Upload
birapitta
View
76
Download
9
Embed Size (px)
Citation preview
Prof. Waldemar
TECIDO MUSCULAR
O tecido muscular, responsável pelos movimentos corporais, é constituído por células
alongadas e que contêm grande quantidade de filamentos citoplasmáticos, responsáveis
pela contração.
FUNÇÃO = contração, gerando todos os tipos de movimentos.
CÉLULA MUSCULAR = denominada fibra muscular (especializada), são estruturas
alongadas.
______________________________________________________________________
SARCOPLASMA = CITOPLASMA
SARCOLEMA = MEMBRANA PLASMÁTICA
SARCOSSOMA = MITOCÔNDRIAS
RETÍCULO SARCOPLASMÁTICO = RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO LISO
______________________________________________________________________
As células musculares têm origem MESODÉRMICA e sua diferenciação ocorre
principalmente decido a um processo de alongamento gradativo, com simultânea síntese
de proteínas filamentosas. De acordo com suas características morfológicas e
funcionais, podem-se distinguir nos mamíferos 3 tipos de tecido muscular.
MÚSCULO LISO = é formado por aglomerados de células fusiformes que não
possuem estrias transversais. O processo de contração é lento e não está sujeito ao
controle voluntário.
MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO = É formado por feixes de células
cilíndricas muito longas e multinucleadas, que apresentam estrias transversais, Têm
contração rápida, vigorosa e sujeita ao controle voluntário.
MÚSCULO ESTRIADO CARDÍACO = que também apresenta estrias transversais
sendo formado por células alongadas e ramificadas, que se unem por intermédio dos
discos intercalares, estruturas encontradas exclusivamente no músculo cardíaco.
O músculo estriado esquelético é constituído de fibras musculares envoltas por
camadas de tecido conjuntivo: o endomísio, o perimísio e o epimísio
MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO = músculo de contração rápida, forte,
descontínua e voluntária, existe em maior quantidade e faz parte do aparelho locomotor.
Os músculos são formados por feixes de células muito longas (até 30 cm), cilíndricas e
multinucleadas, com um diâmetro que varia de 10 a 100 um, chamadas fibras
musculares estriadas. Estas fibras musculares se originam no embrião através da fusão
de células alongadas, os mioblastos.
O processo caracterizado pelo aumento de volume das células, chama-se
HIPERTROFIA, enquanto o crescimento devido à proliferação das células por
multiplicação mitótica chama-se HIPERPLASIA.
CONSTITUIÇÃO: fibras musculares estriadas esqueléticas. Essa fibra é longa (até 30
cm de comprimento), são poligonais (no corte transversal), algumas poucas são
cilíndricas. A célula é multinucleada, com núcleos em posição periférica. A fibra
estriada (riscada = estrias).
O citoplasma é repleto de miofibrilas (observado no corte transversal apenas). Existe
grande quantidade de mitocôndrias (pelo alto gasto de energia), e grande quantidade de
retículo sarcoplasmático, onde é armazenado cálcio = usado na contração muscular. A
fibra muscular armazena muito glicogênio, devido ao seu metabolismo celular.
ORGANIZAÇÃO DO MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO
Dá-se na presença do tecido conjuntivo. As fibras musculares estão organizadas em
feixes, ao redor de cada fibra muscular existe o ENDOMÍSIO (tecido conjuntivo
frouxo rico em fibras reticulares). Ao redor de cada feixe temos o PERIMÍSIO, e ao
redor do músculo inteiro temos o EPIMÍSIO, sendo tecido conjuntivo denso.
BANDA A - faixa escura é anisotrópica.
BANDA i - faixa clara, e é isotrópica.
LINHA Z - no centro de cada banda i aparece uma linha transversal
escura (linha Z).
O tecido conjuntivo dá sustentação, preenchimento, defesa, e deixa as fibras aderidas
entre elas, fazendo a contração do músculo inteiro, porém sem utilizar todos os feixes
recrutando apenas alguns desses feixes, ocorrendo à contração do músculo todo em
decorrência do tecido conjuntivo unir os feixes. É ainda por intermédio do tecido
conjuntivo que a força de contração do músculo se transmite a outras estruturas como
tendões, ligamentos e ossos. Cada fibra muscular apresenta perto do seu centro uma
terminação nervosa motora, a chamada placa motora. O citoplasma da fibra muscular
apresenta-se preenchido principalmente por fibrilas paralelas, as miofibrilas.
