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  Instituto Nacional de Telecomunicações  CURSO DE GRADUAÇÃO EM E  NGENHARIA ELÉTRICA O PROTOCOLO DIAMETER APLICADO EM REDES LTE GUILHERME CANDIDO SOUZA GIORDANO PALMA PIRES LUIZ GUILHERME DE LIMA Julho de 2015

Tcc Protocolo Diameter Em Redes Lte - Cópia

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Tcc sobre diameter em lte

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  • Instituto Nacional de Telecomunicaes

    CURSO DE GRADUAO EM ENGENHARIA ELTRICA

    O PROTOCOLO DIAMETER APLICADO EM REDES

    LTE

    GUILHERME CANDIDO SOUZA

    GIORDANO PALMA PIRES

    LUIZ GUILHERME DE LIMA

    Julho de 2015

  • ii

    O PROTOCOLO DIAMETER APLICADO EM REDES LTE

    Guilherme Candido Souza

    Giordano Palma Pires

    Luiz Guilherme de Lima

    Trabalho de concluso de curso apresentado ao

    Instituto Nacional de Telecomunicaes, como

    parte dos requisitos para obteno do Ttulo de

    Bacharel em Engenharia Eltrica

    ORIENTADOR: Prof. Msc. Daniel Andrade

    Nunes

    Santa Rita do Sapuca

    2015

  • iii

    Pgina reservada para a incluso da ficha catalogrfica. Esta ficha gerada pela

    biblioteca Ministro Olavo Bilac Pinto atravs do seguinte endereo de Internet:

    http://www.inatel.br/biblioteca/index.php/servicos-on-line/ficha-catalografica

    A ficha gerada deve ser inserida na parte inferior desta pgina. Este texto deve ser

    removido.

    Espao onde ser inserida a Ficha Catalogrfica, elaborada

    pela biblioteca Ministro Olavo Bilac Pinto.

  • iv

    FOLHA DE APROVAO

    Trabalho de Concluso de Curso apresentado e aprovado em XX / YY / 20XX pela

    comisso julgadora:

    Nome / Inatel Orientador e Presidente da Comisso Julgadora

    Nome / Inatel Membro da Comisso Julgadora

    Nome / Inatel Membro da Comisso Julgadora

    __________________________________________

    Coordenador do Curso de Engenharia Eltrica

  • v

    Dedicamos aos nossos pais e amigos, sem os quais no teramos toda a motivao

    necessria para concluir tamanha empreitada.

  • vi

    AGRADECIMENTOS

    Agradecemos primeiramente a nossos pais, pela sbia e generosa atitude ao nos apoiar

    nessa grande empreitada que foi realizar o curso de engenharia eltrica. Agradecemos tambm

    ao Professor Daniel, que nos ajudou imensamente com este trabalho. Agradecemos, ainda, a

    todos os outros professores e funcionrios da instituio.

  • vii

    RESUMO

    O presente trabalho se propes a apresentar, de modo detalhado e didtico, a presena

    da sinalizao nas comunicaes e sua importncia, desde os primrdios das

    telecomunicaes, passando pela sinalizao SS7 j aplicada s comunicaes mveis. Alm

    disso, o trabalho discute os mais recentes protocolos nas comunicaes mveis, como o triple

    A, cujo papel na segurana de transaes financeiras de grande importncia. Para finalizar,

    chegando ao seu ponto mais importante, o trabalho apresenta a evoluo do protocolo triple

    A, chamado de DIAMETER, que um protocolo robusto e que deve dar conta do explosivo

    crescimento das redes LTE.

    Palavras-chave: DIAMETER; LTE; MAP; Protocolos AAA

  • viii

    ABSTRACT

    The present paper aims in presenting, in a thorough and didactic way, the presence of

    the signaling in the communications and its importance, since the beginning of the

    telecommunications, going over the SS7 applied to mobile communications. Besides, this

    paper discusses the most recent protocols in mobile communications, such as the triple A,

    which plays a big role in the safety of financial transactions. Finally, the most important topic

    of this paper presents the protocol DIAMETER, which is an evolution of the triple A

    protocols, since it can handle very well the booming of LTE networks.

    Keywords: DIAMETER; AAA Protocols; LTE; MAP.

  • ix

    NDICE

    LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................. 12

    LISTA DE TABELAS ............................................................................................................ 13

    LISTA DE ABREVIATURAS ............................................................................................... 14

    LISTA DE SMBOLOS ......................................................................................................... 20

    CAPTULO 1. INTRODUO ............................................................................................ 22

    CAPTULO 2. AS TELECOMUNICAES ANTES E DEPOIS DA SINALIZAO.24

    2.1 SIGNALING SYSTEM 7 OU SS7 .............................................................................. 25

    2.2 MAP ................................................................................................................... 26

    2.2.1 Mobile Management ou Gerenciamento de mobilidade ................................. ...27

    2.2.2 Operao e Manuteno ............................................................................... 30

    2.2.3Gerenciamento de chamada ou Call Handling ............................................ 30

    2.2.4 Servios Suplementares ................................................................................ 31

    2.2.5 Short Message Service ................................................................................... 31

    CAPTULO 3. O PROTOCOLO AAA ................................................................................ 32

    3.1 SERVIOS AAA ........................................................................................................... 32

    3.1.1 Autenticao .................................................................................................. 32

    3.1.2 Autorizao ................................................................................................... 33

    3.1.3 Accounting ou Auditoria ............................................................................. 33

    3.2 RADIUS ....................................................................................................................34

    3.3 DIAMETER .................................................................................................................. 36

    3.3.1 Introduo ao DIAMETER ......................................................................... 37

    CAPTULO 4. O PROTOCOLO DIAMETER ................................................................... 38

    4.1 ELEMENTOS DO DIAMETER ................................................................................. 38

  • x

    4.1.1 Arquitetura .................................................................................................... 38

    4.1.2 AVPs ............................................................................................................. 39

    4.1.3 Nodes ou ns de uma rede DIAMETER ..................................................... 39

    4.1.4 Sesses DIAMETER, conexes e transporte .............................................. 39

    4.1.5 Roteamento de requisies DIAMETER .................................................... 40

    4.1.6 Formato da mensagem ................................................................................. 41

    4.1.7 Aplicaes bsicas ......................................................................................... 42

    4.2.1 DIAMETER como Cliente ........................................................................... 46

    4.2.2 DIAMETER como um servidor .................................................................. 47

    4.2.3 DIAMETER como Relay .............................................................................. 48

    4.2.4 DIAMETER como redirect ........................................................................... 48

    4.2.5 DIAMETER como um Proxy ....................................................................... 49

    4.2.6 DIAMETER como um translator ................................................................ 49

    4.3 DIAMETER VERSUS RADIUS ................................................................................. 49

    4.3.1 Escalabilidade ............................................................................................... 50

    4.3.2 Tolerncia a erro ........................................................................................... 50

    4.3.3 Suporte de Agentes ....................................................................................... 51

    4.3.4 Comunicao segura ..................................................................................... 51

    4.3.5 Transmisso confivel .................................................................................. 51

    4.3.6 Capability Negotiation ou troca de informaes sobre capacidades ......... 51

    4.3.7 Load Balancing ou balanceamento do trfego ........................................... 52

    CAPTULO 5. DIAMETER NO LTE .................................................................................. 53

    5.1 ARQUITETURA LTE E INTERFACES ................................................................... 53

    5.1.1 EPC ................................................................................................................ 55

    5.1.3 Home Subscriber Server (HSS) ..................................................................... 55

    5.1.4 Serving-Gateway (S-GW) .............................................................................. 56

  • xi

    5.1.5 Packet Data Network Gateway (P-GW) ....................................................... 56

    5.2 INTERFACES ............................................................................................................... 57

    5.2.1 MME - HSS (S6a) e SGSN - HSS (S6d) ...................................................... 61

    5.2.2 PDN GW - 3GPP AAA server/proxy (S6b) ................................................ 62

    5.3 PRESENA DO DIAMETER NO LTE ..................................................................... 63

    CAPTULO 6. CONCLUSO .............................................................................................. 65

    REFERNCIAS ..................................................................................................................... 67

  • xii

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 - Exemplo do sistema Strowger de comutao ................................................. 25

    Figura 2 - Exemplo de uma troca de mensagens SS7 at o encerramento da

    comunicao .................................................................................................................... 26

    Figura 3 - Exemplo de transao AAA ........................................................................... 34

    Figura 4 - Exemplo de uma transao RADIUS ............................................................. 36

    Figura 5 - Base protocolo Diameter ................................................................................ 38

    Figura 6 - Conexo DIAMETER versus sesso DIAMETER ........................................ 40

    Figura 7 - O formato da mensagem DIAMETER ........................................................... 42

    Figura 8 - Rede DIAMETER .......................................................................................... 46

    Figura 9 - Viso genrica da arquitetura LTE ................................................................. 54

    Figura 10 - Arquitetura LTE/SAE e suas interfaces ....................................................... 57

    Figura 11 - Crescimento da sinalizao DIAMETER no LTE versus crescimento do

    trfego de dados mveis, em milhes de mensagens por segundo ................................. 64

  • xiii

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1 - Interfaces onde o DIAMETER est presente ................................................. 61

    Tabela 2 - Crescimento da sinalizao DIAMETER no LTE, em mensagens por

    segundo, de acordo com a localidade e ano. ................................................................... 63

  • xiv

    LISTA DE ABREVIATURAS

    AAA - Authentication, Authorization and Auditing

    AAR - AA-Request

    ACA - Accounting-Answer

    ACR - Accounting-Request

    ADA - AAA-DHCP-Answer

    ADR - AAA-DHCP-Request

    AMA - AA-Mobile-Node-Answer

    APN - Access Point Name

    AS - Access Server

    ASR - Abort-Session-Request

    AVPs Attribute-Value Pairs

    BM-SC - Broadcast-Multicast Service Center

    BSSAP - Base Station System Application Part

    CCA - Credit-Control-Answer

    CCBS - Call Completion to Busy Subscriber

    CCR - Credit-Control-Request

    CSCF - Call Session Control Function

    DHCP - Dynamic Host Configuration Protocol

    DNS - Domain Name System

  • xv

    EAP - Extensible Authentication Protocol

    EIR - Equipment Identity Register

    EPC - Evolved Packet Core (EPC)

