TCC Final Pavan - Dal Pont

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ADEMILTON PAVAN TIAGO ESTANO DAL PONT

IMPERMEABILIZAO COM MANTA ASFLTICA: UM ESTUDO DE CASO NO TRATAMENTO DA INFILTRAO EM LAJE DE COBERTURA

Tubaro 2007

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ADEMILTON PAVAN TIAGO ESTANO DAL PONT

IMPERMEABILIZAO COM MANTA ASFLTICA: UM ESTUDO DE CASO NO TRATAMENTO DA INFILTRAO EM LAJE DE COBERTURA

Trabalho de Concluso de Curso apresentado ao Curso de Engenharia Civil da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito obteno do ttulo de Engenheiro Civil.

Orientador: Prof. Walter Olivier Alves

Tubaro 2007

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ADEMILTON PAVAN TIAGO ESTANO DAL PONT

IMPERMEABILIZAO COM MANTA ASFLTICA: UM ESTUDO DE CASO NO TRATAMENTO DA INFILTRAO EM LAJE DE COBERTURA

Este Trabalho de Concluso de Curso foi julgado adequado obteno do ttulo de Engenheiro Civil e aprovado em sua forma final pelo Curso de Engenharia Civil, da Universidade do Sul de Santa Catarina.

Tubaro, 6 de dezembro de 2007.

Professor e Orientador Walter Olivier Alves Universidade do Sul de Santa Catarina

Cheilla Baschirotto Badziak Engenheira Civil

Professora Mara Regina Gomes Universidade do Sul de Santa Catarina

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Todas as nossas conquistas profissionais so dedicadas aos nossos familiares, que em nenhum momento deixaram de nos apoiar.

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AGRADECIMENTOS

So inmeras as pessoas que contriburam para que este sonho fosse concretizado. E foram contribuies das mais diversas, desde profundas discusses conceituais at um simples, mas valioso olhar de carinho e segurana na hora certa. Aos meus pais Osmar Dal Pont e Inalda Estano Dal Pont pelo carinho e dedicao ao longo do curso. Ao meu irmo Fabrcio Estano Dal Pont pela compreenso e colaborao nas horas necessitadas. (Tiago Estano Dal Pont)

Regina, pelo amor, pacincia e toda ajuda durante a graduao

Aos meus pais Octavio Pavan e Consuelo Marcos Pavan (in memoriam). (Ademilton Pavan)

Aos amigos que conquistamos na Universidade Ao professor Walter Olivier Alves, pela orientao e amizade e principalmente pela formao acadmica proporcionada. Por fim, agradecemos a todos os professores do curso de Engenharia Civil, da Universidade do Sul de Santa Catarina, que fizeram parte do nosso processo de aprendizagem.

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RESUMO

Este trabalho caracteriza-se como um estudo de caso que trata sobre a aplicao do sistema manta asfltica no tratamento da infiltrao, desenvolvido no perodo de agosto a setembro de 2007, junto a uma empresa de impermeabilizao do municpio de Tubaro- SC. A obra estudada localiza-se na cidade de Cricima-SC. O estudo teve como objetivo geral estudar a eficcia da aplicao da manta asfltica no tratamento de patologias decorrentes da infiltrao em laje de cobertura e, como objetivos especficos, descrever a metodologia de aplicao da manta asfltica no tratamento da infiltrao em laje de cobertura; acompanhar o processo de aplicao da manta asfltica a fim de identificar a observncia da NBR 9574; e validar a eficcia da aplicao da manta asfltica no tratamento da infiltrao em laje de cobertura. Os resultados obtidos evidenciaram que o sistema manta asfltica eficaz no tratamento da infiltrao em laje de cobertura, uma vez que demonstrou, atravs do teste de estanqueidade, resultados compatveis com a NBR 9952 e que o processo de aplicao foi desenvolvido conforme preconiza a Norma 9574. O estudo tambm revelou que h necessidade de maior esclarecimento por parte dos engenheiros em relao importncia da preveno da infiltrao, dos benefcios obtidos com a aplicao do sistema manta asfltica e do projeto de

impermeabilizao.

Palavras-chave: Infiltrao. Impermeabilizao. Manta asfltica.

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ABSTRACT

The following application characterizes like a study of case who treats about the apply of the asphalt wrap system in the treatment of infiltration, developed during the period of august to September of 2007, next to a impermeabilization company at Tubaro, municipal district - SC. The studied execution is located at Criciuma City SC. The study had like general objective to available the efficacy of the application of the asphalt wrap system in the treatment of pathologies current by the infiltration in flagstone cover and, like specifics objectives, to describe the methodology of the application about the asphalt wrap at the treatment of infiltration in flagstone cover; to follow the process of application of the asphalt wrap with the proposes to identify the observance of NBR 9574 and valuable the efficacy of the application in the treatment of infiltration at the flagstone cover. The obtained results evidenced that the asphalt wrap system is efficient at the flagstone cover infiltrations treatment because, it shows through the draining test, consistent results with the NBR 9952 and the applys process was developed like commend the 9574 norm. This study also exposes that exist the needs of major elucidation by the engineers through the necessity of the infiltrations warning, obtained usefulness by the asphalt wrap system apply and the project of impermeabilization. Key words: Flagstone infiltration; impermeabilization; asphalt wrap.

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LISTA DE ILUSTRAES

Fotografia 01 Calandragem: incio da produo manta asfltica............................ 24 Fotografia 02 Vazamento de gua sobre a vaga da garagem................................ 39 Fotografia 03 Oxidao da ferragem ...................................................................... 39 Fotografia 04 Fissuras na laje com desprendimento de reboco ............................. 40 Fotografia 05 Rachadura com presena de goteiras.............................................. 40 Fotografia 06 Remoo do contra piso .................................................................. 41 Fotografia 07 Recuperao da base a ser impermeabilizada ................................ 42 Fotografia 08 Preparao do ralo ........................................................................... 43 Fotografia 09 Aplicao de primer (soluo asfltica) ............................................ 43 Fotografia 10 Aplicao da manta asfltica ............................................................ 44 Fotografia 11 Aplicao da manta asfltica ............................................................ 45 Fotografia 12 Utilizao do maarico na aplicao da manta ................................ 45 Fotografia 13 Utilizao do maarico na aplicao da manta no rodap ............... 46 Fotografia 14 Teste de Estanqueidade .................................................................. 47 Fotografia 15 Camada Separadora ........................................................................ 48

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SUMRIO

1 INTRODUO ....................................................................................................... 10

2 REVISO DE LITERATURA ................................................................................. 14 2.1 INFILTRAO NA CONSTRUO CIVIL .......................................................... 14 2.2 CONCEITO E TIPOS DE INFILTRAES ......................................................... 14 2.2.1 Infiltrao capilar ............................................................................................ 15 2.2.2 Infiltrao de fluxo superficial....................................................................... 16 2.2.3 Absoro higroscpica de gua e condensao capilar ............................ 16 2.2.4 Infiltrao por condensao.......................................................................... 17 2.3 DANOS CAUSADOS PELA UMIDADE ............................................................... 18 2.4 SISTEMAS DE TRATAMENTO DAS INFILTRAES ....................................... 20 2.5 MATERIAIS INPERMEABILIZANTES ASFLTICOS .......................................... 21 2.5.1 Massa asfltica ............................................................................................... 21 2.5.2 A fabricao da manta asfltica no Brasil.................................................... 23 2.5.3 Classificao das mantas asflticas............................................................. 24 2.5.4 Classificao das mantas asflticas segundo os custos conforme SBRT (2006) ............................................................................................................. 27 2.6 INTERFERNCIAS ESTRUTURAIS NO PROCESSO DE

IMPERMEABILIZAO ............................................................................................ 29 2.7 REQUISITOS PARA REALIZAO DA IMPERMEABILIZAO ...................... 31 2.8 DURABILIDADE DO MATERIAL IMPERMEABILIZANTE................................... 32 2.9 LONGEVIDADE DOS SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAO .......................... 33 2.9.1 Benefcios da utilizao da manta asfltica ................................................. 34 2.10 PROJETO PARA IMPERMEABILIZAO DA MANTA ASFLTICA ................ 34

3 METODOLOGIA .................................................................................................... 37 3.1 TIPO DE ESTUDO .............................................................................................. 37 3.2 O CASO EM ESTUDO ........................................................................................ 37 3.2.1 Caracterizao da obra ................................................................................. 38

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3.2.3 Metodologia de aplicao da manta asfltica: o processo de tratamento da infiltrao ........................................................................................ 41

4 CONCLUSO ........................................................................................................ 49

REFERNCIAS ......................................................................................................... 52

ANEXOS ................................................................................................................... 54 ANEXO A NBR 9952: Seleo e projeto.............................................................. 55 ANEXO B NBR 9975: Execuo de impermeabilizao .................................... 73 ANEXO C NBR 9974: Manta Asfltica com armadura para

impermeabilizao - requisitos e mtodos de ensaios ........................................ 86

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1 INTRODUO

Nas ltimas dcadas do sculo XX a patologia na construo civil passou a ser considerada como campo de estudo nesta rea. O estudo das patologias vem contribuindo de forma significativa para o conhecimento sobre a preveno e o tratamento de problemas da construo civil. Dentre as patologias mais comuns nesta rea destaca-se a infiltrao. Esta ocasiona uma variedade de problemas que afetam sobremaneira a estrutura fsica da obra, alm de ocasionar outros problemas, como por exemplo, econmicofinanceiro e na sade fsica e emocional dos proprietrios e moradores. A impermeabilizao um recurso utilizado com freqncia tanto na preveno de infiltraes como no seu tratamento. A literatura sobre o assunto relata que desde a antigidade este um recurso utilizado para prevenir as infiltraes. O betume, segundo Selmo (2002) um dos mais antigos materiais usados pelo homem, podendo-se citar os seguintes registros histricos clssicos de sua aplicao: como material de assentamento de alvenarias, na Mesopotmia; como material impermeabilizante, na Arca de No; em servios de mumificao, pelos egpcios. No sculo XIX, registram-se de aplicaes pioneiras em pavimentos, na Frana (1802), USA (1838) e Inglaterra (1869), com betumes de jazidas naturais. A partir de 1909, iniciou-se o emprego de betume derivado do petrleo, ou seja, um resduo da sua destilao, tornando-se um material de baixo custo e com uso crescente em pavimentao, impermeabilizao e pinturas industriais de proteo (SELMO, 2002). Mais recentemente, no incio dos anos 90 (sc.XX), segundo a Shell do Brasil S/A (apud SELMO, 2002), 70% do mercado de betume estava na Engenharia Civil (em servios de pavimentao). Outras aplicaes industriais vm crescendo e 55% destas so relativas a servios de impermeabilizao. Com o desenvolvimento cientfico e tecnolgico surgiram vrios produtos que atendem as exigncias do mercado atual.

