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1 TEATRO Definição: O teatro é o lugar onde um grupo de pessoas assiste a outro grupo de pessoas que representam. Os que representam são chamados de atores e o local onde desempenham sua função é chamado palco. O publico ou espectadores são aqueles que assistem á representação e a platéia é o local onde ficam acomodados. Os atores que estão no palco interpretam papeis e personagens, ou seja, “re-presentam” ou tornam presentes os gestos e ações de outras pessoas, de animais, ou até de objetos. O teatro, como se entende hoje exige três coisas fundamentais: 1. Atores falando ou cantando independente de ser um coro; 2. Um elemento de conflito transformado em dialogo; 3. Uma audiência emocionalmente envolvida na ação. A não existência destes elementos pode caracterizar uma cerimônia social ou religiosa, mas não teatro. A origem do teatro está na Grécia Antiga. OS GÊNEROS TEATRAIS Entre os tipos ou gêneros teatrais temos: Tragédia: tratava de temas religiosos e do conflito entre os grandes heróis e heroínas com as leis divinas e o destino; Comédia: tratava de assuntos cotidianos, que se referiam, por vezes, ao comportamento dos políticos e pessoas importantes da sociedade grega; Sátiras: eram tragédias mais curtas, mas tratadas com humor e ironia; Melodrama: predominam elementos românticos, improváveis, sensacionais, em que há mais ação que sutiliza de diálogos; Farsa: comédia que predomina a ação e a trama intrincada; Revista: sucessão de quadros com canto e música, sendo muito tênue, ou quase inexistente o argumento; Balé: ação dramática é transmitida unicamente pela dança e pelos gestos; Opera: drama inteiramente cantado, com acompanhamento de orquestra, ou intercala com diálogos falados, ou com recitativo acompanhado por um instrumento; Pantomima: apresentada pelos atores com o uso da mímica, podendo ser acompanhada de passos de dança, mas sem o uso da palavra. JOGOS DRAMÁTICOS As atividades de expressão são jogos dramáticos, musicais ou plásticos que dão ao aluno um meio de exteriorizar, pelo movimento e pela voz, seus sentimentos mais profundos e suas observações pessoais. São os jogos simples de uma criança imitando uma personagem, uma profissão, um animal ou um objeto, ate o jogo coletivo, composto de idéias e sugestões de cada um. Os alunos, atuando, se encontram frente a problemas que necessitam de soluções e que envolvem observação, imaginação, percepção, relacionamento, espontaneidade, equilíbrio, ritmo, entre outros. O processo de desenvolvimento das capacidades de expressão é mais importante do que o produto final. As capacidades de expressão (relacionamento, espontaneidade, imaginação, observação e percepção) são inatas no ser humano, mas necessitam ser estimuladas e desenvolvidas, através de atividades dramáticas, musicais e plásticas, alem de outras atividades.

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TEATRO

Definição: O teatro é o lugar onde um grupo de pessoas assiste a outro grupo de pessoas que representam. Os que representam são chamados de atores e o local onde desempenham sua função é chamado palco. O publico ou espectadores são aqueles que assistem á representação e a platéia é o local onde ficam acomodados.

Os atores que estão no palco interpretam papeis e personagens, ou seja, “re-presentam” ou tornam presentes os gestos e ações de outras pessoas, de animais, ou até de objetos.

O teatro, como se entende hoje exige três coisas fundamentais: 1. Atores falando ou cantando independente de ser um coro; 2. Um elemento de conflito transformado em dialogo; 3. Uma audiência emocionalmente envolvida na ação.

A não existência destes elementos pode caracterizar uma cerimônia social ou religiosa, mas não teatro. A origem do teatro está na Grécia Antiga.

