, por isso, devem ser bem elaborados.

) sexto capítulo descreve os "Elementos textuais" necessários para a elabora-

~110do 1rabalho de conclusão de curso. Considerados elementos principais em um

11,1h:d ho m nográfico, compõem o corpo ou mesmo a alma do TCC que tem, em sua

IDIII1:1íinal, a introdução, o desenvolvimento e a conclusão.

O sétimo capítulo, denominado "Elementos pós-textuais e os aspectos norma-

Ilvo' , tipográficos", aborda a construção dos elementos pós-textuais de um trabalho

di' con .lusão de curso, compostos pelas referências, glossário, apêndices, anexos e

1IIlIirl's. Vai' de tacar que as normas apresentadas estão em conformidade com as

l)ril'llla,'o's d:l Asso iação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), objetivando a

(1)1111'11,':101I11if<>rIl1, do trabalhe i11ol1ográfi 'o dentro d "ril ~ri()HdI' ("i .nrificidadc.No oil:lvo I'ílpillt1o, d~'ll()llllllild!l "/\prcs .nta ão I' d"fl',,1 di) '\'( '( "', aprcs '11-

1,1111111111'111.1\01'l'IIt!OIIII,I\11C di 1111111)11I"l'arllrd,'llilllll 111111'11111,1dl·ll·sll pnl':l

Ir,

Redacional Editora

a banca de TCC. Deste modo, neste capítulo o leitor terá a oportunidade de saber

combater o medo de falar em público, utilizar adequadamente os recursos audiovisu-

ais, preparar corretamente suas transparências, slides, entre outros. Vale destacar que

estes elementos contribuirão com a defesa do trabalho científico.

Esperamos que este livro possa colaborar na formulação do trabalho de con-

clusão de curso - TCC - dos acadêmicos de graduação que se aventuram no processo

de adentrar um universo cheio de surpresas e conquistas que é o da pesquisa.

I r

Page 13: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

1;

Etica na pesquisa: umadiscussão necessáriaJoão Vicente Hadich FerreiraMarlizete Cristina Bonafini Steinle

Page 14: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

Neste sentido, os nossos problemas não mudaram muito. Referem-se à ques-tão da justiça, das virtudes, do "bem viver" e de todas as questões que possam estarenvolvidas ou relacionadas com os problemas éticos e políticos que permeiam a nossaexistência humana já por alguns milhares de anos. Por isso, ao falarmos destes proble-mas da contemporaneidade, podemos destacar a necessidade do pensar ético dentroda ciência e da pesquisa científica. q

O_0

Quais os limites? Quais as possibilidades? I ~ .il'Quais as consequências? II 8 .,"----_ .•.....

Redacional Editora

.;

Etica na Pesquisa: UmaDiscussão Necessária1 Ética, ciência e a pesquisa

Está claro que a discussão sobre ética é sempre renovada, evocando inevitavel-mente a questão dos valores, dos costumes e de problemas que se apresentam na nossasociedade contemporânea, como já se apresentaram para os antigos. É verdade quecontemplamos também problemas impensados no tempo de Platão e Aristóteles, comoa questão da clonagem de seres humanos ou da possibilidade de destruição do pla-neta pelo esgotamento de seus recursos ou de uma hecatombe nuclear. Isto, contudo,remete-nos aos mesmos fundamentos, do problema da ação a ser desenvolvida e desuas consequências. É o caso, por exemplo, do estado moderno que, de acordo com JoséMaurício de Carvalho (1998, p. 104), "tornou-se a face hodierna dos grupos humanos.Suas regras sociais ultrapassam os propósitos da moral, bem como seus limites." Avolu-mam-se as questões ecológicas, étnicas e sociais, entre outras, exigindo posturas éticas.Há o surgimento dos códigos setoriais, criação da contemporaneidade, que buscamresponder a esta necessidade, conforme esclarece Carvalho (1998, p. 105):

A ética dos médicos, dos advogados, dos jornalistas multiplicam as nor-mas de ação antes veiculadas em caráter geral. Esse é um fenômenonovo, mesmo para as sociedades acostumadas a conviver com a multi-plicidade dos códigos. O que há de mais original em nosso tempo é queesses códigos setoriais não são aceitos sem discussão.

21

Page 15: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCC:Elaboração e Redação

São questões que perpassam esta discussão. Entendemos com Oliveira (1993,p. 154) que

Onde o ser do homem está em jogo se configura uma problemáticaética, a problemática de uma 'fundamentação racional' da ação humana.Se a primeira civilização planetária, a civilização tecnológica, acha-seconfrontada com uma problemática ética universal, pela ameaça da raçahumana enquanto tal em virtude das possíveis conseqüências do pro-gresso tecnológico, no nosso caso, além disso, configura-se como acentoprimeiro a dimensão ética das conseqüências sociopolíticas na estrutu-ração de nossa socialidade.

Vivemos um paradoxo na nossa cultura, a saber, que não é suficiente só o de-

I uvolvirncnto científico e tecnológico, mas necessário também o desenvolvimento

.Ol iul, humanizante. Se a ciência independe dos valores, se for entendida como "neu-

II .1" ,Iian te da realidade existencial, social, humana, então confiamos seu desenvolvi-

111('1110ao acaso, às forças cegas de uma história que aconteceria de qualquer forma,

i'ldl'pl'lldcnte de nossa vontade, de nossa decisão (OLIVEIRA, 1993). Portanto, nada

11'11;11110$a fazer, apenas aceitar o desenvolvimento de tudo o que se apresenta como

pllSslvd. cria apenas uma questão de poder e não de dever, ou seja, não interessa se

"ch:v 'mos" realizar tal ato ou pesquisa, mas se "podemos", se temos "poder" para reali-

/.1 los, indepcndentemente de suas implicações morais. Para solucionar tal paradoxo,

(1l1llO aponta Oliveira, é fundamental compreendermos a dimensão ética que está

uu.uuntc à própria práxis científica. A ciência, neste sentido, deve estar a serviço do

luun '111 servindo-lhe como meio para melhorar sua existência e não se servindo dele

(OlllO meio para alcançar objetivos exclusivamente tecnológicos ou mercadológicos,

1(' I idos por uma política e uma lógica econômica que absolutizam como condição da

(',1st -n 'ia humana muitas vezes apenas o acúmulo de bens.

\) 'paramo-nos hoje com a questão ética vinculada à pesquisa, à atividade cien-

Idll a, porquc omos responsáveis por aquilo que somos (OLIVEIRA, 1993), pelo

IIOHSOs '1". Não e trata simplesmente de estarmos sujeitos a um destino, como pen-

·..IV:IIlIos antigos, de não podermos fugir à natureza, como estabelece o pensamento

dl,tl'l'Il1inista, mas de sermos construtores da realidade, transformadores da natureza e

d.1 lustorin, su] .itos e agentes de um universo que se descortina cada vez mais perante111) ;1 c ·istl'llcias.Âs. im,

Redacional Editora

Se o homem não é um ser fixado, mas à conquista de si mesmo, quese efetiva à medida mesma que constrói seus mundos históricos, queconfiguram as 'relações' fundamentais, que constituem seu ser, se suaspotencialidades são chamadas à efetivação a fim de que ele mesmo seja,então é a responsabilidade originária do homem em relação a si mesmoque faz emergir a pergunta pelos critérios de sua ação no mundo (OLI-VEIRA, 1993, p. 154).

Portanto, falar em ciência, e consequentemente na pesquisa científica, exige a

reflexão ética, a busca do horizonte ético para que não percamos de vista o horizon-

te humano. Por isso falamos em "ética na pesquisa", propomos "comitês de ética" e

buscamos estabelecer "parâmetros éticos" para se realizar uma pesquisa. Para além da

tradição cientificista, que constrói um senso comum de que a ciência é o "único co-

nhecimento verdadeiro", fundamentamos a discussão na perspectiva ética, que se liga

aos fundamentos epistemológicos de toda ciência ao demonstrar a existência de uma

responsabilidade do sujeito que conhece. Deste modo, seja na introdução à pesquisa,

seja na pesquisa avançada, há uma responsabilidade do sujeito cognoscente (o pesqui-

sador, neste caso) na condição de realização da pesquisa, da relação com a natureza e

com os sujeitos pesquisados e com as propostas iniciais desta pesquisa.

Desmistificando a crença de que a ciência é "neutra", isenta de valores, com-

preendemos que não há neutralidade na ciência, na pesquisa científica. O que pode

e deve acontecer é a busca da imparcialidade, do respeito às culturas e aos sujeitos

para que, de forma clara e o mais objetiva possível, se consigam respostas aos pro-

blemas demandados pela pesquisa a ser desenvolvida. Por isso, independentemente

da área, se no campo das ciências naturais ou das ciências humanas, a atitude ética é

imprescindível.

2 Sobre a dimensão ética no desenvolvimento da pesquisa

Servindo-nos da abordagem da pesquisa no campo da Educação, apresenta-

mos a seguir algumas orientações que, evidentemente, podem e devem ser contextu-

ulizadas para qualgu r ár a, Não criamos estas orientações, apenas as apresentamos

partilhando da rcfl 'X;lO ti' Lanl sh 'ar Kn bel (2008), Esta mesma preocupação

(·tira, 'lu' discut inu», alI' :IIOl'a, dI' l' ocorrer '111 todo universo educacional, seja ele

nuracscolar ou r tl.1l' (111." 1"1 111IIP" .10 'xtra's'nlaro'oH'quando,porpartedos

IH' qui ,1c!1l11CJIlI "di 11111111" 11111111,1' (' II 1l1:11(·f.para ,ksl'llvolv 'r .m suas pesqui-

Page 16: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCC:Elaboração e Redação

sus, existe o cuidado de alicerçarem suas pesquisas em princípios éticos a fim deevitarem prejuízos morais. Esta preocupação é explicitada por Lankshear e Knobel(2008, p. 93) ao declararem:

o prejuízo pode variar desde as pessoas sofrerem afrontas a sua digni-dade e serem magoadas por conclusões da pesquisa a seu respeito, atéterem suas reputações ou credibilidades destruídas publicamente. [...]às vezes, trata-se de um grupo, uma escola, ou uma comunidade escolar,ou até mesmo todo um grupo social (por exemplo, um grupo racial ouétnico a quem o pesquisador atribua, de forma generalizada, condições,traços ou disposições).

A fim de colaborar com a propagação de pesquisas educacionais em que a1',1 ira e a Moral sejam o selo de qualidade científica do professor-pesquisador, Lank-IH':l1"' Knobel (2008, p. 95-102) elaboraram alguns princípios denominados por eles

dI' li Pri1 ípios éticos para a boa prática de pesquisa" que serão apresentados a seguir.

a) Ter um projeto de pesquisa válido: uma pesquisa mal planejada pode pôrem cheque a sua validade em função do desperdício de tempo, desperdíciode dinheiro, e assim, consequentemente, deixa de ser ética, uma vez que co-labora com o clima de mal-estar presente entre os seus participantes.

b) Obter consentimento informado: é imprescindível que todos os parti-ipantes de projetos de pesquisa, sejam eles qualitativos ou quantitativos,

deem seu consentimento com relação a sua participação consciente e es-c1.arecidano projeto. Os alunos participantes devem estar conscientes dosobjetivos gerais do estudo e do que ele vai envolver (publicações). Como o

nsentimento é informado, o pesquisador precisa desenvolver dois tipos dedeclaração: 1) formulário assinado pelo participante; 2) carta informandodo que se trata a pesquisa, os riscos que podem estar envolvidos, do que osparticipantes serão protegidos etc.

.) Evitar a omissão: este princípio está intimamente ligado à Ética no de-'01"1"'r de uma pesquisa científica. Portanto, é indispensável que durante arcalizaçã da pesquisa os alunos não sejam levados a pensar que a pesquisa1 '111\1111( bj .tivo e na verdade ,Ia t nha outro, caracterizando lima atitude detltlp\l~·:\. Acreditamos a oml tio 11111terreno muito pl'rigll 0, qllt' pode g'r:lr

di' '1l1"i;III~'1I('1\"1':\1" d:IIIO ,I 1" ",Ii :I,

Redacional Editora

d) Minimizar a intromissão: as pesquisas que contemplam a participação depessoas já são, por natureza, consideradas invasivas. Dar o consentimentopor parte do pesquisado não evita a intromissão. Por sua vez, o campo deinvasão do pesquisador torna-se tão maior quanto maior for a abrangênciada pesquisa (sala de aula, parque, praças próximas da casa, casa). Assim, oprofessor-pesquisador precisa usar de bom senso e orientar seus alunos atambém o utilizarem, pois a intromissão em demasia pode resultar em pre-juízo para o propósito do seu projeto.

e) Garantir confidenciabilidade e anonimidade: na participação de um pro-jeto de pesquisa todos os participantes devem ter por escrito a garantia deter sua identidade preservada, em qualquer relatório ou durante todo o pro-cesso de desenvolvimento do projeto. Salvo nos casos em que houver con-sentimento explícito para divulgar a identidade do sujeito.

f) Minimizar os riscos de danos: cabe ao professor-pesquisador cumprir todosos protocolos necessários e prevenir que nenhum dano durante a pesquisaatinja os participantes. Uma forma de evitar os danos é o planejamento e apreparação da pesquisa. Infelizmente, os mais comuns que acontecem comas pesquisas escolares envolvem a depressão, a exclusão, a sensação de infe-rioridade etc.

g) Demonstrar respeito o tempo todo pelos participantes da pesquisa: res-peitar os alunos é fator ético com ou sem pesquisa. O professor-pesquisadordeve saber separar dados e informações pertinentes à pesquisa e dados einformações da vida do aluno participante que não precisam ser reveladosou discutidos. Isso demonstra respeito à privacidade do pesquisado.

h) Evitar coerção e manipulação: O professor-pesquisador não pode ser in-gênuo suficiente a ponto de não reconhecer a desigualdade de relação exis-tente ntr :1. figura do professor e a do aluno. Isso tudo, com certeza, podeint 'rrl'rir no 1"l'~\llt:ld( das b ervações e nas entrevistas, movidos por umH 'llIil1\('lllodi I 11.\\ i\l I 0\1 dI' <]1' '1"'1'agradar o professor.

li

Page 17: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCC:Elaboração e Redação

i) Produzir reciprocidade: a melhor prática de pesquisa é quando ela é per-cebida pelo professor-pesquisador como uma "via de mão dupla", em queambas as partes envolvidas aprendem, todos ganham com a aplicabilidadeda pesquisa. É fundamental que ações ocorram e que os sujeitos colham

seus frutos.

3 A última questão

Como ser ético?

Certamente não teremos uma conclusão definitiva, "moralizadora" sobre a vida(,(i 'a, ou a eticidade. Teremos, sim, alguns apontamentos e pistas a mais para nossasrei] .xõ cs, que não devem se esgotar neste texto, principalmente se estamos envolvidos'OIl1 a responsabilidade da pesquisa e do ensino, aqui não numa perspectiva dicotô-

mi 'a, mas de inter-relação.Ao discutir ética, torna-se imprescindível vencer o paradigma do discurso e

:Idmtrar a ação, pois de nada adianta o pesquisador ter a consciência ética no encami-1\humento final da sua pesquisa se esta não é práxis. A ética, assim como a democracial' a autonomia, não se constrói por meio do discurso, mas sim pelo exercício práticodiário, exemplo vivo e vivido, que perpassa as relações cotidianas que, neste caso, são

rcprc cntadas pela figura do pesquisador e do pesquisado. Portanto,

[...] para que uma ação seja eticamente boa, é preciso que ela seja tam-bém politicamente boa, ou seja, que ela contribua para o aumento dajustiça, entendida esta como a condição de distribuição eqüitativa dosbens materiais, culturais e 'espirituais'(âmbito da dignidade humana). Agravidade de uma ação praticada contra as pessoas é diretamente pro-porcional às conseqüênciasque lhes acarreta na sua situação no contextosocial, prejudicando-os no exercício de sua cidadania, degradando seuser quer na esfera do trabalho, quer na esfera da convivênciasocial,querainda na esferade ua identidade subjetiva (SEVERTN ,2007, P: 194).

Redacional Editora

Reitera-se aqui a dimensão política da ética e, mais especificamente, de suavivência. Ser ético está para além da capacitação em um curso de formação específica.É uma condição de construção permanente, de conquista e de disposição para estaconquista. É a práxis no seu sentido mais fundamental, na perspectiva de completudeentre teoria e prática, capaz de construir novos horizontes e de revitalizar a existênciado humano, da consciência que busca conhecer. Significa superação da ingenuidadee da alienação para o desenvolvimento de uma consciência crítica, reflexiva, que secompreende capaz de produzir ideias, de compreender e transformar a realidade enão apenas reproduzi-Ia. Implica na ação em relação aos outros; não precisamos pro-var para nossa consciência que não estamos mentindo. Portanto, a figura do "outro" éinseparável da vida ética. Não estamos isolados nas nossas relações.

Não é o fato de termos um manual ou a existência de um código normatizadoro que nos garantirá o viver ético. A regra se faz necessária, mas fundamental parauma vida ética é o exercício pleno da autonomia, da liberdade e da responsabilidadedos sujeitos. Não da liberdade individualista, voltada para o exclusivismo existencial,mas da liberdade ética, da construção da justiça, da cidadania, do respeito aos direitoshumanos efetivamente.

Por isso, por exemplo, o simples "control C / control V", tão em voga na eradas tecnologias da informação, implica numa atitude totalmente antiética em todosos níveis acadêmicos, desde a formação do profissional até o desenvolvimento da pes-quisa. Se pensarmos que tal atitude implica em "roubar" a ideia, o trabalho de outrem,o que não constitui, portanto, a construção efetiva do pensamento de quem praticoutal ato, mas uma reprodução (muitas vezes sem a mínima reflexão) de um texto para"concluir" um trabalho (se é que ele existiu), torna-se indiscutível a necessidade de"moralizarmos" (aqui sim no sentido de regramento) as nossas pesquisas para que:q rendamos realmente a pesquisar e contribuir para a transformação da nossa socie-dade. Assim, a responsabilidade é um dos pontos fundamentais da eticidade. Somosr' ponsáveis pelos nossos atos e pelo que eles demandam.

Por mais qu i to pareça "simples" aos olhos de muitos e que esteja se tornandopráti a cfi tiva .m muitas instituições de ensino superior, especialmente aquelas pou-('(I pr 'o 'up:ldas ('()III:1f;lllllil~':I()l'111 si, mas muito mais com a "perspectiva de atender:10 cli '111(''',P:II('II 111111111('1l!'II('lil' 'ohn; tal '( ndição, tanto mo pesquisadoresIlll)Hll)li('III:1I1111I"qltllllllolll, 1'111IlIdlltl ()~ lIív'is.l\o (:II:\rI11OI''111 práxis na( 1i!:1I(l11l(1111I I ,1'1" I 111111111,IltI, 1,11111111''1HIIII:1S('V("1 illo ()07, Jl' I() I) (li\(':

Page 18: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

rcc: Elaboração e Redação

[...] nossa atividade só será práxis se for impregnada por uma reflexãocrítica, capaz de elucidar todas as suas implicações. A criticidade é aqualidade da reflexão que supera a condição da consciência ingênua eda consciência dogmática, capaz de desvelar o enviesamento ideológicode todas as formas de discursos, teóricos e práticos, que constituem acultura humana.

Ao desenvolvermos uma "cultura" do plágio, da cópia, da fraude, do "jeitinho

brasileiro" e da irresponsabilidade acadêmica, efetivamente não estamos realizando

.sta práxis. Continuamos reféns de uma mentalidade ingênua, ideológica, que va-

loriza a aparência mais do que a realidade, que reproduz o "acordo" mentecapto do

"fingir que se aprende" na mesma equivalência do "fingir que se ensina". Portanto,

por mais que seja simples a elaboração da pergunta "como devemos agir perante os

nut r ?", não é simples sua resposta, pois envolve muito mais do que uma fórmula.

I', igc a vivência, vivência esta que não é apenas devida a cada um isoladamente, mas

om nos esclarece Emmanuel Mounier (apud SEVERlNO, 2007, p. 200), para o

homem a "comunidade de trabalho, comunidade de destino ou comunhão espiritual

S:lO indispensáveis à sua humanização integral". Neste sentido, "não é com os clamo-

Il'S d desesperançados solitários que hoje se poderá despertar uma ação esgotada

pelo d sespero (MOUNIER apud SEVERlNO, 2007, p. 200)". É, deste modo, uma

:I~':I letiva. Concluindo nossa reflexão, apresentamos um último pensamento de

Me unicr que trata da ação ou daquilo que esperamos com a ação:

Qjie exigiremos da ação? Qpe modifique a realidade exterior, que nosforme, que nos aproxime dos homens, que enriqueça o nosso universode valores. Para sermos exatos, exigimos de qualquer ação que corres-ponda mais ou menos a essas quatro exigências, porque é todo o homemque em nós se debruça para beber em cada um dos nossos atos (MOU-NIER apud SEVERINO, 2007, p. 197).

onstruir a ética na educação, educar para a ética, desenvolver a pesquisa de

ri)rma éti a em todas as áreas é um caminho a ser percorrido e é uma grande ação a

('I' r .alizada, Como apontamos neste texto, não há respostas prontas, fórmulas esta-

11('1 ' .iclas. fi am apontamentos iniciais e sucintos para uma discussão que demanda-

1i.1 muito mai aprofundamento. Embora não fosse a proposta deste livro a discussão

lilo!-oofic:\ sobre a ~ti a, consid ram s por bem introduzir tal dis us ã para que o

11( qui. ndOl', ou iniciunt : p 'S JlIi. :1,('I\mIl1 rassc uma mínima rdkxao. N .stc cntido,

I 1i ,dllll 1111' 1111\:1 illlllldl1\':In, llil pl I 111 I li .1 dl' '1"' n:lO 11'1 IlIll 11111 111 1'1: ssÍ('os (\;1

Redacional Editora

Filosofia e suas teorias, como os gregos (entre eles, Platão e Aristóteles) ou aos mo-

dernos e contemporâneos, como Kant e Habermas, entre outros. Fica a sugestão. De

nossa parte, buscamos apenas apresentar subsídios.

Referências

ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. 4a. ed. São Paulo: Martins

Fontes, 2000.

ARANHA, Maria L. de Arruda; MARTINS, Maria H. Pires. Temas de filo-

sofia. 2a. ed. rev. São Paulo: Moderna, 1998.

CARVALHO, José Maurício de. Pessoa humana e moral social. Paradigmas:

Revista de Filosofia Brasileira. Londrina: v. I, n.v 2, p. 101-106, SET/98.

JAEGER, Werner. Paidéia: a formação do homem grego. Trad.: Artur M.

Parreira. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

KANT, ImmanueL Resposta à pergunta: que é "Esclarecimento"? ("Au-

fklarung"). In: __ o Textos seletos. Introd.: Emmanuel Carneiro Leão.

