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TÉCNICO EM INFORMÁTICA
Atibaia
2017
Alice Souza
Ana Carolina Riguetto
Anderson Souza
Laura Dahi
Estoque Beer Zone
Ferramenta de administração de estoque com estudo de caso na Cervejaria Cruzeiro
MC.
TÉCNICO EM INFORMÁTICA
Atibaia
2017
Alice Souza
Ana Carolina Riguetto
Anderson Souza
Laura Dahi
Estoque Beer Zone
Ferramenta de administração de estoque com estudo de caso na Cervejaria Cruzeiro
MC.
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado como requisito parcial para
aprovação no curso de informática, sob
orientação dos Professores Luciana
Azadinho Brandi e Co-orientadores
Sergio Montagner e Kátia Fushita
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Atibaia
2017
RESUMO
Nesse projeto propusemos a criação de um software voltado para o controle do
estoque de pequenos empreendedores, para isso, tivemos como estudo de caso a
cervejaria Cruzeiro MC, uma microempresa de Piracaia – SP.
Pudemos avaliar de perto a dificuldade existente para um pequeno empreendedor
de controlar seu estoque usufruindo de tecnologias atuais, poucos softwares são voltados
para o ramo de pequenas empresas e acabam apenas dificultando a organização básica da
logística empresarial.
O Beer Zone é uma aplicação feita na linguagem de programação C#. No software
é possível inserir, atualizar e modificar produtos e matérias primas do estoque da empresa,
pré cadastrado anteriormente. Além disso, o usuário pode optar por receber relatórios
sobre entradas e saídas existentes ao logo de uma data determinada.
Palavras-chave: Estoque; Gestão; Software.
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1 Introdução
A razão para manter estoques está relacionada com a previsão de seu uso em um
futuro próximo. É praticamente impossível estimar essa demanda e por isso torna-se
necessário manter determinado nível e controle de materiais estocados. Para que isso
ocorra de forma eficiente, será proposto um software que auxiliará os processos de gestão
de consumo e armazenamento destes materiais.
Existem softwares voltados para a administração de estoques, geralmente são
caros e complexos de serem utilizados por pequenos empreendedores que é o público
deste projeto. No entanto, estes empreendedores precisam que o controle seja simples,
prático e voltado para suas necessidades.
A maioria dos pequenos empreendedores precisam controlar seu estoque, gerando
alguns problemas de gestão, pois o empreendedor precisa fazer o controle por conta
própria, exigindo conhecimento e tempo.
É comum encontrarmos em ambientes pouco informatizados o uso de planilhas e
papéis na gestão do estoque porém, isso gera perdas e ocupa espaço na empresa, além de
exigir tempo e funcionários qualificados, o que representa mais despesas para o
empreendedor.
Frente ao cenário econômico atual em constantes modificações, o gerenciamento
de estoque é um fator essencial para a sobrevivência da empresa. A existência de um nível
de estoque é necessária para que sirva de amortecedor entre fornecedor e consumidor para
que os consumidores possam ser atendidos imediatamente sem que a eficiência do
atendimento seja prejudicada e para que se evite perdas com matérias em excesso. Não
adianta estocar muitas coisas sendo que estocar gera muitos gastos, exige-se que se
chegue ao equilíbrio de vendas e fabricação.
Com esta visão, propõe-se o desenvolvimento de um software que ajude a
solucionar os problemas descritos, utilizando uma interface simples para atender as
necessidades específicas de cada negócio. Para exemplificar o objetivo deste projeto será
utilizado como estudo de caso uma cervejaria artesanal.
Através do software, o usuário poderá cadastrar matérias primas, matérias
auxiliares, manutenção, intermediários, acabados e controlar a reposição e saída destes
materiais, auxiliando na gestão dos processos de produção.
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2 – O desígnio do estoque
Diante do aumento da globalização e com o avanço de novas tecnologias, as
empresas comerciais diariamente buscam alternativas que auxiliem no melhoramento de
sua gestão de modo que proporcione resultados positivos. No cenário de vendas, a
competitividade existente entre as empresas faz criar uma disputa contínua na
comercialização de seus produtos, onde ambas utilizam de alguns artifícios para se
sobressair diante da concorrência.
