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1 UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO José Carlos da Silva RA. 3250040 IMPERMEABILIZAÇÃO RÍGIDA Itatiba 2007

(TCC IMPERMEABILIZAÇÃO FINALIZADO)lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/1065.pdf · de percolação, é executado pelo sistema convencional de argamassa rígida impermeável

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

José Carlos da Silva

RA. 3250040

IMPERMEABILIZAÇÃO RÍGIDA

Itatiba

2007

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

José Carlos da Silva

RA. 3250040

IMPERMEABILIZAÇÃO RÍGIDA Monografia, apresentada à disciplina Trabalho de Conclusão de Curso, do Curso de Engenharia Civil da Universidade São Francisco, sob a orientação do Profº. Ms. André Penteado Tramontin, como exigência parcial para conclusão do curso de graduação.

Itatiba

2007

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SILVA, José Carlos. Impermeabilização Rígida , Monografia defendida e aprovada na Universidade São Francisco, em 10 de Dezembro de 2007 pela banca examinadora constituída pelos professores. ___________________________________________ Profº. Ms. André Penteado Tramontin USF – Orientador __________________________________________ Eng. Julio Francisco Nobilie Convidado __________________________________________ Dr. Adilson Franco Penteado Convidado

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Ao Profº. Ms. André Penteado Tramontin

Pelo incentivo e dedicação durante o período de orientação, pela compreensão, principalmente por nos piores momentos, ter sempre um gesto animador e uma palavra gentil e por me servir de exemplo na vida acadêmica.

5

AGRADECIMENTOS

A realização desta Monografia só foi possível graças à colaboração do meu

orientador, Profº. Ms. André Penteado Tramontin, que conduziu as orientações com toda

calma e muita dedicação. A ele devo muita gratidão.

aos professores do curso de Engenharia Civil que, durante a graduação foram

amigos, tiveram muita paciência e colaboraram para minha graduação.

aos meus colegas de classe que nesta trajetória foram parceiros, companheiros

críticos.

à minha esposa, Santina M. M. da Silva e aos meus filhos, pela força e entusiasmo

proporcionados a mim durante esta trajetória.

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“A impermeabilização contribui para a saúde pública, pois torna os ambientes salubres e mais adequados á prevenção de doenças respiratórias”.

(Vedacit Impermeabilizantes)

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SILVA, José Carlos. Impermeabilização Rígida. 2007. 44f. Monografia (Bacharel em Engenharia Civil) – Curso de Engenharia Civil da Unidade Acadêmica da Área de Ciências Exatas e Tecnológicas da Universidade São Francisco, Itatiba.

RESUMO

O objetivo desta monografia visa analisar o processo de impermeabilização e os seus aspectos relevantes decorrentes dele. A impermeabilização, nos dias atuais tem sido alvo de discussão dos especialistas da área de engenharia civil, uma vez que este processo passa por uma uma fase de evolução importante, em termos de esclarecimento da sua importância e na sua utilização. Cabe ressaltar que todos os seus benefícios para a saúde pública e a redução de custo na recuperação das obras de construção civil, têm tido destaque neste momento. Em relação aos diversos fabricantes existentes no mercado brasileiro, estes também passam por uma evolução e estão cada vez mais empenhados na orientação e formação de pessoal especializado na aplicação dos diversos tipos de impermeabilizantes que produzem. Têm sido desenvolvido por eles, manuais técnicos e diversas palestras, ministradas por profissionais altamente treinados, uma vez que a mão-de-obra que presta serviços nesta área, normalmente se trata de uma população menos favorecida. Esta preocupação dos fabricantes se faz necessária, visando manter e melhor a qualidade vida dos que utilizam os impermeabilizantes. Toda e qualquer obra, deve ser impermeabilizada da maneira correta, seguindo as normatizações de impermeabilização existentes no mercado. Os especialistas da área, entendem que deveria constar em qualquer projeto de construção, todas às áreas que seriam impermeabilizadas, e desta maneira, projetar, um plano de ação correto para tal finalidade. Palavras-chave: CONSTRUÇÃO CIVIL, ESPECIALIZAÇÃO, UMIDADE.

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ABSTRACT

The purpose of this monograph aims to analyze the process of sealing and their relevant issues arising from it. The sealing, today has been the subject of discussion of experts in the field of civil engineering, as this process depends on a phase of important developments, in terms of explanation of its importance and its use. It noted that all its benefits to public health and the reduction of cost in the recovery of the works of construction, have been highlighted at the moment. For several existing manufacturers in the Brazilian market, they also go through a development and are increasingly involved in the orientation and training of personnel specializing in the application of various types of impermeabilizantes they produce. They have been developed by them, technical manuals and several lectures given by highly trained professionals, as the labor-providing services in this area, usually it is a population less favored. This concern of manufacturers is needed, to maintain and improve the quality of life using the impermeabilizantes. Any and all work must be impermeabilizada the correct way, following the normatizações of sealing existing in the market. Experts in the area, believe that should appear in any project of construction, all the areas that would be impermeabilizadas, and in this way, design a plan of action to correct this purpose. Key words: CIVIL CONSTRUCTION, SPECIALIZATION, UMIDADE.

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SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS..........................................................................................................11

LISTA DE TABELAS..........................................................................................................12

1. INTRODUÇÃO...............................................................................................................13

2. OBJETIVO.................................................................................................................... 14

3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..............................................................................15

3.1. Reservatório Subsolo ................................................................................................ 15

3.2. Baldrames...................................................................................................................16

3.3. Muros de Arrimo .........................................................................................................16

3.4. Impermeabilização em Poço de Elevadores ..............................................................17

3.4.1. Processo de Execução............................................................................................18

3.5. Impermeabilização de Piscinas ..................................................................................19

3.6. Impermeabilização de Subsolo pela Face Externa ou Interna ...................................20

3.7. Execução com Argamassa Rígida..............................................................................21

3.7.1. Recomendações...............................................................................................22

3.7.2. Avaliação Técnica dos Sistemas de Impermeabilizações ................................22

3.7.3. Pontos Fundamentais para Avaliação ............................................................. 23

3.7.3.1 Impermeabilização dos Materiais ........................................................ 24

3.7.3.2. Reciliência dos Materiais .....................................................................25

3.7.3.3. Longividade dos Sistemas de Impermeabilização...............................25

3.7.3.4. Proteção Mecânica e Isolação Térmica...............................................26

3.7.3.5. Custos..................................................................................................27

3.8. Argamassa Impermeável Rígida ................................................................................28

3.8.1. Preparo e Regularização das Superficies ........................................................29

3.8.2. Informe Dois de Impermeabilização Petrobrás.................................................29

10

3.8.2.1. Opções de Tratamento de Paredes.....................................................31

3.8.2.2. Custos..................................................................................................32

3.8.2.3. Consequências ....................................................................................32

3.8.2.4. Preparo da Superfície e Aplicação ......................................................33

3.8.2.5. Erros mais Comuns no Trato das Áreas Molhadas .............................34

3.9. O que é Umidade Ascendente................................................................................... 34

3.9.1. Como Evitar ..................................................................................................... 35

4. MATERIAIS E MÉTODOS............................................................................................ 37

5. AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS ................................................................................40

6. CONCLUSÃO FINAL.....................................................................................................43

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..............................................................................44

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LISTA DE FIGURAS

Figura 3.1 - Reservatório Elevado .....................................................................................15

Figura 3.2 - Poço de Elevadores .......................................................................................18

Figura 3.3 - Subsolo Face Externa ....................................................................................21

Figura 3.4 - Aplicação Produto Impermeabilizante............................................................34

Figura 3.5 - Prevenção de Alicerce ...................................................................................36

Figura 4.1 - Recuperação de Parede ................................................................................37

Figura 4.2 - Recuperação de Parede ................................................................................37

Figura 4.3 - Parede Chapiscada........................................................................................38

Figura 4.4 - Parede Acabada.............................................................................................39

Figura 4.5 - Aplicando Argamassa Polimérica...................................................................39

Figura 5.1 - Parede antes da Recuperação...................................................................... 40

Figura 5.2 - Parede em Recuperação .............................................................................. 41

Figura 5.3 - Aplicando produto impermeabilizante sob argamassa.................................. 42

12

LISTA DE TABELAS

Tabela 3.1 - Absorção de Água por Imersão.....................................................................24

Tabela 3.2 – Resiliência dos Materiais ..............................................................................25

Tabela 3.3 – Longevidade dos Sistemas de Impermeabilização ......................................26

Tabela 3.4 – Conceitos de Custos.....................................................................................27

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1. INTRODUÇÃO

No dias atuais, o mercado brasileiro conta com diversos fabricantes de produtos

impermeabilizantes, desenvolvidos especialmente para evitar a ação indesejada da água.