Cada miofibrila é formada de unidades morfofuncionais - os sarcômeros
MIOFIBRILA - filamento citoplasmático da fibra muscular, é alongada, cilíndrica,
estriada, sendo formada de proteínas preenchendo quase completamente o interior da
fibra muscular. Ao microscópio óptico, aparecem com estrias transversais, pela
alternância de faixas claras e escuras. Ao microscópio de polarização, a faixa escura é
anisotrópica e, portanto, recebeu o nome de banda A, enquanto a faixa clara, ou banda
I, é isotrópica. No centro da cada banda I aparece uma linha transversal escura - a linha
Z.
A estriação da miofibrila é devida à repetição de unidades iguais, chamadas de
sarcômeros. Cada sarcômero é formado pela parte da miofibrila que fica entre duas
linhas Z sucessivas e contém uma banda A separando duas semibandas I.
A banda A apresenta uma zona mais clara no seu centro, a banda H. A disposição dos
sarcômeros coincide nas várias miofibrilas da fibra muscular, e as bandas formam um
sistema de estriações transversais, paralelas, que é característico das fibras musculares
estriadas.
RESUMO DA MIOFIBRLILA= Possui banda I e banda A; - No meio da banda A
temos a banda H; - No meio da banda I temos a linha Z. De uma linha Z a outra é
chamado de sarcômero (entre duas linhas Z, formado por banda A e duas metades de
banda I).
SARCÔMERO = É a estrutura que fica entre 2 linhas Z formado por banda A e 2
metades da banda I, sendo responsável pela função da célula. Unidade morfofuncional
da fibra muscular.
Dentro da fibra muscular as miofibrilas são paralelas entre si e longitudinais, formado
por filamentos grossos e filamentos finos.
Filamento Grosso = chamado de miofilamentos de miosina, formado por moléculas
de miosina (bastão e cabeça).
Filamento Fino = é chamado de miofilamentos de actina, proteína actina em maior
quantidade (duas cadeias de actina), molécula esférica globular.
Tropomiosina = entre duas cadeias de actina. TROPONINA = ligada a tropomiosina.
BANDA I = somente filamentos finos;
BANDA A = principalmente filamentos grossos e poucos finos;
BANDA H = somente filamentos grossos. A banda H, representa uma região de
sobreposição da miosina constituída exclusivamente da parte em bastão das moléculas.
Os filamentos finos estão fixados na linha Z, no meio da banda H tem a presença da
linha M (onde os filamentos estão fixados entre si por proteínas).
As miofibrilas do músculo estriado contêm quatro (4) proteínas principais: miosina,
actina, tropomiosina e troponina.
Os filamentos grossos são formados de miosina e as outras três proteínas são
encontradas nos filamentos finos. A miosina e a actina, juntas, representam 55% do
total de proteínas do músculo estriado.
* Desenho esquemático mostrando a estrutura do filamento fino do músculo estriado.
Em cima, seus componentes isolados e, embaixo, montados. Observe que cada molécula
de tropomiosina ocupa o sulco que corresponde a sete moléculas de actina. Para cada
molécula de tropomiosina existe uma de troponina composta de três (3) polipeptídios
globosos. Quando o músculo é estimulado, a molécula de troponina altera a sua forma,
afundando a tropomiosina no seu sulco e liberando na actina os centros de atividade que
se combina com as cabeças da miosina. Por isso a troponina é chamada de gatilho da
contração muscular.
* A contração muscular se inicia pela combinação de Ca2+
com a subunidade TnC da
troponina, o que expõe o local ativo da actina (área tracejada) que se combina com a
miosina. Na etapa seguinte, a cabeça da miosina liga-se à actina e o ATP se decompõe
em ADP e energia, produzindo o movimento da cabeça da miosina. Em conseqüência
dessa modificação da miosina, o filamento fino desliza sobre o filamento grosso. Esse
processo, que se repete muitas vezes durante um ciclo de contração, leva a uma
sobreposição completa dos filamentos de actina e miosina e, concomitantemente, ao
encurtamento da fibra muscular. O conjunto de miofibrilas (actina e miosina) é, por sua
vez, preso a membrana plasmática da célula muscular por meio de diversas proteínas
que têm afinidade pelos miofilamentos e pro proteínas da membrana plasmática. Uma
dessas proteínas, chamada distrofina, liga os filamentos de actina a proteínas integrais
da membrana plasmática.
