TCC ST NR 17

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA PR-REITORIA DE PESQUISA E PS-GRADUAO ALEXANDRE FRANCISCO NEKATSCHALOW CRISTIANE PRETO HIAR JOS ANTONIO BERNADELLI GUIMARES ANLISE DA ALTURA DAS MESAS DE TRABALHO PARA ESCRITRIO EM CONFORMIDADE COM A NORMA REGULAMENTADORA NR 17 E AS NORMAS DA ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS NBR 13965 E NBR 13966 PARA USURIOS DA CIDADE DE PONTA GROSSA-PR PONTA GROSSA JUNHO DE 2009ALEXANDRE FRANCISCO NEKATSCHALOW CRISTIANE PRETO HIAR JOS ANTONIO BERNADELLI GUIMARES ANLISE DA ALTURA DAS MESAS DE TRABALHO PARA ESCRITRIO EM CONFORMIDADE COM A NORMA REGULAMENTADORA NR 17 E AS NORMAS DA ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS NBR 13965 E NBR 13966 PARA USURIOS DA CIDADE DE PONTA GROSSA-PR Trabalho de concluso de curso apresentado para a obteno do ttulo de Especialista em Engenharia de Segurana do Trabalho na Universidade Estadual de Ponta Grossa Orientador: Joo Manoel Grott JUNHO DE 2009AGRADECIMENTOS Nossos sinceros agradecimentos s pessoas e entidades que gentilmente nos cederam materiais e parte de seu tempo para nos atender no que precisvamos para o desenvo lvimento deste trabalho. Agncia da Previdncia Social de Ponta Grossa, por nos fornecer dados atualizados que foram de grande importncia para a pesquisa. s academias de ginstica Arena Fitness, Vitally e Espao Vital por nos permitir levantar a amostra utilizada em nossa pesquisa. Nossos familiares, pela compreenso de cada momento que tivemos de nos ausentar. A todos aqueles que, direta ou indiretamente, nos ajudaram na realizao deste trabalho. Ao nosso professor e orientador Joo Manoel Grott.RESUMO No Brasil, segundo as estimativas de 2007 da Previdncia Social, ocorrem cerca de 653.100 acidentes de trabalho. Destes, cerca de 4% referem-se s doenas do trabalho, sendo os Distrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) um dos grupos de doenas de maior importncia, e aparecem em trabalhadores de diversos setores, principalmente no trabalho em escritrios, associado ao uso do computador. Como essas doenas esto liga das diretamente ergonomia, as empresas passaram a comprar o seu mobilirio baseadas na Norma Regulamentadora NR 17 e nas Normas Brasileiras Regulamentadoras (NBR s) correlacionadas. Assim o objetivo deste trabalho foi o de discutir se as mesas e scolhidas neste padro seriam realmente adequadas ergonomicamente populao de Ponta Grossa, com base na estatura. Desta forma, coletou-se amostras de estatura de pessoas de ambos os sexos, em academias em diversos pontos da cidade. Com base nestas amostras, comparou-se ao s dados na literatura e s exigncias das normas relacionadas, e traou-se os percentis para e sta populao. Com base neste estudo, pode-se concluir que para a populao estudada, houve um aumento nas estaturas, seguindo a tendncia de crescimento, e as mesas com dime nses baseadas nessas normas, no atenderiam ergonomicamente aos 95% da populao.LISTA DE FIGURAS Figura 1 Trabalhar com o tronco torcido ........................................ ................................................... 15 Figura 2 -Monitor excessivamente alto........................................... ..................................................... 15 Figura 3 -Monitor excessivamente baixo ......................................... .................................................... 16 Figura 4 -Posio correta em frente ao monitor...................................... ............................................ 17 Figura 5 -Teclado e mouse devem estar na altura dos cotovelos................... ..................................... 18 Figura 6 -Postura ergonomicamente correta para se trabalhar com computadores ... ....................... 20 Figura 7 -Trs tipos bsicos do corpo humano, segundo a pesquisa de Sheldon (1940) . ................... 31 Figura 8 -Influncia das etnias nas medidas antropomtricas......................... .................................... 32 Figura 9 Distribuio Normal ou de Gauss ........................................... .............................................. 34 Figura 10 -Evoluo das alturas mdias em centmetros por Coorte entre 1938 e 1982...... .............. 36LISTA DE TABELAS Tabela 1 -Doenas relacionadas ao trabalho em escritrio no ano de 2008 e de janeiro a abril de 2009 na Agncia da Previdncia Social de Ponta Grossa............................... ....................................... 11 Tabela 2 -Percentis para amostras coletadas com a margem de confiana de 5,0%-95,0 %, em metro. ................................................................................ .............................................................................. 4 8 Tabela 3 Comparao entre as amostras coletadas e as apresentadas por Iida (1990) e Couto (2002), em metros............................................................... ................................................................. 50LISTA DE GRFICOS Grfico 1-Distribuio normal ou de Gauss para a populao masculina ..................... ...................... 47 Grfico 2 Distribuio normal ou de Gauss para a populao feminina....................... ..................... 47 Grfico 3 Distribuio normal ou de Gauss para amostra da populao....................... .................... 48 Grfico 4 -Evoluo das estaturas femininas conforme as amostras coletadas e as aprese ntadas por Iida (1990) e Couto (2002) ..................................................... ............................................................... 50 Grfico 5 -Evoluo das estaturas masculinas conforme as amostras coletadas e as apres entadas por Iida (1990) e Couto (2002) ..................................................... ............................................................... 51LISTA DE ABREVIATURAS Abergo Associao Internacional de Ergonomia ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas AET Anlise Ergonmica do Trabalho APPD Associao de Profissionais de Processamento de Dados CAT Comunicao de Acidente do Trabalho CB Comits Brasileiros CBO Classificao Brasileira de Ocupaes CE Comisses de Estudo CID Cdigo Internacional de Doenas CLT Consolidao das Leis do Trabalho CPU Central Processing unit DCO Doena Cervicobraquial Ocupacional DORT Distrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho DRT Delegacia Regional do Trabalho FEBRABAN Federao Brasileira dos Bancos FIESP Federao das Indstrias do Estado de So Paulo IEA International Ergonomics Association INAMPS Instituto Nacional de Assistncia Mdica da Previdncia Social INPS Instituto Nacional de Previdncia Social INRS Institut National de Recherche em Scurit INSS Instituto Nacional de Seguro Social LEM Laudo de Exame Mdico LER Leses por Esforos Repetitivos LTC Leses por Traumas Cumulativos MET Ministrio do Trabalho e EmpregoMPS Ministrio da Previdncia Social NBR Norma Brasileira NR Norma Regulamentadora OIT Organizao Internacional do Trabalho ONS Organismos de Normalizao Setorial Siate Servio Integrado de Atendimento ao Trauma e Emergncia SINDPD/SP Sindicato dos Empregados em Empresa de Processamento de Dados no Estad o de So Paulo SSMT Secretaria de Segurana e Medicina do Trabalho SSO Sndrome de Sobrecarga Ocupacional SSST Servio de Sade e Segurana do TrabalhoSumrio 1. Introduo....................................................................... ....................................................................9 2. O uso da informtica e as doenas do trabalho.................................... ............................................ 13 2.1. Principais situaes anti-ergonmicas no trabalho em escritrios com computador.... ........... 14 2.2. Recomendaes Ergonmicas........................................................ ............................................ 16 3. Leses por Esforo Repetitivo (LER) -Distrbios Osteomusculares Relacionados ao Tra balho (DORT) ................................................................................ .............................................................................. 2 1 4. Ergonomia ................................................................... ..................................................................... 25 5. Antropometria................................................................ .................................................................. 28 5.1 Diferenas individuais ....................................................... .......................................................... 30 5.3 Diferenas tnicas ............................................................. .......................................................... 31 5.4 Realizao de medidas antropomtricas ............................................ ........................................ 32 5.5 Tendncia para o crescimento ................................................. ................................................... 35 6. Norma Regulamentadora 17..................................................... ........................................................ 37 6.1 O processo de elaborao da NR 17 .............................................. ............................................. 37 6.2 A NR 17 no trabalho sentado ................................................ ...................................................... 397. Normas Brasileiras Regulamentadoras NBR 13965 e NBR 13966.................... ................................. 41 8. Metodologia ................................................................. .................................................................... 44 9. Resultados e discusses ....................................................... ............................................................. 45 10. Concluso .................................................................... ................................................................... 52 11. Referncias Bibliogrficas ..................................................... .......................................................... 