Petrópolis-R]: Vozes, 2005, p. 63-71.

LANKSHEAR, Colin; KN °BEL, Michele. Pesquisa pedagógica: do projeto

à implementação. Trad. de Magda França Lopes. Porto Alegre: Artmed, 2008.

MOORE, G. E. Princípios éticos. São Paulo: Abril Cultural, 1975.

OLIVEIRA, Manfredo Araújo de. Ética e racionalidade moderna. São Pau-

lo: Loyola, 1993. (Coleção Filosofia: 28)

SEVERlNO, Antônio Joaquim. Filosofia. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2007.

(Coleção Magistério: Série formação geral)

Page 19: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

2Questões Metodológicasda Pesquisa

Juliana Telles Faria SuzukiMarlizete Cristina Bonafini SteinleOkçana Battini

Page 20: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

Pode dizer-me que caminho devo tomar? ~-Isto depende do lugar para onde você quer ir. ~o

(Respondeu com muito propósito o gato)- Não tenho destino certo. __ 0°

- Neste caso qualquer caminho serve'l(i" .8\

Redacional Editora

Questões Metodológicas daPesquisa1 Introduzindo o assunto

Podemos iniciar nossa discussão com um pequeno diálogo retirado do filmeAlice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol:

Esse diálogo pode ilustrar o desenvolvimento de uma pesquisa científica.Nesse caso, não se pode tomar qualquer caminho, pois a construção do trabalho deconclusão de curso requer um rigor metodológico flara a sua realização, ou seja, um

- -4' -- - -

co_njuntode métodos e instrumentos utilizados para a condução da pesquisa.Assim, a metodologia apresenta o tipo de pesquisa e a descrição do caminho

metodológico percorrido no estudo. Para isto, devemos realizar a descrição precis~

dos métodos, dos materiaise t~~icas ut~!izaqospa~re~~aªo da pesquisa.Você já imaginou como era o avanço da pesquisa sem a discussão da

metodologia?No tempo de Sócrates (séc. V a.c.), bastava a palavra do mestre para que uma

teoria fosse aceita pela comunidade. Foi somente a partir do século 2ÇVI, através deG~li!eu G~lil~i!,que as técnicas de pesquisa começaram a ser utilizadas. Posterior-mente, ~acon, Descartes, Newton e outros foram aperfeiçoando os procedimentospara legitimação das ideias que nos cercam.

O homem historicamente sempre buscou respostas para vários problemasrelacionados ao seu cotidiano movido, dentre outras questões, pela curiosidade decompreender o mundo do qual faz parte e o qual produz. Nas sociedades antigasas explicações para os ~enômenos eram dadas através dosmitos e c:enças. NaJdade.Média as explicações eram fundadas no pensamento teológico, ou seja,os fenômenos

- - - --33

Page 21: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCC:Elaboração e Redação

, suas explicações sustentavam-se, na maioria das vezes, por questões divinas, princi-

palmente pela religião católica.

Com o desenvolvimento das grandes navegações do comércio, inicia-se uma

~rande revolução pautada no desenvolvimento da ciência para explicar os aconte-

cimentos relacionados ao homem e sua vida cotidiana. A partir desse contexto os

homens passaram a questionar os pressupostos que sustentavam a sociedade, uma

v 'Z que vários teóricos começaram a desenvolver o que chamamos de ciência para

rxplicar os fenômenos sociais.

Podemos dizer que a ciência e seus procedimentos revelam-se pelo momento

h istórico em que foram produzidas, sendo que qualquer conhecimento é histórico, é

1111).onhecimento construído em um dado período do tempo.

Pesquisar é uma forma de encontrar respostas para diversas perguntas. Nessa

busca de respostas sempre surgirão novas perguntas. É assim que se descobre o mun-

do c os seus sentidos. Existem diversas formas para se encontrar respostas, tais como:

iI1V.stigar, indagar, conhecer outras realidades.A partir dessas respostas, pode-se con-

sq~uir formular novas ideias sobre determinados assuntos, ou aprimorar assuntos já

existentes.

Por isso a atividade de pesquisa é essencial para o homem, visto que é através

dela que temos o desenvolvimento da sociedade e de suas relações culturais, econô-

Itlic;\s ' políticas, ou seja, de todas as relações que se fazem presentes em nossas vidas.

M inuyo (2007, p.16) confirma isso quando diz:

Entendemos por pesquisa a atividade básica da ciência na sua indaga-ção e construção da realidade. É a pesquisa que alimenta a atividadede ensino e a atualiza frente a realidade do mundo. Portanto, emboraseja uma prática teórica, a pesquisa vincula pensamento e ação. Ou seja,nada pode ser intelectualmente um problema, se não tiver sido, em pri-meiro lugar, um problema da vida prática. As questões de investigaçãoestão, portanto, relacionadas a interesses e circunstâncias socialmentecondicionadas.

Falar de conhecimento científico é falar do conhecimento historicamente acu-

mulado, que é um processo social e coletivo, sendo que esse conhecimento ajuda na

I Oll1pr .cnsão da realidade, permitindo, a partir de seu domínio, pensá-Ia globalmente

(' .1I1:di~:\1:1.om rigor e crítica.

'll'lIdo l'sse contexto hi l(ll i, () do d .scnvolvimcnto d,1 I !t'11(ia, volt 'mos à

"lI! LIII d'l ',111111111<1 1lIl'llItltllll).!UII .\ IH'III Hl'gllitlll • 1',"1, 11111tll'fillil' o Il'rtll0

Redacional Editora

met~do!og~ (méthodos = organização e 2go~ estudo sistemático, pesquisa, inves-

tigação), como o estudo da organização, dos caminhos a serem percorridos para se

realizar uma pesquisa e estudo, ou para fazer ciência.

Mas ao realizar uma pesquisa não podemos seguir qualquer caminho (lem-

bram do gato da Alice?). Imagine se cada pesquisador seguisse seu pensamento, sua

vontade, ou até mesmo o senso comum? Assim, devemos seguir determinados pro-

cedimentos, construídos pelo homem e que dão credibilidade à pesquisa e ao conhe-cimento produzido.

Bem, já que estamos falando do conhecimento científico, métodose procedimentos referentes à pesquisa, vamos discutir aqui alguns

itens importantes para a formação do pesquisador?

2 Classificação das pesquisas

Sabe-se que, com relação à classificação das pesquisas, existem inúmeros de-

bates acerca das categorias que sustentam o desenvolvimento da ciência (CERVO;

BERVIAN, 2007; LAKATOS; MARCONI, 2009; SEVERINO, 2007; CHI-

ZZOTTI, 1991; GIL, 2008).

Ressaltamos que não é intenção deste capítulo descrever exaustivamente todas

as categorias, mas, sim, definir e indicar algumas e apontar direcionamentos para o

aprofundamento da temática.

Para saber mais consulte:GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa.

4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

A pe quisa pode S 'r classif ada quanto à natureza, objetivos, procedimentos,

abordag ns ' instrumento , Sl'gu' abaixo a descrição desses elementos.

Page 22: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCC:Elaboração e Redação

QUANTO À NATUREZA

Básica ou pura

Aplicada

Básica ou puraO pesquisador tem como meta o saber, buscando satisfazer uma necessidade

iIII .lcctual por meio do conhecimento. Souza; Fialho; Otani (2007, p. 37) confirmami so, pois "como a pesquisa básica visa à geração de conhecimento, não resultará em11111 produto de aplicação direta para atendimento de necessidades humanas".

Aplicadainvestigador é movido pela necessidade de contribuir para fins práticos reais

1111 " \ '110S imediatos, buscando soluções para problemas concretos. A pesquisa aplica-d:\ "envolve verdades e interesses locais, tendo como propósito resolver um problema('~p-cff ,que provavelmente resultará em um produto diretamente aplicado, bus-

cundo atender demandas sociais" (SOUZA; FIALHO; OTANI, 2007, p, 38),

QUANTO AOS OBJETIVOS

Exploratória

Descritiva li"'------,Explicativa

ExplorarõríaS 'p;und Gil (2008, P: 41), "estas pesquisas têm como objetivo proporcionar

"I:dor f:ullili;\ridade om o problema, com vistas a torná-lo mai xplí ito ou a cons-lllli, 1li p<'l(\'S{':-i", Tem como obj .tivo j) aprimoramento das id 'ias, 011 Cj;l, propor io-11,\1 1I1,lÍIII lilllli!i:lrid:ldc ('01\\ li IIhjl'lll di' (' uulo. I~ss' tipo di I" '1111 :1 :lSSul11 ' U[11

Redacional Editora

planejamento bastante flexível e na maioria dos casos envolve pesquisa bibliográfica.Lembrando que: "recomenda-se a pesquisa exploratória quando há pouco conheci-mento sobre o problema a ser estudado" (CERVO; BERVIAM; DA SILVA 2008,p.62).

DescritivaPara Cervo; Berviam; Da Silva (2006, p. 61), "a pesquisa descritiva observa, re-

gistra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos (variáveis) sem manipulá-los". Temcomo objetivo a descrição das características de uma determinada população, ou bus-ca classificar, explicar e interpretar a frequência de determinado fenômeno. De acor-do com Gil (2008), geralmente assumem a forma de levantamento de dados como,por exemplo, pesquisas de opinião, índices de criminalidade, pesquisas eleitorais, ouas características de um grupo, como a idade, o sexo, a escolaridade etc. Algumas ve-zes a pesquisa descritiva necessita de pesquisa exploratória como pré-requisito para adescrição dos fenômenos.

ExplicativaDe acordo com Gil (2008, p. 42), busca-se identificar e explicar os fatores que

determinam ou contribuem para a ocorrência de um fenômeno. "Esse é o tipo depesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão, oporquê das coisas. [...] é o tipo mais complexo e delicado, já que o risco de cometererros aumenta consideravelmente". Para sua realização, necessita-se anteriormente deum estudo exploratório e descritivo para dar base cientifica à explicação.

JI

Page 23: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCC:Elaboração e Redação

QUANTO AOS PROCEDIMENTOS

Pesquisa-ação

Pesquisa bibliográfica

Pesquisa documental

Experimental

Pesquisa de levantamento

Estudo de caso

Pesquisa de campo

Pesquisa bibliográficaA pesquisa bibliográfica tem como finalidade a busca de explicações para os

problemas partindo das referências teóricas que já foram publicadas. Ela é desenvol-lida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigosI ientfficos. Tal procedimento é utilizado tanto na pesquisa exploratória, descritiva ou, plicativa para fundamentação teórica.

Imagine que um pesquisador pretende averiguar o índice de analfabetismo noBI usil. Sem a pesquisa bibliográfica essa tarefa seria quase impossível. A possibilidade111' consultar dados já publicados é a grande vantagem da pesquisa bibliográfica. Poruut ro lado, há a necessidade de atentar para a fidelidade dos dados consultados. Um11.ihulho fundamentado numa fonte secundária equivocada só causará uma sucessãod,' r 'produções incorretas. Por essa razão, recomenda-se a utilização de fontes segu-I .I~,d . preferência de dados primários.

Quanto à sua natureza, os documentos bibliográficospodem ser: a) Pri-mários: quando coletados em primeira mão, como pesquisa de campo,testemunho oral, depoimentos, entrevistas, questionários, laboratórios.b) Secundários: quando colhidos em relatórios, livros,revistas,jornais eoutras fontes impressas,magnéticas ou eletrônicas.c)Terciários:quandocitados por outra pessoa (CERVO; BERVIAM; DA SILVA,2006, p.80).

1':lIlilll, ":1 lll"s<Jllisa hibliogl.dil.1 I' 11\t'io de formação pUI " II II 11' ia c .onstitui

11 1'11111 dll 11111<1h.1 !lI) p;1I I II I 111.111 11111111)\I.di, (I~, 111111 '1"11 I h!I·I.! o d01l11

Redacional Editora

nio do estado da arte sobre determinado tema." (CERVO; BERVIAM; DA SILVA,2008, p. 61).

Pesquisa documentalEsse tipo de pesquisa é bastante semelhante à pesquisa bibliográfica. A dife-

rença entre elas está na natureza da fonte. A pesquisa bibliográfica toma como fon-te as contribuições de autores sobre determinado assunto e a pesquisa documentalutiliza como fonte materiais que ainda não receberam nenhum tratamento analítico.Geralmente esses documentos estão disponíveis em órgãos, sindicatos, igrejas, ins-tituições públicas ou particulares e também podem ser documentos pessoais comocartas, registros fotográficos, relatórios de atividades etc.

Gil (2008) apresenta três vantagens relacionadas à pesquisa documental. Sãoelas:

1) Os documentos constituem uma fonte rica e estável de dados possibilitandoprincipalmente pesquisas de natureza histórica;

2) Apresenta baixos custos, se comparado a outras pesquisas, uma vez que de-pende apenas da disponibilidade de tempo do pesquisador;

3) Evita distorções na coleta de dados, uma vez que não exige contato com ossujeitos da pesquisa.

Pesquisa experimentalPara Severino (2007, P: 123), esse tipo de pesquisa utiliza o "objeto em sua

concretude como fonte e o coloca em condições técnicas de observação e manipu-lação experimental nas bancadas e pranchetas de um laboratório, onde são criadascondições adequadas para o seu tratamento".

Na sua grande maioria a pesquisa experimental é utilizada na área de ciênciasbiológicas e exatas, no qual o pesquisador escolhe um objeto de estudo e manipula,

I "!' tipo dI' pr\qui a busca através dos experimentos laboratoriais10.01,\11'11111 vII 11', doi qrlpl' 111N1, buscar a cura para a AIDS,câncer etc.

III

Page 24: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCC:Elaboração e Redação

l'ja selecionando variáveis que podem influenciar, definindo formas de controle e de

tlhs .rvação dos efeitos.

Mas nem todos os objetos de estudo são físicos, como bactérias, vírus, porções

dl' líquidos, ratos etc. Há também objetos sociais, como por exemplo, pessoas, grupos

ou instituições. Para ilustrar, Gil (2008) cita estudos na "Psicologia (aprendizagem),

11,1 Psicologia Social (medição de atitudes, estudo de comportamento de pequenos

"tipOS, análise dos efeitos da propaganda etc.) e na Sociologia do Trabalho (infiu-

111 'ia de fatores sociais na produtividade)". Entretanto, vale destacar que, sobretudo

IIMi pe quisas experimentais em objetos sociais, deve haver o respeito ao ser humano,

p" u tando-se pela ética.

Uma série de características humanas, tais como idade, sexo ou histó-rico familiar, não podem ser conferidas às pessoas de forma aleatória.Outra limitação consiste no fato de que muitas variáveis que poderiamser tecnicamente manipuladas estão sujeitas a considerações de ordemética que proíbem sua manipulação. Não se pode, por exemplo, subme-ter pessoas a atividades estressantes com vis-as a verificar alterações emsua saúde física ou mental. Ou privá-Ias de convívio social para verificarem que medida esse fator é capaz de afetar sua auto-estima (GIL, 2008,p.49).

Jo:l1t.ndcrnos assim que, embora esse tipo de procedimento seja um valioso re-

I \11.,0 na .xperimentação de hipóteses, estabelecendo causa e efeito entre as variáveis,

I II t.unh irn apresenta limitações.

P zsquisa de levantamentoA. pesquisa de levantamento também é conhecida como surveys. Tem como

Itll,didadc a realização de amplos levantamentos, como por exemplo, o censo.

, ... , aracterizam-se pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento

t dl'seja ·onhecer. Basicamente, procede-se à solicitação de informações a um grupo

.1 Ilificativo de pessoas acerca do problema estudado para, em seguida, mediante

,Illali (' quantitativa, obterem-se as conclusões correspondentes aos dados coletados

( : li" .()()R, p. 50).

Por s 'r lima pesquisa ampla, é geralmente operacionalizada por meio de amos-

(1,1 'PIllPorrionando uma visão e tatística do fenômeno estudado.

111

Redacional Editora

Estudo de caso

O estudo de caso é definido como um estudo profundo e exaustivo de um ou

de poucos objetos, o que possibilita o conhecimento amplo e detalhado do fenômeno

escolhido. Esse tipo de pesquisa é muito utilizado nas ciências biomédicas e sociais.

Os resultados são sempre apresentados como hipóteses e nunca como conclusões.

É importante ressaltar que, mediante a escolha desse tipo de pesquisa, deve-se estar

ciente de que os resultados demandam muito tempo para serem levantados. Citamos

abaixo algumas vantagens apontadas por Gil (2008) relacionadas a esse tipo de pes-quisa. São elas:

1) Explorar situações da vida real;

2) Preservar o caráter unitário do objeto estudado;

3) Formular hipóteses ou desenvolver teorias.

Para saber mais consulte:LUDKE, Menga; ANDRÉ, Marli E. D. A. Pesquisa em Educação: abordagens

qualitativas. São Paulo: EPU,1986.

Pesquisa-ação

A pesquisa ação é um tipo de pesquisa social e necessariamente envolve uma

ação. Para 1hiollent (1985, p.15), "[ ... ] toda pesquisa-a ãQ.é do.tipo participativo.:

a parti~ das pessoas implicadas nos problemas investigados é absolutame_ntenecessária."

Por exemplo: um pesquisador preocupado com as condições de trabalho do

.ortador de cana pode através da pesquisa-ação buscar compreender in loco as reais

condições às quais os trabalhadores são expostos. A característica da pesquisa-ação

niio é restrita ar nas ao levantamento de dados isolados acerca das condições de

trul alho, mas sim 11:1 dt,( iva~'i1()d açõe tais como: organização dos trabalhadores

lia r .ivind i ':l~'ao d, I \I "111 1(11 ,I onst ituiçã de sindi at ,intervenção do ministério

puhli 'o pal,l.1 .1 1111111 "1111111 11.lh.dhislas l'te.

11

Page 25: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCC:Elaboração e Redação

Na pesquisa-ação os pesquisadores desempenham um papel ativo noequacionamento dos problemas encontrados, no acompanhamento e naavaliação das ações desencadeadas em função dos problemas. Sem dúvi-da, a pesquisa-ação exige uma estrutura de relação entre pesquisadores epessoas da situação investigada que seja de tipo participativo (THIOL-LENT, 1985, p. 15).

É importante ressaltar que esse tipo de pesquisa envolve inúmeros momentos,

procedimentos e instrumentos, o que a torna complexa, exigindo maturidade do pes-

quisador, pois envolve inúmeras relações e coerência nas ações.

Para saber mais consulte:

IHIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo: Cortez, 1985.

Pesquisa de campoTambém conhecida como estudo de campo. Enquanto a pesquisa de levanta-

111 .nt procura investigar um universo maior, a pesquisa de campo tem como caracte-

I ísti a a investigação de um universo bem menor, como, por exemplo, uma realidade

escolar, um grupo de profissionais de uma determinada área, um grupo de turismo

-rc. °estudo de campo apresenta algumas vantagens em relação principal-mente aos levantamentos. C9mo ~ d~senvolvido_ noyróprio !Qcal_emque ocorrem os fenômenos, seus resultados costumam ser mais fidedig-nos. Como não requer equipamentos especiais para a coleta de dados,tende a ser bem mais econômico. E como o pesquisador apresenta nívelmaior de participação, torna-se maior a probabilidade de os sujeitos ofe-recerem respostas mais confiáveis (GIL, 2008, p.53).

Apesar de a pesquisa de campo oferecer as vantagens descritas acima, existe

() ris '0 do ubjetivismo na análise e interpretação dos resultados da pesquisa, sendo

1\ 'c .ssário redobrar a atenção para não incorrer em equívocos.

Redacional Editora

QUANTO A ABORDAGEM

Quantitativa

Qualitativa

Pesquisa QuantitativaO paradigma de pesquisa quantitativa baseia -se nos pressupostos do positivis-

mo e é muito utilizado pelas ciências naturais, pois fundamenta-se essencialmente

e~ quantificar os fenômenos sociais baseados em observações empíricas, para expli-

crtar fatos e fazer previsões.

~ esse conhecim:nto do.s fenômenos, por sua vez, limitava-se à expres-sao de uma relaçao funcional de causa a efeito que só podia ser medidaco~o uma função matemática, exprimindo uma relação quantitativa.Dal a.característica original do método científico ser sua configuraçãoexpenmental-matemática. (SEVERINO, 2007 p. 118).

Uma pesquisa quantitativa não é apropriada para compreender o "porquê",

mas sim para identificar de forma quantificável um resultado. Dessa forma, a escolha

por esse tipo de abordagem deve estar relacionada à necessidade de descobrir quantas

pessoas de uma determinada população compartilham características comuns. Algu-

mas pessoas denominam a pesquisa quantitativa de pesquisa fechada pelo formato

quantificável dos dados que são coletados.

Pelo fato de essa abordagem buscar a objetividade através de uma lógica formal

com a neutralidade no processo de investigação, a realidade é vista como algo exterior

ao indivíduo. Os dados são vistos como coisas isoladas, captados em um instante de

observação. A avaliação do processo do conhecimento se dá a partir de critérios de

representatividade probabilística da amostra: o pesquisador descreve, explica e prediz.

. A partir da década de 70, começam a existir muitas críticas sobre esse para-

d'gma de pesquisa, principalmente por parte dos pesquisadores da área de humanas

pela general idad . de S 'lIS r .sultados frente às transformações sociais existentes. Nesse

s .ntido, a disc\II,,:lo ('1\\ 1(·III\·:\Cl a novas f rmas de analisar os fenômenos existentes

dcs 'll1hO('11 ('111111\\ 1111\11 1I,II,IIII}lllli\ dcnorninad qualitativo, LI também chamado

dl' IWI>(I'IÍ ;1 ,111 1,Ii

Page 26: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCC:Elaboração e Redação

Pesquisa Qualitativa

A pesquisa qualitativa é uma abordagem histórica e social, em que os sereshumanos se relacionam historicamente. Não é só o investigador que dá sentido aoseu trabalho intelectual, mas os seres humanos, os grupos e as sociedades interferem,

dão significado e intencionalidade às ações sociais.Para Ludke; André (1986, p.11), "a pesquisa qualitativa tem o ambiente natu-

ral como sua fonte direta de dados e o pesquisador como seu principal instrumento".A. pesquisa lida com seres humanos que, independentemente da classe social, faixaitária ou qualquer motivo, têm relação direta com o investigador.

A pesquisa social é intrinsecamente ideológica. Ela vincula visões de mundohistoricamente constituídas, em que o pesquisador e o campo estão interligados.

Apresentamos abaixo algumas características do pressuposto qualitativo:

1) Diferente do modelo experimental, pois adota métodos e técnicas próprias- Método Histórico - captam aspectos específicos dos dados e aconteci-

mentos no contexto social;

2) Análise dos significados que os indivíduos dão às suas ações, no espaço que

constroem as suas vidas e suas relações;

3) Relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, sujeito e objeto e objeto e

subjetividade;

4) O objeto não é um dado inerte e neutro, está imbuído de significados;

5) A realidade é uma construção social da qual o investigador participa;

6) Os fenômenos estão compreendidos dentro de uma perspectiva histórica;

7) Os valores estão presentes no processo de investigação;

8) O pesquisador deve experienciar o espaço e o tempo vividos pelos inves-tigados e partilhar de suas expectativas para reconstruir o sentido que os

P esqui ados dão ao objeto.

