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 TÉCNICAS DE DINÂMICAS DE GRUPO E PERFIL DO PROFISSIONAL DE GRUPOS Nilsa Lira e Sandra Paz 1 Os conceitos referentes à “Dinâmica de Grupo” permite situar seu real objetivo, desmitificando, assim, a idéia de que esta prática é sinônimo de brincadeira e/ou entretenimento, como imaginada por algumas pessoas. Essa diferenciação necessária, especialmente porque a “Dinâmica de Grupo” exige princípios básicos de fundamental importância. São eles: * Ambiente – local que favoreça a comunicação face à face; comodidade; possibilidade de participação; espontaneidade e cooperação de todos os membros do grupo. * Redução de Temores – relação aberta entre os membros do grupo, onde todos sintam confiança ao expor opiniões e comunicar experiências. * Liderança Democrática – o trabalho deve ser conduzido de forma que todos os integrantes desenvolvam suas capacidades sem que alguém ordene o que todos têm * Objetivos Definidos – os objetivos devem ser definidos coletivamente, evitando-se, assim, “eu fiz, eu planejei, eu consegui”. Mas “nós fizemos, nos planejamos, nós conseguimos”. Isto permitirá a identificação de todos com os fins do grupo. * Flexibilidade – se a necessidade do grupo assim determinar, os objetivos podem variar em sua meta final e na forma de chegar a esta adaptação. * Consenso – programar ações e tomar decisões coletivamente, em consenso grupal, sem interesses individuais ou de subgrupos. * Compreensão do Processo – observar a atuação de cada pessoa; solicitar “feedback”; evitar  julgamentos, juízo de valores, etc. Para que se adquira maior * Avaliação contínua – revisar constantemente a execução das ações propostas e consecução das metas a curto e longo prazos, para não perder de vista os objetivos a alcançar e realizar possíveis modificações. Considera-se importante, também, explicar o conceito de “Técnicas de Dinâmicas de Grupo” utilizado. A palavra “Técnica” significa uma seqüência de etapas necessárias à elaboração de um método de trabalho. São formas de executar a dinâmica de grupo, e podem ser aplicadas para diferentes propósitos e temas, sendo sua aplicação ilimitada. São os métodos, meios e processos que fazem a interligação entre o grupo e os seus objetivos. Por mais simples que pareça ser a técnica, deve-se realizar os seguintes passos: - Determinar o uso que será dado; - Estabelecer os objetivos; - Preparar o material necessário; - Levar em consideração aspectos importantes, tais como: nível educativo do grupo

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TÉCNICAS DE DINÂMICAS DE GRUPO E

PERFIL DO PROFISSIONAL DE GRUPOS

Nilsa Lira e Sandra Paz1 

Os conceitos referentes à “Dinâmica de Grupo” permite situar seu real objetivo, desmitificando,assim, a idéia de que esta prática é sinônimo de brincadeira e/ou entretenimento, comoimaginada por algumas pessoas.

Essa diferenciação necessária, especialmente porque a “Dinâmica de Grupo” exige princípiosbásicos de fundamental importância. São eles:

* Ambiente – local que favoreça a comunicação face à face; comodidade; possibilidade departicipação; espontaneidade e cooperação de todos os membros do grupo.

* Redução de Temores – relação aberta entre os membros do grupo, onde todos sintamconfiança ao expor opiniões e comunicar experiências.

* Liderança Democrática – o trabalho deve ser conduzido de forma que todos os integrantesdesenvolvam suas capacidades sem que alguém ordene o que todos têm

* Objetivos Definidos – os objetivos devem ser definidos coletivamente, evitando-se, assim, “eufiz, eu planejei, eu consegui”. Mas “nós fizemos, nos planejamos, nós conseguimos”. Istopermitirá a identificação de todos com os fins do grupo.

* Flexibilidade – se a necessidade do grupo assim determinar, os objetivos podem variar emsua meta final e na forma de chegar a esta adaptação.

* Consenso – programar ações e tomar decisões coletivamente, em consenso grupal, sem

interesses individuais ou de subgrupos.

* Compreensão do Processo – observar a atuação de cada pessoa; solicitar “feedback”; evitar  julgamentos, juízo de valores, etc. Para que se adquira maior 

* Avaliação contínua – revisar constantemente a execução das ações propostas e consecuçãodas metas a curto e longo prazos, para não perder de vista os objetivos a alcançar e realizar possíveis modificações.

Considera-se importante, também, explicar o conceito de “Técnicas de Dinâmicas de Grupo”utilizado. A palavra “Técnica” significa uma seqüência de etapas necessárias à elaboração deum método de trabalho. São formas de executar a dinâmica de grupo, e podem ser aplicadas

para diferentes propósitos e temas, sendo sua aplicação ilimitada. São os métodos, meios eprocessos que fazem a interligação entre o grupo e os seus objetivos.

Por mais simples que pareça ser a técnica, deve-se realizar os seguintes passos:

- Determinar o uso que será dado;

- Estabelecer os objetivos;

- Preparar o material necessário;

- Levar em consideração aspectos importantes, tais como:

nível educativo do grupo

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número de participantes

condições do local

recursos disponíveis

tempo para realização das atividades

atualização pessoal para discutir o tema proposto;

- Orientar os educandos com clareza, precisão e objetividade, quanto ao que vai ser feito,como vai ser feito e em quanto tempo vai ser feito;

- Desenvolver a atividade com motivação, segurança, atuação concentrada e certeza de que ogrupo encontra-se integrado e descontraído;

- Analisar e resumir as apresentações a partir da análise dos próprios participantes, comperguntas que estimulem a participação geral.

Algumas técnicas tendem a fracassar se não forem considerados os seguintes fatores:

- Falta de conhecimento e habilidade do educador;

- Má seleção da técnica para o propósito;

- Condução inadequada;

- Desconhecimento dos membros do grupo.

Além de tudo isso, faz-se necessário colocar algumas características importantes no perfil doeducador, principalmente quando se trata de atuação com grupos.

Para que o profissional de grupos tenha uma práxis condizente com esta demanda social éimprescindível que seja, antes de tudo, capaz de agir e refletir o seu papel enquanto agentetransformador do seu meio. Assim como não há homem sem mundo, nem mundo sem homem,não pode haver reflexão e ação fora da relação do homem-realidade. O seu compromissoprofissional é um compromisso com o mundo, que é uma responsabilidade histórica. Pois ele,antes de ser profissional é homem e ser comprometido por si mesmo.