531. Introduo Segundo estimativas da Organizao Internacional do Trabalho (OIT), ocorrem por ano cerca de 270 milhes de acidentes em servio e 160 milhes de novos casos de doenas profissionais no mundo. Ainda com base nos dados da OIT, todos os dias morrem, e m mdia, cinco mil trabalhadores em decorrncia de acidentes ou doenas relacionadas ao traba lho (CASTRO, 2009). J no Brasil, no ano de 2007, de acordo com o Ministrio da Previdncia Social (MPS), foram registrados no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) cerca de 653.100 acidentes do trabalho. Comparando com 2006, o nmero de acidentes de trabalho aume ntou 27,5%, mas esse aumento deveu-se aos acidentes sem Comunicao de Acidente do Trabal ho (CAT) registrada, oriunda da nova sistemtica de concesso dos benefcios acidentrios (BRASIL, 2007). Do total de acidentes registrados, os acidentes tpicos representaram 80,7% do tot al, os de trajeto 15,3% e as doenas do trabalho 4% (BRASIL, 2007). Levando-se em conta somente as doenas do trabalho, com base nos dados publicados no Anurio Estatstico da Previdncia Social de 2007, pode-se concluir que: 56,1% das pessoas afetadas por doenas do trabalho eram do sexo masculino e 43,9% do sexo feminino; a faixa de maior incidncia foi a de 30 a 39 anos, com 31,9% do total de doenas registradas; os subgrupos do Classificao Brasileira de Ocupaes (CBO) com maior nmero de doenas do trabalho foram os escriturrios, com 14%;dentre os 50 cdigos de Cdigo Internacional de Doenas (CID), os mais incidentes nas doenas do trabalho foram sinovite e tenossinovite (M65), leses no ombro (M75) e dorsalgia (M54), com 20,3%, 17% e 7,6% do total, respectivamente; nas doenas do trabalho, as partes do corpo mais incidentes foram o ombro, o dorso (inclusive msculos dorsais, coluna e medula espinhal) e o ouvido (externo, mdio, interno, audio e equilbrio), com 16,7%, 12,3% e 11,5%, respectivamente. Em Ponta Grossa, a realidade no to dramtica, porm preocupante. De acordo com o tenente Andr Lopes, relaes pblicas do 2 Grupamento do Corpo de Bombeiros, a mdia de dez acidentes de trabalho por semana, o que representa 5% do nmero de atendimentos prestados pelo Servio Integrado de Atendimento ao Trauma e Emergncia (Siate), sendo que a maior freqncia e tambm os casos mais graves ocorrem na rea da construo civil (CASTRO, 2009). Das cinco mil percias realizadas pelo INSS, nos ltimos 15 meses, na agncia de Ponta Grossa, o nmero de benefcios concedidos por acidentes de trabalho representa m 25% do total. Os casos mais comuns referem-se s doenas osteomusculares, principalmente problemas na coluna (CASTRO, 2009). Segundo dados fornecidos pela Agncia da Previdncia Social de Ponta Grossa, em 2008 foram concedidos 57 benefcios por doenas relacionadas ao trabalho em escritrio , e nos quatros primeiros meses de 2009 j foram concedidos 21 benefcios.Tabela 1 -Doenas relacionadas ao trabalho em escritrio no ano de 2008 e de janeiro a abril de 2009 na Agncia da Previdncia Social de Ponta Grossa CID 2008 2009 Sndrome Cervicobraquial 3 3 Sinovite e Tenossinovite 20 7 Sndrome do Manguito Rotator 22 10 Bursite do Ombro 8 1 Epicondilite Medial 2 0 Mialgia 2 0 Total 57 21 Fonte: Agncia da Previdncia Social de Ponta Grossa 2009.Com base nas Estatsticas da Previdncia Social, pode-se notar que apesar do trabalh o em escritrio parecer mais seguro do que o trabalho no cho de fbrica, as tarefas administrativas apresentam vrios riscos aos funcionrios, principalmente pelo fato da atividade ser associada ao uso do computador. Couto (2002) apresenta diversos pontos para a segurana do trabalhador de escritrio que utiliza o computador como ferramenta de trabalho. Dentre eles pode-se citar a mesa de trabalho como um dos pontos fundamentais, pois est relacionada a questes posturais , que refletem diretamente na sade do trabalhador. Assim, com o intuito de evitar futuros problemas com seus funcionrios, algumas empresas e rgos pblicos passaram a exigir das empresas que fornecem o mobilirio laud os emitidos por um Engenheiro de Segurana do Trabalho ou Ergonomista de que seus pro dutos atendem tanto Norma Regulamentadora NR-17 quanto s Normas da Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) relacionadas a estes produtos (Anexo 01, item 10.1.5.7). Dentre essas normas podemos citar: NBR 13960 (Mveis para Escritrio Terminologia), NBR 13962 (Mveis para Escritrio Cadeiras), NBR 13965 (Mveis para Escritrio Mveis para informtica), NBR 13966 (Mveis para escritrio Mesas), NBR 13967 (Mveis para escritrio Sistemas de estao de trabalho), entre outras.Como essas normas so, de certa forma antigas, ou baseadas em normas antigas, fica a dvida se o mobilirio produzido, seguindo estas normas, estar adequado aos funcionrio s que os iro utilizar. Deste modo, o objetivo desse trabalho foi o de analisar se as escolha das dimense s das mesas baseadas nas normas da ABNT (Associao Brasileira de Normas Tcnicas) NBR 13965 e NBR 13966, e na Norma Regulamentadora NR 17, para a populao de Ponta Grossa, so realmente adequadas a este pblico.2. O uso da informtica e as doenas do trabalho Na histria, nunca uma ferramenta de trabalho foi utilizada por tantas pessoas com o o computador est sendo utilizado. Apesar de ser uma ferramenta relativamente nova, h cerca de 20 anos no mercado, est presente nos diversos setores do mercado, desde a indst ria at o setor de servios. Hoje, praticamente inaceitvel o trabalho e a comunicao sem o uso d os recursos proporcionados pelo computador (PATUSSI, 2005; COUTO, 2002). Juntamente com o avano tecnolgico trazido pelo computador, comearam a aparecer males fsicos e mentais. So muitas as doenas citadas como associadas ao trabalho em escritrio e ao uso do computador, desde problemas simples como dores de cabea, at problemas clnicos mais srios, como distrbios osteomusculares (PATUSSI, 2005). No incio, os problemas com o uso do computador foram relacionados frequncia de digitao e foram localizados entre os digitadores. Nos dias de hoje, os problemas e ntre digitadores so bem menos frequentes, e a maior ocorrncia de distrbios existe entre aqueles que fazem uso regular do computador como parte de seu trabalho (COUTO, 2002). Deste modo, surge a pergunta: por que antigamente, com as mquinas de datilografia manuais, havia pouco relato de problemas e depois dos computadores, com suas tec las macias, houve um aumento grande dos problemas? O primeiro fator que o trabalhado r executando a atividade em computador fica esttico, junto do seu posto, com pouca ou nenhuma mobilidade. O segundo fator que, embora o teclado seja leve e macio, o computador est longe de ser um primor de Ergonomia. Pelo contrrio, ali encontramos um desacerto total: teclados muito compridos, mouse sendo operado em posio de abduo do ombro direito, gabinete e monitor de vdeo dificultando o posicionamento de papis, livros e outros fatores, alm dos reflexos na tela do monitor. O terceiro fator que o posto de trabalhoteve que, aos poucos, se adaptar s novas exigncias. Por muito tempo, o conjunto do computador foi colocado sobre mesas tradicionais, de escrivaninha, totalmente im prprias para esse tipo de exigncia (COUTO, 2002). Couto (2002) cita como grande problema no trabalho em escritrio a dificuldade que se tem quando a pessoa racionaliza seu risco como baixo, tendo a desculpa do pou co tempo na funo. Assim, as queixas mais frequentes entre quem trabalha com computador so os distrbios msculo-esquelticos, transtornos da viso, reflexos na tela e fadiga. J Bellusci (2003) cita como as doenas mais comuns associadas ao uso do computador a cervicobraquialgia, mialgia, tenossinovite, tendinite, epicondilite , peritendinite, bursite, sinovite, sndrome da tenso do pescoo, sndrome do tnel do carpo, cisto sinovi al, sndrome do desfiladeiro torcico, entre outros. A maioria dessas doenas citadas pertencem ao grupo de doenas dos Distrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT). 2.1. Principais situaes antiergonmicas no trabalho em escritrios com computador Trabalhar com o monitor deslocado para a lateral pode causar dor no pescoo, na regio do trapzio e do msculo esternocleidomastideo (COUTO, 2002; DUL & WEERDMEESTER, 1995).Figura 1 Trabalhar com o tronco torcido Fonte: ERGONOMIA NO ESCRITRIO E NA VIDA PRTICA Trabalhar com o monitor de vdeo excessivamente alto costuma causar dor na regio do pescoo (COUTO, 2002; DUL & WEERDMEESTER, 1995). Figura 2 -Monitor excessivamente alto Fonte: ERGONOMIA NO ESCRITRIO E NA VIDA PRTICA Trabalhar com o monitor de vdeo excessivamente baixo, alm da dor na regio do pescoo, costuma causar dor na regio dorsal.Figura 3 -Monitor excessivamente baixo Fonte: ERGONOMIA NO ESCRITRIO E NA VIDA PRTICA Trabalhar com o telefone preso entre o pescoo e o ombro (no necessariamente ligado ao uso do computador), pode ocasionar dor crnica na regio do trapzio e msculo esternocleidomastideo (COUTO, 2002; DUL & WEERDMEESTER, 1995). Trabalhar com o teclado excessivamente baixo, geralmente causado por mesas ditas "para computador", que tm uma altura muito baixa e obrigam a pessoa a ficar com o tronco encurvado para frente e com os braos e antebraos fora da posio correta de trabalho, ocasionam tambm extenso do punho, com tendncia a compresso do nervo mediano no tnel do punho (COUTO, 2002; DUL & WEERDMEESTER, 1995). O uso do mouse com abduo do ombro direito, devido ao comprimento excessivamente grande do teclado (45 cm) e impossibilidade de situ-lo exatamente frente do operador (a letra A, do teclado, deve ficar alinhada com a mo esquerda), e o u so do mouse longe do corpo pode ocasionar sobrecarga sobre a musculatura do ombro direito (C OUTO, 2002; DUL & WEERDMEESTER, 1995). 2.2. Recomendaes ErgonmicasO monitor de vdeo deve estar bem posicionado, de frente ngulo de leitura desde os olhos at o centro da tela de abalhar com o monitor de lado, pois isso exige tores do tronco consequncias dolorosas para seus msculos (COUTO, 2002; 1995).para os olhos, com um 32 a 44 graus. No se deve tr e do pescoo, com possveis DUL & WEERDMEESTER,Em relao altura do monitor de vdeo, a posio ideal aquela em que ele se encontra um pouco abaixo da projeo horizontal de seus olhos e um pouco inclinado p ara cima, facilitando a leitura. O limite superior do monitor de vdeo na projeo horizon tal de seus olhos. Se a pessoa baixa, possvel colocar o monitor de vdeo direto sobre o ta mpo da mesa; porm, se o indivduo alto, essa posio do monitor poder causar dor nos msculos do pescoo. A primeira linha do monitor deve estar, no mximo, na horizontal dos olh os (COUTO, 2002; DUL & WEERDMEESTER, 1995). Figura 4 -Posio correta em frente ao monitor Fonte: COUTO, 2002 Os braos devem estar na vertical. Os antebraos devem estar horizontalizados e o teclado e o mouse devem estar na altura dos cotovelos (COUTO, 2002; DUL & WEERDMEESTER, 1995).Figura 5 -Teclado e mouse devem estar na altura dos cotovelos Fonte: COUTO, 2002 Deve ser possvel apoiar os antebraos, quando necessrio. Esse apoio pode ser feito sobre os braos da cadeira, como, tambm, pode ser feito em espuma de borda anterior arredondada situada adiante do teclado. No caso de ser feito o apoio na espuma a rredondada, deve-se ter em mente que a digitao no deve ser feita com os punhos apoiados, pois i sso causa desconforto e dificuldade para a livre movimentao dos tendes. Assim sendo, a espuma nunca deve ter altura superior do teclado. Quando a borda anterior da mes a arredondada, dispensvel qualquer tipo de apoio para os punhos, que podero ser apoi ados diretamente na superfcie da mesa (COUTO, 2002; DUL & WEERDMEESTER, 1995). Deve haver possibilidade de movimentar o teclado um pouco para a frente e um pou co para trs e, inclusive, elaborar um arranjo em que seja possvel afastar o teclado, possibilitando assim, usar a superfcie da mesa para a escrita (COUTO, 2002).Deve-se evitar curvar-se para frente, pois a parte superior do corpo de um adult o, acima da cintura, pesa 40 Kg, em mdia. Quando o tronco pende para frente, h contrao dos msculos e dos ligamentos das costas para manter essa posio. A tenso maior na parte inferior do tronco, onde surgem dores (DUL & WEERDMEESTER, 1995). Deve-se evitar inclinar a cabea, pois a cabea de um adulto pesa de 4 a 5 Kg. Quand o a cabea se inclina mais de 30 graus para frente, os msculos do pescoo