    EPS - EvolvedPacketSystem

    EU - User Equipment

    E-UTRAN - Evolved UMTS Terrestrial Radio Access Network

    FA - Foreign Agent

    FAAA - Foreign AAA Server

    GGSNs - Gateway GPRS Support Node

    GSM - Global System for Mobile Communications

    HA - Home Agent

    HAA - Home-Agent-Answer

    HAAA - Home AAA Server

    HeNB - Home eNB

    HLR - Home Location Register

    HPLMN (H PCRF) - Host Mobile Network

    HSS - Home Subscriber Server

    IANA - Internet Assigned Number Authority

    IETF - Internet Engineering Task Force

    IMEI - International Mobile Equipment

  • xvi

    IMS - IPMultimedia Subsystem

    IMSI - International Mobile Subscriber Identity

    IPsec - Internet Protocol Security

    IPv4 - Internet Protocol version 4

    ISP - Internet Service Provider

    LTE - Long Term Evolution

    MAP - Mobile Application part

    MAS - Mobility Security Association

    ME - Mobile Equipment

    MME - Mobility Management Entity

    MS - Mobile Station

    MSC - Mobile Switching Center

    MSISDN - Mobile Station International Subscriber Directory Number

    MT - Mobile Termination

    NAI - Network Access Identifier

    NAS - Network Access Service

    NASREQ - Network Access Servers Requeriments

    NGN - New Generation Networks

    NSS - Network Switching Subsystem

    OCS - Online Charging System

  • xvii

    OFCS - Offline Charging System

    OSS - Operation Support System

    PAP - Push Access Protocol

    PCA - Push-Configuration-Answer

    PCC - LTE Policy and Charging Control

    PCEF - Policy and Charging Enforcement Function

    PCR - Push-configuration-Request

    PCRF - Policy and Charging Rules Function

    PDN - Public data network

    PGW - PDN Gateway

    PPP - Point-to-Point Protocol

    QAA - QoS-Authorization-Answer

    QAR - QoS-Authorization-Request

    QIA - QoS-Install-Answer

    QIR - QoS-Install-Request

    RAA - Re-Authentication-Answer

    RADIUS - Remote Authentication Dial In User Service

    RADIUS - Remote Authentication Dial In User Service

    RAND - RANDom Number

    RAR - Re-Authentication-Request

  • xviii

    ROAMOPS - Roaming Operations

    SGSN - Serving GPRS Support Node

    SIM - Subscriber Identity Module

    SIP - Session Initiation Protocol

    SLF - Subscriber Location Function

    SMS - Short Message Service

    SPR - Subscriber Profile Repository

    SS7 - Signaling System 7

    STCP - Stream Control Transmission Protocol

    TACACS - Terminal Access Controller Access-Control System

    TACS - Total Access Communication System

    TCAP - Transaction Capabilities Application Part

    TCC - Trabalho de Concluso de Curso.

    TCP - Transmission Control Protocol

    TDF - Traffic Detection Function

    TE - Terminal Equipment

    TLS Transport Layer Security

    TMSI - Temporary Mobile Subscriber Identity

    UDP - User Datagram Protocol

    UICC - Universal Integrated Circuit Card

  • xix

    USIM - Universal Subscriber Identity Module

    USS - Unstructured Suplementary Services

    USSD - Unstructured Supplementary Service Data

    VLR - Visitor Location Register

    VPLMN (V PCRF) - Visited Mobile Network

    WAP - Wireless Application Protocol

  • xx

    LISTA DE SMBOLOS

    Sh - Interface Sh

    Dh - Interface Dh

    Sd - Interface Sd

    Sy - Interface Sy

    Rf - Interface Rf

    Ro - Interface Ro

    Cx - Interface Cx

    Dx - Interface Dx

    Sp - Interface Sp

    Rx - Interface Rx

    Gx - Interface Gx

    Gz - Interface Gz

    Gmb - Interface Gmb

    SGmb - Interface SGmb

    S6c - Interface S6c

    S6d - Interface S6d

    S9 - Interface S9

    S13 - Interface S13

    S13' - Interface S13

  • xxi

    Gi - Interface Gi

    SGi - Interface SGi

    Uu Interface Uu

    S1 Interface S1

    SGi Interface SGi

  • 22

    CAPTULO 1. INTRODUO

    Graas a popularizao do acesso informao, ou expanso da internet, at um leigo

    em telecomunicaes j sabe porque sua internet, s vezes, no est funcionando

    corretamente, ou porque a ligao caiu. Ou melhor, s vezes acha que sabe. muito comum

    ouvir coisas do tipo a internet caiu pois h muitas pessoas usando, ou a ligao caiu porque

    estamos longe da torre; em ambas afirmaes, h um certo fundo de verdade, s vezes. Existe

    outro elemento envolvido na comunicao que passa despercebido por muitas pessoas: a

    sinalizao. Esta o talvez o brao direito das comunicaes. Quando voc tenta acessar um

    terminal fora de sua rede local, o sinal encapsulado em um pacote IP, o qual ser

    interpretado pelo roteador e encaminhado para o devido computador de acordo com as

    informaes acrescentadas junto a mensagem propriamente dita - este um exemplo de

    sinalizao. No caso da ligao telefnica dos dias atuais, sinais so enviados para informar se

    a linha est ocupada, ou se ser chamada a cobrar, enfim, mais um exemplo de sinalizao.

    sobre a sinalizao que este trabalho trata. Ele cobre de maneira geral o advento da

    sinalizao, com enfoque no protocolo DIAMETER e seu uso nas comunicaes LTE, sigla

    para Long Term Evolution.

    Voltando mais ao passado, poca do advento do telefone, era de se concluir que as

    poucas linhas existentes demandavam pouca ou quase nenhuma tecnologia no sentido de, por

    exemplo, se fazer o controle das chamadas. Controle de chamada ou controle de comunicao

    em geral est relacionado com cuidar de uma ligao enquanto outra fica na espera, por

    exemplo, ou controle para se informar sobe a qualidade da ligao, entre outras funes. De

    volta ao telefone, podia-se dizer que o operador de chamadas fazia o papel da sinalizao.

    Com o passar do tempo, novos mtodos de chamada foram criados a fim de atender a

    crescente demanda de linhas e os operadores das centrais deram lugar a mquinas que faziam

    o trabalho. A evoluo da sinalizao de linhas ser tratada no captulo 1.

    A chegada do protocolo SS7 foi uma revoluo na sinalizao das telecomunicaes e

    seu estudo mais detalhado ser mostrado no captulo 2. Sero mostrados os diferentes tipos de

    sinais de controle, em especial os sinais utilizados nas comunicaes mveis, uma vez que as

    diferentes operaes realizadas pela sinalizao MAP, fruto do SS7, serviu de exemplo para o

    protocolo objeto de estudo deste trabalho, o DIAMETER. A sinalizao MAP possibilitou um

    novo leque de servios o avano na questo da localizao de usurios permitiu a entrega de

  • 23

    servios de roaming internacional, entre outros. No captulo 3, trataremos da segurana das

    comunicaes e protocolos que cuidam dessa segurana, como o AAA, que foi a base do

    Remote Authentication Dial In User Service (RADIUS) e o Terminal Access Controller

    Access-Control System (TACACS). AAA significa autenticao, autorizao e auditoria e,

    resumidamente, trouxe uma convenincia na entrega de servios que necessitavam de

    segurana ao juntar trs importantes itens em uma s operao autorizar, autenticar e

    permitir registrar as operaes realizadas. No captulo 4, ser abordado o protocolo

    DIAMETER, objeto de estudo deste trabalho e que sucedeu os demais protocolos AAA. Este

    protocolo veio atender as limitaes do RADIUS em termos de segurana, garantia de envio,

    entre outras. A simplicidade do RADIUS era bem atendida pela baixa velocidade da Internet

    discada, contudo, uma maior segurana e recursos inteligentes exigiria mensagens maiores, o

    que exigiria mais velocidade para trafeg-las. O DIAMETER largamente empregado em

    redes de alta velocidade e permite trfego de informaes com maior segurana e garantia de

    entrega, alm de outros inmeros recursos que permitem cham-lo de protocolo inteligente,

    devido a sua capacidade de expanso dinmica de rede e habilidade de se comunicar com

    outros protocolos AAA. Uma breve comparao entre DIAMETER e RADIUS ser

    comentada, a fim de comprovar a necessidade do uso do DIAMETER nos dias atuais. Alm

    disso, sero detalhados as diferentes funes que um n DIAMETER pode exercer.

    Finalmente, no captulo 5, ser apresentado o protocolo DIAMETER nas redes LTE. O

    desempenho das aplicaes que usam AAA e estatsticas de seu uso, j no mundo 4G, sero

    objeto de estudo e tambm sero mostradas aqui.

  • 24

    CAPTULO 2. AS TELECOMUNICAES ANTES E DEPOIS DA SINALIZAO

    A tecnologia para comunicao a distncia teve seu incio com o Cdigo Morse e ento

    veio o telefone. O que antes exigia o uso de navios, pssaros, mensageiros, entre outros, era

    agora feito de modo extremamente rpido.

    Naturalmente, tamanha revoluo s tinha um destino, que era se popularizar e se tornar

    o meio de comunicao mais utilizado, . Logo no incio, contudo, surgiram as seguintes

    questes:

    Como resolver o problema de duas pessoas tentando, ao mesmo tempo,

    falar com um terceiro?

    A pessoa que no conseguir falar com outra saber a causa da falha na

    ligao, se que ter sido isto?

    Para resolver problemas deste tipo, foi inventado uma comunicao paralela a

    comunicao propriamente dita, sendo aquela chamada de sinalizao de comunicao. A

    sinalizao nada menos do que um meio de padronizar as etapas da comunicao entre o

    emissor e o receptor, informando o status da comunicao, ocupao do meio, desligamento

    da comunicao, entre outras informaes.

    A sinalizao de comunicao comeou com os operadores de telefones, que

    conectavam plugues para estabelecer a comunicao entre os usurios, ou seja, trata-se de

    mais trabalho manual e menos tecnologia propriamente dita. O primeiro switch manual

    aconteceu no ano de 1889 nos Estados Unidos. Dentro de poucos anos, j havia muitos

    assinantes, assim como muitos operadores de switch manual nos EUA, em torno de 10 mil

    operadores para 150 mil usurios. Este no era um cenrio nada promissor para o avano das

    comunicaes, afinal, ficaramos dependentes de operadores manuais? Em 1892, foi

    inventado o sistema Strowger de comutao automtica de chamadas, conforma visto na

    figura 1 [31]. Tal sistema consistia de uma roda dentada, que se movia atravs de um

    eletrom e que s podia girar o espao de um dente por vez [1].

  • 25

    Figura 1 - Exemplo do sistema Strowger de comutao

    Do lado do usurio, um certo pulso de eletricidade fazia o m atrair uma barra

    metlica e esta fazia a roda girar um espao. Esta roda movia um brao metlico que chamava

    os contatos das vrias linhas telefnicas. Os pulsos permitiam escolher com quem se desejava

    falar. J uma central de comutao consistia de 100 espaos, totalizando 100 linhas

    telefnicas atreladas ao mesmo; conforme o pulso eltrico chegava a central, uma ponta

    interpretava o pulso e fazia a devida conexo com o espao referente ao terminal desejado.