Redacional Editora

QUANTO AOS INSTRUMENTOS

Análise documental

Observação

Questionários

Entrevistas

Os instrumentos, ou os meios que o pesquisador define para a realização dasua pesquisa, têm como finalidade colher e registrar dados e informações obtidos narealidade foco de estudo e que se constituirão nos elementos para análise e explicaçãode aspectos teóricos a partir dos quais se dá a reflexão.A coleta de dados ocorre após adelimitação do assunto, da revisão bibliográfica, da definição dos objetivos, da formu-lação do problema e das hipóteses. No momento de definir como se dará a coleta dedados é preciso saber escolher os instrumentos mais adequados para que a pesquisa serealize com objetividade e sem o acúmulo de informações desnecessárias.

A coleta de dados envolve alguns passos como: identificar a população a serestudada, elaborar os instrumentos de coleta, e a programação (planejamento) dacoleta. Apresentaremos a seguir os instrumentos mais comuns utilizados em umapesquisa enunciando as técnicas correspondentes:

Análise documental

É um tipo de observação indireta. Os dados são obtidos e analisados a partirda leitura e interpretação do material disponibilizado. Trata-se da consulta aos docu-mentos, aos registros pertencentes ao objeto de pesquisa para fins de coletar informa-çõcs úteis ao entendimento e análise do problema.

Vejamos abaixo como Gil (2008, p. 89) descreve a análise documental:

A primeira é a pré-análise, onde se procede à escolha dos documentos,: forlll\ll:tç:io de hipóteses e à preparação do material para análise. A~q~\Il1dil (' :I exploração d material, que envolve a escolha das unidades,,I 1111111111,11,,111( ,I rlussif .açâo, A ter eira etapa, por fim, é constituída1"11111111111111111,1111Ifi.,t('llti:1 t' int 'rpr'taçao dos dados .

.U

Page 27: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCC:Elaboração e Redação

Vale ressaltar que na análise documental, assim como nas demais, é fundamen-

tal a etapa anterior de revisão bibliográfica, pois ela norteará a escolha do instrumen-

to e sua análise.

ObservaçãoPara Lakatos; Marconi (2009, p. 192), a observação é "uma técnica de coleta de

dados para conseguir informações e utiliza os sentidos na obtenção de determinado

aspecto da realidade". Para isso, não se restringe apenas a ouvir e ver, mas também em

.xaminar os fatos ou fenômenos que se pretende estudar, permitindo perceber aspec-

to que os indivíduos não têm consciência, mas que se manifestam involuntariamente.

Existem vários tipos de observação, dentre elas a observação indireta e direta:

1. Observação indireta: o pesquisador não se envolve no processo de observa-

ção, analisando os fenômenos da forma em que eles ocorrem.

2. Observação direta: busca envolver a obtenção de dados direto com a fonte.

Pode ser sistematizada (planejada, controlada) ou assistemática (espontânea,

formal, livre). Pode ser participante (o pesquisador participa com a comuni-

dade ou grupo, incorporando-se ao mesmo), ou não participante (também

chamada de passiva, em que o observador toma contato com a comunidade,

grupo ou realidade estudados, mas sem integrar-se a eles, presenciando o

fato, mas não participando ativamente do mesmo).

Questíonáríos

O questionário é constituído por uma série ordenada de perguntas que devem

S 'f re pondidas por escrito e sem a presença do entrevistador.

Deve-se tomar cuidado na elaboração das perguntas, para que não haja dupli-

cidade de interpretações. Deve-se encaminhar junto ao questionário uma nota ex-

pli 'ativa da natureza da pesquisa, sua importância e a data de retorno dos mesmos.

Podem ser compostos de perguntas abertas (interpretativas) e fechadas (obje-

Iivas). Devem ser acompanhados por instruções claras e bem definidas.

1 .poi de redigido, é recomendável que o questionário passe por um pré-teste,

IIlI seja, ti 'v' S 'r apli ad a lima p .qu na população es olhida, com caractcrísti as

Redacional Editora

semelhantes ao seu alvo de estudo. A seguir, tabulam-se esses dados para verificar

possíveis falhas no instrumento.

A análise dos dados, após a tabulação, evidenciará possíveis falhas exis-tentes: inconsistência ou complexidade das questões; ambigüidade oulinguagem inacessível; perguntas supérfluas ou que causam embaraçoao informante; se as questões obedecem a determinada ordem ou se sãomuito numerosas etc. (LAKATOS; MARCONI, 2009, p. 205)

Além disso, o pré-teste pode ser aplicado quantas vezes for necessário, visando

seu aperfeiçoamento e tendo com isso maior validez. Após cada pré-teste, o questio-

nário deve ser reelaborado.

EntrevistasÉ considerado um instrumento de excelência da investigação, pois estabelece

uma conversação face a face, de maneira metódica, proporcionando ao entrevistado,

verbalmente, oferecer a informação necessária e ao entrevistador obtê-Ia de modo

mais amplo e profundo, promovendo apreensão mais rica e viva do dado. Seguem

abaixo os diferentes tipos de entrevista:

1. Entrevista padronizada ou estruturada: o entrevistador segue um roteiro

previamente estabelecido. As perguntas feitas são pré-determinadas (for-

mulário); o pesquisador não é livre para adaptar suas perguntas. A padroni-

zação tem por finalidade obter um comparativo entre as respostas.

2. Entrevista despadronizada ou semiestruturada: o entrevistado tem liberdade

para desenvolver cada situação em qualquer direção que considere adequa-

da, o que permite explorar mais de uma questão. Para isso o entrevistador

pode utilizar-se de um roteiro de questões para não se perder em indagações

desnecessárias que ocasionam, muitas vezes, a descaracterização do foco de

estudo.

3. Enrr vista m grupo (Grupo focal): essa entrevista é utilizada com grupos

de pl' soa:- pn tcnccnrcs ao ambiente de análise. Criam-se grupos de dis-

ru: ,ti) (I() pl qltl' 10m ara tcrí ticas comuns e que conheçam o foco

d.\ dI 1\\ 111, I' 11 1'1"1,1111 I Illiv:ldos P '10 mod .ra I r do grupo, conversem

111,\1 1111['1' I ,.I. 1111, \I 1,11111 ,Indo I' 'Pl'Iil'llcias, S '111il11 'I1!OS • valores.

1/

Page 28: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCC:Elaboração e Redação

Para Lakatos; Marconi (2008), a utilização de entrevistas possui algumas van-I:lgens como:

1. Pode ser realizada com analfabetos ou alfabetizados;

2. Há flexibilidade, podendo o entrevistador repetir e esclarecer o conteúdodas perguntas;

3. Possibilita avaliar atitudes e condutas através da observação das reações egestos;

4. As informações obtidas são mais precisas, uma vez que possibilita a verifica-ção imediata.

Mas também há limitações, conforme aponta Lakatos; Marconi (2008):

1. Dificuldade de expressão e comunicação de ambas as partes;

2. Possibilidade de o informante ser influenciado pelo entrevistador;

3. Disposição do entrevistado em dar as informações necessárias;

4. Retenção de dados em função do receio de que sua identidade seja revelada;

5. Ocupa muito tempo.

Além das considerações acima, é importante realçar a preparação da entrevistaq\l ' deve observar:

1. Planejamento -levantar o objetivo;

2. Conhecimento prévio do entrevistado;

3. Oportunidade da entrevista - marcar local e data;

4. Garantir segredo de suas confidências e identidade;

5. nhecimento prévio do campo -local onde realizará a entrevista;

(í. I'r 'para ão especifica - organ ização do roteiro.

)\llro mom 'I]tO importuut« ( li <111('se segue à ntrcvi 1.1 I (':1li I'lId:1.1m .diura-

11\I'lItl ''Iu!' tllll( lul: :1 ('11(1(' i 111.111" 11'11 I 1111'deve ('1:llulI "111111 1111(' (' dll jlrnl\'

Redacional Editora

so vivido com o entrevistado para registrar aspectos que considerou importantes nainterlocução e que poderão auxiliar na interpretação dos dados coletados e na redaçãodo texto.

Referências:

BERTUCCI, Janete Lara de Oliveira. Metodologia básica para elaboraçãode trabalhos de conclusão de cursos (TCC): ênfase na elaboração de TCC depós-graduação Latu Sensu. São Paulo: Atlas, 2008.

CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberto da. Meto-dologia científica. 6a ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos dametodologia científica. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2009.

MICHEL, Maria Helena. Metodologia e Pesquisa Científica em CiênciasSociais: um guia para acompanhamento da disciplina e elaboração de traba-lhos monográficos. São Paulo: Atlas, 2005.

MULLER, Mary Stela; CORNELSEN, Julce Mary. Normas e Padrões paraTeses, Dissertações e Monografias. 5. ed. Londrina: EDUEL, 2003.

SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23 ed.São Paulo. Cortez, 2007.

LUDKE, Menga; ANDRÉ, Marli E. D. A. Pesquisa em Educação: aborda-gens qualitativas. São Paulo: EPU,1986.

CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais. 5. ed.São Paulo: Cortez,1991.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo:Atlas, 2008.

MINAY .Mari.. .cília de Souza (org). Pesquisa Social: Teoria, método eriat ivid:« lc. . (·d. 1\·(1'( polis: Vozes, 1994.

'1'111 )Ll,I',N'I: 1\11I11l1 Md(I(I()I()~in d" pesquisa-ação. São Paulo: Cortez,I tJH~ •

111

Page 29: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

3Redação CientíficaMiguel Heitor Braga Vieira

Page 30: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

Por onde começar?

Redacional Editora

Redação Científica

1o desafio da escrita

É comum ouvir de alunos, professores e pesquisadores que a fase de uma pes-quisa mais complicada é aquela em que já se tem os dados, tem-se a bibliografiacompleta e todo o esquema efetivado de seu trabalho monográfico, no entanto, nãose sabe por onde começar a escrever. Conseguimos apresentar falando nosso trabalhopara um amigo ou familiar, mas na hora de pôr as ideias no papel estas se confundeme voltamos à estaca zero. É o famoso bordão: "Já tenho tudo na cabeça, é só escrever!"Apelamos para a oralidade em detrimento da escrita, mas não devemos nos esquecerde que nossa vida é basicamente organizada sob a forma da palavra escrita. Redigir otexto acadêmico que se deseja e precisa é o próprio trabalho em si, é o que fica arma-zenado segundo as exigências do meio intelectual. Sem dúvida, é a parte mais árdua,mas também, com algumas noções e preocupações, extremamente recompensadoraao final. ~qui, verificaremos algumas particularidades dos elementos textuais queconstituem a redação científica. Mais precisamente, o tipo de linguagem que deve serutilizada na redação de TCC's e artigos científicos.

Uma primeira particularidade que podemos comentar é a respeito da inspira-ção. Ora, até a inspiração poética é combatida por diversos escritores. Muitas vezes seadia o momento da escrita esperando que surja o entusiasmo criador. No que concer-ne à escrita acadêmica, é uma palavra extremamente perigosa. Não se deve esquecer:~c~ é q~en:=.escreve o texto. É um momento de liberdade, raro em nossas vidas, e asideias que surgem mentalmente não seguem uma ordem linear. Contudo, há a ne-cessidade de um rigor na escrita, um rigor da linguagem que ultrapassa os momentosmeramente criativos e marca a especificidade do texto científico.

Escolhido o_tema de sua pesquisa, dispostas as questões preliminares, chega omomento de escrever. E como começar a arranjar a mistura de conhecimentos? Do

53

Page 31: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

Tee: Elaboração e Redação

ponto de vista de Mattar (2008), o_método do sumário seria o ordenador geral do

,tOSde intenções anteriores à redação, pois teria o privilégio de preservar a liberdade

dl' associação de proposições, ao mesmo tempo em que já implica num mínimo de

Illp;anização textual. Mesmo que sejam feitas alterações no decurso do trabalho, há

(I, sdc o início um norte indicador para aquele que pesquisa. É a proposição de um

" ,tOSpré-ordenado":

[...] com o sumário, o espaço para o caos fica preservado, até o finaldo processo de redação. Evita-se, assim, pensar em fases estanques pré-escrita/escrita. Na verdade, quase nunca acaba ocorrendo essa divisãoestanque nos textos efetivamente produzidos; o aluno em geral perdemuito tempo antes de iniciar o processo de ordenamento, acaba retar-dando a redação do texto (o corpo-a-corpo com as palavras), e não sobratempo para a redação e revisão. ~ossa proposta defende a redação dotrabalho desde o início, que, ao mesmo tempo em que lemos, estejamosescrevendo o trabalho - que, ao mesmo tempo em que se gera caos:oestejamos ordenando (MATTAR, 2008, p. 200).

Ter essa relação "corpo-a-corpo com as palavras" faz com que nos sint~mos

IIl.tis :1 vontade para adicionar, cortar, enfim, editar o texto que vai ganhando forma

,111 poucos. Dificilmente um TCC e um artigo científico terminarão da maneira

I .ua como foram imaginados. O autor, e insistimos no propósito da liberdade, li-

11'1;11111.nte manuseia seu texto, assemelha-se a um artesão que dá forma àquilo que

1l\11I1primeiro momento é somente argila natural. Na escrita, o texto (tecido verbal),

\ ,11sendo costurado, amarrado, rearranjado, emendado, tomando novos caminhos a

1',11I11d ' um plano que o guia.

Por outro lado, a facilidade que a tecnologia trouxe para a edição do texto

I I IiIo no momento atual também carregou consigo uma cilada: com a facilidade

,11 I'SLT 'ver rascunhos e apagá-los, ou reforrnulá-los sem limite de espaço, muitas

'("/('~ roda-se sem encontrar um início ou caminho que seja seguro o suficiente para

11,1111(li" do texto dirigir-se. Começa-se a todo momento, num movimento circular de

''. 1I11\(',;:l>escreve> reformula> apaga> começa> escreve> reformula> apaga", e o texto

l'lllp,i:lm .ntc dito não toma forma final.

2 J\ importância de saber para quem se escreve

I' 111R 'da\':Io d ' textos ('knlifit'us, V Ta ristina h'iloS,I ( >()()7, )\.17), '010 ';t

I lI' ',l.I d, 11\,1\11'110111:11,1,dll' 1.1I 1111111I: li comuni. :I"IIl 1 11111111'11 ,'111q\ll' niu

!l,'!!,\( 1111,111dllOl,I

guém deve entrar sem antes procurar saber quem vai s .r () P;l\U'II11" 1',11qlll I 11111111

ni~ar é exatamente um ato de comunhão entre pessoas distintas, ('1\1Ii"l 11,1,ti 'li 111

que emite as opiniões (você, caso seja o escritor, é o EMISSOR) e aqu .lc <tu 111111,11\\

com a escrita, com as opiniões e mensagens expostas (caso seja você o que rcc 'h', 'o RECEPTOR). Contrariamente ao que se pensa, nunca o receptor será passivo (a

menos que se disponha a não refletir sobre o que está lendo). Nesse jogo apontado,

é de fundamental importância que o leitor do texto (assim como o ouvinte de uma

palestra) participe do a~o de comunicação, mesmo sem falar.

Como se dá isso?

qOo..-.."'-.

Recriando e inferindo o texto com seu conhecimento prévio, ou abrindo sua

inteligência científica para um novo saber, sem, contudo, apassivar-se na situação

cômoda de apenas mais um receptor acrítico.Feitosa (2007, p. 18-22) ainda indica quatro perguntas primordiais que todo

autor de texto científico deve ter em mente antes e durante sua escrita:

1) "O que o receptor precisa saber?"

Com a resposta a essa pergunta, delimita-se o assunto de seu texto, ao mesmo

tempo em que não permite confusão na comunicação entre emissor e receptor, pois

estabelece uma espécie de acordo em que ambas as partes sabem do que o texto trata.

Você determina o conteúdo a partir dos interesses do leitor.

2) "Para que o receptor precisa dessas informações?"

Essa pergunta direciona a hierarquização das informações apresentadas ao

longo do texto ientífico. Ao mesmo tempo, proporciona a modéstia intelectual sem-

pre indisp 'IIS:ivl'i, :\tl 'vital' o excesso de sentimento de inovação ("Nunca se estudou

'SS' ass\l1l11I \ 11111111111I:I'/I~ 10 agora!"). Pensa-se nas necessidades do leitor, e não

sOIlH'IlI,' 11,1 dl1lll1l 111

Page 32: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCC:Elaboração e Redação

3) "QJIe tipo de conhecimento o receptor já tem a respeito do assunto?"

Indica a direção de seu texto sem perder o foco, o qual é apresentar um conhe-

( im .nto que não repita o de trabalhos anteriores e ecoe tão somente em redundância.

I .m disso, há de se contextualizar o assunto de seu TCC ou artigo para o leitor (essa

prevenção também é guiada pela questão: será que meu leitor está entendendo o que

, ri" 'vi?). Ofereça dados que possam situá-lo no tempo e espaço e ao mesmo tempo

.Iespcrte sua curiosidade.

4) "QJIal será a utilização e o alcance do texto?"

Para um texto científico ter uma real utilidade, sua linguagem deve estar de

,11 ord com aquilo que seu receptor espera dele. Para que haja uma eficácia comu-

III!ativa, portanto, é fundamental que se tenha humildade em reconhecer os pontos

II .llOS do texto que merecem ser melhorados para que ele se torne apresentável. Ou-

1111f ator que se junta a essa questão é: esse trabalho servirá para alguém, algum dia,

onsultar?

A sim, principalmente saber (ou ao menos ter a preocupação de saber) para

1IIl'Il1se escreve é fundamental. Uma questão simples e que é facilmente esquecida

lll,ltld nos envolvemos no texto, como máquinas verbais. Poderíamos acrescentar

.u ias utras perguntas que são desmembramentos das quatro acima. Muitas vezes,

11)I .spondermos a elas, um tipo de frustração se instala, como querendo nos impedir

I,· irmos adiante. S; nas preliminares de escrita, enquanto só temos a ideia de como

It (ivnr nossa pesquisa, nos sentimos como inovadores, a sensação de genialidade dá

1i ..u a um desalento infeliz, mas necessário para nos deixar com os pés no chão.

autor do texto científico deve ter um posicionamento de primeiro leitor.

)111:1situação difícil de ser alcançada, que o coloca distanciado de seu texto para que

I"Ilh:l um mínimo de isenção parajulgá-lo: ~vita-se a redundância e o exibicionismo

11111110.Sobre conhecimento prévio imaginado pelo autor de TCC ou artigo científi-I) <lUt'() possível leitor tenha, Umberto Eco (1983, p. 113-114) diz:

Assim, numa tese de filosofia, não será preciso começar explicando oque é filosofia, nem, numa de vulcanologia, ensinar o que são vulcões.Mas, imediatamente abaixo desse nível óbvio, será sempre convenientefornecer ao leitor todas as informações de que ele prc isa,

Redacional Editora

O receptor, ao se debruçar sobre seu texto, já terá um conhecimento mínimo

do assunto. Seu trabalho faz diferença quando corresponde às expectativas de com-

plementação de conhecimento que esse sujeito aguarda.

3 A prática de fichamento, resumo e resenha

No espaço acadêmico, três são os principais tipos de produção textual que per-

passam a formação de um pesquisador e um trabalho de maior fôlego: ~ fichajnento,o res~o e aresenha. Apontamos, na sequência, as peculiaridades de cada um desses

gêneros textuais.

Sabe-se que as definições de fichamento, resumo e resenha são extremamente

controversas. Vários autores propõem divisões e subdivisões (por exemplo: resumo

descritivo ou resumo indicativo, resumo informativo ou analítico, resenha descritiva,

resenha crítica ou científica etc.). Porém, adotamos aqui aquelas possam ajudar o

pesquisador, de maneira mais prática, a organizar seu conhecimento.

,. ( "I XXXXX" "1 XXXXX" " )a) Fichamento: sempre em tOplCOS ex: . , ou. ,ou a

:XXXXXXX"), devendo expressar o conteúdo estudado por meio de suas próprias pa-

lavras (paráfrase) e, caso necessário, citar curtos trechos do autor-referência (sempre

situar, após o tópico elaborado, o número da página de onde foram tirados o trecho

citado ou a ideia parafraseada). Hoje em dia as fichas de papel especial foram quase

totalmente substituídas pelo fichamento eletrônico.

b) Resumo: sempre em parágrafos discursivos. Limita-se a reproduzir as ideias

do autor-referência. Pode aparecer citação, desde que não em excesso. Ressaltamos

que esta forma de resumo é voltada para o levantamento bibliográfico, portanto é

diferente do resumo científico.

c) Resenha: sempre em parágrafos discursivos. O pesquisador apresenta as

ideias do autor-referência, mas também as suas próprias. Em uma resenha, deve apa-

r .cer o julgamento daquele que pesquisa em todo o corpo do texto, e não apenas no

último parágrafo, sob a forma de conclusão e fechamento do texto.

4Ae rira do t xto

R 'sp<lIldidol .1 11\ IP,III1(.1 I olo\':ldas ant riorm nte deve-se observar o conjun-

10 d '1101"111:1I 1,11.11It I1 1I1I '.1I 11 'lI\!' 1l"I"I\lci:lm o t .xro 'i 'nrífi 'O, qu P demos,

)IIIIIO'i:1 S,I""I,," 111 1111111111( '!)fU) l' 1\ ),1(' umi: ~'llI In's:

Page 33: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

Tee: Elaboração e Redação

a) Autenticidade:

Nenhum texto científico se sustenta sem referências. A pesquisa bibliográficas .rvc para ajudar o pesquisador a ir adiante em suas reflexões. O embate se estabeleceno momento da escrita do texto: como manter um estilo pessoal, uma visão críticaprópria, citando textos alheios? Justamente através do diálogo, em que se evita o.x esso de citações, e quando estas são utilizadas, faz-se necessária a honestidadeintelectual, ou seja, dar crédito às palavras que não são suas, sob o risco de cometerplágio (como foi comentado no capítulo deste livro "Ética na pesquisa: uma discussão

11.ccssária").

b) Clareza:

Logo adiante comentaremos mais sobre esse item, mas no momento nos re-portaremos a orientar: para que a comunicação entre o emissor e o receptor do textoseja produtiva, deve-se evitar a complexidade por si mesma e o hermetismo desenfre-

ado. Lembramos sempre das palavras de Eco (1983, p. 116):

A linguagem da tese [e podemos estender para o caso de um artigocientífico e de uma monografia] é uma metalinguagem, isto é, uma lin-guagem que fala de outras linguagens. Um psiquiatra que descreve do-entes mentais não se exprime como os doentes mentais.

c) Correção, concisão, neutralidade:

O discurso científico tem sempre de estar adequado à linguagem correta dopOl1t de vista gramatical. Afasta-se de gírias, clichês, lugares-comuns. Não são pe-danti mos acadêmicos essas instruções, e sim facilitadores da leitura do trabalho.