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Este estudo tem como objeto de investigao a impermeabilizao por manta asfltica em laje de cobertura. Especificamente em relao preveno e ao tratamento da infiltrao atravs da impermeabilizao com este tipo de sistema, embora ele se constitua em um importante recurso para a construo civil, ainda se constata a carncia de informaes em relao aos cuidados referentes sua aplicao, e de maior conscientizao, por parte dos profissionais e dos proprietrios, em relao importncia do seu uso. No que diz respeito aos profissionais o fato pode ser associado ao possvel encarecimento dos custos da obra devido ausncia de planejamento. Quanto aos proprietrios, pode-se atribuir a desconfiana as experincias mal sucedidas no uso deste sistema, o que faz com que se tornem resistentes em relao a sua utilizao. Tais experincias so decorrentes de fatores como a falta de observncia das Normas Brasileiras de Regulamentao NBR 9575 e NBR 9574; a ausncia de projeto especfico e de mo-de-obra qualificada; e a utilizao de produto de baixo custo e inadequado rea a ser impermeabilizada. Esses fatores, por vezes, levam ao mau aproveitamento das reas abertas, visto que estas poderiam ser utilizadas como espao de lazer e, at, como rea verde (jardins, hortas). O aproveitamento das coberturas como rea verde, alm de contribuir com a preservao do meio ambiente, atua como isolamento trmico, oferecendo maior conforto aos moradores e preservao da estrutura da obra, visto que esta sofre menor dilatao. Ressalta-se que muitas vezes a falta de conhecimento e de credibilidade no sistema leva os profissionais a proporem um tipo de cobertura mais tradicional, como por exemplo, os telhados. A manta asfltica, devido ao controle rigoroso em seu processo de produo; facilidade de manuseio; rapidez de sua aplicao em reas abertas; e ao benefcio imediato aps sua aplicao, um dos produtos mais utilizados para impermeabilizao em laje de cobertura. Todavia, podem surgir problemas decorrentes da utilizao desse sistema desencadeados pela no observncia dos fatores acima descritos. Considerando esse contexto pretende-se investigar a eficcia da impermeabilizao por manta asfltica no tratamento da infiltrao em laje de cobertura.

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O interesse em realizar este estudo decorre do fato de a temtica "impermeabilizao" ter sido abordada de forma sucinta no Curso de Engenharia Civil e por se considerar que tal conhecimento de relevncia na formao do engenheiro, posto que a qualidade da obra est associada, entre outros fatores ao surgimento ou no de patologias, dentre essas a infiltrao. Ademais, esta temtica no tem sido abordada nos TCCs do Curso de Engenharia Civil da UNISUL Campus de Tubaro SC, o que imprime originalidade ao estudo. Outro aspecto motivador est relacionado ao fato de um dos pesquisadores exercer suas atividades profissionais na rea da impermeabilizao. Este estudo, por sua vez, traz a possibilidade de enriquecer sua prtica a partir de uma concepo terica mais sistematizada. Assim sendo, o desenvolvimento do TCC nesta rea constitui-se em uma oportunidade para aprofundar a formao acadmica e para obteno de elementos terico - metodolgicos capazes de enriquecer a atuao profissional. Este estudo tem como finalidade ltima oferecer subsdios que contribuam com a rea de engenharia civil, especificamente na preveno e tratamento de patologias oriundas da infiltrao. Diante do exposto, estabeleceu-se como objetivo geral: Estudar a eficcia da aplicao da manta asfltica no tratamento de patologias decorrentes da infiltrao em laje de cobertura.

Como objetivos especficos elencaram-se os seguintes: Descrever a metodologia de aplicao da manta asfltica no tratamento da infiltrao em laje de cobertura; Acompanhar o processo de aplicao da manta asfltica a fim de identificar a observncia da NBR 9574, pela empresa de

impermeabilizao; Validar a eficcia da aplicao da manta asfltica no tratamento da infiltrao em laje de cobertura.

O presente estudo est estruturado em quatro captulos: No primeiro captulo discute-se sobre a problemtica e os objetivos do estudo.

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No captulo dois apresenta-se a reviso de literatura abordando a infiltrao na construo civil, tipos de infiltraes, danos causados pela umidade, sistemas de tratamento das infiltraes, materiais impermeabilizantes, fabricao e classificao da manta asfltica, interferncias no processo de impermeabilizao, requisitos para a realizao da impermeabilizao, durabilidade do material impermeabilizante e longevidade do sistema de impermeabilizao. O captulo seguinte trata da metodologia, em que se aborda o tipo de estudo, a caracterizao da obra estudada e o processo de aplicao do sistema manta asfltica. No captulo quatro apresentam-se as concluses. Finalizando o estudo apresentam-se as referncias e os anexos.

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2 REVISO DE LITERATURA

2.1 INFILTRAO NA CONSTRUO CIVIL

Conforme o Centre Scientifique et Techinique de la Construction - CSTC (apud PICCHI, 1986), a partir dos anos 70, aps levantamentos realizados na Europa, referentes aos problemas mais comuns encontrados nas edificaes, se desenvolve-se mais um campo de estudo especfico da construo civil, denominado internacionalmente patologia das edificaes. Na construo civil,a patologia das edificaes estuda as falhas que ocorrem nos diversos componentes ou sistemas da edificao, caracterizando as formas de manifestao e tentando identificar as causas.[...] os levantamentos apontam que as falhas mais freqentes dizem respeito a problemas de umidade, deslocamento, fissurao ou instalaes (PICCHI, 1986, p. 160).

H vrios tipos de infiltraes que afetam a estrutura fsica da obra especialmente nos materiais utilizados em sua construo como, por exemplo, no reboco, na pintura, no concreto, no ao, entre outros. Este tipo de patologia, alm de interferir na durabilidade, da obra prejudicial sade do homem, uma vez que o ambiente mido abriga microorganismos (fungos) que so responsveis pelo desencadeamento de doenas. Ademais, podem gerar desgaste fsico e emocional nos proprietrios, visto que a recuperao da obra implica gastos financeiros e problemas na comodidade dos moradores.

2.2 CONCEITO E TIPOS DE INFILTRAES

Conforme Yazigi (2004, p. 514),Dentre as manifestaes mais comuns referentes aos problemas de

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umidade em edificaes, encontram-se manchas de umidades, corroso, bolor (ou mofo), algas, liquens, eflorescncias, descolamento de revestimento, friabilidade da argamassa por dissoluo de compostos com propriedades cimentcias, fissuras e mudana de colorao dos revestimentos. H uma srie de mecanismos que podem gerar umidade nos materiais de construo, sendo os mais importantes os relacionados com a absoro de gua.

A infiltrao pode ser caracterizada como a passagem da gua do meio exterior para o interior ou em sentido contrrio, nos seus estados liquido e gasoso que penetra nas lajes por capilaridades atravs de fissuras ou trincas existentes no concreto/contrapiso, revestimento etc. De acordo com o autor supracitado, (2004, p. 514) os principais tipos de infiltraes so: capilar de fluxo superficial higroscpica por condensao capilar por condensao

Nos fenmenos de absoro capilar e por infiltrao ou fluxo superficial de gua, a umidade atinge os materiais de construo na forma lquida e, nos demais casos, a umidade absorvida na fase gasosa. A seguir apresentam-se estes tipos de infiltrao, conforme descrito por Yazigi (2004, p. 514-515).

2.2.1 Infiltrao capilar

Os materiais de construo absorvem gua na forma capilar quando esto em contato direto com a umidade. Isso ocorre geralmente nas fachadas e em regies que se encontram em contato com o terreno (mido) e sem

impermeabilizao. A gua conduzida, atravs de canais capilares existentes no material, pela tenso superficial. Caso a gua seja absorvida permanentemente pelo material de construo em regio em contato direto com o terreno, e no seja

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eliminada por ventilao, ser transportada gradualmente para cima, pela capilaridade. Esse o mecanismo tpico de umidade ascendente. O mtodo mais adequado para combater umidade ascendente em paredes por meio de impermeabilizao horizontal eficaz (de difcil execuo se a obra j estiver concluda).

