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TCC PARA CRIANÇAS TCC PARA CRIANÇAS ANSIEDADE/DEPRESSÃO ANSIEDADE/DEPRESSÃO Juliana de Quadros Buonocore – 45891 Juliana de Quadros Buonocore – 45891 Laísa Rodrigues Moreira - 45912 Laísa Rodrigues Moreira - 45912 Suzan Veiga - 45918 Suzan Veiga - 45918 Universidade Federal do Rio Grande – FURG Universidade Federal do Rio Grande – FURG Instituto de Ciências Humanas e da Informação – Instituto de Ciências Humanas e da Informação – ICHI ICHI Curso de Psicologia Curso de Psicologia TCC TCC

TCC PARA CRIANÇAS ANSIEDADE/DEPRESSÃO

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Universidade Federal do Rio Grande – FURG Instituto de Ciências Humanas e da Informação – ICHI Curso de Psicologia TCC. TCC PARA CRIANÇAS ANSIEDADE/DEPRESSÃO. Juliana de Quadros Buonocore – 45891 Laísa Rodrigues Moreira - 45912 Suzan Veiga - 45918. TCC PARA CRIANÇAS. - PowerPoint PPT Presentation

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TCC PARA CRIANÇASTCC PARA CRIANÇASANSIEDADE/DEPRESSÃOANSIEDADE/DEPRESSÃO

Juliana de Quadros Buonocore – 45891Juliana de Quadros Buonocore – 45891

Laísa Rodrigues Moreira - 45912Laísa Rodrigues Moreira - 45912

Suzan Veiga - 45918Suzan Veiga - 45918

Universidade Federal do Rio Grande – FURGUniversidade Federal do Rio Grande – FURGInstituto de Ciências Humanas e da Informação – ICHIInstituto de Ciências Humanas e da Informação – ICHI

Curso de PsicologiaCurso de PsicologiaTCCTCC

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TCC PARA CRIANÇAS

Baseia-se geralmente em uma abordagem empírica, de aqui-e-agora.

Visto que as crianças são orientadas a ação, elas aprendem com facilidade fazendo.

(Freidberg , McClure & Garcia 2007)

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Envolve um grau de maturidade e sofisticação cognitiva;

Requer uma capacidade de engajar-se em tarefas abstratas como ver os eventos a partir de perspectivas diferentes ou gerar atribuições alternativas.

(Stallard, 2004)

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Tema de debate

Crianças pensar sobre o pensamento

(Stallard, 2004)

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Muitas das tarefas requerem uma capacidade de raciocinar efetivamente sobre os assuntos e questões concretas.

Estágio operatório concreto (entre 7 e 12 anos de idade)

(Verduyn, 2000 por Stallard, 2004)

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Em nível elementar, as crianças precisam ser capazes de acessar e

comunicar seus pensamentos.

(Stallard, 2004)

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Psicoeducação com crianças

Pensamentos Pensamentos

SentimentosSentimentos

ComportamentosComportamentos

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Exemplos:

Pensar que você não é muito bom para conversar com as pessoas pode fazer você se sentir muito preocupado quando sai com seus amigos. Você pode sair calado, não falar muito.

Pensar que ninguém gosta de você pode fazê-lo se sentir triste. Você pode ficar em casa sozinho.

(Stallard, 2004)

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Acessando pensamentos

Questionamento direto: entrevistas

Abordagem indireta: desenho, marionetes e peças de teatro.

(Freidberg , McClure & Garcia 2007; Stallard, 2004)

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Baralho dos Pensamentos

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Pensamentos Automáticos/Mediados

Ex: Sessão de pintura sobre um rio.

(Ronen, 1992 por Stallard, 2004)

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Identificando Sentimentos

Identificar e relatar sentimentos é difícil para muitas crianças, portanto é dever dos terapeutas criar maneiras de superar tais dificuldades.