Falando nisso, vamos a um exemplo? O

U!TI exemplo retirado do livro Escrever melhor: guia para passar os textos aIIIllpO(SALVADOR; SQUARTST, 2008, p. 82), de como alguns desses rc ursos po-

dl'lll :111 ilinr na I" xlação i .nt ifil;1,

Redacional Editora

,- .- -- - - --'-1UM EXEMPLO DE ADEQUAÇÃO DA ESCRITA

O estudante pobre, que tinha poucas chances de entrar na universidade,mas ainda assim perseguia esse objetivo, pode desistir porque asprimeiras vagas estão como sempre estiveram reservadas para a eliteeconômica do pais, sendo que as últimas, que dispensam bomdesempenho, agora estão reservadas pelo duvidoso critério de cota aqualquer pessoa sob o enigmático rótulo de "parda" podendo ela usufruirdessas vagas independentemente da origem social, lembrandoLampedusa que disse que é preciso mudar paraficar tudo na mesma.

Agora veja como poderia ser estabelecido um texto efetivamente

mais claro e objetivo:

O estudante pobre, com poucas chances, mas com muita vontade deentrar em uma boa universidade, pode desistir do objetivo. As primeirasvagas estão - como sempre estiveram - reservadas para a eliteeconômica do pais. As últimas, que dispensam bom desempenho, estãodestinadas aos candidatos de baixa renda pelo duvidoso critério de cota.Qualquer pessoa pode usufruir da benesse independentemente da origemsocial. É, como disse o italiano Giuseppe Lampedusa, o jeito de mudar praficar tudo na mesma.

O que aconteceu de diferente entre o primeiro trecho e o segundo? Isolada-mente, as palavras "que", "porque", "podendo e lembrando" (gerúndios) não trazemnenhum tipo de problema. Este ocorre quando portas no discurso da redação sãoabertas sem que seu ciclo de pensamento ou significado seja concluído, complicandoa vida do leitor/receptor do texto. Percebemos a forma um tanto confusa da pontu-ação no primeiro trecho, principalmente no uso de vírgulas. Períodos muito longoscaracterizam e confirmam falta de clareza e objetividade.

Uma primeira olhada no segundo nos mostra obviamente a diminuição dosperíodos, através de um uso criterioso e sóbrio de vírgulas e pontos. Isso dá maiorclareza às ideias e dinamicidade ao seu texto. Um recurso eficaz, mas que não deve serutilizado em demasia, são os travessões com a função de aposto.

qO

Q

Aposto???

() :'11(11111111111111111ti, ,11111"IIIII''(losjornalísli .os.clisscrtativos 'mesmo nar-r.u ivo«. No' 1i til tll,,, .I, ,"1\, I,1 11101,1111ti 1'1('li surgl'lll ('111pmrUsatl. \o, qual a 1":\:1,:10

di·,·,tI(1',·11111111'"1111 11\ "I" I tollll 1111.111111(11\,ld!'I,1ti "II'IIH'lIlo dI' 11\11:1

Page 34: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCC:Elaboração e Redação

oração. E nesse encadeamento proliferam-se os "quês" e os gerúndios em excesso,ti 'notando pressa e confusão. Verificamos o uso de aposto no primeiro trecho:

O estudante pobre, que tinha poucas chances de entrar na universidade,mas ainda assim perseguia esse objetivo, pode desistir porque as primei-ras vagas estão como sempre estiveram reservadas para a elite econômi-ca do país, sendo que as últimas, que dispensam bom desempenho [...]

Em um texto literário, poético, o uso de uma linguagem atropelada, deliran-t " virulenta pode ser considerado estilo. Mas mesmo nesse caso seu uso deve estarsubmetido a critérios que exijam uma adequação em relação ao tema que requer esse

r' 'urso linguístico.Outra diretriz sempre alardeada para a redação científica é a questão da ob-

.i .rividade, desprezando a subjetividade. Existe certo preconceito em relação ao usodos pronomes "eu","você"e até o "nós", sendo divulgada a preferência pelo "ele", composi ionamento na terceira pessoa do discurso. Ora, um texto pode perfeitamentemanter sua objetividade mostrando que há uma pessoa marcada no discurso. É ums 'r humano que escreve, imbuído de valores e crenças. A intenção é não deixar qU,e'HS 'S mesmos valores e crenças soterrem o espírito científico, que muitas vezes con- _Ir.iria o que pensamos. Evita-se, sim, a imposição que foge ao objeto dado. Mesmoassim, nota-se a permanência do uso consagrado em terceira pessoa e impessoal.

Para recapitularmos, podemos elencar da seguinte maneira as recomendações

dl' 'S rita científica:

a) Utilizar linguagem formal, padrão e culta.

b) Evitar períodos e parágrafos muito longos.

) Evitar ironias, pontos de exclamação, reticências.

d) Manter a originalidade do texto próprio, evitando paráfrases repetitivas.

,) Manter o tom dissertativo, de defesa e discussão de ideias.

b erve que não se trata de proibição. Como tudo em linguagem, há de sepll'm'upar s .mpr om o exces o o desvio de contexto. Essa, aliás, é quase uma regra'('1:11, ( "pc .udo" '11\ redação (-:1 .\lpl'I':\hundância no uso de d 'ICt'lllill:ldos 1"' urs s.

.rI

Redacional dltora

Observe abaixo uma tabela de marcadores e conectivos que facilitará a construção deseu texto.

CONECTIVOS E MARCADORES DE EXPRESSÃO

1) Prioridade, relevância: em primeiro lugar, antes de mais nada, antes de tudo, em princípio,primeiramente, acima de tudo, precipuamente, principalmente, primordialmente, sobretudo, a priori(itálico), a posteriori (itálico).

2) Tempo (freqüência, duração, ordem, sucessão, anterioridade, posterioridade): então, enfim,logo, logo depois, imediatamente, logo após, a princípio, no momento em que, pouco antes, poucodepois, anteriormente, posteriormente, em seguida, afinal, por fim, finalmente agora atualmente,hoje, freqüentemente, constantemente às vezes, eventualmente, por vezes, ocasionalmente,sempre, raramente, não raro, ao mesmo tempo, simultaneamente, nesse ínterim, nesse meiotempo, nesse hiato, enquanto, quando, antes que, depois que, logo que, sempre que, assim que,desde que, todas as vezes que, cada vez que, apenas, já, mal, nem bem.

3) Semelhança, comparação, conformidade: igualmente, da mesma forma, assim também, domesmo modo, similarmente, semelhantemente, analogamente, por analogia, de maneira idêntica,de conformidade com, de acordo com, segundo, conforme, sob o mesmo ponto de vista, tal qual,tanto quanto, como, assim como, como se, bem como.

4) Adição, continuação: além disso, demais, ademais, outrossim, ainda mais, ainda cima, poroutro lado, também, e, nem, não só ... mas também, não só ... como também, não apenas ... comotambém, não só ... bem como, com, ou (quando não for excludente).

5) Dúvida: talvez, provavelmente, possivelmente, quiçá, quem sabe, é provável, não é certo, se éque.

6) Certeza, ênfase: decerto, por certo, certamente, indubitavelmente, inquestionavelmente, semdúvida, inegavelmente, com toda a certeza.

7) Surpresa, imprevisto: inesperadamente, inopinadamente, de súbito, subitamente, de repente,imprevistamente, surpreendentemente.

8) Ilustração, esclarecimento: por exemplo, só para ilustrar, só para exemplificar, isto é, querdizer, em outras palavras, ou por outra, a saber, ou seja, aliás.

9) Propósito, intenção, finalidade: com o fim de, a fim de, com o propósito de, com a finalidadede, com o intuito de, para que, a fim de que, para.

10) Lugar, proximidade, distância: perto de, próximo a ou de, junto a ou de, dentro, fora, maisadiante, aqui, além, acolá, lá, ali, este, esta, isto, esse, essa, isso, aquele, aquela, aquilo, ante, a.

11) Resumo, recapitulação, conclusão: em suma, em síntese, em conclusão, enfim, em resumo,portanto, assim, dessa forma, dessa maneira, desse modo, logo, pois (entre vírgulas). dessarte,destarte, assim sendo.

/d

Page 35: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCC:Elaboração e Redação

Principais conjunções e locuções conjuntivas

Adicão: E, nem, não só ... mas também.Ooosicão: Mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante.Alternãncia: Ou, ou ...ou, ora ...ora, Quer...Quer.Exolicacão: Que, pois (antes do verbo), porque, uma vez Que.Conclusão: Pois (em qeral, após o verbo), portanto, loco, por isso.Causa: Porque, uma vez Que, iá Que, visto Que, pois, oorouantoConseqüência: tão, tanto, tal Que, de modo Que, de forma Que, de tal sorte Que, de maneira Que.Condicão: Se, caso, desde Que, contanto Que, dado Que, a não ser Que, a menos Que.Concessão: Embora, ainda Que, posto Que, se bem Que, por mais Que, conquanto. IComparacão: Como, tanto Quanto, bem como, como se. IConformidade: Como, conforme, sequndo, de acordo com, consoante a. ITempo: Quando, assim Que, antes Que, desde Que, depois Que, mal. IFinalidade: A fim de Que, para Que, porque (sequido de verbo no subjuntivo). IProporção: A proporção Que, à medida Que, Quanto menos, Quanto mais, ao passo Que. I

Como dissemos, emprega-se, preferencialmente, um estilo sóbrio, com sintaxe

simples (o que implica em uso de períodos curtos, sem muitas inversões), com uso

moderado de adjetivos, sem gírias. Ou seja, adota-se um estilo simples, e não sim-

plista. É importante lembrar a distinção: simples é algo "sem luxo, sem ostentação,

espontâneo, franco, ignora simulações ou fingimento" (HOUAISS, 2002); já simplis-ta é "tendência ou prática que consiste em considerar apenas uma face ou aspecto das

coisas". É uma "simplificação exagerada" (HOUAISS, 2002). Para não soar falso nem

falsamente pretensioso.

l}. consulta a dicionários, enciclopédias e manuais é essencial. Tanto os de lín-

gua portuguesa (para um aperfeiçoamento da linguagem) quanto os que envolvam

seu tema. Por exemplo: dicionários de engenharia, filosofia, contabilidade, economia,

pedagogia, psicologia, linguística, matemática, administração, medicina etc. As gra-

máticas também são de suma importância. Não se trata de um livro de exigência

meramente escolar, base de uma disciplina de currículo. Deve ser encarada como um

dicionário a que recorremos quando despontam dúvidas sobre a forma, variação das

palavras e a sintaxe, principalmente.

5 A revisão textual

Uma revisão textual criteriosa é sempre aconselhável e mesmo indispensável.

Se não for feita pelo próprio autor do texto, que seja p r alguém nfiáv I, qu saiba

do conteúdo tratado e, prin ipalm ntc, t .nha um .onhc .imcnro prolillHlo dn Iíng;u:\porrugu .sa. Nun ':1 \ d .muis nlertur p:l1:1l'Si'>l'tipo til' ('()ldllS:IO; ( I I( 11111111i1.1p('sso

Redacional EdllOl,1

as que se dispõem a corrigir trabalhos, adequá-los em normas e formatações vari:I(I:I~\

além de detectar e eliminar problemas gramaticais. O problema ético que c0l1liglll,1

crime previsto em lei é quando, além de procurar esse trabalho, o pesqui acloi 1',11',1

para alguém fazer o trabalho por ele. É algo que não nos devemos furtar em clivul ',li,

ainda mais nos tempos de internet, em que há vários anúncios de pessoas 01' 'r '( ('IHIII

esse serviço deplorável.

Chamamos atenção para uma "revisão total", a qual comporta um 'X:lIlH' 1111

nucioso da língua e do conteúdo abordado. Andrade (2006, p. 89-90) orrolxn.i (' ,I

recomendação:

Essa revisão, portanto, não deve restringir-se aos aspect s relia\ 1011,11,tais como vocabulário, ortografia, concordância, extensão das 11;t~(,,I LIreza, enfim, correção estilística e gramatical. Os conceito, a '1:\1 '~a d,lidéias, a lógica da argumentação e o equilíbrio entre as part 'S tatllhl'llI

, devem ser objeto de avaliação para revisão.

Não temos muitas razões, com as facilidades que encontramos em nossos dl,l ,

para justificarmos uma improvável falta de acesso a recursos corretivo. s propllt I,

dicionários oferecem versões eletrônicas instaladas em computadores qu dilllilHII'1I1

consideravelmente o tempo de pesquisa. Existem muitos sites confiávci r' 'Ollll'lHl.1

dos desde que dispostos quando e como consultados. Entretanto, aquil qUl' 110' d.l

maior segurança para escrever (tanto na forma quanto no conteúd ) é o hnbilll til

leitura e proximidade com textos escritos. Escrita essa que, como é de onhccluu-ur«

geral, está em fase de adaptação a um Novo Acordo Ortográfi o da Língll:1 Plllll1

guesa (de 1990). Projeta-se o período de janeiro de 2009 a dezembro d ' 20 I \ 01111I

lima fase de transição, para, em janeiro de 2013, tornar-se fixa. Essa nova ort Ogl,tf 1.1

V .m assustando os lusófonos. No entanto, nos últimos doi an vários livro 1111,1111

lunçados e são de alcance do público. Em bancas dejornai e r vi, tas 'I1(Oll1l,IIt111

\'11'artes explicativos, na internet há múltiplos site m a .ordo na íll! ' ",I 11111,I

.ilitado. É uma questão de nos abrirmos para as n vi lad 'S 'lu' 110Ssao illlpn 1.1 I

1('lltarmos n ajustarmos com pa 'i ~n 'ia' pr' aução.

P,II,I 11/1,111,111

Page 36: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCC:Elaboração e Redação

Ao terminar seu texto, faça uma leitura em voz alta. É um excelente exercíciopara detectar possíveis defeitos que passaram despercebidos na escrita silenciosa esolitária. Sua voz será seu primeiro retorno e homenagem ao seu trabalho finalizado.Quando, por fim, o desafio intimidador se torna uma satisfação imensurável: comodeve ser todo trabalho intelectual.

Referências:

ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalhocientífico: elaboração de trabalhos na graduação. São Paulo: Atlas, 2006.

DICIONÁRIO ELETRÔNICO HOUAISS DE LÍNGUA PORTUGUE-SA. Versão 2.0. São Paulo: Objetiva, 2002.

D'ONOFRIO, Salvatore. Metodologia do trabalho intelectual. São Paulo:Atlas, 2000.

ECO, Umberto. Como se faz uma tese. Trad. de Gilson Cesar Cardoso deSouza. São Paulo: Perspectiva, 1983.

FEITOSA, Vera Cristina. Redação de textos científicos. Campinas: Papirus,2007.

MATTAR, João. Metodologia científica na era da informática. São Paulo:Saraiva, 2008.

MEDEIROS,João Bosco. Redação científica: a prática de fichamentos, resu-mos, resenhas. São Paulo: Atlas, 2007

SALVADOR,Arlete; SQUARISI, Dad. Escrever melhor: guia para passar ostextos a limpo. São Paulo: Contexto, 2008.

4Considerações Iniciaissobre o TCCJuliana Telles Faria SuzukiMarlizete Cristina Bonafini SteinleOkçana Battini

Page 37: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

67

Redacional Editora

Considerações Iniciais sobre o TCClOque é um Trabalho de Conclusão de CursoPara iniciarmos o assunto gostaríamos de esclarecer algo que geralmente causa

grande confusão: a nomenclatura dos trabalhos de conclusão de curso.A primeira questão que precisa ficar clara é a definição de monografia. Toda

monografia é uma dissertação que trata de um assunto particular de forma siste-mática e completa. Essa monografia é exigida como trabalho de conclusão de cursotanto nos cursos de graduação, quanto na pós-graduação (especialização, mestrado edoutorado ).

É comum o uso das expressões "TCC" para designar o trabalho final da gra-duação, "Monografia" para o trabalho de pós-graduação lato sensu, "Dissertação" parao trabalho de mestrado e "Tese" para o doutorado. Contudo, essas terminologias nãoexpressam adequadamente a essência de cada produção.

Qualquer trabalho científico é dissertativo e se utilizado como requisito parcialpara obtenção de um título deve ser monográfico. Isso significa que os trabalhos deconclusão de curso tanto lato sensu quanto stricto sensu deveriam ser denominados deoutra forma como, por exemplo:

• Monografia para obtenção do título de graduado

• Monografia para obtenção do título de especialista

• Monografia para obtenção do título de mestre

• Monografia para obtenção do título de doutor

Medeiros (2009 p. 209-210) corrobora essas ideias quando diz:

Embora haja confusão quanto ao uso do termo monografia, devido aseu largo uso no meio acadêmico como trabalho apresentado ao finalde cursos de graduação, ou como texto escrito relativo a seminário apre-sentado em cursos de pós-graduação, a expressão diz respeito a traba-lhos escritos que versam sobre um assunto. A finalidade do trabalhopode ser de variados níveis: atender a exigências de cursos de graduação,pós-graduação, pós-graduação em nível de mestrado, pós-graduação emnível de doutorado.

l

Page 38: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCC:Elaboração e Redação

Ao realizar um truhalho monográfico é importante saber que a monografia

nada mais é que a exposição exaustiva de um problema ou assunto específico, investi-

gado cientificamente. Dessa forma, tal trabalho implica muito mais uma atividade de

extração de conhecimento. Extração não significa mera compilação ou transcrição de

texto, sem análise critica ou sem reflexão. O trabalho de conclusão de curso envolve

meticulosamente investigação do assunto/tema, além do exame critico avaliativo, por

meio da pesquisa bibliográfica e da pesquisa de campo, sendo a forma mais eficaz de

treinamento do futuro pesquisador.

Assim, a produção do trabalho de conclusão de curso passa a ser uma constru-

ção intelectual do aluno-autor que, revela sua leitura, reflexão e interpretação sobre

o objeto de pesquisa escolhido. Vale ressaltar que esse trabalho necessita de perseve-

rança, determinação e modéstia, sem contar a consciência objetiva, que por sua vez

implica em romper com posições subjetivas, pessoais e fundamentadas em conheci-

mento vulgar (CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007).

Segundo Michel (2005), existem algumas características que definem o traba-lho de conclusão de curso, sendo elas:

• Visa à obtenção de títulos acadêmicos;

• Propõe a contribuir para o avanço da ciência, seja com novos conheci-

mentos, seja com novas abordagens e aprofundamento dos conhecimentosexistentes;

• Restringe a apenas um tema, problema ou assunto, definindo claramente

sua proposta;

• Deve ser um trabalho escrito, no qual se procura primar pelo rigor cientifico,

pela lógica, pela correção lingüística e ortográfica;

• Necessita de uma base de conhecimentos científicos, de uma investigação

com suporte teórico (na forma de pesquisa bibliográfica - referencial teóri-

co) que capacite o autor a caminhar na análise e conclusões do trabalho' ,

• I':xip;' tratamento mctodológi o próprio, normalizad cicn: dil li

Redacional Editm.1

Nesse contexto, para a realização do trabalho de conclusão de curso, além d,1

precisão e objetividade, é necessário ter clareza das idéias trabalhadas, pois, segundo

Cervo; Bervian; Silva (2007, p.ll1):

[...] ninguém pode exprimir em termos claros uma idéia ainda '011/11,1em suas mentes [...] para haver clareza de expressão, é nece ário '1111haja primeiramente clareza das ideias. Tanto é verdade que a clareza d,l'idéias condiciona a clareza e precisão de expressão, como é cerro 1j111sem clareza de idéias não pode haver clareza de expressão.

Para tornar clara a expressão das ideias, torna -se necessário o conhcc i11H 11111

dos aspectos tipográficos e normativos que darão um cunho científico e unif(III1H 111

trabalho, bem como, para a sua estrutura científica, uma vez que estes dois ,I '111('11111

são essenciais para a sistematização das idéias desenvolvidas no decorrer da l'O11~1111

ção do trabalho de conclusão de curso.

2 Como definir um tema

Ok, já sabemos o que é um trabalho de conclusão de curso,agora a questão é: como escolher um tema para o TCC?

Todo trabalho de conclusão de curso deve partir da escolha do tema do <111,"I

formula o problema. A escolha do tema não é fácil, pois é uma tarefa que r 'qUI'1 1I11

aluno certo esforço pessoal, empenho, decisão. São muitos os temas para P .squi: ;1,1 "

dificuldade é escolher apenas um deles. Ao longo do curso, alguns alunos SI: 11 1('11I .(

motivados para determinados temas quer seja através das experiên ias at':\dl'llIi( ,1 ,

das leituras, dos estágios etc. Outros alunos, no entanto, chegam ao final do C\II~o (111

um tema em mente. Para isso o aluno pode contar com a experiência los prol!' hllll' •

dos orientado r 'S, colq;:ls d ' turma e outros pesquisadores.

D' :\cordo 111111('1'1 vu, llcrviam ilva, (2007 P: 73), "o 1 'ma d' P('~<l11I"I 1

qualquer :1 •.••.•111111111'"11111 1111111IIIm(':; ddlni~'õ 's, m .lhor pr 'l'iS:lO l' c1:II(''l:l do 1\"1

j:í 'xisll' tlhll 111 "11111111ti ", 11 .llllh,1 do Il'III:1deVl' p:lIlil dI' IlIlIa :l1l:dl•.•(' h ,111

do 1'11111111111.111 I" 1 1 I 1111I ti" I .lIIIIIl, o 11'11111111',11,111."1111,1\,111dI! 11,lhdllll.

Page 39: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCC:Elaboração e Redação

interesses pessoais; existência e acessibilidade de fontes para consulta; necessidade deequipamentos ou laboratórios; e exeqüibilidade (algo que se pode executar).

Quase sempre observamos que o aluno fica na expectativa de que o profes-sor de TCC apresente uma lista de sugestão de temas, a partir da qual ele fará suasescolhas. Embora o professor possa auxiliar o aluno nessa tarefa, é importante res-saltar que a responsabilidade pela escolha do tema é do aluno, pois será ele quem irádesenvolver a pesquisa. A alteração do tema durante a elaboração do TCC pode serdesgastante, pois além de demandar tempo gera ansiedade. Para Bertucci (2008), aoescolher o tema o aluno deve observar:

• Interesse pessoal: mapear interesses é importante uma vez que o pesquisa-dor precisa sentir-se identificado com o seu tema de pesquisa.

• Interesse profissional: o pesquisador pode levar em consideração necessida-des específicas da organização ou instituição onde trabalha.

• Pesquisas e estudos já realizados: a leitura de artigos e pesquisas já realizadasconstituem uma fonte inspiradora para o pesquisador.