Se o profissional está alienado diante de seu papel é provável que seja decorrente de suaalienação enquanto ser histórico. É preciso ter consciência social e política, firmeza ideológicae um sério compromisso social que supere o meramente profissional. Entender a realidade nãocomo algo enclausurado em departamentos estanques, mas num processo dinâmico emutável. O profissional deve facilitar esta interação, abolindo as hierarquias de poder, a posturatecnocrata adquirida por instituições alienígenas e postura autoritária de um empresárioparticular. Deve substituir tudo isso por um compromisso efetivo com o social.

Esse compromisso com o social é uma condição básica no desenvolvimento do trabalho comgrupos, uma vez que o facilitador de grupo vai atuar, impreterivelmente, em assuntos deinteresse social.

Não há definições de liderança, regulamentos, estatutos e manuais de atribuições do facilitador de grupos ou educador que sejam fixos e preestabelecidos, e mesmo que existam, cadafacilitador deve adquirir estilo e capacidades próprias e ninguém pode imitar a aptidão de

liderança e atuação de outra pessoa, nem copiá-las de manuais.

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Não existe fórmula, mas algumas sugestões poderão ser úteis, como por exemplo: acapacidade de ouvir, a real estima pelas pessoas e a verdadeira aceitação dos pontos de vistados outros, além de um acentuado senso de humor.

Outra qualificação essencial é a convicção e a certeza de que o trabalho de grupo que decidiurealizar é importante. É muito difícil, senão impossível, conduzir as atividades tendo-se dúvidas

acerca da validade e dos objetivos dos mesmos. São também importantes características dapersonalidade, tais como: calma, segurança, equilíbrio, otimismo e uma maneira positiva deencarar a vida.

Os bons facilitadores de grupo devem ser pessoas desejosas de aprender a crescer, devemprocurar adquirir mais conhecimentos e maior compreensão humana, no processo de “partilhade saberes” com os demais participantes do grupo. Além disso, devem ser: amigáveis,calorosos, sociáveis e ter um verdadeiro interesse pelas pessoas.

É certo que o facilitador de grupos é, acima de tudo, uma pessoa, sujeita à dificuldadesparticulares e variações de humor. No entanto, dever ser prudente e nunca sobrecarregar ogrupo com os seus problemas pessoais.

Outra característica essencial é a habilidade em fazer com que os outros participem daresponsabilidade do grupo, evitando centralizar o trabalho com uma postura egocêntrica,perfeccionista e narcisista. Deve confiar nas pessoas e ganhar a confiança destas, numarelação de aceitação de como elas são, podendo assim, “sentir” como elas e com elas seentender.

É absolutamente certo que nenhum facilitador de grupo tenha todas essas características emigual proporção, mas deverá procurar desenvolvê-las para obter melhores resultados no seutrabalho.

Ainda em relação às dinâmicas, os tipos e suas técnicas são diversos . Mas pode-se separar,de forma didática, as dinâmicas em quatro classificações: de apresentação, de descontração,de aplicação e de avaliação.

Dinâmicas de Apresentação: quando se inicia uma atividade educativa é necessáriodesenvolver técnicas de dinâmica de grupo que permitam eliminar as tensões, reduzir atimidez, proporcionar um ambiente de cordialidade e um clima de aceitação mútua. Se no iníciofor conseguido um entusiasmo suficiente, os participantes manterão esta atmosfera durante aatividade. A participação ativa e a segurança dos componentes do grupo são os fatores maisimportantes no processo de ensino-aprendizagem.

Dinâmicas de Descontração: tem por objetivo descontrair, fazer o grupo sair da monotonia,realizando uma brincadeira que envolva todos os participantes, uma música, um jogral, etc.Este tipo de dinâmica pode também ser utilizada para despertar o interesse do grupo por um

tema específico, predispondo o grupo a uma participação mais efetiva. Esta atividadeoportuniza aos participantes serem mais espontâneos e livres em seus comentários.

Dinâmicas de Aplicação: estas contribuem no repasse do conteúdo, facilitando a assimilaçãodo mesmo pelos participantes. Pode-se citar como exemplos: um estudo dirigido em grupo; aconstrução de cartazes a partir do que foi estudado; dramatizações; músicas e poesiasconstruídas no processo de reflexão, debate e estudo dos participantes. O facilitador deve estar constantemente atento para reorientar os grupos e resolver suas dúvidas, alimentando-os massem lhes dar soluções.

Dinâmicas de Avaliação: contribuem para que, após as atividades, os participantes avaliem odesenvolvimento do estudo – os pontos fortes e os pontos fracos – como também apresentemsugestões para melhoramentos. As dinâmicas de avaliação também constituem um momentocelebrativo do grupo. É conveniente tirar um breve resumo das expectativas que não foram

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atingidas e que apareçam com freqüência nas avaliações dos grupos para planejar futurasatividades.

OFICINAS DESENVOLVIDAS NOS PROJETOS

A partir das classificações relacionadas às dinâmicas, apresenta-se exemplosde algumas dinâmicas trabalhadas, com bons resultados, pela equipe deeducadores do Movimento Tortura Nunca Mais, durante os dois projetos –Tecendo a Cidadania e Educando para o Futuro.

Dinâmica de Apresentação

* DUPLAS ROTATIVAS

I. Público: Adultos e jovens de ambos os sexos

II. Número de participantes: 20 pessoas

III. Tempo de duração: 30 minutos

IV. Objetivos: - Possibilitar aproximação entre os membros do grupo;

- Conhecer o nome e as principais características de cada participante;

- Estabelecer clima lúdico que permita a livre expressão de idéias e sentimentos.

VI. Material: Aparelho de som e CD ou apito

VII. Procedimento:

a) Organizar o grupo em círculo de pé;

b) Solicitar que dividam-se em dois subgrupos com a mesma quantidade de pessoas em cadaum dos grupos;

c) Formar dois círculos, um interno e outro externo, e pedir para os participantes organizarem-se em duplas voltadas para frente e compostas por uma pessoa de cada círculo;

d) Iniciar o jogo “duplas rotativas”, que deverão identificar-se pelo nome, qualidades, gostos,etc;

e) A cada sinal emitido pelo facilitador o círculo interno deverá movimentar-se, trocando dedupla. O externo continuará parado;

f) A atividade será encerrada quando as duplas voltarem a posição original;

g) O facilitador irá conduzir a discussão, solicitando que cada pessoa expresse o sentimentovivenciado na atividade, o que foi mais fácil e o que foi mais difícil; o que aprendeu e comosente-se agora.