(Stallard, 2004)

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Baralho das Emoções

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Identificando comportamentos

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Transtornos de Ansiedade em Transtornos de Ansiedade em CriançasCrianças

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Transtornos de ansiedade na infânciaTranstornos de ansiedade na infânciaoSão comuns e constituem o maior grupo de problemas de saúde mental durante a infância. Eles podem causar um efeito significativo no funcionamento diário, criar impacto na trajetória do desenvolvimento e interferir na capacidade de aprendizagem, no desenvolvimento de amizades e nas relações familiares.

oDe um modo geral, os transtornos de ansiedade parecem ter mais prevalência em meninas do que em meninos e em crianças mais velhas.

oOs mais comuns na infância são o Transtorno de Ansiedade de Separação (TAS), o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) e Fobias Simples.

oDSM-5 (APA, 2013) - O TAS é o mais comum.

oCID-10 (Word Health Organization, 1993 ) - secção específica para os transtornos emocionais com inicio especifico na infância, que são a ansiedade de separação, a fóbica e a social. Os outros estão numa categoria mais geral de transtornos neuróticos somatoformes e relacionados ao estresse.As Influências são genéticas, temperamento, família, experiência de aprendizagem e fatores cognitivos.

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TAS e TAGTAS e TAG

oNa ansiedade de separação ocorre uma ansiedade persistente e excessiva relativa a separação de uma figura importante para a pessoa ou que algum dano aconteça a essa pessoa. Inicio antes dos 18 anos.

oNa TAG, os principais sintomas na infância segundo o DSM-5 são: fadiga, agitação, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular e distúrbio do sono.

oSuas principais áreas de preocupação estão relacionadas a problemas de saúde, escola, desastres e danos pessoais, sendo que as preocupações mais frequentes são relativas às amizades, aos colegas de aula, à escola, à saúde e ao desempenho.

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oNas crianças, as preocupações são comuns e parecem fazer parte do desenvolvimento infantil normal.

oAs crianças com transtornos de ansiedade parecem ter preocupações mais intensas.

oConforme as crianças vão se desenvolvendo e sua capacidade cognitiva aumenta, o foco das preocupações e temores muda das inquietações concretas para as mais abstratas.

oCrianças pequenas , os medos são relacionados a sobrevivência, medo de estranhos e ruídos. Aos seis anos já começam a ficar mais independentes e reconhecem sua vulnerabilidade, podem ter preocupações relacionadas a perda dos pais ou separar-se deles.

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oUma das influências ambientais mais importantes para as crianças é a família. Ela fornece um contexto no qual o comportamento ansioso pode ser modelado ou reforçado. Os pais podem incentivar o comportamento de esquiva, agir com esse comportamento ou serem muito controladores e protetivos gerando filhos com dificuldade de autonomia.

oIsso faz com que a criança aumente a dependência, restrinja as oportunidades que ela tem para desenvolver habilidades para a resolução de problemas, e aumenta as expectativas de que os acontecimentos que causem temor sejam imprevisíveis e incontroláveis.

oAs crianças prestam mais atenção seletiva a ameaças e percebem mais ameaças em situações ambíguas.

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o Este estudo analisou a relação entre erros cognitivos e sintomatologia de ansiedade em crianças. A amostra é composta por 205 crianças (8-13 anos), que responderam ao Questionário de Erros Cognitivos para Crianças (CNCEQ) e à versão revista do Questionário de Avaliação de Perturbações Emocionais Relacionadas com a Ansiedade em Crianças (SCARED-R).

o Estes erros cognitivos são caracterizadas por um viés de valor negativo nas interpretações de eventos que não se baseiam na realidade.

o Mesmo naqueles casos em que existe uma maior base realista para essas interpretações, a natureza repetitiva e o conteúdo autodepreciativo e extremamente negativo, faz com que eles tenham um impacto negativo significativo sobre apensamentos, emoções e comportamentos dos indivíduos, afetando seu bem-estar e funcionamento adaptativo.

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oA maioria dos programas de intervenção cognitivo-comportamentais tem um componente dirigido para a modificação de cognições mal adaptativas.

oEvidências sugerem que a modificação de processos cognitivos é um mediador importante de mudança terapêutica em crianças ansiosas.

oExistem diferentes estratégias terapêuticas para a modificação das cognições ansiosos, incluindo autoinstrução e a reestruturação cognitiva.

oNa autoinstrução as crianças ansiosas são ensinadas a substituir sua auto fala ansiosa por uma mais positiva.

oNa reestruturação cognitiva envolve o monitoramento e identificação negativaode pensamentos automáticos em pensamentos alternativos.