2.2.2 Infiltrao de fluxo superficial

Caso o local que est em contato com o terreno no tenha recebido impermeabilizao vertical eficaz, ocorrer absoro de gua (da terra mida) pelo material de construo absorvente (atravs de seus poros), que poder se intensificar caso a umidade seja submetida a certa presso, como no caso de fluxo de gua em piso com desnvel. Neste caso, dever ser adotada impermeabilizao vertical e, se necessrio, drenagem.

2.2.3 Absoro higroscpica de gua e condensao capilar

Em ambos os mecanismos, a gua absorvida na forma gasosa. Na condensao capilar, a presso de vapor de saturao da gua diminui, ou seja, ocorre umidade de condensao abaixo do ponto de orvalho. Quanto menores forem os poros dos materiais de construo, mais alta ser a qualidade de umidade produzida por condensao capilar. Alm das dimenses dos poros, o mecanismo depende principalmente da umidade relativa do ar. Quanto maior for a umidade relativa, maiores sero os vazios dos poros do material de construo que podero ser ocupados pela condensao capilar. Um ambiente com umidade relativa do ar em torno de 70% produz, nos materiais de construo, certa quantidade de umidade por condensao capilar, cujo valor se denomina umidade de equilbrio. Normalmente, nos materiais no so encontrados teores de umidade menores que a umidade de equilbrio. Caso o material de construo contenha sais, a umidade de equilbrio pode variar consideravelmente. O mecanismo de absoro higroscpica da

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umidade desencadeado do ar, do grau e do tipo de salinizao; a gua pode ser absorvida na forma higroscpica durante o tempo necessrio at alcanar a umidade de saturao. Naturalmente, a absoro higroscpica da umidade desempenha papel especial nas partes da edificao que se apresentam salinizadas por umidade ascendente. Os locais subterrneos e o trreo so os mais atingidos por esse fenmeno. Faz-se necessrio conhecer exatamente os mecanismos individuais de umedecimento, ou seja, as causas das anomalias, para poder elimin-los eficazmente. Para o diagnstico das anomalias, preciso verificar especialmente o grau de umidade e a existncia de sais. No s os dados qumicos e fsicos devem ser levados em considerao na restaurao ou tratamento da anomalia; tambm de fundamental importncia avaliar as condies do contorno. necessrio avaliar especialmente a influncia de gua subterrnea, de fluxos superficiais de ladeiras e de guas provenientes de infiltraes. Alm disso, no se pode esquecer de avaliar e eliminar defeitos de construo, como por exemplo caimentos, prumadas e ralos(para guas pluviais e/ou de lavagem), que muitas vezes podem ser deficientes, ou estar rompidos.

2.2.4 Infiltrao por condensao

Em determinada temperatura, o ar no pode conter mais que certa quantidade de vapor de gua inferior ou igual a um valor mximo, denominado peso de vapor saturante. Caso o peso de vapor seja inferior ao mximo, o ar estar mido, porm no saturado. Esse estado caracterizado pelo grau higromtrico, igual relao entre o peso de vapor contido no ar e o peso de vapor saturante. A diferena entre o peso de vapor saturante e o peso de vapor contido no ar representa o poder dessecante do ar. O poder dessecante do ar e,

conseqentemente, a velocidade de evaporao, so mais elevados quando o ar mais quente e seco; esse ltimo indica que o grau higromtrico menor. Caso a massa de ar apresente reduo da temperatura sem modificao do peso de vapor, ser gerada maior umidade (grau higrotrmico). A 17 C resulta grau higrotrmico de 100%, ou seja, ar saturado. A temperatura de 17 C denomina-se ponto de orvalho.

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necessrio levar em considerao que a temperatura do ar e a temperatura das paredes de um edifcio podem ser muito distintas. Efetivamente, pode ocorrer que a temperatura do ar seja de 20 C, e a das paredes exteriores seja de 15 C a 16 C. Caso a umidade do ar seja de 60% a 70%, nos setores com temperatura de 12 C obrigatoriamente ocorrer condensao de gua, devido umidade relativa do ar ser mais elevada por causa da reduo da temperatura.

2.3 DANOS CAUSADOS PELA UMIDADE

A ausncia de impermeabilizantes nas reas molhadas pode causar, segundo Veroza (1983), os seguintes problemas: goteiras, manchas, mofo, apodrecimento, deteriorao. ferrugem, eflorescncias, criptoflorescncias, gelividade e

Goteiras e manchas quando a gua atravessa uma barreira, ela pode, no outro lado, ficar aderente e ocasionar uma mancha; ou, se a quantidade maior, gotejar, ou at fluir. Em qualquer dos casos, numa construo, estes so defeitos que s raramente podem ser admitidos. A umidade permanente deteriora qualquer material de construo, e sempre desvaloriza uma obra. Goteiras e manchas so defeitos mais comuns das infiltraes e que se procura sustar com a impermeabilizao.

Mofo e apodrecimento o apodrecimento da madeira devido ao mofo e bolor. O mofo e o bolor so fungos vegetais cujas razes, penetrando na madeira, destilam enzimas cidas que a corroem. At mesmo nas alvenarias eles causam danos, porque eles tambm ali aderem, escurecendo as superfcies e, com o tempo, desagregando-as. Sendo vegetais, esses fungos precisam de ar e gua. No proliferam em ambientes absolutamente secos. Logo, o mofo e o apodrecimento tambm so decorrentes da umidade. A eliminao do mofo no fcil. Para evitar que aparea preciso eliminar a umidade, o que se consegue com

impermeabilizaes e com ventilao, que secam as superfcies e removem os esporos (sementes). Mas depois que as razes atingem maior profundidade difcil

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destru-las.

Ferrugem oxidao a transformao lenta de um metal em seus xidos. No caso do ferro e ao a oxidao toma o nome de ferrugem. A ferrugem um sal de pouca aderncia (cai facilmente sob frico), de mau aspecto e de volume maior que o do ferro que lhe deu origem. O processo de formao da ferrugem complexo e no cabe aqui descrev-lo, mas o essencial saber que a umidade que d condies favorveis ao aparecimento da ferrugem. Por isso deve-se sempre procurar obter concreto impermevel: se a umidade penetrar at a armadura, facilmente aparece a ferrugem que, ao aumentar de volume, arrebenta o cobrimento do concreto armado. Muito mais grave ainda quando o concreto contm substncias que se tornam oxidantes ao contato com a gua. O cloreto de clcio, por exemplo, muito usado como aditivo acelerador de pega do concreto, ao contato com a gua pode originar cido clordrico, que corri as armaduras rapidamente.

Eflorescncias so formaes de sais nas superfcies das paredes, trazidos do seus interior pela umidade. As eflorescncias causam mau aspecto, manchas, ou descolamento da pintura, etc. Pior ainda quando elas se situam entre os tijolos e o reboco, fazendo este se descolar. Conforme o volume, chegam a formar estalactites. As eflorescncias aparecem quando a gua atravessa uma parede que contenha sais solveis. Estes sais podem estar nos tijolos, no cimento, na areia, no concreto, na argamassa, etc. Dissolvendo-se na gua eles so trazidos por ela para a superfcie, onde a gua evapora e os sais se depositam, slidos ou em forma de p. Eliminando-se a penetrao da gua, elimina-se a eflorescncia. Exemplos de sais causadores de eflorescncias: nitratos alcalinos (formam cristais brancos,

vitrificados, volumosos), carbonato de clcio (p branco), sais de ferro (cor ferruginosa), sulfoaluminato de clcio (crosta embranquecida). Nos reservatrios comum que elas apaream no fundo, na forma de estalactites; nas paredes, na forma de p branco. Quando situadas entre o reboco e a parede, as eflorescncias formam um plano capilar, por onde sobe a umidade, que aumenta a fora de repulso ao reboco. Os sais que causam as eflorescncias tambm podem estar contidos na atmosfera. Ento, na realidade, no uma eflorescncia, mas uma deposio. o caso comum das zonas industriais, carregadas de sais de enxofre,

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altamente reativo. Os sais tambm podem estar no solo e ser carregados s paredes por capilaridades. normal que as pinturas no eliminem manchas de eflorescncias. Os sais reagem com a nova tinta e a mancha reaparece. Neste caso, preciso usar um selador eficiente ou remover o reboco atacado.

Criptoflorescncias tambm so formaes salinas, de mesma causa e mecanismo que as eflorescncias, mas agora os sais formam grandes cristais que se fixam no interior da prpria parede ou estrutura. Ao crescerem, eles podem pressionar a massa, formando rachaduras e at a queda da parede. O maior causador de eflorescncia o sulfato. Os sulfatos, ao receberem gua, aumentam muito de volume. Mesmo que a presso seja pequena, as criptoflorescncias fazem desagregar os materiais, principalmente na camada superficial.

Gelividade a gua, ao congelar, aumenta de volume. E a gua em canais capilares congela temperatura acima de 0. Ela pode congelar temperatura de at 6C. Assim sendo, a gua depositada nos poros e canais capilares dos tijolos e do concreto congela em dias frios. Ao congelar aumenta de volume. No miolo, este aumento de volume contido pela massa do tijolo, e se traduz por calor, que ento impede o congelamento. Mas na superfcie a resistncia menor, formando-se gelo que desloca as camadas mais extensas, desagregando paulatinamente o material. Ento a superfcie dos tijolos comea a se desgastar, parecendo lixada. Geralmente toma a forma convexa. No havendo a penetrao da gua, no haver gelividade.

Deteriorao todos os defeitos citados antes so causados pela gua, ou por ela conduzidos, ou afetados. Esses defeitos vo aos poucos deteriorando os materiais e a obra construda. Logo, a impermeabilidade tambm uma exigncia de durao, e no somente de aparncia ou acabamento.