so tensionados para manter essa postura, e comeam a aparecer dores na nuca e nos ombros. Portanto, a cabea deve ser mantida o mais prximo possvel da postura vertical (DUL & WEERDMEESTER, 1995). Deve-se evitar tores do tronco, pois causam tenses indesejveis nas vrtebras. Os discos elsticos que existem entre as vrtebras so tensionados, e as articulaes e msculo s que existem nos dois lados da coluna vertebral so submetidos a cargas assimtricas, que so prejudiciais (COUTO, 2002; DUL & WEERDMEESTER, 1995). Deve-se sentar mantendo um ngulo tronco-coxas de aproximadamente 100 graus. Os ps devem estar apoiados (COUTO, 2002). Deve-se procurar usar o mouse sem abduo do ombro. Para tal, pode-se adotar algumas alternativas: usar o mouse sempre com a mo esquerda ou adotar teclados me nores, que permitam a utilizao do mouse pela mo direita, porm prximo do corpo. Outra alternativa para, pelo menos, reduzir a utilizao do mouse aprender a fazer uso de teclas de atalho, que inclusive reduzem o tempo de contrao esttica, especialmente da mo e ombr o que movimentam o mouse (COUTO, 2002). Nenhuma postura ou movimento repetitivo deve ser mantido por um longo perodo. As posturas prolongadas e os movimentos repetitivos so muito fatigantes. A longo prazo, podem produzir leses nos msculos e articulaes. Isso pode ser prevenido com umaalternncia de posturas ou tarefas. Significa, por exemplo, alternar posies sentadas por aquelas em p e andando (DUL & WEERDMEESTER, 1995). Levantar e movimentar-se durante 10 minutos a cada 2 horas. Fazer exerccios de distensionamento e alongame nto especialmente para as reas sobrecarregadas durante a pausa (COUTO, 2002). Figura 6 -Postura ergonomicamente correta para se trabalhar com computadores Fonte: ERGONOMIA PARA ESCRITRIOS3. Leses por Esforo Repetitivo (LER) -Distrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) As afeces msculo-esquelticas relacionadas ao trabalho, que no Brasil tornaram-se conhecidas como Leses por Esforos Repetitivos (LER), representam o principal grupo de doenas entre as doenas ocupacionais em nosso pas. Tratam-se de afeces de importncia crescente em vrios pases do mundo, com dimenses epidmicas em diversas categorias profissionais, apresentando-se de diversas formas clnicas, de difcil manejo por pa rte de equipes de sade e de instituies previdencirias (BRASIL, 2001b). A Instruo Normativa INSS/DC N 98 de 05 de dezembro de 2003 (Anexo 04), conceitua LER/DORT como uma sndrome relacionada ao trabalho, caracterizada pela ocorrncia de vrios sintomas concomitantes ou no, tais como: dor, parestesia, sensao d e peso, fadiga, de aparecimento insidioso, geralmente nos membros superiores, mas podendo acometer membros inferiores. Frequentemente so causa de incapacidade laboral temp orria ou permanente. So resultados da combinao da sobrecarga das estruturas anatmicas do sistema osteomuscular com a falta de tempo para sua recuperao. Para Bellusci (2003) LER/DORT no uma doena propriamente dita, mas um nome para designar um grupo de doenas osteomusculares e repercusses scio-psicolgicas que tm em comum o fato de serem provocadas por condies inadequadas no trabalho. o nome dado para quadros clnicos que podem aparecer isoladamente ou associados um ao out ro, tais como: cervicobraquialgia, mialgia, tenossinovite, tendinite, epicondilite, perit endinite, bursite, sinovite, sndrome da tenso do pescoo, sndrome do tnel do carpo, cisto sinovial, sndrom e do desfiladeiro torcico, entre outros.Magalhes (2009) considerada LER/DORT como aquelas leses provocadas pelas condies nas quais o trabalho realizado, ou seja, como nexo causal. Brasil (2001b) cita como um grupo heterogneo de distrbios funcionais e/ou orgnicos que apresentam, entre outros, as seguintes caractersticas: induo por fadiga neuromuscular, causada por: trabalho realizado em posio fixa (trabalho esttico) ou com movimentos repetitivos, principalmente de membros superiores; falta de tempo de recuperao ps-contrao e fadiga; quadro clnico variado incluindo queixas de dor, formigamento, dormncia, choque, peso e fadiga precoce; presena de entidades ortopdicas definidas como: tendinite, tenossinovite, sinovite, peritendinite, em particular dos ombros, cotovelos, punhos e mos; epicondilite, tenossinovite estenosante (De Quervain), dedo em gatilho, cisto, sndrome do tnel do carpo, sndrome do tnel ulnar (nvel de cotovelo), sndrome do pronador redondo, sndrome do desfiladeiro torcico, sndrome cervival ou radiculopatia cervical, neurite digital, entre outras; presena de quadros em que as repercusses so mais extensas ou generalizadas: sndrome miofascial, mialgia, sndrome de tenso do pescoo, distrofia simptico-reflexa, sndrome complexa de dor regional. O trabalho em frente ao computador tem sido apontado como a principal causa das afeces conhecidas como LER/DORT. No entanto, estudos mostram que vrios so os fatores existentes no trabalho que podem contribuir para incidncia dessas, tais c omo: fatores biomecnicos, psicossociais e fatores ligados psicodinmica do trabalho (MAGALHES, 2009; BELLUSCI, 2003).Os fatores biomecnicos incluem a repetitividade de movimentos, a manuteno de posturas inadequadas por tempo prolongado, o esforo fsico e a invariabilidade das tarefas; fatores psicossociais, relacionados s interaes hierrquicas com chefias imediatas e c hefias superiores, s interaes coletivas intra e intergrupos e s caractersticas individuais d o trabalhador, como os traos de personalidade e o seu histrico de vida; e fatores li gados psicodinmica do trabalho, relacionados maneira como o trabalhador organiza suas atividades, de acordo com a liberdade que lhe dada, forma como ele percebe o seu trabalho e qual o significado deste para ele (MAGALHES, 2009, BRASIL, 2001a). Segundo BRASIL (2001b), os sinais e sintomas de LER/DORT so mltiplos e diversificados, destacando-se: dor espontnea ou movimentao passiva, ativa ou contra-resistncia; alteraes sensitivas de fraqueza, cansao, peso, dormncia, formigamento, sensao de diminuio, perda ou aumento de sensibilidade, agulhadas, choques; dificuldades para o uso dos membros, particularmente das mos, e, mais raramente, sinais inflamatrios e reas de hipotrofia ou atrofia. De difcil diagnstico, particularmente em casos subagudos e crnicos, a LER/DORT tem sido objeto de questionamento, apesar das evidncias epidemiolgicas e ergonmicas , no que diz respeito ao nexo com o trabalho. O termo DORT no aceito como diagnstico clnico, fazendo-se necessrio ser mais especfico, definindo exatamente qual das doena s est sendo referida e que dever constar no LEM (Laudo de Exame Mdico), inclusive com os exames subsidirios pertinentes (MAGALHES, 2009). A contribuio da anlise ergonmica do trabalho, no que diz respeito a LER/DORT, reside no fato de que os estudos sistemticos das situaes de trabalho, atravs da anlis eergonmica da atividade, tm como objetivo compreender o esforo despendido pelo trabalhador no desenvolvimento e realizao de suas tarefas. Por isso, os fatores de risco devem ser avaliados no contexto organizacional onde o trabalhador est inserido. A interveno sobre os ambientes e condies de trabalho deve basear-se na Anlise Ergonmica do Trabalho AET, nas medidas de proteo coletiva e individual implementadas pela empresa/organizao, e nas estratgias de defesa individuais e/ou coletivas adotadas pelos trabalhadores (MAGALHES, 2009; BRASIL, 2001b).4. Ergonomia Iida (1990) define a ergonomia como o estudo da adaptao do trabalho ao homem. O trabalho com uma acepo bastante ampla, abrangendo no somente mquinas e equipamentos utilizados para transformar materiais, mas tambm toda a situao em que ocorre o relacionamento entre o homem e seu trabalho, envolvendo alm do ambiente fsico, tambm aspectos organizacionais de como esse programado e controlado para produzir os resultados desejados. Em agosto de 2000, a IEA (International Ergonomics Association -Associao Internacional de Ergonomia) adotou a definio oficial de ergonomia (www.abergo.org. br): A ergonomia uma disciplina cientfica relacionada ao entendimento das interaes entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas, e aplicao de teorias, princpios, dado s e mtodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do s istema . Para Couto (2002) a ergonomia busca o ajuste mtuo entre o ser humano e seu ambiente de trabalho de forma confortvel e produtiva, procurando adaptar o trabal ho s pessoas. Iida (1990) observa que a adaptao sempre ocorre do trabalho para o homem, e nem sempre do homem ao trabalho, ou seja, mais difcil adaptar o homem ao trabalho. A ergonomia estuda diversos aspectos do comportamento humano no trabalho e outro s fatores importantes para o projeto de sistemas de trabalho, citados por Iida (19 90), que so: o homem: caractersticas fsicas, fisiolgicas, psicolgicas e sociais do trabalhador; influncia do sexo, idade, treinamento e motivao; a mquina: todas as ajudas materiais que o homem utiliza no seu trabalho, engloban do equipamentos, ferramentas, mobilirio e instalaes;ambiente: caractersticas do ambiente fsico que envolve o homem durante o trabalho, como a temperatura, rudos, vibraes, luz, cores, gases e outros; informao: refere-se s comunicaes existentes entre os elementos de um sistema, a transmisso de informaes, o processamento e a tomada de decises; organizao: a conjugao dos elementos acima citados no sistema produtivo, estudando aspectos como horrios, turnos de trabalho e formao de equipes; consequncias do trabalho: questes de controles como tarefas inspees, estudos de erros e acidentes, alm dos estudos sobre gastos energticos, fadiga e estresse. Dul e Weerdmeester (1995) dizem que a ergonomia aplicada ao projeto de mquinas, equipamentos, sistemas e tarefas, visando melhoria na segurana, sade, conforto e e ficincia no trabalho. Dul e Weerdmeester (1995) afirmam que vrios aspectos do trabalho so alvo de estudo pela ergonomia, como: a postura e os movimentos corporais (sentado, em p, empurrando, levantando pesos e puxando); fatores ambientais (rudos, vibraes, iluminao, clima, agentes qumicos); informao (informaes captadas pela viso, audio e outros sentidos); controles e relaes entre controles e mostradores; cargos e tarefas. Foi durante a II Guerra Mundial que a ergonomia teve seu desenvolvimento, quando profissionais de diversas reas do conhecimento como, por exemplo, fisiologistas, psiclogos,antroplogos, mdicos e engenheiros trabalharam juntos para resolver os problemas ca usados pela operao dos equipamentos militares. Em seguida, no Ps-Guerra, pases da Europa e os Estados Unidos da Amrica tiveram grande interesse nesse novo ramo do conhecimento (DUL & WEERDMEESTER, 1995). Em 1949 foi fundada a Sociedade de Pesquisa em Ergonomia, na Inglaterra. Em 1961 criou-se a Associao Internacional em Ergonomia (IEA). No Brasil, em 1983, fundou-s e a Associao Brasileira de Ergonomia (DUL & WEERDMEESTER, 1995). O divisor de guas da ergonomia foi o projeto da cpsula espacial norte-americana. N a poca (1960), por conta da corrida espacial disputada por Unio Sovitica e Estados Un idos, os astronautas norte-americanos tinham influncia sob a opinio pblica e passaram a e xigir melhores