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oDe acordo com o modelo cognitivo de Beck, esses erros cognitivos são o resultado de esquemas relativamente estáveis formados durante a infância, que orientam como informações e eventos são interpretados.

oO inventário utilizado avaliou 4 erros de pensamento:

oCatastrofizaçãooGeneralizaçãooPersonalizaçãooAbstração seletiva

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oAs crianças mais velhas apresentam mais erros cognitivos do que crianças mais novas.

oTeve um significativo efeito em três dos quatro erros cognitivos, catastrofização, personalizando e abstração seletiva.

oCrianças do sexo feminino mostraram mais erros cognitivos do que crianças do sexo masculino.

oO grupo com níveis maiores de ansiedade teve mais erros cognitivos.

oOs erros cognitivos de personalizar e generalização foram os mais altos.

Resultados do estudoResultados do estudo

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o‘Friends for Life' pode ser usado em diferentes formas: 1) como um programa de prevenção universal para todos em uma população escolar específico sem levar em conta os fatores de risco individuais, 2) como um programa de prevenção indicada para crianças com sintomas iniciais ou leves de ansiedade ou depressão, ou 3) como tratamento para crianças com transtornos de ansiedade. 

oAtravés da aplicação de princípios cognitivo-comportamentais e a construção emocional da resiliência.

oProvém originalmente do trabalho de pesquisa do psicólogo Phillip Kendall nos Estados Unidos, que desenvolveu o livro Coping Cat na década de 1980.

oO objetivo é reduzir a incidência de graves distúrbios psicológicos, sofrimento emocional e prejuízo no funcionamento social, ensinar as crianças e jovens como lidar e gerenciar a ansiedade, tanto agora como mais tarde na vida.

oO programa também promove importantes conceitos educacionais de auto-desenvolvimento, tais como autoestima, resolução de problemas, capacidade de resistência psicológica, autoexpressão e construção relações positivas com os pares e adultos.

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o Ela engloba as seguintes técnicas: psicoeducação, exercícios de relaxamento, exposição, treinamento de habilidades de resolução de problemas, treinamento de apoio social e exercícios de reestruturação cognitiva .

oEstudos de eficácia realizados em vários países têm mostrado resultados positivos: todas as três aplicações de "amigos para a vida" resultou em uma diminuição dos sintomas de ansiedade, não só imediatamente após a conclusão do programa, mas também de 1-3 anos mais tarde. 

oDevido a estes resultados positivos, o programa é indicado pela Organização Mundial de Saúde para prevenir o desenvolvimento de desordens de ansiedade em crianças.

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Feeliings Remember de relaxarIam posso fazer issoExplorer soluções e planos de enfrentamentoNow recompensar-se! Você já fez o seu melhor!Don’t se esqueça de praticarStay calmo para a vida!

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É constituído por 10 sessões mais 2 sessões de reforço:

oSessão 1- Construção de relacionamento e apresentação dos participantes do grupo estabelecendo diretrizes do grupo. A normalização da ansiedade e as diferenças individuais nas reações de ansiedade.

oSessão 2- Psicoeducação sobre a identificação de várias emoções. Apresente a relação entre pensamentos e sentimentos.

oSessão 3-   Sentimentos (identificando corpo sinais de ansiedade). Lembre-se de relaxar. Tenha um momento de silêncio. (Atividades de relaxamento e identificação de atividades prazerosas ou perturbador que fazer quando se sentir preocupado ou triste)

oSessão 4- Eu posso fazer isso! Posso tentar o meu melhor! (Identificação de autofala, introduzindo pensamentos úteis como verdes e inúteis como vermelho.

oSessão 5- Formação de Atenção (procurando aspectos positivos em situações difíceis). Desafiando pensamentos inúteis : Explore as soluções e planos de enfrentamento da etapa (introdução de planos de enfrentamento / exposição gradual a hierarquia de medo estabelecendo metas e quebrando problemas em pequenos passos).

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oSessão 6- Habilidades de resolução de problemas, modelos de enfrentamento e apoio social.

oSessão 7- Agora recompensar-se! Você já fez o seu melhor!

oSessão 8- Não se esqueça de praticar (praticar as habilidades FRIENDS) Sorria! Mantenha a calma para a vida! (Refletir sobre maneiras de lidar em situações difíceis).

oSessão 9- Habilidades de generalização do FRIENDS para várias situações difíceis e ensinar aos outros como usar as habilidades de enfrentamento FRIENDS.

oSessão 10- Competências para a manutenção das estratégias FRIENDS. Preparação para menores retrocessos que podem ocorrer.

oReforço- Revisando estratégias FRIENDS e se preparar para desafios futuros.