2.4 SISTEMAS DE TRATAMENTO DAS INFILTRAES

Existem

no

mercado

diversos

produtos

impermeabilizantes

com

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caractersticas fsico-qumicas distintas, em funo das diferentes matrias-primas adotadas, que so utilizados na preveno e no tratamento da infiltrao. Conforme Yazigi (2004, p. 501),[...] Sua escolha dever ser determinada em funo da dimenso da obra, forma da estrutura, interferncias existentes na rea, custo, vida til etc. Considera-se vida til de uma impermeabilizao como sendo o perodo decorrido desde o trmino dos servios de impermeabilizao at o momento em que os componentes do sistema atinjam o ponto de fadiga que comprometam o seu desempenho desejvel, necessitando, aps, de manuteno ou reparao. Basicamente, existem os seguintes sistemas: - Membrana flexvel moldada in loco: Emulses asflticas; Solues asflticas; Emulses acrlicas; Asfaltos oxidados + Estrutura; Asfaltos modificados + Estrutura + Elastmeros em soluo (neoprene/Hypalon). - Manta flexvel Pr-fabricada: Mantas asflticas; Mantas elastomricas (Butil/EPDM); Mantas polimricas (PVC). - Membrana rgida moldada in loco: Cristalizao; Argamassa rgida.

Este estudo enfocar a impermeabilizao por manta asfltica.

2.5 MATERIAIS IMPERMEABILIZANTES ASFLTICOS

2.5.1 Massa asfltica

A massa asfltica utilizada para alguns tipos de impermeabilizantes pode ser de asfalto oxidado, modificado, emulso asfltica e soluo asfltica. A seguir so discriminados estes materiais segundo Denver Produtos Impermeabilizantes ([2000]) a) Asfalto oxidado: aquele produzido a partir do asfalto de destilao direta, atravs da passagem de ar, em temperaturas elevadas. A oxidao diminui a termo-sensibilidade do asfalto de destilao direta e produz um material com pontos de amolecimento mais altos e penetraes variveis; no elsticos, no verdadeiro sentido da palavra. Esses materiais deformam-se menos que 10%, so

quebradios em baixas temperaturas e possuem baixa resistncia

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fadiga. So utilizados para os sistema de membranas de feltro e asfalto, mantas asfltica, e como adesivo para mantas asflticas. So sistemas de uso decrescente na impermeabilizao.

b) Emulso asfltica: produzida atravs da emulsificao em gua do asfalto CAP (cimento asfltico de petrleo). Normalmente so adicionadas cargas, com o objetivo de melhorar sua resistncia ao escorrimento, em temperaturas mais elevadas. Possui um teor de slidos entre 50% a 65%. Apresenta baixa flexibilidade, principalmente depois de envelhecida, no tendo resistncia fadiga e elasticidade. Alguns fabricantes incorporam ltex polimrico para um incremento de flexibilidade; isto pode, dependendo da formulao, provocar um aumento de absoro dgua do produto c) Soluo asfltica: produzida, principalmente, a partir da solubilizao do asfalto oxidado em solvente apropriado, de forma a permitir a sua aplicao a frio. Aps a evaporao do solvente, adquire as propriedades do asfalto antes da solubilizao d) Asfalto modificado: aquele modificado com polmeros, com a finalidade de incorporar melhores caractersticas fsico-qumicas ao asfalto. As principais caractersticas do asfalto modificado so: melhor resistncia s tenses mecnicas, reduo da termo-sensibilidade, maior coeso entre partculas, excelente elasticidade/plasticidade, maior plasticidade em baixas temperaturas, sensveis melhoras da resistncia fadiga e ao envelhecimento. O asfalto modificado pode ter caractersticas plsticas, quando incorporados polmeros dos tipos APP (polipropileno attico), copolmeros de etileno, ou elsticos, com a incorporao de polmeros de SBS (Estireno-Butadieno-Estireno), poliuretano, etc. considerado o sistema de maior evoluo da ltima dcada, sendo hoje o mais utilizado em todo o mundo, j que incorpora excelentes propriedades ao asfalto convencional. Suas propriedades podem ser maiores ou menores, dependendo da quantidade e tipo de polmero adotado, bem como da sua perfeita compatibilizao com o asfalto. O asfalto modificado pode ser a quente, base solvente ou

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emulso. utilizados nos sistemas de membranas asflticas, com incorporao de armaduras de polister ou nylon, bem como mantas asflticas modificadas, que hoje tendem a ser a maior novidade no mercado brasileiro, sendo o sistema que domina o mercado europeu e com forte penetrao no mercado norte americano e japons.

2.5.2 A fabricao da manta asfltica no Brasil

A fabricao nacional de mantas asflticas, de acordo com Selmo (2002), iniciou-se na dcada de 70 do sculo passado utilizando, como massa asfltica, os asfaltos oxidados catalticos. Estes possuam, em relao ao asfalto oxidado comum, mais ductilidade, penetrao e resistncia s baixas temperaturas. Apresentavam uma propriedade de se autovedar conhecida como "self-healing", (memria), em pequenos furos que surgiam pela ruptura da pelcula. Atualmente, as mantas so fabricadas com asfaltos modificados. Estas tm em sua composio determinado tipo de armadura (vu de fibra de vidro, polietileno, lminas metlicas, filme de polietileno externo, para evitar pegajosidade da manta enrolada) e acabamentos especiais para proteo solar (escamas de ardsia ou lmina de alumnio, em locais no transitveis), bem como resistncia elevada para resistirem penetrao de razes de rvores e outras solicitaes desfavorveis. A partir da dcada de 80, a tecnologia de asfaltos modificados com polmeros iniciou-se no Brasil, com aplicao nos servios de impermeabilizao, enquanto para pavimentao ainda embrionria. Em impermeabilizao, as misturas com elastmero so empregadas tanto para a fabricao de mantas de impermeabilizao ou para a execuo de membranas "in loco", como tambm para a produo de mstiques. So produtos base de asfalto modificados com ou sem armadura (vu ou tecido de reforo), impermeveis, fabricados em rolos, obtidos por calandragem, extenso ou outros processos, com caractersticas definidas, destinados impermeabilizao. Podem ser aplicadas de forma aderida ou no ao substrato (conforme a natureza das movimentaes previstas para a obra e caractersticas da manta).

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Cabe salientar que pela terminologia de materiais para impermeabilizao, asfalto modificado aquele devidamente processado, de modo a se obterem determinadas propriedades. Na fotografia abaixo apresenta-se o processo de calandragem da manta asfltica

Fotografia 01 - Calandragem: incio da produo da manta asfltica Fonte: Trabalho de campo realizado pelos pesquisadores, 2007.

No anexo A apresenta-se a Norma Tcnica - NBR 9952, que trata dos requisitos e mtodos de ensaio da manta asfltica.

2.5.3 Classificao das mantas asflticas

As mantas asflticas, segundo o Servio Brasileiro de Resposta Tcnica, (SBRT, 2006) podem ser classificadas como:

a) elastomricas - quando ocorre a adio de elastmeros na massa. Geralmente utilizado SBS (estireno-butadieno-estireno) ou outro polmero que venha a aumentar a resistncia trao e alongamento

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do produto, oferecendo memria elstica;

b) plastomricas - quando ocorre a adio de plastmeros na massa. Usualmente, APP (polipropileno attico);

c) econmicas - mantas de asfalto oxidado, poli-condensado ou com a adio de um blend genrico de polmeros;

d) conforme o tipo de estruturante interno: - glass - vu de fibra de vidro - polister - no-tecido de filamentos de polister - polietileno - filme de polietileno de alta densidade

e) conforme o tipo de acabamento dado pelo acabamento aplicado na superfcie da manta: - polietileno, em uma ou ambas as faces - areia, em uma ou ambas as faces - alumnio em uma das faces - p de ardsia em uma das faces - geotxtil em uma das faces

Os materiais constituintes das mantas devem possuir as seguintes caractersticas (SBRT, 2006):

a) asfaltos

asfaltos oxidados - resistentes ao dos agentes atmosfricos (luz, calor, umidade), com baixa suscetibilidade temperatura, elevado ponto de inflamao, ponto de amolecimento acima de 100 C e sem formar espuma no aquecimento, o que evita aparecimento de vazios no material. Para a saturao, usa-se asfalto de fluidez elevada e grande poder de impregnao. A penetrao deve ficar entre 50 e 150, com ponto de amolecimento

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de 40 a 60 C no caso de rolos; para placas, o asfalto deve ser mais duro. asfaltos elastomricos (com adio de elastmeros - SBS) asfaltos plastomricos (com adio de plastmeros - APP)

O asfalto pode ser enriquecido, com adio de polmeros que aumentam sua resistncia a deformaes e a vida til do produto; ou empobrecido com aditivos e cargas adicionados sem qualquer funo a no ser o de baixar o custo. As mantas elastomricas so as mais nobres, por terem caractersticas elsticas. Em seguida, em escala decrescente de qualidade, vm as mantas plastomricas. As mantas blendadas vm a seguir, oferecendo um blend de polmeros (geralmente obtidos de plsticos e borracha reciclada). Por ltimo vm as mantas econmicas de asfalto com algumas cargas e plastificantes.

b) estruturantes

Respondem, quase que sozinhos, pela resistncia da manta trao e ao alongamento, que so as caractersticas mais exigidas quando a manta aplicada na construo civil, por conta da dilatao das estruturas. feltros so constitudos de fibras orgnicas (animais ou vegetais) ou de amianto. Os feltros tm fabricao anloga ao papel ou papelo, pela formao de pastas. Os de fibras contm polpa de madeira, juta, l, raiom, seda, etc. Os feltros de amianto levam ainda amido ou silicato de alumnio. Os feltros de fibra podem ser saturados com asfalto ou alcatro; nos de amianto podem utilizar-se apenas asfalto. polister (uma lmina de fibras prensadas de polister chamada de no-tecido de polister) - so em geral os mais resistentes. O vu de polister interno pode ter diferentes densidades e gramaturas (gramas por metro quadrado). vu de fibra de vidro (mantas glass) - oferece uma razovel resistncia trao, mas muito pouco resistente flexo e a cisalhamento. filme de polietileno (plstico) - no oferece resistncia muito maior.

