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www.bancariosbahia.org.br bancariosbahia bancariosbahia Filiado à O BANCÁRIO O único jornal diário dos movimentos sociais no país GREVE GERAL 5 DE DEZEMBRO Edição Diária 7344| Salvador, terça-feira, 28.11.2017 Presidente Augusto Vasconcelos TEATRO RAUL SEIXAS O Bancário, referência na comunicação classista Página 3 A inauguração do Teatro Raul Seixas foi um verdadeiro espetáculo dividido em três cenas. A perfomance no foyer abriu a noite, na Espetáculo em três cenas sequência o show da cantora norte- americana Michaela Harrison e, para encerrar, um recital de poesias. Página 2 O Sindicato dos Bancários da Bahia, com a inauguração do Teatro Raul Seixas, revive os tempos áureos da promoção da cultura alternativa. Espetáculo internacional com casa lotada e público qualificado. JOÃO UBALDO JOÃO UBALDO JOÃO UBALDO

TEATRO RAUL SEIXAS · em três cenas sequência o show ... Repórteres: Ana Beatriz leal ... As brasileiras devem estar engajadas para reverter o qua-dro

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Filiado à

O BANCÁRIOO único jornal diário dos movimentos sociais no país

GREVE GERAL5 DE DEZEMBRO

Edição Diária 7344| Salvador, terça-feira, 28.11.2017 Presidente Augusto Vasconcelos

TEATRO RAUL SEIXAS

O Bancário, referência na comunicação classistaPágina 3

A inauguração do Teatro Raul Seixas foi um verdadeiro espetáculo dividido em três cenas. A perfomance no foyer abriu a noite, na

Espetáculoem três cenas

sequência o show da cantora norte-americana Michaela Harrison e, para encerrar, um recital de poesias. Página 2

O Sindicato dos Bancários da Bahia, com a inauguração do Teatro Raul Seixas, revive os tempos áureos da

promoção da cultura alternativa. Espetáculo internacional com casa lotada e público qualificado.

joão ubaldo

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o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, terça-feira, 28.11.20172 TEATRO RAUL SEIXAS

A norte-americana Michaela Harrison foi a grande estrela da noiteAnA BEATRiz [email protected]

joão ubaldo

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Fundado em 30 de outubro de 1939. Edição diária desde 1º de dezembro de 1989 Fundado em 4 de fevereiro de 1933

O BANCÁRIO

Nível internacional

informativo do Sindicato dos Bancários da Bahia. Editado e publicado sob a responsabilidade da diretoria da entidade - Presidente: Augusto Vasconcelos. Diretor de imprensa e Comunicação: Adelmo Andrade.Endereço: Avenida Sete de Setembro, 1.001, Mercês, Centro, Salvador-Bahia. CEP: 40.060-000 - Fone: (71) 3329-2333 - Fax: 3329-2309 - www.bancariosbahia.org.br - [email protected] responsável: Rogaciano Medeiros - Reg. MTE 879 DRT-BA. Chefe de Reportagem: Rose lima - Reg. MTE 4645 DRT-BA. Repórteres: Ana Beatriz leal - Reg. MTE 4590 DRT-BA e Renata Andrade- Reg. MTE 4409 SRTE-BA . Estagiária em jornalismo: Bárbara Aguiar e Felipe Iruatã . Projeto gráfico: Márcio Lima. Diagramação: André Pitombo. Impressão: Muttigraf. Tiragem: 10 mil exemplares. Os textos assinados são de inteira responsabilidade dos autores.

PALcO de grandes eventos no âm-bito das artes, o Teatro Raul Seixas ganhou o status de equipamento cul-tural de nível internacional. A norte--americana Michaela Harrison foi a grande sensação da noite de inaugu-ração, ocorrida na sexta-feira, no Sin-dicato dos Bancários da Bahia.

Logo na primeira música, canta-da em iorubá e à capela, a voz mar-cante de Michaela encantou o públi-co do Raul. O repertório da cantora foi uma viagem na diáspora negra.