Obs: O facilitador poderá utilizar música ou apito como sinal para o revesamento das duplas.Troca de dupla acontece a cada parada da música ou do som do apito.

Dinâmica de Descontração

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* CUMPRIMENTO CRIATIVO

I. Público: Adultos e jovens de ambos os sexos

II. Número de participantes: 20 pessoas

III. Tempo de duração: 30 a 40 minutos

IV. Objetivos: - Descontrair e aproximar o grupo;

- Conhecer novas formas de linguagem;

- Favorecer clima de liberdade, responsabilidade e respeito às diferenças;

- Identificar valores e limites.

V. Material: Aparelho de som e CD (optativo)

VI. Procedimento:

a) Solicitar que as pessoas caminhem pela sala cumprimentando-se de forma não verbal,apenas trocando olhares;

b) Conduzir o cumprimento utilizando formas criativas não verbais: tocar cotovelos, palma dasmãos, joelhos, costas, testa, ponta do nariz, etc;

c) Observar cada reação dos participantes;

d) Encerrar quando sentir que o grupo vivenciou todas as suas potencialidades para o referido

momento;

e) Conduzir discussão, com os participantes, pautada nos objetivos propostos. Na discussão,evitar juízo de valor e particularização de preconceitos.

Obs: É importante que o facilitador deixe claro que nada é obrigado, que cada pessoa deve sesentir à vontade para realizar ou não o que for proposto.

Dinâmica de Aplicação

* MAPEAMENTO DA VIOLÊNCIA

I. Público: Adultos e jovens de ambos os sexos

II. Número de participantes: 20 pessoas

III. Tempo de duração: 1 hora e 30 minutos

IV. Objetivos: - Identificar os tipos de violência mais freqüentes;

- Discutir sobre os fatores que motivam seu aparecimento

- Elaborar propostas, buscando as possíveis formas de solução

V. Material: Tarjetas, cartolina, lápis hidrocor ou piloto

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VI. Procedimento:

a) Pedir para que os participantes escrevam nas tarjetas o significado de violência, os tiposmais freqüentes, causas, locais onde ocorrem e principais vítimas;

b) Colocar na cartolina as respostas apresentadas, tentando formular um conceito de violência

coletivo e identificando os tipos e as respectivas causas, vítimas e locais;

c) Dividir os participantes em subgrupos e pedir para que cada um trabalhe um tipo diferente deviolência, apresentando possíveis formas de minimizar seus efeitos ou combatê-la;

d) Conduzir uma plenária de discussão, onde os grupos apresentam suas propostas e debatema viabilidade de cada uma delas, fazendo observações e sugestões.

Obs: O facilitador também pode direcionar a oficina para tipos específicos de violência, como aviolência contra a mulher, no ambiente de trabalho, no ambiente escolar, etc.

* DIAGNÓSTICO DA JUVENTUDE

I. Público: Educadores

II. Número de participantes: 25 pessoas

III. Tempo de duração: 3 horas

IV. Objetivos: - Verificar as percepções dos educadores em relação aos jovens;

- Construir um perfil da juventude nas escolas a partir das opiniões apresentadas;

- Refletir sobre as possibilidades e limites do trabalho do educador.

V. Material: Transparências, lápis para transparência e tarjetas com as questões a seremdiscutidas nos grupos

VI. Procedimento:

a) Dividir os grupos em subgrupos;

b) Distribuir as questões para discussão;

c) Solicitar que os grupos debatam e elaborem seu trabalho, respeitando as opiniões de todosos participantes do grupo e tentando chegar a um consenso;

d) Concluído o período para elaboração, cada grupo apresenta seus resultados e em seguida éaberta uma plenária de discussão com o grande grupo;

e) O facilitador deve identificar os pontos comuns e as divergências nas apresentações,tentando estimular o diálogo na perspectiva de apontar saídas para os impasses e alertar paraa necessidade da ação coletiva no trabalho com o jovem, especialmente no que se refere àdiminuição da violência nas escolas.

Roteiro de discussão para as tarjetas:

# Quem é o jovem na realidade atual? Quais suas características? Quais suas expectativas einteresses?

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# Quais as possibilidades e limites de seu trabalho enquanto educador inserido nestarealidade? Como o desenvolvimento do Programa Paz nas Escolas pode contribuir em relaçãoaos interesses dos jovens?

# Quais as formas de estimular o protagonismo juvenil durante o desenvolvimento do seutrabalho?

Dinâmica de Avaliação

* AVALIAÇÃO COM UMA SÓ PALAVRA

I. Público: Participantes de alguma oficina já desenvolvida

II. Número de participantes: Todos os participantes da oficina já desenvolvida

III. Tempo de duração: 30 minutos

IV. Objetivos: - Avaliar o trabalho desenvolvido na oficina;

- Identificar os pontos positivos e negativos da parte metodológica e de conteúdo;

- Expressar os sentimentos individuais e coletivos vivenciados no decorrer da

oficina;

- Possibilitar momento celebrativo de encerramento das atividades.

V. Material: Tarjetas, cartolinas e lápis hidrocor ou piloto.

VI. Procedimento:

a) Dividir o grupo em subgrupos;

b) Entregar uma tarjeta para que cada participante de grupo expresse em uma palavra o que aoficina representou;

c) Solicitar que socializem as tarjetas nos pequenos grupos, criando, a partir delas, frases,cartazes, ou outra expressão que represente a avaliação coletiva;

d) Apresentar em plenária os trabalhos elaborados;

e) Discutir os pontos em comum e identificar questões não contempladas na avaliação e aspossíveis sugestões.

OFICINAS ELABORADAS PELOS PARTICIPANTES

Esta parte é destinada a apresentação das oficinas elaboradas pelos participantes dos projetosTecendo a Cidadania e Educando para o Futuro. Foram selecionadas dez oficinas,representativas do conjunto, e que se destinam ao público de professores, alunos, pais eprofessores.

* VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS

I. Público: Conselho de Pais e Mestres

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II. Número de participantes: 25 pessoas

III. Tempo de duração: 1 hora e 30 minutos

IV. Objetivos: - Sensibilizar o Conselho de Pais e Mestres para a realidade da violência escolar;- Contribuir para que haja uma cultura de paz nas escolas;

- Possibilitar reflexões sobre os diversos tipos de violência ocorridas nas escolas;

- Estimular a formação de agentes multiplicadores da paz.