condies, principalmente no interior da cpsula espacial (COUTO, 2002). Outro grande fator que contribuiu para o desenvolvimento da ergonomia no mundo foram as leses do sistema osteomuscular. Esse tipo de leso costuma ser muito dolor oso e incapacitante. Quando o trabalhador afastado da empresa por conta de leses osteomusculares, costuma acionar a justia por meio de processos indenizatrios. Des sa forma, as instituies notaram que era economicamente mais vivel adotar solues ergonmicas, a arcar com os custos gerados pelos processos judiciais (COUTO, 2002) . Por outro lado, merecem destaque empresas que possuem a mentalidade ergonmica , que adotam mtodos ergonmicos porque consideram ser o correto, buscando qualidade de vida no trabalho (COUTO, 2002).5. Antropometria Couto (2002) define antropometria como sendo o estudo das medidas humanas. O conhecimento dessas medidas e como saber utiliz-las de grande importncia na determinao de vrios aspectos relacionados ao posto de trabalho, visando manuteno de uma boa postura. A origem da antropometria remonta antiguidade, pois os Egpcios e Gregos j observavam e estudavam a relao das diversas partes do corpo (RODRIGUEZ-AEZ, 2001). Santos (2003) afirma que a antropometria se desenvolveu nos sculos XIX e incio do sculo XX, poca em que foram feitas tentativas de classificar a raa humana de acordo com as dimenses fsicas. Iida (1990) observa que necessrio atentar para a forma de obteno de dados antropomtricos. Essas informaes so obtidas por meio de duas situaes distintas: dimenses estticas e dimenses dinmicas. A antropometria esttica mede as diferenas estruturais do corpo humano em diferentes posies, sem movimento. Essas dimenses devem ser aplicadas em projetos de objetos sem partes mveis ou com pouca mobilidade, como no caso do mobilirio em ger al (IIDA, 1990). As dimenses estticas, tambm conhecidos como estruturais, dizem respeito s dimenses estruturais fixas do corpo humano. Para a obteno dessas informaes, so consideradas as dimenses do corpo quando o indivduo encontra-se em uma postura considerada neutra, ou seja, sem a existncia de atividade motora. As medidas so fe itas emposies corporais fixas, entre pontos anatmicos do esqueleto. Estatura, a altura do ombro e a altura do olho, so alguns dos exemplos de dados antropomtricos estticos (IIDA, 19 90). J a antropometria dinmica mede os alcances dos movimentos. Os movimentos de cada parte do corpo so medidos mantendo o resto do corpo esttico, obtendo, por exe mplo, importantes elementos relacionados aos ngulos utilizados pelas articulaes, os alcan ces dos segmentos corporais (IIDA, 1990). Os dados antropomtricos dinmicos verificam os limites da movimentao de cada segmento corporal a fim de diminuir os esforos fsicos e apresentar as posturas nat urais e confortveis a serem adotadas. Para obteno das informaes antropomtricas dinmicas, tambm chamadas de funcionais, so consideradas as dimenses dos diversos segmentos corporais quando se encontram em movimento (SANTOS, 2003). Seguindo conceito de Roebuck (1993), citado por Guimares (2002), o uso da antropometria torna-se til para: dimensionar objetos e elementos de forma que no constrinjam os movimentos; avaliar posturas e distncias para alcance de controles; especificar os espaos livres necessrios para separar o corpo humano das fontes de perigo; analisar foras e torques durante o manuseio de materiais; serve como base de projetos de ferramentas; para confeco de vesturio; postos de trabalho; produtos em geral. 5.1 Diferenas individuais As diferentes populaes mundiais so compostas de indivduos de diferentes tipos fsicos. Iida (1990) cita um estudo realizado, em 1940, por Willian Sheldon que classific a a populao americana em trs tipos de indivduos com caractersticas dominantes individuais : o indivduo endomorfo, o mesomorfo e o ectomorfo. Segundo este estudo, o indivduo endomorfo possui formas arredondadas e macias, com grande depsito de gordura. Externamente semelhante a uma pra (estreito em cima e largo em baixo). O abdmen grande e cheio e o trax parece ser relativamente pequeno . Os braos e pernas so curtos e flcidos. Os ombros e cabea so arredondados. Os ossos so pequenos. A pele macia. J o mesomorfo um indivduo musculoso, de formas angulosas. Apresenta cabea cbica, macia, ombros e peito largo, bem como um abdmen pequeno. Os membros so musculosos e fortes. Possui pouca gordura subcutnea. O tipo ectomorfo apresenta corpo e membros finos, com um mnimo de gordura e msculos. Os ombros so largos. O pescoo fino e comprido, o rosto magro, queixo recuado e testa alta. O trax e abdmen estreitos e finos. Deve-se levar em considerao que a maioria dos indivduos no se encontra exatamente nos tipos bsicos apresentados, mas sim misturando caractersticas dos trs sujeitos. Dessa maneira, podem ser meso-endomrficos, endo-ectomrficos, ectomesomrfi cos, etc (IIDA, 1990).Figura 7 -Trs tipos bsicos do corpo humano, segundo a pesquisa de Sheldon (1940) Fonte: ERGONOMIA Iida (1990) ressalta que as diferenas antropomtricas significativas entre indivduos do sexo masculino e feminino no se encontram exclusivamente em dimenses absolutas, mas tambm nas propores das diversas partes do corpo humano. A maioria dos homens excede a estatura da maioria das mulheres da mesma origem tnica. Os homens apresentam braos mais compridos, devido ao antebrao ser maior. Alm das dimenses antropomtricas, os homens e as mulheres apresentam diferenas na composio corporal, por exemplo, geralmente a mulher adulta apresenta maior proporo de gordura na composio corporal que o homem. Iida (1990) ainda ressalta, que dentro de uma mesma populao de adultos, considerando as diferenas de estaturas entre os homens mais altos (97,5% da popul ao) e as mulheres mais baixas (2,5% da populao), estatisticamente, o homem 25% mais alto qu e a mulher. 5.3 Diferenas tnicas Diversos estudos antropomtricos realizados durante vrias dcadas comprovaram a influncia da etnia nas medidas antropomtricas.Iida (1990) cita que as variaes extremas so encontradas na frica. Os menores povos so os pigmeus da frica Central, e os de maior estatura tambm so os negros nilticos que habitam a regio sul do Sudo. Figura 8 -Influncia das etnias nas medidas antropomtricas Fonte: ERGONOMIA 5.4 Realizao de medidas antropomtricas H alguns anos atrs, havia preocupao em diversos pases em fazer medidas antropomtricas para estabelecer seus padres nacionais de medidas. Entretanto, devi do internacionalizao da economia, alguns produtos produzidos em certos pases so vendido s no mundo todo, como, por exemplo, avies, computadores, automveis e outros, devendo ento, apresentar padres mundiais. Assim, quando se projeta um produto, deve-se pen sar que os seus usurios podem estar espalhados em 50 pases diferentes, com diversidades tni cas, culturais e sociais (IIDA, 1990).Da mesma forma, na rea da antropometria, h tendncia de evoluo para padres mundiais, embora no existam medidas antropomtricas confiveis para a populao mundial. Grande parte das medidas disponveis de contingentes das foras armadas. Como a maio r parte dessas medidas foi realizada nas dcadas de 60 e 70, possvel que elas tenham evoludo, principalmente nos pases que se desenvolveram economicamente a partir des sas datas (IIDA, 1990). Assim, sempre que for possvel e economicamente justificvel, as medidas antropomtricas devem ser realizadas diretamente, tomando-se uma amostra significa tiva de sujeitos que sero usurios ou consumidores do objeto a ser projetado. A execuo dessas medidas compreende as etapas de: definio de objetivos: onde ou para qu sero utilizadas as medidas antropomtricas; aplicao da antropometria esttica ou dinmica, as variveis a serem medidas e os detalhamentos; definio das medidas: descrio dos dois pontos entre os quais sero tomadas as medidas; indicao da postura do corpo, instrumentos antropomtricos a serem utilizados e a tcnica de medida a ser utilizada; escolha dos mtodos de medida: diretos e indiretos. Os mtodos diretos envolvem leituras de instrumentos que entram em contato fsico com o organismo (rguas, trenas, fitas mtricas, esquadros, paqumetros, transferidores, balanas, dinammetros e outros). As medidas indiretas geralmente envolvem fotos do corpo ou partes del e contra uma malha quadriculada.seleo da amostra: deve ser representativa do universo onde sero aplicados os resultados, determinadas as caractersticas biolgicas, inatas, e aquelas adquiridas pelo treinamento ou pela experincia no trabalho; as medies: elaborao de um roteiro para a tomada de medidas e o desenho de formulrios apropriados para as anotaes. As pessoas envolvidas nas medies devero receber um treinamento prvio, abrangendo conhecimentos bsicos de anatomia humana, reconhecimento de posturas, identificao dos pontos de medida e uso correto dos instrumentos de medida. anlises estatsticas: as medidas antropomtricas geralmente seguem uma distribuio normal ou de Gauss. Esta distribuio representada por dois parmetros: a mdia e o desvio-padro. Tendo-se o desvio-padro da distribuio, pode-se calcular o intervalo de confiana para os percents desejados. Figura 9 Distribuio Normal ou de Gauss Fonte: ERGONOMIA Geralmente so desconsiderados os indivduos dos extremos inferior e superior, que representam os 5% dos menores valores e os 5% dos maiores valores, respectivamen te. Acomodar indivduos muito pequenos ou muito altos no seria uma deciso acertada, pelo fato de beneficiar poucos usurios. Sendo assim, comum a utilizao dos valores median ospara clculo e anlise, onde se encontram 90% da amostra dos usurios do produto a ser projetado (IIDA, 1990). 