* A distrofia muscular de Duchenne é uma miopatia hereditária, ligada ao
cromossomo X, que causa lesões progressivas das fibras musculares e, freqüentemente,
leva à morte prematura. No músculo esquelético desses doentes, nota-se que a distrofina
é inexistente ou então sua molécula é defeituosa.
Na contração muscular os filamentos finos (actina) deslizam sobre os filamentos de
miosina (filamentos grossos)
Estruturas envolvidas na contração muscular
PLACA MOTORA = é uma sinapse entre o neurônio e a fibra muscular. O impulso
nervoso passa do neurônio para a fibra muscular. O neurotransmissor é a
ACETILCOLINA.
TÚBULO ‘T’ = é uma invaginação da membrana, adentra na fibra muscular,
posicionando-se ao redor das miofibrilas. Está ao redor da miofibrila. FUNÇÃO: levar o
estímulo da contração à todas as partes da fibra muscular.
RETÍCULO SARCOPLASMÁTICO = é o R.E.L (retículo endoplasmático liso) com
a FUNÇÃO de armazenar cálcio. Posicionado ao redor das miofibrilas.
TRÍADE = é o conjunto de 1 túbulo ‘T’ com 2 retículos sarcoplasmáticos.
CONTRAÇÃO MUSCULAR = impulso passa do túbulo ‘T’ para os retículos
sarcoplasmáticos (liberando cálcio). O cálcio liberado se liga na troponina mudando sua
estrutura, deslocando a tropomiosina expondo a actina. Liberando a actina a cabeça da
miosina vai se ligar a actina, o filamento fino desliza entre o filamento grosso, isso
ocorre na contração muscular, diminuindo o tamanho do sarcômero. Essa diminuição do
sarcômero faz com que as miofibrilas diminuem de tamanho (se contraem) , contraindo
a fibra, dessa forma ocorre a contração muscular.
OBS = Não existindo ATP o complexo actina-miosina torna-se estável; isto explica a
rigidez muscular muito intensa que ocorre após a morte (rigor mortis).
Uma única contração muscular é o resultado da milhares de ciclos de formação e
destruição de pontes de actina-miosina. A atividade contrátil, que leva a uma
sobreposição completa entre os filamentos finos e grossos, continua até que os íons Ca2+
sejam removidos e o complexo de troponina-tropomiosina cubra novamente o local de
combinação da miosina.
Durante a contração a banda I diminui de tamanho, à medida que os filamentos de
actina penetram na banda A. Concomitantemente, a banda H - parte da banda A
contendo somente filamentos grossos - também se reduz, à medida que os filamentos
finos se sobrepõem completamente aos grossos. Como resultado, cada sarcômero, e em
conseqüência a fibra muscular inteira, sofrem encurtamento.
O retículo sarcoplasmático regula o fluxo de Ca2+
entre suas cisternas e o
sarcoplasma
A contração muscular depende da disponibilidade de íons cálcio (Ca2+
) e o relaxamento
muscular está na dependência da ausência destes íons. O retículo sarcoplasmático regula
o fluxo do íon cálcio, necessário para a realização rápida dos ciclos de contração e
relaxamento. O retículo sarcoplasmático consiste em uma rede de cisternas do retículo
endoplasmático liso, que envolve grupos de miofilamentos, separando-os em feixes
cilíndricos.
Os túbulos transversais levam a despolarização, iniciada na placa motora, para o
retículo sarcoplasmático situado na parte profunda das fibras estriadas
A despolarização da membrana do retículo sarcoplasmático, que resulta na liberação de
Ca2+
, inicia-se na placa motora, uma junção mioneural situada na superfície da fibra
muscular. A despolarização iniciada na superfície teria de se difundir através da
espessura da fibra para efetuar a liberação de Ca2+
nas cisternas profundas do retículo
sarcoplasmático. O sistema de túbulos transversais ou sistema T é responsável pela
contração uniforme de cada fibra muscular esquelética.
Em cada lado de cada túbulo T existe uma expansão ou cisterna terminal do retículo
sarcoplasmático, este complexo, formado de 1 túbulo T e 2 expansões do retículo
sarcoplasmático, é conhecido como tríade. Na tríade a despolarização dos túbulos T,
derivados do sarcolema, é transmitida ao retículo sarcoplasmático.