A apresentação passeou pelo Cari-be, Brasil e África. Em cada canção, uma mensagem sobre a resistência do povo negro.

Com uma interação ímpar com o público, a norte-americana de Nova Orleans disse que foi um prazer ser escolhida para inaugurar o Teatro Raul Seixas e trocar energia com os baianos. Michaela também exal-tou o esforço da diretora do Depar-tamento de Cultura do Sindicato, Alda Valéria, para trazê-la, já que só vem ao Brasil uma vez por ano.

A inauguração do Raul também contou com a apresentação do Co-letivo Atuar. Diversos artistas reci-taram poemas e poesias, cujo teor girava em torno da questão da igual-dade racial, em referência ao mês da Consciência Negra.

Como nos bons temposESPAçO lotado, como nos bons tempos. No palco do Raul Sei-xas, muitas histórias foram contadas. Quem esteve na inau-guração pode rememorar os momentos vividos ali.

A diretora do Departamento de Cultura, Alda Valéria, res-saltou que, agora como teatro, o Sindicato manteve no local a homenagem ao poeta, cantor e compositor Raul Seixas. “Esta-mos devolvendo para Salvador um espaço que estava fechado há um tempo”.

Poesia, música, teatro. Há es-paço para tudo no Raul. Alda

anunciou o projeto Residências de Grupos Artísticos, com lan-çamento de edital para benefi-ciar até três coletivos, para que possam ocupar o Teatro Raul Seixas e desenvolver pesquisas e produções artísticass. Sem dú-vida, a reafirmação do incenti-vo dado pela entidade à cultura.

O presidente do Sindicato, Augusto Vasconcelos, afirmou que o Teatro Raul Seixas não é apenas um equipamento cultu-ral. “Salvador fervilha e brota cultura. Aqui, emanará o pensa-mento crítico daqueles que não aceitam a opressão econômica”.

Revivendo a memóriaFESTIVAIS, oficinas, shows, es-petáculos. Pelo Raul Seixas pas-saram grandes nomes. Quem pode reviver muitas histórias foi a professora de teatro e atriz Iran Costa, que fez parte do Kumpset.

Iran tem uma relação estrei-ta com o Sindicato. Foi bancá-ria do Unibanco, já apresentou diversos espetáculos e realizou oficinas no antigo Espaço Cul-tural Raul Seixas. “Hoje, procu-ramos reunir o maior número de pessoas do Kumpset para prestigiar o evento”.

E muitos foram. Se emociona-ram. Revisitaram a memória. É o caso de Moisés Rocha, que recitou

o poema "Nas encostas da cidade". A noite foi encerrada com um re-cital de poesia, puxado pelo Co-mitê Poético contra o Golpe, com participação de todos.

Voz marcante de Michaela Harrison marcou inauguração do Raul

A inauguração do Raul resgatou os bons tempos do Sindicato como protagonista da cultura

noite emocionante para iran Costa

Raul Seixas, um equipamento plural. Teatro, música e poesia. Cultura

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o bancáriowww.bancariosbahia.org.br • Salvador, terça-feira, 28.11.2017 3O BANcÁRIO - 28 ANOS

Há quase três décadas fazendo a diferença. O jornal tem lado, o do trabalhador REnATA AnDRADE [email protected]

O jornal é importante para a formação do cidadão. Mostra com clareza o outro lado da notícia

Comunicação de classe

EDITAL DE ASSEMBLEIA GERAL

O Sindicato dos Bancários da Bahia, inscrito no CNPJ/MF sob o CNPJ nº 15.245.095/0001-80, Registro sindical nº 100.085.15147-1, por seu presidente abai-xo assinado, convoca todos os emprega-dos em estabelecimentos bancários dos bancos públicos e privados, sócios e não sócios, da base territorial deste Sindica-to, para a assembleia geral que se realiza-rá no dia 29/11/2017, às 19h, em primei-ra convocação, e às 19h30, em segunda convocação, no endereço localizado na avenida Sete de Setembro, 1001, Mercês, Salvador, Bahia, no auditório José Mut-ti Carvalho para discussão e deliberação acerca da seguinte pauta do dia: Gre-ve Geral do dia 5 de dezembro de 2017.