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Fun Friends “Amigos Divertidos”

É o mais recente programa desenvolvido pela Dra. Paula Barret, voltado para o tratamento e prevenção de ansiedade na infância entre os 4 e 7 anos de idade.

Desenvolvido com base no grande sucesso do Programa “Amigos”.

Com o objetivo de manter os resultados por toda vida, utiliza de métodos estimulantes no ensino de práticas e estratégias para enfrentar o estresse, preocupação, medo e tristeza, para crianças, pais e professores (Amigos Brasil, 2010).

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Trata-se de um programa com metas positivas para todas as crianças, centrando-se em proporcionar habilidades para superar os desafios diários e eventos negativos de vida.

o Ao aumentarem as inteligências emocional e social, as crianças podem se diferenciar durante os anos escolares, além de realizar uma transição saudável neste contexto, melhorando auto-estima e habilidades sociais.

(Amigos Brasil, 2010)

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O programa ensina às crianças habilidades essenciais de resiliência, incluindo:

Como relaxar e se acalmar

Como regular as emoções

Como entender as emoções em si mesmo e das outras pessoas

Como ser gentil e empático

Habilidades sociais e emocionais

Como fazer amigos e compartilhar

Como ser corajoso e tentar coisas novas

Como construir um forte senso de auto-estima

Como lidar com o conflito

Estratégias de enfrentamento positivas

Como mudar negativos "pensamentos vermelhos" em pensamentos positivos "verdes“

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Relógio do sentimentoRelógio do sentimento

O Relógio do Sentimento é uma atividade que visa desenvolver na criança as habilidades de auto-observação dos sentimentos e pensamentos.

As crianças criam relógios de brinquedo utilizando papel e outros materiais, como velcro, tachinhas, etc., no qual elas desenham “carinhas” que expressam quatro (ou mais) estados emocionais (bravo, triste, contente e preocupado) nos locais em que ficariam os “quartos de hora” (3:00h, 6:00h, 9:00h e 12:00h).

Pronto o relógio, as crianças podem usá-lo tanto para se expressar, ajustando seus ponteiros de acordo com o estado que estão experimentando ou sentindo naquele momento, o que permite à criança, de uma maneira divertida, expor seus sentimentos para os terapeutas e pais, ao mesmo tempo que estimula o autoexame e a autoexpressão das emoções.

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Um outro aspecto do relógio é que, ao criar uma “externalização” das emoções (a “carinha” do relógio), fornece à criança um “feedback” sobre si própria que possibilita que a criança entre em contato com suas próprias emoções, conheça-as melhor, estabeleça distinções mais sutis entre elas, em suma, ajuda na progressiva educação emocional da criança.

Além disso, com o uso continuado do relógio, a criança começa a perceber e aprender vários fatos importantes sobre o funcionamento as emoções em geral, como por exemplo, que “emoções variam com o passar do tempo”, que “a pessoa pode sentir mais de uma emoção ao mesmo tempo”, que “emoções são fenômenos naturais e esperados do ser humano”, e muitas outras coisas.

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Locomotiva do medoLocomotiva do medo

A Locomotiva do Medo é também uma atividade que visa ensinar habilidades de auto-observação dos sentimentos e pensamentos, mas que põe sua ênfase na observação do medo e da ansiedade.

O terapeuta, conversando com a criança, compara a ansiedade a um trem, que corre nos trilhos, mas está fora de controle, e, com isto, abre caminho para atividades lúdicas de elaboração e aprendizagem sobre o medo e a ansiedade utilizando a metáfora do trem e do “mundo” ferroviário, como estações, passageiros, viagens, locomotivas, vagões, maquinistas, foguistas, etc.

Após ter sido apresentada à metáfora, a criança é convidada a desenhar uma locomotiva, colorindo-a com a cor que melhor representa sua ansiedade. Inicia-se, então uma viagem de fantasia, em que o trem passa por várias estações, como o corpo, a mente, as ações, os contextos, as pessoas, as relações, etc.

A cada estação em que o trem para, a criança é convidada a explorar sua ansiedade, identificando-a, percebendo como ela se manifesta naquela estação, relacionando-a com as características daquela estação, etc.