Após identificar o tema é preciso delimitá-Io. Delimitar o tema é selecionarum aspecto a ser focalizado, que permitirá um estudo aprofundado. Você poderá de-limitar o tema enfocando diversos pontos de vista, tais como históricos, sociológicos,psicológicos, filosóficos etc.

Salvador (1973 apud LAKATOS; MARCONI, 2009, p. 45) aborda que paradelimitar o tema é preciso ter claro o que é sujeito e o que é o objeto da questão. Paraeles:

o sujeito é a realidade a respeito da qual se deseja saber alguma coisa.É o universo de referência. Pode ser constituído de objetos, fatos, fe-nômenos ou pessoas a cujo respeito faz-se o estudo com dois objetivosprincipais: ou de melhor apreendê-Ias ou com intenção de agir sobreeles.O objeto de um assunto é o tema propriamente dito. Correspondeàquilo que se deseja saber ou realizar a respeito do sujeito.É o conteúdoque se focaliza,em torno do qual gira toda a discussãoou indagação.

Redacionall dltol,1

Educação à distância: o uso de ambientes virtuais de aprendizagem no ensino sup 'lI! 11

\ ) '--------------------~----------------y y

SUJEITO OBJETO

Entendemos com isso que não basta apenas escolher o tema, mas é pre 'is() dI

limitá-Io. Nessa tarefa é preciso identificar o sujeito (exemplo: educação à disuuu 11),

ou seja, o universo onde está inserido o tema, depois o objeto que apre ntu () (til ti

daquilo que se quer pesquisar (exemplo: o uso de ambientes virtuais de aprcmhvu I 111

no ensino superior).

3 TítuloTema e título são muitas vezes empregados como sinônimos. Apesar ti' SI'II 111

partes de um mesmo tipo de composição, são elementos diferentes. O tema l' tl ,I

sunto,já delimitado, a ser abordado; a ideia que será por você defendida e qu ' dl'\'I'1 \

aparecer logo no primeiro parágrafo. E o título é uma expressão, uma frase inic i,lI Ii'"

traz uma referência ao assunto (tema).Segundo Bertucci (2008, p. 19), "um bom título deve ser bem cnum I.ldtl I

claramente delineado, extenso o suficiente para expressar com clareza o ontl'lIdtl dll

trabalho e curto bastante para ser chamado de título". Seguindo as rec m '1\11.1\tll

dessa autora, entendemos a necessidade de não menosprezarmos a escolha do III\dt I

pois ele é a "porta de entrada" para que o leitor possa apreciar ou não um ti ,Ih.dl\t I

monográfico.Quando realizamos uma pesquisa de um determinado assunto, qu 'r s 'ia 1\11111,1

biblioteca física, ou num banco de dados on-line, é comum nos depararmos 01\1 11111

los que não expressam com clareza o conteúdo a ser abordado no trabalho. Isso, ,til 111

de gerar desgaste para quem procura um assunto, acarreta perda de t 'mpo. 1>..11111

dessa questão faz-se necessário refletir sobre alguns aspectos que devem s 'I" oh 1'1 \,,1

dos na elaboração do título. S 'gu m abaixo algumas dica:

• O título d v' Ollt('1 tl ;IS IIl1to ;1 S 'r abordado.f lia .scolha nuo l' IIIILI t,IIt 1.1

qu s sgota l\tll"lllll 111) 1I1111111'lltO. ( nm.ulur -cimcnto gelado 1\(1 t!I'(tllll I

do rrnbnlho 1"1111 Ii Ii "" .1 11I11I1dl(,II tl tltlllo (ltll ;111:1 \'I'ZI •

10

Page 40: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCC:Elaboração e Redação

• Pesquisar, observar e avaliar títulos de outros trabalhos na mesma área podeser proveitoso, uma vez que nos faz refletir sobre como eles são elaborados,além de servirem de inspiração.

• O tamanho de um título é definido em função do bom senso do autor. Nãodeve ser longo de mais de forma que seja um parágrafo, mas também nãodeve ser curto demais de forma que o torne impreciso ou vazio.

Vejamos abaixo alguns exemplos Q

I dllCdÇão Infantil: um estudo sobre as concepções e práticas de atendimento à criança pequenaprusontes em creches municipais.

Dusompenho organizacional: planejamento financeiro em empresas familiares.

tstruturas de concreto armado em situação de incêndio.

I lcção brasileira e jornal: intertextualidades.

Modelação matemática da queda livre.

PIOJelo pedagógico e qualidade de ensino na graduação de Contabilidade: um estudo de caso.

As práticas avaliativas construídas nas séries iniciais do ensino fundamental da rede pública.

A ntlvidade agrária e o meio ambiente.

Cadernos escolares na primeira série do ensino fundamental: funções e significados.

VlolOncia nas escolas: visão de professores do ensino fundamental sobre esta questão.

ldnntílicaçâo de conflito no uso da terra em uma microbacia hidrográfica.

Dosofios da prática de ensino de Filosofia no ensino fundamental.

Acosso à terra no Brasil: uma análise histórico-política.

Avnllaçãc no ensino médio: o que os alunos pensam?

Um sistema inteligente de apoio à decisão para o planejamento de empresas rurais.

A oducação continuada do fisioterapeuta relações entre formação e exigências do trabalho.

Amhlonte Virtual de Aprendizagem: reflexões para uma pedagogia on-line.

()h~,. I x mplos de títulos retirados do banco de teses da Capes:hllP://S rvlcos.capes.gov.br/capesdw/Teses.do

Redacional Editora

4. Estrutura do trabalho de conclusão de curso

O trabalho de conclusão de curso é uma atividade que pode assumir estruturasdiferenciadas. Dependendo da especificidade de cada área, observamos que algunscursos solicitam como TCC o desenvolvimento de um produto ou a criação de umsoftware. Neste livro, entretanto, abordaremos as duas estruturas mais comuns: oTCC tradicional e o artigo científico.

TCC tradicional

A construção desse trabalho na maioria dos cursos segue os critérios definidospela ABNT na NBR 14724 e as normas de apresentação tabular do IBGE. A estru-tura desse trabalho é constituída de elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais,devendo conter os seguintes tópicos:

Elementos pré-textuais

• Capa (obrigatório):

• Lombada (opcional);

• Folha de rosto (obrigatório);

• Errata (opcional);

• Folha de aprovação (obrigatório);

• Dedicatória(s) (opcional):

• Agradecimento(s) (opcional):

• Epigrafe (opcional);

• Resumo na língua vernácula (obrigatório);

• Resumo em língua estrangeira (obrigatório);

• Lista de ilustrações (opcional);

• Lista de tabelas (opcional);

• Lista de abreviaturas e siglas (opcional);

• Lista de sim bolos (opcional);

• Sumário (obrigatório).

Elementos textuais

• Introdução;

• Desenvolvimento;

Conclusão.

[Iomontos pós-textuais

1I

Page 41: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

Tee: I boração e Redaç( o

Artigo científicoOs artigos científicos também :Ipr 'S .ntarn estudos teóricos ou práticos refe-

rentes a uma temática apontando resultados onclusivos significativos. Ele pode ser:original (relatos de experiência de pc quisu, -studo de caso etc.) ou de revisão.

Na maioria dos cursos de graduaçuo, s 'guem-se os critérios definidos pelaABNT na NBR 6022 e as normas de apr's .ntaçã tabular do IEGE. A estruturadesse trabalho é constituída de elementos pró-textuais, textuais e pós-textuais, deven-do conter os seguintes tópicos:

Elementos pré-textuals

• Título, e subtítulo se houver;

Nome(s) dois) autor(es);

Resumo na língua do texto;

• Palavras-chave na língua do texto.

Elementos textuais

Introdução;

• Desenvolvimento;

• Conclusão.

Elementos pós-textuais

• Título e subtítulo em língua estranecessário;

Resumo em língua estrangeira;

• Palavras-chave em língua estrangeira;

Nota(s) explicativa(s);

• Referências;

• Glossário;

• Apêndice(s);

• Anexo(s).

ngeira, caso

Referências:

BERTUCCI, Janete Lara de Oliveira. Metodologia básica para elaboraçãode trabalhos de conclusão de cursos (TCC): ênfase na elaboração de TCC dep{)S gradlla~':t() I .atu , .nsu .. no Paulo: Atla ,2008.

Redacional Edltol,1

CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedra Alcino; SILVA, Roberto da. Metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall,2007.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos dametodologia científica. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2009.

MEDEIROS,João Bosco. Redação científica: a prática de fichamento , rcsumos, resenhas. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

Page 42: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

5Elementos Pré-Textuais

Juliana Telles Faria SuzukiMarlizete Cristina Bonafini SteinleOkça na Batti n i

Page 43: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

Redacional Editora

Elementos Pré-TextuaisOs elementos pré-textuais são aqueles que antecedem o texto com informações

que ajudam na identificação e utilização do trabalho, por isso, devem ser bem elabo-rados. Segue abaixo a descrição desses elementos e como eles devem ser produzidos.

1 CapaA capa é elemento obrigatório. Na capa deve conter informações transcritas

na seguinte ordem:

• nome da instituição;

• nome do autor;

• título;

• subtítulo, se houver;

• número de volumes (se houver mais de um, deve constar em cada capa aespecificação do respectivo volume);

• local (cidade) da instituição onde deve ser apresentado;

• ano de entrega.

2 LombadaA lombada é a parte lateral esquerda externa da capa do trabalho. É um ele-

mento que facilita a identificação do trabalho pelo leitor e a sua organização no acer-vo bibliográfico da instituição onde será publicizado. É opcional e segue os critériosda ABNT na NBR 12225. Seguem abaixo orientações para sua confecção:

• nome do autor, impresso longitudinalmente e legível do alto para o pé dalombada;

• título do trabalho, impresso da mesma forma que o nome do autor;

• elementos alfanuméricos de identificação, por exemplo: v.2.

79

Page 44: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCC:Elaboração e Redação Redacional rdllUl,1

3 Folha de rosto 5 Folha de aprovação

A folha de rosto é um elemento obrigatório. É a primeira folha após a capa e

serve para identificar a natureza e a finalidade de um trabalho. Segue abaixo a ordem

em que os componentes devem aparecer:

A folha de aprovação é um elemento obrigatório. Registra a legitimidade (11 I

trabalho por meio do crivo dos componentes da banca examinadora. Deve ser rtlll

feccionada em seguida da aprovação do trabalho. Ela é inserida logo após a folh.i dirosto. Nela deve conter:

• nome do autor;• o nome do autor do trabalho;

• título;• título;

• subtítulo, se houver;• subtítulo (se houver);

• número de volumes (se houver mais de um, deve constar em cada capa a

especificação do respectivo volume); • natureza, objetivo; nome da instituição a que é submetido, :\1\':1 ell

concentração;• natureza do trabalho (tese, dissertação, trabalho de conclusão de curso ou

outro) e objetivo acadêmico do trabalho (aprovação em disciplina, curso ou

outro);

• nome, titulação e assinatura dos componentes da banca examinadora (' ill

tituições a que pertencem;

• nome do orientador e, se houver, co-orientador; • cidade e data de aprovação.

• local (cidade) da instituição onde deve ser apresentado; 6 Dedicatória

• ano de entrega. É um breve texto opcional em homenagem a alguém em particular. I 'I :11111111

te demonstra algum tipo de admiração, afeto ou uma simples cortesia a umn pr Ii I,

a um amigo ou familiar. Deve ser inserida após a folha de aprovação.4 ErrataA errata é um elemento que indica a correção de alguns erros contidos no tra-

balho, após a sua revisão e finalização. É utilizada quando a correção é impossível de

ser feita antes da entrega do trabalho. É elemento opcional, inserido logo após a folha

de rosto e disposto da seguinte maneira:

7 Agradecimentos

É um elemento opcional e deve ser colocado após a dcdi atória, Ik .u (lI dI I

com Cervo; Bervian; Da Silva (2006, p. 104):

Folha

22

ERRATA

Linha Onde se lê

9 publicacao

Leia-se

publicação

Trata-s do espaço para fazer agradecilllcllIOS, mais no St'lIlielll ell 11I

dito do que de homenagem, às pessoas IJIII' .fctivam '111(' ('1)11111111111,1111

1':11:101('l.lhm:t~'ã() do trabalho. Professou- I' lis 'iplill:ls rllill~ 1'11111.1

11I111\1l 11l10l111iurorporados n trabalho..« \, os, illslillli~'II('s '.llIllllIeI,1

di 1\11I 1111111.111.1111.uuorizaçocs para I1 .1111\:10 111-lH'sqllis;l~ ell 1,11111"1

111111'"11111111111,IIIIIIIIIII'rarios ' 1~('IIi(1I 11'11'1:11ili!.II,1111 Il Il.lh,1I11I1 dI

I" 111 1\1110111rli.u.uu 11;1Ird I ", 11.lellI~,11l til 11111,111III~ 111

I 1 " I" I 111 "I'11

Page 45: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

Tee: Elaboração e Redação

8 Epígrafe

A epígrafe é um texto breve em forma de inscrição solene, que abre um livro,

Ii.tbalho ou uma composição poética. Tem como função provocar a reflexão sobre o

11111:\ antes da leitura da obra ou do capítulo que sucede. É um elemento opcional e

,Ic'v • ser colocada após os agradecimentos.

Vejamos abaixo alguns exemplos O

A educação faz um povo fácil de ser liderado, mas difícilde ser dirigido; fácil deser governado, mas impossível de ser escravizado. Henry Peter

Aeducação é aquilo que permanece depois que tudo o que aprendemos foi

esquecido. Burrhus Frederic Skinner

o que é ensinado em escolas e universidades não representa educação, mas

são meios para obtê-Ia. Ralph Waldo Emerson

A educação do homem começa no momento do seu nascimento; antes defalar, antes de entender, já se instrui. Jean-Jacgues Rousseau

o professor não ensina, mas arranja modos de a própria criança desCria situações-problemas. Jean Piaget

cobrir.

Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca,não aprendo nem ensino. Paulo Freire

o professor pensa ensinar o que sabe, o que recolheu nos livros e da vida,mas o aluno aprende do professor não necessariamente o que o outro quer

ensinar, mas aquilo que quer aprender. Affonso Romano de Sant'Anna

Tão importante quanto o que se ensina e se aprende é como se ensina e

como se aprende. César Col!

orque melhor é a sabedoria do que jóias, e de tudo o que se deseja nada se

p d c mp r r a ela. Provérbios 8:11

RedacionalEditora

9 Resumo na língua vernácula

o resumo é um elemento obrigatório e tem como finalidade apresentar de

forma concisa os pontos relevantes de um trabalho. Os critérios para sua elaboração

são definidos pela ABNT na NBR 6028.

De acordo com a norma, o resumo deve:

• Conter uma primeira frase significativa, explicando o objeto principal do

documento;

• Indicar a informação sobre a categoria do tratamento (estudo de caso, pes-

quisa bibliográfica etc.);

• Ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões do documento;

• Ser composto de frases concisas e afirmativas;

• Ser escrito em parágrafo único;

• O verbo deve ser utilizado na voz ativa e na terceira pessoa do singular;

• Conter as palavras-chave que devem figurar logo abaixo do resumo, antece-

didas da expressão "Palavras-chave": separadas entre si por ponto e finaliza-

das também por ponto.

O resumo não deve:

• Utilizar enumeração de tópicos;

• Conter símbolos que não sejam de uso corrente;

• Conter fórmulas, equações, diagramas etc. que não sejam absolutamente ne-

cssários; quando seu emprego for imprescindível, defini-Ios na primeira vezque ap:1Il'l"t'l'('111.

M I 11" II I I u-n lU cI~,11111 r sumo?

• d, 1,0 .tU)I'''111 1',!I.III.ddh()S:tr:\d~mi(,()S(('s's,dis.crtaçõcs,mono-

'I til I '"111')' 11 111,"111 IC(C!lcl! c iC'l\ttfi,Cls;

lU

Page 46: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

Tee: Elaboração e Redação

• de 100 a 250 palavras para os artigos;• de 50 a 100 palavras para os destinados a indicações breves.

1O Resumo em língua estrangeira

o resumo na língua estrangeira também é um elemento obrigatório com asmesmas características do resumo em língua vernácula. Normalmente é utilizado oinglês, mas há casos em que francês, alemão, espanhol e outros também são aceitos.

11 Lista de ilustrações

É um elemento que auxilia o leitor na identificação das ilustrações e no me-lhor entendimento dos conteúdos correspondentes. É opcional e deve ser elaboradode acordo com a ordem apresentada no texto com cada item designado por seu nomeespecífico, acompanhado do respectivo número de página. Vale lembrar que a utiliza-ção da lista de ilustrações somente é recomendável quando há um número significa-tivo de ilustrações.

12 Lista de tabelas

É um elemento que auxilia o leitor na identificação das tabelas e sua mani-pulação no decorrer da leitura do texto ou quando necessário. É opcional e deve serelaborada de acordo com a ordem apresentada no texto com cada item designado porseu nome específico, acompanhado do respectivo número de página. Assim como alista de ilustrações, também é aconselhada quando há um número significativo detabelas.

13 Lista de abreviaturas e siglas

É um elemento que serve para explicitar a denominação de instituições, ór-gãos diversos, regiões, estados, municípios para evitar sua permanente repetição aolongo do texto. É opcional e deve ser elaborado de acordo com a relação alfabética dasabreviaturas e siglas, seguidas das palavras ou expressões correspondentes grafadaspor extenso.

Redacionall !111m

14 Lista de símbolos

É um elemento que serve para anunciar a denominação dos símbolos lIldl

zados no decorrer do texto. É opcional e deve ser elaborado de acordo com a oldrlll

apresentada no texto com o devido significado.

15 Sumário

o sumário não deve ser compreendido como uma mera formalidade Ilel '1'1 I

balho de Conclusão de Curso. Ele desempenha a função de estabelecer () l" 11111 ""

contato do leitor com os conteúdos que serão abordados. Por essa razã , ele 1.1111111 111

merece atenção na sua elaboração. É um elemento obrigatório, cujas part 'S S:\O.H 11111

panhadas dos respectivos números das páginas.Verifique na próxima página como ficam dispostos os elementos pré Ic: 111,11

no trabalho.

Page 47: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

Capa

Tee: Elaboração e Redação

NOME DA INSTITUiÇÃO

NOME DO(S) AUTOR(ES) EM ORDEM ALFABÉTICA

TíTULO DO TRABALHOSubtítulo se houver

Cidade

Ano

Redacional [dIIIH,t

Folha de Rosto

NOME 00(8) AUTOR(ES) EM ORDEM ALFABÉTICA

TíTULO DO TRABALHO

Subtítulo se houver

Trabalho de conclusão de curso apres 11111111IUniversidade .como requisito parcial para a obtenç 0(1011111111de .

Orientador Prof.: ...................................• ..o

Cidade

Ano

"'

Page 48: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCC:Elaboração e Redação

Folha de Aprovação:

NOME DO(S) AUTOR(ES) EM ORDEM ALFABÉTICA

TíTULO DO TRABALHO

Subtítulo se houver

Trabalho de conclusão de curso aprovado apresentado à Universidade

........... , como requisito parcial para a obtenção do título de

........ com nota final igual a , conferida pela

Banca Examinadora formada pelos professores:

Prof. Orientadar

Universidade XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Praf. Membro 2Universidade XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Prof. Membro 3Universidade XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Cidade, de de o

Redacional Editor"

Dedicatória:

Dedico este trabalho a todos aqueles que

acreditam que a ousadia e o erro s O

caminhos para as grandes realizações.

Page 49: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCC:Elaboração e Redação

Agradecimentos:

AGRADECIMENTOS

Embora seja um trabalho de conclusão de curso e pela sua finalidade

acadêmica, um trabalho individual, há contributos de natureza diversa que não podem nem

devem deixar de ser realçados. Por essa razão, quero expressar os meus sinceros

agradecimentos e trazer para dentro do meu texto aqueles que já percorreram as entrelinhas.

Agradeço primeiramente .

Aos professores que contribuíram .

Redacional Editora

Epígrafe

O professor não ensina, mas arranja modos de

a própria criança

descobrir. Cria situações-problemas.

Jean Piaget

Page 50: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCC:Elaboração e Redação

Resumo

SOBRENOME, Nome Prenome do(s) autor(es). Título do trabalho: subtítulo em letrasminúsculas. Ano de Realização. Número total de folhas. Trabalho de Conclusão de Curso(Graduação em nome do curso), Universidade Norte do Paraná, Cidade, Ano.

RESUMO

Xxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxx.

Deixe um espaço entre o resumo e as palavras-chave.

Palavras-chave: Palavra 1. Palavra 2. Palavra 3. Palavra 4. Palavra 5.

Redacional Editora

Abstract

SOBRENOME, Nome Prenome do(s) autor(es). Título do trabalho: subtítulo em letrasminúsculas. Ano de Realização. Número total de folhas. Trabalho de Conclusão de Curso(Graduação em nome do curso), Universidade Norte do Paraná, Cidade, Ano.

ABSTRACT

Deve ser feita a tradução do resumo para a língua estrangeira.Xxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Deixe um espaço entre o abstract e as key-words.

Key-words: Word 1. Word 2. Word 3. Word 4. Word 5.

UI ML ~ _

Page 51: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCC:Elaboração e Redação

Lista de Ilustrações

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Imagem 1 - Utilização da Internet 15

Imagem 2 - Finalidade da utilização da Internet... 25

Imagem 3 - Jogos de Computador 29

Imagem 4 - Escola Municipal 37

Imagem 5 - Mapa conceitual .48

Lista de Tabelas

RedacionalEditora

LISTA DE TABELAS

1 Grau de escolaridade dos usuários .

2 Profissões dos usuários.. .. .

3 Informações de busca trazidas pelos usuários .

4 Categorização do conhecimento prévio dos usuários

5 Freqüência dos usuários à instituição .

....... 29

........33

...45

........59..42

"

Page 52: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

Tee: Elaboração e Redação

Lista de Siglas e Abreviaturas

ABNT

lDB

RCNEI

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

Associação Brasileira de Normas Técnicas

lei de Diretrizes e Bases

Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil

Redacional Editora

Lista de Símbolos

F(x,y,z)

M

O(n)

Psp

LISTA DE SíMBOLOS

Função das variáveis independentes x, ye z

Número de pixels dos segmentos a concatenar

Ordem de um algoritmo

Projeção sobre um espaço linear fechado

Page 53: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCC:Elaboração e Redação

Sumário

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 12

CAPíTULO 1 - AS TRANSFORMAÇÕES NO ÂMBITO DA pOlíTICA

EDUCACIONAL E A CONSTITUiÇÃO DO NOVO PROJETO

IDENTIFICATÓRIO DOS SUJEITOS 15

1.1 A Nova Política Educacional no Âmbito Mu ndial e sua Influência no

Brasil. 16

1.2 A Construção do Projeto Identificatório Neoliberal e o Ethos

Empresarial 20

CAPíTULO 2 - A REAORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO CAPITAL.. 30

2.1 O Processo de Globalização do Capital e as Transformações do Regime

de Acumulação 32

2.2 Fordismo X Toyotismo: A Reestruturação Produtiva como Reconfiguração

do Processo de Produção 37

CAPíTULO 3 - PROCEDIMENTOS METODOlÓGICOS E ANÁLISE DOS

DADOS .48

3.1 Questões de Enfoque, de Método e Técnicas de Pesquisa .49

3.1.1 Local. 50

3.1.2 Sujeitos 51

3.1.3 Procedimentos 52

3.2 Análise dos Dados 53

CONSIDERAÇÕES FINAiS 60

REFERÊNCiAS 64

APÊNDiCES 66

APÊNDICE A - Instrumento de Pesquisa Utilizado na Coleta de Dados 67

ANEXOS 68

ANEXO A - Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96 69

III

Redacionall dlllll,1

Referências:

BERTUCCI, Janete Lara de Oliveira. Metodologia básica para elaboruç IC)

de trabalhos de conclusão de cursos (TCC): ênfase na elaboração de T (,' \Iipós-graduação Latu Sensu. São Paulo: Atlas, 2008.

CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; DA SILVA, Robcrto d,l.Metodologia científica. 6a ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundarnciuo dimetodologia científica. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2009.

MICHEL, Maria Helena. Metodologia e Pesquisa Científica em Cil.'lI( I

Sociais: um guia para acompanhamento da disciplina e elaboraçã ele II :111,1

lhos monográficos. São Paulo: Atlas, 2005.

MULLER, Mary Stela; CORNELSEN, Julce Mary. Normas e Padrõc p 11 I

Teses, dissertações e Monografias. 5. ed. Londrina: EDUEL, 200 .

SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico: dil\

trizes para o trabalho didático-científico na universidade. 21 ed. fio (1:11""

Cortez,1998.

11'1

Page 54: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

6Elementos TextuaisJuliana Telles Faria SuzukiMarlizete Cristina Bonafini SteinleOkçana Battini

Page 55: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCC:Elaboração e Redação

Elementos TextuaisPodemos dizer que os elementos textuais são o corpo de um trabalho mono-

gráfico. São compostos por introdução, desenvolvimento e conclusão. Seguem abaixoa descrição e o modo de elaboração desses elementos.

1 Introdução

A introdução constitui um texto único não muito extenso, apresentando oselementos essenciais de um trabalho. São eles: o tema, o problema de pesquisa, ashipóteses, a justificativa e os objetivos. Trata-se do elemento explicativo do autorpara o leitor. O objetivo da introdução é dar uma visão global e fornecer informaçõesessenciais para a compreensão da leitura do trabalho.

É na introdução que apresentamos a importância de um trabalho, por isso asua redação deve ser escrita de forma a conduzir o leitor para a proposta da pesquisaapresentada, mostrando sua relevância, sua consistência, segurança e conhecimentosobre o tema. A introdução deve:

• Estabelecer o assunto, o tema (objeto), definindo-o claramente, contextua-lizando a proposta, sem deixar dúvidas quanto ao campo e período abrangi-dos, incluindo informações sobre a natureza do tema pesquisado. Respondeà questão: sobre o que trata o trabalho?

• Enunciar o problema de pesquisa e a delimitação do tema; mostrar a suahipótese, ou seja, uma afirmação que representa a provável resposta ou so-lução para o seu trabalho, sendo que essa hipótese pode ser confirmada ounegada. Também se pode enunciar o problema com perguntas ou questõesnorteadoras. O trabalho desenvolveu-se com o objetivo de verificar as hipó-teses ou esclarecer as questões norteadoras. Considerando a incompletudedo conhecimento e a possibilidade sempre aberta de evidências de novosaportes este momento da pesquisa pode induzir o pesquisador para novosobjetos. Responde à questão: para onde o trabalho dirige a intencionalidadepara resolução de uma dúvida e como pode desdobrar novos temas?

• Apresentar a justificativa, a importância da es olha do 11111.1 (' do fi)ro do.studo .xplicitando o illlp:l\'to l' :\ contrihuiçno -,(I!tll 11 1111 11111, 1111 •.ria,

Redacion,lll dllllll

demonstrar a sua relevância, respondendo à questão: por que o trabalho (

importante?

• Indicar os objetivos: geral e especifico, ou seja, o propósito do trabal ho I'

aonde se quer chegar. Devem ser colocados de forma sintética, ini 'ialldllpor verbos no infinitivo (compreender, analisar, levantar, sistematizar cll ,)

Responde à questão: para quê?

• Apresentar a metodologia utilizada para a realização do trabalho (tipo dipesquisa utilizada, os procedimentos metodológicos), sendo que ela in 1.11.1

o caminho que o pesquisador percorreu para a realização de sua P 'slllll .1

Responde às questões: como, onde, com quem, quando?

E, por fim, apresentar os tópicos principais do texto, dando o rot .iro 011 .1

ordem de exposição.

Para compreendermos melhor, apresentamos abaixo cada elemento dI

construção.

.1

1.1 Apresentação do temaOs primeiros parágrafos da introdução devem apresentar o tema nillllll li\••

contextualizando-o no universo em que se insere. Nesse momento o P '~qlll .,,1111

mostra ao leitor informações sobre o que está acontecendo na área sob uma P'" 'I" (

tiva histórica.

1.2 Problema de pesquisa e hipótesesUm aspecto muito importante nesse momento é saber identifi ar -larallll'lIl(

um problema. Para isso é necessário ter um espírito investigador, c nao \1111 0111.11

tendencioso, ou parcial.

V.IIIHI\ 1111('111 \1111 pOli O tlll,\V ,d,) hi\l ri,)dI VI\()I 111\ Iltiqlll,\ \ qlllnlt

lU

Page 56: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCC:Elaboração e Redação

Mamãe, preciso te falar, eutenho um sério problemarEiçr~

OH CÉUS!VITOR,VOCÊ A culpa é toda sua, vocêTEMAPENASSETEANOS!! e sua ausência João!

\ j

~!]~~~~Minha? Talvez se você NOSSO FILHO TEM UM E ELE NÃO PRECISA DEtivesse passado mais SÉRIO PROBLEMA UM PÉSSIMO EXEMPLOtempo com o garotoI COM BEBIDAS! COMO VOCÊ!

~eê'~\~ e~,:c~~ fi': ~~~

e - "O '::' ~ee •• "O - ~~e •• (J> O

- Q Q - Q QG G G

TUDOQUE FIZFOI ME EU VOU EMBORASUA NÃO PRECISAMOS MAISDEDICARA ESSAFAMluA, E INGRATA! DE VOCÊAQUI!RECEBOISSOEM\TROCA? VAI TARjE! \ J

~~l{)~~Of1~'3~~Vitor, não se preocupe,

agora tudo vai ficar bem!Filho, desabafa pra suamãezinha, sobre o seu

problema com as bebidas!

\ \A .st A~~ ~ ~~

Se Pedro bebe um litro desuco e Fabio bebe dois,

quantos litros os doisjuntos beberam?

Redacional Editora

Podemos observar que, no caso de Vitor, o espírito tendencioso e parcial desua mãe impediu-a de ser investigadora, e antes mesmo de procurar desvendar qualera o problema de Vitor com bebida, quando ocorreu, por que ocorreu, ela já foi con-cluindo que a causa deste problema estava na influência do pai que na visão dela eraalcoólatra, sem antes mesmo investigar ou pesquisar o real problema do filho.

A primeira lição que podemos tirar desse caso é que, a partir do momento emque nos propomos a investigar e a pesquisar, é preciso deixar de lado o olhar tenden-cioso sobre as coisas, sobre o objeto a ser investigado.

Outra questão importante é saber identificar o que é um problema de pes-quisa. Segundo Gil (2008 p. 24), "[...] pode-se dizer que um problema é de naturezacientífica quando envolve variáveis que podem ser tidas como testáveis [...]". ParaBoaventura (2004 p. 37), "o problema cientificamente considerado há de possibilitartratamento metodológico, com verificação pelas técnicas e processos que possibilitemevidências empíricas".

Nesse sentido, entendemos que nem todo problema é um problema científico.Suponhamos que um pesquisador veja um problema no aumento da taxa de analfabe-tismo no país em que vive. Poder-se-ia imaginar o problema sob ângulos diferentes:

• Se a escola é a maior produtora de analfabetos, deveríamos interditá-Ia?

• A redução dos recursos financeiros voltados para a educação constitui umadas causas para o aumento do analfabetismo?

Ao analisarmos as abordagens acima verificamos que a primeira é uma afirma-ção que não comporta questionamentos, pois a escola não produz analfabetos. Assim,a questão não indica nenhum dado a ser pesquisado. Já a segunda abordagem nosapresenta o problema sob um ângulo que deixa presumir uma pesquisa subsequente,tal como a busca por dados. Pode-se, por exemplo, realizar um levantamento dosvalores investidos em educação num período determinado de tempo.

Mil', 111111111111111111,1111I11plOhlrnltl (Irl1t1f1 07

Page 57: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

Tee: Elaboração e Redação Redacional fdllUl,1

Gil (2008) apresenta cinco regras práticas para a formulação de problemas

científicos. São elas:

1. O problema deve ser formulado como pergunta: é a maneira mais fácil de

formular um problema.

Após a elaboração do problema, é preciso oferecer uma solução possível, ouseja, uma proposição, uma hipótese. Mas o que é uma hipótese? Segundo o NovoDicionário Aurélio, hipótese é:

• Suposição, conjetura;

2. O problema deve ser claro e preciso: problemas estruturados de forma vagaou desestruturados, além de causar muita confusão, impedem que a pesquisa

prossiga adequadamente.

• Suposição duvidosa, mas não improvável, relativa a fenômenos naturai ,p 'Iaqual se antecipa um conhecimento e que poderá posteriormente ser COI fi cmada direta ou indiretamente; hipótese heurística;

3. O problema deve ser empírico: deve ter ongem sempre na base da

experiência.

Proposição que se admite de modo provisório como princípio do qual ~ ,pode deduzir um conjunto dado de proposições;

4. O problema deve ser suscetível de solução: não elabore um problema sevocê não tiver condições de coletar dados necessários para sua resposta.

• Proposições ou conjunto de proposições que antecedem outras, servindolhes de fundamento.

5. O problema deve ser delimitado a uma dimensão viável: pois a não de-marcação do problema pode tornar a reflexão muito abrangente, dispersan-

do-a do foco de análise o que pode prejudicar a pesquisa.

Ainda segundo Cervo; Bervian; Da Silva (2007), a formulação dos problemastraz ao pesquisador algumas vantagens, como: delimitar, com exatidão, qual tipo deresposta deve ser procurada; levar o pesquisador a uma reflexão benéfica e proveitosa

sobre o assunto; e outros.

Segundo Cervo; Berviam; Da Silva (2007, p.77):

[...] a hipótese equivale, habitualmente, à suposição verossímil, dt'IHII

comprovável ou denegável pelos fatos, os quais hão de decidir, '111 111

tima instância, sobre a verdade ou falsidade dos fatos que se pr '((',1\1,

explicar. Ou então a hipótese pode ser a suposição de uma causa (111 d\uma lei destinada a explicar provisoriamente um fenômeno at ~ (I'11 "

fatos a venham contradizer ou ratificar.

qO

o

As hipóteses são importantes no sentido de apresentar uma explicação plt" I

sória para o problema apresentado. Contudo, vale ressaltar que elas não cons (it \1('1 I I

uma verdade absoluta, podendo ao longo da pesquisa ser declaradas verdad iras ()\I

falsas. Dessa forma, podemos comparar a hipótese a um andaime de edif 10, <1\1(

tende a desaparecer quando o edifício é construído.Para Gil (2008), ao elaborar uma hipótese o pesquisador precisa t r um ollun

observador dos fatos e acontecimentos do dia-a-dia que poderão trazer alguns indlcios para a solução do problema, mas também deve considerar os resultados d ' ou t 1'11

pesquisas, estatísticas, teorias já apresentadas e é claro, por último, sua intuiçã i,

Será então a pesquisa a resposta para todosos problemas da humanidade? "- --l...I

Certamente, não! É comum não encontrarmos soluções imediatas para os pro-hl 'ma apresentados. No entanto, o mérito da pesquisa está em justamente abrir'aminhos, apontar sugestões, levantar novas questões, ou mesmo buscar respostas

t'()11 'c 'tas. 1.3 Justificativajll"ti(j\'ativa '11111\1111111111 I IIII!'H VO'l' demonstra Ii il\\1 ()llalll'Ía da 11:\ IH'

lIllI ;I,de c "'V(' pel! q\le' ,11111 I 101 100e.II IIlle IILldol 011:I\('IIH' IIHI 11111,1111 tltlli,.ICI de

1111, 1/1

Page 58: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

rcc: Elaboração e Redação Redacional Editor"

financiamento deve apostar em sua pesquisa, tendo em vista sua relevância científica,educacional e social. Enfim, é através dela que você convence o leitor de que suapesquisa deve ser lida.

• Ao elaborar os objetivos específicos lembre-se de que eles não podem s 'rdistantes dos objetivos gerais, pois eles são estratégias particulares para s .alcançar o objetivo geral.

1.4 Objetivos

Objetivo é sinônimo de propósito, levando à compreensão do que se pretendeinvestigar. Quando se formula um objetivo tende-se a negar um dado ou uma rea-lidade para recolocá-los em um novo patamar de entendimento ou de intervenção.

Os objetivos de uma pesquisa enunciam seu propósito maior, alvosquese pretendem alcançar.Superestimados,provavelmentenão serão alcan-çados. Subestimados,por outro lado, significama perda de boas oportu-nidades de crescimento intelectual e pessoal (BERTUCCI, 2008, p.32).

Objetivos modestos, mas plausíveis, têm maior probabilidade de seremalcançados.

Vamos a um exemplo? O

Assim, os objetivos de um trabalho têm um caráter orientador e inovador,n rteando a atuação do pesquisador, por isso eles não podem ser vagos ou imprecisos.

É importante ter claro em mente de que o objetivo não é um ideal a ser per-eguido, mas sim uma meta concreta que deve ser alcançada dentro de um prazo de-

terminado. Por essa razão, ao definirmos um objetivo utilizamos verbos no infinitivo,além disso, os verbos devem transmitir uma ação e não um estado.

Os objetivos são divididos em geral e específicos. Enquanto os objetivos geraisfornecem diretrizes para a ação na pesquisa como um todo, os objetivos específicosnorteiam, de forma mais direta, o processo de construção da pesquisa, na operaciona-lização dos objetivos gerais. Os objetivos específicos devem detalhar o objetivo geral

ntemplando todos os seus elementos constitutivos.Indicativos para definir os objetivos:

• Utilize uma linguagem clara e precisa, pois um objetivo bem definido tornamais fácil a tarefa do pesquisador;

I: __ 'C_ Objetivo Geral c'o -, I' -1''-' ~~-' __ ~_I'

• Analisar como ocorre a formação

do professor do ensino

fundamental para o uso das

tecnologias.

• Descrever o histórico das ações

govemamentais voltadas para a

capacitação de professores;

• Identificar atuais ações e projetos

políticos voltados para a

capacitação do professor em

serviço;

• Verificar com os professores qu I

a eficácia dos programas de

capacitação;

• Listar os conteúdos necessários

da formação para o uso das

tecnologias.

• Inicie o objetivo com um verbo no infinitivo;1.5 Apresentação da metodologia

• Num trabalho de pesquisa poderá haver apenas um objetivo geral e de trêsa 'in o objetivos e p If os.

Na introdução não é recomendável descrever detalhadamente a m to I( logia,

mas é adequado indicar a . 'olha til 'to 101 gica de forma breve e lara.

1I1u I/IIJ

Page 59: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

rcc: Elaboração e Redação

Na busca de respostas a esses questionamentos, realizamos uma pesqui-sa qualitativa, através de estudo de caso, numa escola pública no município deLondrina, norte do Paraná. Utilizamo-nos de formulários aplicados com pro-l' sores daquela escola que nos subsidiaram com seus posicionamentos sobrenossa temática. Aprofundando nosso estudo, realizamos observação partici-puntc, o que propiciou maiores meios de apreendê-Ia.

1.6 Apresentação dos tópicos principais

Nesse momento o pesquisador apresenta ao leitor uma espécie de roteiro doeu trabalho. Deve-se indicar as seções ou capítulos desde a fundamentação teórica

.u é a conclusão.

Elegemos categorias teóricas que embasaram nosso estudo e motivaramsua problcrnatização. Estruturamos nosso texto em três capítulos. O primei-I"() capítul fundamenta-se na discussão sobre globalização e mundializaçãodo 'apital in piradas em Octávio Ianni (1995) e François Chesnais (1996),discutindo também a questão da reestruturação produtiva em 1homas Gou-Ill't (199() , David Ilarvey (2002) e sua particularidade em Noela Invernizzi

000 ,( ,iovanni Alvcs (1:J9R). No segundo capitulo, abordarnos u ju estãodll poltic:lH ed\lt':It'ioI1Ili 11':II:ld:lHem I',n 'ida hirornn ( (Hl() I' IkllH'i"valSuvl.tul ( ()Ol) 110 'IIU' li 11 111 IllI I'olln'it\l:l~'fi()di! 1i Hi 111,111 I tllll ,1111111:11,

1111

Redacional Editora

que fundamenta dentre outros, a proposta pedagógica das escolas. Nessa estei-ra, aborda-se, em um terceiro capítulo, a construção do projeto identificatórioneoliberal e a efetivação do ethos empresarial fundado em Sonia Maria Rum-mert (2000) e o exercício profissional do professor abrangendo a questão daespecificidade em Wanderley Codo (2000) e a questão da proletarização dotrabalho do professor em Nicanor Pereira de Sá (1986).

2 Desenvolvimento

O desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de Curso é a parte principale mais extensa, destinada a apresentar os resultados da pesquisa. É em essência :l

fundamentação lógica do trabalho. Essa etapa do trabalho é composta de três fa 'S:

revisão de literatura, metodologia e análise e discussão dos resultados obtidos. Segu 'abaixo a descrição desses elementos.

2.1 Revisão de literatura

A revisão de literatura é também conhecida como fundamentação teóri a. ,:;nesse momento que o pesquisador apresenta a exposição ordenada e pormenorizudndo assunto. Para isso deve-se elaborar um texto que demonstra o conheciment t '61 ico sobre o objeto de estudo, fazendo referência a trabalhos publicados anteriorrn '1111"

elencando as contribuições mais importantes.

Nessa etapa do trabalho é necessário desenvolver categorias teóricas que nortearão a reflexão sobre a temática estudada, possibilitando reunir conheciment , t'

óricos necessários para capacitar o pesquisador na leitura, interpretação e análi e 101>dados coletados em campo.

Para compreendermos sua estrutura precisamos entender primeirament SUIIfinalidade. Imaginemos a construção de uma casa ou um edifício. Para que Ia s 'j:lfirme, resistente ao peso e às intempéries do clima, são necessárias colunas de ustcntação, que também são conhecidas como fundamentos. Da mesma forma a revisão d 'literatura constitui as bases, as .olunas qu darão sustentação para s Ia p quis.i. 10:1:1sugere o que se pensa e qu '\11IH'II'11 soh\'(' o t 'ma ou assunto d .finido na p 'SqUiSII.Por isso, 'Ia' fundam '!ltltl!

Page 60: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCC:Elaboração e Redação

Para a construção da revisão bibliográfica sugerimos que:

• Faça um rastreamento bibliográfico em obras (físicas) e on-line acerca doassunto abordado;

• Consulte monografias, dissertações e teses já defendidas sobre a questão;

• Com essa relação em mãos converse com seu orientador (a) para que ele (a)o ajude a identificar autores que lideram o pensamento ou a linha de pes-quisa escolhida, elencando os materiais mais adequados de acordo com ospropósitos do trabalho;

• Realize uma leitura crítica e reflexiva desse material, com a finalidade desaber o que o autor afirma sobre o assunto e, a seguir, elabore um resumo daobra e anote os principais trechos para posterior citação;

• Por fim, inicie a redação da sua fundamentação teórica. Após redigir, subme-ta ao seu orientador para que ele faça as correções e os encaminhamentos;

• Para melhor organizar o texto divida-o em seções e subseções.

Lembre-se: a revisão de literatura não é um amontoado de citações ouresumos de obras, mas sim a discussão daquilo que foi encontrado e lido

relacionado ao problema levantado!

2.2 CitaçõesA ita ão é definida pela NBR 10520/2002 e pode ser entendida como uma

I lll'I1(,', o, no texto, de informações extraídas de outra fonte para esclarecer, ilustrar ou'\1st .ntar O a unto apresentado. As citações podem aparecer tanto no texto quanto

('111 110tôlS ti rodapé. Em geral, utilizamos a citações dentro do próprio texto.

2.2.1 Citação Direta

N:I' 1 jt:I~'O('" din't:l

•'q.l,lllltllt .' ('V('IIIIO (II)I/H), .1

\111 11:111 \'I'iIOH lit .rulrn .ntc ou 11111 I1 111 1111 11111'IV ti 'I,.

111.11,111 Ijlll' ,(' n-vcl.un \llll 11111 11111 Itlll ,I id "ias

111

RedacionalEditOl,1

desenvolvidas pelo autor no decorrer de seu trabalho são elementos retirados <.1m

documentos pesquisados durante a leitura do referencial teórico utilizado.Nesse contexto, "citar não é pecado, nem errado; porém, o que não é admitido

é a transcrição de partes do texto, bem como de idéias e sugestões de outro autor, emse fazerem as referências devidas" (MULLER; CORNELSEN, 2003, p.31).

Esse tipo de citação pode ser apresentado de duas formas diferentes: citação

direta curta e citação direta longa.

• Citação direta curta (com até três linhas) - são incorporadas ao texto (parágrafo), transcritas entre aspas com indicação das fontes de que fonunretiradas.

• Citação direta longa (com mais de três linhas) - são transcritas em blocoe em espaçamento simples de entrelinhas, com recuo de 4 cm da margt'111esquerda, com letra menor que a do texto, geralmente tamanho 10 ou 11 ('sem aspas,

Vejamos alguns exemplos.

CITAÇÃO DIRETA CURTA

Assim, os dois níveis de ensino foram remodelados sob O

parâmetros da política neoliberal e da

p.93) afirma a respeito que "visava-se racionalizar o uso dos recursos, age t

interna, e fundamentalmente f1exibilizar a criação de alternativas de cooperaç

e formação de parcerias no âmbito da sociedade civil".