    2.1 SIGNALING SYSTEM 7 OU SS7

    Com o passar dos anos, o sistema Strowger tambm atingiu seu limite. A grande

    quantidade de trfego telefnico exigia mais servios, a fim de aumentar a qualidade do

    trfego. A chegada do protocolo de sinalizao SS7 veio a resolver este problema. Ele

    resolveu definitivamente a questo do controle de chamadas, alm de oferecer servios

    inditos, como chamada em espera antes, o usurio deveria tentar e tentar at conseguir a

    linha destino desocupada. Claro que tanta comodidade aumenta a quantidade de informao

    necessria a sinalizao. O SS7 necessita de um canal de trfego dedicado a troca de

    sinalizao, e outros tantos canais de alta velocidade para a comunicao. Combinado com o

    sistema de multiplexao de informaes, que torna o processo muito mais rpido, o sistema

    SS7 popular at os dias de hoje, mesmo na era do 4G, afinal, grande ainda o nmero de

    usurios de linhas telefnicas [2].

  • 26

    No sistema SS7, so trocados sinais de controle de chamada antes do incio da chamada

    em si, alm de diversos outros sinais responsveis por coletar informaes sobre a qualidade

    da linha telefnica ou para contratar servios telefnicos. Quando o destinrio da chamada

    pertence a uma central diferente do usurio que est discando, informaes inseridas na

    sinalizao so desencapsuladas pelas centrais que esto pelo caminho, que verificaro para

    onde encaminharo o datagrama; tambm iro verificar, por exemplo, se neste datagrama SS7

    h erros e o devolvero a central origem para novo reenvio ou se so o destino final

    daquele, recebendo o datagrama. A figura 2 [19] abaixo mostra a sinalizao SS7 para a

    realizao de uma chamada.

    P

    P

    Pode-se afirmar que o protocolo SS7 foi a grande revoluo na sinalizao, sendo esta

    dividida em antes e aps o SS7.

    2.2 MAP

    Em redes mveis, a localizao do usurio pode mudar de maneira radical, como por

    exemplo, durante um vo internacional. Considere, ento, que aquele usurio contratou um

    plano de roaming internacional, ou seja, seu nmero de telefone dever funcionar em outro

    Figura 2 - Exemplo de uma troca de mensagens SS7 at o encerramento da comunicao

  • 27

    pas. Pode se concluir que preciso muito mais sinalizao para se contatar um telefone fora

    de sua rea do que o contrrio, afinal, um usurio brasileiro que acabou de desembarcar nos

    Estados Unidos dever antes ter seu nmero ''procurado'' de alguma forma antes de receber a

    chamada, pois no foi informado a operadora de que ele estaria l; de modo reverso, quando

    este usurio telefone para um assinante brasileiro e que est no Brasil, o nmero discado j

    informa a localizao do usurio, que est no local onde assina os servios telefnicos,

    facilitando o contato.

    O MAP um protocolo usado para permitir que os ns da rede GSM (Global System for

    Mobile Communications) dentro do Network Switching Subsystem (NSS) possam se

    comunicar, permitindo assim servios como o roaming, enviar Short Message Service (SMS),

    autenticao de assinante, entre outros que sero descritos a seguir [11].

    As operaes do MAP se dividem nas seguintes categorias:

    Gerenciamento de mobilidade

    Operao e manuteno

    Call handling

    Servios suplementares

    Servio de mensagens curtas

    2.2.1 Mobile Management ou Gerenciamento de mobilidade

    Este se divide em gerenciamento de localizao, pesquisa e contato, handover,

    gerenciamento de acesso e autenticao, gerenciamento de segurana e International Mobile

    Equipment (IMEI), gerenciamento de assinante e identidade, alm de recuperao de falhas.

    Algumas destas funes sero brevemente abordadas logo abaixo.

    2.2.1.1 Gerenciamento de localizao

    Para minimizar transaes com o Home Location Register (HLR), este contm apenas

    informao referente ao Mobile Switching Center (MSC) ou Visitor Location Register (VLR)

    ao qual o assinante est vinculado. O VLR contm mais informaes detalhadas, como a

  • 28

    localizao de onde o usurio est realizando roaming. Como resultado, o VLR requer que

    sua informao de localizao seja atualizada toda vez que o assinante muda de rea. O HLR

    requer sua informao de localizao para ser atualizada se o assinante troca o VLR.

    2.2.1.2 Handover

    O handover entre MSC's conhecido como handover inter-MSC: pode ser bsico e

    subsequente. O tipo bsico quando a chamada passada do MSC controlador (MSC-A) a

    outro MSC (MSC-B).

    O handover subsequente um handover inter-MSC adicional durante a chamada. Aps

    a chamada ter sido passada de A para B, outro handover acontece, que pode ser para um novo

    MSC (MSC-C) ou de volta para A.

    As operaes handover podem se dividem entre os comandos prepareHandover,

    sendEndSignal, processAccessSignaling, forwardAccessSignaling e

    prepareSubsequentHandover.

    2.2.1.2.1 Operao prepareHandover

    Esta mensagem usada para transportar a requisio e resposta entre os dois MSC's no

    incio de um handover bsico inter-MSC. Ele usado para troca de mensagens Base Station

    System Application Part (BSSAP), como HAN_REQ e HAN_ACK. A mensagem

    prepareHandover no contm informao do assinante, mas apenas o que for necessrio para

    MSC-B alocar os recursos de rdio necessrios.

    2.2.1.2.2 OperaosendEndSignal

    Aps um handover inter-MSC com sucesso (no caso, de A para B), B envia uma

    mensagem sendEndSignal a A para permitir que aquele libere seus recursos de rdio. Se a

    chamada foi originalmente estabelecida com A, esta mantm controle da chamada e

    conhecida como o anchor MSC ps handover. Como resultado, B no recebe informao

    sobre a liberao da chamada.

    Este problema resolvido quando A envia um sendEndSignal a B para inform-lo de

    que este pode liberar seus recursos de rdio.

  • 29

    2.2.1.2.3 Operao processAccessSignaling e forwardAccessSignaling

    As mensagens processAccessSignaling e forwardAccessSignaling so usadas para

    passar mensagens BSSAP entre a Mobile Station (MS) e o anchor MSC de forma transparente

    e vice-versa. Como dito anteriormente, A mantm controle da chamada aps um handover

    inter-MSC de A para B com sucesso. As mensagens BSSAP viajam da MS para MSC-A via

    MSC-B. A mensagem processAccessSignaling carrega dados do MS para MSC-A e enviada

    do MSC-B para MSC-A. A mensagem forwardAccessSignaling o contrrio - ela carrega

    dados do MSC-A para o MS atravs do MSC-B.

    2.2.1.2.4 Operao prepareSubsequentHandover

    Se outro inter-MSC preciso(de volta para MSC-A ou para um MSC-C), o MSC-B

    envia esta mensagem ao MSC-A. Ela contm a informao necessria para que o MSC-A

    envie uma mensagem prepareHandover ao MSC-C.

    2.2.1.3 Gerenciamento de autenticao

    O comando sendIdentification o nico nesta categoria. Quando o Mobile Station (MS)

    se muda para uma nova rea de VLR, o novo VLR pergunta sobre o antigo VLR usando um

    sendIdentification para informao de autenticao. Esta operao manda o Temporary

    Mobile Subscriber Identity (TMSI) como argumento, e o resultado contm o International

    Mobile Subscriber Identity (IMSI) e outras informaes de autenticao, como RANDom

    Number (RAND) e Signed RESponse (SRES). Se no conseguir obter esta informao, o VLR

    pode buscar a informao do HLR atravs de um sendAuthentificationInfo.

    2.2.1.4Gerenciamento de IMEI

    A operao checkIMEI usada para conferir se um aparelho est sob alguma restrio

    de uso - como se tivesse sido roubado, por exemplo. Para tanto, o MSC requisita que o MS

    providencie um IMEI para que o Equipment Identity Register (EIR) realize a operao

    checkIMEI. O EIR confere o estado do IMEI e envia o resultado ao MSC, o que poder

    impedir aquele aparelho de utilizar a rede, caso esteja em uma blacklist, por exemplo.

  • 30

    2.2.1.5 Gerenciamento de assinante

    Basicamente, um HLR faz este gerenciamento para atualizar um VLR com informao

    especfica do assinante quando o perfil do mesmo modificado. Um perfil de assinante pode

    ser modificado porque o operador mudou o plano de servios daquele assinante. O perfil do

    assinante pode ser modificado, tambm, porque o assinante ativou ou desativou algum servio

    extra.

    2.2.2 Operao e Manuteno

    Esta seo do MAP se divide nos comandos de rastreamento de usurio e

    miscellaneous. O HLR usa o comando activateTraceMode para rastrear um certo IMSI ou

    usurio. Enquanto isso, o Operation Support System (OSS) requisita o activateTraceMode. O

    VLR aguarda aquele usurio se tornar ativo, momento em que ele enviar uma requisio para

    seu MSC rastrear o MS. Por outro lado, se o comando deactivateTraceMode for enviado, o

    HLR desliga o modo de rastreamento e envia a mensagem ao VLR, que tambm desabilita o

    rastreamento para aquele assinante. No miscellaneous, encontra-se o comando sendIMSI. Se

    um Mobile Station International Subscriber Directory Number (MSISDN) no identificado,

    informado ao VLR que o assinante desconhecido. Caso contrrio, o IMSI obtido do HLR

    e devolvido ao VLR.

    2.2.3Gerenciamento de chamada ou Call Handling

    Os procedimentos de call handling originalmente buscam informao de roteamento

    para permitir que chamadas sejam encerradas com sucesso. Quando uma chamada originada

    ou encerrada pelo celular chegou ao MSC de destino, no mais necessrio nenhum comando

    MAP. Outros procedimentos realizados no call handling incluem a volta do controle de

    chamada para o Gateway Mobile Switching Center (GMSC) se a chamada tem que ser

    encaminhada. O roteamento do call handling processa a notificao de que o usurio remoto

    est livre para o servio de mensagem Call Completion to Busy Subscriber (CCBS).

    Se a chamada precisa ser encaminhada, o controle da chamada volta a ser do GMSC. As

    operaes disponveis so sendRoutingInfo e provideRoamingNumber.

  • 31

    2.2.4 Servios Suplementares

    O Padro GSM 02.04 define servios suplementares. Alm destes, GSM definiu o

    conceito de Unstructured Suplementary Services (USS). O USS permite que um operador

    Public Land Mobile Network (PLMN) defina servios suplementares e os entregue ao

    mercado rapidamente. O USS permite que o MS e a aplicao PLMN se comuniquem de

    modo transparente ao MS e s entidades intermedirias da rede.