A unidade motora é constituída por uma fibra nervosa e as fibras musculares por ela
inervadas
A contração normal das fibras musculares esqueléticas é comandada pro nervos motores
que se ramificam no tecido conjuntivo do perimísio, onde cada nervo origina numerosas
terminações. No local de inervação, o nervo perde sua bainha de mielina e forma uma
dilatação que se coloca dentro de uma depressão da superfície da fibra muscular. Esta
estrutura chama-se placa motora. Neste local o axônio é recoberto por uma delgada
camada de citoplasma da células de Schwann. O terminal axônico apresenta numerosas
mitocôndrias e vesículas sinápticas com o neurotransmissor acetilcolina. Entre o axônio
e a superfície da fibra muscular existe uma fenda sináptica, contendo material que forma
uma lâmina basal. Na junção, o sarcolema forma as dobras juncionais. O sarcoplasma
abaixo dessas dobras contém núcleos da fibra muscular, numerosas mitocôndrias,
ribossomos e grânulos de glicogênio.
As fibras vermelhas são adaptadas para contração lenta e continuada; as fibras
brancas são de contração rápida e de curta duração
De acordo com sua estrutura e composição bioquímica, s fibras musculares esqueléticas
podem ser identificadas como do tipo I, ou fibras lentas, e do tipo II, ou fibras rápidas.
As fibras do tipo I são ricas em sarcoplasma contendo mioglobina e têm cor vermelho-
escura. Estas fibras são adaptadas para contrações continuadas. Sua energia é obtida
principalmente da fosforilação oxidativa de ácidos graxos. As fibras do tipo II são
adaptadas para contrações rápidas e descontínuas. Elas contêm pouca mioglobina e, por
isso, são de cor vermelho-clara. As fibras do tipo II podem ser divididas nos tipos II A,
B, C de acordo com suas características funcionais e bioquímicas, principalmente a
estabilidade da actomiosina-ATPase que elas contêm. As fibras do tipo II B são as mais
rápidas e depende principalmente da glicólise como fonte energia. Esta classificação das
fibras musculares é importante para a caracterização das doenças musculares ou
miopatias. Nos humanos, os músculos esqueléticos geralmente apresentam proporções
diferentes desses diferentes tipos de fibras.
* A diferenciação das fibras musculares nos tipos vermelho, branco e intermediário é
controlada pelos nervos. Quando se cortam experimentalmente os nervos das fibras
brancas e vermelhas e se faz reimplante cruzado, as fibras musculares mudam seu
caráter durante a regeneração, seguindo a nova inervação recebida. A simples
desnervação de um músculo leva à sua atrofia e conseqüente paralisia.
Outros componentes do sarcoplasma
O sarcoplasma contém grânulos de glicogênio que constituem 0,5 a 1% do peso do
músculo e representam depósito de energia para a contração muscular. Outro
componente. Outro componente do sarcoplasma é a mioglobina, uma proteína que
armazena oxigênio, parecido com a hemoglobina, e que é o principal responsável pela
cor vermelho-escura de alguns músculos. A mioglobina serve de depósito de oxigênio e
existe em grande quantidade no músculo de mamíferos que normalmente mergulham
como focas e baleias. Também os músculos que se mantêm em atividade por longos
períodos geralmente são vermelhos e têm uma taxa alta de mioglobina. As fibras
musculares esqueléticas têm pequenas quantidades de retículo endoplasmático rugoso e
ribossomos, um aspecto que coincide com a reduzida síntese protéica que ocorre nesse
tecido.
O músculo cardíaco é constituído por uma rede tridimensional de células que se
interligam por junções aderentes e se comunicam por junções comunicantes
MÚSCULO ESTRIADO CARDÍACO = músculo de contração rápida, forte,
contínua, rítmica e involuntária. Localizado apenas no coração, sendo formado por
fibras estriadas cardíacas, essas fibras são alongadas, ramificadas, estriada e possui 1 ou
2 núcleos centrais localizados. As fibras cardíacas são revestidas por uma delicada
bainha de tecido conjuntivo, equivalente ao endomísio do músculo esquelético, que
contém uma abundante rede de capilares sanguíneos.
Seu citoplasma é repleto de miofibrila, o volume de mitocôndrias pode chegar até 40%
do volume celular, o que reflete o intenso metabolismo aeróbico desse tecido. Em
comparação com o músculo esquelético, as mitocôndrias ocupam apenas cerca de 2%
do volume do citoplasma. A fonte principal de energia para o músculo cardíaco são os
ácidos graxos, trazidos pelas lipoproteínas do sangue. O músculo cardíaco armazena
ácidos graxos sob a forma de triglicerídeos encontrados nas numerosas gotículas
lipídicas presentes no citoplasma de suas células. Apresenta glicogênio armazenado.