O desenvolvimento dessas atividades comerciais requer dedicação por parte do
gestor, tendo em vista que também é preciso estar atento às situações adversas que podem
surgir na empresa.
Conforme mencionado por Partovi e Anandarajan (2002), existe uma
complexidade relacionada ao gerenciamento do estoque dessas empresas quando as
mesmas trabalham com diferentes itens para venda, pois, a diversidade dos produtos
requer um controle equilibrado referente à sua estocagem. Por este motivo é
recomendável que esses produtos sejam cadastrados e armazenados de acordo com suas
características. A adoção de critérios facilita desde a armazenagem da mercadoria até sua
identificação.
Um bom controle de estoque e um monitoramento da sua
movimentação são atividades indispensáveis para a lucratividade e para
competitividade da empresa; porém, o custo do controle de estoque não
deverá exceder os benefícios que ele possa proporcionar
(Silva, Reichenback e Karpinski - 2010, p.3)
Entende-se por estoque quaisquer quantidades de bens físicos que sejam
conservados, de forma improdutiva, por algum intervalo de tempo; constituem estoques
tanto os produtos acabados que aguardam venda ou despacho quanto matérias-primas e
componentes que aguardam utilização na produção. O estoque é a acumulação de recurso
material em um sistema de transformação.
“[...] um item no estoque é definido como qualquer tipo de
produto acabado, de parte fabricada ou comprada. ”
(Stocton (1976, p.17)
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2.1 – Estoque e suas classificações
De acordo com Arnold (1999), existem muitas maneiras de classificar os estoques,
uma delas, e frequentemente utilizada, se relaciona ao fluxo de material que entra em uma
organização industrial, passa por ela e dela sai. Segundo Pimenta (2003), esse material
pode ser conceituado como:
a) Matérias-primas: são itens comprados e recebidos que ainda não entraram no
processo de produção. Incluem material comprado, peças componentes e subconjuntos.
b) Produtos em processo: matérias-primas que já entraram no processo de
produção e estão em operação ou aguardam para entrar em operação.
c) Produtos acabados: os produtos acabados do processo de produção que estão
prontos para serem vendidos como itens completos. Podem ser retidos na fábrica ou no
depósito central ou, ainda, em vários pontos do sistema de distribuição.
d) Estoques de distribuição: produtos acabados localizados no sistema de
distribuição.
e) Suprimentos de manutenção, de reparo e de operação: itens utilizados na
produção que não se tornam partes do produto. Incluem ferramentas manuais, peças
sobressalentes, lubrificantes e material de limpeza.
O controle de estoque proporciona ao gestor a alternativa de realizar suas compras
de acordo com a procura de seus clientes. Quando os custos destes produtos não são
compensados com as vendas, implica que deve ser feita uma reavaliação na rotatividade
das mercadorias vendidas.
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2.2 – O controle do estoque
De acordo com uma pesquisa feita pela Associação Brasileira dos Supermercados
– ABRAS, o custo de capital com estoques no Brasil representa cerca de 3,7% do PIB
nacional. Isso explica o porquê de existirem alternativas para manter um bom giro de
capital e reduzir os custos das mercadorias.
O controle de estoque é todo procedimento realizado para registrar, fiscalizar e
gerir a entrada ou saída de mercadorias de qualquer espaço seja ele destinado à
comercialização, armazenamento para almoxarifado ou ainda para a utilização na
fabricação dos produtos (matéria prima).
Devido à existência de grande dificuldade em manter um ótimo sincronismo entre
fornecimento e demanda dos produtos em estoque, tem-se, segundo Bonaparte (1998), a
necessidade de um planejamento ajustado à principal característica desses materiais que
é a incerteza quanto à quantidade e à data de utilização. Esse planejamento se baseia no
conceito da utilização de médias, de dados passados e de parâmetros para, com base neles,
prospectar quantidades de estoque a serem mantidas. Um bom planejamento de estoque
deve permitir que a empresa trabalhe com a menor quantidade possível de material
estocado, desde que não faltem matérias-primas para a produção.