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apenas um estruturante interno, que mantm a manta coesa. Pode ser usado somente em locais onde no deve haver praticamente nenhum requisito de trao longitudinal ou

transversal. Caso contrrio, a manta acaba se rompendo.

c) acabamento externo da manta

minerais superficiais, que tm a funo de proteger os asfaltos da ao oxidante da luz e do calor solar, aumentam a resistncia ao do fogo e podem ser utilizados para fins estticos. Podem ser usados gros de basalto e quartzito com dimetros de at 2,4mm. Muitas vezes os gros so preparados artificialmente para permitir vrias coloraes. So obtidos a partir da calcinao de argilas com adio de compostos coloridos.

alumnio (em um dos lados), que tem por funo impermeabilizar e isolar termicamente, alm de no requerer aplicao de argamassa sobre a manta.

Por se tratar de um processo bastante tcnico e especfico e tendo em vista que os fabricantes deste tipo de produto no fornecem informaes detalhadas sobre sua produo, foi possvel obter somente informaes bsicas referentes ao processo de fabricao das mantas asflticas.

2.5.4 Classificao das mantas asflticas segundo os custos conforme SBRT (2006).

Segundo este Servio, as mantas podem ser classificadas de acordo com os custos dos materiais utilizados na sua produo, a saber:

a) Supereconmicas: so mantas com estruturantes internos em polietileno (um filme de plstico) e com massa pobre. No possuem quase nenhuma resistncia trao ou a danos mecnicos.

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S podem ser usadas em reas bastante reduzidas (o que numa relao custo/ benefcio justifica o uso de impermeabilizantes lquidos, que no trazem o inconveniente de se usar maarico). A estocagem dos rolos na horizontal, caso contrrio formam-se 'ps de elefante' (deformao no rolo). Se ficarem ao sol, basta belisco para romp-las. Os maiores fabricantes no as produzem, pelos riscos de imagem e problemas decorrentes.

b) Econmicas: so mantas com estruturantes internos em polister (bidim termoestabilizado) de gramatura aprox.120g/m2, ou de fibra de vidro (glass). A composio da massa tambm de baixo custo. So as mantas mais vendidas hoje em dia, pois so uma boa soluo para a maioria dos problemas das obras em geral. Podem ser usadas em reas de at 500 ou 600m2, onde no haja trfego futuro de veculos/equipamentos e onde a movimentao estrutural pequena os rolos so estocados necessariamente em p. c) Intermedirias: o estruturante interno em geral semelhante ao estruturante das mantas nobres (polister de aprox.180 g/m2), mas podem ser usados materiais reciclados. Em geral no atendem s normas tcnicas, mas atendem a determinadas condies de solicitao. d) Nobres: os estruturantes e as massas so adequados ao cumprimento das normas da Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT), que tipificam as mantas (geralmente tipo III e tipo IV). H uma srie de quesitos a cumprir em resistncia trao, puncionamento, etc. So recomendadas onde haver trfego de equipamentos e autos, em que a movimentao dinmica elevada (grandes lajes, pr-moldados, etc). e) Tcnicas: so geralmente desconhecidas do pblico no-tcnico e so em geral vendidas diretamente pelas fbricas para aplicaes muito especficas como impermeabilizao e locais com temperaturas prximas de zero, altas dilataes, etc.

29 De acordo com a NBR 99521 em seu item 5.5.2,A escolha de um dado tipo de manta deve ser em funo dos locais e estruturas a serem impermeabilizadas, da carga atuante sobre a manta, grau de fissurao previsto, flecha mxima admissvel, exposio s intempries e formas de aplicao aderida ou no a substrato. Cabe ao responsvel tcnico definir o tipo de manta a ser indicado para cada obra.

2.6

INTERFERNCIAS

ESTRUTURAIS

NO

PROCESSO

DE

IMPERMEABILIZAO

Os problemas encontrados nas edificaes no momento de se executar a impermeabilizao so vrios. Entre eles os que mais se destacam, segundo Yazigi (2004, p. 511-513), so os seguintes:

a) Juntas de dilatao: constituem um problema srio na maioria das obras, mas quando devidamente projetadas, elas no proporcionam transtornos. O maior problema das juntas o modo como nelas proporcionar estanqueidade perfeita sem modificar o comportamento estrutural. Quanto aos aspectos estruturais, as juntas precisam obedecer a algumas regras para serem locadas e, quanto impermeabilizao, tambm obedecer a certos princpios. b) Soleira em rea fria: as lajes de um pavimento geralmente so concretadas no mesmo plano horizontal, independentemente da existncia de regies situadas na parte interna ou na parte externa (onde recebero incidncia direta ou indireta de chuvas). Esse processo construtivo gera dificuldade para aplicao do sistema impermeabilizante, prejudicando assim a execuo do caimento necessrio. Em alguns casos, o desnvel entre as reas internas e externas obtido pela execuo de enchimento, que possui ndices elevados de vazios. Isso causa problema quando ocorre falha na1

A NBR 9952 especifica os requisitos mnimos necessrios para a aceitao de mantas asflticas com armaduras de reforo envolvidas pela massa asfltica, utilizadas para impermeabilizao, bem como estabelece os mtodos de ensaio necessrios para a verificao destes quesitos.

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impermeabilizao da rea externa, pois a gua geralmente percola para a regio interna e fica retida nos vazios do enchimento; assim, por mais que se recupere a impermeabilizao na regio externa, o problema permanece na parte interna. A umidade retida no piso interno empena revestimento de madeira ou mancha e descola carpetes e ladrilhos. Para diminuir o risco necessrio, na fase do projeto estrutural, fazer opo pelo desnvel na concretagem da laje , entre as reas externa e interna, e assim o problema poder ser reduzido. A impermeabilizao dever adentrar no mnimo 20 cm, a contar da soleira, na parte interna, e ter sua borda inclinada para cima . c) Caixo perdido: h, em alguns projetos arquitetnicos, necessidade de se construrem lajes com caixes perdidos. Na maioria dos casos, eles so executados de modo fechado e oco, e depois

impermeabilizados na sua parte superior. Como o ar fica confinado nos vazios, esses caixes apresentam saturao de umidade residual no seu interior e, como no esto impermeabilizado na sua parte inferior, a umidade passa a ser confundida com possveis vazamentos no sistema impermeabilizante. d) Engaste no plano vertical (rodap): nas paredes e pilares de concreto aparente, em reas impermeabilizadas expostas a chuvas, ter de ser previsto um rebaixo junto do piso para embutimento do rodap da impermeabilizao. Esse detalhe, se previsto no projeto estrutural, reduzir os problemas de descolamento da manta impermeabilizante e a conseqente infiltrao de umidade pela sua parte posterior. A impermeabilizao do piso subir sem emenda, nas paredes, at a altura ideal de 30 cm acima do piso acabado. O encontro da regularizao do piso com a do rodap dever ser arredondado (meia cana). Nas reas externas, a argamassa de proteo mecnica do rodap ter de ser armada com tela galvanizada. No box de chuveiro, o rodap subir at 1 m acima do piso acabado. Os topos da impermeabilizao e da tela sero fixados firmemente parede. e) Arranque: Os arranques para fixao de postes, luminrias,

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brinquedos, elementos de quadras esportivas, antenas e pilaretes de travamento de muretas de alvenaria precisam estar previstos no projeto estrutural e executados antes da impermeabilizao da laje. f) Ralos: a parte superior do ralo ter de facear a superfcie de regularizao do piso e nunca facear o piso acabado. A camada impermeabilizante aplicada sobre a regularizao dever penetrar alguns centmetros no ralo. O caixilho da grelha ter, assim, de ser fixado no material de acabamento do piso, ficando conseqentemente afastado alguns centmetros acima do ralo. g) Tubulao que atravessa a impermeabilizao: a regularizao do piso ser arrematada junto da tubulao em forma de cordo (meiacana). A impermeabilizao ter de subir na parede da tubulao at a altura de 30 cm acima do piso acabado (colarinho). O topo da impermeabilizao dever ser firmemente fixado tubulao por meio de fita adesiva.

2.7 REQUISITOS PARA REALIZAO DA IMPERMEABILIZAO

Um dos principais elementos para o sucesso da impermeabilizao a qualidade da construo e a preparao da estrutura para receber a

impermeabilizao. Pois, para ter qualidade, ela depende de uma srie de detalhes que garantam a estanqueidade dos pontos crticos, singularidade, etc. A maior parte dos problemas de impermeabilizao se d nas bordas, encontros com ralos, juntas, mudanas de planos, passagem de dutos, etc. (PICCHI, 1986). O sistema impermevel deve possuir caractersticas adequadas, de forma a suportar as solicitaes impostas. No entanto, muitas vezes verificamos erros construtivos que danificam ou prejudicam seu bom desempenho, tais como: inadequado recobrimento das armaduras ralos, tubulaes, etc.,indevidamente chumbados juntas de concretagem mal executadas concreto segregado com ninhos, etc.