V. Material: Papéis recortados, fichas coloridas, cartolina, lápis de cor, revistas

VI. Procedimentos:

a) Dividir o grande grupo em três subgrupos, através de fichas coloridas contendo os seguintestemas: violência física, violência psicológica, depredação do patrimônio;

b) Solicitar que cada subgrupo reflita o tema em questão, sugerindo alternativas;

c) Apresentar de forma criativa as conclusões a que chegaram;

d) Discutir em plenária as apresentações, socializando cada experiência;

e) Avaliar o trabalho, pedindo que cada pessoa manifeste seu sentimento através de umaexpressão facial.

VII. Autores:

- Ana Goreth de Lima - Cátia de Oliveira

- Edna Carvalho - Francitelma Nascimento

- Karina Araújo - Patrícia Melo

* CIDADANIA

I. Público: Professores do ensino fundamental e médio

II. Número de participantes: 20 a 25 pessoas

III. Tempo de duração: entre 1 hora e 1hora e 30 minutos

IV. Objetivos: - Refletir sobre o exercício da cidadania;

- Facilitar a convivência interpessoal

- Criar condições de discussão sobre o tema proposto.

V. Material: Cartolina, lápis piloto, aparelho de som e CD com músicas de ciranda.

VI. Procedimentos:

a) Iniciar com um breve relaxamento;

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b) Solicitar que os participantes circulem pela sala e, através do tamanho das mãos, procuremformar pares;

c) As duplas formadas se entrevistam, ressaltando aspectos como: nome, profissão, local detrabalho, gostos, preferências;

d) Volta-se ao grande grupo para as apresentações. Cada integrante fará apresentação docompanheiro com quem conversou.

Atenção: A apresentação do que o colega mais gosta e menos gosta será feita através demímica.

e) Encerradas as apresentações, o facilitador deve solicitar que os participantes construam umpainel coletivo sobre a importância do respeito e compreensão às diferenças individuais egrupais;

f) O facilitador fará a conexão do material construído com a temática proposta na oficina,abrindo, em seguida, a discussão com os participantes;

g) Encerrar a oficina com uma ciranda, onde todos os integrantes, dentro do mesmo ritmo,confraternizam-se de mãos dadas.

VII. Autores:

- Adriana Fernandes - Andréa Pontes

- Andresa Ferreira - Cristiane França

- Dilma de Souza - Maria Alice Calado

- Maria do Bom Conselho de Oliveira

* O BOMBARDEIO

I. Público: Alunos do ensino fundamental

II. Número de participantes: 15 pessoas

III. Tempo de duração: 20 minutos

IV. Objetivos: - Favorecer a reflexão sobre a responsabilidade social;

- Sensibilizar para a importância da solidariedade na convivência social;

- Discutir valores individuais e coletivos.

V. Material: Fita crepe ou giz

VI. Procedimentos:

a) Organizar o grupo em círculo;

b) Delimitar um espaço no centro da sala, com giz ou fita crepe, que permita a acomodação de

todos, de pé, dentro desse espaço;

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c) Solicitar que imaginem uma situação de guerra e que a cada grito de: bombardeio!, todosdeverão ocupar a área delimitada;

d) Diminuir, gradativamente, o espaço;

e) Comunicar que as pessoas impossibilitadas de ocupar o espaço estão “bombardeadas” e

ficarão fora do jogo;

f) Estreitar cada vez mais o espaço, até que permaneça o menor número de participantes;

g) Estimular para que criem formas alternativas de permanecerem “vivos” no reduzido espaço;

h) Encerrar quando todas as soluções possíveis forem experenciadas;

i) Conduzir plenária de discussão onde os participantes exponham seus sentimentos emrelação à situação vivida e reflitam sobre os desafios da convivência social.

VII. Autores:

- Ana Paula da Silva - Maria da Conceição Arantes

- Débora Medeiros - Ezeneide Rocha

- Jaciara Vieira - Luciana de Oliveira

- Loia dos Santos

* DANÇA NO ZOOLÓGICO

I. Público: Alunos do ensino médio

II. Número de participantes: 20 pessoas (sempre números pares)

III. Tempo de duração: 30 minutos

IV. Objetivos: - Despertar sentimentos de cooperação e criatividade;

- Estabelecer um clima de maior aproximação e interação entre os membrosdo grupo.

V. Material: Folhas de jornal, som e CD com pelo menos quatro ritmos diferentes; papel ofício,canetas.

VI. Procedimentos:

a) Preparar pequenos pedaços de papel com nomes de animais, duplicando as listas para queos grupos formem pares;

b) Distribuir os papéis dobrados entre os membros do grupo;

c) Solicitar que circulem pela sala emitindo o som e os gestos do referido animal e procurandoo seu par;

d) Cada dupla receberá uma folha de jornal, que deverá ficar estendida no chão formando umtablado para o início da dança;

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e) As duplas deverão aguardar o início da música e começar a dançar sem sair do jornalestendido no chão;

f) A cada mudança de ritmo o jornal deverá ser dobrado ao meio, estreitando o espaço para adança;

g) O facilitador deverá utilizar vários ritmos de música;

i) Na última música o jornal deverá estar reduzido a pouco mais de 30 cm, exigindo, de cadadupla, criatividade individual e observação das soluções coletivas para continuar dançandosem sair do papel.

h) O facilitador inicia uma discussão com todos os participantes, onde deverão ser refletidas asexperiências vivenciadas na oficina, considerando seu sentimento enquanto indivíduo, dupla egrupo.

VII. Autores:

- Fabíola Guedes - Maria Olívia de Vasconcelos

- Roberta Araújo - Weber Nunes

* O PRESENTE

I. Público: Alunos do ensino fundamental e médio e policiais

II. Número de participantes: mínimo de 10 e máximo de 25 pessoas

III. Tempo de duração: 1 hora em média

IV. Objetivos: - Promover a integração e a troca;

- Dar-se conta das qualidade individuais.

V. Material: Cesta de bombons e/ou chocolates; tarjetas com as qualidades

VI. Procedimentos:

a) Preparar uma cesta de bombons e ou chocolates;

b) Organizar tarjetas com frases sugestivas enaltecendo qualidades dos participantes;

c) Organizar o grupo em círculo sentado;

d) Sortear um dos participantes para iniciar o jogo;

e) Entregar a pessoa sorteada a primeira tarjeta e solicitar que ela realize leitura pública do queestá escrito e em seguida sorteie nova tarjeta;

f) Entregar o presente para a pessoa que acredita possuir a qualidade descrita na tarjetasubsequente, está tirará outra tarjeta e entregará o presente a outra pessoa que possua aqualidade;

g) Sequenciar o jogo seguindo essa mesma ordem, até que todos tenham sido presenteados;

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h) Encerrar com a tarjeta que sugere a entrega a uma pessoa que transmita paz;

i) A última pessoa a receber a cesta deverá ler a seguinte mensagem:

“A amizade é uma coisa eterna e o verdadeiro amigo está disposto a compartilhar todas asangústias e felicidades da vida”.

 j) Encerrar com a distribuição dos bombons para todos as pessoas presentes.