5.5 Tendncia para o crescimento Alteraes nas caractersticas mensurveis de uma populao de seres humanos, durante um dado perodo, podem ser descritas pelo termo tendncia secular . Santos (200 3) observa que essas mudanas podem ser atribudas pela migrao dos povos, por combinao gentica e por complexos processos histricos. Pelo menos durante o ltimo sculo, ocorreram alteraes na populao de quase todo o planeta que levaram ao: Aumento da taxa de crescimento das crianas; Elevao na estatura dos adultos, com uma provvel diminuio da idade na qual a estatura adulta atingida; Aparecimento da puberdade mais cedo, com o aparecimento do perodo menstrual nas adolescentes, e o crescimento repentino nos meninos e meninas.Figura 10 -Evoluo das alturas mdias em centmetros por Coorte entre 1938 e 1982 Fonte: NOGUERL; SHIKIDA; MONASTERIO6. Norma Regulamentadora 17 6.1 O processo de elaborao da NR 17 Em 1986, diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre digitador es, os diretores da rea de sade do Sindicato dos Empregados em Empresa de Processament o de Dados no Estado de So Paulo SINDPD/SP contataram a Delegacia Regional do Trabalho , em So Paulo DRT/SP, buscando recursos para prevenir as referidas leses (BRASIL, 2002). Foi constituda uma equipe composta de mdicos e engenheiros da DRT/SP e de representantes sindicais que, utilizando a anlise ergonmica do trabalho, verificar am as condies de trabalho e as repercusses sobre a sade desses trabalhadores, constatandose a presena de fatores que contribuam para o aparecimento das Leses por Esforo Repetitiv o LER: o pagamento de prmios de produo, a ausncia de pausas, a prtica de horas-extras e a dupla jornada de trabalho, dentre outros (BRASIL, 2002). Exceto nos aspectos referentes ao iluminamento, ao rudo e temperatura, a legislao em vigor no dispunha de nenhuma norma regulamentadora em que o Ministrio do Trabal ho e Emprego (MTE) pudesse se apoiar para obrigar as empresas a alterar a forma com o era organizada a produo (BRASIL, 2002). Durante 1988 e 1989, a Associao de Profissionais de Processamento de Dados (APPD nacional) realizou reunies com representantes da Secretaria de Segurana e Me dicina do Trabalho SSMT em Braslia, da FUNDACENTRO e da DRT/SP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites cadncia de trabalho e proibisse o paga mento de prmios de produtividade, tambm estabelecendo critrios de conforto para os trabalhad oresde sua base, incluindo o mobilirio, conforto trmico, ambincia luminosa e o nvel de r udo (BRASIL, 2002). Durante o segundo semestre de 1989, a DRT/SP elaborou um manual e um documentrio em vdeo sobre o trabalho com terminais de vdeo, com base na traduo e adaptao do texto Les crans de visualisation: guide mthodologique pour mdecin du travail , publicado pelo INRS (Institut National de Recherche em Scurit), em 1987, n a Frana. Assim, foi decidido que no deveria ser elaborada uma norma apenas para os profissionais em processamento de dados, pois as LER eram observadas tambm em vria s outras atividades profissionais. Alm disso, o Secretrio de Segurana e Medicina do Trabalho no concordava em se elaborar uma norma apenas para o setor de processame nto de dados, argumentando que, em breve, todos os setores produtivos exigiriam uma nor ma especfica (BRASIL, 2002). Em meados de 1989, a SSMT pediu equipe de fiscalizao das empresas de processamento de dados da DRT/SP que elaborasse uma nova redao da NR-17. O prazo estabelecido para essa atividade foi de apenas 10 dias. Embora no dispusesse de e studos sistemticos de ergonomia em outros setores produtivos, a equipe considerou que no se poderia perder a oportunidade de fazer avanar a legislao. Procurou-se, ento, colocar itens que abrangessem as diversas situaes de trabalho, sem a preocupao com o detalhamento. Um maior ajuste poderia ser feito, aps a realizao de estudos em outras atividades (BRASIL, 2002). Em maro de 1990, a Ministra do Trabalho Dorotha Werneck assinou a portaria que alterava a NR-17 e a NR-5, enviando para a publicao no Dirio Oficial da Unio. Infelizmente, a nova NR-5 contrariava fortemente os interesses das classes patro nais, e a portaria no foi publicada (BRASIL, 2002).Em junho de 1990, por interferncia do Presidente do SINDPD/SP, conseguiu-se que o Ministro do Trabalho assinasse a portaria que dava nova redao NR-17, cujo contedo e ra o mesmo da portaria que no foi publicada em maro (BRASIL, 2002). Aps a publicao, a classe patronal, principalmente a Federao das Indstrias do Estado de So Paulo FIESP (Federao das Indstrias do Estado de So Paulo) e a FEBRABAN (Federao Brasileira dos Bancos), tomaram conhecimento das possibilidades abertas pela nova redao e que as alteraes no se limitavam rea de processamento de dados. Foi solicitada imediatamente uma discusso dos tcnicos do Ministrio do Trabal ho e de representantes dessas instituies para modificar seu contedo (BRASIL, 2002). A equipe de fiscalizao em ergonomia realizou debates com advogados e outros representantes da FIESP e FEBRABAN, principalmente nos aspectos da organizao do trabalho. Como os artigos da CLT (Consolidao das Leis do Trabalho) so regulamentado s pelas Normas e a Ergonomia possui relao apenas com dois artigos da CLT que se refe rem preveno da fadiga, os empresrios argumentavam que os aspectos da organizao do trabalho diziam respeito apenas s empresas. Felizmente, a redao havia sido baseada em slidos argumentos e conseguiu-se vencer a oposio patronal em quase todos os aspecto s (BRASIL, 2002). A nova proposta foi encaminhada SSST (Servio de Sade e Segurana do Trabalho) e publicada em 23 de novembro de 1990, pela Portaria n 3.751, com alteraes que, infelizmente, comprometeram, em parte, o seu entendimento e, por consequncia, a s ua aplicao prtica (BRASIL, 2002). 6.2 A NR 17 no trabalho sentado No subitem 17.1, dispe-se que a norma visa o conforto ergonmico dos funcionrios."Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parmetros que permitam a adaptao das condies de trabalho s caractersticas psicofisiolgicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um mximo de conforto, segurana e desempenho eficiente." No item 17.3.1, a norma determina que sempre que o trabalho for executado na posio sentada, o posto de trabalho deve ser planejado ou adaptado para esta posio. No item 17.3.2, a norma tambm especifica que para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em p, as bancadas, mesas, escrivaninhas e os painis devem propo rcionar ao trabalhador condies de boa postura, visualizao e operao e devem atender aos seguintes requisitos mnimos: a) ter altura e caractersticas da superfcie de trabalho compatveis com o tipo de atividade, com a distncia requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do assento; b) ter rea de trabalho de fcil alcance e visualizao pelo trabalhador; c) ter caractersticas dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentao adequados dos segmentos corporais. O item 17.3.4, expe que para as atividades em que os trabalhos devam ser realizad os sentados, a partir da anlise ergonmica do trabalho, poder ser exigido suporte para os ps, que se adapte ao comprimento da perna do trabalhador.7. Normas Brasileiras Regulamentadoras NBR 13965 e NBR 13966 A Norma Brasileira Regulamentadora NBR 13965 -Mveis para escritrio -Mveis para informtica -Classificao e caractersticas fsicas e dimensionais, foi criada pelo Comit Brasileiro de Mobilirio e pela Comisso de Estudo de Mveis para Escritrio, e foi aprovada em 1997. Esta Norma foi baseada nas ANSI/HFS 100:1988, ISO 9241-1:1992 e ISO 92413: 1992, e especifica as caractersticas fsicas e dimensionais e classifica os mveis pa ra informtica para escritrio. Segundo ela, as mesas para informtica so classificadas de acordo com a utilizao em: mesa para microcomputador: acomodando CPU, monitor de vdeo, teclado e/ou mouse. mesa para terminal: acomodando monitor de vdeo, teclado e mouse mesa integrada para informtica: estao de trabalho. mesa auxiliar: suporte a equipamentos auxiliares de informtica, tais como impressoras, scanners, etc. gabinete para informtica: semelhante mesa integrada, porm com portas e fechamentos lateral e posterior. importante verificar que, nos dias atuais, as mesas para a informtica no possuem os tampos regulveis, portanto, os requisitos para as mesas nesta norma, de intere sse aotrabalho, so altura do tampo para monitor, que deve estar entre 720 a 750 mm, a l argura do tampo de no mnimo 780 mm, e a profundidade de no mnimo 750 mm. J a Norma Brasileira Regulamentadora NBR 13966 -Mveis para escritrio Mesas -Classificao e caractersticas fsicas e dimensionais, tambm criada pelo Comit Brasileir o de Mobilirio e Comisso de Estudo de Mveis para Escritrio e aprovada em 1997, baseada nas NF:D67-604:1972 e EN 527-1:1993, especifica as caractersticas fsicas e dimensi onais e classifica as mesas para escritrio. Para a classificao, so adotados trs critrios: utilizao, caractersticas fsicas e mobilidade. De acordo com a utilizao, as mesas so classificadas em: mesa de trabalho: funo principal em um posto de trabalho, para a produo e execuo de tarefas manuais ou informatizadas, sendo normalmente utilizada por uma s pessoa; mesa de reunio: para a realizao de reunies e discusses de trabalho, sendo normalmente utilizada por um grupo de pessoas; mesa auxiliar: funo secundria em um posto de trabalho, sendo utilizada como superfcie de apoio, suporte de equipamentos, etc.; mesa integrada: permite integrar mais de urna funo (trabalho e reunio, por exemplo) em uma superfcie nica; conexo: superfcie utilizada para conectar mesas. Para o presente trabalho, somente ser discutida a mesa de trabalho.Quanto aos requisitos de dimenses, temos que a altura da mesa deve estar entre 72 0 e 750 mm, a largura deve ter no mnimo 800 mm e a profundidade deve estar entre 600 e 1100 mm.8. Metodologia O presente trabalho iniciou-se pelo levantamento bibliogrfico, no qual foram consultados artigos disponibilizados na internet, e a biblioteca do Campus Uvara nas da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Com o levantamento bibliogrfico comeou-se a delinear a pesquisa dos dados. Em primeiro lugar, definiu-se as variveis a serem trabalhadas. Segundo Iida (1990), com base nas variveis por ele apresentadas como frequentemente utilizadas em pesquisas na r ea de ergonomia, definiu-se que na varivel homem, utilizaria-se a antropometria, e na v arivel sistema, os postos de trabalho. Assim, devido complexidade para realizar as medidas antropomtricas, e como no possuamos conhecimento tcnico necessrio para realizar tais medidas, nem mesmo uma amostra significativa de indivduos para a coleta de dados, optamos por buscar inf ormaes de estaturas em academias de ginstica da cidade de Ponta Grossa. O tipo de amostragem escolhido foi a amostragem estratificada. As amostras foram coletadas em academias do centro da cidade, do bairro de Uvaranas, e do Jardim C arvalho. Levou-se em conta que os frequentadores de academias so pessoas de classe social A, B e C, que se enquadram perfeitamente como trabalhadores de escritrios. A faixa etria esc olhida foi entre 18 e 40 anos, para ambos os sexos. As medidas foram feitas antes das p essoas comearem a frequentar a academia, antes de terem qualquer tipo de preparo fsico. E m todas as academias, as medidas de estatura foram realizadas com as pessoas descalas. O nmero de amostras foi o nmero de dados fornecidos pelas academias. Os dados coletados foram submetidos anlise estatstica e comparados s bibliografias e normas existentes, para as devidas concluses.9. Resultados e discusses A maioria dos produtos dimensionada para acomodar at 95% da populao, por uma questo econmica. Acima disso, teramos que aumentar muito o tamanho dos objetos, para acomodar relativamente uma pequena faixa adicional da populao (IIDA, 1990). O projeto para a mdia baseado na idia de que isso maximiza o conforto para a maioria. Na prtica, isso no se verifica. De fato, h diferenas significativas entre a s mdias dos homens e das mulheres, e uma mdia geral para toda a populao acaba beneficiando uma faixa relativamente pequena, cujas medidas caem dentro da "mdia adotada" (IIDA, 1 990; COUTO, 2002). Nos casos em que h uma predominncia de homens ou de mulheres, deve-se adotar, de preferncia, as medidas do sexo predominante, pois, com isso, lhe ser proporcion ado maior conforto. Isso naturalmente quando os custos no justificam a realizao de dois projetos, um para homens e outro para mulheres, ou a realizao de medidas ajustveis (IIDA, 1990). No caso da altura das mesas, segundo Iida (1990), temos o caso de uma dimenso mxima, que limitada pelas dimenses das pernas. As duas variveis que influem na altu ra da mesa, para