Com o auxilio de tais produtos, a impermeabilização deixa de ser um fantasma na

construção civil, e passa a representar uma pequena fração do custo e do volume de uma

obra, quando planejada previamente (Manual Técnico VEDACIT, 3ª edição, p. 11).

Para se ter a garantia que a impermeabilização seja feita da forma correta, o ideal

seria que todos os profissionais da área, incluíssem-na em seus projetos prevendo seu

peso, espessura, caimento e encaixes, além de detalhar sua localização exata, com os

projetos hidráulicos e elétricos.

É preciso esclarecer, que os aditivos não transformam um concreto mal dosado e

mal manuseado em um concreto bom, eles melhoram certas características positivas do

concreto acabado, adequando-o às exigências do projeto e da obra.

A impermeabilização executada durante a obra, torna-se mais fácil e econômica. Já

reparar ou concertar posteriormente, uma vez que a umidade instalada torna os ambientes

insalubres e com aspecto desagradável, apresentando eflorescências, manchas, bolores,

oxidação das armaduras, etc, é mais complicado.

A impermeabilização contribui para a saúde pública, pois torna os ambientes

salubres e mais adequados à prevenção de doenças respiratórias (Manual Técnico

VEDACIT, 3ª edição, p. 11).

Faz-se necessário, que os profissionais da área de Engenharia Civil, conheçam bem

a importância da impermeabilização, dos ambientes e as características dos produtos

existentes.

Além disso, devem conhecer o desempenho e as principais contra-indicações. Desta

forma, poderão tirar o máximo de proveito dos benefícios proporcionados pelos aditivos da

impermeabilização.

Vale ressaltar que nesta analise de pesquisa direcionada para obra de pequeno

porte, onde não se leva muito a serio o problema e a importância na falte de

impermeabilização.

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2. OBJETIVO

O objetivo principal desta pesquisa visa proporcionar conhecimento específico sobre

impermeabilização rígida aos profissionais da Engenharia Civil, assegurando a salubridade

dos ambientes, tendo em vista a segurança e o conforto do usuário, de forma a ser

garantida a estanque idade das partes construtivas que a requeiram.

Assim como, visa a proteção das construções contra o desgaste com reformas

indesejadas e quebra-quebra nas obras, trazendo sérios problemas para os proprietários

inclusive prejuízos econômicos

Cabe ressaltar aqui, a finalidade de orientar e informar sobre a importância da

impermeabilização correta nas residências, buscando no canteiro de obra uma real situação

dos problemas existentes na informação da aplicação correta dos diversos produtos

existentes no mercado.

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3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1. RESERVATÓRIO SUBSOLO

Segundo Zeno Pirondi (1979, p. 91), citado em seu manual prático de

impermeabilização: o êxito da impermeabilização comum, com argamassa rígida nos

reservatórios enterrados de grandes dimensões estará dependente da conjuntura de todas

as etapas de que se constitui o reservatório, conforme ilustra a Figura 3.1.

Figura 3.1 - Reservatório Elevado.

Fonte: Manual Prático de Impermeabilização, Zeno Pirondi, 1979, p. 93.

Pela tubulação que atravessa as paredes e pisos. A tubulação não deverá ter

flanges na fase interna em contato com os revestimentos, para sua fixação, deverá ter um

passe de rosca para garra no concreto e ainda estar colocados nas respectivas posições

definitivos no ato da concretagem; se colocados posteriormente devem ser muito bem

fixados especialmente na fase interior, com argamassa de cimento e areia com um traço

superior ao do concreto (Manual Prático de Impermeabilização, Zeno Pirondi, 1979, p. 91).

Nas faces internas, todos os tubos deverão projetar além das paredes e afastados

do piso entre 5 cm e 10 cm., inclusive os de limpeza, a fim de permitir aplicação dos

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revestimentos. Os tubos não poderão ter emendas “luvas” enterradas no concreto (Manual

Prático de Impermeabilização, Zeno Pirondi, 1979, p. 91).

Os cantos deverão ser arredondados com raio de 8 cm ou chanfrados em 45º. As

tubulações fixadas a estruturas, não devem ser ligadas diretamente às bombas, deverão ter

um luva elástica de separação, para não transmitir vibrações que soltarão o revestimento

rígido (Manual Prático de Impermeabilização, Zeno Pirondi, 1979, p. 91).

3.2. BALDRAMES

Aos níveis de solo molhados expostos à umidade constante, normalmente

umedecem as paredes por pressão capilar ou capilaridade, em até aproximadamente 1 m

acima do piso (Manual Prático de Impermeabilização, Zeno Pirondi, 1979, p. 111).

A impermeabilização com argamassa rígida impermeável, não tem apresentando

resultados satisfatórios ao longo do tempo (Manual Prático de Impermeabilização, Zeno

Pirondi, 1979, p. 111).

Os problemas de umidade por capilaridade são irreparáveis em termos definitivos,

portanto, é de muita importância, que, já início, o projetista especifique uma

impermeabilização comprovadamente eficiente para os baldrames, sujeita a umidade mais

ou menos constantes, especialmente em razão de seu custo ser insignificante (Manual

Prático de Impermeabilização, Zeno Pirondi, 1979, p. 111).

Para água de percolação, o revestimento impermeável de baldrame expostos à água

de percolação, é executado pelo sistema convencional de argamassa rígida impermeável e

pintura de base asfáltica (Manual Prático de Impermeabilização, Zeno Pirondi, 1979, p.

111).

3.3. MUROS DE ARRIMO

Resultados absolutamente eficientes serão obtidos quando o tratamento

impermeabilizante for executado na face em contato com a terra e deverão ter proteção ou

resistência aos ferimentos e ao rasgamento na compactação, mesmo que natural, do

reaterro (Manual Prático de Impermeabilização, Zeno Pirondi, 1979, p. 113).

Como primeira alternativa destaca-se o seguinte processo indicado por Zeno Pirondi

em seu Manual Prático de Impermeabilização, 1979, p. 113:

17

1.1 - remoção de todas e qualquer incrustação, especialmente resíduos de madeira,

pregos ou ferro.

1.2 - Limpeza enérgica com escova de aço.

1.3 - Um chapisco aberto com cimento e areia no traço volumétrico 1:2.

1.4 - Uma camada de argamassa de cimento, areia peneirada com uma linha

granulométrica de 0 a 3 mm e hidrófugo, no taco volumétrico de 1:3: 0:01.

1.5 - Novo chapisco de cimento areia como em 1:3.

1.6 - Nova camada de argamassa, idêntica ao 1.4. O acabamento deverá ser bem

desempenado ou alisado, não queimado.

1.7 - Proceder a cura úmida por 3 dias, estendendo-se sabre o revestimento

aniagem (sacos ou cobertores) molhando duas vezes ao dia.

Como segunda alternativa o mesmo autor destaca:

2.1 - Remover todas as inscrustaçõe residuais.

2.2 - Rebarbar e/ou estucar saliências ou reentrâncias, com argamassa de cimento e

areia no traço 1:2 (nunca inferior ao traço do concreto).