OS GÊNEROS TEATRAIS

Entre os tipos ou gêneros teatrais temos: Tragédia: tratava de temas religiosos e do conflito entre os grandes heróis e heroínas

com as leis divinas e o destino; Comédia: tratava de assuntos cotidianos, que se referiam, por vezes, ao comportamento

dos políticos e pessoas importantes da sociedade grega; Sátiras: eram tragédias mais curtas, mas tratadas com humor e ironia; Melodrama: predominam elementos românticos, improváveis, sensacionais, em que há

mais ação que sutiliza de diálogos; Farsa: comédia que predomina a ação e a trama intrincada; Revista: sucessão de quadros com canto e música, sendo muito tênue, ou quase

inexistente o argumento; Balé: ação dramática é transmitida unicamente pela dança e pelos gestos; Opera: drama inteiramente cantado, com acompanhamento de orquestra, ou intercala

com diálogos falados, ou com recitativo acompanhado por um instrumento; Pantomima: apresentada pelos atores com o uso da mímica, podendo ser acompanhada

de passos de dança, mas sem o uso da palavra.

JOGOS DRAMÁTICOS

As atividades de expressão são jogos dramáticos, musicais ou plásticos que dão ao aluno um meio de exteriorizar, pelo movimento e pela voz, seus sentimentos mais profundos e suas observações pessoais. São os jogos simples de uma criança imitando uma personagem, uma profissão, um animal ou um objeto, ate o jogo coletivo, composto de idéias e sugestões de cada um. Os alunos, atuando, se encontram frente a problemas que necessitam de soluções e que envolvem observação, imaginação, percepção, relacionamento, espontaneidade, equilíbrio, ritmo, entre outros.

O processo de desenvolvimento das capacidades de expressão é mais importante do que o produto final.

As capacidades de expressão (relacionamento, espontaneidade, imaginação, observação e percepção) são inatas no ser humano, mas necessitam ser estimuladas e desenvolvidas, através de atividades dramáticas, musicais e plásticas, alem de outras atividades.

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Para desenvolver atividades com os alunos, devesse considerar em primeiro lugar o

relacionamento social, pois melhor relacionados, os alunos se tornam mais espontâneos e juntos podem imaginar situações com novas linguagens; desse modo passam a observar o mundo e os outros, e procuram perceber tudo em seus menores detalhes.

Na pré-escola, deve-se iniciar a dramatização com a pantomima, que é espontânea, desinibidora, própria para crianças pequenas, que vão poder se expressar sem o uso de falas, utilizando apenas a expressão facial e gestual: imitar a mãe, o pai, animais, objetos, pessoas, etc. Embora se julgue que essas primeiras manifestações da criança sejam simples imitação do que vê ao seu redor, ela está observando e registrando os fatos que presencia para depois tentar reproduzi-los, não apenas como foram sentidos, mas com os acréscimos e as restrições pessoais. Quando a criança brinca no mundo do faz-de-conta, ela esta desenvolvendo sua imaginação, sociabilizando-se, incorporando experiências novas e expondo suas idéias com liberdade, porque nesse momento nenhum adulto esta ditando normas de conduta para serem seguidas.

Existem dois níveis de jogos dramáticos: o jogo pessoal (é a própria pessoa que passa a ser) e o jogo projetado (praticado através de um objeto qualquer ou um boneco).

MÁSCARA

Na linguagem teatral, o teatro de animação não se expressa através do corpo do ator, muito pouco por palavras, mas sim, através de formas, imagens, metáforas e símbolos.

É a linguagem da forma e do movimento intencional e emocional, dado pelo ator. O teatro de animação inclui máscaras, bonecos e objetos.

O movimento é à base da animação, pois é preciso ter-se sempre a ilusão de uma ação executada durante o ato da apresentação, sem o que não existe o ato teatral.

As máscaras representam entidades ou tipos. Os seus movimentos, ligados ao corpo do ator são limitados, nela importa mais seu conteúdo e visual do que a ação que executam. Mas os seus movimentos lentos e sutis, intencionais e nunca aleatórios, são fundamentais para que se tornem objetos dramáticos.