II

Page 61: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCC:Elaboração e Redação

Os significados e a valorização da infância não ocorreram

sempre da mesma maneira, mas são construídos e modificados de acordo com a

organização de cada sociedade. "[...] quando falamos em criança, pensamos

num sujeito marcado pelos atravessamentos culturais, políticos e ideológicos de

uma determinada classe social, numa determinada sociedade, numa certa

época" (PILLAR, 2001, p. 22). Ainda hoje esta concepção não está pronta e

acabada, mas continua sendo construída.

"-- -- -- - - - -CITAÇÃO DIRETA LONGA

Kuenzer (2001, p. 10) explica o porquê dessa nova concepção de

on ino, que dá uma grande importância ao ensino básico:

É o nível fundamental o de maior retorno econômico e torna-se irracionalo investimento em um tipo de formação profissional cara e prolongada emlace da crescente exti nção dos postos de trabalho e da mudança noparadigma técnico para o tecnológico. Ao mesmo tempo ... aponta para airracionalidade do investimento em educação acadêmica prolongada paraaqueles que são a maioria e não nascem competentes para o exercício deatividades intelectuais: os pobres, os negros, as minorias étnicas e asmulheres. Para estes, mais racional seria oferecer educação fundamental,padrôes mínimos exigidos para participar da vida social e produtiva nosatuais níveis de desenvolvimento científico e tecnológico, complementadopor qualificação profissional de curta duração e de baixo custo.

Rousseau vem relatar a educação de um jovem que é

acompanhado por um preceptor ideal afastado da sociedade. Suas ideias

mfluenciararn a pedagogia da época e até hoje continuam consideradas.

Costuma-se dizer que Rousseau provocou uma revolução copernicana napedagogia: assim como Copémico inverteu o modelo astronômico,retirando a Terra do centro, Rousseau centralizou os interessespedagógicos no aluno e não mais no professor (ARAN HA, 2006, p. 178).

Observamos assim, pela primeira vez, um autor que destacou a

sI cirl idade da criança.

,-

11

RedacionalEditor,!

2.2.2 Citação Indireta

As citações indiretas são reproduções de ideias dos textos consultados sem, noentanto, transcrevê-Ias literalmente. São redigidas pelo autor do trabalho com bas .em ideias de outros autores, que podem ser obtidas de documentos ou canais informais (palestras, debates, conferências, entrevistas etc.). É necessário citar o autor e :t

data da publicação, sem utilizar as aspas.

Vejamos alguns exemplos. O

CITAÇÃO INDIRETA

Essas novas competências estão intimamente associadas ao

discurso da necessidade de adequação da formação humana aos imperativos

postos pelas mudanças na sociedade, onde estão geralmente atreladas à

transformações no campo da produção e do trabalho. Estamos de acordo com

Silva (2003), quando diz que os Parâmetros Curriculares Nacionais dão um

definição para o termo competências, baseado em uma educação que dev

preparar os indivíduos para trabalhar em equipe, conviver com o risco

aprender permanentemente, dentre outras finalidades, visto que esses pontos

são apresentados como demandas da formação profissional.

Não somente a mídia televisiva, mas os jogos

também têm se constituído formas de enclausuramento dos

atualidade que não mais usam outros espaços da casa ou da rua para su

atividades, mas sim o dos hoppings, os de seus quartos informatizados,

seus lan house (DO NI I II ,:>0 ),

11

Page 62: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCC:Elaboração e Redação RedacionallllllOl,1

2.2.3 Citação de citação • Ênfase ou destaques são indicados por: grifo ou negrito ou itálico;

Esse tipo de citação ocorre quando o autor do trabalho transcreve, diretamente

(111in lirctamente, um texto ao qual não teve acesso ao original. Nesse caso, aquele

qlll' .ira pela segunda vez deverá acrescentar, antes da indicação da fonte consultada,

:1palavra latina apud (junto a).

• No caso de coincidência de sobrenome de autores, acrescente a inicial do

prenome. Se ainda houver coincidência, escreva o prenome por extenso.Exemplos: (SILVA, A., 1977) e (SILVA, B., 1988) ou (BARBOSA, Cássio,

1965) e (BARBOSA, Celso, 1965);

CITAÇÃO DE CITAÇÃO

[...] se poderia chamar de uma cidadania com competência, na qualcidadania confunde-se com produtividade e cidadão é aquele consideradopotencialmente produtivo e competitivo, isto é, que seja por1ador daquelasqualidades necessárias ao bom andamento da produção, ou não poderáser considerado plenamente cidadão.

• Citações de vários documentos de um mesmo autor que foram publi ado

no mesmo ano devem ser identificadas pelo acréscimo de letras minú eula ,

sempre em ordem alfabética após a data e sem espacejamento. Exemplo: Ikacordo com Moran (2008a) ou (MORAN, 2008b);

Andrade (2001 apud SILVA 2003, p. 180) capta bem essa noção de

cidadania e competitividade afirmando que:

• Citações indiretas de diversos documentos do mesmo autor, publicados ('111

anos diferentes e mencionados simultaneamente devem apresentar as dala

separadas por vírgula. Exemplo: (DREYFUSS, 1989, 1991);

A inserção das tecnologias no meio educacional traz tanto novas

possibilidades, quanto desafios e incertezas no processo de ensino-aprendizagem.

• Citações indiretas de diversos documentos de vários autores, mencionado

simultaneamente, devem ser separadas por ponto e vírgula, em ordem :d 1.1

bética. Exemplo: (CROSS, 2003; MELO, 2005; SILVA, 2009).

2.3 NotasA situação dos professores perante a mudança social é comparável à deum grupo de atores, vestidos com traje de determinada época, a quemsem prévio aviso se muda o cenário, em metade do palco, desenrolandoum novo pano de fundo, no cenário anterior. Uma nova encenação pós-moderna, colorida e fluorescente oculta a anterior, clássica e severa(ESTEVE, 1995 apud RAMPAZZO; SUZUKI, 2008, p. 93).

As notas podem ser utilizadas dentro da revisão de literatura de três 111:111('11I

• Notas de referência: notas que indicam fontes consultadas;

• Notas de rodapé: são indicações, observações ou aditamentos ao texto;

• Notas explicativas: são usadas para comentários ou esclarecimentos (]\I(' 11,\1I

possam ser incluídos no texto.

No cas de mais de três autores na citação, indica-se apenas o primeiro,

ucr 'S .cntando- e a expressão et al.;

2.4 Metodologia

A metodologia é a operacionalização da pesquisa. É o conjunt d - m ~1odll' I

instrumentos utilizados para sua ondução.Por essa razão -Ia pn-l'is:1 1'1,'1' h .m definida para que não .aus - conlusuo, I li

forma g .ral, um m ,todo plHl1 Ii I I 111('IHlidocomo urna ord '111qu ' d 'W Sl'r (' 1.lh(

I -cidu ('111div 'rsos pr()('(' II 11,11,1"lI! (' ,dl':lIli'l' um r 'sltll:ldo, N:I pesquisa (i('llllfl! ,I

11.111I ti ti I II 11II',

AI ~mdisso, é importante lembrar outras regras que se aplicam a toda citação:

• Suprl'ssm's são indil':\das por 1, .. 1;

• 11111'lpIIL\~Il(', :111111111111IIIItllI\('II\:íriOH são indil ,111.11'"1 I I:

11, "

Page 63: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

lU: I. hor ç. o R dclÇ o Redacion,IIIdlllll

Embora essa etapa pareça ser complicada, não se desespere!Converse com seu orientador. Por ter mais experiência em pesquisa, ele poderá

lhe auxiliar delineando junto com você a análise e discussão dos resultados.

Após a escolha dos dados, o pesquisador deve organizá-Ios para que ~I 1,111

apresentados de forma clara. Para isso não há regra, mas é preciso usar o bom M'II' I'ou seja, os dados precisam ser descritos de forma agradável, sendo capaz de con 11I

nicar uma idéia, de apresentar significados. A seguir, o pesquisador deve r 'ali'l.1I

análise desses dados, onde irá retomar os conceitos pontuados na revisão de lit '1':111111

e confrontá-los com os dados levantados na pesquisa realizada,

Além disso, é importante não esquecer de que o leitor do trabalho não con IIcI c

a pesquisa da mesma forma que o pesquisador, sendo necessária a preocupa~ ,liI I 111

contextualizar, explicar, encaminhar, orientar, esclarecer, detalhar e concluir, 011 c 1,1

tudo o que for necessário para a completa compreensão de quem está lendo I) 1I,ti, I

lho (BERTUCCI, 2008).

Na atualidud " divl CI. ~.III os IIH'Imlos ;l disposiçã d pesquisadores. O

método empregado numa pcsqui sa d 'VI.:S 'r dcs rito detalhadamcnte no trabalho

monográfico. Para compreender melhor, confira o capítulo que trata das questões

metodológicas da pesquisa.

2.5 Análise e discussão dos resultados

2.6 Conclusão

Segundo Bertucci (2008), a principal função da análise e discussão dos resulta-

dos é apresentar ao leitor a interpretação realizada pelo pesquisador acerca dos dados

coletados, comparar os resultados obtidos com os de outros autores, inferir sobre

eles, oferecer possibilidades de discussão e interpretação prováveis, para então poder

deduzir, concluir, prever e propor caminhos.

É nessa etapa que o pesquisador deve apresentar de forma clara e precisa os

dados coletados, fazendo a ponte com as discussões teóricas, podendo eventualmente

ser acompanhados de tabelas, gráficos, quadros para uma melhor leitura.

Para isso, a primeira preocupação do pesquisador deve ser a escolha dos dados

a serem apresentados. Devido à amplitude de algumas pesquisas, observa-se que nem

todos os dados coletados são apresentados. Geralmente esses dados passam por uma

seleção criteriosa. Ao elencar os dados o autor deve atentar para a necessidade de

escolha mais adequada dos dados coletados, considerando o problema da pesquisa e

seus objetivos.

É importante lembrar que a função de um relatório não é aliciar o lei-tor, mas demonstrar as evidências a que se chegou através da pesquisa.Portanto, na seleção do material a ser apresentado (e terá de haver umaseleção), o pesquisador não pode ser dirigido pelo desejo natural de verconfirma Ias suas pr visões à custa de dados que as refutam. Todos oslatl( S pCllillC'II11'SI' significativos devem ser aprcsl'lILUlo . c' c' algum1\'sldl.lIlll 11111I111lllllllSIVO1('111de ser apont.ulo (I \I \ 1'11 • I\II\R(,UNI, 11)()'1)' '11)

A conclusão é a parte final do texto, que contém a recapitulação sint ~t il a clcl'

resultados e da discussão do estudo e da pesquisa. Deve fazer a ponte com os ohl' 1I

vos e trazer seu ponto de vista enquanto pesquisador.

Segundo Bertucci (2008 p. 89), "a conclusão não diz nada de novo, nad.1 CI'11

já não esteja, de alguma forma, presente no corpo do trabalho. Ela retoma, In CIIIII,I

reafirma e enfatiza todos os pontos relevantes do trabalho". É também o 1110111111111

de apresentar os "achados" que a pesquisa proporcionou. Segue abaixo um 111''111C""

roteiro com alguns itens que não podem faltar na conclusão:

Retome a questão central da pesquisa e seus objetivos;

Retome os aspectos mais importantes da metodologia;

Apresente de forma clara os principais pontos de seu trabalho;

Indique alternativas, possibilidades, recomendações;

Aponte, finalmente, sua visão sobre o trabalho, as contribuiço 'S 'I11t c Ic

teve para sua formação, para o seu campo profissional c rara a ('0111111,111

do seu curso.

Referências:

BERTU 1,.1;1111'111..11,1d,' Olivclrn, Metodologia bási a panl dllh(1I '\ 11

cI' trabalhos dl' (1111I 111 11111 (11I () ('I' "): "l1f:\i';l n:I cl:dHlI':I,'ao de '1'( l dc

110 11:111,,:,,:101,1111 11I1',lIlIcl' 11." ()()K

11/1

Page 64: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCC:Elaboração e Redação

BOAVENTURA, Edivaldo M. Metodologia da pesquisa: monografia, dis-sertação, tese. São Paulo: Atlas, 2004. 7CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberto da. Meto-dologia científica. 6a ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo:Atlas, 2008.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos dametodologia científica. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2009.

Elementos Pós-Textuaisos Aspectos NormativosTipográficos

MULLER, Mary Stela; CORNELSEN, Julce Mary. Normas e Padrões paraTeses, dissertações e Monografias. 5. ed. Londrina: EDUEL, 2003.

SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico: dire-trizes para o trabalho didático-científico na universidade. 21 ed. São Paulo.Cortez, 1998. Juliana Telles Faria Suzuki

Marlizete Cristina Bonafini SteinleOkçana Battini

I.'U

Page 65: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

Redacional Editora

Elementos Pós-Textuais eos Aspectos Normativos eTipográficosOs elementos pós-textuais são aqueles que complementam o trabalho e são

compostos por: referências (obrigatório) e glossário, apêndices, anexos e índice (op-cional). Segue abaixo a descrição de cada elemento.

1 Referências

Referência é o conjunto padronizado de elementos que permitem a identifi-cação de um documento no todo ou em partes, sendo esse conjunto definido pelanorma da ABNT NBR 6023/2002.

As referências constituem uma lista ordenada dos documentos citados peloautor no texto. Todos os documentos mencionados no trabalho devem obrigatoria-mente figurar na lista de referências.

Há uma série de críticas e discordâncias a respeito das normas como parâme-tro oficial e obrigatório no Brasil. Contudo, vale lembrar que são regras mundialmen-te utilizadas e que qualquer documento técnico, acadêmico ou científico contém essapadronização.

Seguem abaixo algumas regras para elaborar as referências mais comuns con-tidas nos trabalhos acadêmicos.

1.1 Elementos essenciais numa referência

• autortes): deve iniciar com o sobrenome em letras maiúsculas, vírgula, e osprenomes por extenso com as iniciais em maiúsculas ou abreviadamente,ponto;

• título e subtítulo (se houver): o título deve ser destacado utilizando o re-curso tipográfico negrito, grifo ou itálico. A escolha do recurso tipográficodeve ser uniforme para todas as referências de um mesmo documento. Essaregra só não é aplicada quando a obra citada não possui autoria e o elemento

123

Page 66: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

Tee: Elaboração e Redação

de entrada é o próprio título. O subtítulo, quando houver, deve ser antecedi-

do de dois-pontos, sem grifo;REFERÊNCIA COM MAIS DE TRES AUTORES ]--------------~--~~~~

OLIVEIRA, Zilma de Moraes et aI. Educação infantil: muitos olhares. 5. ed. São Paulo: co:Jez,2001.

REFERÊNCIA COM RESPONSABILIDADE INTELECTUAL DESTACADA 1---------------------------

Redacional Editor,}

I 1 ~ ~~ __ ~ ----~~---

• edição: é indicada somente a partir da segunda, sempre em números arábi-cos, sem ordinal. A palavra edição aparece de forma abreviada (exemplo: 2.

ed.);CARVALHO, Maria Cecilia Maringoni de (Org.). Construindo o saber: metodologia cientifica,fundamentos e técnicas. 5. ed. São Paulo: Papirus, 1995.

• local: indica o local da publicação, o qual não deve ser abreviado;

• editora: deve constar após dois-pontos sem a razão social;REFERÊNCIA DE DOCUMENTOS OFICIAIS

• data de publicação: somente o ano deve ser grafado em algarismos arábicos,em ponto no milhar, antecedido de vírgula e seguido de ponto.

BRASIL. Constituição (1998). Constituição da República Federativa do Brasil. Organização deAlexandre de Moraes. 16. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

BRASil. Constituição (1998). Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/cciviL03/Constituiçao/Constituiçao.htm>. Acesso em: 25nov.2007.

1\ referências são apresentadas alinhadas somente à margem esquerda do tex-In . d ' forma a se identificar individualmente cada documento, em espaço simples e

('para Ia entre si por espaço duplo.

BRASIL.Decreto·lei federal n. o 4657, de 4 de setembro de 1942. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03!Decreto·Lei/DeI4657.htm> . Acesso em 13 jul. 2009.

BRASIL. Código civil. 46. ed. São Paulo: Saraiva, 1995.

Verifique nos exemplos abaixo as formasmais comuns no uso das referências.

Nesse caso, a entrada é realizada pelo título da obra. O termo anônimo não deve ser usado emsubstituição ao autor desconhecido.

DIAGNÓSTICO do setor editorial brasileiro. São Paulo: Cãmara Brasileira do livro, 1993.

REFERÊNCIA DE OBRAS SEM AUTORIA

REFERÊNCIA DE CAPiTULO DE LIVROJI

REFERÊNCIA COM UM AUTOR

MARQUES, Mário Osório. Escola, aprendizagem e docência: imaginário social e intencionalidadepolítica. In: VEIGA, lima Passos Alencastro (Org.). Projeto político-pedagógico da escola: umaconstrução possivel. 23. ed. Campinas- SP: Papirus, 2007. p. 143-156.

MARX, Karl. Contribuição à crítica da economia política. São Paulo: Martins Fontes, 1983.

REFERÊNCIA COM DOIS AUTORES

ENCONTRO NACIONAL DE DIDÁTICA E PRÁTICA DE ENSINO, 14, Porto Alegre - RS. Anais.Porto Alegre: EDIPUCRS, 2008.

REFERÊNCIA DE ANAIS DE CONGRESSO

MARCONI, Marina de Andrade; lAKATOS, Eva Maria. Fundamentos da metodologia cientifica. 6.d, São Paulo: Atlas, 2009.

REFERÊNCIA COM TRES AUTORES

HIIIIU/A,

(,11111 Iinaldo B 110 ce: ANTANA, Marco Aurélio; LUIZ, Neise de. Trabalho e educaç o'

11111111 lI; 11 nrouuuvo no Brasil. Rio de Janeiro: Quart I, 1

Page 67: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

w,

rcc: Elaboração e Redação Redacional Editora

I REFERÊNCIA DE JORNAL

I SCORTECCI, Catarina. Lei obriga tradução de idiomas em propagandas. Folha de Londrina,Londrina, 15 jul. 2009. Folha Política, Caderno 1. p. 4.

II------------------------------------------- ~REFERÊNCIA DE DISSERTAÇÃO

I

'" REFERÊNCIA DE JORNAL ON-LlNE

FRAZÃO, Marcelo. Diretores criticam aulas extras durante fé'-ri-a~s-na--re-d-e-e-s-ta-d-ua-I-.J-o-r-n-al-d"--e~--~Londrina, Londrina, 13 jul. 2009. Disponível em:<hllp:/ /porta I.rpc. com. br/j I/on line/conteudo. phtml ?II= 1&id =904 783&tit= Di retores-criticam-aul as-extras-durante-ferias-na-rede-estadual> Acesso em 15 jul. 2009.

--------------------~

NOGUEIRA, Angela Guiomar. Competências gerencíais: o caso Telerj. 1998. 122 f. Dissertação(Mestrado em Administração) - Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro, 1998.

---------------:::-._-----:-------_._-------------REFERÊNCIA DE TESE

SILVA, Mônica Ribeiro. Competências: a pedagogía do "novo ensino médio". 2003. 270 f. Tese(Doutorado em Educação) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2003.

r REFERr=NCIA DE OBRAS ON-LlNE

- f d d - te início dSCHEIBE, Leda: Políticas para a formaçao dos pro essores a e ucaçao nes e mrcio eséculo: análise e perspectivas. Disponivel em: <www.anped.com.br> Acesso em: 26 oul. 2003,16:30:30.

Embora não seja tão comum, quando necessário, acrescentam-se element scomplementares à referência para melhor identificar o documento.

2 GlossárioREFERÊNCIA DE PARTE DE OBRAS ON-LlNE J

!POLiTICA. In: DICIONÁRIO da língua portuguesa. Lisboa: Priberam Informática, 1998. Disponivel Iem: <hllp://www.priberam.pl/dIDLPO>. Acesso em: 8 mar. 1999~ J

REFERÊNCIA DE OBRAS EM MEIO ELETRÔNICO - CD ROM IKOOGAN, André; HOUAISS, Antonio. Enciclopédia e dicionário digital 98. Direção geral de André li

Koogan Breikmam. São Paulo: Delta: Estadão, 1998. 5 CD-ROM.____ ..----J

Glossário é a relação, em ordem alfabética, de palavras ou expressões de u orestrito ou de sentido obscuro, acompanhada das respectivas definições, com o bjetivo de esclarecer o leitor sobre o significado dos termos empregados no trabalh

3 Apêndices

Apêndices são documentos complementares ao texto que só devem ser ir ,111

ídos quando forem imprescindíveis à compreensão do texto. Apêndices sã t .xro

elaborados pelo autor a fim de complementar a sua argumentação. Questionários dl'pesquisa e respostas de entrevistas são exemplos de documentos de autoria pr priu

que podem ser colocados como apêndices.

REFERÊNCIA DE PARTE DE OBRAS EM MEIO ELETRÔNICO - CD ROM IMORFOLOGIA dos artrópodes. In: ENCICLOPÉDIA multimidia dos seres vivos: Planeta DeAgostini, I1 8.9 CD-ROM

~

REFERÊNCIA DE ARTIGO DE REVISTA 4 AnexosENGUITA, Mariano: Ambigüidade da docência: entre o profissionalismo e a proletarização. Teoria eEducação, São Paulo, n. 4, p. 71-78, 1991. Anexos são documentos que ajudaram na construção do trabalho, com m:1

pas, leis, estatutos, termos de convênio, recortes de publicação são exemplos de ()1l1

plernentos que devem ser colocados nos anexos.

Sempre que necessári onv .nicnte, faça, no corpo do texto, remis Õ 'S :tO,

;q êndi anexos, para orientar II leitura pr piciar a verificação e a ornpr V;l~':I()

de s 'UR argum nt S

REFERr=NCIA DE ARTIGO DE REVISTA ON-LlNE

I SCIIP ,Guslavo. Edu aç ° de qu m? Para quem? Veja.com, São Paulo, Jan. 2008. Disponivel(li)' 11ttp:l/v J . brll. 11"\.11r11O 1081p 032. htmt>, Acesso em 12 fev. 2009.

I~1

Page 68: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCC:Elaboração e Redação Redacional Edilor.1

5 Índice 11 EspacejamentoÉ uma "lista de entradas ordenadas segundo determinado critério, que localiza

I' remete para as informações contidas num texto" (ABNT, 1989, p.l ).Todo texto deve ser digitado com espaço 1,5, excetuando-se as citações C0l11

mais de três linhas, notas de rodapé e referências (espaço simples).

6 Aspectos normativos e tipográficos 12 Títulos sem indicativo numérico

As normas e padrões estabelecidos aqui estão em conformidade com as nor-mas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) n? 1472412005, que ob-j .tivam dar condições para a construção uniforme do trabalho de conclusão de curso,d .ntro de critérios científicos, de modo a facilitar a apresentação formal do trabalho.) modelo adotado deve ser mantido uniformemente no decorrer de todo o trabalho.

