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ANIVERSÁRIO DO JORNAL O BANCÁRIO1º DE DEZEMBRO
Edição Diária 7342 | Salvador, de 24.11.2017 a 26.11.2017 Presidente Augusto Vasconcelos
TEATRO RAUL SEIXAS
Desigualdade no Santander. Os negros são minoria
Milhões para “vender” a reforma da Previdência
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O Teatro Raul Seixas abre as portas hoje. A partir das 18h, os bancários e a população podem conhecer o novo local para
Abrem-se as cortinasmanifestações artísticas. A noite terá um show inesquecível da cantora norte-americana Michaela Harrison. Página 2
Equipe de Michel Temer quer impor, a todo custo, a reforma da Previdência
o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, de 24.11.2017 a 26.11.20172 TEATRO RAUL SEIXAS
Evento acontece a partir das 18h, no Sindicato, MercêsREdAçã[email protected]
joão ubaldo - arquivo
Fundado em 30 de outubro de 1939. Edição diária desde 1º de dezembro de 1989 Fundado em 4 de fevereiro de 1933
O BANCÁRIO
inauguração terá Michaela Harrison, hoje
informativo do Sindicato dos Bancários da Bahia. Editado e publicado sob a responsabilidade da diretoria da entidade - Presidente: Augusto Vasconcelos. diretor de imprensa e Comunicação: Adelmo Andrade.Endereço: Avenida Sete de Setembro, 1.001, Mercês, Centro, Salvador-Bahia. CEP: 40.060-000 - Fone: (71) 3329-2333 - Fax: 3329-2309 - www.bancariosbahia.org.br - [email protected] responsável: Rogaciano Medeiros - Reg. MTE 879 dRT-BA. Chefe de Reportagem: Rose Lima - Reg. MTE 4645 dRT-BA. Repórteres: Ana Beatriz Leal - Reg. MTE 4590 dRT-BA e Renata Andrade- Reg. MTE 4409 SRTE-BA . Estagiária em jornalismo: Bárbara Aguiar e Felipe Iruatã . Projeto gráfico: Márcio Lima. Diagramação: André Pitombo. Impressão: Muttigraf. Tiragem: 10 mil exemplares. Os textos assinados são de inteira responsabilidade dos autores.
DE VOLTA ao cenário cultural, o Raul Seixas retoma o trabalho de incentivo às diversas linguagens artísticas. Para os bancários que utilizam a arte como instrumento para extravasar as inspi-rações, está garantido, gratuitamente, o espaço para as apresen-tações. Basta procurar o Departamento de Cultura do Sindicato dos Bancários da Bahia e agendar a pauta para o Prata da Casa, elaborado especialmente para a categoria.
História de 26 anosO TEATRO Raul Seixas faz par-te da história do cenário cul-tural de Salvador há 26 anos. O Sindicato dos Bancários da Bahia inaugurou o local com o intuito de reunir e incentivar as diversas artes entre a cate-goria, mas logo abriu espaço para os artistas locais.
Consagrado como ambien-te alternativo, o Raul Seixas foi palco de importantes eventos, como forrós, Festival de Músi-ca dos Bancários, do concurso de poesia e das oficinas artísti-cas, com cursos de dança, tea-
Um importante incentivo à arte Artistas da comunidade também podem verificar a disponibi-
lidade de pauta. O espaço está aberto a todas as expressões artís-ticas. A abertura do Teatro Raul Seixas traz mais uma novidade. Será realizada uma chamada pública para selecionar, através de edital, coletivos artísticos de diversas linguagens. O espaço fun-cionará de quinta-feira a sábado e a programação das atividades será divulgada em breve.
tro e música, atingindo os pú-blicos adulto e infantil.
Grandes espetáculos e ar-tistas já passaram pelo palco do Raul, como Rita Assemany com a Oficina Condensada, Grupo Finos Trapos, Cia Rap-sódia de Teatro e Bando de Te-atro Olodum.
Atualmente, a diretora do Sindicato dos Bancários da Bahia, Alda Valéria, está à fren-te do Departamento de Cultu-ra. O Raul Seixas foi inaugura-do pela diretora Selma Regina, no dia 28 de agosto de 1991.
A NOITE de hoje promete. A cantora norte-americana Mi-chaela Harrison faz show inti-mista na inauguração do Teatro Raul Seixas. O evento começa às 18h, no Sindicato dos Bancários da Bahia, nas Mercês.
A passagem de Michae-la Harrison pelo evento é um grande presente. A cantora uti-liza a música para falar sobre a diáspora negra. Sua história se identifica com a do Sindicato,
que tem uma trajetória de luta contra as desigualdades e em defesa dos trabalhadores. Por vezes, doa sua imagem em prol da causa das minorias.
No show, o repertório será bastante variado, uma caracte-rística de Michaela que tem no estilo musical raízes Gospel, Jazz, Blues, R&B, Soul, Samba, MPB e música africana. Hits de Nina Simone, Bob Marley, Ste-vie Wonder e Gilberto Gil estão entre os sucessos preparados. A noite terá ainda apresentações de artistas convidados.