Na busca incessante de um crescimento significativo, as empresas adotam
medidas que favoreçam ao desempenho positivo, onde uma das principais alternativas
está ligada à organização do estoque. Qualquer entidade que deseje alcançar índices de
crescimento positivos no desenvolvimento de suas atividades necessita de informações
satisfatórias que agreguem valores importantes na veracidade dos fatos apresentados ao
gestor.
Os autores Oliveira Et Al (2003, p. 103), mencionam:
Na maioria das empresas comerciais ou industriais, o grupo de
contas Estoques assume grande importância no contexto do Balanço
Patrimonial e na Demonstração do Resultado do Exercício, visto que
quase sempre os investimentos são relevantes.
Um gestor que está atento à competitividade comercial adota uma política adepta
a inovações e à satisfação de seu cliente, isso se faz possível quando o mesmo está ciente
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da quantidade de mercadoria estocada em sua empresa e também quando conhece a
demanda de rotatividade dos produtos mais procurados.
Por isso ressalta-se a relevância da presente pesquisa que busca verificar a
importância dos processos de controle de estoque e o impacto destes no crescimento
econômico da organização e espera-se que os resultados obtidos no presente trabalho
contribuam para que os gestores tomem decisões mais sólidas na hora de comprar, estocar
e vender seus produtos.
3 – Software para gestão
Estamos vivendo um momento em que o surgimento da internet constitui uma das
maiores conquistas da humanidade, em que se estabeleceu um novo – e ainda pouco
explorado – ambiente de interação econômico, político, social e cultural. Com essa nova
perspectiva de interação social, a linguagem universal que permite a produção e
compartilhamento do conhecimento se chama “software”, que é basicamente uma
sequência de instruções que segue padrões específicos e que resultam em um
comportamento desejado.
Como dito por Pádua, Wilson (2000)
O software é a parte programável de um sistema de informática.
Ele é um elemento central: realiza estruturas complexas e flexíveis que
trazem funções, utilidade e valor ao sistema. Mas outros componentes
são indispensáveis: as plataformas de hardware, os recursos de
comunicação de informação, os documentos de diversas naturezas, as
bases de dados e até os procedimentos manuais que se integram aos
automatizados.
O software de gestão, também conhecido como Enterprise Resource Planning, ou
Planejamento de Recursos Empresariais (ERP), tem por objetivo facilitar o fluxo de
informações entre todos os departamentos de determinada organização promovendo
agilidade, controle e segurança de processos.
Os softwares ou ERP’s têm como princípios básicos de funcionamento a
integração, ou seja, a capacidade do software de derivar, a partir de um fato novo, todas
as decorrências o que acarreta em redução de trabalho, velocidade e segurança; e a
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parametrização que significa informar ao software como são as políticas, normas e
processos da empresa objetivando adequar o software às necessidades atuais da empresa
e permitir a sua evolução futura. A estrutura típica da maioria dos softwares de gestão
será demonstrada a seguir, além destes módulos alguns sistemas ERP ainda possuem
módulos adicionais, tais como: Gestão e Controlo da Qualidade; Gestão de Projetos;
Gestão da Manutenção; entre outros.
Para que obtivéssemos sucesso em nosso trabalho, decidimos, inicialmente,
desenvolver o software focado na área de estoque, pois, aparentemente observava-se uma
decadência especifica a esta área, que, para pequenos empreendedores acaba por ser a
principal parte de suas empresas e consequentemente, a que necessita de mais organização
e agilidade.
Segundo Ptak (1999, p. 9 e 10)
O custo decrescente do software e do hardware, o
desenvolvimento das redes e a proliferação dos microcomputadores,
tornam possível a disseminação da informática e a democratização da
informação nas empresas. A informática não é mais um privilégio das
grandes empresas e os softwares empresariais não necessitam mais dos
grandes e caros mainframes para processá-los.