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regularizao de laje, executada com trao inadequado, sem cura, sob substrato sujo, destacado, com fissuras, etc. utilizao de materiais inadequados para construo de jardineiras, espelhos dgua, etc...(tijolo furado) execuo de enchimentos com entulho, antes da execuo da impermeabilizao. no respeito natureza de dilataes trmicas distintas entre os diversos materiais de construo.

So necessrios alguns cuidados na preparao dos substratos para receber a impermeabilizao. Em relao s lajes: sobre superfcie limpa, seca e isenta de partculas soltas, madeira, etc., executar uma regularizao da laje com argamassa de cimento e areia, trao 1:3 de baixo fator gua/cimento, com caimento mnimo de 1% em direo aos ralos. No deve ser adicionado aditivo impermeabilizante na argamassa, sendo recomendvel utilizar uma emulso adesiva acrlica. Antes do lanamento da argamassa, deve-se umedecer o substrato e lanar uma calda de cimento, objetivando maior poder de colagem. Aps a execuo da argamassa, deve-se promover sua hidratao para evitar fissuras de retrao. Deve-se verificar qualquer problema de empoamento de gua e corrigi-lo. Todos os cantos vivos devem ser arredondados, como meia-cana, com raio mnimo de 8cm. Devem ser instalados ralos em nmero suficiente para evitar espessuras de contrapiso superiores a 7 cm e distantes das paredes, no mnimo, 20 cm. Toda a tubulao horizontal com previso de ser instalada sobre a laje dever ter altura suficiente para permitir a execuo de contrapiso,

impermeabilizao e proteo mecnica sob a mesma (mn. 15 cm) (YAZIGI, 2004).

2.8 DURABILIDADE DO MATERIAL IMPERMEABILIZANTE

Conforme Yazigi (2004, p. 505), as estruturas esto sujeitas s variaes

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de temperatura do ambiente, o que provoca esforos de trao e de compresso sobre elas. A temperatura sofre ciclos de variao do dia para a noite e do vero para o inverno. A temperatura alcanada em uma laje de cobertura varia em funo da cor do revestimento, do tipo e espessura da camada isolante, e de outras condies tais como intensidade do vento, inclinao da laje etc. Estando a impermeabilizao solidria estrutura, conclui-se que deva acompanhar a movimentao desta, bem como resistir s tenses de trao e de compresso atuante. Como geralmente a estrutura est submetida ora a esforo de trao ora de compresso, dependendo da temperatura atuante sobre ela, os materiais da impermeabilizao tambm sero submetidos a ciclos de expanso e retrao. Chama-se, ento, de resilincia de um material a capacidade que ele tem de retornar s suas dimenses iniciais, uma vez cessada a causa que provocou a deformao, seja ela de origem trmica seja de origem mecnica, e aps vrios ciclos de repetio do fenmeno em questo. Consideram-se, para efeito de comparao dos diversos sistemas, os valores de alongamento trao que esto especificados nas normas tcnicas, para os materiais ou sistemas em avaliao. De acordo com Picchi (1986, p. 149), o termo durabilidade est relacionado, e por vezes at confundido, com o termo vida til, tendo diversas definies. O referido autor adota as definies do Instituto de Pesquisa Tecnolgica (IPT), a saber: Durabilidade: capacidade de um produto manter suas propriedades ao longo do tempo em condies normais de uso. Vida til: o perodo durante o qual as propriedades de um produto permanecem acima de limites mnimos admissveis, quando submetido aos servios normais de manuteno.

2.9 LONGEVIDADE DOS SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAO

Esse o mais subjetivo dos enfoques a serem considerados para avaliao dos sistemas de impermeabilizao, por depender da localizao de sua aplicao. Para tempo de vida til de impermeabilizao menor que 25 anos,

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atribuem-se nmeros de conceito proporcionalmente menores. Na presente conceituao, no se levam em conta eventuais deficincias executivas, por serem passveis de ocorrer em todos os sistemas, mas to-somente a longevidade associada a cada sistema de impermeabilizao, em funo do tipo de obra e da existncia ou no de proteo mecnica e trmica. Conceitua-se, ento, a longevidade, pela experincia em impermeabilizao, colhida na vivncia prtica de obra ao longo dos anos. Utilizando nas impermeabilizaes asfaltos modificados, enriquecidos com elastmeros sintticos compatveis s altas temperaturas de adio (mistura), a vida til e o conceito sero aumentados em torno de 25% (YAZIGI, 2004).

2.9.1 Benefcios da utilizao da manta asfltica

A manta asfltica proporciona uma impermeabilizao de espessura e desempenho comparveis ao sistema moldado no local (feltro asfltico e asfalto), com economia de mo-de-obra e tempo, e custo menor (PICCHI, 1986).

2.10 PROJETO PARA IMPERMEABILIZAO DA MANTA ASFLTICA

O profissional responsvel pela impermeabilizao deve dispor dos projetos estrutural e arquitetnico e demais projetos complementares que dizem respeito impermeabilizao. O projeto de impermeabilizao passou a ser obrigatrio com a reviso da NBR 95752 (Anexo B), em vigor desde dezembro de 2003. No item 6 desta Norma est descrito o seguinte:

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A NBR 9575 estabelece as exigncias e recomendaes relativas seleo e projeto de impermeabilizao, para que sejam atendidas as condies mnimas de proteo da construo contra a passagem de fluidos, bem como a salubridade,segurana e conforto do usurio, de forma a ser garantida a estanqueidade das partes construtivas que a requeiram.

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6 Projeto 6.1 Elaborao e responsabilidade tcnica 6.1.1 O projeto bsico de impermeabilizao deve ser realizado para obras de edificaes multifamiliares, comerciais e mistas, industriais, bem como para tneis, barragens e obras de arte, pelo mesmo profissional ou empresa responsvel pelo projeto legal de arquitetura, conforme definido na NBR 13532. 6.1.2 O projeto executivo de impermeabilizao, bem como os servios decorrentes deste projeto, devem ser realizados por profissionais legalmente habilitados (com registro no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia da regio em que se situa a obra a que se refere), com qualificao para exercer esta atividade tcnica especializada. O responsvel tcnico pela execuo deve obedecer de forma integral a esse projeto. 6.1.3 Em todas as peas grficas e descritivas (projeto bsico, projeto executivo e projeto realizado), devem constar os dados do profissional responsvel junto ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA), bem como a correspondente Anotao de Responsabilidade Tcnica (ART). 6.2 Caractersticas gerais 6.2.1 A impermeabilizao deve ser projetada de modo a: a) evitar a passagem indesejvel de fluidos nas construes, pelas partes das mesmas que requeiram estanqueidade, podendo ser integrado ou no outros sistemas construtivos, desde que observadas normas especficas de desempenho que proporcionem as mesmas condies de impermeabilidade; b) proteger as estruturas, bem como componentes construtivos, que porventura estejam expostos ao intemperismo, contra a ao de agentes agressivos presentes na atmosfera; c) proteger o meio ambiente de possveis vazamentos ou contaminaes por meio da utilizao de sistemas de impermeabilizao; d) possibilitar sempre que possvel a realizao de manutenes da impermeabilizao, com o mnimo de interveno nos revestimentos sobrepostos mesma, de modo a ser evitadas, to logo percebida falhas do sistema impermevel, a degradao das estruturas e componentes construtivos, devido passagem de fludos e lixiviao de compostos solveis do concreto, argamassas e revestimentos; e) proporcionar conforto aos usurios, sendo-lhes garantido a salubridade fsica. 6.2.2 O projeto deve ser desenvolvido em conjunto e compatibilizado com os demais projetos de construo tais como: arquitetura (projeto bsico e executivo) estrutural, hidrulico-sanitrio, guas pluviais, gs, eltrico, revestimento, paisagismo e outros, de modo a serem previstas as correspondentes especificaes em termos de tipologia, dimenses,cargas, ensaios e detalhes. 6.2.3 O projeto deve ser constitudo de acordo com 6.2.3.1 e 6.2.3.2. 6.2.3.1 Projeto bsico de impermeabilizao:a) desenhos: - plantas de localizao e identificao das impermeabilizaes, bem como dos locais de detalhamento construtivo; - detalhes construtivos que descrevem graficamente as solues adotadas no projeto de arquitetura para o equacionamento das interferncias existentes entre todos os elementos e componentes construtivos; - detalhes construtivos que explicitem as solues adotadas no projeto de arquitetura para o atendimento das exigncias de desempenho em relao estanqueidade dos elementos construtivos e durabilidade frente ao da gua, da umidade e do vapor de gua.b) textos: memorial descritivo dos tipos de impermeabilizao selecionados para os diversos locais que necessitem de impermeabilizao. 6.2.3.2 Projeto executivo de impermeabilizao:a) desenhos: - plantas de localizao e identificao das impermeabilizaes, bem como dos locais de detalhamento construtivo; - detalhes genricos e especficos que descrevam graficamente todas as solues de impermeabilizao; - projetadas e que

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sejam necessrios para a inequvoca execuo das mesmas; b) textos: memorial descritivo de materiais e camadas de impermeabilizao;memorial descritivo de procedimentos de execuo; - planilha de quantitativos de materiais e servios;- metodologia para controle e inspeo dos servios.