trabalho sentado, so a altura do cotovelo e o tipo de trabalho a se r executado. Quando o trabalhador est sentado, a altura do cotovelo depende da altura do assen to e, desta forma, deve-se dimensionar inicialmente a altura do assento, usando-se a altura popltea (parte inferior da coxa). Somando-se a altura popltea altura do cotovelo (acima do assen to), obtm-se a altura da mesa. Baseado nessas medidas, e partindo do princpio que mais fcil ajustar a altura da cadeira e manter a altura da mesa fixa, Redgrove (1979) prope um arranjo com mesa queatenda aos 95% da populao masculina, com cadeiras regulveis, e um estrado, tambm regulvel, para os ps. A rea de alcance timo sobre a mesa pode ser traada, girando-se os antebraos em torno dos cotovelos com braos cados normalmente. Esses descrevero um arco com raio de 35 a 45 cm. A parte central, situada em frente ao corpo, fazendo interseo com os d ois arcos, ser a rea tima para se usar as duas mos. A rea de alcance mximo ser obtida fazendo-se girar os braos estendidos em torno do ombro. Esses descrevem arcos de 55 a 65 cm de raio (IIDA, 1990). De acordo com a Norma Brasileira Regulamentadora 13965 Mveis para escritrio Mveis para informtica Classificao e caractersticas fsicas e dimensionais, para mesas com tampos regulveis, a altura do tampo ou suporte para o teclado deve estar entr e 64 cm e 75cm. Para mesas com tampo fixo, as alturas do tampo deve estar entre 72 cm e 75 cm. De acordo com a Norma Brasileira Regulamentadora 13966 Mveis para escritrio Mesas Classificao e caractersticas fsicas e dimensionais, o item 5 determina a altur a da mesa de trabalho (que a distncia vertical medida do piso face superior do tampo d a mesa) entre 72cm e 75cm. Como estas normas foram baseadas em normas antigas, a NBR 13965 baseou-se nas normas ANSI/HFS 100:1988, ISO 9241-1:1992 e ISO 9241-3:1992, e a NBR 13966 nas normas NF D67-604:1972 e EN 527-1:1993, e seguindo o relatado por Iida (1990), q ue existe uma tendncia de aumento da estatura da populao, chega-se ao ponto crucial deste tra balho. Assim realizou-se a coleta das amostras de estaturas de uma populao da cidade de P onta Grossa, para comprovar se realmente existe essa tendncia de crescimento, e, se as sim, as mesas produzidas conforme as normas acima atenderiam bem ergonomicamente a popul ao estudada.Segundo Iida (1990) as medidas antropomtricas geralmente seguem uma distribuio normal ou de Gauss. Com base nas amostras de estaturas coletadas, observa-se que elas seguem a distribuio normal ou de Gauss. Distribuio Normal -Estatura Masculina -10 0 10 20 30 40 50 60 70 1,47 1,55 1,63 1,71 1,79 1,87 1,95 2,03 2,11 2,19 Estatura (m) FreqnciaEmprico Terico Grfico 1-Distribuio normal ou de Gauss para a populao masculina Distribuio Normal -Estatura Feminina -10 0 10 20 30 40 50 60 70 1,39 1,45 1,51 1,57 1,63 1,69 1,75 1,81 1,87 1,93 Estatura (m) FreqnciaEmprico Terico Grfico 2 Distribuio normal ou de Gauss para a populao femininaDistribuio Normal -Populao -20 0 20 40 60 80 100 120 1,365 1,455 1,545 1,635 1,725 1,815 1,905 1,995 2,085 2,175 Estatura (m) FreqnciaTerico Emprico Distribuio Normal -Populao -20 0 20 40 60 80 100 120 1,365 1,455 1,545 1,635 1,725 1,815 1,905 1,995 2,085 2,175 Estatura (m) FreqnciaTerico Emprico Grfico 3 Distribuio normal ou de Gauss para amostra da populao Segundo Rodriguez-Aez (2001), para a confeco de projetos para a populao, deve-se acomodar a faixa de 5 a 95% de uma populao, afinal desenvolver produtos pa ra 100% da populao apresenta problemas de ordem tcnica e econmica. Assim, utilizando o intervalo de confiana entre 5,0 -95,0%, obtemos os seguintes percentis para as am ostras coletadas. Tabela 2 -Percentis para amostras coletadas com a margem de confiana de 5,0%-95,0 %, em metro. 5% 50% 95% Desvio Padro Homens 1,63 1,76 1,89 0,081 Mulheres 1,51 1,62 1,73 0,067 Populao 1,52 1,68 1,85 0,101 Isso significa que, no universo do qual a amostra foi retirada, h uma possibilida de de 5% da populao masculina ter estatura abaixo de 1,63 m e 5% acima de 1,89 m. Portan to, o restante 90% estar entre 1,63 m e 1,89 m, sendo a mdia de 1,76 m. J para a populao feminina, h uma possibilidade de 5% dessa populao ter estatura abaixo de 1,51 m e 5 % acima de 1,73 m. Portanto, o restante 90% estar entre 1,51 m e 1,73 m, sendo a mdi a de1,62 m. Se considerarmos a amostra como um todo, h uma possibilidade de 5% da pop ulao ter estatura abaixo de 1,52 m e 5% acima de 1,85 m. Portanto, o restante 90% est ar entre 1,52 m e 1,85 m, sendo a mdia de 1,68 m. Segundo Iida (1990), diversos estudos antropomtricos, realizados durante vrias dcadas, comprovaram a influncia da etnia nas medidas antropomtricas. No Brasil, dev ido ao grande nmero de povos colonizadores (alemes, italianos, japoneses, portugueses, libaneses, etc), escravos trazidos pelos colonizadores e tambm os nativos (ndios), em conjunto grande extenso territorial, faz com que fique claro as diferenas nas medi das antropomtricas entre as diversas regies do pas. Por exemplo, na regio sul, devido colonizao por alemes, italianos, ucranianos, poloneses, holandeses, entre outras, a populao tende a ser mais alta do que a da regio norte, que foi colonizada predominantemente por espanhis e portugueses. As medidas antropomtricas de um povo tambm podem modificar-se com a poca, pois as alteraes nos hbitos alimentares, sade e a prtica de esportes podem fazer as pessoas crescerem. Ao comparar os dados obtidos da amostra com os dados publicados por Iida (1990) e Couto (2002), na Tabela 3, observa-se que existe uma tendncia de crescimento, se no levar em conta as diferentes regies do pas. Ao confrontar as medidas realizadas no estad o de So Paulo, observa-se um crescimento de 1,7 cm na mdia da populao de mulheres do ano 19 73 para as medidas realizadas no ano de 1995, ou seja, um crescimento de 1,08%. J pa ra a populao masculina, observa-se 1,06% no crescimento da mdia, ou seja, um aumento na estatura mdia de 1,8 cm. Ao comparar as medidas realizadas nos estados do sul em 1977, com as medidas realizadas na cidade de Ponta Grossa, no ano de 2009, pode-se obs ervar que amdia da populao feminina cresceu 3,7 cm, ou seja, 2,3% de aumento. Para a populao masculina esse aumento foi de 3,4%, ou seja, um crescimento de 5,8 cm. Tabela 3 Comparao entre as amostras coletadas e as apresentadas por Iida (1990) e Couto (2002), em metros. Mulheres Homens 5% 50% 95% 5% 50% 95% SP Iida e Wierzbicki, 1973 1,478 1,573 1,668 1,574 1,697 1,820 RJ -FIBGE, 1977 1,576 1,695 PR, SC, RS -FIBGE, 1977 1,583 1,702 RJ INT, 1988 1,595 1,700 1,810 SP Moleiro e Couto, 1995 1,490 1,590 1,690 1,600 1,715 1,835 PR -Amostras 2009 1,51 1,62 1,73 1,63 1,76 1,89 Evoluo da Estatura Feminina 1,30 1,35 1,40 1,45 1,50 1,55 1,60 1,65 1,70 1,75 1,80 SP Iida e Wierzbicki, 1973 RJ -FIBGE, 1977 PR, SC, RS FIBGE, 1977 SP Moleiro e Couto, 1995 PR -Amostras 2009 Instituies Estatura (m) 5% 50% 95% Grfico 4 -Evoluo das estaturas femininas conforme as amostras coletadas e as aprese ntadas por Iida (1990) e Couto (2002)Evoluo da Estatura Masculina 1,40 1,45 1,50 1,55 1,60 1,65 1,70 1,75 1,80 1,85 1,90 SP Iida e Wierzbicki, 1973 RJ -FIBGE, 1977 PR, SC, RS -FIBGE, 1977 RJ INT, 1988 SP Moleiro e Couto, 1995 PR Amostras 2009 Instituies Estatura (m) 5% 50% 95% Evoluo da Estatura Masculina 1,40 1,45 1,50 1,55 1,60 1,65 1,70 1,75 1,80 1,85 1,90 SP Iida e Wierzbicki, 1973 RJ -FIBGE, 1977 PR, SC, RS -FIBGE, 1977 RJ INT, 1988 SP Moleiro e Couto,1995 PR Amostras 2009 Instituies Estatura (m) 5% 50% 95% Grfico 5 -Evoluo das estaturas masculinas conforme as amostras coletadas e as apres entadas por Iida (1990) e Couto (2002) Segundo Iida (1990) e Couto (2002), a altura da mesa de 75 cm atende bem pessoas de at 1,75 m de estatura. Como se pode observar, o aumento da estatura apresentado n a Tabela 3, ao se utilizar as NBR 13965 e NBR 13966 como pr-requisito para escolha das mes as, no se estaria atendendo aos 95% da populao estudada. Assim, se o mobilirio no est adequado populao que o utiliza, provavelmente no est oferecendo o conforto ergonmico recomendado na Norma Regulamentadora 17, no item 17.1, item 17.3.2. No haver conforto para as pernas, e nem a rea de alcance se r a tima, pois os braos sero mais compridos que a rea sugestionada por Iida (1990). Com essas observaes, pode-se recomendar que o mobilirio seja dimensionado fazendo-se um levantamento antropomtrico da populao utilizadora. Em contrapartida, para fazer esse levantamento exige-se uma pessoa capacitada e equipamentos para reali zar tais medidas, gerando custos para a empresa.10. Concluso Observando o estudo estatstico realizado nas amostras coletadas na cidade de Pont a Grossa, em 2009, nota-se que tanto a estatura das mulheres, quanto a estatura do s homens maior quando comparada com a estatura de outras regies do pas e comparando-se com a mesma regio. Ainda, observa-se uma tendncia de crescimento tanto para a populao masculina como para a populao feminina. Assim, pode-se concluir que, para esta populao, as normas da associao brasileira de normas tcnicas NBR 13965 -Mveis para escritrio -Mveis para informtica Classificao e caractersticas fsicas e dimensionais e NBR 13966 -Mveis para escritrio Mesas -Classificao e caractersticas fsicas e dimensionais no atenderiam aos 95% desta populao, pois ambas as normas recomendam que a altura de mesas esteja entre 72 cm a 75 cm. Sabendo-se que a altura da mesa de 75 cm atende bem a pessoas de at 1,75 m de altura, e como a amostra demonstra que o percentil para 95% da populao de 1,89 m de altura, conclui-se que, para a populao estudada, as recomendaes das duas NBR no estariam proporcionando conforto ergonmico aos usurios. Consequentemente, tambm no estaria sendo seguida a Norma Regulamentadora 17, pois no haveria o conforto ergonmico recomendado pela norma. De tal modo, se for economicamente vivel, o mais recomendado seria realizar o estudo antropomtrico da populao utilizadora para o dimensionamento do mobilirio. Pod ese sugerir que as empresas, ao fazer o exame admissional, utilizando-se do mdico do trabalho, faam algumas medidas antropomtricas do funcionrio, relacionadas com o car go que ir exercer. Esta seria uma maneira mais acessvel da pesquisa antropomtrica esta r adequando o mobilirio aos seus funcionrios.11. Referncias Bibliogrficas BELLUSCI, S. M. Doenas profissionais ou do trabalho. 5. ed. So Paulo: Editora Senac So Paulo, 2003. BRASIL. Ministrio da Previdncia Social. Empresa de Tecnologia e Informaes da Previdncia Social. Anurio Estatstico da Previdncia Social. Braslia: MPS/DATAPREV, 2007. _______. Ministrio da Sade do Brasil. Organizao Pan-Americana da Sade no Brasil. Doenas relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para os servios de sade. Braslia: Ministrio da Sade do Brasil, 2001. _______. _______. Departamento de Aes Programticas e Estratgicas. rea Tcnica de Sade do Trabalhador. Leses por Esforos Repetitivos (LER) e Distrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT). Braslia: Ministrio da Sade, 2001. Disponvel em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/ler_dort.pdf. Acess o em abril de 2009. _______. Ministrio do Trabalho. Secretria de Inspeo do Trabalho. Manual de aplicao da Norma Regulamentadora n 17. 