    A comunicao conduzida usando pacotes Unstructured Supplementary Service Data

    (USSD) que tem um tamanho de 80 octetos e so transportados atravs de operaes MAP. O

    USSD usa o campo de dilogo do Transaction Capabilities Application Part (TCAP) e

    especificado no GSM 02.90 (USSD estgio 1) e GSM 03.90(USSD estgio 2). O USSD

    orientado a sesso e assim, tem uma resposta rpida a ponto de ser vantajoso em aplicaes

    interativas. Muitas aplicaes usam o USSD, como o Wireless Application Protocol (WAP) e

    servios de roaming pr-pago. No caso do roaming, o servidor MSC se conecta com o HLR

    do assinante; o HLR envia a requisio para um gateway USSD que encaminha a requisio a

    um servidor de aplicao pr-pago. O saldo do assinante conferido e no caso do roaming ser

    autorizado, instrues so enviadas ao MSC na rede em que o assinante est fazendo roaming.

    2.2.5 Short Message Service

    Este servio permite a funcionalidade de paging para mensagens alfanumricas que

    sero trocadas entre usurios GSM. A rede tambm pode gerar mensagens broadcast para

    mltiplos usurios ou enviar para um usurio em particular, entre outras variaes.

  • 32

    CAPTULO 3. O PROTOCOLO AAA

    3.1 SERVIOS AAA

    A internet no um ambiente seguro, ou seja, muitos dos protocolos utilizados ali no

    provm segurana e sendo assim, aplicaes que enviam senhas no criptografadas, por

    exemplo, so muito vulnerveis. Algumas aplicaes demandam confiabilidade quanto

    identificao do usurio e, por isso preciso autenticar que este cliente ou usurio realmente

    quem ele diz ser. Aps autenticado, preciso determinar quais so os servios permitidos a

    este cliente e tambm monitorar seu comportamento - de que forma ele usa os recursos da

    rede [3] [5].

    Os servios AAA ou Authentification, Authorization e Accounting renem estas

    habilidades de uma maneira simples e configurvel.

    Alguns protocolos que utilizam os servios AAA so o TACACS e TACACS+,

    Kerberos, RADIUS e o objeto deste estudo, o protocolo DIAMETER. O DIAMETER o que

    melhor atende os requisitos de segurana para redes mveis de alta velocidade, como veremos

    mais adiante neste estudo. Cada um dos outros protocolos AAA oferecem suas prprias

    vantagens, mas nenhum deles so capazes de suprimir todos requisitos que uma rede

    avanada necessita atualmente, como no caso, as redes LTE.

    3.1.1 Autenticao

    Autenticao se refere ao processo de se apresentar uma identidade virtual de uma

    entidade para outra. Normalmente, esta autenticao ocorre entre um cliente e um servidor.

    De forma mais geral, a autenticao efetuada atravs da apresentao de uma identidade e

    suas credenciais correspondentes, como a senha associada, tickets, tokens e certificados

    virtuais.[6]

    Um exemplo simples o ato de fazer login. Quando voc entra no seu e-mail, por

    exemplo, o processo de autenticao realizado para que voc possa acess-lo.

    A autenticao pode ser entre duas entidades, envolvendo uma pessoa e o servidor onde

    est a informao requisitada, por exemplo, ou entre trs entidades, envolvendo uma entidade

    intermediria que, de posse das informaes para autenticao, se conecta com o servidor que

  • 33

    confirmar ou negar a continuidade daquele processo. No estudo deste trabalho, esta

    entidade intermediaria ao processo o NAS ou Non-Access Stratum.

    3.1.2 Autorizao

    A autorizao se refere associao de certos tipos de privilgios para uma entidade,

    baseados na prpria autenticao da entidade e nos servios que esto sendo requisitados.

    Dentre as polticas de autorizao, podemos, por exemplo, utilizar restries em determinados

    horrios ou restries de acordo com o grupo ao qual pertence o usurio e proteo contra

    mltiplas conexes simultneas efetuadas pelo mesmo. Como exemplo de aplicaes que

    utilizam estas polticas de autorizao, podemos citar as Polticas de Qualidade de Servio,

    que podem fornecer mais banda de acordo com o servio requisitado, o controle de certos

    tipos de pacotes, como ocorre no trafficshapping, dentre outros.[6]

    A autorizao pode ser feita de modo que o usurio se conecte com um dispositivo que

    confere as informaes antes de colocar aquele em contato com o destino final provedor de

    internet autorizando o acesso a internet, por exemplo. Aps autorizao, o processo

    transparente entre usurio e a rede. Tambm pode ser feita diretamente em contato com o

    destino final, que requisita autorizao a uma terceira entidade para ento dar continuidade ao

    processo, como quando voc passa o carto de crdito na loja e aguarda autorizao do banco.

    Uma terceira forma de autorizao emais segura por sinal atravs de tokens. Alm de suas

    informaes quanto a sua identidade serem conferidas para que voc acesse o sistema, h

    tambm essa chave ou token que ser usada toda vez que voc desejar se conectar a rede, por

    exemplo um exemplo mais prtico ainda o sistema de assinatura digital da Receita Federal

    no Brasil.

    3.1.3 Accounting ou Auditoria

    Auditoria, neste caso, se refere ao monitoramento e/ou registro do comportamento dos

    usurios e de que forma estes consomem os recursos da rede. Estas informaes podem ser

    muito teis para melhor gerenciar os recursos de rede, para a cobrana de servios e para o

    planejamento de setores da rede que precisam ser melhorados.

    Dentro de grandes empresas que lidam com informaes estratgicas e confidenciais,

    por exemplo, usam da auditoria para que sejam registrados logs que informam o que cada um

    de seus funcionrios acessou no sistema interno da empresa.

  • 34

    3.1.4 Como os servios AAA funcionam

    O servidor AAA anexado a uma rede a fim de servir como uma central local de

    armazenamento, onde so armazenadas e distribudas informaes do tipo AAA. O

    dispositivo que atua como ponto de acesso a uma rede geralmente o NAS. O resumo de

    como o processo de AAA realizado mostrado a seguir:

    O usurio final conecta-se a um dispositivo de acesso e requisita acesso rede

    A funo AAAclient do NAS envia as credenciais do usurio solicitante para um

    servidor AAA

    O servidor AAA processa os dados e responde ao AAAclient se a requisio foi

    aceita ou no, de acordo com a poltica que foi configurada.

    O AAA client no NAS notifica ao usurio final se o acesso permitido ou

    negado para os recursos solicitados.

    A figura 3 [15] mostra um exemplo de uma transao do tipo AAA.

    Figura 3 - Exemplo de transao AAA

    O AAA consiste num pr-acesso rede, criando trust boundaries ou fronteiras seguras,

    onde so garantidas a segurana no acesso rede.

    3.2 RADIUS

    O protocolo AAA RADIUS foi anterior ao DIAMETER. Ele foi padronizado em 1997

    pelo IETF na RFC 2039. Infelizmente para o RADIUS, a expanso da Internet exigia

    melhorias neste tipo de protocolo, j que ele foi feito para um mundo com Internet discada e

    assim, foi criado o protocolo DIAMETER.

  • 35

    A comunicao entre o servidor de acesso a rede e um servidor RADIUS baseada em

    UDP, o que significa que o servio no orientado a conexo. Assim, questes envolvendo

    disponibilidade do servidor, retransmisso e timeouts so resolvidos por dispositivos

    habilitados com RADIUS e no pelo protocolo de transmisso.

    O cliente RADIUS tipicamente um NAS e o servidor RADIUS um processo

    daemon funcionando num terminal UNIX ou Windows NT. O cliente passa informao do

    usurio para servidores RADIUS e age conforme chegam respostas. O servidor recebe

    pedidos de conexo de usurios, autentica estes e ento retorna a informao de configurao

    necessria para o cliente entregar o servio ao usurio.

    Primeiramente, o usurio inicia autenticao Point-to-Point Protocol (PPP) com o

    NAS. O NAS, ento, pede username e password ao usurio. Respondendo quele pedido do

    NAS, o cliente RADIUS envia username e password ao servidor RADIUS de forma

    encriptada; este servidor poder aceitar, rejeitar ou retornar resposta challenge. O cliente

    RADIUS age em servios ou parmetros de servios com status accept ou reject.

    O servidor RADIUS suporta uma variedade de mtodos para autenticar um usurio,

    como login UNIX, PPP, e Push Access Protocol (PAP).

    O login do usurio consiste de um questionamento Access-Request, o qual feito pelo

    NAS e para o servidor RADIUS; a resposta um Access-Accept ou Access-Reject daquele

    servidor. O Access-Request contm o username, a senha encriptada, endereo IP do NAS e

    porta. Alm disso, o Access-Request contm informao sobre o tipo de sesso que o usurio

    quer iniciar.

    Quando o servidor RADIUS recebe o Access-Request, ele faz uma procura pelo

    username fornecido. Se aquele no for encontrado, um perfil default pode ser carregado ou

    ento o servidor RADIUS envia um Access-Reject.

    Quando o usurio encontrado e a senha est correta, o servidor RADIUS retorna um

    Access-Accept, incluindo AVP's que descrevem os parmetros a serem usados para tal sesso,

    como tipo de protocolo, um IP para ser associado quele usurio, uma rota esttica para a

    tabela de roteamento do NAS, entre outros.

  • 36

    Os recursos de accounting no RADIUS no dependem de autenticao ou autorizao.

    As informaes para accouting j comeam a ser registradas no incio da sesso, como tempo

    gasto, tamanho dos pacotes, entre outras informaes. Um Internet Service Provider (ISP)

    pode usar o software de controle de acesso e accounting do RADIUS para prover

    necessidades especficas de segurana e cobrana.

    As transaes entre o cliente e o servidor RADIUS so autenticadas atravs do uso de

    um shared secret, ou segredo, o qual no enviado pela rede. A figura 4 [20] ilustra uma

    transao RADIUS.

    3.3 DIAMETER

    DIAMETER o protocolo de sinalizao que os provedores de servio usam para

    entregar servios personalizados. Ele essencial para a gesto da autorizao, autenticao,

    polticas de uso, cobranas e mobilidade. As mensagens DIAMETER viabilizam o acesso

    rede de assinantes, a interconexo segura com parceiros de roaming e aplicaes OTT (Over

    the Top), alm de cobrana precisa e servios baseado em uso.

    Figura 4 - Exemplo de uma transao RADIUS

  • 37

    3.3.1 Introduo ao DIAMETER

    O protocolo DIAMETER foi criado a partir do formato j existente RADIUS, com o

    objetivo de corrigir todas as deficincias conhecidas do RADIUS em termos de robustez

    resumidamente, o principal problema que ele foi feito para redes discadas e lentas, enquanto

    protocolos mais seguros e inteligentes exigem redes mais velozes, como as de hoje. A

    expanso do uso da sinalizao, alm do aumento no tamanho das mensagens, exige

    melhorias no protocolo utilizado para o trfego das mesmas. O DIAMETER no usa o mesmo

    Protocol-Data-Unit (PDU) do RADIUS, mas mantm semelhanas suficientes para que

    ambos sejam compatveis. A ideia com o DIAMETER criar um protocolo base que pode ser

    facilmente estendido a fim de permitir novos mtodos de acesso e servios. Atualmente, seus

    desenvolvedores usam o protocolo DIAMETER principalmente no acesso Internet, atravs

    do PPP (Point-Po-point Protocol) e atravs de critrios estabelecidos pelo ROAMOPS

    (Roaming Operations) e modelos Mobile-IP.