Sugestões de qualidades para compor as tarjetas:

# Dinamismo # Solidariedade

# Felicidade # Carinho

# Lealdade # Compreensão

# Sinceridade # Que transmite paz

Obs: Pode-se colocar as qualidades no seguinte formato:

“Dinamismo é fortaleza, coragem, compromisso e irradia energia. Seja sempre agentemultiplicador de boas idéias e de boas ações em seu meio. Precisamos de pessoas como você.Parabéns! Mas passe o presente para quem você acha mais solidário”.

“Você é feliz. Construa sempre sua felicidade em bases sólidas. A felicidade não depende dosoutros, mas de nós mesmos. Mas o presente não é seu, entregue-o a uma pessoa que na suaopinião é muito carinhosa”.

VII. Autores:

- Aline do Nascimento - Cássia Dantas

- Jacqueline Barbosa - Juliana Figueiredo

- Patrícia de Andrade - Sandra Barros

- Sandra Manta

* OS LIMÕES

I. Público: Alunos do ensino fundamental

II. Número de participantes: mínimo de 10 e máximo de 20 participantes

III. Tempo de duração: 20 minutos

IV. Objetivos: - Contribuir na compreensão da importância do respeita às diversidades;

- Refletir sobre valores e preconceitos no contexto individual e social;

- Despertar, a partir da individualidade de cada um, a importância do respeito ao coletivo.

V. Material: Bandeja e limões

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VI. Procedimentos:

a) Organizar o grupo em círculo, sentado;

b) Colocar no centro do círculo uma bandeja contendo o número de limões equivalentes àquantidade dos membros do grupo;

c) Solicitar que cada um observe os limões e escolha apenas um, em seguida identifique-o apartir de uma característica própria: cor, marcas, cheiro, etc;

d) Devolver todos os limões para a bandeja após a identificação;

e) Pedir que os participantes tentem pegar seu limão de volta, verificando as características aele atribuídas;

f) Iniciar a discussão pautada nos objetivos propostos.

VII. Autores:

- Eliane Chaves - Flávia Costa

- Josiete Tavares - Patrícia Silva

- Swany Ramos

* A TEIA

I. Público: Alunos do ensino médio de escolas públicas e particulares

II. Número de participantes: 25 pessoas

III. Tempo de duração: 1 hora em média

IV. Objetivos: - Conhecer o nome de cada participante, possibilitando a individualização dentrodo coletivo;

- Promover a integração do grupo;

- Descobrir a sintonia entre pessoas diferentes quando propõem-se a um trabalho coletivo.

V. Material: Rolo de barbante ou novelo de lã

VI. Procedimentos:

a) Grupo em círculo, sentado;

b) O facilitador segura o rolo de barbante ou novelo de lã e inicia a atividade, jogando-o paraum dos participantes;

c) O participantes que receber deverá dizer o nome e algumas características pessoais. Segurao barbante laçando-o no dedo indicador;

d) O participante seguinte repetirá o procedimento;

e) Encerrar quando todos estiverem “presos” pelo barbante;

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f) Solicitar que coloquem a “teia” no chão, cuidadosamente;

g) Ao facilitador compete estimular a reflexão no sentido de estabelecer paralelo entre o“desenho” formado pelo barbante e a noção de grupo, de união, cooperação, amizade,companheirismo, etc.

VII. Autores:

- Carla Rodrigues - Eliane de Lima

- Joelma Lira - Lenilda Silva

- Vanessa Ferreira

* DESENHO COLETIVO

I. Público: Professores, alunos e policiais

II. Número de participantes: mínimo de 10 e máximo de 20 pessoas

III. Tempo de duração: 50 minutos

IV. Objetivos: - Refletir sobre o conceito de cidadania;

- Criar ambiente lúdico que favoreça a discussão sobre o tema a partir das experiênciasindividuais;

- Refletir sobre a importância do respeito às diversidades.

V. Material: Cartolinas, lápis hidrocor, piloto, lápis de cera, lápis de cor, tinta para pintura àdedo, tinta guache, pincéis, fita adesiva

VI. Procedimentos:

a) Colocar no centro da sala um grande painel de cartolinas brancas, lápis coloridos, tintas,pincéis, etc;

b) Solicitar aos participantes que formem um círculo em volta do painel e iniciem sua produçõesindividuais, porém no espaço coletivo;

c) Comunicar que é permitido fazer alterações nos desenhos dos outros componentes;

d) Concluída a atividade, afixar o painel na parede e conduzir uma discussão sobre ossentimentos que foram gerados e o significado de cada ilustração do painel;

e) Encerrada a discussão, solicitar que o grupo organize-se em círculo e, de olhos fechados,inicie o canto de uma música que imagina combinar com o tema proposto no painel;

f) Começa em voz baixa, cada um com a sua música e vai aumentando o tom da voz nosentido de convencer o grupo de que a sua música é a mais adequada para ilustrar o tema;

g) Encerrar quando todos estiverem na mesma sintonia.

Sugestões de pontos para discussão:

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# Como se sentiu ao ver seu desenho alterado por outra pessoa?

# Quais as contribuições que foram ou não compartilhadas?

# O que foi mais fácil e o que foi mais difícil de realizar?

VII. Autores:

- Fernanda Schuler - Hilton Barros

- Jamecy Almeida - Rosana Tavares

- Suely Montenegro

* VOCÊ MERECE

I. Público: Alunos do ensino médio e professores

II. Número de participantes: entre 15 e 25 pessoas

III. Tempo de duração: 40 minutos em média

IV. Objetivos: - Promover a troca afetiva entre os participantes;

- Possibilitar a percepção das qualidades positivas existentes no grupo;

- Avaliar as qualidades pessoais.