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EstátuaEstátua

Estátua! é uma técnica que, usando uma brincadeira bastante conhecida, visa ensinar habilidades de auto-observação, com foco nos sinais internos interoceptivos) de caráter fisiológico, cognitivo e emocional.

Também ajuda a desenvolver habilidades de autoinstrução e autocontrole.A brincadeira é bem simples: o terapeuta diz “Valendo!” e a criança começa a movimentar-se (caminhar, dançar, brincar, etc.); quando o terapeuta diz “Estátua!”, a criança deve parar o mais rápido que puder,ficando o mais imóvel possível, na posição em que estava quando o terapeuta disse “Estátua!”.

A parada brusca cria tensões corporais, que o terapeuta utiliza para ajudar a criança a desenvolver a própria percepção interrogando-a sobre o que percebe no próprio corpo (músculos, respiração, posição, etc.).

Depois que a criança já consegue identificar as tensões que produz, o terapeuta pode aprofundar o uso da técnica, em duas direções: por um lado, levando a criança a comparar as sensações da experiência de estátua com as sensações da experiência do medo, o que permite à criança aprender a identificar os sinais de ansiedade; por outro lado, o terapeuta pode aproveitar a pose de estátua para ajudar a criança a desenvolver técnicas de imaginação ativa que a ajudem a diminuir a tensão.

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Depressão InfantilDepressão Infantil

Os Transtornos Depressivos Infantis constituem um grupo de patologias com alta e crescente prevalência na população geral.

Há divergência quanto à natureza da depressão infantil, havendo duas principais linhas de pensamento:

1) acredita que a apresentação da depressão infantil é semelhante da depressão adulta;

2) foca as peculiaridades de uma depressão dita “encoberta”, com sintomas que não seriam apresentados em adultos, tais como rebeldia, fobia escolar e mau-humor.

(Lazzarin et al., 2009)

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Diagnóstico Depressão em Crianças - IDiagnóstico Depressão em Crianças - I

As manifestações clínicas da depressão em crianças, adolescentes e adultos são essencialmente as mesmas, os principais sistemas de classificação de transtornos mentais utilizam os mesmos critérios diagnósticos nessas três fases da vida.

As características próprias de cada fase do desenvolvimento infanto-juvenil são relevantes, modelam as manifestações clínicas da depressão, havendo grupos sintomatológicos predominantes nas diferentes faixas etárias.

(Bahls, 2002)

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Diagnóstico Depressão em Crianças - IIDiagnóstico Depressão em Crianças - II

Ainda não existe uma uniformidade nos critérios para o diagnóstico da depressão na criança.

Há considerável evidência para suportar a validade dos sintomas depressivos tipo adulto que ocorrem em crianças e adolescentes.

(Lima, 2004)

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SintomasSintomas

Variam de acordo com a idade da criança.

Quanto menor a criança, mais somáticos são os sintomas apresentados e mais a irritabilidade está presente.

Á medida que a criança cresce, poderá apresentar mais sintomas do tipo adulto, como: isolamento, culpa, choro fácil, pensamento suicida, anedonia.

Um dado que deveria ser bastante valorizado é a recusa para ir a escola.

Importante lembrar que existe uma variação do humor que deve ser considerada.

(Lima, 2004)

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Crianças e adolescentes com depressão possuem um grande risco de recorrência que se estende até a idade adulta, representando uma alta vulnerabilidade para transtornos depressivos.

Co-morbidades: transtornos de ansiedade (especialmente o transtorno de ansiedade de separação), o transtorno de conduta, o transtorno desafiador opositivo e o TDAH.

A ideação suicida é comum em crianças escolares e em adolescentes, porém as tentativas são raras em crianças.

(Bahls, 2002)

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Avaliação Depressão InfantilAvaliação Depressão Infantil

O manejo da criança deve ser o mais precoce possível, com avaliação e definição do tipo de tratamento.

É preciso uma avaliação criteriosa da sintomatologia apresentada e se ela está associada a maus tratos na família, se a educação recebida tem sido falha, qual é o prejuízo no funcionamento psicossocial que esta criança está tendo e se a depressão está acontecendo em co-morbidade com algum outro transtorno psiquiátrico.