Apresenta túbulos 1 ‘T’, têm 1 retículo sarcoplasmático. As tríades não são freqüentes
nas células cardíacas, pois os túbulos ‘T’ geralmente associam-se apenas a uma
expansão lateral do retículo sarcoplasmático. Por isso, uma das características do
músculo cardíaco é a presença de díades, constituídas por 1 túbulo ‘T’ e uma cisterna
do retículo sarcoplasmático.
Sistema de contração é igual ao do músculo estriado esquelético. As fibras cardíacas
principalmente as do átrio do coração produzem um hormônio chamado natriurético -
esse hormônio faz com que a pressão arterial diminua eliminando Na+
(sódio) e H2O
(água) pela urina agindo nos rins. As fibras cardíacas apresentam grânulos secretores
recobertos por membrana, localizados próximos aos núcleos celulares, na região do
aparelho de Golgi. Esses grânulos são mais abundantes nas células musculares do átrio
esquerdo do coração, mas existem também no átrio direito e nos ventrículos. São
grânulos que contêm a molécula precursora do hormônio ou peptídeo atrial
natriurético. Este hormônio atua nos rins aumentando a eliminação de sódio
(natriurese) e água (diurese) pela urina. O hormônio natriurético tem ação oposta à da
aldosterona, um hormônio antidiurético que atua sobre os rins promovendo a retenção
de sódio e água. Enquanto a aldosterona aumenta a pressão arterial, o hormônio
natriurético tem efeito contrário, fazendo baixar a pressão arterial.
HORMÔNIOS PRODUZIDOS NO ÁTRIO ESQUERDO DO CORAÇÃO E QUE
ATUAM NOS RINS
NATRIURÉTICO - DIURÉTICO, ELIMINA SÓDIO E ÁGUA PELA URINA
(NATRIURESE), DIMINUINDO A PRESSÃO ARTERIAL.
ALDOSTERONA - ANTIDIURÉTICO, NÃO ELIMINA SÓDIO NEM AGUA PELA
URINA (DIURESE), AUMENTANDO A PRESSÃO ARTERIAL.
DISCOS INTERCALARES = contêm desmossomos que vai promover a coesão entre
as células, têm junções comunicantes (são canais de comunicação entre as fibras,
passando íons e hormônios - são aberturas existentes na membrana).
Outra característica do músculo cardíaco é a presença de linhas transversais fortemente
coráveis que aparecem em intervalos irregulares. Estes discos intercalares representam
complexos juncionais encontrados na interface de células musculares adjacentes. São
junções que aparecem como linhas retas ou exibem um aspecto de escada. Nas partes
em escada, distinguem-se duas regiões: a parte transversal, que cruza a fibra em ângulo
reto, e a parte lateral, caminhando paralelamente aos miofilamentos. Nos discos
intercalares encontram-se 3 especializações juncionais principais: zônula de adesão,
desmossomos e junções comunicantes.
As zônulas de adesão é onde as miofibrilas ficam presas e representam à principal
especialização da membrana da parte transversal do disco, estão presentes também nas
partes laterais e servem para ancorar os filamentos de actina dos sarcômeros terminais.
Os desmossomos unem as células musculares cardíacas, impedindo que elas se separem
sob a atividade sob a atividade contrátil do coração.
Nas partes laterais dos discos encontram-se junções comunicantes responsáveis pela
continuidade iônica entre células musculares cardíacas vizinhas. Do ponto de vista
funcional, a passagem de íons permite que cadeias de células musculares se comportem
como se fossem um sincício, pois o sinal para a contração passa como uma onda de uma
célula para a outra.
SINCÍCIO = Células únicas (vida única). O músculo estriado cardíaco se apresenta
desta forma do ponto de vista funcional.
Os músculos estriados cardíaco só possuem ENDOMÍSIO, não tem PERIMÍSIO, nem
EPIMÍSIO. Não se regenera frente às lesões (não tem regeneração).
O miocárdio tem um sistema próprio de auto-estimulação
No coração existe uma rede de células musculares cardíacas modificadas, acopladas às
outras células musculares do órgão, que têm papel importante na geração e condução do
estímulo cardíaco, de tal modo que as contrações dos átrios e ventrículos ocorrem em
determinada seqüência, permitindo ao músculo cardíaco exercer com eficiência a sua
função de bombeamento do sangue.