V. Material: Cesta, tiras de papel, lápis hidrocor ou caneta

VI. Procedimentos:

a) Grupo em círculo, sentado;

b) Cada pessoa recebe uma tira de papel na qual deverá escrever o que mais gostaria de dar auma determinada pessoa do grupo (não valem presentes materiais);

c) Escrever na tira de papel apenas o destinatário e o que daria, sem se identificar;

d) Dobrar os papéis, colocá-los em uma cesta e redistribuí-los;

e) Cada pessoa levanta-se, ler o que está escrito no papel e entrega ao destinatário;

f) Realizadas todas as entregas, pedir que todos fiquem de pé, dêem as mãos, fechem os olhose reflitam sobre os “presentes” recebidos.

VII. Autores:

- Anne Azevedo - Aline Gomes

- Juliana Cruz - Leandro Monteiro

- Luciene da Silva - Mariza de Oliveira

- Tatiane Ferreira

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Obs: A atividade permite referenciar o positivo do grupo, permitindo ao facilitador perceber operfil do grupo e suas possibilidades.

A atividade só deverá ser trabalhada com um grupo que já tenha construído vínculos deamizade. Nunca para grupos que ainda não se conhecem.

* COMO SEGUIR INSTRUÇÕES

I. Público: Professores e pais de alunos

II. Número de participantes: 20 pessoas

III. Tempo de duração: 30 minutos

IV. Objetivos: - Perceber a atenção dos participantes;

- Possibilitar à percepção da importância da consciência crítica nas atividades cotidianas;

- Refletir sobre a tendência de realizar acriticamente as atividades propostas.

V. Material: Folhas de trabalho e canetas

VI. Procedimentos:

a) Solicitar que os participantes acomodem-se na sala em filas de cadeiras, conforme modelotradicional adotado pela escola;

b) Entregar a cada um uma folha de trabalho contendo instruções a serem seguidasindividualmente e em silêncio;

c) Pedir as pessoas que tenham concluído a tarefa que permaneçam sem fazer comentários oudar explicações;

d) Encerrada a atividade abrir discussão pautada nos objetivos.

VII. Autores:

- Aldivania de Melo - Daniela Rodrigues

- Luciana Alves - Maria Inêz Goveia

- Maria de Fátima Bandeira - Telma Soares

Folha de Trabalho:

Como seguir instruções

1) Leia tudo atentamente antes de fazer qualquer coisa, mas trabalhe o mais rapidamentepossível.

2) Coloque seu nome no canto superior direito deste papel.

3) Cidadania é a transformação social para a conquista de uma sociedade mais justa,igualitária e solidária. Se concordar, levante a mão esquerda.

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4) Sublinhe a palavra “cidadania” da sentença três.

5) Democracia é o regime político baseado na soberania popular, com pleno reconhecimentodos direitos humanos. Se achar correto, bata palmas.

6) Você acha que os direitos humanos são cumpridos no nosso país? Faça um sinal (positivo

ou negativo) simbolizando sua opinião.

7) Na sentença cinco, trace um círculo ao redor da palavra “democracia”.

8) Como tem sido seu comportamento como cidadão?

a) inocente b) acomodado c) vítima

d) chato e) cidadão envolvido

9) Fale em voz alta a sua opção na sentença oito.

10) “A cultura de um povo é o seu laço mais forte de identidade, de cidadania”. Escreva essafrase do lado esquerdo da folha.

11) Se você seguiu as instruções até aqui, levante-se e diga “segui”.

12) Feche os olhos e levante as duas mãos sobre a cabeça.

13) Agora que você leu as instruções cuidadosamente, faça apenas aquilo que a sentença ume cinco pedem para fazer. Ignore as demais instruções.

14) Por favor, não faça comentários ou dê explicações a seus companheiros. Se você leu até

aqui, faça de conta que ainda está escrevendo. Vamos ver quantas pessoas segueminstruções corretamente.

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

Educação em Cidadania e Direitos Humanos

AGUIRRE, Luis Pérez e MOSCA, Juan José. Direitos Humanos: pautas para uma educação libertadora. Petrópolis, Vozes,1990.

BARBOSA, M. A. Rodrigues e outros. Direitos Humanos – um debate necessário. São Paulo, Brasiliense, InstitutoInteramericano de Direitos Humanos, vol. I, 1988/vol. II, 1989.

BENEVIDES, Maria Victoria. A Cidadania Ativa. São Paulo, Ática, 1991.

BUARQUE, Cristovam. O que é Apartação? São Paulo, Brasiliense, 1993.

BUFFA, Ester ... [et. al.] Educação e Cidadania: quem educa o cidadão? São Paulo, Cortez, 1996.

CANDAU, Vera ...[et. al.] Tecendo a Cidadania. Petrópolis, Vozes, 1995.

 ____________________ Oficinas Pedagógicas de Direitos Humanos. Petrópolis, Vozes, 1996.

 ____________________ Sou criança: tenho direitos. Petrópolis, Vozes, 1998.

COMPARATO, Fábio Konder. Para Viver a Democracia. São Paulo, Brasiliense, 1989.

COVRE, Maria de Lourdes. O que é Cidadania? São Paulo, Brasiliense, 1991.

DALLARI, Dalmo de Abreu. O que são Direitos das Pessoas? São Paulo, Brasiliense, 1982.

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 _______________________ Viver em Sociedade. São Paulo, Moderna, 1985.

DEMO, Pedro. Cidadania Menor: algumas indicações quantitativas de nossa pobreza política. Petrópolis, Vozes, 1992.

 _____________ Desafios Modernos da Educação. Petrópolis, Vozes, 1995.

DORNELLES, João Ricardo. O que são Direitos Humanos? São Paulo, Brasiliense, 1989.

DIMENSTEIN, Gilberto. Cidadão de Papel: a infância, adolescência e dos direitos humanos no Brasil. São Paulo, Ática,1993.

DIMENSTEIN, Gilberto e PINHEIRO, Paulo Sérgio. A Democracia em Pedaços: direitos humanos no Brasil. São Paulo,Companhia das Letras, 1996.

GADOTTI, Moacir. Escola Cidadã. São Paulo, Cortez, 1995. 

Dinâmica de Grupo

BEAL, George, HOHLEN, Joe e RAUDABAUGH, Neil. Liderança e Dinâmica de Grupo. Rio de Janeiro, Zahar, 1972.

CARTWRIGHT, O. e ZANDER, A. Dinâmica de Grupo – pesquisa e teoria. São Paulo, Hender, 1969.

LIMA, Lauro de Oliveira. Dinâmica de Grupo: no lar, na empresa, na escola. Rio de Janeiro, 1979.

MINICUCCI, Agostinho. Técnicas do Trabalho de Grupos. São Paulo, Atlas, 1987.