2.3 - Estando as superfícies limpas e secas, aplicar: uma demão de tinta primária de

penetração (40% asfalto 60% água ráz mineral, varsol – Shellaraz) com esfregalho

apropriado, estado à tinta seca, 24 a 48 horas, aplicar.

2.4 - Com esfrega lho apropriado aplicar uma demão de asfalto 0,84, a quente.

Consumo a mínimo 2,0 kg/ m².

2.5 - Sobre o asfalto ainda quente: uma membrana de feltro-asfáltico 250/15,

energicamente friccionado, para perfeita aderência ao asfalto.

2.6 - Aplicação de nova demão de asfalto oxidado 0,84 a quente, idêntico ao item

2.4. Consumo mínimo 1,5 kg/m².

2.7 – Todos os muros de arrimo deve ser feito um trabalho de drenagem, colocando

do lado interno um tubo ou manilha furada em envolto de bidim ou gel têxtil e cobertura

com brita 1 e 2 facilitando a drenagem, alem de colocação de tubos que atravessem as

paredes como dreno de saída.

3.4. IMPERMEABILIZAÇÃO EM POÇO DE ELEVADORES

Segundo Zeno Pirondi (1979, p. 91), citado em seu manual prático de

impermeabilização: destaca que na presença de umidade e água de percolação o processo

a ser seguido antes da concretagem da estrutura do poço deve ser o que ilustra a Figura

3.2.

18

Figura 3.2 – Poço de Elevadores.

Fonte: Manual Prático de Impermeabilização, Zeno Pirondi, 1979.

Na profundidade do poço deve–se prever que haverá uma elevação de mais ou

menos 15 cm do normal nas paredes haverá um engrossamento de aproximadamente 3 a 5

cm pelo revestimento impermeável (Manual Prático de Impermeabilização, Zeno Pirondi,

1979, p. 109).

As paredes revestidas por esta alternativa não poderão sofrer perfurações fixação

de guias ou outros. Os eventuais suportes deverão ser fixados acima deste revestimento e

no lastro a maior do piso (Manual Prático de Impermeabilização, Zeno Pirondi, 1979, p.

109).

Mesmo que suportes e outros sejam instalados antes da aplicação deste

revestimento, por efeito de vibrações, haverá passagem de umidade ou água através dos

chumba dores. Portanto esses deverão sei instalados acima da cota impermeabilizada

(Manual Prático de Impermeabilização, Zeno Pirondi, 1979, p. 109).

3.4.1. PROCESSO DE EXECUÇÃO

Conforme destaca Zeno Pirondi, em seu manual prático de impermeabilização,

(1979, p. 109), o processo de execução deve ser o seguinte:

1 - Remoção de toda incrustações residual, especialmente madeira;

2 - Limpeza enérgica com escova de aço e água, ou apicoamento geral da área;

3 - Chapisco aberto, com areia e cimento na traço 1:2;

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4 - Camada de argamassa de cimento, areia peneirada com linha granulométrica de

0 a 3 mm e hidrófugo no traço 1:3: 0:05, fator água cimento 0.6, espessura máxima por

demão 1 cm;

5 - Nova chapisco;

6 - Nova camada de argamassa;

7 - Uma camada de “nata” de cimento e areia peneirada com linha granulométrica de

0 a 1 mm e hidrófugo na traço 1:1: 0:05.

O acabamento será bem desempenado ou alisado.

3.5. IMPERMEABILIZAÇÃO DE PISCINAS

Conforme destaca Zeno Pirondi, em seu manual prático de impermeabilização,

(1979, p. 80), o processo de execução com argamassa rígida em piscinas deve ser o

seguinte:

1 - Remoção de toda incrustação residual, especialmente madeiras;

2 - Limpeza enérgica com escova de aço e água, ou preferivelmente, apicoamento

geral da área, para detectarem-se eventuais agregações, “ninhos e gaiolas” no concreto;

3 - Chapisco aberto com cimento areia no traço volumétrico 1:2;

4 - Camada de argamassa de cimento, areia peneirada com linha granulométrica 0 a

3 mm e hidrófugo no traço volumétrico de 1:3:0:05 fator água-cimento 0.60, espessura

máxima por demão 1 cm;

5 - Novo chapisco como acima de cimento e areia;

6 - Nova camada de argamassa;

7 - Uma camada de “nata” de cimento e areia peneirada 0 a 1 mm e hidrófugo, no

traço volumétrico de 1:1: 0:05, fator água-cimento 0.60, acabamento alisado a

desempenadeira de aço;

8 - No chapisco com cimento e areia no traço volumétrico 1:2. Sobre este será

aplicado o revestimento final previsto;

A argamassa preparada a mais de 2 horas, não pode ser utilizada para esses

serviços. As emendas de continuidade serão chanfradas, quando o espaçamento, tempo de

continuidade, for maior que 18 horas, as emendas devem ser precedidas de uma demão de

solução epóxi da fixadora de cimentado;

As juntas de serviços em sobreposição devem ser defasadas das anteriores.

20

3.6. IMPERMEABILIZAÇÃO DE SUBSOLO PELA FACE EXTERNA OU INTERNA

Este tratamento só é empregado em estruturas não sujeitas as trincas são

solicitadas. Os revestimentos com argamassa rígida devem ser aplicados preferencialmente

na face da pressão de água, na face oposta, internos, somente quando não for possível a

aplicação externa (Manual Prático de Impermeabilização, Zeno Pirondi, 1979, p. 95).

A espessura mínima para este revestimento será 3 cm. Juntas de construção

deverão ser previamente tratadas, na face do concreto e posteriormente na superfície.

Passagem de elementos através a impermeabilização, serão previstos detalhamento

executados em conformidade à orientação do empreiteiro da impermeabilização. Instalar

todos os tubos e implementos que devem atravessar as áreas a serem tratadas. As

superfícies a serem revestidas devem estar suficientemente secas ou com umidade

compatível aos serviços a serem executados; filmes de água visíveis será impedimento

desta aplicação do revestimento e receberão tratamento apropriado, à parte, deste

revestimento com cimento e hidrófugo de pega rápida (Manual Prático de

Impermeabilização, Zeno Pirondi, 1979, p. 95).

Quando o revestimento nas verticais for executado na face externa “lado da pressão

d’ água”, o sub-piso será impermeabilizado e protegido antes da construção da cortina de

fechamento de perímetro e atingirá a face externa da construção, de forma tal a

proporcionar emendas de continuidade do revestimento externo, em aproximadamente 50

cm a maior (Manual Prático de Impermeabilização, Zeno Pirondi, 1979, p. 95).

A figura 3.3 abaixo, ilustra o processo de impermeabilização de subsolos pela face

externa.

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Figura 3.3 – Subsolo Face Externa.

Fonte: Manual Prático de Impermeabilização, Zeno Pirondi, 1979.

3.7. EXECUÇÃO COM ARGAMASSA RÍGIDA

Estando a área nas condições já mencionadas anteriormente e com todos os

ângulos arredondados em meia cana com roia de 8 cm, se o tratamento for interno iniciar os

serviços pela cortinas, se externo iniciar pelo piso conforme determina o manual prático de

impermeabilização Zeno Pirondi (979, p. 95):

1 - Apicoamento geral com remoção de todas as incrustações residuais,

especialmente madeiras, lavarem com alta pressão.

2 - Aplicação de chapisco aberto de cimento e areia 1:2 aguardar 16 a 24 horas.

3 - Aplicar uma camada de argamassa de cimento, areia peneirada com linha

granulométrica de 0 a 3 mm e hidrofúgo no traço volumétrico de 1:3:0.08, fator água-

cimento 0.55.

A espessura máxima por demão não poderá ser maior que 1 cm. As emendas de

cortinas deverão ser desbastadas; com espaçamento de mais de 16 horas serão

previamente tratados com resina epóxi da fixadora.

Já o Manual Técnico Vedacit (3º edição, p. 18) destaca que: caso o sistema de

impermeabilização necessite providenciar durante sua execução, proteção adequada contra

a ação das intempéries. Impedir o trânsito de pessoal, material e equipamento estranho ao

processo de impermeabilização, durante sua execução.