Segundo Antunes (2004), as patologias mais comuns na construo civil corroso de armaduras, carbonatao do concreto, eflorescncias, degradao da argamassa, da pintura e dos revestimentos, bolor e fissuras se devem quase sempre s impermeabilizaes malfeitas. A existncia de um projeto de impermeabilizao minimiza a ocorrncia das patologias, j que permite controlar a execuo, alm de prever detalhes como arremates. Dentre as solues mais utilizadas, a manta asfltica sem dvida a que exige mais cuidados, embora a aplicao seja fcil, por ser um produto pr-fabricado, uniforme e passar por rigoroso controle tcnico de produo. O problema mais grave, quando se fala em mantas, no o produto, mas tudo o que envolve a aplicao. unanimidade que arremates e detalhes so os pontos crticos das mantas asflticas e onde podem surgir os problemas. Assim, ralos, tubos emergentes, detalhes de piscina e rodaps, por exemplo, devem ser analisados com cuidado e a instalao, controlada e fiscalizada corretamente. O rodap, por exemplo, se no for bem dimensionado, pode ficar menor do que o piso final porque existe uma camada de regularizao muito grande e, com o tempo, a umidade passa pela impermeabilizao. At mesmo detalhes paisagsticos alteram o projeto: preciso saber, por exemplo, o nvel de terra do paisagismo para determinar a altura de arremate da manta. O projeto de impermeabilizao assume maior importncia quando se verifica que esse procedimento um componente cuja execuo interfere e sofre a interferncia de outros subsistemas do edifcio. De acordo com Cambiaghi (1992, apud SOUZA; MELHADO, 1998), a eficcia de um bom projeto proporciona menos desperdcio, menores custos e menores prazos de execuo, e portanto maior rentabilidade no seu aspecto mais amplo. Ainda a este respeito, Silva (1995, apud SOUZA; MELHADO, 1998) destaca que as solues adotadas na etapa de projeto tm amplas repercusses em todo o processo da construo e na qualidade do produto final a ser entregue ao cliente.

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3 METODOLOGIA

Neste captulo descreve-se a metodologia adotada no desenvolvimento deste estudo abordando o tipo de estudo, a descrio da obra, a patologia constatada e o tratamento aplicado para resoluo do problema.

3.1 TIPO DE ESTUDO

Por se tratar de um estudo relacionado patologia na construo civil, optou-se por realizar um estudo de caso tendo em vista que esta modalidade de pesquisa possibilita a compreenso do problema de forma abrangente. De acordo com Gil (1999, p. 72), o estudo de caso caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir seu conhecimento amplo e detalhado [...]. Na opinio de Chizzotti (2000, p. 102),O estudo de caso uma caracterizao abrangente para designar uma diversidade de pesquisas que coletam e registram dados de um caso particular ou de vrios casos a fim de organizar um relatrio ordenado e crtico de uma experincia, ou avali-la analiticamente, objetivando tomar decises a seu respeito ou uma ao transformadora. O caso tomado como unidade significativa do todo e, por isso, suficiente tanto para fundamentar um julgamento fidedigno quanto propor uma interveno.

Segundo o autor supracitado (2000), esta modalidade de estudo compreende trs fases, a saber: a seleo e delimitao do caso, o trabalho de campo e a organizao e redao do relatrio.

3.2 O CASO EM ESTUDO

O referido estudo foi realizado no perodo de agosto a setembro de 2007, junto A Pavan Impermeabilizadora - ME, empresa de impermeabilizao situada

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no municpio de Tubaro-SC. Cricima-SC.

A obra estudada localiza-se no municpio de

3.2.1 Caracterizao da obra

Trata-se de um edifcio residencial construdo em 2004 com 06 pavimentos de apartamentos e dois pavimentos de garagem, totalizando 4.173,57 m. A referida obra apresentou problemas de infiltrao que teve origem na laje da garagem superior para a garagem inferior, aps 2 anos de sua concluso. Ressalta-se que o local onde ocorreu o problema foi impermeabilizado durante a execuo da obra. Todavia, a empresa responsvel pela execuo do sistema no recebeu da construtora o projeto de impermeabilizao. Esse projeto tem como propsito apresentar de forma detalhada os materiais que sero aplicados nas reas a serem impermeabilizadas, constituindo-se em diretriz orientadora para execuo. O referido projeto deve estar embasado na NBR9575. De acordo com Borigato (1992 apud SILVA; MELHADO 1998), ainda reduzido o nmero de construtoras que elaboram o projeto de impermeabilizao nas fases iniciais dos projetos do edifcio. Segundo este autor, quando se considera a necessidade da impermeabilizao, normalmente toda a estrutura e instalaes j foram executadas, restando pouco a ser feito [...]. Na maioria dos casos, se faz projeto de adaptao da impermeabilizao. Quanto obra em estudo, no foi possvel realizar um diagnstico aprofundado para detectar com "preciso'' as possveis causas da infiltrao, em virtude da urgncia requerida para a soluo deste problema. Todavia, pode-se atribuir como um dos principais fatores causais a abertura de dilataes feitas sobre o piso aps a colocao deste, visto que tal medida pode ter perfurado o sistema. Outros fatores podem ser associados a m execuo da impermeabilizao, a utilizao de mo-de-obra no qualificada, ao tipo de produto utilizado, ao comportamento da estrutura da laje, a falta de cuidados na execuo da proteo mecnica, a ausncia de projeto com especificao detalhada sobre a utilizao do

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produto. As imagens a seguir apresentam o local do estudo e os problemas apresentados em decorrncia da infiltrao.

Fotografia 02 - Vazamento de gua sobre a vaga de garagem Fonte: Trabalho de campo realizado pelos pesquisadores, 2007.

Fotografia 03 - Oxidao da ferragem Fonte: Trabalho de campo realizado pelos pesquisadores, 2007.

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Fotografia 04 - Fissuras na laje com desprendimento do reboco Fonte: Trabalho de campo realizado pelos pesquisadores, 2007.

Fotografia 05 - Rachadura com presena de goteiras Fonte: Trabalho de campo realizado pelos pesquisadores, 2007.

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3.2.3 Metodologia de aplicao da manta asfltica: o processo de tratamento da infiltrao

Em decorrncia da infiltrao, em agosto de 2007 a construtora contratou outra empresa de impermeabilizao para recuperao de 350 m da laje de cobertura, da obra em estudo. O processo de tratamento da infiltrao compreendeu oito etapas, como descritas a seguir:

Primeira etapa: O trabalho iniciou-se atravs da remoo do contrapiso existente sobre a impermeabilizao e da remoo deste, conforme demonstra a imagem a seguir.

Fotografia 06 - Remoo do contrapiso Fonte: Trabalho de campo realizado pelos pesquisadores, 2007.

Segunda etapa: Em seguida foi aumentada a altura do rodap para ancoragem da manta nos permetros da laje. Posteriormente, foi realizada a recuperao da base mediante a colocao de uma camada de argamassa com areia e cimento. Nos permetros foi realizado o mesmo tratamento com trao 1:3 conforme descrito na NBR 9574 (Anexo C).

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A referida Norma, em seu item 5.2, estabelece que "As cavidades ou ninhos existentes na superfcie devem ser preenchidos com argamassa de cimento e areia trao (1:3) com ou sem aditivo."

Fotografia 07 - Recuperao da base a ser impermeabilizada Fonte: Trabalho de campo realizado pelos pesquisadores, 2007.

Terceira etapa: Na seqncia de recuperao de toda a superfcie deixou-se secar a base, como indicado no item 5.4 da supracitada NBR: "As superfcies devem estar suficientemente secas, de acordo com a necessidade do sistema de

impermeabilizao a ser empregado."

Quarta etapa: Aps a regularizao da rea, com os caimentos de 1%, foram arredondados os cantos (meia-cana), sendo a superfcie ao redor dos ralos de escoamento rebaixada, conforme preconiza a NBR acima referida. Segundo o item 5.5 daquela Norma, "O substrato a ser impermeabilizado no deve apresentar cantos e arestas vivos, os quais devem ser arredondados com raio compatvel com o sistema de impermeabilizao a ser empregado." A imagem a seguir ilustra a preparao dos ralos.

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Fotografia 08 - Preparao do ralo Fonte: Trabalho de campo realizado pelos pesquisadores, 2007.

Quinta etapa: Finalizadas todas as etapas de preparao da base foi aplicada uma demo de PRIMER (soluo asfltica) e aguardada a secagem do produto, a qual requer aproximadamente 8 horas em condies climticas adequadas, ou seja, com presena de sol.

Fotografia 09 - Aplicao de primer (soluo asfltica) Fonte: Trabalho de campo realizado pelos pesquisadores, 2007.

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Sexta etapa: Consistiu na aplicao do sistema de impermeabilizao com manta asfltica. A escolha do sistema adotado pela empresa de impermeabilizao levou em conta as condies em que se encontrava a superfcie, o tipo de trfego, a segurana e a rapidez de execuo, uma vez que o local se caracterizava como um condomnio residencial e estava sendo ocupado por seus moradores. Desta forma, foi utilizada para a recuperao a manta asfltica 4mm APP tipo III, conforme NBR 9952. Na fase de colocao da manta foi realizada primeiramente a execuo dos detalhes dos ralos, canos do pra-raios, tubo do gs central e portas. A aplicao da manta foi iniciada a partir da parte mais baixa da superfcie; isto significa que a primeira manta colocada passou por cima dos ralos para que as emendas das mantas posteriores obedecessem ao sentido do escoamento da gua, formando uma cascata. As mantas foram sobrepostas com emendas de 10 cm, como demonstram as fotografias a seguir.

Fotografia 10 - Aplicao da manta asfltica Fonte: Trabalho de campo realizado pelos pesquisadores, 2007.

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Fotografia 11 - Aplicao da manta asfltica Fonte: Trabalho de campo realizado pelos pesquisadores, 2007.