O teatro tem novidades. Ga-nhou um foyer super sofistica-do, para receber o público com todo o conforto. O local propí-cio para exposições.
Michaela Harrison, que tem no estilo
musical raízes gospel, jazz, blues, R&B,
soul, samba, MPB e música
africana
diversos eventos aconteceram no Raul, como o Festival de Música. Sucesso
o bancáriowww.bancariosbahia.org.br • Salvador, de 24.11.2017 a 26.11.2017 3BANCOS
Somente 19,6% do quadro são afrodescendentesREdAçãO [email protected]
Santander discrimina negros
A SITUAçãO dos emprega-dos da agência da Caixa Sete Portas está insustentável. A unidade está uma sauna, pre-judicando o trabalho e aten-dimento dos funcionários.
A agência tem dois apa-relhos de ar-condicionado. Mas, uma das máquinas está com uma peça danificada. O problema é que no contrato não está previsto a troca do item quebrado.
Procurada pelo Sindicato, a GILOG (Gerência de Filial Logística) informou que fez uma nova licitação, mas a empresa vencedora não cum-priu o prazo de 10 dias para trocar o aparelho. O contrato foi suspenso e a terceirizada terá de pagar multa. Agora, outra licitação será feita.
Para amenizar a situação, a GILOG disponibilizou cinco ventiladores grandes. O Sindi-cato está atento e se não houver uma solução rápida vai organi-zar uma mobilização, podendo paralisar as atividades.
O FDNC (Fórum Nacional pela Democratização da Comunica-ção) manifestou apoio à greve dos trabalhadores da EBC (Em-presa Brasil de Comunicação). A paralisação, que dura 10 dias, é por avanços na negociação do ACT (Acordo Coletivo de Tra-balho). A adesão é forte nos es-tados do Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo e Maranhão.
Além de recusar qualquer tipo de reajuste nas cláusulas econômi-cas, a EBC retira direitos dos tra-balhadores, como a complemen-tação de auxílio-previdenciário.
A mobilização acontece em um momento difícil da comu-nicação pública no país. A EBC deveria articular emissoras de rádio e TV educativas e difun-dir a diversidade da sociedade.
PARA o Santander, a cor da pele pode definir quem entra na empresa. O Censo da Di-versidade Bancária confirma. Apenas 19,6% do quadro de profissionais do banco espa-nhol é composto por negros. Se ingressar na organização financeira é difícil, ascender profissionalmente é pior ainda. Os brancos ocupam 94% dos
cargos de diretoria. O levantamento aponta ain-
da discriminação de gênero. Os homens ocupam 83,4% dos cargos do alto escalão. O índi-ce comprova que o preconceito, mesmo após quase 130 anos da abolição da escravidão, ainda é uma dura realidade para os ne-gros. Para a mulher, pior. A dis-criminação é dupla.
Não é a primeira vez que o Santander tem o nome atrelado a ato de preconceito. Recente-mente, a empresa cancelou uma exposição por pressão do MBL - movimento ultraconservador com ideais fascistas envolvido em diversos casos de incitação
à violência no país. A mostra tinha obras de nomes renoma-dos como Di Cavalcanti, Lygia
Clark e Alfredo Volpi. O cance-lamento foi considerado “uma guinada à Idade Média”.
Sindicato dos Bancários ativo em Teixeira de FreitasO SINDICATO dos Bancários da Bahia está presente em todo o Estado visitando centenas de agências para alertar categoria e população sobre os diversos perigos das reformas trabalhis-ta e da Previdência. Outra pau-ta constante durante os atos é o desmonte dos bancos públicos.
Em Teixeira de Freitas, a cer-ca de 800 km de Salvador, além das visitas às unidades, houve também uma palestra na Uneb (Universidade do Estado da Bahia). O evento contou com a presença de diversas categorias, estudantes e professores, que
ouviram atentamente às infor-mações sobre a nova legislação trabalhistas e seus impactos.
A medida alterou 117 artigos da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), permitindo a de-terioração das condições de tra-balho, além do enfraquecimen-to dos sindicatos e de dificultar o acesso do trabalhador à Justi-ça do Trabalho. Entre os pales-trantes, o presidente do SBBA, Augusto Vasconcelos e o advo-gado previdenciário, Cláudio Andrade. O Sindicato dos Ban-cários do Extremo Sul partici-pou das atividades.