Observar as normas de segurança quanto ao fogo, no caso das impermeabilizações

utilizando materiais asfáltico a quente ou contendo solvente. Nessas situações, deve tomar

22

cuidados especiais em ambiente fechados, no tocante fogo, explosão e intoxicação, a que o

pessoal estiver sujeitos, prevendo uma ventilação forçada (Manual Técnico Vedacit, 3º

edição, p. 18).

3.7.1. RECOMENDAÇÕES

Conforme destaca Zeno Pirondi em seu manual prático de impermeabilização,

(1979, p. 95): se espessuras maiores forem necessárias, para corrigir prumadas e níveis,

repetir as aplicações citadas anteriormente no ítem 3.7, até se obter a espessura

necessária, nunca engrossar mais de 1 cm. por camada.

O acabamento deve ser alisado a desempenadeira de madeira e não queimado a

colher de pedreiro, para permitir posteriores acabamentos, a cura úmida por três dias deve

ser obedecida. e perfurações posteriores são proibidas (Manual Prático de

Impermeabilização, Zeno Pirondi, 1979, p. 95).

3.7.2. AVALIAÇÃO TÉCNICA DOS SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÕES

A escolha do sistema de impermeabilização mais adequado para uma devida

construção é função de vários fatores, tais como: forma da estrutura, movimentação

admissível no cálculo da mesma, temperatura e umidade relativa local, efeitos

arquitetônicos que se deseja obter e custo entre outros (Manual Prático de

Impermeabilização, Zeno Pirondi, 1979, p. 07).

Objetivando uma escolha numérica mais técnica, não empírica, ou por força de

poderes de persuasão, elegemos cinco pontos fundamentais, quantificáveis por ensaios de

laboratório e ainda por experiências próprias para cada situação ou localização, os quais

analisaremos no próximo item desta monografia (Manual Prático de Impermeabilização,

Zeno Pirondi, 1979, p. 07).

Para fins deste estudo, consideramos vida útil de uma impermeabilização, como

sendo o espaço de tempo decorrido, desde o término dos serviços de impermeabilização

propostos, até o dia em que os componentes do sistema atinjam uma ponta de fadiga, que

comprometa seu pleno desempenho requerido, necessitando manutenção ou reparos.

Portanto, consideramos o tempo de 25 anos, como sendo a vida útil ideal de uma

edificação, assim ao sistema de impermeabilização, como durabilidade mínima de 25 anos,

23

atribuirá o maior conceito (Manual Prático de Impermeabilização, Zeno Pirondi, 1979, p.

07).

Os materiais e o sistema devem ser testados, para avaliação de sua resistência aos

raios ultravioletas e infravermelhos, porém o teste de laboratório mais indicativo da

longevidade dos materiais é o de envelhecimento acelerado por ozônio, que deve ser

realizados com concentrações de ozônio próximo a 100 ppcm, que corresponde às maiores

concentrações encontradas na atmosfera do Brasil (Manual Prático de Impermeabilização,

Zeno Pirondi, 1979, p. 07).

3.7.3. PONTOS FUNDAMENTAIS PARA AVALIAÇÃO

Segundo determina o manual prático de impermeabilização de Zeno Pirondi, (1979,

p. 07), os pontos fundamentais para avaliação são:

1 - Impermeabilização dos materiais.

2 - Resiliência dos materiais.

3 - Longevidade dos sistemas de impermeabilização

4 - Proteção mecânica e proteção térmica.

5 - Custo.

A fim de compararmos os diversos sistemas de impermeabilização, vamos

introduzir, este estudo, um número variável de 0 (zero) a 20 (vinte), que chamaremos de

conceito, que representa o valor de uma impermeabilização em relação à outra (Manual

Prático de Impermeabilização, Zeno Pirondi, 1979, p. 07).

O maior conceito (vinte) será associado ao material que representa melhor

desempenho, do ponto de vista da propriedade que estiver considerando e o menor número

(zero) ao material que apresentar pior desempenho do ponto de vista da propriedade

considerada, admitindo-se números de conceitos intermediários proporcionais para as

demais matérias (Manual Prático de Impermeabilização, Zeno Pirondi, 1979, p. 07).

Como estão colocados cinco itens fundamentais, atribuiremos um valor numérico a

ser atingido para cada conceito igual a 20, para se obter, na somatória, um valor ideal de

100% (Manual Prático de Impermeabilização, Zeno Pirondi, 1979, p. 07).

3.7.3.1 IMPERMEABILIZAÇÃO DOS MATERIAIS

24

Para esta avaliação, adotaremos o conceito de absorção d’água dos materiais, uma

vez que este valor é de fácil obtenção em laboratório, através do método de ensaio ASTM

D 471, que a própria ABNT já especificou para vários materiais de impermeabilização

(Manual Prático de Impermeabilização, Zeno Pirondi, 1979, p. 07).

Temos então, que absorção é dada em porcentagem de água absorvida pelo peso

seco do material, sendo especificado a temperatura de água e o tempo de imersão e

adotando-se sempre igual espessura de material para ensaios comparativos, conforme

ilustra a Tabela 3.1.

Tabela 3.1 - Absorção de água por imersão. Fonte: Manual Prático de Impermeabilização,

Zeno Pirondi, 1979, p. 07.

Absorção Conceitos

Argamassa rígida 6 % 0 a 10

Feltro asfáltico + asfalto 2 a 4 % 7 a 14

E mulsão hidro-asfática 3 % 10

Mantas Butylicas 0,1 % 20

Mantas de PVC 2,1 % 13

Solução de Neoprene + Hypalon 0,5 a 5 % 3 a 18

Solução de Elastômeros Combinados 0,25 % 19

Assim, como se definiu medir a impermeabilização dos materiais através da

absorção, uma análise análoga poderia ser feito, levando-se em conta a resistência dos

materiais à passagem da água e à passagem de vapor, cujos resultados conceituais, para a

finalidade em avaliação, não discrepantes (Manual Prático de Impermeabilização, Zeno

Pirondi, 1979, p. 08).

25

3.7.3.2. RECILIÊNCIA DOS MATERIAIS

Chamamos, então de reciliência de um material, a capacidade que o mesmo tem de

voltar às suas dimensões iniciais, uma vez cessada a causa que provocou a deformação,

seja ela de origem térmica ou mecânica, e após vários ciclos de repetição do fenômeno em

questão (Manual Prático de Impermeabilização, Zeno Pirondi, 1979, p. 08).

Consideramos, para efeitos de comparação dos diversos sistemas, os valores de

alongamento à tração, que estão especificados nas Normas Brasileiras, para os materiais

ou sistema em avaliação, conforme ilustra a Tabela 3.2.

Tabela 3.2 – Resiliência dos Materiais. Fonte: Manual Prático de Impermeabilização, Zeno

Pirondi, 1979, p. 08.

Materiais Alongamento Deformação Conceito

Permanente % Méd io

Argamassa rígida 0 100 0

Asfalto 350 100 7

Feltro + asfalto 2 a 6 5 1

Emulsão hidro asfáltica 5 100 7

Manta Butylica 350 1 20

Manta de PVC 250 25 9

Elastômeros sintético 300 11 12

3.7.3.3. LONGIVIDADE DOS SISTEMAS DE IMPERMEABILIZA ÇÃO

Este é o mais subjetivo dos enfoques que estão sendo considerados para avaliação

dos sistemas de impermeabilização, por depender da localização de sua aplicação (Manual

Prático de Impermeabilização, Zeno Pirondi, 1979, p. 08).

Para o tempo de vida de impermeabilização, menor que 25 anos, atribuiremos

números de conceitos proporcionalmente menores (Manual Prático de Impermeabilização,

Zeno Pirondi, 1979, p. 08).