  • 38

    CAPTULO 4. O PROTOCOLO DIAMETER

    O protocolo base DIAMETER o protocolo AAA propriamente dito. Ele usado

    largamente em todas as redes All-IP ou New Generation Networks (NGN) - que so redes que

    transportam toda informao e servios de voz, dados, entre outros, atravs de pacotes -,

    como as redes IMS (IPMultimedia Subsystem) e EPS (EvolvedPacketSystem), sendo este

    ltimo uma rede de quarta gerao no padro europeu[4].

    4.1 ELEMENTOS DO DIAMETER

    4.1.1 Arquitetura

    O DIAMETER construdo como uma base padro e extenses adicionais chamadas de

    aplicaes, sendo especificado na norma RFC 3588 [3588]. Cada aplicao suporta demandas

    especficas e vale lembrar que apesar de chamadas de aplicaes, estas no so o mesmo que

    um programa, mas sim um protocolo baseado no DIAMETER. A coincidncia no uso do

    termo aplicao se d na questo da liberdade de criao destes protocolos conforme a

    necessidade do vendor, que utilizar a base DIAMETER. Algumas aplicaes j foram

    padronizadas pelo IETF e outras vo sendo criadas por vendors, como so chamados, ou

    particulares neste contexto, que criam a aplicao e requisitam Internet Assigned Numbers

    Authority (IANA) um nmero para identificar a nova aplicao ou protocolo criado. Abaixo, a

    figura 5 [21] d um exemplo de aplicaes.

    ... outras aplicaes

    O DIAMETER pode ser usado em inmeras interfaces de diferentes redes, como a

    3GPP, IMS e muitas das redes da nova gerao devido a sua propriedade de se expandir com

    Aplicao

    NAS (IETF)

    Aplicao de

    carto de crdito

    Alguma aplicao

    especfica para

    3GPP

    Base do protocolo DIAMETER

    Figura 5 - Base protocolo Diameter

  • 39

    servios DNS, alm da segurana oferecida e as outras caractersticas que sero comentadas

    mais adiante.

    4.1.2 AVPs

    As mensagens DIAMETER carregam Attribute-Value Pairs ou AVP's. Estes AVPs

    contm os detalhes do AAA, como informaes de roteamento e segurana, alm de

    informaes sobre as capacidades entre dois ns DIAMETER, isto , recursos que os ns

    possuem. Cada AVP contm um cdigo AVP, flags, comprimento do AVP, alm do ID do

    desenvolvedor (opcional).

    4.1.3 Nodes ou ns de uma rede DIAMETER

    As entidades implementando o DIAMETER tem um certo papel na rede, podendo ser

    cliente, servidor ou agente, conforme a sua posio e funo na rede. Clientes requisitam

    servios ao servidor, agentes esto nos ns que propiciam flexibilidade a rede, permitindo um

    servio de roaming, por exemplo, entre outros. Existem 4 tipos de agentes: relay, proxy,

    redirect e translator.

    O agente relay usado para encaminhar a mensagem ao destino, decodificando apenas a

    base DIAMETER, sem se importar com as aplicaes transportadas pelo mesmo. O proxy faz

    um processamento adicional das mensagens DIAMETER para implementar as regras, o que

    significa que ele precisa interpretar a aplicao que est sendo transportada. O redirect prov

    roteamento apenas para resolver o pedido de busca pelo servidor e, assim, no encaminha

    uma mensagem recebida ao destino, mas sim a responde com outra mensagem ao n que

    enviou o pedido. Esta resposta contm informao que permite ao n enviar o pedido

    novamente, mas agora diretamente ao servidor, como um servio DNS. O agente translator

    traduz um protocolo DIAMETER para outros protocolos, ou seja, ele integra DIAMETER

    com RADIUS. Esses agentes sero mais detalhados posteriormente.

    4.1.4 Sesses DIAMETER, conexes e transporte

    O DIAMETER usa tanto o Transmission Control Protocol (TCP) quanto o Stream

    Control Transmission Protocol (STCP) para transporte de mensagens entre os peers. O TCP

    e STCP exigem que seja estabelecida uma conexo antes de qualquer mensagem DIAMETER

    ser enviada, j que so orientados a conexo. H de se distinguir uma conexo como a

  • 40

    mencionada acima de uma sesso DIAMETER propriamente dita. Na conexo, h uma

    ligao no nvel da camada de transporte entre dois peers, enquanto a sesso DIAMETER

    uma conexo no nvel da camada de aplicao entre o cliente e o servidor cuja sesso

    identificada. A figura 5 [30] mostra as diferenas entre uma e outra.

    As mensagens so protegidas usando TLS (Transport Layer Security) ou Internet

    Protocol Security (IPSec). O padro DIAMETER determina que todos os ns deve suportar

    IPSec, sendo opcional o suporte ao TLS. A proteo est em todos os hops entre os peers.

    De modo a propiciar flexibilidade ao DIAMETER em termos de aplicaes, recursos de

    segurana, etc, os peers tambm comunicam entre si suas limitaes. Isto permite que cada

    um saiba a identidade do outro e suas capacidades como verso do protocolo, aplicaes e

    atributos de fabricantes (vendor-specific), alm de mecanismos de segurana.

    4.1.5 Roteamento de requisies DIAMETER

    Os agentes DIAMETER podem ajudar no roteamento da mensagem at o destino final,

    que o servidor DIAMETER. Aqueles agentes fazem o roteamento baseado na resoluo de

    endereo e na aplicao usada. O n mantm uma lista de realms suportados, peers

    conhecidos e suas capacidades. Um agente DIAMETER pode fazer resoluo de endereo e

    assim ser usado para agregar pedidos de diferentes fontes destinadas a um destino especfico,

    o que permite quele agir como uma entidade de roteamento centralizada. Quando o cliente

    Figura 6 - Conexo DIAMETER versus sesso DIAMETER

  • 41

    no souber qual servidor contm a informao desejada, o agente DIAMETER realizar a

    resoluo de endereo.

    Cada agente DIAMETER deve conseguir encontrar o prximo n. Se a rede for grande,

    configurar manualmente ser um trabalho impossvel no sentido de manter as configuraes

    atualizadas. O DIAMETER suporta a opo de estaticamente configurar os peers, mas se

    destaca por possuir mecanismos de descoberta dinmica de peers, usando o DNS, por

    exemplo. Os clientes DIAMETER podem assim depender da informao do realm junto da

    aplicao desejada e nvel de segurana para procurar pelos ns que os ajudaro a encaminhar

    a mensagem.A localizao do peer e a configurao de roteamento ser armazenada para

    futuras decises deste tipo.

    A base do protocolo DIAMETER capaz de detectar falhas, alm de transportar entre

    os peers os mecanismos que realizam aquela ao pode enviar mensagens watchdog para

    detectar falhas de transporte, por exemplo.

    4.1.6 Formato da mensagem

    As mensagens so chamadas de comandos. Estes comandos contm um cabealho mais

    o nmero de AVPs. Cada comando tem um identificador que pode ser traduzido como a

    ao realizada por aquele comando, enquanto os AVPs, carregam os dados. As aplicaes

    usam AVPs do protocolo base para criar novos AVPs e comandos. Na figura 6 [29] h um

    exemplo de mensagem DIAMETER.

  • 42

    Figura 7 - O formato da mensagem DIAMETER

    O ID da aplicao identifica a aplicao DIAMETER, enquanto o hop-by-hop identifier

    associa pedidos com respostas. O identificador end-to-end detecta mensagens duplicadas.

    Cada AVP identificado usando um nico cdigo AVP. Se o AVP proprietrio, o ID do

    fabricante usado para identificar unicamente o AVP. Mais detalhes podem ser encontrados

    no RFC 3588.

    4.1.7 Aplicaes bsicas

    Um grupo de aplicaes bsicas para o DIAMETER foram desenvolvidas pelo IETF,

    mas outros fabricantes de equipamentos ou desenvolvedores podem criar tais aplicaes para

    fins especficos, devendo apenas seguir algumas regras para que a aplicao possa ser

    chamada de aplicao DIAMETER.

    No momento, existem 5 aplicaes padronizadas pelo IETF, que so o Mobile IPv4,

    NASREQ, Credit control, Extensible Authentication Protocol (EAP) e Session Initiation

    Protocol (SIP). Abaixo, as aplicaes e suas mensagens so brevemente comentadas.

  • 43

    4.1.7.1 Mobile IPv4

    Esta aplicao permite que ns mveis recebam servio de provedores de servio que

    no aquele provedor onde o usurio est registrado. Ela permite que o DIAMETER

    autentique, autorize e registre informaes para controle de seus clientes.

    Neste caso, o FA (Foreign Agent) ou o HA (Home Agent) agem como clientes. O HA

    intercepta pacotes que so direcionados ao endereo local do usurio, encapsula os pacotes e

    ento o HA os envia, pela rede, ao FA no qual o n mvel est conectado.

    Quando um n mvel requisita acesso a uma rede de terceiros, o FA entra em contato

    com o servidor de autenticao de seu domnio ou Foreign AAA Server (FAAA). O servidor,

    por sua vez, entra em contato com o servidor do domnio da rede de registro (Rede Home) do

    mvel ou Home AAA Server (HAAA), atravs do envio de um AA-Mobile-Node-

    Request(HAR) ao HA. Se o n puder se conectar com o HA, o HA responde enviando um

    MIP Home-Agent Answer(HAA). Ento, o HAAA envia de volta um AA-Mobile-Node-

    Answer (AMA) e o n mvel aceito.

    Finalmente, uma Mobility Security Association(MSA) estabelecida entre o FA, o HA e

    o n mvel. Se a requisio que o n mvel fez no exigir um Home Agent especfico, o

    DIAMETER aloca um de acordo com suas polticas. O n mvel identificado pelo seu

    Network Access Identifier NAI, definido pela RFC 2486, que indica o realm ao qual o mesmo

    pertence.

    4.1.7.2 NASREQ

    Esta aplicao oferece autenticao segura no ambiente do servidor da rede de acesso

    ou NAS. Primeiro, um AA-Request (AAR) enviado ao servidor e se obtiver sucesso, um AA-

    Answer (AAA) retornado. O Re-Authentication-Request (RAR) pode ser usado pelo servidor

    para verificar se o usurio est usando o servio. O NAS envia de volta um Re-

    Authentication-Answer (RAA) e aps isto, o qual ser seguido de um AAR e uma mensagem

    AAA. A sesso pode ser encerrada pelo servidor ou pelo NAS. O servidor pode enviar um

    Abort-Session-Request (ASR) ou o NAS pode mandar um Session-Termination-Request

    (STR). Um registro da operao feito pelas mensagens Accounting-Request (ACR) e

    Accounting-Answer (ACA).