2 ed. Braslia : MTE, SIT, 2002. CASTRO, G. W. de. A cada minuto, um acidente de trabalho. Jornal da Manh, Ponta Grossa, 03 de maio de 2009. 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Definio de critrios de avaliao ergonmica para mesas de trabalho informatizado. 2005, 107 f. Dissertao (Mestrado Profissionalizante em Engenharia) Escola de Engenharia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Por to Alegre, 2005. Disponvel em: http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/5975/000522840.pdf?sequence=1. Acesso em maro de 2009. RODRIGUEZ-AEZ, C. R. A antropometria e sua aplicao na ergonomia. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano, Florianpolis, v. 3, n. 1, p. 102108, 2001. SANTOS, R; FUJO, C. Antropometria. Universidade de vora. Texto de Apoio. Fevereiro de 2003. Disponvel em: http://www.ensino.uevora.pt/fasht/modulo4_ergonomia/sessao1/texto_apoio.pdf. Ace sso em abril de 2009.ANEXO 01 D DDDE EEEP PPPA AAAR RRRT TTTA AAAM MMME EEEN NNNT TTTO OOO D DDDE EEE L LLLI IIIC CCCI IIIT TTTA AAA E EEES SSS, ,,, C CCCO OOOM MMMP PPPR RRRA AAAS SSS E EEE C CCCO OOON NNNT TTTR RRRA AAAT TTTO OOOS SSS E EED DDI IIT TTA AAL LL D DDE EE L LLI IIC CCI IITTTA AA O OO PROCESSO N 059/06 MODALIDADE: PREGO N 107/06 REGISTRO DE PREOS CRITRIO: MENOR PREO ABERTURA DA SESSO PBLICA: DIA 25/07/2006, S 11:00 HORAS. LOCAL: Sala dos Preges Rua da Consolao, n 1.483, 9 andarSo PauloCapital.Custo da cpia reprogrfica deste Edital: R$ 26,40 (vinte e seis reais e quarenta ce ntavos) O TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DE SO PAULO torna pblico que no seu Departamento de Licitaes, Compras e Contratos SAD 4, localizada na Rua da C onsolao, n 1.483, 8 andar, So Paulo, SP, encontra-se aberta licitao na modalidade Prego, regida pelas L eis Federais n 10.520/2002 e de Licitaes e Contratos n 8.666/93, em sua atual redao, Provimentos ns 5 5/2003, 56/ 2003, 61/2004 e 62/2004 desta Corte e disposies deste instrumento e de seus Anexos, part es integrantes deste Edital: Anexo I Anexo II Anexo III Anexo IV Anexo V Especificaes Modelo de Declarao (Decreto n 4.358/2002) Modelo de Declarao (Requisitos de Habilitao) Minuta da Ata de Registro de Preos Minuta do Contrato de Compromisso de FornecimentoAt 02 (dois) dias teis antes da data fixada para a entrega das propostas, qualquer interessado poder solicitar esclarecimentos, requerer providncias ou form ular impugnao escrita contra clusulas ou condies dos termos deste edital, o que dever ser feito atravs de r equerimento devidamente protocolado no Departamento de Licitaes, Compras e Contratos. As respostas por parte da Administrao com relao s dvidas e questionamentos suscitados sero prestadas por escrito e encaminhadas ao suscitant e. O questionamento que implicar em alterao de condio bsica da licitao, resultar na reviso do Edital e o prazo de apresentao das propostas ser reaberto. Para que possam receber eventuais informaes complementares as empresas que, por qualquer meio, tomarem conhecimento da presente licitao, devero c omunicar imediata e formalmente ao Departamento de Licitaes, Compras e Contratos do Tribunal de Justia o interesse de participao no certame, atravs de correspondncia protocolada ou fac-smile, informando claramente aidentificao, endereos, nmeros de telefone/fax e do CNPJ. As empresas interessadas em participar desta licitao ficam alertadas de que, antes de se dirigirem ao local designado para entrega dos envelopes e sesso pblica, sero previamente identificadas pela Fiscalizao Judiciria do Tribunal de Justia, devendo estar no loca l com a antecedncia necessria para cumprimento dos horrios e prazos estabelecidos.DO OBJETO DA LICITAO 1.1 A licitao regida pelo presente Edital, que ser processada na modalidade Prego, tem p or objeto a seleo de propostas visando ao REGISTRO DE PREOS para aquisio e instalao de conjuntos mobilirios (armrios, mesas e gaveteiros), para os Gabinetes e Salas de Audincia, co nforme Anexo I (Especificaes). 1.2 As quantidades constantes deste Edital so estimativas, referem-se previso de consu mo para o perodo de 12 (doze) meses de vigncia contratual, e para eventual prorrogao deste Reg istro de Preos. DOS IMPEDIMENTOS PARTICIPAO 2.1 Sero impedidas de participar da presente licitao: 2.1.1 as empresas suspensas do direito de licitar pelo Tribunal de Justia, no prazo e n as condies do impedimento; 2.1.2 aquelas que tenham sido declaradas inidneas pela Administrao direta ou indireta, Municipal, Estadual ou Federal; 2.1.3 aquelas que estiverem em regime de concordata ou de falncia; 2.1.4 empresas em consrcio, qualquer que seja a forma de sua constituio; e, 2.1.5 servidor de qualquer rgo ou entidade vinculada ao Tribunal de Justia, bem assim a e mpresa da qual tal servidor seja scio, dirigente ou responsvel tcnico. DA PARTICIPAO NA LICITAO3.1 A participao nesta Licitao, modalidade Prego, importa total e irrestrita submisso dos proponentes s condies previstas no Provimento n 56/2003 da Eg rgia Presidncia do Tribunal de Justi do Estado de So Paulo e s estabelecidas neste Edital, cabendo ainda ao interessado o seguinte: 3.2 Apresentar a documentao a seguir indicada: 3.2.1 Habilitao Jurdica: 3.2.1.1 Registro comercial, no caso de empresa individual; 3.2.1.2 Ato constitutivo (estatuto ou contrato social), devidamente registrado, atualiza do com a indicao dos atuais administradores ou dirigentes; 3.2.1.3 Decreto de autorizao e ato de registro ou autorizao para funcionamento expedido pelo rgo competente, quando se tratar de firma estrangeira em funcionamento no pas e a atividade assim o exigir. 3.2.2 Qualificao Tcnica:3.2.2.1 Registro ou inscrio da empresa fabricante no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (C.R.E.A), rgo fiscalizador da atividade profissional a que est sujeita, sem o qual est impedida de funcionar, conforme exigncia estabelecida na Lei n 5.194 de 24 de dezembro de 1966, especialmente no que dispe os artigos 59 e 60, bem como na Resoluo n 417, de 27 de maro de 1998 expedida pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, devidamente atualizada e, inclusive, com a meno de sua validade. 3.2.2.1.1 Empresas comerciais tambm devero apresentar o referido documento emitido para a empresa fabricante, haja vista a relao de solidariedade que se estabelece entre as partes envolvidas no processo de fabricao e comercializao do produto. 3.2.2.2 Atestado(s) de Capacidade Tcnica passado(s) por pessoa(s) jurdica(s) de direito pblico ou privado, que comprove(m) ter a licitante fornecido e instalado, satisfatoriamente, objeto de natureza e vulto similares e/ou compatveis ao desta licitao. 3.2.2.2.1 Para fins de compatibilidade, poder ser considerada a somatria das quantidades fornecidas. 3.2.2.2.2 O(s) atestado(s) dever(o) ser apresentado(s) em papel timbrado do emitente, contendo endereo, telefone e, se houver, correio eletrnico, para contato, bem como identificao do signatrio, a fim de possibilitar possveis diligncias. 3.2.3 Qualificao Econmico-Financeira: 3.2.3.1 Balano patrimonial ou balano de abertura e demonstraes contbeis do ltimo exerccio social, j exigveis e apresentados na forma da lei, que comprovem a boa situao financeira da empresa, devidamente assinados por contador e pelo representante legal (administrador da empresa), vedada a sua substituio por balancetes ou balanos provisrios. 3.2.3.1.1 A comprovao de boa situao financeira da licitante ser aferida com base nos ndices de Liquidez Geral (LG) e Liquidez Corrente (LC), maiores ou iguais que 1 (um), apurados mediante a aplicao das frmulas a seguir: ativo circulante + realizvel a longo prazo LG 1 = passivo circulante + exigvel a longo prazo ativo circulante LC 1 = passivo circulante 3.2.3.1.2 Caso o resultado obtido em qualquer dos ndices referidos no subitem anterior seja inferior a um, ser obrigatria a demonstrao de patrimnio lquido, no importe de 10% (dez por cento) sobre o valor estimado da contratao, nos termos dos 2 e 3 do artigo 31 da Lei Federal n 8.666/93, em sua atual redao. 3.2.3.1.3 Se ausente o preenchimento da condio acima, o participante dever apresentar declarao comprometendo-se a efetuar o recolhimento da cauo substitutiva no momento da assinaturada avena e/ou recebimento do instrumento equivalente, cujo58 percentual, desde j, fica fixado em 1% (um por cento) sobre o valor a ser contratado. 3.2.3.2 Certido negativa de pedido de falncia ou concordata expedida pelo distribuidor da sede da pessoa jurdica, ou de distribuio cvel expedida no domiclio da pessoa fsica. Na hiptese de a sede do licitante no ser no Estado de So Paulo, alm da certido referida neste subitem, dever vir tambm declarao/certido emitida pelo distribuidor ou equivalente do Frum da respectiva comarca informando os Ofcios de Distribuio Cveis existentes. 3.2.3.2.1 No caso de certido positiva relativa ao item acima, o interessado dever juntar certido de objeto e p expedida pelo ofcio competente. 3.2.4 Regularidade Fiscal: 3.2.4.1 Inscrio no Cadastro Nacional de Pessoas Jurdicas (CNPJ); 3.2.4.2 Inscrio no cadastro de contribuintes estadual e municipal, se houver, relativo sede da licitante, pertinente ao seu ramo de atividade e compatvel com o objeto deste edital; 3.2.4.3 Certificados de regularidade perante a Seguridade Social (CND-INSS) e o Fundo de Garantia do Tempo de Servio (FGTS); 3.2.4.4 Certides de regularidade para com a Fazenda Federal (Certido Quanto Dvida Ativa da Unio e Certido de Tributos e Contribuies Federais), Estadual e Municipal (Certido de Tributos Mobilirios) da sede do interessado. 3.2.4.4.1 As certides, em geral, quando emitidas pela Internet podero ser consultadas no site do rgo, quando houver dvida acerca de sua regularidade. 3.2.4.5 No caso de certido positiva relativa aos subitens 3.2.4.3 e 3.2.4.4, o interessad o dever juntar certido de objeto e p expedida pelo ofcio competente. 3.2.4.5.1 A Certido Positiva com Efeitos de Negativa tem os mesmos efeitos da certido negativa, e, portanto, no h necessidade de juntar certido de objeto e p (Art. 206 do CTN). 3.2.4.6 Cumprimento da exigncia prevista no inciso V, do artigo 27 da Lei de Licitaes e Contratos n 8.666/93, em sua atual redao, estabelecida pela Lei n 9.854, de 27 de outubro de 1999, por meio de declarao firmada pelo licitante nos moldes estabelecidos pelo Decreto n 4.358, de 05 de setembro de 2002, nos moldes do Anexo II deste Edital. 3.2.4.7 Os documentos para habilitao podero ser apresentados em original, cpias autenticadas em cartrio ou conferidas e autenticadas pela Equipe de Apoio no ato da abertura do respectivo envelope, mediante confronto com os originais. 3.2.4.8 As certides que no tenham prazo de validade expresso no seu corpo, ter-se-o como vlidas pelo prazo de 90 (noventa) dias contados de sua emisso. 3.2.5 O Cadastro da empresa no Sistema SIAFSICO-CADFOR, desde que com validade igual ou superior data de abertura dos Envelopes, substitui os documentos referidos no subitem 3.2, excetuados os enunciados nos subitens 3.2.2.1, 3.2.2.2 e 3.2.4.6 deste Edital, q ue devero ser apresentados em qualquer hiptese. 