Em nossa conceituação, não levamos em conta eventuais deferências executivas,

por serem possíveis de ocorrer em todos os sistemas, mas tão somente longevidade

associada a cada sistema de impermeabilização, em função do tipo de obra e da existência

26

ou não de proteção mecânica e térmica (Manual Prático de Impermeabilização, Zeno

Pirondi, 1979, p. 08).

Conceituaremos então longevidade, através da nossa experiência, em

impermeabilização colhida na vivencia prática de obra ao logo dos anos (Manual Prático de

Impermeabilização, Zeno Pirondi, 1979, p. 08).

Os valores do quadro abaixo estão considerados para os sistemas de

impermeabilização normalizados pela ABNT e instalados com aqueles valores mínimos e

estão expressos pela experiência notória no tempo de sua utilização (Manual Prático de

Impermeabilização, Zeno Pirondi, 1979, p. 08).

Utilizando-se nas impermeabilizações asfaltos modificados, enriquecidos com

elastômeros sintéticos compatíveis às altas temperaturas da adição (mistura), a vida útil e o

conceito serão aumentados em de 25% (Manual Prático de Impermeabilização, Zeno

Pirondi, 1979, p. 08).

A Tabela 3.3 ilustra a longevidade dos sistemas de impermeabilização.

Tabela 3.3 – Longevidade dos Sistemas de Impermeabilização. Fonte: Manual Prático de

Impermeabilização, Zeno Pirondi, 1979, p. 09.

Materiais Vida útil Conceitos

Argamassa rígida 0 a 25 anos 0 a 20

Feltro-asfáltico + asfaltos 4 a 25 anos 3,2 a 20

(com umidade relativa do ar entre mínima 40% e máxima de 80%)

Em umidade relativa abaixa de 40% 1 a 2 anos 0,8 a 1,6

Emulsões hidro-asfáltica 4 a 10 anos 3,2 a 8

Mantas butylicas 25 a 50 anos 20 a 20

Mantas de PVC 3 a 10 anos 2,4 a 8

3.7.3.4. PROTEÇÃO MECÂNICA E ISOLAÇÃO TÉRMICA

Estes dois aspectos são muito importantes no que diz respeito ao desempenho do

sistema de impermeabilização utilização (Manual Prático de Impermeabilização, Zeno

Pirondi, 1979, p. 09).

Aconselhamos aos projetistas e aos calculistas que exijam para a cobertura plana,

no mínimo, uma correção térmica de estabilidade estrutural (Manual Prático de

Impermeabilização, Zeno Pirondi, 1979, p. 09).

27

A menos nas obras nas quais se exija por motivos técnicos ou estéticos que a

impermeabilização seja exposta, nas demais é executada uma proteção mecânica para

impedir a danificação do material impermeabilizante: pela ação do tráfico de pessoal, que

durante o serviço, quer a pós a execução, e pela incidência de radiações solares diretas,

que provoca a evaporação da porção volátil dos materiais, diretamente responsável pela

elasticidade dos mesmos (Manual Prático de Impermeabilização, Zeno Pirondi, 1979, p.

09).

A isolação térmica tem grande importância na vida útil de um impermeabilizante,

especialmente pela diminuição dos diferenciais de temperaturas sobre a estrutura, com a

conseqüente diminuição das tensões provocadas sobre a camada de impermeabilizante,

pela movimentação da estrutura, e ainda índice de conforto interno e pela economia de

KW,h no equilíbrio térmico do ambiente (Manual Prático de Impermeabilização, Zeno

Pirondi, 1979, p. 09).

3.7.3.5. CUSTOS

Cabe aqui ressaltar, que o custo inicial de uma impermeabilização, mesmo

aparentemente elevado, tem consideração insignificante em conforto com o todo da abra e

aos custos de futuras manutenções (Manual Prático de Impermeabilização, Zeno Pirondi,

1979, p. 10).

Da impermeabilização o custo propriamente dita, não considerando outros confortos

ou benefício pretendido, oscila entre 1% a 3 % do valor da obra. Abaixo, para os diversos

sistemas em estudo, foram compostas seguintes as indicações de materiais, mão de obra e

BDI (Manual Prático de Impermeabilização, Zeno Pirondi, 1979, p. 10).

Para critério de conceituação utilizaremos: o menor preço obtido: conceito 20 (vinte)

e o maior preço obtido: conceito 0 (zero), conforme ilustra a Tabela 3.4.

Tabela 3.4 – Conceitos de Custos. Fonte: Manual Prático de Impermeabilização, Zeno

Pirondi, 1979, p. 10.

Impermeabilização Preço Médio M² Conceito

Argamassa rígida c/ hidrófugos R$ 31,67 20

(3 Feltro asfáltico + 4 asfalto) R$ 44,51 13

Emulsões hidro-asfálticas com 3 véus R$ 42,84 15

Mantas butylicas coberto a quente R$ 48,32 11

Manta de PVC + berço asfáltico R$ 42,22 15

28

3.8. ARGAMASSA IMPERMEÁVEL RÍGIDA

Conforme determina o fabricante Otto Baumgart no Manual Técnico, Vedacit, 3º

edição, p. 16): a aplicação da argamassa impermeável requer que previamente sejam

obedecidas as recomendações relacionadas a seguir. A localização do revestimento com

argamassa impermeável deve, preferencialmente, ser do lado da pressão da água. Caso

ocorra a presença de filme de água, ele necessita ser eliminado antes de execução da

impermeabilização definitiva. Para isso, emprega-se o impermeabilizante líquido de pega-

rapida que é adicionado ao cimento e utilizado para, tamponar orifícios por onde jorra água,

impermeabilizar superfícies úmidas e concretagem em presença de água.

Outro impermeabilizante de pega últra-rápida, fornecido pronto para uso, bastando

adicionar água, “Vedacit Tamp”. Conforme a dosagem, eles podem agir em até alguns

segundos, possibilitando que posteriormente seja feito a impermeabilização definitiva,

mesmo em locais onde haja afloramento de água (Manual Técnico Vedacit (3º edição, p.

16).

As juntas devem ser previstas com espaçamento adequado e executadas

apresentando superfícies planas e paralelas. Corrigir eventuais trincas na estrutura

previamente, evitar passagem de elemento através da impermeabilização, mas que,

quando necessário, precisará ser cuidadosamente detalhada (Manual Técnico Vedacit (3º

edição, p. 16).

Para perfeita aderência da argamassa impermeável feita, as superfícies devem estar

ásperas e limpas, sem partículas soltas. Quando lisas, é necessário picotá-las e lavá-las, é

indicado, ainda, umedecer as superfícies algumas horas antes de se dar as chapadas para

que, secas, não absorvam a água necessária para a hidratação perfeita do cimento da

argamassa. Retirar materiais estranhos, tais como pedaços de madeira e pontas de ferro,

pois por meio deles a água poderá encontrar um caminho para se infiltrar. Em todos os

casos, a melhor aderência entre as superfícies e a argamassa á obtida por um chapisco

aberto de cimento e areia, amolecido com um adesivo. Esses cuidados devem ser

praticamente triplico a resistência ao arranca mento. Lembrar sempre que não deve usar

aditivo impermeabilizante no chapisco, para não prejudicar a sua aderência. Caso haja

contos e arestas, pontos de concentração de tensões que favoreçam o surgimento de

trincas, eles devem ser arredondados, com rios mínimos de 8 cm (Manual Técnico Vedacit

(3º edição, p. 16).

29

A areia (média - de 0 a 3 mm) deve ser bem limpa, de preferência lavada e

peneirada, isenta de material orgânico. Usar sempre cimento novo sem pelotas. A cura

também é muito importante para se obter plena à eficiência da argamassa impermeável,

deve-se mantê-la úmida por 3 dias, no mínimo (Manual Técnico Vedacit (3º edição, p. 17) .