MOSCOVICI, Fela. Desenvolvimento Interpessoal. Rio de Janeiro, Editora S/A, 1995.

ROGERS, Carl. Grupos de Encontro. São Paulo, Martins Editores, 1970.

SCHUTZ, William. O Prazer – expansão da consciência humana. São Paulo, Imago, 1974.

TELLEGEM, Thérèse Amelie. Gestalt e Grupos: uma perspectiva sistêmica. São Paulo, Summus, 1984.

TRECKER, Hharleigh. Como Trabalhar com Grupos. Rio de Janeiro, Agir, 1974. 

ANEXOS

Declaração Universal dos Direitos Humanos

Preâmbulo 

CONSIDERANDO que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da familiahumana e seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo, 

CONSIDERANDO que o desprezo e o desrespeito pelos direitos do homem resultaram ematos bárbaros que ultrajaram a consciência da Humanidade, e que o advento de um mundo emque os homens gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo dotemor e da necessidade, 

CONSIDERANDO ser essencial que os direitos do homem sejam protegidos pelo império dalei, para que o homem não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra a tirania e aopressão, 

CONSIDERANDO ser essencial promover o desenvolvimento de relações amistosas entre asnações, 

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CONSIDERANDO que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta, sua fé nos direitosdo homem e da mulher, e que decidiram promover o progresso social e melhores condições devida em uma liberdade mais ampla, 

CONSIDERANDO que os Estados Membros se comprometeram a promover, em cooperaçãocom as Nações Unidas, o respeito universal aos direitos e liberdades fundamentais do homem

e a observância desses direitos e liberdades, 

CONSIDERANDO que uma compreensão comum desses direitos e liberdades é da mais altaimportância para o pleno cumprimento desse compromisso, 

 A Assembléia Geral das Nações Unidas proclama a presente "Declaração Universal dosDireitos do Homem" como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas asnações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre emmente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promover o respeitoa esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional einternacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universais e efetivos,tanto entre os povos dos próprios Estados Membros, quanto entre os povos dos territórios sob

sua jurisdição. 

Artigo 1 Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados derazão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.

Artigo 2 I) Todo o homem tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidosnesta Declaração sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião,opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ouqualquer outra condição.

II) Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição política, jurídica ouinternacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um territórioindependente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação desoberania.

Artigo 3 Todo o homem tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

Artigo 4 Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico deescravos estão proibidos em todas as suas formas.

Artigo 5 Ninguém será submetido a tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano oudegradante.

Artigo 6 Todo homem tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como pessoaperante a lei.

Artigo 7 Todos são iguais perante a lei e tem direito, sem qualquer distinção, a igual proteçãoda lei. Todos tem direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presenteDeclaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.

Artigo 8 Todo o homem tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes remédioefetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pelaconstituição ou pela lei.

Artigo 9 Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.

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Artigo 10 Todo o homem tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública audiência por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir de seus direitos e deveres ou dofundamento de qualquer acusação criminal contra ele.

Artigo 11 I) Todo o homem acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumidoinocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento

público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias a sua defesa.

II) Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, nãoconstituiam delito perante o direito nacional ou internacional. Também não será imposta penamais forte do que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso.

Artigo 12 Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua correspondência, nem a ataques a sua honra e reputação. Todo o homem temdireito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques.

Artigo 13 I) Todo homem tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro dasfronteiras de cada Estado.

II) Todo o homem tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio, e a este regressar.

Artigo 14 I) Todo o homem, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asiloem outros países.

II) Este direito não pode ser invocado em casos de perseguição legitimamente motivada por crimes de direito comum ou por atos contrários aos objetivos e princípios das Nações Unidas.

Artigo 15 I) Todo homem tem direito a uma nacionalidade.

II) Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de

nacionalidade.

Artigo 16 I) Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça,nacionalidade ou religião, tem o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam deiguais direitos em relação ao casamento, sua duração e sua dissolução.

II) O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos nubentes

III) A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção dasociedade e do Estado.

Artigo 17 I) Todo o homem tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros.

II) Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade.

Artigo 18 Todo o homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; estedireito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essareligião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observâcia, isolada oucoletivamente, em público ou em particular.

Artigo 19 Todo o homem tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui aliberdade de, sem interferências, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações eidéias por quaisquer meios, independentemente de fronteiras.

Artigo 20 I) Todo o homem tem direito à liberdade de reunião e associação pacíficas.

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II) Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.

Artigo 21 I) Todo o homem tem o direito de tomar parte no governo de seu país diretamente oupor intermédio de representantes livremente escolhidos.

II) Todo o homem tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país.

III) A vontade do povo será a base da autoridade do governo; esta vontade será expressa emeleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processoequivalente que assegure a liberdade de voto.

Artigo 22 Todo o homem, como membro da sociedade, tem direito à segurança social e àrealização, pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com aorganização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturaisindispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento de sua personalidade.

Artigo 23 I) Todo o homem tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego

II) Todo o homem, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho.

III) Todo o homem que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lheassegure, assim como a sua família, uma existência compatível com a dignidade humana, e aque se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social.

IV) Todo o homem tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para proteção de seusinteresses.

Artigo 24 Todo o homem tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horasde trabalho e a férias remuneradas periódicas.

Artigo 25 I) Todo o homem tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a suafamília saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e osserviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença,invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda de meios de subsistência em circunstânciasfora de seu controle.

II) A maternidade e a infância tem direito a cuidados e assistência especiais. Todas ascrianças, nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção social.

Artigo 26 I) Todo o homem tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nosgraus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução

técnicoprofissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada nomérito.

II) A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana edo fortalecimento do respeito pelos direitos do homem e pelas liberdades fundamentais. Ainstrução promoverá a compreensão, a tolerância e amizade entre todas as nações e gruposraciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção dapaz.

III) Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada aseus filhos.

Artigo 27 I) Todo o homem tem o direito de participar livremente da vida cultural dacomunidade, de fruir as artes e de participar do progresso científico e de fruir de seusbenefícios.

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II) Todo o homem tem direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes dequalquer produção científica, literária ou artística da qual seja autor.

Artigo 28 Todo o homem tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos eliberdades estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente realizados.

Artigo 29 I) Todo o homem tem deveres para com a comunidade, na qual o livre e plenodesenvolvimento de sua personalidade é possível. II) No exercício de seus direitos eliberdades, todo o homem estará sujeito apenas às limitações determinadas pela lei,exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito dos direitos eliberdades de outrem e de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem pública e dobem-estar de uma sociedade democrática.

III) Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos contrariamenteaos objetivos e princípios das Nações Unidas.

Artigo 30 Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como oreconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade

ou praticar qualquer ato destinado à destruição de quaisquer direitos e liberdades aquiestabelecidos.

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS

(Versão Popular de Frei Betto)

Todos nascemos livres e somos iguais em dignidade e direitos.Todos temos direitos à vida, à liberdade e à segurança pessoal e social.

Todos temos direito de resguardar a casa, a família e a honra.Todos temos direito ao trabalho digno e bem remunerado.

Todos temos direito ao descanso, ao lazer e às férias.

Todos temos direito à saúde e assistência médica e hospitalar.Todos temos direito à instrução, à escola, à arte e à cultura.Todos temos direito ao amparo social na infância e na velhice.Todos temos direito à organização popular, sindical e política.

Todos temos direito de eleger e ser eleito às funções de governo.Todos temos direito à informação verdadeira e correta.

Todos temos direito de ir e vir, mudar de cidade, de Estado ou país.Todos temos direito de não sofrer nenhum tipo de discriminação.

Ninguém pode ser torturado ou linchado. Todos somos iguais perante a lei.Ninguém pode ser arbitrariamente preso ou privado do direito de defesa.

Toda pessoa é inocente até que a justiça, baseada na lei, prove a contrário.Todos temos liberdade de pensar, de nos manifestar, de nos reunir e de crer.

Todos temos direito ao amor e aos frutos do amor.

Todos temos o dever de respeitar e proteger os direitos da comunidade.Todos temos o dever de lutar pela conquista e ampliação destes direitos.

Declaração Universal dos Direitos da Criança 

Princípio 1

A criança gozará todos os direitos enunciados nesta Declaração. Todas as crianças,absolutamente sem qualquer exceção, serão credoras destes direitos, sem distinção oudiscriminação por motivo de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outranatureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento ou qualquer outra condição, quer suaou de sua família.

Princípio 2

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A criança gozará proteção especial e ser-lhe-ão proporcionadas oportunidades e facilidades,por lei e por outros meios, a fim de lhe facultar o desenvolvimento físico, mental, moral,espiritual e social, de forma sadia e normal em condições de liberdade e dignidade. Nainstituição de leis visando a este objetivo levar-se-ão em conta, sobretudo, os melhoresinteresses da criança.

Princípio 3

Desde o nascimento, toda criança terá direito a um nome e uma nacionalidade.

Princípio 4

A criança gozará os benefícios da previdência social. Terá direito a crescer e criar-se comsaúde; para isto, tanto à criança como à mãe serão proporcionados cuidados e proteçãoespeciais, inclusive adequados cuidados pré e pós-natais. A criança terá direito à alimentação,habitação, recreação e assistência médica adequadas.

Princípio 5

À criança incapacitada física, mental ou socialmente serão proporcionados o tratamento, aeducação e os cuidados especiais exigidos pela sua condição peculiar.

Princípio 6

Para o desenvolvimento completo e harmonioso de sua personalidade, a criança precisa deamor e compreensão. Criar-se-á, sempre que possível, aos cuidados e sob a responsabilidadedos pais e, em qualquer hipótese, num ambiente de afeto e de segurança moral e material;salvo circunstâncias excepcionais, a criança de tenra idade não será apartada da mãe. Àsociedade e às autoridades públicas caberá a obrigação de propiciar cuidados especiais àscrianças sem família e àquelas que carecem de meios adequados de subsistência. É desejável

a prestação de ajuda oficial e de outra natureza em prol da manutenção dos filhos de famíliasnumerosas.

Princípio 7

A criança terá direito a receber educação, que será gratuita e compulsória pelo menos no grauprimário. Ser-lhe-á propiciada uma educação capaz de promover a sua cultura geral e capacitá-la a, em condições de iguais oportunidades, desenvolver as suas aptidões, sua capacidade deemitir juízo e seu senso de responsabilidade moral e social, e a tornar-se um membro útil dasociedade.

Os melhores interesses da criança serão a diretriz a nortear os responsáveis pela sua

educação e orientação; esta responsabilidade cabe, em primeiro lugar, aos pais.

A criança terá ampla oportunidade para brincar e divertir-se, visando aos propósitos mesmosde sua educação; a sociedade e as autoridades públicas empenhar-se-ão em promover o gozodeste direito.

Princípio 8

A criança figurará, em quaisquer circunstâncias, entre os primeiros a receber proteção esocorro.

Princípio 9

A criança gozará proteção contra quaisquer formas de negligência, crueldade e exploração.Não será jamais objeto de tráfico, sob qualquer forma.

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Não será permitido à criança empregar-se antes da idade mínima conveniente; de nenhumaforma será levada a ou ser-lhe-á permitido empenhar-se em qualquer ocupação ou empregoque lhe prejudique a saúde ou a educação ou que interfira em seu desenvolvimento físico,mental ou moral.

Princípio 10

A criança gozará proteção contra atos que possam suscitar discriminação racial, religiosa ou dequalquer outra natureza. Criar-se-á num ambiente de compreensão, de tolerância, de amizadeentre os povos, de paz e de fraternidade universal e em plena consciência que seu esforço eaptidão devem ser postos a serviço de seus semelhantes.

ORGANIZADORAS:

Celma Tavares e Nilsa Lira

EQUIPE DE EDUCADORES DOS PROJETOS

TECENDO A CIDADANIA E EDUCANDO PARA O FUTURO:

Aída Monteiro

Amparo Araújo

Celma Tavares

Nilsa Lira

Sandra Paz

AUTORIA DAS OFICINAS:

Celma Tavares

Nilsa Lira

Sandra Paz

MOVIMENTO TORTURA NUNCA MAIS DE PERNAMBUCO

RECIFE, 2001

1 Jornalista, Mestre em Ciência Política pela UFPE e Educadora do Movimento Tortura Nunca Mais de Pernambuco.

1 Psicóloga e Educadora do Movimento Tortura Nunca Mais de Pernambuco

2 FRED, Sigmund. Análise do Eu – Psicologia das Massas. Coleção Freud, vol. XVIII, 1922, p.126.

3 FREUD, Sigmund. Análise do Eu – Psicologia das Massas. Coleção Freud, vol XVIII, 1922, p.130.

1 Pedagoga, Mestranda em Educação pela UFPE e Educadora do Movimento Tortura Nunca Mais de Pernambuco.