  • 44

    Nesta aplicao, possvel uma interao com o RADIUS. Os agentes de traduo

    devem seguir regras para o caso de uma requisio RADIUS encaminhada como uma

    requisio DIAMETER e vice-versa. Segundo a RFC 4005, "alguns atributos RADIUS so

    encriptados. A segurana do RADIUS e suas tcnicas de encriptao se aplicam numa rotina

    do tipo hop-per-hop. O agente DIAMETER ter que decriptar os dados atribudos ao

    RADIUS que entram no sistema DIAMETER e se aqueles forem encaminhados, o agente

    deve torn-los seguros utilizando tcnicas especficas." O mesmo agente de traduo que

    cuida da requisio RADIUS dever, tambm, receber a resposta DIAMETER.

    4.1.7.3 Aplicao Credit control

    Esta aplicao prov controle de crdito em tempo real para usurios finais, contudo, ela

    s cuida da autorizao deste crdito para assinantes pr-pagos. Alguns recursos de auditoria

    j so especificados no protocolo base, porm no so o ideal para registro de informaes em

    tempo real, como neste caso.

    Dois tipos de eventos podem ser vistos na aplicao: controle de crdito baseado na

    sesso e eventos isolados. Requisitar preo, saldo do usurio e estorno do crdito para o

    usurio fazem parte dos eventos isolados. H dois tipos de autorizao de crdito: a que

    implica em reserva de crdito e a que realiza o dbito direto.

    Para a autorizao com reserva de crdito, o servidor recebe a requisio do cliente e

    reserva a quantidade de crdito da conta do usurio. Se o usurio fica sem recursos ou encerra

    o servio, o cliente reporta de volta ao servidor o quanto foi usado. Este tipo de autorizao

    baseado na sesso e consiste de um 'questionamento' inicial e final e talvez intermedirios,

    dependendo do status do crdito do cliente ou situao do sistema, o qual informar diferentes

    mensagens. Os 'questionamentos' intermedirios so realizados quando no h mais crdito ou

    quando a validade do carto expirou, por exemplo. Os questionamentos so a troca de

    mensagens entre o cliente e o servidor do carto de crdito.

    Autorizao de crdito com dbito direto um evento isolado. O servidor retira a

    quantia de crdito diretamente da conta do usurio. Exemplos de eventos isolados so a

    requisio de preo ou saldo, dbito direto e estorno.

    Esto relacionadas duas mensagens com a aplicao Credit control: Credit-Control-

    Request(CCR) e Credit-Control-Answer (CCA) [6].

  • 45

    4.1.7.4 Aplicao EAP

    EAP (Extensible Authentication Protocol) um mtodo de autenticao num ambiente

    de protocolo Point-to-Point. Ele pode ser usado por alguns esquemas de autenticao e foi

    sugerido como uma aplicao adicional ao protocolo DIAMETER. Ele permite que a

    informao EAP seja encapsulada nos AVP's do DIAMETER, situao em que a informao

    EAP original ser encontrada num AVP chamado EAP-Payload.

    4.1.7.5 Aplicao SIP

    A aplicao SIP permite que um cliente DIAMETER requisite, a um servidor

    DIAMETER, informao de autenticao e autorizao, para servios de IP multimdia

    baseados em SIP. Esta aplicao tambm prov o cliente DIAMETER com outros servios,

    como baixar ou receber perfis atualizados de usurios, ou funes de roteamento que possam

    ajudar um servidor SIP a encontrar outro serv idor SIP alocado a um usurio. De acordo com

    RFC 4740, o cliente DIAMETER e o servidor SIP esto no mesmo n, ento o servidor SIP

    pode receber e processar requisies e respostas. O servidor SIP usa infraestrutura AAA

    fornecida pelo DIAMETER para autenticar a requisio SIP e autorizar o uso de seus

    servios.

    4.1.7.6 Aplicao QoS

    Esta aplicao fornece AAA em reservas de qualidade de servio [24]. Isto significa que

    uma requisio de reserva pode ser autenticada, autorizada e estes recursos consumidos so

    auditados.

    Uma requisio de qualidade de servio deve ser feita por protocolos como o Resource

    Reservation Protocol(RSVP) definido pela RFC 2750. O recebedor da requisio faz o

    processamento e deve realizar o controle de admisso, autorizao e reserva de recurso. O

    controle de admisso significa determinar se h recursos suficientes para completar a

    requisio. O servidor de autorizao chamado a realizar a autorizao do pedido,

    reservando os recursos. As mensagens agregadas por esta aplicao so a QoS-Authorization-

    Request(QAR), a QoS-Authorization-Answer(QAA), a QoS-Install-Request(QIR), a QoS-

    Install-Answer(QIA).

  • 46

    4.1.7.7 DHCPv6

    O Dynamic Host Configuration Protocol para o IPv6 fornece um estabelecimento de

    uma associao segura entre o HAAA e o servidor DHCP com o DIAMETER. Existem

    quatro mensagens especificadas nesta aplicao: AAA-DHCP-Request(ADR), AAA-DHCP-

    Answer(ADA), Push-configuration-Request (PCR), Push-Configuration-Answer(PCA).

    4.2 Funes dos ns de uma rede DIAMETER

    Neste protocolo, um n pode ter uma ou mais funes. Ele pode ser um cliente,

    servidor, relay, redirect, proxy ou translator. Existe ainda a possibilidade de um n assumir

    mais de uma funo . A figura 7 [28] mostra os componentes de uma rede DIAMETER.

    Figura 8 - Rede DIAMETER

    4.2.1 DIAMETER como Cliente

    Um n DIAMETER que colocado na borda de uma rede de controle de acesso, como

    a NAS (Non Access Stratum) ou FA (Foreign Agent) ser do tipo Cliente e tem as seguintes

    caractersticas:

    Envia pedidos de associao ou requisio aos servidores;

    Pode ativar procedimentos de failover ou failback;

    Hospeda uma aplicao AAA que gera o pedido e aguarda a resposta;

  • 47

    Pode manter memria no-voltil para armazenamento seguro em caso de falhas na

    rede;

    Pode manter state-less ou state-full as Authorization State Machines e Accounting

    State Machines, as quais representam o ciclo de vida das sesses DIAMETER e que

    devem ser observadas por todas as implementaes de DIAMETER que fazem uso de

    autorizao ou autenticao, respectivamente. Qualquer evento no listado nas state

    machines deve ser considerado como um erro e espera-se que uma resposta seja

    enviada ao originador da mensagem; [22]

    4.2.2 DIAMETER como um servidor

    Quando o DIAMETER faz a autenticao ou autorizao de usurios, ele ser um

    servidor e ter as seguintes atribuies:

    Aceitar pedidos de associao ou conexo dos clientes;

    Realiza deteco de loop e duplicao em mensagens recebidas;

    Realiza autenticao e/ou autorizao ou auditoria sob demanda;

    Pode refazer as operaes de autenticar, autorizar ou ainda abortar sesses

    j estabelecidas;

    Mantm Authorization State Machines em state-full ou state-less. O protocolo

    DIAMETER requer que os agentes mantenham um estado da transao para o caso de

    failover. Um agente state-less o que contm apenas o estado da transao. Um

    agente state-full o que mantm informao do estado da sesso. Cada sesso

    autorizada considerada ativa at notificada do contrrio ou por ter expirado. [23]

    Termina a sesso se requisitado.

    Um n DIAMETER pode ter as propriedades de cliente e servidor ao mesmo tempo;

    isto acontece quando o n age como um intermedirio entre quaisquer dois ns

    DIAMETER. Se um n age como um relay, ele ter as propriedades de cliente e de

    servidor.

  • 48

    4.2.3 DIAMETER como Relay

    Quando o n colocado na rota de encaminhamento de mensagens, ele ser um Relay e

    ter as seguintes funes/caractersticas:

    Aceita pedidos de associao ou conexo de clientes e envia os mesmos a servidores

    DIAMETER;

    Anexa um registro de rota a todos os pedidos;

    Nunca gera mensagens AAA;

    Nunca interpreta a semntica da mensagem;

    Encontra um servidor para encaminhar a mensagem baseado em informao de AVP's

    em trnsito;

    Realiza deteco de loop em mensagens recebidas;

    No guarda registro de sesso;

    4.2.4 DIAMETER como redirect

    Um n que facilite outros ns a estabelecer a conexo com um terceiro n requisitado

    indica que aquele primeiro um redirect, que ter as seguintes funes/caractersticas:

    Aceita pedidos de associao ou conexo de clientes;

    No ser colocado na rota de encaminhamento de mensagens e referencia os clientes

    DIAMETER aos servidores DIAMETER;

    Nem gera nem altera mensagens AAA;

    Nunca valida a semntica de mensagens;

    No guarda registro de sesso ou estado de um recurso;

  • 49

    4.2.5 DIAMETER como um Proxy

    O n que possa aplicar polticas como parte das mensagens encaminhadas ser um

    proxy e ter as seguintes funes/caractersticas:

    Aceita pedidos de conexo ou associao de clientes e os envia a servidores

    DIAMETER;

    Dever ser colocado na rota de encaminhamento de mensagens e anexar um registro

    de rota a todos pedidos encaminhados;

    Pode originar qualquer mensagem AAA rejeitando pedidos dos clientes;

    Valida a semntica de mensagens AAA;

    Mantm registro dos recursos do NAS e decide sobre as polticas. Como parte de

    aplicao das polticas, as mensagens podero ser modificadas;

    Encontra um servidor para encaminhar as mensagens;

    Realiza deteco de loop em mensagens recebidas.

    4.2.6 DIAMETER como um translator

    Se o n age como tradutor entre um n DIAMETER e um n RADIUS, ele ter as

    seguintes funes/caractersticas:

    Aceita pedidos de associao e conexo de clientes e os envia aos servidores

    DIAMETER;

    Traduz mensagens do tipo RADIUS ou TACACS para o DIAMETER e vice-versa;

    Valida a semntica das mensagens AAA;

    Mantm a sesso e o estado das transaes para long-lived authorized sessions;

    4.3 DIAMETER VERSUS RADIUS

    O protocolo RADIUS, antecessor do DIAMETER, tem vrias limitaes, como:

  • 50

    Escalabilidade limitada;

    Nenhuma tolerncia com erros inerentes as redes;

    Falta de suporte de agentes;

    Mecanismos confiveis insuficientes;

    Sem suporte a transmisso confivel;

    Dificuldade para promover negociao entre os ns da rede;

    Sem suporte para balanceamento da capacidade da rede.

    Em parte, estes problemas se devem a limitao do RADIUS a Internet discada, o que

    restringia sua velocidade, no permitindo sinalizaes mais complexas, as quais exigiriam

    mais trfego de dados e consequentemente mais velocidade a fim de no congestionar a

    rede.O DIAMETER vem justamente para resolver estas questes.