Outra recomendação importante é que a última chapada de argamassa impermeável

utilizada em parede interna e externa, seja qual for o caso, nunca seja queimada ou alisada

com desempenadeira de aço ou colher de pedreira. Usar sempre desempenadeira de

madeira, a fim de não fechas os poros da última camada. Isso porque impede que a

penetração de água na forma líquida, permitindo, entretanto, a sua passagem na forma de

vapor. A parede ou o piso passam então a “espirar”, conferindo salubridade ao ambiente

(Manual Técnico Vedacit (3º edição, p. 17) .

3.8.1. PREPARO E REGULARIZAÇÃO DAS SUPERFICIES

Conforme determina o Manual Técnico Vedacit (3º edição, p. 17), a preparação e

regularização das superfícies deve ser o seguinte processo:

1 - Preencher as cavidades ou ninhos existentes na superfície com argamassa de

cimento e areia, traço volumétrico 1:3, com ou em aditivo;

2 - As superfícies devem estar suficientemente secas, de acordo com a necessidade

do sistema de impermeabilização;

3 - O substrato a ser impermeabilizado não deve apresentar contos e arestas vivas,

os quis devem ser arredondados;

4 - As superfícies devem estar limpas, e isentam de poeiras, óleos ou graxas, restos

de formas, pontas de ferro, partículas soltas, etc;

5 - Toda superfície a ser impermeabilizada e, que requeira escoamento de água,

deve ter um caimento mínimo de 1% em direção aos coletores;

6 - A superfície a ser impermeabilizada deve ser isenta de protuberâncias e com

resistência e textura compatível com o sistema de impermeabilização a ser empregado;

7 - Devem ser cuidadosamente executados os detalhes como: juntas, ralos, poda-

pé, passagem de tubulações, emendas, ancoragem, etc.

30

3.8.2. INFORME DOIS DE IMPERMEABILIZAÇÃO PETROBRÁS

De forma geral, o Informe Dois de Impermeabilização Petrobrás, determina que se

deve tratar as trincas fissuras de forma compatível com sistema de impermeabilização a ser

empregado e que os projetos de impermeabilização de piscinas devem seguir as

recomendações da NBR 9574/86, que prevê as condições gerais e as especificas de um

projeto de impermeabilização.

Além disso, desenhos e detalhes técnicos, memoriais descritivos e o quantitativo de

materiais e serviços, e estimativa de custos, são dados que precisam constar do escopo da

impermeabilização.

O conhecimento dos parâmetros técnicos e os esforços envolvidos na estrutura das

piscinas variação de temperatura ao longo do ano e acomodação do terreno, pos exemplo,

auxiliam na escolha do material impermeabilizante.

Os especialistas alentam que o objetivo da impermeabilização é tornar as estruturas

estanques e não cumprir o papel de reforço estrutural. Uma característica importante a ser

analisada é a pressão cuja tendência é comprimir a impermeabilização contra a estrutura,

pede-se usar mantas asfálticas elastoméricas ou plastoméricas. A pressão negativa,

tendência de destacamento da impermeabilização devido ao alto nível do lençol freático

demanda o uso de um sistema executivo com argamassa polimérica em conjunto com um

produto à base de resina termoplásticas.

Para Marcelo Ming, da Lwart, não basta analisar o esforço impresso pela água, o

tipo de estrutura, e a base de apoio da piscina determinam um comportamento, diferente e

exigem da impermeabilização esforços e desempenhos diversos. A compatibilidade da

impermeabilização com os demais projetos de obra é outro fator que precisa ser levado em

conta, escadas, rebaixos, ralos, holofotes e tipos especiais de revestimentos, por exemplo,

requer atenção especial com as emendas e acabamentos.

É importante prever diferenças de níveis para execução da impermeabilização,

Obedecer a todas as recomendações dos fabricantes é imprescindível, em geral a mão de

obra de trabalhadores da construção civil pode ser utilizada para executar os serviços de

impermeabilização, exceto quando as características do material, exigir mão-de-obra

especializada. “É importante contratar pessoal qualificado e que conheça os detalhes para o

bom desempenho do impermeabilizante especificado”, as piscinas elevadas, localizadas em

lajes de cobertura, térreo ou mezanino requer sistema flexível, que apresentem maior

resistência aos movimentos naturais da estrutura e do próprio tanque.

31

Mantas asfáltica pré-fabricadas e membranas asfáltica moldadas in loco são os

materiais mais recomendados. “Os sistemas rígidos, argamassas aditivadas cimentos

poliméricos e cristalizantes, podem ser empregados em tanques enterrados”, nesses casos

é necessário, porém, verificar se não há possibilidade de recalques diferenciados ou

fissuras na estrutura de concreto ou na alvenaria estrutural.

As mantas pré-fabricadas também podem ser usadas nos reservatórios enterrados,

pois observem de maneira razoável os movimentos das paredes da piscina do próprio solo.

3.8.2.1. OPÇÕES DE TRATAMENTO DE PAREDES

As reformas sempre exigem algum serviço complementar, como recuperação da

estrutura, nova pintura e constituição do revestimento (Informe Dois de Impermeabilização

Petrobrás, p. 13).

Cabe perguntar aos técnicos se a análise prévia do solo pode ajudar a conter a

umidade ascendente ou se o rebaixamento do lençol freático é uma medida recomendável.

A presença de lençol freático pode provocar mais do que umidade ascendente. Pode

provocar infiltrações. O rebaixamento tem que ser constante, para prevenir as variações no

período de chuvas, e mesmo assim, dependendo do tipo de solo, a saturação da terra

manteria o risco de umidade ascendente revestimento (Informe Dois de Impermeabilização

Petrobrás, p. 13).

Rebaixar o lençol freático, muitas vezes, é um serviço essencial. O rebaixamento do

lençol pode impedir infiltração, mas neste caso trata-se de infiltração de água imposta por

fluido sob pressão unilateral, assim mesmo, a medida ajuda a diminuir a intensidade de

manifestação da umidade ascendente, pois manterá o solo menos saturado. “Todos os

tipos de drenagens contribuindo para minimizar a intensidade de umidade ascendente, mas

uma impermeabilização adequada resolve o problema (Informe Dois de Impermeabilização

Petrobrás, p. 13).

Indica o Informe Dois de Impermeabilização Petrobrás, diversas alternativas de

tratamento de paredes, dentre elas citamos algumas:

• Parede de alvenaria maciça: por este processo, o impermeabilizante penetra

na base do baldrame e se combina com a água, formando cristais estáveis e

insolúveis que tamponam a porosidade dos tijolos maciços, impedido a ascensão

da umidade por capilaridade. “É um tratamento que elimina a causa do

problema, e basta executá-la apenas num dos lados da parede”.

32

Para executá-la, o Informe Dois de Impermeabilização Petrobrás, destaca na página

13 o passo a passo: “Retire toda a argamassa de revestimento até chegar ao tijolinho;

conforme vá até 50 cm acima da manifestação da umidade. Execute duas linhas de

perfuração alternadas, distância entre si em torna de 10 a 15 cm e do piso em torno de 5

cm. Os furos deverão der inclinados de 45* e atingir cerca de um terço da parede. Sature a

perfuração com água. Retire o excesso e faça aplicação da impermeabilização liquida de base

mineral, que age pelo processo de cristalização”.

• Parede de tijolo furado: se a umidade estiver ascendendo pela argamassa, o

tratamento impermeabilizante é para o efeito e não para a causa. No processo

anterior, a umidade permanecerá contida no interior da parede, mas não se

manifestará na superfície pela presença de um revestimento impermeável.

Para executá-la, o o Informe Dois de Impermeabilização Petrobrás, destaca na

página 13 o passo a passo: “Remova toda a argamassa conforme fig. 5 até a altura mínima

de 1 metro acima da manifestação da unidade (recomenda em toda a parede). Execute

uma camada de revestimento só com cimento e areia, a um traço de 1: 3. servido como

reforço”.

3.8.2.2. CUSTOS

Conforme destaca o Informe Dois de Impermeabilização Petrobrás, é necessário

avaliar criteriosamente a relação custo-benefício de uma boa impermeabilização. Os gastos

variam d 1% a 3%, em média do custo total da obra. Os reparos ou a reconstrução de uma

proteção, entretanto, podem gerar gastos de até 15%, em média, do custo total da obra.