Salvador, 27 de novembro de 2017.

Augusto Sérgio Vasconcelos de OliveiraPresidente

REFERêNcIA na comunicação classista há quase três décadas, o jornal O Bancário traz diariamente notícias de interesse do traba-lhador e de toda a sociedade. Atualmente, o veículo noticia, de forma crítica, todos os prejuízos das medidas orquestradas pelo governo Temer, como a retirada de direi-tos através da reforma trabalhista e do des-monte dos bancos públicos.

A mobilização e as conquistas da cate-

goria também são mostradas nas matérias e artigos publicados no jornal diário, que completa 28 anos na sexta-feira.

Hoje fica mais fácil conhecer todos os la-dos da notícia. Com a internet, os sites pro-gressistas e as redes sociais, o trabalhador tem acesso rápido às mais variadas infor-mações. Esta é a opinião da jornalista Kar-dé Mourão, integrante da primeira equipe de O Bancário.

O jornal é um importante instrumento para a formação do cidadão, pois mostra com clareza o outro lado da notícia, apre-sentando o que os grandes veículos escon-dem da população. A presidente do Sinjor-ba (Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Estado da Bahia), Marjorie Moura, destaca que O Bancário é indispen-

sável para o esclarecimento da classe traba-lhadora, principalmente no atual cenário político e econômico que o Brasil vive.

Ela ressalta a importância de um jornal que traduza a realidade das reforma traba-lhista e da Previdência, por exemplo, que são apontadas pelo governo como solução para os problemas econômicos do país. “Precisamos de uma comunicação classista para mostrar que são os trabalhadores que movem a economia do país com o seu po-der de compra”, reforça Marjorie.

Saúde do trabalhador no MPTO 3º ENcONTRO de Saúde e Segurança do Trabalho, realizado no Ministério Públi-co do Trabalho, ontem, em Salvador, cujo tema foi a Reforma trabalhista e a saúde do trabalhador, debateu as repercussões nega-tivas da nova legislação, que alterou mais de 100 artigos da CLT (Consolidação das Leis

do Trabalho), para os brasileiros.O Sindicato tem chamado atenção para os

prejuízos causados à sociedade. Palestrante do evento, o presidente da entidade, Augus-to Vasconcelos, alertou para as perdas com a terceirização irrestrita, aprovada a toque de caixa um pouco antes da reforma trabalhista.

EDITAL DE ASSEMBLEIA GERAL

O Sindicato dos Bancários da Bahia, inscrito no CNPJ/MF sob o CNPJ nº 15.245.095/0001-80, Registro sindical nº 100.085.15147-1, por seu presidente abaixo assinado, convoca to-dos os empregados em estabelecimentos bancários dos bancos públicos e privados, sócios e não sócios, da base territorial deste Sindicato, para a assembleia geral que se realizará no dia 29/11/2017, às 18h, em primeira convocação, e às 18h30, em segunda convocação, no endereço localizado na avenida Sete de Setembro, 1001, Mercês, Salvador, Bahia, no auditório, José Mutti Carvalho para discussão e deliberação acerca da seguinte pauta do dia: Eleição de delegados ao Congresso da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe.

Salvador, 27 de novembro de 2017.Augusto Sérgio Vasconcelos de Oliveira

Presidente

Sindicato participa de debate sobre os prejuízos da reforma trabalhista para a saúde do trabalhador

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o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, terça-feira, 28.11.20174

SAQUE

MULHER

Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as MulheresFEliPE iRuATã [email protected]

Uma morte a cada duas horas

A cADA duas horas uma mu-lher é assassinada no Brasil. Em números absolutos, 4.657 mu-lheres foram mortas no país em 2016. Do total, apenas 533 casos

foram enquadrados na lei de feminicídio, de 2015. Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

As brasileiras devem estar

engajadas para reverter o qua-dro. Por isso, de sábado até o próximo dia 10, acontece a cam-panha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mu-lheres, uma mobilização anual que já atinge mais de 160 paí-ses pelos direitos das mulheres a uma vida digna e sem medo.