Calor na Caixa Sete Portas
FDNC apoia a greve da EBC
Negros são minoria na chefia no Santander. Brancos ocupam 94% dos cargos
SBBA faz alerta em Teixeira de Freitas sobre prejuízos do projeto neoliberal
A greve da EBC já dura 10 dias
o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, de 24.11.2017 a 26.11.20174
SAQUE
REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Aprovado repasse de R$ 99 milhões para publicidadeREdAçã[email protected]
Cofre aberto pela aprovação
COBAIA O Brasil é hoje o laboratório do neoliberalismo no mundo. É o que afirma artigo analítico publicado pelo concei-tuado jornal francês Libération, assinado pelo filósofo Dany-Ro-bert Dufour, em conjunto com os sociólogos Frédéric Vanden-berghe e Carlos Gutierrez. Segundo eles, “Temer governa sem o apoio do povo e contra o povo, que perdeu a voz, os direitos e a esperança”. O texto expõe a triste realidade brasileira.
CARIMBADO Sem citar o nome de Luciano Huck, o ex-presidente Lula disse que adoraria disputar a eleição presidencial do próximo ano contra um candidato “com o logotipo da Globo na testa”. A candidatura do apresentador global expressa a incapa-cidade da centro-direita de encontrar um candidato competitivo no mundo político. Puro desespero.
BARRIGADA Antigamente, quando o jornalismo se pautava nos fatos e não nas versões apenas dos poderosos, do poder eco-nômico, como ocorre hoje, a manchete mentirosa de ontem do Estadão, que coloca Luciano Huck com 60% de aprovação em pesquisa, era chamada de barrigada. Hoje não passa de fake news.
PAQUERA Na disputa por espaço politico e fortalecimento da musculatura eleitoral, o presidenciável Geraldo Alckmin prio-riza setores da sociedade que discordam do projeto neoliberal, rejeitam o golpismo, mas também não se identificam com as es-querdas. Ultimamente ele tem defendido “responsabilidade” nas privatizações, em uma critica direta ao entreguismo do governo Temer. Inclusive, afirma ser contra a venda do Banco do Brasil.
ENVIESADO O PMDB poderia usar qualquer argumento para expulsar Kátia Abreu (TO), menos que a senadora violou o código de ética por ter criticado Temer e contestar as reformas trabalhista e da Previdência. Afinal, mesmo presos após flagran-tes em crimes diversos, Eduardo Cunha e Geddel Vieira Lima continuam dando as cartas no partido.
O GOVERNO Temer não poupa esforços para aprovar as mu-danças nas regras da aposenta-doria até o fim do ano.
Desta vez, o Congresso Na-cional aprovou, na calada da noite de quarta-feira, o projeto de lei que autoriza o repasse de R$ 99 milhões para publicida-de da reforma da Previdência. A intenção é enganar a popula-ção, assim como fizeram quan-
do deram o golpe, para ganhar o apoio da opinião pública.
O dinheiro também é um agrado às empresas de comu-nicação no Brasil, grandes aliadas do governo neoliberal. O projeto autoriza o remaneja-
mento de R$ 6,3 bilhões do or-çamento de 2017.
Entre as mudanças propostas por Temer, aumento da idade mínima para se aposentar - 65 anos para os homens e 62 anos para as mulheres - e do tempo
mínimo de contribuição - que passa dos atuais 15 anos para 25 anos. E isso não dá benefício integral. Para ter aposentado-ria cheia, o cidadão terá de con-tribuir por 40 anos. É o fim da aposentadoria.
Até Alckmin é contra a venda do BBSE NãO for bravata eleitoral por ser pré-candidato à presidência da República, na eleição do pró-ximo ano, a declaração do go-vernador de São Paulo, Geraldo Alckmin, de que é contra a pri-vatização do Banco do Brasil, representa um alento à luta dos funcionários da empresa.
Alckmin alegou que o Bra-sil tem mais de 170 empresas estatais e não vê “nenhum sen-tido começar pelo BB”. Inclu-sive, disse que as privatizações precisam ser feitas com “res-ponsabilidade”. As afirmações foram feitas durante debate no jornal O Globo.
denúncias contra Temer na FrançaPELO visto a má fama de Michel Temer não se restringe apenas ao Brasil. Na França, o filósofo Dany-Robert Dufour e os soci-ólogos Frédéric Vandenberghe e Carlos Gutierrez fazem uma ácida análise sobre a situação atual brasileira. O texto é inti-tulado “Brasil, o novo laborató-rio do neoliberal”.
Os autores apontam que com “5% de aprovação, o governo Temer não segue somente sem o apoio do povo, mas sim con-tra o povo, que perdeu a voz, os direitos e a esperança”. Anali-sam ainda que para conseguir destituir a ex-presidenta Dilma Roussef, o atual presidente se apoiou nos grandes proprietá-rios rurais e nos grandes em-presários. Ou seja, o resultado é uma política social, cultural e ecológica desastrosa.
A RODADA da semifinal vai co-meçar sábado, no Clube Asbac, em Salvador.
No primeiro jogo da rodada, às 9h30, o Pressão Vip enfren-ta a equipe do Linha 08. No se-gundo jogo, às 11h, o Ressaca recebe o Revelação.
Society perto da decisão
Congresso aprova projeto para Temer torrar quase R$ 100 milhões em propaganda para acabar com a aposentadoria
Temer governa à base da canetada