3.2.5.1 A confirmao de cadastro no Sistema SIAFSICO CADFOR, bem como a validade das certides no referido sistema sero feitas pelo Pregoeiro.59 3.2.5.2 A(s) certido(es), bem como qualquer outro documento cujo prazo de validade tenha(m) expirado, dever(o) ser apresentada(s) no Envelope n 02 (Documentao de Habilitao). 3.3 Os licitantes devero cotar todos os itens do Lote nico (itens 1.1 a 1.13). DA APRESENTAO DAS PROPOSTAS E DA DOCUMENTAO DE HABILITAO 4.1 No dia, hora e local designados neste Edital, sero iniciados os trabalhos de cred enciamento dos interessados no Prego. Aberta a sesso, os interessados ou seus representantes apre sentaro declarao, conforme modelo (Anexo III) dando cincia de que cumprem plenamente os req uisitos de habilitao e, em seguida, o Pregoeiro proceder o recebimento dos Envelopes n 01 (Prop osta Comercial) e n 02 (Documentao para Habilitao) de todos os licitantes credenciados. 4.1.1 Para o credenciamento devero ser apresentados os seguintes documentos: 4.1.1.1 Tratando-se de representante legal, o Estatuto Social, Contrato Social ou outro instrumento de registro comercial, registrado na Junta Comercial, no qual esteja m expressos seus poderes para exercer direito ou assumir obrigaes em tal investidura. 4.1.1.2 Tratando-se de procurador, o instrumento de procurao pblica ou particular com firma reconhecida do qual constem poderes especficos para formular lances, negociar preos, interpor recursos e desistir de sua interposio e praticar todos os demais atos pertinentes ao certame, acompanhado do correspondente documento, dentre os indicados no subitem anterior, que comprove os poderes do mandante para a outorga. 4.1.1.3 Tratando-se de representante comercial, dever ele comprovar tal condio com a apresentao do respectivo contrato de representao, ou procurao especfica, devendo, no entanto, todos os documentos de habilitao e da proposta serem apresentados em nome do representado. 4.1.1.4 O(s) documento(s) referido(s) no(s) subitem(ns) anterior(es) no ser(o) devolvido(s) ao licitante, pois passar(o) a fazer parte integrante do processo. 4.1.2 Ser exigida a exibio da Cdula de Identidade do credenciado, para a devida identificao e correspondente registro em ata. 4.1.3 Nenhum interessado poder representar mais de uma empresa. 4.2 A abertura dos envelopes contendo as propostas ocorrer na mesma data e local desi gnados no prembulo deste Edital, to logo se encerre a fase de credenciamento. 4.3 Os atos pblicos podero ser presenciados por quaisquer pessoas, porm s tero direito de usar a palavra, a rubricar documentos, a interpor recursos e a firmar as atas os repres entantes devidamente credenciados pelos licitantes.4.4 Declarada encerrada a fase de credenciamento pelo Pregoeiro, no sero admitidos nov os proponentes. 4.5 As propostas e a documentao de habilitao das empresas interessadas devero ser entregu es em envelopes separados, no transparentes, fechados, lacrados e rubricados no fecho, com o seguinte endereamento: ENVELOPE N01 PROPOSTA DE PREOS Ao Pregoeiro do Tribunal de Justia do Estado de So Paulo Processo n059/06Prego n107/06 Objeto: Aquisio e instalao de mesas, cadeiras e gaveteiros Nome da empresa licitante: ENVELOPE N02 DOCUMENTAO DE HABILITAOAo Pregoeiro do Tribunal de Justia do Estado de So Paulo Processo n059/06 Prego n107/06 Objeto: Aquisio e instalao de mesas, cadeiras e gaveteiros Nome da empresa licitante: 4.6 Os documentos relacionados no subitem 3.2.1-Habilitao Jurdica, no precisaro vir dentr o do Envelope 2-Documentao de Habilitao, se forem apresentados quando do credenciamento n este Prego (subitem 4.1). 4.7 No ser admitido o encaminhamento de propostas via fax, postal, por meio eletrnico o u similar. 4.7.1 Aps o recebimento dos envelopes no ser aceita retificao de preos ou condies da proposta. 4.8 Envelope n1 Proposta de Preos 4.8.1 A proposta de preos, que dever ser apresentada datilografada ou digitada sem rasur as ou emendas, em papel timbrado e assinada, com nome da empresa ou razo social, telefo ne, fax e endereo completo; C.N.P.J. e Inscrio Estadual ou Municipal; nmero do processo e nmero do Prego, compreender: 4.8.1.1 indicao dos prazos de entrega e pagamento; 4.8.1.2 indicao da marca e modelo dos produtos cotados; 4.8.1.3 preo unitrio de cada um dos subitens e o seu total, conforme Modelo A do Anexo I, bem como o total geral, includos os encargos relativos a frete, embalagens, impostos, bem como outras despesas que integrem os preos propostos; 4.8.1.3.1 quando o valor original da proposta tiver sido alterado por conta de lance(s) oferecido(s) verbalmente na sesso pblica do Prego, os preos nela constantes sero desconsiderados, prevalecendo os constantes na respectiva ata da sesso e que sero consignados no Contrato ou instrumento equivalente. 4.8.1.4 prazo de garantia, contra qualquer defeito de fabricao, que no poder ser inferior a 05 (cinco) anos, contados da data do recebimento definitivo. 4.8.2 Dever ser anexado proposta:4.8.2.1 Declarao firmada pelo responsvel legal da empresa fabricante (scio ou diretor que faa parte do Contrato Social), de que ter condies de fornecer61 os materiais no prazo estabelecido no Edital e de acordo com a Especificao constante do Anexo I do mesmo instrumento licitatrio. 4.8.2.1.1 Empresas comerciais tambm devero apresentar o referido documento emitido pela empresa fabricante. 4.8.2.2 Prospectos dos produtos da linha normal de produo da empresa fabricante que efetivamente fornecer os produtos. 4.8.3 O prazo de validade da proposta no poder ser inferior a 60 (sessenta) dias, contad os da data de abertura do envelope, suspendendo-se este prazo na hiptese de interposio de recu rso administrativo ou judicial. 4.8.4 No sero consideradas propostas com oferta de vantagem no prevista neste Edital. DOS PREOS 5.1 Os preos cotados do objeto da presente licitao, devero ser expressos em moeda corren te nacional, nele inclusos os acrscimos e despesas, como tributos, sem incluso de qualquer enca rgo financeiro ou previso inflacionria, sem que sofra correo ou reajuste durante o perodo licitatrio. 5.2 Caso o preo proposto seja composto, total ou parcialmente, por algum item cujo me rcado esteja vinculado ao dlar (US$), a licitante em sua proposta comercial, observado o subit em anterior, indicar quais itens e a taxa de cmbio utilizada, objetivando respaldar eventual pedido de reequilbrio econmico financeiro, devendo ser apresentado, neste caso, planilha detalhada de c omposio dos custos do(s) respectivo(s) item(ns). 5.3 Quaisquer tributos ou encargos legais criados, alterados ou extintos, bem como a supervenincia de disposies legais, quando ocorridas aps a data limite para apresentao da proposta come rcial, de comprovada repercusso no preo que vier a ser contratado, implicaro na reviso deste, para mais ou para menos, conforme o caso. DO JULGAMENTO DA LICITAO 6.1 Da abertura dos envelopes e oferecimento de lances. 6.1.1 Constatada a inviolabilidade dos envelopes, o Pregoeiro proceder, imediatamente, abertura das propostas de preos. 6.1.1.1 A proposta comercial ser inicialmente verificada quanto ao atendimento das condies aqui expressas, sendo desclassificada aquela que estiver em desacordo com qualquer exigncia disposta neste edital, contiver vcios ou, a juzo do Tribunal de Justia contiver preos manifestamente inexeqveis, assim considerada aquela queno venha demonstrada sua viabilidade e que comprovem que os custos de insumo so coerentes com os do mercado. 6.1.1.2 A critrio do pregoeiro podero ser solicitadas aos licitantes a composio de seu preo, assim como, atravs de justificativas tcnicas, de que os preos dos insumos e salrios e os coeficientes de produtividade so compatveis com os do mercado e com o objeto licitado, com a finalidade de demonstrar a sua exeqibilidade. 6.1.1.3 O no atendimento pelo licitante ao previsto no subitem anterior, no prazo que o Tribunal de Justia fixar, acarretar a desclassificao de sua proposta comercial. 6.1.1.4 Tambm sero desclassificadas as propostas: 6.1.1.4.1 Que no atenderem aos requisitos mnimos das especificaes; e,6.1.1.4.2 Que apresentarem preo total de participao superior a: Lote nico R$ 17.757.500,40 (dezessete milhes, setecentos e cinqenta e sete mil, quinhentos reais e quarenta centavos); 6.1.1.5 A adjudicao do objeto deste Prego ser feita considerando-se o menor preo total do Lote nico. 6.1.2 Nenhuma proposta comercial ser recusada por formalidades que no impliquem na essnci a do procedimento licitatrio. 6.1.3 No ser aceita proposta comercial que considerar condies de desembolso de quaisquer valores que no estejam inclusos no valor proposto. 6.1.4 Verificadas as condies estabelecidas nos subitens acima e a conformidade das propo stas com os requisitos formais estabelecidos neste Edital, o Pregoeiro dar incio etapa competitiva da licitao atravs de lances verbais, sucessivos e decrescentes, que pod ero ser oferecidos pelos autores da proposta de valor mais baixo e das ofertas com preos at 10% (dez por cento) superiores primeira. 6.1.5 Se no houver pelo menos trs propostas escritas de preos nas condies definidas no subitem anterior, podero fazer lances verbais os autores das melhores propostas, at o mximo de 3 (trs), quaisquer que tenham sido os preos nelas indicados, ficando, em t al hiptese, desconsiderada a condio estabelecida no subitem 6.1.1.4.2. 6.1.6 No caso de empate nos preos, sero admitidas todas as propostas empatadas e aps observado o disposto no artigo 3, pargrafo 2, da Lei de Licitaes e Contratos n. 8.666/ 93, alterada pelas Leis Federais ns. 8.883/94, 9.032/95, 9.648/98 e 9.854/99 a determ inao da ordem de oferecimento de lance ser decidida por sorteio. 6.1.7 O Pregoeiro, se for o caso, e necessrio, estabelecer a durao da fase de lances. Ocor rendo tal hiptese, encerrado o tempo estabelecido, o Pregoeiro far anlise das propostas. 6.1.8 Se necessrio, o Pregoeiro, no ato da fase de lances determinar ndice ou valor de re duo mnimo a ser aplicado entre os lances. 6.1.9 A desistncia em apresentar lance verbal, quando convocado pelo Pregoeiro, implica r na excluso do licitante da fase de lances verbais e na manuteno do ltimo preo apresentad o, para efeito de ordenao das propostas. 6.2 Classificao das Propostas. 6.2.1 Para efeito de classificao, ser considerado o preo final do lote (Lote nico), resulta nte do valor originariamente cotado, e, se o caso, dos lances verbais oferecidos.6.2.2 As propostas consideradas aceitveis sero classificadas segundo a ordem crescente d os preos finais, a partir da de valor mais baixo. 6.2.3 Concluda a apreciao das propostas, o pregoeiro indicar na ata da sesso os fundamentos da deciso sobre aceitabilidade ou inaceitabilidade, bem como sobre a classificao depropostas. 6.2.4 Uma vez proclamado o vencedor da etapa de lances, o pregoeiro poder negociar com este melhores condies quanto aos preos. Em caso de resultado positivo na negociao, os novos valores sero consignados na ata da sesso e passaro a compor a proposta. 6.2.5 Sero tambm registrados os fornecedores, na ordem de sua classificao, para fins de convocao remanescente, na forma do art. 2, pargrafo 3, do Provimento n 61/04, art. 5 d63 Provimento n 5