A aplicao das mantas foi realizada com maarico de alta presso ligado a um botijo de gs de 13kg. A chama do maarico era direcionada para face da manta que ficava aderida superfcie, aquecendo o polietileno at que o mesmo se rompesse e o asfalto comeasse a brilhar (apresentando ponto de aderncia) e imediatamente era aderida a manta ao substrato.

Fotografia 12 - Utilizao do maarico na aplicao da manta Fonte: Trabalho de campo realizado pelos pesquisadores, 2007.

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Aps colocao das mantas foi realizado o biselamento nas emendas, pressionando a colher de pedreiro aquecida sobre as emendas, para garantir a perfeita vedao. Nas laterais foi colada a manta asfltica, sendo os rodaps preparado com 25 cm de altura e 2,5 cm de profundidade, com os cantos rebocados e arredondados, conforme demostra a fotografia a seguir.

Fotografia 13 - Utilizao do maarico na aplicao da manta no rodap Fonte: Trabalho de campo realizado pelos pesquisadores, 2007.

Stima etapa: Finalizada a execuo da impermeabilizao, os ralos foram fechados para o teste de estanqueidade do sistema. Para tanto, foi colocada no local uma lmina de gua com cerca de 3 cm de altura na parte mais alta, a qual permaneceu por 10 dias. A NBR 9574, em seu item 5.14, recomenda que tal teste seja realizado por no mnimo 72 horas. "Aps a execuo da impermeabilizao, recomenda-se ser efetuada uma prova de carga com lmina d'gua, com durao mnima de 72 h, para verificao da aplicao do sistema empregado".

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Fotografia 14 - Teste de estanqueidade Fonte: Trabalho de campo realizado pelos pesquisadores, 2007.

Oitava etapa: Aps a aprovao pelo teste de estanqueidade, foi retirada a lmina de gua (abertos os ralos) e colocada uma camada separadora de argamassa sobre a impermeabilizao; sobre esta, foi realizada a proteo mecnica mediante a colocao de argamassa com espessura mnima de 4 cm e foram deixadas juntas de dilatao, uma vez que a proteo mecnica sofrer retrao e dilatao decorrentes da variao trmica.

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Fotografia 15 - Camada separadora Fonte: Trabalho de campo realizado pelos pesquisadores, 2007.

Aps a colocao da camada separadora o servio de impermeabilizao foi considerado concludo, visto que no apresentou qualquer problema relacionado a infiltraes. Sendo assim, a empresa responsvel pela impermeabilizao "entregou" a obra para a construtora responsvel a fim de que esta realizasse o acabamento final.

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4 CONCLUSO

Embora a infiltrao se caracterize como uma das patologias da rea da construo civil em que h diversos estudos que abordam sua origem e a forma de preveni-la, esta ainda se constitui em um problema que ocorre, com grande freqncia, tanto em obras construdas recentemente como naquelas com alguns anos de existncia. Conforme referido no incio deste estudo, inmeros so os fatores que podem ser associados gnese desse problema; entre estes, destacam-se a resistncia dos profissionais e proprietrios em relao aplicao do sistema de impermeabilizao, no momento da edificao da obra; a falta de planejamento; e a utilizao de produtos inadequados e de mo-de-obra no qualificada. A adoo de medidas preventivas no sentido de evitar ou minimizar a ocorrncia de situaes desagradveis faz parte do cotidiano de todos ns. Na rea de engenharia civil, tais medidas assumem uma dimenso imensurvel, posto que esta area lida com edificaes e com vidas humanas, estas ltimas presentes quer no processo de construo da obra, quer como usurias (consumidoras) de seu trabalho. Portanto, a conscincia da preveno deve ser inerente ao profissional da engenharia civil. Especificamente em relao preveno da infiltrao, de

conhecimento dos profissionais da rea que tal medida, alm de possibilitar uma maior vida til da obra, impede ou limita o surgimento de desconfortos aos moradores decorrentes desse problema, incluindo-se a o gasto financeiro. A este respeito, importante se ter claro que recuperar uma obra com problemas de infiltrao bem mais dispendioso do que realiz-la no momento da edificao. Outro aspecto que tambm se deve levar em conta o tempo gasto com a recuperao da obra, o que tambm se constitui em incmodo. Em relao ao tipo de pesquisa a adoo da modalidade "estudo de caso" mostrou-se adequada aos fins a que se props, posto que permitiu acompanhar todas as etapas do processo de impermeabilizao iniciando-se pela identificao do problema, at o teste de estanqueidade, atendendo-se, assim, aos objetivos de descrever a metodologia de aplicao da manta asfltica no tratamento da infiltrao

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em laje de cobertura e de acompanhar o processo de aplicao da manta asfltica a fim de identificar a observncia da NBR 9574, pela empresa impermeabilizadora. Quanto ao objetivo de validar a eficcia da aplicao da manta asfltica no tratamento da infiltrao em laje de cobertura, pde-se constatar que este sistema eficaz no tratamento desta patologia, uma vez que demonstrou, atravs do teste de estanqueidade, resultados compatveis com as determinaes da NBR 9952.Outro aspecto observado no processo de aplicao trata-se do cumprimento da NBR 9574 pelos aplicadores, aspecto este considerado fundamental para a obteno dos resultados pretendidos com este sistema. Vale destacar que o sistema foi aplicado por equipe tcnica que possui experincia na rea, facilitando sobremaneira o desenvolvimento do trabalho de impermeabilizao e o acompanhamento por parte dos pesquisadores. O estudo tambm revelou que h necessidade de maior esclarecimento por parte dos engenheiros em relao importncia da preveno da infiltrao e dos benefcios obtidos com a aplicao do sistema manta asfltica em laje de cobertura, bem como da importncia de elaborao do projeto de

impermeabilizao. Ademais, o desenvolvimento deste estudo contribuiu para a ampliao dos conhecimentos tericos acadmicos, posto que foi necessrio realizar uma reviso de literatura que oferecesse sustentao ao objeto de estudo, e tambm, por permitir desenvolver de maneira sistematizada o acompanhamento, in loco, da aplicao da impermeabilizao. Portanto, esta experincia possibilitou que o aprendizado fosse vivenciado de forma concreta em um dos campos de trabalho do engenheiro. Possibilitou, ainda, vivenciar uma rea que pouca explorada por estes profissionais e, como tal, carece de conhecimento e qualificao. Pode-se citar como limitao na operacionalizao deste estudo a escassez de produo cientfica nesta rea. Tem-se a clareza de que este estudo no se constitui em algo estanque acabado. Dessa forma, deseja-se que este se constitua em uma experincia que possa gerar novas pesquisas sobre este tema, com vistas a oferecer uma contribuio mais efetiva para esta rea, especialmente em relao produo cientfica. Diante do exposto, julga-se oportuno apresentar as seguintes sugestes: Ao curso de graduao em Engenharia Civil, que busque aprofundar a

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discusso sobre sistemas de impermeabilizao mediante a incluso, em seu Projeto Pedaggico, de disciplina especfica e que procure incentivar a produo cientfica nesta rea. Aos engenheiros civis, que procurem rever seus conceitos em relao ao servio de impermeabilizao; sobretudo, que construam e executem projetos de impermeabilizao; que em seu espao de influncia estimulem a realizao deste servio no momento de execuo da obra e que busquem conhecer com profundidade a qualidade do material e do servio de impermeabilizao oferecido. s construtoras, que elaborem e executem projetos de impermeabilizao conforme preconiza a NBR 9575, que estejam atentas contratao de servios especializados na rea e que invistam em capacitao profissional. s empresas de impermeabilizao, que invistam na qualificao de mo de obra; que observem a NBR9574 no momento de execuo do servio; e que exijam projetos especficos de impermeabilizao dos responsveis pela obra.

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REFERNCIAS

ANTUNES, Bianca. Mantas asflticas. Construo estanque. Construo Mercado, So Paulo, n. 39, p.183 188, out. 2004.

ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 9575: Seleo e projeto. Rio de Janeiro, 2003.

_______. NBR 9574: Execuo de impermeabilizao. Rio de Janeiro, 1986.

_______. NBR 9952: Manta asfltica com armadura para impermeabilizao requisitos e mtodos de ensaio. Rio de Janeiro, 1998.

CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa em cincias humanas e sociais. So Paulo: Cortez, 2000.

DENVER. Curso de impermeabilizao. Suzano, 1995. Apostila da Denver impermeabilizantes.

GIL, Antonio Carlos. Pesquisa Social. So Paulo: Atlas, 1999.

PICCHI, Flvio Augusto. Impermeabilizao de cobertura. So Paulo: Pini Ltda, 1986.

SELMO, Silva. Materiais betuminosos. So Paulo,2002. Apostila da disciplina de Materiais de construo I do curso de Engenharia Civil da escola Politcnica da Universidade de So Paulo.

SERVIO BRASILEIRO DE RESPOSTAS TCNICAS. Impermeabilizao. Disponvel em: .Acesso em 20 set. 2007.

SOUZA, Julio Csar; BURRATTINO, Silvio. Diretrizes para seleo e projeto de impermeabilizao dos pisos do pavimento tipo de edifcios. So Paulo,1998.

VEROZA, Enio Jos. Impermeabilizao na construo. Porto Alegre: Sagra, 1983.

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YAZIGI, Walid. A tcnica de edificar. So Paulo: Pini Ltda, 2004.

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ANEXOS

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ANEXO A NBR 9952: Seleo e projeto

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ANEXO B NBR 9575: Execuo de impermeabilizao

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ANEXO C NBR 9574: Manta Asfltica com armadura para impermeabilizaorequisitos e mtodos de ensaios