4 – O Beer Zone
Com todo embasamento e todo o conhecimento adquirido durante o trabalho, o
intuito do Beer Zone é aplicar o nosso conhecimento da área de tecnologia de informação
em um software voltado para gestão de estoque de pequenos empreendedores. Utilizando
a ferramenta visual studio, para então desenvolver o programa em linguagem C# de uma
maneira simples em que o usuário consiga ter pleno controle e não se sinta leigo com a
tecnologia que ele terá em mãos.
Demos início no Beer Zone criando uma base de dados em mysql, para que
pudéssemos então receber, inserir e selecionar dados como o nome de produto, o preço,
a quantidade, as entradas e saídas de mercadorias e matérias primas existentes no estoque
do empreendimento.
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Com a praticidade aplicada, o usuário terá acesso as informações básicas de seu
estoque sempre que necessário, seja para fazer um levantamento de produtos, para a
compra de materiais para fabricação ou para a venda de produtos, tendo o conhecimento
pleno de todos os itens estocados anteriormente.
A aplicação garante ao usuário as consultas de produtos anteriormente gravados
imediatamente, seu estoque, podendo ser atualizado, dá a entrada ou a saída e grava
sempre um registro do anterior do atual estoque armazenado, contendo a data que a
movimentação aconteceu. Assim, sempre que o pequeno empreendedor necessitar ter o
conhecimento do que foi vendido ou comprado por datas o sistema terá os dados
armazenados.
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3. Conclusão
O projeto Beer Zone foi desenvolvido especialmente voltado para micro
empreendimentos que, apesar do tamanho, visam o crescimento e a implementação da
tecnologia em sua gestão, controlando entradas e saídas de produtos e matérias primas e
obtendo relatórios constantes do estoque para que a evolução da empresa possa ser
positiva.
Ao longo do desenvolvimento do projeto surgiram ideias adicionais, como a
exibição de lista de compras perante ao estoque existente no sistema, porém,
prosseguimos apenas com a ideia inicial da criação de um programa interativo e simples
para que o gestor, na maioria das vezes sendo o próprio dono da empresa, pudesse realizar
seu controle de estoque de forma rápida e ágil.
Após os testes unitários, começamos a implementação do software no dia a dia
decorrente da empresa, primeiramente foi inserido todos os produtos já existentes no
estoque, e então, tudo que foi produzido, ou comprado no caso de matérias primas, passou
a ser atualizado no software, assim como todos os produtos vendidos ou utilizados foram
modificados no Beer Zone.
O sistema foi feito de acordo com as necessidades especificas da Cervejaria
Cruzeiro MC, portanto, existem campos únicos, como o tipo de cerveja, que podem ser
alterados para a necessidade da empresa que queira utilizar o software.
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Referências
ABRAS – Associação Brasileira de Supermercados. Ranking, Pesquisa. Disponível em:
<http://www.ABRASnet.com.br> Acesso em: 08/04/2017 às 19:30.
ARNOLD, J. R. T. Administração de materiais. São Paulo: Atlas, 1999.
BONAPARTE, D. G. Administração de material e produção: conceitos fundamentais.
Belo Horizonte: PUC-MG, Departamento de Administração e Economia, 1998.
OLIVEIRA, Luís Martins... et al. Manual de Contabilidade Tributária. 2ª edição. São
Paulo: Atlas 2003.
PARTOVI, F. Y. & ANANDARAJAN, M. Classifying inventory using an artificial
neural network approach. Computers & Industrial Engineering, v. 41, p. 389-404, 2002.
PIMENTA, Renata Faria. Implantação de controle de estoque em uma clínica
odontológica: o caso da sorriso & Cia. Ltda. Ouro Preto, MG: Universidade Federal de
Ouro Preto (UFOP), 2003.
PTAK, Carol A. ERP Tools, Techiniques, ans Applications for Integrating the Supply
Chains, Boca Raton: St. Lucie Press, 1999.
SILVA, E. L. da; MENEZES, E. M. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação.
4. ed. Florianópolis Acesso em: 12/04/2017 ás 17:30
STOCTON, Robert Stansbury. Sistemas básicos de controle de estoques: conceitos e
analises. São Paulo: Atlas, 1976.
Wilson de Pádua Paula Filho livro a ser publicado pela Editora LTC – proibida a
reprodução) Março de 2000