O reparo inclui a retirada de revestimento, argamassa e impermeabilização, sem

nenhuma possibilidade de reaproveitamento.

3.8.2.3. CONSEQUÊNCIAS

O Informe Dois de Impermeabilização Petrobrás, cita na página 13, as

conseqüências da umidade nas edificações, são elas:

• Fundações: ao acender pela fundação, a umidade pode correr a armadura de

pilar, comprometendo a estrutura, além de desagregas a alvenaria. Paredes

internas pintadas. Os efeitos são variados: bolor, manchas e eflorescências na

pintura com posterior desagregação do revestimento (reboco, emboço e

33

acabamento). Há ocorrência constante também de mofo e bolor nas paredes,

tornando o ambiente insalubre.

• Paredes azulejadas: quando a umidade ascendente é muito severa, pode

ocorrer o destacamento dos azulejos. Nas paredes azulejadas, a capacidade de

a cessão da umidade se potencializa, pois a área de manifestação da umidade

está restrita ou confinada pelos azulejos.

• Piso cerâmico: os pisos também sofrem os efeitos da umidade, que sobe pela

laje. Neste caso, pode haver deslocamento e destacamento da cerâmica, além

de eflorescência do piso.

• Piso com assoalho: este é um caso bastante crítico. A madeira se deteriora

com a presença da umidade, pode empenar e apodrecer, favorecendo o ataque

e a proliferação de cupins.

• Parede de concreto aparente: a pior patologia encontrada aqui é a

carbonatação do concreto, o CO2 retido na estrutura reage com a água

proveniente da infiltração e forma o carbonato de cálcio, que causa danos

estéticos e estruturais. Todavia, não se trata de umidade ascendente, pois este

tipo de parede (cortina ou parede diafragma) é estrutural e necessita de

impermeabilização.

3.8.2.4. PREPARO DA SUPERFÍCIE E APLICAÇÃO

Impermeabilização rígida pelo lado interno, caso não seja possível trabalhar no lado

de externo, pode-se utilizar, internamente, conforme as instruções a seguir.

A impermeabilização rígida pelo lado interno requer que a área seja lavada com jato

de água de alta pressão ou com escova de aço e água. É necessário também fazer reparos

em nichos e falhas de concreto na estrutura e, se necessário, camadas de regularização

(Informe Dois de Impermeabilização Petrobrás, p. 13).

A superfície a ser impermeabilizada deve estar umedecida. Aplicar a argamassa

com trinchas ou brocha, ver fig. 5 em demãos cruzadas, a fim de eventuais espaços vazios,

com intervalo de duas a seis horas entre camadas, dependendo da temperatura ambiente.

Em áreas críticas, como ao redor de ralos, juntas de concretagem, os rodapés, deve ser

reforçar com a colocação de uma estruturante de véu ou tela de poliéster após a primeira

demão. Em áreas abertas ou sob a incidência solar, promova uma cura úmida por 72 horas

(Informe Dois de Impermeabilização Petrobrás, p. 13).

34

A Figura 3.4 demonstra essa aplicação.

Figura 3.4 – Aplicação Produto Impermeabilizante.

Fonte: José Carlos da Silva, 2007.

3.8.2.5. ERROS MAIS COMUNS NO TRATO DAS ÁREAS MOLHADAS

Conforme destaca o Informe Dois de Impermeabilização Petrobrás, p. 15, os erros

mais comuns no trato das áreas molhadas são:

• Cota de cimento: Cota insuficiente para acomodar as camadas da

impermeabilização, falta de condições para execução de caimento e igualar as

cotas das áreas não impermeabilizadas e impermeabilizadas.

• Tubulações: Posicionamento inadequado de tubos e ralos, e fixação incorreta da

tubulação na laje.

3.9. O QUE É ÚMIDADE ASCENDENTE

O Informe Dois de Impermeabilização Petrobrás, afirma que: a umidade ascendente

costuma se manifestar em pisos e rodapés, subindo pelas as paredes por capilaridade,

variando de 0,30 a 1,50 m na altura, as conseqüências são danosas desde mofo, bolhas na

pintura e o comprometimento dos revestimentos (azulejos e pisos) sem contar com a

35

argamassa que se soltando deixando um aspecto ruim horas (Informe Dois de

Impermeabilização Petrobrás, p. 12).

Depois de instaladas, o problema pode ser resolvido, mas sempre será um grande

transtorno e envolverá quebra-quebra. Outra fonte de umidade é o contato direto da parede

com o solo úmido, mas aí já não se trata de umidade ascendente. Enquanto a umidade

ascendente provém de uma baldrame com impermeabilização inadequada, a umidade de

parede em contato com o solo resulta de impermeabilização inadequada da parede horas

(Informe Dois de Impermeabilização Petrobrás, p. 12).

A umidade ascendente se manifesta tipicamente nas paredes, mas outras áreas

podem apresentar o problema. Todas as áreas em contado com o solo são vulneráveis,

baldrames, alicerce, muros de arrimo, paredes, pisos e lajes horas (Informe Dois de

Impermeabilização Petrobrás, p. 12).

O piso será potencialmente atingido se a edificação possuir fundações do tipo radier,

e a impermeabilização for deficiente horas (Informe Dois de Impermeabilização Petrobrás,

p. 12).

Aliás, esta é uma característica: as obras vítimas de umidade ascendente não são

enterradas. Acontece que a fundação, pelo fato de esta enterrada e não impermeabilizada

em seu topo, permite a passagem de umidade para as paredes horas (Informe Dois de

Impermeabilização Petrobrás, p. 12).

3.9.1. COMO EVITAR

A melhor maneira de se evitar a umidade ascendente é impermeabilizar do baldrame

antes da execução da alvenaria, ver figuras 6 e 7, isso pode ser feito através de colagem da

monta asfáultica pré-maldade ou revestido o baldrame com argamassa polimérica

impermeabilizante rígida. A impermeabilização das fundações é recomendável em qualquer

circunstância, pois independentemente de estarem sujeitas à ação de lençol freático, o

contato das fundações com o solo já é suficiente para a transmissão da umidade horas

(Informe Dois de Impermeabilização Petrobrás, p. 12).

A Figura 3.5 ilustra o processo de prevenção de alicerce.

36

Figura 3.5 – Prevenção de Alicerce.

Fonte: Otto Baumgartt, 2007.

Na opinião de diversos profissionais da área, conforme mostra o Informe Dois de

Impermeabilização Petrobrás, p. 12:

Leonilda Ferme, da Denver Global diz:

“As construções enterradas ou em contato com o solo são as

maiores vitimas e não necessariamente ascendente. Acontece

que a fundação, pelo fato de estar enterrada elas não são

impermeabilizadas em seu topo, permitindo a passagem da

umidade para as paredes”.

João Jordy, da Avibrás diz:

“Para efetuar o tratamento na fase de construção, há uma

infinidade de sistemas eficientes, o que o mercado oferece,

quando o problema já este instalado, as opções são restritas.

Por falta de conhecimento técnico ou suposta economia,

deixa-se de indicar a impermeabilização de elementos e áreas

enterradas. Por isso, constatamos frequentemente infiltrações

e suas conseqüências danosas”.

37

4. MATERIAIS E MÉTODOS

Em comparativo com diversos métodos e produtos existente de aplicação de

impermeabilizantes no mercado, executou-se um trabalho com experimento na parte de

recuperação de obra, em que se tratava de uma umidade ascendente, seguindo os

métodos do fabricante da “OTTO BAUMGARTT” fazendo toda a recuperação pelo lado

interno contra a pressão da água, conforme ilustra as Figuras 4.1, 4.2 e 4.3. Esta é a

maneira mais difícil de se fazer a impermeabilização em caso de recuperação.

Figura 4.1 – Recuperação de Parede.