Os títulos sem indicativo numérico como, por exemplo: errata, agradecim '11

tos, lista de ilustrações, lista de abreviaturas e siglas, lista de símbolos, resumo, sumario, referências, glossário, apêndicefs), anexoís) e índicefs), devem ser centralizados,conforme NBR 6024.

13 Parágrafos7 Formato

Deve-se utilizar um recuo de 3 cm na primeira linha e, entre os parágrafos, UI1l

espaço de 1,5 de entrelinhas.texto deve ser digitado em papel branco, formato A4 (210 x 297 mm), eIllIpr 'S o na cor preta, com exceção das ilustrações.

8 Tipos e Corpos14 Numeração progressiva

10 Margens

A NBR 6024/2003 estabelece um sistema de numeração progressiva das I'ções e documentos escritos.

A distribuição das partes do texto (capítulos, itens, subitens) deve segui: 11111.1mesma forma no texto inteiro, mediante indicativos numéricos, alinhados à 'S,!II!"I!.I,tanto no texto como no sumário.

Os títulos das seções primárias, por serem as principais divisões de um It' 111,devem iniciar em folha distinta. Para capítulos e itens primários, utiliza-se a 1()lIII'

tamanho 12 grafada em caixa alta e em negrito.São empregados algarismos arábicos na numeração. O indicativo da S \';(0 I

alinhado na margem esquerda, precedendo o título, dele separado por um 'SP:I\ IlNão se utilizam ponto, hífen, travessão ou qualquer sinal após o indicativo da $l'~':11lou de seu título. Para dar maior visibilidade, todos os títulos devem ser d 'stac:ulllem negrito.

trabalho deve ser digitado em fonte Arial ou Times New Roman, em ta-munho 12 para o texto e 11 ou 10 para citações longas, notas de rodapé, paginação eIr/!; .nclas das ilustrações e tabelas.

9 Paginação

T da as folhas do trabalho, a partir da folha de rosto, devem ser contadasl'quel1 .ialmcnte, mas não numeradas. A numeração deve ser colocada a partir da

jllllll 'ira f lha da parte textual, no canto superior direito.

I\s margens esquerda e superior devem ter 3 em e para as margens direita ci,dt" ior 2 m.

15 Abreviatura (,'Si~la

1\ nhrcvi.uura )1odl 11 Illtll .u l.rdvnt ro do I .xto, por ser UIl1n't'lII'SOlilll-\lIí-'lhI1

qlll' 1'1'111\11('11I:liol:I~,dltl.ltll 1111"" 1111\.10It','I\IIII, M:I-. )1:11.1i ',11,11,1pli111t'lI,IVI Z

Page 69: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCC:Elaboração e Redação

qll . .las aparecem no texto, obrigatoriamente devem ser seguidas do respectivo nomeIUll .xtcnso, em conformidade com as normas internacionais e nacionais, como por( emplo: United Nation Educational Scientific and Cultural Organization (UNES-( O), I.ci de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). 8

16 Ilustrações

As ilustrações compreendem quadros, gráficos, ilustrações, desenhos, fotogra-(ias, e quemas, figuras e outros elementos autônomos e demonstrativos necessários à

\ ornplcrnentação do trabalho de conclusão de curso.Toda ilustração deve ser identificada, na parte inferior da mesma, com a fonte

d\' onde foram retiradas.

Apresentação e DefesadoTCC

17Tabelas

Tabelas são formas adequadas para apresentação de dados numéricos, prin-I Ip:i1ll1 .ntc quando compreendem valores comparativos. Toda tabela deve ser cons-1I111da de maneira que o leitor possa entendê-Ias sem que seja necessário recorrer ao1\' to, da mesma forma que o texto deve prescindir das tabelas para sua compreensão.

Juliana Telles Faria SuzukiMarlizete Cristina Bonafini SteinleOkçana Battini

Referências:

BERTUCCI, Janete Lara de Oliveira. Metodologia básica para elaboraçãoti ' trabalhos de conclusão de cursos (TCC): ênfase na elaboração de TCC depc'IS graduação Latu Sensu. São Paulo: Atlas, 2008.

( '1',RVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberto da. Meto-dologia científica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

M l',DEIROS,]oão Bosco. Redação científica: a prática de fichamentos, resu-mos, r ·senhas. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

I Il ~ _

Page 70: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

Redacional Editora

Apresentação e Defesa do TCC1 Introdução

Se você já sentiu ou sente certo medo e tensão só de pensar em fazer a apre-sentação oral e defesa do trabalho de conclusão de curso - TCC, seja bem-vindo aoclube e fique sabendo que estará muito bem acompanhado, pois a maioria dos alunospassa por essa mesma sensação.

A apresentação oral e defesa do TCC é sempre um momento difícil para o es-tudante. Geralmente, há nas universidades uma cultura de terror provocada em fun-ção de tal atividade. É comum ouvirmos relatos de que no momento da apresentaçãoas pernas tremem, as mãos suam, o coração dispara, a voz fica enroscada na gargantae os pensamentos somem, causando a maior confusão e desconcerto diante da banca.Apesar de essa situação desconfortável não ser a finalidade de uma banca, sabemosque isso ocorre e por isso apresentamos abaixo uma série de sugestões e dicas paraesse momento.

É importante ter em mente que o TCC inicia-se na primeira reunião como orientador e só termina após a defesa diante da banca. Por essa razão, não deve-mos menosprezar nem supervalorizar esse momento final: é igualmente importantea apresentação tanto do trabalho escrito quanto da defesa oral. Portanto, a arguiçãoé o momento de validação de todo o trajeto percorrido na elaboração do trabalho.

2 Para combater o medo de falar em público

o medo é um mecanismo natural de defesa no ser humano. Em situações deperigo, ele surge e nos leva a fugir ou a tomar determinadas atitudes de enfrenta-mento. Quando o assunto é falar em público, a maior parte das pessoas ficam coma primeira opção: fugir. São poucas as pessoas que preferem enfrentar e controlar omedo de se expor publicamente.

Mas como acabar com o medo?

133

Page 71: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

rcc: Elaboração e Redação Redacional Editor,

Polito (2006) afirma que mesmo os oradores com experiência sentem certoreceio diante das plateias, contudo, uma boa preparação pode levar qualquer pessoa arealizar uma apresentação adequadamente. Para ele são três os motivos do medo defalar em público:

1) falta de conhecimento sobre o assunto;

tempo uma vez que as bancas não toleram atrasos e nem exceder o tempo previsupara a exposição. Geralmente, as apresentações acontecem em torno de 20 minutos I

depois o aluno coloca-se à disposição para o momento da arguição.É igualmente importante ter a certeza de qual recurso você poderá utiliz.n

no momento da apresentação: retroprojetor, data show, internet, ou outro, e se VOe

precisa agendar ou não. Na maioria dos casos, é possível verificar também quais cr.u

os professores e convidados que farão parte da banca. Enfim, nesse momento VOe

precisa se informar de todos os procedimentos operacionais da sua instituição.

2) falta de prática no uso da palavra em público;

3) falta de autoconhecimento.

Seguem algumas dicas do autor para uma apresentação oral bem sucedida:

• Conheça o assunto com profundidade: saiba muito mais do que irá ex-por, é preciso sobrar assunto para que você tenha tranquilidade e fale comconfiança.

4 Organizando o conteúdo

A apresentação oral deve ser dividida em três momentos:

• Introdução;

• Pratique e adquira experiência: aproveite as oportunidades para falar doseu trabalho, apresente-o em seminários, trabalhos escolares, para amigos ouparentes. A prática fará você se sentir confiante e natural.

• Desenvolvimento;

• Conclusão.

• Identifique suas qualidades: aprenda a conhecer seus pontos favoráveis.Pode ser um bom tom de voz, boa expressão corporal, humor, presença deespírito, raciocínio lógico e ordenado, enfim, inicie apoiando-se numa quali-

dade que lhe dê segurança para falar. Com a prática, essa segurança começaa uperar os defeitos.

Converse com seu orientador e estabeleça com ele quais elementos ao 111,1\1

importantes e devem compor esses momentos. Lembre-se de que não é possív ,I ahClI

dar todo trabalho realizado em um semestre ou ano em 20 minutos, por e sa I a/;lI)

necessidade de elencar quais os principais aspectos do TCC para serem apr 'S '11 (:11 I,)

• Quando o medo aparecer, encare-o normalmente e controle seu nervo-sismo: lembre-se de que o medo nunca desaparece, mas pode ser controla-do. Se você praticar as dicas acima, poderá reduzir o excesso de adrenalina efi ará mais tranquilo e confiante para falar.

5 Preparando o recurso audiovisual

A cada dia os recursos audiovisuais conquistam o seu lugar nas instituições diensino. Sua utilização nas apresentações de TCC colabora para motivar d 'SIH'I!.I

o interesse das pessoas, favorecer o desenvolvimento da capacidade de ob 'rV:l~ ,11) I

visualização de conteúdos, ilustração de noções abstratas etc. Atualmente os leI 111 11

mais utilizados nas apresentações são o retroprojetor e o projetor de multimídin d,11

show). A confecção, tanto das lâminas para retroprojetor quanto dos slides P:II,I d,l(

show, pode ser realizada utilizando o Power Point.Independente da 'S 'olha lo recurso audiovi ual, é importante I 'mlll;1I qll

numa apre entação o r '\'111 I) (' IIp\'I1:IS um ap lo c I ão d 'v cont 'r t .xtos muito 1')1\

gm" cviumclo aSSil11killll,1 I 111\:1 I{l'com 'l1d:\ S' :l lI(iliz:\~':t1l de (')(li 'os (' 11,1' I

I( 11\\1111.1 11111' liuuu.. 1111.111 I • 1)!tII'IIV,1

3 Verificações iniciais

Ini 'i:t1m .nrc vo ê rI' .cisa saber orn exatidão algumas questões qu variam de-pendendo du ills(i(lli~'a() ou univcrsidndc '111 <lU e tuda. A primeira d,·I:1 (' I) ( 'm(1O

di 1IIIIIIhiIL';1I11l 1',11,1 ''1"1' '\lII~,II), '11111.1 :1 sua ()rganiza~'a() d, \. '1111 1.11 111 ,) 1.1(01'

Page 72: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCC:Elaboração e Redação Redacional Editora

Vejamos abaixo algumas dicas para utilização dos recursos. O'---L_--L---../

• Número de transparências ou slidesO número adequado de transparências ou slides depende do tempo disponível

1\;11':\a apresentação, da extensão do trabalho e do ritmo de cada apresentador. EmI -rul, para uma apresentação de 20 minutos, temos observado uma média entre 10 aI h slidcs ou transparências.

por exemplo, o preto, e não pode utilizar cores claras como o amarelo. O contráriotambém é verdadeiro. Se o plano de fundo for escuro, preto ou azul, você pode utilizarletras claras como o branco e o amarelo.

O uso da cor verde sobre um preenchimento vermelho, ou vice-versa, cria umailusão ótica de vibração, dando a impressão de que .ascores se misturam, por isso evite.O uso do verde, do vermelho ou do azul com o preto pode causar o mesmo efeito .Em um projeto de criação deve-se evitar excessos. Quanto mais limpo for o projeto,maior a possibilidade de um resultado melhor.

Elemento Número de slides

ou transparências

Titulo 1

Introdução 1

Justificativa 1

Objetivos 1 a 2

Fundamentação Teórica 1 a 3

Metodologia 1

Resultados 1a4

Conclusão 2

Principais Referências 1

• O uso de imagens e gráficos

O uso de imagens pode ser realizado e é valido quando possui significado emconsonância com o objeto de discussão, ou seja, as imagens precisam ter relação como que está sendo apresentado. Escolha imagens de boa resolução. Os gráficos geral-mente são incorporados aos slides na apresentação dos resultados.

• Organização do recursoTendo como parâmetro a média acima sugerimos a seguinte divisão:

• O uso de vídeos

Algumas apresentações contam com a exibição de vídeos. Esse recurso pode r

utilizado desde que o tempo de execução não ultrapasse 20% do tempo total da apr 'sentação para não comprometer a disseminação dos outros elementos do trabalho.

•Tipos, tamanhos e cores de fontePara cs olhe r os tipos de fonte (letras), opte pelo critério da simplicidade. As

1111.1muito enfeitadas dificultam a leitura e por isso devem ser evitadas. As fontes111.11\llilizadas são Arial e Times New Roman.

Pai a () 'orpo do texto nunca utilize fonte menor que o tamanho 28, sendoIdl.II I) uununho . 2. s títulos sempre merecem destaque, para isso utilize o recursoIlpllgl.di, n I1l'grito l' tamnnho 10ou mais.

()I1:\lII().)~,I)II' ,\11111/1,I'IIIP"'Ollil(:riodol'ontrast(·p.II.1I,lIdll.ll.IVII1:tliza',111, I II pl.I1I11di 1 1111ti" til 111111,,11I hl.l1l1l),VIH"poli!' 111111711 1,1II 1 1111.1IOltH>,

• Gravando o arquivo

Imagine o desespero de um aluno que no momento da apresentação con '('(a

o seu pen-drive no computador e ao abri-Io aparece uma mensagem dizendo qu .o arquivo não pode ser executado por incompatibilidade. Embora seja trágica, essacena é muito comum. Para que isso não aconteça, recomendam-se algumas pre alições como: verificar a versão dos programas utilizados na instituição onde vo ê ir:íapresentar, salvar os arquivos a serem utilizados em modo de compatibilidad ouaté mesmo testar a abertura dos arquivos no computador da instituição. Outra dicaimportante é levar o arquivo gravado em pelo menos dois locais diferentes, como, porexemplo, no pen-drive e no CD-ROM.

I I1

Page 73: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCC:Elaboração e Redação Redacional Editor,

• Realizando anotaçõesApós concluir a preparação do recurso, imprima o material e faça uma cópia

p'lra suas anotações, Escreva palavras-chave que podem auxiliá-lo no momento daapresentação,

• Comunicação subjetiva: refere-se a questões intangíveis e expressa os sentimentos que temos a respeito de determinado assunto do qual estam sfalando. Acontece principalmente através da linguagem corporal.

As duas formas descritas acima coexistem num mesmo ato de comunicação, LI

seja, ao falar oralmente também expressamos corporalmente sentimentos, conteúd s,A grande questão é: qual a importância da linguagem corporal numa apresentaçãode sucesso? Será que a linguagem objetiva, oral, tem maior peso do que a linguagemsubjetiva, corporal?

A sociedade em que vivemos é visual. Perceba que as pessoas começam a faz 'I'

julgamentos baseados em sua linguagem corporal no momento em que o veem. H

oradores de sucesso sabem que devem não apenas dominar sua apresentação verbal,mas também fazer com que a comunicação não-verbal trabalhe para eles de f rl11:1positiva.

Albert Mehrabian, pioneiro da pesquisa da linguagem corporal, já na dé 'ad:1de 50 apontava que em toda comunicação, cerca de 7% da mensagem é verbal (somente palavras), 38% é vocal (incluindo tom de voz, inflexão) e 55% é não verbal,Entendemos assim que os aspectos subjetivos da comunicação têm um peso 11l\litllmaior do que os objetivos para determinar a boa recepção da mensagem. POd('111l1dizer que eles criam uma espécie de "espaço psicológico" propício a uma I"Cl'p,liI,

aberta. Uma comunicação eficaz é aquela que combina o aspecto subjetivo Oljt'll\'II,ou seja, que consegue cativar e informar.

Essa preocupação também deve estar presente nas apresentações d ' 'I' '('Além da exposição verbal de um conteúdo consistente é preciso atentar para uma lillguagem corporal adequada. Para Polito (2006, p?), os gestos "[...] devem parti 'iP:11ativamente da comunicação, destacando e complementando as informações irnpoi

tantes, esclarecendo mensagens ocultas que não são transmitidas com palavras 1.. ,1",A naturalidade é o princípio que deve norte ar não somente os gest , mas lod I

a linguagem corporal. Não existem regras de certo ou errado para gesticular, I is 11111(I

depende do estilo do comunicador e do ambiente em que ele está in erid . Mas 'xitem recomendações gerais que p dcm auxiliá-lo na comunicação, com I r .x 'Illplll:

• Não fale com a, 1 rio:; 111)bolso, na, esta li om os bra os ruzados.Evluj',l'~li(,L1larom :1' 111,11l',d\ili () clu linha <1:\tintura ou :tcillll1da t:l1w\':I,llti .•

• EnsaieComo já falamos anteriormente aproveite todas as oportunidades que tiver

para apresentar o seu trabalho, Ensaie sozinho ou com colegas, familiares, orienta-dores, Pergunte às pessoas os pontos negativos e positivos e reflita sobre o que podemelhorar.

6 Entendendo alguns elementos da comunicação

De nada vale nosso conhecimento se nãosoubermos expressá-Io no mundo!

Autor desconhecido

A frase acima, embora seja um ditado popular, contém uma grande verdade,principalmente quando nos propomos a realizar uma apresentação oral. Nesse senti-do é importante conhecermos os elementos da comunicação humana.

Entende-se por comunicação a troca de significados entre indivíduos por meio11\,11J)1código comum (signos, sinais, símbolos, linguagem falada, escrita, gestual etc.).

umuni ar-se bem é condição essencial para o êxito em qualquer área. Comunicar-li' h .m é uma arte, As falhas na comunicação podem provocar conflitos e improduti-vidudc. Saber traduzir bem as nossas mensagens nos tornam mais preparados para as<lu.stõc cotidianas. A comunicação pode ser entendida de duas formas:

• Comunicação objetiva: transmite dados, informações, números, fatos, acon-te imentos, ações etc. Acontece principalmente através da linguagem oral e

rita.

I 11 I ru

Page 74: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCC:Elaboração e Redação Redacional Editora

lize os gestos apenas para as informações importantes, utilizando ênfase naspalavras que predominam a mensagem;

momento da apresentação tranquilize-se, pois você se preparou. Olhe para as pessoas,respire fundo e inicie. Apresente-se com convicção!

Inicie saudando os presentes (orientador, componentes da banca, colegas edemais convidados). Diga seu nome e o título de seu trabalho. A seguir, discorra cal-mamente sobre o conteúdo do seu trabalho.

Após a sua apresentação, coloque-se à disposição para o momento da arguição.A banca, que é composta pelo professor orientador e mais dois membros, realizaráquestionamentos e apontamentos sobre o trabalho apresentado. Geralmente as per-guntas surgem por quatro razões: porque querem uma informação adicional, porquenão compreenderam bem, porque querem ajudar ou porque estão avaliando a sua

postura e domínio.Como respondê-Ias? Com tranquilidade e segurança. Lembre-se de que as

perguntas estarão relacionadas ao trabalho que você mesmo escreveu e por isso é apessoa mais habilitada naquele momento para falar sobre o assunto. Procure ser ob-

jetivo, demonstre segurança no conteúdo.Mesmo assim, se houver alguma pergunta à qual não consiga responder, nã se

desespere. Admita que não sabe a resposta e se a pergunta for relevante aproveite parnelogiá-Ia. Ou então se atenha a dizer que a questão não fazia parte do seu objetivo depesquisa e que poderá num outro momento investigar melhor.

Tenha uma postura aberta diante das sugestões e críticas. Enfim, não h{t I'\'

gras para responder os questionamentos, mas a calma, a sinceridade, a seguntn~':1I'

a tranquilidade são elementos fundamentais. Ao término, agradeça a banca c 'sta

terminada mais uma etapa de sua formação.

• Quanto à postura, não fique apoiado em paredes ou mesas. Se a apresen-tação for demorada alterne o peso do corpo entre as pernas, mas evite ficarapoiado em apenas uma das pernas ou ficar alternando com frequência aposição de apoio;

• Evite movimentos involuntários como coçar a cabeça, apertar as mãos, me-xer em anéis, ou brincar com a caneta e qualquer outro objeto que possa tirara atenção das pessoas;

• Utilize roupas adequadas, ou seja, não use roupas largas ou coladas demais,nem muito curta e nem comprida. Esteja vestido com cuidado e discrição.A roupa deve ser a mais sóbria possível, ela não deve chamar mais a atençãodo que a pessoa. As mulheres devem evitar roupas transparentes, decotadas,alças, acessórios extravagantes demais como brincos grandes ou pulseirasbarulhentas. Os homens devem evitar roupas muito informais como cami-setas de time, boné etc;

• Cuidado com o excesso de perfume, principalmente em ambientes fechadosom outras pessoas. As mulheres devem procurar arrumar os cabelos de for-

ma que não fique atrapalhando, para que não seja necessário arrumar a todomomento. A maquiagem pode ser utilizada, mas com sobriedade.

7 Um dia antes

No dia anterior à apresentação verifique o local de apresentação e o horáriovxuto. /\ cguir relaxe e durma tranquilamente, pois se você seguiu as etapas anterior-1lI('111' dcs fitas neste livro sua apresentação será um sucesso!

8 O dia!

No di:1da apn'Sl'nta\';(o ch 'gu ' mais cedo e verifiqu a sala,:I ordem dos slides,(' :1 proj(,,':lO do lidt' (' 1.1viHfwl pílr:l lodos S LI posi('ioll,lIl\( 11111li!) ('Hpa\'O. No

110 IJ I

Page 75: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

TCC:Elaboração e Redação

Referências

LOWMAN, Joseph. Dominando as técnicas de ensino. São Paulo: Atl -2004.

POLITO, Reinaldo. Como falar corretamente e sem inibições. 111. ed. Ve-Atual. E ampl. São Paulo: Saraiva, 2006.

WEIL, Pierre; TOMPAKOW, Roland. O corpo fala: a linguagem silenciosda comunicação não verbal. 62. ed. Petrópolis: Vozes, 2007.

142

Page 76: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

=

Page 77: TCC Elaboaração e Redação LIVRO

"Este livro concretiza o nosso compro-metimento como educadores preocupa-dos em construir junto aos acadêmicase profissionais os fundamentos éticos,teórico-metodológicos e normativo-ins-trumentais que favoreçam a valorizaçã0:da pesquisa como uma ferramenta mdir;pensável para a sua prática cotidiana. Naqualidade de componentes do grupqpesquisa denominado "Saberes e fazeresda Docênda; vinculado à Unhterslda~Estadual do Norte do Paraná - UENP -campus de Cornélio Procópio, procuram~subsidiar passo a passo, com este livro, aconstrução da pesquisa científica realizadapelos acadêmicos de graduação.

Enquanto responsáveis pela disciplinade Metodologia Científica e orientadoresde trabalhos de conclusão de curso, perce-bemos, ao longo de nossa prática docente,uma fragilidade teórico-metodológica quereforça os mitos e os medos presentes nosacadêmicos durante o processo de organi-zação e realização de uma pesquisa.

Esperamos que este livro possa colabo-rar na formulação do trabalho de conclu-são de curso - TCC - dos acadêmicos degraduação que se aventuram no processode adentrar um universo cheio de surptEf-sas e conquistas que é o da pesquisa"

ISBN 978-85-99191-08-8

9788599191088