Refletir é importante, pois a qualidade de tudo que se faz depende do que se pensa. No teatro, cada ato e cada cena devem vir precedida ou seguida, por reflexões. Há vários tipos de mascaras, como por exemplo: Mascaras de prato de papelão

Mascaras de cartolina

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Mascada de caixa de papelão

Mascaras de tira de cartolina

Mascara de bexiga

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O TEATRO DE BONECOS ATRAVES DOS TEMPOS

O teatro de bonecos tem sua origem na mais remota antiguidade, especialmente o de marionetes é muito antigo. Na China e na Índia já era muito popular há mais de mil anos antes de Cristo. Na Grécia Antiga, os bonecos articulados tinham alem da importância cultural, conotações religiosas. Na Idade Média, os bonecos eram utilizados nas doutrinações religiosas e apresentados em feiras populares. Esses bonecos podem ser manipulados de várias maneiras.

Os fantoches são bonecos sem fios, que tem uma cabeça de madeira, de barro ou de papel e uma vestimenta. São manipulados com a mão dentro da indumentária e a cabeça é movida com um dos dedos.

No nordeste do Brasil os fantoches são conhecidos como mamulengo, são bonecos de poucos recursos técnicos, mas com grandes possibilidades expressivas, possuem a irreverência, a espontaneidade, a não-submissão ao estabelecido, à comicidade e por vezes, a crueldade. O teatro mamulengo é rico em situações cômicas e satíricas.

As marionetes são bonecos articulados, cujas pernas, braços e cabeças são presos em cordões por uma cruzeta que os bonequeiros seguram na parte de cima.

Há também os bonecos de varetas que se manipulam na parte de baixo, com três pequenas varetas de madeira, uma fica presa á cabeça e as outras duas seguram os braços.

A televisão revolucionou o sistema de manipulação das marionetes e bonecos. A espuma substitui o papelão, a madeira e inclusive o plástico.

O VALOR PEDAGOGICO DO TEATRO DE BONECOS

Existem inúmeras situações de aprendizagem nas qual a criança pode construir seu conhecimento. Trabalhar com teatro é uma dessas situações, pois o aluno é levado a criar o roteiro e o cenário, por exemplo.

Por meio da expressão verbal e corporal são desenvolvidas habilidades como orientação espaço-temporal, organização do pensamento e do esquema corporal, capacidades de observação, atenção, concentração, criatividade, alem da cooperação, essencialmente necessária para a realização de trabalhos em grupo.

Quando os bonecos são utilizados diretamente pelos alunos, tendo o professor apenas como guia e orientador, torna-se valiosos auxiliares da ação pedagógica, pois desenvolve múltiplos aspectos educacionais, salientando-se os relativos à comunicação.

De inicio, deve-se deixar a criança manipular os bonecos a seu bel-prazer. As crianças pequenas inicialmente brincam sozinhas com os bonecos. Depois se juntam

espontaneamente e cada um fala por seu fantoche. É o principio da socialização.

Esperar sua vez de falar;

Ouvir o que os outros falam;

Respeitar a opinião dos outros;

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Exprimir seu desacordo com argumentos convincentes. Os fantoches, confeccionados com material de diversos tipos, podem ser bem originais e

dar ensejo á criação de estórias com variados tipos de personagens, alem de estimular a criação de cenários. Com isso desenvolvem a expressão oral e artística.

Os alunos maiores, través dos bonecos, se encorajam e se expõem mais livremente: conta suas ações, seus desejos, suas aventuras, etc.

Os bonecos levam a descoberta das potencialidades da voz. De acordo com as circunstancias vividas pelo personagem, elas utilizam as mais diversas entonações, adequando a voz as situações, dando ritmo vocal ao gestual.

OBJETIVOS DO TEATRO DE BONECOS Os bonecos criados pelos alunos são mais adequados que os comprados prontos. Se os

alunos os criam, gostam mais deles. A educação ganha força ao aliar a expressão oral à expressão plástica e as emoções.

Jogando com os colegas e inventando diálogos, as crianças desenvolvem:

A percepção visual, auditiva e tátil;

A percepção da seqüência de fatos (noção espaço-temporal);

Coordenação de movimentos;

Expressão gestual, oral e plástica;

A criatividade;

A imaginação;

A memória;

A socialização;

O vocabulário. Portanto o teatro de bonecos é um excelente auxiliar para diversas disciplinas. Para montar uma apresentação de bonecos é preciso ter: 1- Enredo – refere-se às ações de cada personagem, ao desenrolar dos fatos. 2- Introdução – fase em que se apresentam os personagens, o local e a época em que

se passa a estória. O local pode ser descrito por um narrador ou representado no palco, pelo cenário.