Não existem no coração terminações nervosas comparáveis às placas motora do
músculo esquelético. Não apresenta placa motora, porque as células são auto-
excitáveis, não precisam de estímulos nervosos para realizar a contração que é
involuntária. O sistema nervoso estimula a freqüência cardíaca (aumentando ou
diminuindo). O hormônio ADRENALINA aumenta a freqüência cardíaca.
O músculo liso é constituído por células fusiformes adaptadas para a contração lenta
de determinadas vísceras (tubo digestivo, vasos sanguíneos, útero, vesícula biliar)
MÚSCULO LISO = localizado nos vasos sanguíneos, dentro dos olhos (íris), tubo
digestivo, vesícula biliar, tuba uterina, bexiga urinária, pele (músculo eretor do pelo). É
formado por fibras musculares lisas (alongada, fusiforme, cilíndrica, possui 1 núcleo
central). Não possui estrias, não possui miofibrilas. Possui filamentos de actina e
miosina (interagem no momento da contração). Possui pouco retículo sarcoplasmático.
O cálcio fica no meio extracelular, não tem túbulos ‘T’, não tem tríade e não possui
placa motora.
Só possui ENDOMÍSIO, não tem PERIMÍSIO. Sintetiza fibras reticulares, sendo o
único músculo que sofre hiperplasia - aumento na quantidade de células. Sofre
hipertrofia - aumento no volume da célula, sendo que os 3 tipos musculares
apresentam hipertrofia. Regenera-se totalmente - (100% de regeneração). Sofra ação
hormonal da oxitocina e da vasopressina, além da ação do tecido nervoso.
O músculo liso é formado pela associação de células longas, mais espessas no centro e
afilando-se nas extremidades, com núcleo único e central. O tamanho da célula
muscular lisa pode variar de 20 um na parede dos pequenos vasos sanguíneos até 500
um no útero grávido. Durante a gravidez, aumenta muito o número e o tamanho das
fibras musculares do útero. As células musculares lisas são revestidas por lâmina basal e
mantidas juntos por uma rede muito delicada de fibras reticulares.
Além dos filamento de actina e miosina, a célula muscular lisa exibe uma trama de
filamentos intermediários. O principal componente dos filamentos intermediários de
todas as células musculares lisas é desmina, sendo que no músculo liso dos vasos
sanguíneos se encontra a vimentina associada à desmina. As células musculares lisas
apresentam os corpos densos, em duas localizações. Muitos estão no interior do
citoplasma e outros se associam à membrana plasmática. Ambos contêm alfa-actinina,
sendo, portanto, semelhantes à linha Z dos músculos estriados. Filamentos finos e
filamentos intermediários se inserem nos corpos densos, de modo que a célula inteira se
reduz de tamanho durante a contração.
As células musculares lisas não possuem sistema ‘T’ e seu retículo sarcoplasmático
(regulador do fluxo de cálcio) é extremamente reduzido. As vesículas de pinocitose são
numerosas e desempenham um papel na entrada e saída do íon cálcio.
A célula muscular lisa, além da sua capacidade contrátil, pode também sintetizar
colágeno do tipo III (fibras reticulares), fibras elásticas e proteoglicanas. As células
musculares em atividade sintética mostram o retículo endoplasmático rugoso
desenvolvido. As junções comunicantes são importantes na transmissão do estímulo da
célula para célula. O músculo liso recebe fibras do sistema nervoso simpático e
parassimpático, porém não exibe as junções neuromusculares elaboradas (placas
motoras) que ocorrem no músculo esquelético.
O tecido muscular cardíaco não se regenera o estriado esquelético regenera-se
parcialmente e o tecido muscular liso regenera-se com facilidade
No adulto, os três tipos de tecido muscular exibem diferenças na capacidade
regenerativa após uma lesão que produza destruição parcial do músculo.
O músculo cardíaco não se regenera. Nas lesões do coração, como nos enfartes, por
exemplo, as partes destruídas são invadidas por fibroblastos que produzem fibras
colágenas, formando uma cicatriz de tecido conjuntivo denso.
O músculo estriado esquelético tem uma pequena capacidade de reconstituição.
Admite-se que as células satélites sejam responsáveis pela regeneração do músculo
esquelético.
O músculo liso é capaz de uma resposta regenerativa mais eficiente. Ocorrendo
lesão, as células musculares lisas que permanecem viáveis entram em mitose e reparam
o tecido destruído. Na regeneração do tecido muscular liso da parede dos vasos
sanguíneos, há também a participação dos pericitos, que se multiplica por mitose e
originam novas células musculares lisas.