Fonte: José Carlos da Silva, 2007.

Figura 4.2 – Recuperação de Parede.

Fonte: José Carlos da Silva, 2007.

38

Figura 4.3 - Parede Chapiscada.

Fonte: José Carlos da Silva, 2007.

Foi utilizado um processo de aplicação correto da impermeabilização, com o

acompanhamento de um técnico da empresa que nos auxílio com toda a orientação

necessária para se fazer um bom trabalho.

Todos os materiais empregados nesta pesquisa, seguiram as normas da ABNT,

como prazos de validade devidamente correto, entre outros.

Desta forma, não poderia dar errado, uma vez que, tudo fora feito corretamente, os

resultados não foram nenhuma surpresa.

Para ressaltar passo a passo da execução, destacamos:

• Retirou-se toda a argamassa existente, toda a incrustação, toda a parede foi

lavada, esperou-se um prazo para sua secagem, regularizou-se com argamassa

de cimento e areia aplicamos argamassa polimérica por três demãos, seguindo

toda a recomendação do fabricante e esperou-se o tempo certo de cura e

aplicou-se de uma argamassa de cimento e areia 1:3 com espessura de 1 cm.

Repetiu-se o processo por duas vezes e tudo correu perfeitamente conforme ilustra

a Figura 4.4.

39

Figura 4.4 - Parede Acabada.

Fonte: José Carlos da Silva, 2007.

Na parte de prevenção, todo o trabalho se torna mais fácil e com menor custo. Basta

seguir as normas que destacam os manuais técnicos de impermeabilização.

Além de muito prático, a facilidade e a possibilidade de a aplicação dar certo, são de

100%, desde que executado corretamente, conforme mostra a Figura 4.5 nos serviços

realizados na prevenção.

Figura 4.5 - Aplicando Argamassa Polimérica .

Fonte: José Carlos da Silva, 2007.

40

5. AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS

Antes e depois da execução com as retiradas das argamassas existentes, ver

Figuras 5.1 e 5.2, verificou-se o problema e sua precariedade, que a parede que não havia

sido feito nenhum tipo de impermeabilização.

O local onde se encontravam as paredes estavam em estado de perfeita ruína,

sendo um lugar praticamente insalubre, pois estas paredes estavam emboloradas, todas

manchadas e a argamassa estavam se deslocando e um cheiro forte de bolor.

Este compartimento praticamente impossível de viver com qualidade de vida. Trata-

se de paredes que deveria ser impermeabilizadas pelo lado externo, em favor da pressão

de água, como não fora feito no tempo certo e da maneira correta, só nos restavam

elaborar um tratamento interno, utilizando de materiais impermeabilizantes com argamassa

polimérica rígida.

Figura 5.1 - Parede antes da recuperação.

Fonte: José Carlos da Silva, 2007.

41

Figura 5.2 - Parede em Recuperação.

Fonte: José Carlos da Silva, 2007.

Com a remoção da argamassa, que se encontrava em estado de miséria, com um

rompedor elétrico, assim que terminou a limpeza, todas as paredes foram lavadas com jato

de pressão para retirada das partículas soltas e das poeiras existentes, deixando apenas os

tijolos maciços.

No segundo dia as paredes ainda estavam úmidas e com bastante freqüência de

água. Foi dado um tempo de três dias, para que toda a parede secasse o suficiente. Então

se fez uma argamassa de cimento e areia para regularização, começou-se a aplicação de

uma argamassa polimérica bi-componente, a base de dispersão acrílica, cimento e aditivos

especiais, conforme recomendação do fabricante.

Aplicados argamassa polimérica, conforme mostra a Figura 16, sobre a superfície de

alvenaria, formando uma camada impermeável, repetiu-se este processo por três vezes

consecutivas, dando um intervalo de duas a seis horas, entre uma demão e as outras

cruzadas, para que não ficasse nem uma falha. Com esse processo conseguimos estancar

toda a unidade por completo.

Depois de que as paredes já estavam sem a presença de umidade, foi aplicado um

chapisco com área de uma granulométrica de 0 a 3 mm, e um aditivo no sentido de dar uma

boa aderência.

Então só depois de 72 horas, foi aplicada uma argamassa polimérica no traço de 1:

3 cimento e areia e um aditivo impermeabilizante, com uma espessura de 1 cm e

chapiscou-se novamente repetindo o mesmo processo anterior, conforme ilustra a Figura

5.3.

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Figura 5.3 - Aplicando produto impermeabilizante sob argamassa.

Fonte: José Carlos da Silva, 2007.

Assim que o chapisco ficou seco, aplicou-se uma outra mão de argamassa

polimérica, (rígida).

Depois de 28 dias a contar da data da execução dos trabalhos, constatou-se que as

paredes já se encontravam totalmente seca e livre desta patologia que preocupa 100% dos

brasileiros.

Na hora de construir, ou recuperação, torna os trabalhos, desgastante e incômodos

indesejáveis. Com o famoso quebra-quebra, sem contar no custo altíssimo podendo chegar

até 15% do valor da edificação.

Portanto os projetos de construções a serem executados deverão constar todos os

projetos de impermeabilização desde o subsolo até a sua base e em todas as áreas

molhada, cozinha, lavanderia e banheiro, uma vez feito um bom trabalho de

impermeabilização (rígida), traz conforto e tranqüilidade para o proprietário e morador.

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6. CONCLUSÃO FINAL

É difícil demonstrar a importância da impermeabilização. Ela deve ser realizada na

hora certa e deve constar nos projetos de construção e/ou reformas.

Além de convencer o proprietário a executá-la, muito mais difícil é convencê-lo a

contratar uma mão de obra especializada, tornado as coisas mais complicadas do que já

são. Quando se trata de uma obra residencial, de certa forma acabam sempre por ceder e

executar o processo de impermeabilização. Porém, quando os trabalhos se iniciam, os

proprietários querendo explicar como se faz impermeabilização, como se soubessem mais

que os especialistas da área. Na verdade, o intuito sempre é cortar gastos, fazer tudo pela

metade, do jeito que eles julgam correto.

Quando se trata do empreiteiro, as coisas ficam mais complicadas ainda, devido à

falta de conhecimento suficiente do assunto. Faz-se tudo como o proprietário exige, e em

tão pouco tempo de existência, uma moradia nova já começa apresentar sérios problemas

de impermeabilização, sendo que o correto segundo as normas é durar em média até 25

anos.

No entanto, elas duram em média de 2 ou 3 anos, após este prazo já começam a

apresentar sérios e indesejáveis problemas como: aparência de bolor, a pintura começa a

se estourar, dependendo da umidade até a altura de 1 m.

Quando se trata de dormitório de crianças ou de pessoas idosas, a situação fica

ainda pior. Ocasiona em sérios problemas de saúde respiratória, pois o ambiente vai se

tornando insalubre, devido à falta de manutenção, que na maioria das vezes fica difícil de

ser iniciada, e com isto passa-se por alguns anos, para ser recuperado. Sem contar que o

custo da recuperação de uma obra chega à casa dos 12 % do valor construção.

Vale salientar que, a impermeabilização deve constar em projeto antes mesmo de

iniciar a construção e/ou reforma.

A impermeabilização é de vital importância, evitando assim indesejáveis desgastes

do tipo quebra-quebra e sérios custos financeiros.

Atualmente, existem empresas especializadas em desenvolvimento de projetos de

impermeabilização, confirmando assim a importância desta etapa da construção civil.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9574/1986: Execução de impermeabilização - Procedimento, 1986.

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9575/2003: Impermeabilização: Seleção e Projeto, 2003.

PIRONDI, Zeno. Manual Prático de Impermeabilização. SBR – Editor e Arte Gráfica Ltda – São Paulo, 1979.

PETROBRÁS . Informe 2 de Impermeabilização. Programa brasileiro de impermeabilização, 2007.

VEDACIT. Manual Técnico de Impermeabilização em estruturas, 3º Edição - Otto Baumgart, 2006.