(Lima, 2004)

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TCC da Depressão InfantilTCC da Depressão Infantil

O atendimento adequado da depressão em crianças é realizado com uma aproximação multidisciplinar, envolvendo basicamente recursos psicossociais e medicamentos (Bahls, 2003).

Há várias abordagens úteis para o engajamento bem-sucedido, incluindo o fornecimento de informações adequadas à idade e trabalhar desde o início com um foco claro na experiência do jovem (Verduyn, 2011). 

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TCC Depressão InfantilTCC Depressão Infantil

A maioria dos programas de tratamento começam com abordagens comportamentais; - Programação atividade, a avaliação sistemática das atividades do dia-a-dia e do impacto que isso tem sobre o humor e o pensamento seguido pela ativação alvo. 

Problemas que são mais fáceis de alterar são abordados primeiro a fim de aumentar a motivação.

Cerca de 4-5 sessões em terapia, como o humor começa a levantar, técnicas cognitivas são usados, incluindo a identificação de pensamentos automáticos negativos, reconhecendo pensamento distorcido e reestruturação cognitiva. 

(Verduyn, 2011)

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O jovem se envolve no auto-monitoramento de seus pensamentos, sentimentos e comportamentos e desafiando pensamentos negativos.

 

Treinamento em habilidades sociais e resolução de problemas são uma parte das intervenções.

Com o final do tratamento, o monitoramento dos sintomas continua. 

É importante formular estratégias que visem a prevenção de recaída.

(Verduyn, 2011)

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Técnica para o Técnica para o Automonitoramento Emocional Automonitoramento Emocional Sentindo RostosSentindo Rostos Fornecer à criança uma cópia de 4 rostos em

branco ou sem expressão.

Solicitar que desenhe rostos felizes, tristes, irritados ou preocupados.

Esses desenhos representam o código emocional da criança.

É então dada a ela a tarefa de casa de desenhar um rosto representando a emoção cada vez que ela experimentar um forte sentimento.

Cartuns são muitas vezes estimulantes para as crianças e podem ser usados para o monitoramento do humor.

(Friedberg, McClure & Garcia, 2011).

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Técnicas que utilizam Técnicas que utilizam marionetes e peças de marionetes e peças de teatroteatro

É importante considerar a idade da criança, uma vez que crianças menores podem apresentar dificuldades ao pedirmos que utilizem o boneco ou marionete para representar a si mesmas.

Também se pode encenar emoções diferentes e pedir que a criança dê um nome para como ela está se sentindo.

Utilizar marionetes pedindo que a criança descreva como ela e sua marionete iriam se sentir em diferentes situações.

(Stallard, 2004)

Encenar uma situação considerada difícil e, no decorrer da peça, a criança é encorajada a sugerir o que cada uma das marionetes pensa sobre o que aconteceu.

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Técnica Caixa-forte dos SentimentosTécnica Caixa-forte dos Sentimentos

Isso pode ser revisto com o clínico ou com os pais, afim de identificar a extensão e a natureza dos sentimentos desagradáveis da criança.

(Stallard, 2004)

A criança deve fazer sua própria “caixa-forte”, na qual podem ser depositadas figuras ou descrições de sentimentos desagradáveis.

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Técnicas para o desenvolvimento Técnicas para o desenvolvimento de cognições mais equilibradasde cognições mais equilibradas

Procurando o PositivoProcurando o Positivo: encoraja a criança ou os seus pais a procurarem ativamente as coisas positivas que acontecem a cada dia.

O Diálogo Interno PositivoO Diálogo Interno Positivo: ajuda as crianças a descobrirem e reconhecerem o que alcançaram, e não as áreas nas quais fracassaram.

O Diálogo Interno de EnfrentamentoO Diálogo Interno de Enfrentamento: ajuda a criança a identificar os pensamentos que a fazem sentir desagrado e substituí-los por um diálogo interno de enfrentamento, que a ajuda a ter mais sucesso e sentir-se mais relaxada e menos ansiosa.

(Stallard, 2004)

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Referências

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Bahls, S.C. (2003). Uma revisão sobre a terapia cognitivo-comportamental da depressão na infância e na adolescência. Psicol. argum;21(33):47-53, abr.-jun. Recuperado de <http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&nextAction=lnk&base=LILACS&exprSearch=481873&indexSearch=ID&lang=p > Acesso em: 26 de agosto de 2013.

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