3- Clímax – e a parte culminante da estória, que leva rapidamente a conclusão. 4- Conclusão – é o desfecho. Ele deve ser tanto quanto possível, inesperado,

surpreendente ou engraçado.

ALGUMAS PALAVRAS-CHAVES

Ação: tudo o que acontece numa peça de teatro, tudo o que fazem as personagens. Adereços: são objetos cênicos, enfeites e adornos (exceto os cenários), que os atores

usam ou manipulam durante o espetáculo. Ato: divisão externa da peça teatral em partes sensivelmente iguais, relativas ao tempo e

ao desenvolvimento da ação. Ator: pessoa que possui uma faculdade natural de imitação, de expressão e de

identificação com a personagem que representa numa peça teatral. Cena: empregado para designar diversos aspectos dramáticos do cenário, do espaço

cênico e do palco: divisão do ato da peça teatral, momento de uma peça. Cenário: conjunto de elementos organizados no espaço cênico (palco), representando o

lugar, ou lugares, onde acontecem as ações dramáticas. Clima: no decorrer da representação de uma peça teatral, as personagens atuam

expressando um sentimento: angústia, revolta, amor, etc., criando um clima (ou atmosfera).

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Construção: a primeira tarefa do ator é a construção da personagem que deverá

interpretar. Deve estudá-lo quanto á personalidade, ao físico, a posição social, etc. Espaço cênico: lugar onde as personagens se movimentam, onde acontecem as cenas:

palco, estrado, tablado etc., e onde ficam os cenários e atores. Figurino: conjunto de vestimentas e seus acessórios, usados pelos atores em cena. Iluminação: deve estar adequada ás exigências do texto. Possui três funções:

a- Iluminação das personagens em ação; b- Iluminação dos ambientes criados pela cenografia; c- Efeitos luminosos em geral. Interpretação: jogo do ator em cena a partir do texto criado pelo dramaturgo. Marcação; movimentação dos atores em cena, em função do texto da peça teatral; entradas, saídas, posturas. Maquiagem: caracterização do personagem (ator). Mímica: conjunto de expressões fisionômicas que tem uma função paraverbal (comunicação de um sentimento ou sensação). Personagem: papel interpretado pelo ator numa peça. O ator não é a personagem, mas representa-a para o espectador, assumindo a personalidade, os traços psicológicos e morais da pessoa criada pela imaginação do dramaturgo. Roteiro: plano de seqüências de uma peça que descrevem uma montagem cênica ou uma improvisação. Incluindo todos os aspectos da linguagem teatral: texto, ação, cena, marcação, sonoplastia, cenografia. Sonoplastia: conjunto de sons vocais ou instrumentais criados para sublinhar ações de uma cena, num texto dramático ou não-dramático. Texto; texto de teatro é o que se apresenta sob a forma de diálogos, compostos somente pela sucessão de réplicas das personagens. Trilha sonora; seqüência de sons vocais e ruídos que fazem parte de uma peça teatral ou montagem cênica, sublinhando a encenação e criando o clima sonoro do espetáculo.

ALGUNS TIPOS DE FANTOCHES Costas da mão De dedos

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De vara

De pano

De meia

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Boneco articulado

Como utilizar os fantoches de pano

Modelo da roupa (corpo) de pano

Cortar duas partes iguais o molde e costurar as laterais, deixando o pescoço aberto (sem

costurar) para colocar e prender a cabeça (pode ser colada e/ou costurada). O molde da mão deve ser cortado duas vezes (um para ser a mão direita e o outro a mão

esquerda) e costurar nas extremidades indicadas. OBSERVE QUE O DEDO (POLEGAR) DEVE FICAR PARA CIMA.

PS. O molde da roupa de pano já esta no tamanho certo, deixe somente mais comprida.

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