    Nas prximas sees ser abordada a importncia de se solucionar estas falhas em redes

    com alto trfego de dados. Revisando as propriedades j mencionadas do DIAMETER,

    podemos evidenciar a sua superioridade em relao a seu antecessor RADIUS.

    4.3.1 Escalabilidade

    Enquanto o RADIUS incapaz de se expandir numa rede procurando por ns, o

    DIAMETER tem a opo de descobrir novos ns na rede usando servios DNS (Domain

    Name System). Sem um servio DNS, o qual faz a procura automaticamente, aumentar uma

    rede demandaria muito trabalho.

    4.3.2 Tolerncia a erro

    O RADIUS no prove nenhum procedimento para realizar failover ou failback na rede

    quando algum n no est disponvel; por outro lado, o DIAMETER tem a opo de realizar

    failover ou failback com os outros ns conectados. Este aspecto importante, pois, assim,

    qualquer n pode alcanar o destino final via um ou mais caminhos. A falta deste recurso no

    garante a entrega da mensagem.

  • 51

    4.3.3 Suporte de Agentes

    Tecnicamente falando, o RADIUS no tem definido os procedimentos em relao ao

    que um n pode fazer com os pacotes que recebe, transmite e encaminha, ao contrrio do

    DIAMETER. Isto importantssimo, pois permite-se que os ns tenham responsabilidades

    diferenciadas, fazendo a distribuio do trfego de modo eficiente- o que facilita a

    manuteno da rede.

    4.3.4 Comunicao segura

    O protocolo base DIAMETER prov a opo de transportar mensagens de modo seguro,

    algo que o RADIUS deixava para a aplicao realizar, se assim o desenvolvedor da aplicao

    o fizesse. Desta forma, o desenvolvedor de uma aplicao DIAMETER no precisar incluir

    na sua aplicao nenhum recurso para o transporte seguro da mensagem, pois a base

    DIAMETER j cuida disso.

    4.3.5 Transmisso confivel

    Outra desvantagem do RADIUS que ele usa UDP (User Datagram Protocol) na sua

    camada inferior para transmitir pacotes e sendo assim no define procedimentos de

    retransmisso no caso de falhas. O DIAMETER, por sua vez, usa TCP (Transmission Control

    Protocol) na transmisso ou SCTP (Stream Control Transmission Protocol). O TCP e SCTP

    so protocolos orientados a conexo, portanto, eles oferecem a garantia de informar o status

    da comunicao atravs de confirmaes de recebimento alm de reordenao das mensagens

    para a devida identificao na recepo. O UDP no oferece reordenao de mensagens e no

    orientado a comunicao, no oferecendo garantia de recebimento das mensagens, o que

    implica em gasto de tempo, entre outros procedimentos desnecessrios que sobrecarregam a

    aplicao.

    4.3.6 Capability Negotiation ou troca de informaes sobre capacidades

    O RADIUS tambm no possui procedimentos para informar os ns vizinhos sobre os

    recursos que algum outro n possui, deixando aqueles sem saber que aplicaes este outro n

    suporta. O DIAMETER ordena, assim que a conexo estabelecida, que essas informaes

    sejam trocadas antes mesmo de se iniciar o trfego.

  • 52

    4.3.7 Load Balancing ou balanceamento do trfego

    O RADIUS tambm no tem procedimentos quanto ao balanceamento do trfego entre

    vrios ns com os quais possa se comunicar - o DIAMETER, para tanto, define os peers

    conectados como primrios ou secundrios. Isto poupa um certo n de ter que processar o

    trfego que chega de vrios ns a ele conectados, alm de exigir hardware que atenda tal

    tarefa.

  • 53

    CAPTULO 5. DIAMETER NO LTE

    A arquitetura da rede 4G (LTE) reflete uma implementao de servios baseados em IP,

    nas comunicaes mveis, tal como a completa otimizao do desempenho da rede. O

    aumento da velocidade das conexes e a qualidade do acesso desta infraestrutura so

    considerados fatores importantes para o desenvolvimento de novos contedos e aplicaes

    multimdia.

    Um fator preponderante para manter a qualidade do servio nas redes 4G um

    monitoramento adequado e efetivo da rede fim-a-fim.

    A maioria dos os sistemas de monitoramento de rede baseiam-se em coletas SNMP

    (Simple Network Management Protocol) e com ferramentas personalizadas para gerao de

    relatrios. A coleta SNMP pode gerar problemas de elevao de carga de processamento da

    CPU nos equipamentos de rede, podendo ocorrer perda temporria ou total sobre a gerncia

    do elemento de rede e com risco de no detectar uma falha grave no elemento por ingerncia

    devido ao SNMP. Observa-se tambm que a utilizao de coletas SNMP, leva a necessidade

    de implantao de elementos coletores na rede que aumentam a possibilidade de falha e

    ineficincia do processo de gerncia. Tal estrutura de gerenciamento no permite a avaliar a

    qualidade da rede em sua totalidade em relao qualidade do servio (QoS) e qualidade de

    experincia do usurio (QoE) final.

    Nesse contexto, avaliar a qualidade da rede mvel 4G (LTE) fazendo uso do CDR (Call

    Detail Record), torna-se uma alternativa interessante, pois pode possibilitar uma avaliao da

    qualidade do servio fim-a-fim e ainda no onera os elementos de rede envolvidos. O LTE

    apresenta arquitetura plana e reduz os ns envolvidos nas ligaes e tambm apresenta uma

    nova hierarquia, se comparada com as redes 3G e 2G [7][12]. Nas prximas sees ser feita

    uma breve explicao sobre os componentes de uma rede LTE.

    5.1 ARQUITETURA LTE E INTERFACES

    A arquitetura LTE compreende trs principais componentes:

    O User Equipment (EU)

    Evolved UMTS Terrestrial Radio Access Network (E-UTRAN)

  • 54

    Evolved Packet Core (EPC)

    O EPC se comunica com redes de pacotes no mundo externo, tais como a Internet,

    redes privadas ou o subsistema multimdia IP. As interfaces entre as diferentes partes do

    sistema so chamadas de Uu, S1 e SGi como mostradas na figura 8 [18].

    Figura 9 - Viso genrica da arquitetura LTE

    A arquitetura do UE no LTE igual a que usada pelo UMTS e GSM, onde

    chamada de Mobile Equipment (ME). O ME compreende o Mobile Termination (MT), que

    cuida da comunicao; O Terminal Equipment (TE) encerra o fluxo de dados; o Universal

    Integrated Circuit Card (UICC) executa uma aplicao chamada Universal Subscriber

    Identity Module (USIM). O USIM armazena dados do usurio, assim como o SIM card.

    O E-UTRAN a rede de acesso. Ele cuida das comunicaes de rdio entre o mvel e

    o EPC e composto pelas estaes base, chamadas de eNodeB ou eNB . Cada eNB uma

    estao base que controla os mveis em uma ou mais clulas. O mvel LTE comunica-se com

    apenas uma estao base e clula por vez. As principais funes do eNB so:

    Enviar e receber transmisses de rdio de/para os mveis usando as funes de

    processamento digital de sinal da air interface do LTE.

  • 55

    Controlar operaes low-level de todos os mveis, atravs do envio de

    sinalizao, tais como comandos handover.

    Um eNB conecta-se com o EPC pela interface S1 e com estaes base prximas pela

    interface X2. Um Home eNB (HeNB) uma estao base que foi adquirida por um usurio

    para fornecer cobertura femtocell dentro de casa. Um HeNB pertence a um grupo fechado e s

    pode ser acessada por mveis que tenham um USIM que tambm pertena quele grupo

    fechado.

    O EPC a rede core. Alguns de seus componentes so comentados no prximo tpico.

    5.1.1 EPC

    Como j falado, o EPC a rede core e para melhor entender a interao do Diameter

    dentro do EPC, alguns de seus componentes so explicados a seguir.

    5.1.2 Mobility Management Entity (MME)

    O MME lida com a sinalizao e controle, a gesto da mobilidade e envio das

    mensagens de busca (paging) para o eNodeB. Isto facilita a optimizao das redes

    implementadas e permite flexibilidade total na ampliao da capacidade. Ainda faz a gesto

    do acesso do Ue rede atravs da interao com o Home Subscriber Server (HSS) de forma a

    autenticar os usurios da rede. Atravs de comunicao via protocolo NAS, o MME torna-se

    responsvel pela gerao e alocao da identidade temporria (TMSI) do terminal usurio.

    Tambm, verifica parmetros de autorizao do Ue para se vincular a determinada Public

    Land Mobile Network (PLMN) e implementa restries de roaming. Fornece a funo do

    plano de controle para permitir a mobilidade contnua entre o LTE e redes mveis 2G/3G e

    tambm suporta as intercepes legais de sinalizao.

    5.1.3 Home Subscriber Server (HSS)

    a base de dados central, que contm informaes relativas ao usurio e subscries.

    O HSS contm dados de subscries SAE do usurio como por exemplo qualquer restrio de

    acesso de roaming. Ele tambm mantm informaes sobre o PDN (Public Data Network) o

    qual o usurio pode se conectar. Isto pode ser na forma de um nome de ponto de acesso

    (APN) ou endereo do PDN (indicando o endereo IP subscrito). Alm disso, o HSS mantm

  • 56

    informaes dinmicas como a identidade do MME ao qual o usurio est registrado ou

    vinculado. O HSS tambm pode integrar o centro de autenticao (AUC), que gera vetores de

    autenticao e chaves de segurana.

    5.1.4 Serving-Gateway (S-GW)

    Atua como o ponto de terminao entre a rede de acesso rdio (E-UTRAN) e a rede

    Core. Encaminha os pacotes de dados para o eNodeB e realiza a contabilizao e o controle

    dos dados do utilizador. Tambm serve de ncora de mobilidade local para os handovers entre

    eNodeBs ou para a passagem entre redes 3GPP e informa o trfego do utilizador no caso de

    intercepo legal. Do SGW tambm podem ser extrados CDRs.

    5.1.5 Packet Data Network Gateway (P-GW)

    Serve como ponto de entrada e de sada do trfego de dados do equipamento do

    usurio e de interface entre as redes LTE e as redes de pacotes de dados externas tais como a

    Internet ou redes fixas e mveis baseadas em protocolo de iniciao da sesso (SIP) na

    arquitetura IMS. Tambm faz a gesto da atribuio de endereos IP e suporta a filtragem de

    pacotes para cada utilizador. Ainda oferece suporte tarifao e serve de ncora para a

    mobilidade entre redes 3GPP e redes no 3GPP, alm da gerao de CDRs.5.1.5 Policy and

    Charging Rules Function (PCRF)

    D permisso ou rejeita pedidos de multimdia, gerenciando a poltica de servio

    (planos de dados). Cria e faz a atualizao do contexto do protocolo de pacotes de dados

    (PDP) e controla a atribuio de recursos. Tambm fornece as regras de tarifao com base no

    fluxo de servios de dados para o P-GW.