O Mato Grosso do Sul é o estado com maior taxa de morte de mulheres, 7,6 por 100 mil habitantes. O Pará aparece em segundo, com 6,8 por 100 mil habitantes.

O número de estupros cres-ceu 3,5% no país. O total de ocorrências chegou a 49.497

em 2016, com taxa de 24 por 100 mil habitantes. Como nos assassinatos, o Mato Grosso do Sul também é o estado que apresenta a maior índice, com taxa de 54,4 por 100 mil habi-tantes e 1.458 crimes. Seguido por Amapá, com taxa de 49,2 estupros e Mato Grosso, com 48,8. Bem altos.

Por ano, cerca de 500 mil mu-lheres sofrem com essa agressão sexual por ano no Brasil, segun-do Daniel Cerqueira, diretor de Estudos e Política do Estado, das Instituições e da Democra-cia do IPEA (Instituto de Pes-quisa Econômica Aplicada).

AFBNB pede suspensão da reestruturação no bancoPREOcUPADA com os funcio-nários, a AFBNB encaminhou ofício ao presidente do Banco do Nordeste, Marcos Holanda, para solicitar a suspensão de atos administrativos, o que in-clui remoções e retirada de fun-ção, em decorrência da reestru-turação na empresa.

O entendimento da Associa-

ção é que a perda de função não se deu por conta do desempe-nho dos trabalhadores, mas por decisão unilateral do BNB. As atitudes são contrárias à defesa que a AFBNB faz da instituição, um banco forte, com valoriza-ção dos funcionários, que con-tribua para o desenvolvimento do país e inserção na sociedade.

cOMPLEXIDADE A questão do fim do foro privilegiado é muito mais complexa do que se imagina e, obviamente, está muito longe de se constituir na solução para acabar com os maus políticos. Pode ser mais uma poderosa arma a ser colo-cada, do ponto de vista legal, nas mãos do poder econômico, desequilibrando ainda mais a correlação de força, em prejuí-zo dos interesses populares.

DEcIDIDO Aos mais próximos, o governador paulista Ge-raldo Alckmin tem confessado que não abre mão de ser can-didato à presidência da República na eleição do próximo ano. Se não for pelo PSDB, será por outro partido. Acha que tem boas chances de se eleger, principalmente se Lula for impedi-do de disputar a eleição. Dizem que tem conversado até mes-mo com setores de esquerda.

TUcANAGEM Se Geraldo Alckmin sair vitorioso na feroz disputa que se trava no ninho tucano, a tendência é recondu-zir o partido ao seio da social democracia. Ele tem dado for-tes sinais nessa direção. Se vencer o grupo de Marconi Perillo (GO), ligado a Aécio Neves (MG), a legenda afunda de vez no neoliberalismo e segue firme com Temer até o final, tirando o máximo de vantagem que puder.

POLIcIALEScO A mais nova declaração impactante do pré-candidato Jair Bolsonaro (PSC-RJ) – “policial que não mata não é policial” – dá a exata dimensão do Brasil que ele pretende construir. Ou melhor, desconstruir.

TARDIO O presidente da OAB, Cláudio Lamachia, agora faz questão de se mostrar arrependido com o apoio que deu ao golpe jurídico-parlamentar-midiático do ano passado. Sig-natário do impeachment, ultimamente vive a declarar à im-prensa que o governo Temer não tem legitimidade para fazer as reformas. Arrependimento tardio.

Ano passado, 4.657 mulheres foram assassinadas no Brasil. lamentável