    A figura 8 mostra a arquitetura de uma rede de quarta gerao bem como as interfaces

    entre os ns da mesma.

    5.1.6 Policy and Charging Rules Function (PCRF)

    D permisso ou rejeita pedidos de multimdia, gerenciando a poltica de servio

    (planos de dados). Cria e faz a atualizao do contexto do protocolo de pacotes de dados

    (PDP) e controla a atribuio de recursos. Tambm fornece as regras de tarifao com base no

    fluxo de servios de dados para o P-GW.

  • 57

    A figura 9 [27] mostra a arquitetura de uma rede de quarta gerao bem como as

    interfaces entre os ns da mesma.

    Figura 10 - Arquitetura LTE/SAE e suas interfaces

    5.2 INTERFACES

    A seguir, so comentadas as interfaces onde o DIAMETER est configurado.

    Sh Permite troca de dados de assinante entre um servidor de aplicao SIP

    (AS) e o HSS.

    Dh Conecta o SIP AS ao SubscriberLocationFunction (SLF) para

    identificar o HSS do assinante.

    Sd

    Conecta o PCRF ao recentemente definido TrafficDetectionFunction

    (TDF) - o qual usado para identificar com que servios os assinantes

    esto se conectando -, alm de aplicar regras do PCRF a estas sesses.

  • 58

    Sy Conecta o PCRF e OCS para notificao de cobrana em tempo real.

    Rf

    Troca informaes de cobrana entre o AS e OFCS para notificao de

    cobrana, mas no em tempo real, quando um evento passvel de

    cobrana concludo.

    Ro Conecta os elementos da rede ao OCS para notificao de cobrana em

    tempo real

    Cx Autentica usurios e permite troca de dados e localizao de assinantes

    entre CSCF e HSS.

    Dx Fornece dados de localizao entre CSCF e SLF para identificar o HSS

    do assinante.

    Sp Prov uma poltica de informao do assinante do PCRF para o

    Subscriber Profile Repository(SPR).

    Rx

    Transita entre um AF e o PCRF para transporte de informao de sesso

    da camada de aplicao, alm de informao de IP filtering que

    identifique fluxo de dados de servio para controle de polticas; realiza

    controle de QoS da banda disponibilizada para mdias ou aplicaes.

    Rx+

    Esta interface fica entre o PCRFe provedores de servios IP ou proxies

    para servios de rede. Ela prov transporte de informao de sesso da

    camada de aplicao.

    Gxa Esta interface fornece transferncia, do PCRF para os acessos Trusted

    Non-3GPP, de informao de polticas de QoS.

    Gxc Esta interface fornece transferncia, do PCRF para o Serving Gateway,

    de informaes de poltica de QoS.

    Gx

    Esta interface fica entre o PCRF e o Policy and Charging Enforcement

    Function (PCEF) na rede EPS e permite ao PCRF ter controle dinmico

    sobre o funcionamento do LTE Policy and Charging Control (PCC) no

    PCEF. Suas propriedades so:

  • 59

    Sinalizao de decises do PCC

    Negociao do modo de estabelecimento do Internet Protocol

    Connectivity Access Network (IP-CAN)

    Gy

    Conecta vrios pontos de aplicao do PCEF, como Gateway GPRS

    Support Node (GGSNs), gateways Packet data network (PDN)

    eMobility Management Entities (MMEs), para enviar informao de

    notificao de cobrana em tempo real ao OCS.

    Gz

    Conecta vrios pontos de aplicao PCEF, como GGSNs, gateways

    PDN e MMEs, para enviar informao de notificao de cobrana, mas

    no em tempo real, ao OFCS.

    Gmb

    Conecta o 3G GGSN e o Broadcast-Multicast Service Center (BM-SC),

    que usado para controlar canais portadoras, as quais so usadas em

    servios de vdeo mvel.

    SGmb

    Conecta o PDN Gateway (PGW) e o BM-SC, que usado para

    controlar canais portadoras, as quais so usadas em servios de vdeo

    mvel.

    S6a

    S6a permite transferncia de dados de assinatura e autenticao para

    autenticar ou autorizar acesso do usurio ao Evolved System. Esta

    interface definida entre o MME e o HSS para autenticao e

    autorizao.

    S6b

    S6b o ponto de referncia entre o PGW e o servidor ou proxy 3GPP

    AAA para autenticao relacionada a mobilidade, se preciso. Este ponto

    de referncia pode tambm ser usado para buscar e requisitar

    armazenamento de parmetros de mobilidade ou, ainda, ser usado para

    buscar perfil esttico QoS para um UE em acessos non-3GPP nos casos

    em que o PCC dinmico no suportado.

  • 60

    S6c

    O ponto de referncia S6c fica entre o PDG no Home Public Mobile

    Network (HPLMN) e o servidor 3GPP AAA para autenticao

    relacionada a mobilidade. Esta interface tem as seguintes propriedades:

    Transporte de comandos para buscar e armazenar os parmetros

    de mobilidade

    S6d Esta interface fica entre o HSS e o ServingSupport Node (SGSN) e

    usada para buscar e armazenas parmetros relacionados a mobilidade.

    S9

    Esta interface fornece transferncia, entre o PCRF local e o PCRF

    visitado, e o de informao de poltica de QoS e de controle de

    cobrana, de modo a suportar a funo de breakout local. Em outros

    cenrios de roaming, S9 tem como funcionalidade providenciar

    polticas dinmicas de controle de QoS do HPLMN.

    SWa

    A interface SWA conecta o untrusted non-3GPP IP Access com o

    servidor ou proxy 3GPP AAA e transporta autenticao e autorizao de

    acesso, alm de informao relacionada a cobrana, de modo seguro.

    STa

    A Interface STa conecta o trusted non-3GPP IP Access com o servidor

    ou proxy 3GPP AAA e transporta autenticao, autorizao, parmetros

    de mobilidade e informao relacionada a cobrana de modo seguro.

    SWd Esta interface conecta o proxy 3GPP AAA ao servidor 3GPP AAA.

    SWm

    Esta interface o ponto de referncia entre o proxy ou servidor 3GPP

    AAA, sendo usado para sinalizao de AAA - transporte de parmetros

    de mobilidade, tunnel authentication e dados de autorizao.

    S13 Esta interface fica entre o MME e o EIR. Esta interface permite o

    procedimento, entre o MME e o EIR, de conferir a identidade do ME.

    S13 Conecta o SGSN numa rede 3G com oEIR.

    Gi Conecta o 3G GGSN a redes IP externas quando o Subscriber Identity

  • 61

    Module (SIM) do assinante precisar ser provisionado de um Access

    Point Name (APN), tpico quando um dispositivo se conecta com uma

    rede IP privada. Tambm transfere informao de autenticao e

    autorizao durante fornecimento do APN, alm de transferir

    informao para auditorias durante o fornecimento do APN.

    SGi

    Conecta o PGW a redes IP externas quando o SIM do assinante precisar

    ser provisionado de um APN, tpico quando um dispositivo se conecta

    com uma rede IP privada.

    Sp

    Fica entre o SPR e o PCRF. Ele fornece estas funcionalidades, entre

    outras:

    Transferncia de informao de assinante relacionada ao IP-

    CAN e baseada na ID daquele.

    Notificao no solicitada sobre mudana de informao do

    assinante

    Wm

    Esta interface fica entre o PDG e um servidor ou proxy 3GPP AAA. Ela

    tem as seguintes propriedades:

    Atua no acesso WLAN 3GPP IP

    Transporte de atributos de tunneling e parmetros de

    configurao de IP do UE da WLAN

    Transporte de dados de cobrana para servios de cobrana

    baseados em 3GPP PS

    Tabela 1 - Interfaces onde o DIAMETER est presente

    Algumas interfaces so mais detalhadas a seguir.

    5.2.1 MME - HSS (S6a) e SGSN - HSS (S6d)

    A interface S6a definida entre o HSS e o MME e a interface S6d definida entre o

    HSS e SGSN. Estas interfaces permitem as seguintes funcionalidades:

  • 62

    Troca de informao de localizao: um MME/SGSN servindo o UE, num dado

    momento, notifica o HSS sobre a identidade do MME/SGSN. Em alguns casos, por

    exemplo, se o UE se liga a um novo MME/SGWN, este faz o download de informao

    do HSS sobre o ltimo MME ou SGSN que serviu ao UE.

    Autorizar um usurio a acessar o EPS: o HSS mantm informao de assinatura que

    inclui, por exemplo, os APN's autorizados e outras informaes relacionadas com os

    servios autorizados ao usurio. O perfil de assinatura baixado para o MME/SGSN e

    usado quando fornecer, ao usurio, acesso ao EPS.

    Troca de informao de autenticao: o HSS fornece dados de autenticao ao

    MME/SGSN quando o usurio est sendo autenticado.

    Baixar e gerenciar mudanas nos dados do assinante que esto armazenados no

    servidor: Quando dados do assinante no HSS so modificados, por exemplo, os dados

    atualizados da assinatura so baixados para o MME/SGSN que serve o UE naquele

    momento. Baseado nestes dados, o MME/SGSN pode modificar a sesso atual ou

    separar o UE totalmente.

    Atualizar a identidade PGW e o APN sendo usado para uma conexo PDN especfica.

    A informao sobre a atual conexo PDN armazenada no HSS para suportar

    mobilidade com acessos non-3GPP.

    Baixar a identidade PGW e APN armazenado no HSS para conexes PDN em curso.

    Isto ocorre, por exemplo, durante handover de um acesso non-3GPP para um acesso

    3GPP. PDN GW - 3GPP AAA server/proxy (S6b)

    5.2.2 PDN GW - 3GPP AAA server/proxy (S6b)

    A interface S6b definida entre o PGW e o servidor ou proxy 3GPP AAA, dependendo

    se houver roaming ou no, respectivamente.

    Quando um UE se liga a outro acesso fora da famlia de acessos no 3GPP, a interface

    S6b informa ao servidor/proxy 3GPP AAA sobre a identidade atual do PGW e APN sendo

    usado para um UE, ou ento que um certo PGW e APN no est mais sendo usado, o que

    acontece quando uma sesso estabelecida ou encerrada, por exemplo.

  • 63

    Quando o UE se liga ao EPC usando a interface S2c baseada no DSMIPv6, o S2b

    usado para autenticar e autorizar o UE. Tambm utilizado para indicar ao PGW que uma

    realocao de PGW ser realizada. Quando o S2c usado, a interface S6b pode ser usada para

    transportar indicao de trmino de sesso do servidor/proxy 3GPP AAA para o PGW.

    Quando o UE se liga usando a interface S2a baseada no IPV4, S6b tambm usado para

    autenticar e autorizar a requisio de registro Mobile IPv4 que foi enviada pelo UE.

    5.3 PRESENA DO DIAMETER NO LTE

    As estatsticas mostram que o protocolo DIAMETER foi bem aceito no mercado. A

    utilizao deste tipo de sinalizao, j no